HISTÓRIAS A magia do cinema de rua O lhos brilhando, concentração, paixão, encantamento, risadas, lágrimas, sustos, medo. Consegue imaginar de que lugar estou falando? Um lugar que reúne tudo isso e mais o que a sua imaginação pode permitir. Assim é o cinema. O lugar preferido dos apaixonados, das famílias, das crianças e claro, dos amantes de filmes. Infelizmente não tenho uma lembrança exata da primeira vez em que entrei em uma sala de cinema, mas a paixão já vem de anos. A expectativa de entrar em uma sala grande, sentar em uma poltrona (muitas vezes com um suporte, por conta da minha idade na época) e assistir ao filme inédito na tela enorme do cinema são sentimentos e momentos que enchem minha cabeça com boas memórias, risadas e momentos em família. Quando se fala em Cinema de Rua, em mim desperta curiosidade. Fico imaginando como deve ser a magia de entrar em um local feito especialmente para a exibição de filmes. E, apesar de ir desde pequena ao cinema, normalmente os filmes que assisti foram as animações da Disney e o que podemos chamar de filmes comerciais. Meu contato com a história do cinema em si foi mais forte durante meu curso de jornalismo, quando descobri que esse universo era bem maior do que eu imaginava. Enquanto estudava lamentei muito não ter aproveitado o cinema de rua. Infelizmente, na Cidade Sorriso, ele teve seu fim em 2009, quando o Cine Luz fechou as portas, tinha 14 anos. Antes dele, em 2005, outro cinema grande também encerrou suas atividades, o Cine Ritz. E desde então a única maneira de ver um filme era se rendendo aos grandes shoppings. Para mim já era costume, mas muitos amantes da sétima arte não se adaptaram muito bem. Curitiba já teve vários cinemas de rua. Um dos mais importantes da cidade foi criado em 1910, na Rua XV de Novembro, conhecido como Cine Mignon. Ele era o preferido, pois além da sala de cinema em si, no local ainda tinha um botequim e um café, perfeitos para as conversas após os filmes. Além dele, o Cine Éden, Cine Smart, Cine Radium, Cine Bijou, Cine Progresso e Cine América também funcionavam na época e tinha público para todos eles! Quem viveu nos anos 20 me causa muita inveja (mas uma inveja boa), porque nesta época surgiu a Cinelândia Curitibana. Foram abertos vários cinemas na Rua das Flores, era um verdadeiro paraíso. O Cine Ópera, o Cine Palácio, o Cine Odeon e o Cine Avenida faziam parte desse complexo de salas para exibição dos mais diversos filmes aqui na capital paranaense. Imagino o quanto teria aproveitado. O Theatro Hauer (onde ocorreu a primeira exibição de imagens em movimento no Paraná em 1897) se tornou Cine Marabá (1947), posteriormente virou Cine Bristol (1976) e funcionou até o ano do meu nascimento, 1995, na rua Mateus Leme, no centro da cidade. Nos anos 70 havia cerca de 15 cinemas de rua funcionando aqui, imagine que sonho! Nós, curitibanos em geral, sempre fomos apaixonados pelo cinema, mas parece que com o tempo e aumento de custo, essa essência se perdeu. Meus avós e professores que viveram nesta época sempre relatam que antigamente era mais do que simplesmente sentar em uma poltrona e assistir à um filme. Era praticamente um encontro dos apaixonados pela sétima arte, que iam aos cinemas sem nem mesmo saber quais filmes estavam em cartaz e que sentavam em cadeiras de palha, porque o conforto não era tão importante quanto a discussão posterior acerca do que tinham assistido. Entretanto, por mais que não tenha aproveitado o cinema de rua enquanto pude, Curitiba parece me dar mais uma chance. A cidade ganhou um super presente no aniversário de 326 anos: o Cine Passeio. Localizado na esquina entre as ruas Riachuelo e Carlos Cavalcanti, onde antes era um quartel general, o complexo cultural conta com duas salas de cinema que carregam o nome de dois cines outrora importantes: o Ritz e o Luz. Além disso, oferece espaços novos que incentivam a formação audiovisual. O Cine Passeio promete nos trazer de volta a tradição, o amor pelo cinema, o brilho nos olhos dos espectadores. A pequena Angélica, apaixonada pelos filmes da Disney, jamais imaginou que se apaixonaria pela sétima arte dessa forma e a mesma estudante de jornalismo, jamais imaginou que teria uma oportunidade como essa. Nostálgicos ou não, os amantes da sétima arte podem comemorar! Foto: Cido Marques Por Angélica Klisievicz Lubas 74 abril 2019 revistavoi.com.br
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