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VendaMais 254 - Pós-venda

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VENDAMAIS Nº <strong>254</strong> – NOVEMBRO 2015 <strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong> i Content Marketing World I “Não <strong>venda</strong>”<br />

VENDAMAIS.COM.BR<br />

Entrevista<br />

Frank Peter Gundlach<br />

Diretor de pós-<strong>venda</strong> da Toyota do Brasil revela os motivos que fazem a montadora<br />

japonesa ser referência em relacionamento com o cliente no país<br />

ano 20 I Nº <strong>254</strong> I novembro/2015 I R$ 19,50<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br<br />

C O N H E C I M E N T O S I H A B I L I D A D E S I A T I T U D E S<br />

EXTRA: Mais de 20 páginas<br />

de conteúdo sobre as<br />

Soluções <strong>VendaMais</strong>


2<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 3


<strong>venda</strong>mais<br />

11-15<br />

06 Editorial<br />

Conheça os 12 arquétipos e aprenda a<br />

entendê-los melhor<br />

10 Reservado para você<br />

O que os leitores dizem sobre a Venda-<br />

Mais<br />

11 Entre Nós<br />

Onde estivemos, novidades e lançamentos<br />

12 On-line<br />

Ideias e iniciativas criativas para você<br />

se inspirar e inovar<br />

14 Manual do líder<br />

Dicas rápidas para você liderar melhor<br />

sua equipe de <strong>venda</strong>s<br />

16 Entrevista<br />

Frank Peter Gundlach, diretor de pós-<br />

-<strong>venda</strong> da Toyota do Brasil, revela os<br />

motivos que fazem a montadora japonesa<br />

ser referência em relacionamento<br />

com clientes no país<br />

16<br />

22<br />

38<br />

22 Super-pós-vendedor<br />

Saiba o que faz de Pierre Xavier um<br />

super-pós-vendedor e inspire-se na<br />

história dele para melhorar a maneira<br />

como você conduz essa etapa da<br />

<strong>venda</strong><br />

28 JB Vilhena<br />

Como fazer sua equipe se engajar no<br />

pós-<strong>venda</strong><br />

30 Decálogo do Cliente<br />

As dez leis do atendimento pós-<strong>venda</strong><br />

32 Marcelo Caetano<br />

Você ajuda e trabalha ou reclama e lamenta?<br />

4<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br <strong>venda</strong>mAIS.com.br - NOVEMBRO novembro 2015


