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Revista Apólice #239

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geneticamente. “Apenas 0,2% determinam<br />

as nossas diferenças de aparência<br />

e características de saúde”, informou<br />

a cientista. Ela explicou que o uso do<br />

genoma por seguradoras, por exemplo, é<br />

muito polêmico, “porque se a informação<br />

sobre o nosso genoma for usada contra<br />

nós ninguém vai querer sequer participar<br />

de pesquisas”.<br />

Lygia enfatizou que nos Estados<br />

Unidos já existe uma lei que proíbe o<br />

uso das informações genéticas das pessoas<br />

por empregadores e seguradores,<br />

contra elas próprias. “No Brasil, ainda<br />

não há nada fechado sobre este tema. A<br />

questão da privacidade genética ainda<br />

não foi discutida a ponto de virar uma<br />

legislação”, pontuou.<br />

Os testes genéticos ainda são limitados.<br />

Alguns genes já são um pouco conhecidos,<br />

como o da doença de Parkinson, do<br />

Alzheimer, da hipertensão, do diabetes<br />

e, por isso, o FDA (Food and Drug Administration)<br />

proibiu a divulgação dos<br />

resultados genéticos nos Estados Unidos.<br />

Mais importante de tudo é entender<br />

que as pessoas são fruto do genoma,<br />

mas também da qualidade de vida, pois<br />

é possível modular os efeitos genéticos<br />

com o estilo de vida, tomando cuidados<br />

com obesidade, fumo e outros fatores<br />

externos. “Enquanto a pílula da vida<br />

eterna não vem, precisamos modular<br />

nosso estilo de vida para viver melhor”,<br />

destacou Lygia.<br />

Aging 2.0<br />

O mundo da tecnologia não pode se<br />

desprender do envelhecimento da população.<br />

A evolução etária mostra que em<br />

breve os idosos serão grandes consumidores.<br />

A Aging 2.0 é uma rede global de<br />

startups para melhorar a sociedade com<br />

inovações e para promover a interação<br />

intergeracional.<br />

“Nosso objetivo é construir uma sociedade<br />

inclusiva e inovadora”, afirmou<br />

Stephen Johnston, co-fundador da rede.<br />

Stephen Johnston<br />

Ele insiste para que as pessoas deixem de<br />

ver o envelhecimento de forma negativa,<br />

apenas pelo lado do aumento dos problemas,<br />

como doenças crônicas, isolamento<br />

e solidão. “Nossa ideia de envelhecimen-<br />

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