36<br />

36 Opinião<br />

Participantes da pesquisa sobre pós-<br />

-<strong>venda</strong> apresentam suas definições<br />

sobre fidelização de clientes<br />

38 Infográfico<br />

O mapa do pós-<strong>venda</strong> no Brasil<br />

40 Capa<br />

Entrevistamos mais de 500 profissionais<br />

de <strong>venda</strong>s e descobrimos tudo que<br />

você precisa saber para revolucionar o<br />

seu pós-<strong>venda</strong><br />

52 Silvia Candeloro<br />

A distância entre a teoria e a prática no<br />

pós-<strong>venda</strong><br />

54 Top 5<br />

5 ferramentas para continuar encantando<br />

o cliente depois da compra<br />

60 Claudio Diogo<br />

Transforme o pós-<strong>venda</strong> em pré-<strong>venda</strong><br />

e faça a roda girar de maneira mais<br />

eficaz<br />

62 Livro do Mês<br />

Entenda o conceito de “não <strong>venda</strong>” e<br />

saiba como utilizá-lo para vender mais<br />

66 Jerônimo Mendes<br />

10 dicas para tornar seu pós-<strong>venda</strong><br />

uma referência no mercado<br />

empresa com o apoio do conteúdo<br />

<strong>VendaMais</strong>. Conheça essa história e<br />

inspire-se para aproveitar melhor a<br />

sua revista<br />

78 Content Marketing World<br />

Nossa equipe foi aos EUA e trouxe dicas<br />

e lições preciosas do maior evento de<br />

marketing de conteúdo do mundo<br />

86 Marketing Digital<br />

3 passos para iniciar uma cultura de<br />

pós-<strong>venda</strong> pelas redes sociais<br />

88 João Kepler<br />

11 passos para fazer um bom pitch de<br />

<strong>venda</strong>s<br />

90 <strong>VendaMais</strong> digital<br />

Saiba como orientar os novos vendedores<br />

de sua equipe e efetivamente<br />

desenvolvê-los e prepará-los para a<br />

vida em <strong>venda</strong>s<br />

94 The Sales Doctor<br />

8 regras para construir seu network<br />

96 Até Mais<br />

Checklist para iniciar uma revolução no<br />

pós-<strong>venda</strong> em sua empresa<br />

97 Soluções <strong>VendaMais</strong><br />

Saiba como a área de treinamento,<br />

cursos e consultoria da <strong>VendaMais</strong><br />

pode ajudar sua empresa<br />

60<br />

66<br />

32<br />

68 <strong>VendaMais</strong> Small Business<br />

Equipe mais engajada + clientes mais<br />

felizes = mais <strong>venda</strong>s<br />

123 Ralph Marston<br />

Não seja escravo dos detalhes 30<br />

72 César Frazão<br />

Dicas para os vendedores que querem<br />

fazer pós-<strong>venda</strong>, mas não contam com<br />

a ajuda de seus líderes<br />

74 Venda mais com <strong>VendaMais</strong><br />

Uma gestora comercial está resolvendo<br />

problemas persistentes em sua<br />

<strong>venda</strong>mAIS.com.br NOVEMBRO 2015<br />

5


EDITORIAL<br />

Raul CANDELORO<br />

Guerreiro,<br />

Rebelde, Soberano,<br />

Sábio, Mágico ou<br />

Palhaço?<br />

Decidi não FALAR DE CRISE – SEJA DE FORMA NEgATIVA<br />

(perda de oportunidades) ou positiva (criação de oportunidades)<br />

– neste editorial. Sobre isso todo mundo está<br />

falando. Quero falar sobre algo bem mais importante.<br />

Quero saber o seguinte: você sabe quem você é? Entende<br />

como o mundo percebe você? E sua empresa?<br />

Minha intenção é escrever um texto diferente, mais<br />

provocativo, que apresente realmente opções alternativas<br />

e ampliem seu horizonte e seu conhecimento. Para isso,<br />

quero falar de arquétipos.<br />

A palavra arquétipo significa, literalmente, um modelo<br />

original a partir do qual todas as cópias são feitas.<br />

De origem grega, arche significa origem; tupos significa<br />

modelo, padrão ou tipo.<br />

A origem da palavra remete ao filósofo Platão, que<br />

acreditava que as ideias eram formas mentais impressas<br />

nas nossas mentes antes de nascermos, sendo universais,<br />

pois definiam conceitos básicos dos objetos analisados.<br />

No século passado, o psicólogo suíço Jung utilizou a<br />

expressão e a tornou popular no seu clássico O homem e<br />

seus símbolos e também nos seus escritos sobre Os arquétipos<br />

e o inconsciente coletivo.<br />

A teoria é complexa e profunda, integrando conjuntos<br />

de memórias e associações pessoais e coletivas, mas rapidamente<br />

ganhou simpatizantes que reconheceram<br />

nela uma forma de trabalhar características de personalidade.<br />

Arquétipos representariam, por essa teoria, motivos<br />

humanos fundamentais e, por isso, estariam ligados<br />

diretamente, até provocando emoções básicas, fundamentais,<br />

de maneira intensa.<br />

Mais recentemente, agências de publicidade e de<br />

branding vêm trabalhando os arquétipos para ajudar a<br />

definir e comunicar melhor a personalidade, o posicionamento<br />

e os diferenciais de uma<br />

marca. Quando você entende corretamente<br />

seu arquétipo, fica fácil<br />

alinhar a comunicação, a prospecção<br />

e a atração de clientes – o que<br />

diferencia você da concorrência.<br />

Marcas conhecidas, como Nike,<br />

Apple, Microsoft, Google, Coca-<br />

-Cola, McDonald’s, Toyota e Facebook<br />

têm uma personalidade muito<br />

forte e, depois de ler a lista dos<br />

arquétipos e suas características,<br />

você, provavelmente, conseguirá,<br />

identificar qual é o arquétipo de<br />

cada uma delas.<br />

Da mesma forma, podemos definir<br />

os arquétipos de cada uma<br />

das pessoas de uma empresa. Carol<br />

S. Pearson tem até um livro sobre<br />

isso–Understanding Archetypes in<br />

Your Organization (Entendendo arquétipos<br />

na sua organização, em<br />

tradução livre). Por exemplo:um<br />

gerente ou diretor comercial poderia<br />

definir quais são os arquétipos<br />

dos seus melhores vendedores e<br />

trabalhar para mantê-los engajados<br />

e satisfeitos, sabendo exatamente<br />

o que lhes motiva. Vale, também,<br />

usar os arquétipos para compor<br />

uma equipe de <strong>venda</strong>s diferenciada,<br />

de alta performance. Poderia,<br />

ainda, entender por que alguns<br />

6<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


clientes são mais fáceis de serem<br />

atendidos; por que alguns vendedores<br />

se encaixam e outros não; por<br />

que alguns reagem fazendo “zig”,<br />

enquanto outros fazem “zag” (ou<br />

ficam parados) e assim por diante.<br />

Uma ferramenta fantástica que<br />

pode ser usada aqui é o Indicador<br />

de Arquétipos de Pearson-Marr<br />

(também desenvolvido por Carol<br />

S. Pearson, que descreveu os conceitos<br />

nos livros O despertar do herói<br />

interior e O herói e o fora da lei).<br />

De maneira simples, existem<br />

12 arquétipos. Todos nós temos<br />

vários deles integrados na nossa<br />

personalidade – se não todos –,<br />

mas geralmente um é mais forte e<br />

direciona nossa vida (você pode<br />

mudar de arquétipo dominante<br />

com o passar do tempo ou dependendo<br />

da situação).<br />

Perguntas importantes para<br />

você pensar e prestar atenção antes<br />

de passarmos aos arquétipos:<br />

Em qual deles você acha que se<br />

encaixa mais? E as pessoas importantes<br />

da sua vida?<br />

Em qual arquétipo sua empresa<br />

se encaixa?<br />

Seus melhores clientes se encaixam<br />

em algum tipo de arquétipo?<br />

Os 12 ARquétipos e COMO<br />

ENTENDê-LOS MELhor<br />

sempre vai dar certo no final. Os<br />

perigos desse arquétipo incluem<br />

confiar demais nos outros e determinar<br />

metas e objetivos irreais.<br />

Slogan: Eu nasci assim, eu cresci assim<br />

(e quero continuar assim).<br />

Maior objetivo: Segurança e busca do<br />

paraíso.<br />

Maior medo: Ser abandonado, ficar sozinho<br />

e ser castigado por ter feito algo errado.<br />

Reação a problemas: Negação ou procura<br />

do salvador “adulto”.<br />

O Órfão<br />

O Órfão é uma figura de transição<br />

entre o Inocente e o Guerreiro.<br />

Órfãos são naturalmente independentes<br />

e desconfiam da autoridade.<br />

Por causa da sua desconfiança nos<br />

outros, correm o risco de ficarem<br />

isolados, eternamente vítimas, ou<br />

reagindo violentamente (abuso).<br />

Slogan: Somos todos iguais.<br />

Maior objetivo: Recuperar a segurança.<br />

Maior medo: Ser explorado.<br />

Reação a problemas: Esperança de<br />

salvação ou acomodação<br />

cínica.<br />

Diretor<br />

Raul Candeloro<br />

raul@<strong>venda</strong>mais.com.br<br />

editor<br />

Natasha Schiebel<br />

natasha@<strong>venda</strong>mais.com.br<br />

DIREtor DE ARTE<br />

Anderson L.A.<br />

anderson@<strong>venda</strong>mais.com.br<br />

conselho editorial<br />

Raul Candeloro<br />

Marcelo Caetano<br />

Júlio Clebsch<br />

coLABORAÇÃO<br />

Francine Pereira<br />

João Guilherme Brotto<br />

REVISÃO<br />

Lumos Bureau de Traduções<br />

ATENDIMENTO AO LEITOR<br />

atendimento@<strong>venda</strong>mais.com.br<br />

JORNALISTA RESPONSÁVEL<br />

Natasha Schiebel<br />

natasha@<strong>venda</strong>mais.com.br<br />

MTB 0008336/PR<br />

<strong>VendaMais</strong> ® é publicada 6 vezes ao ano pela<br />

Editora Quantum e comercializada pela<br />

Editora Intellimax Ltda.<br />

Curitiba-PR. CEP: 80251-970<br />

Site: www.<strong>venda</strong>mais.com.br<br />

Para Anunciar:<br />

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(41) 3022-1000<br />

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Horário de atendimento: das 8h às 18h<br />

0800-647-6247<br />

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Editora Quantum. Tiragem desta edição: 21.000<br />

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total ou parcial deste material é permitida mediante<br />

autorização prévia e expressa da Editora Quantum Ltda.,<br />

e desde que citada a fonte. O conteúdo dos artigos é de<br />

responsabilidade dos autores.<br />

Autores ou consultores que quiserem publicar seus trabalhos<br />

nas áreas de <strong>venda</strong>s ou marketing entrem em contato com a<br />

equipe editorial pelo telefone: (41) 3022-1000.<br />

“A responsabilidade pelo conteúdo dos anúncios, bem<br />

como pela sua produção e compromissos inerentes, é da<br />

agência e do anunciante.”<br />

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DE PUBLICAÇÕES<br />

O INOCENTE<br />

Pessoas desse tipo de arquétipo<br />

geralmente têm uma visão infantil<br />

e otimista da vida e acreditam que,<br />

se tentarem e se esforçarem, tudo<br />

O Guerreiro<br />

O Guerreiro está preocupado com<br />

a defesa de seu território (físico e<br />

psicológico) e com o atingimento<br />

www.twitter.com/<strong>venda</strong>mais<br />

facebook.com/<strong>VendaMais</strong><br />

Nossa missão:<br />

Fazer o Brasil vender melhor.<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 7


“Um gerente<br />

ou diretor<br />

comercial<br />

poderia definir<br />

quais são os<br />

arquétipos dos<br />

seus melhores<br />

vendedores e<br />

trabalhar para<br />

mantê-los<br />

engajados e<br />

satisfeitos,<br />

sabendo<br />

exatamente<br />

o que lhes<br />

motiva.”<br />

de metas (pessoais e do grupo ao<br />

qual pertence). Ele traça planos<br />

para atingir suas metas pela força<br />

e raramente trai seu código de honra.<br />

O risco dos Guerreiros é achar<br />

que a violência é a resposta para<br />

todas as situações.<br />

Slogan: Com vontade, determinação e<br />

persistência vencerei. E saia da frente.<br />

Maior objetivo: Vencer.<br />

Maior medo: Fraqueza/impotência.<br />

Reação a problemas: Matar, derrotar ou<br />

converter.<br />

O Cuidador<br />

Guiar, ensinar e prover são os principais<br />

impulsos desse arquétipo. O<br />

risco do Cuidador é entrar no papel<br />

de mártir, ou sufocar e devorar o<br />

objeto de seus cuidados.<br />

Slogan: Ame o próximo como a si mesmo.<br />

Maior objetivo: Sacrificar-se para ajudar<br />

aos outros.<br />

Maior medo: Egoísmo e ingratidão.<br />

Reação a problemas: Cuidar de quem<br />

está sofrendo.<br />

o mundo e a si mesmo. Essa busca<br />

eterna pelo novo/melhor, por outro<br />

lado, pode levar a uma inabilidade<br />

crônica de se comprometer e um<br />

padrão repetitivo de atingir, com<br />

consequências potencialmente negativas,<br />

os limites de suas habilidades/conhecimentos.<br />

Slogan: Não me amarre ou prenda.<br />

Maior objetivo: A busca de uma vida melhor.<br />

Maior medo: Conformidade,<br />

acomodação,<br />

limitações.<br />

Reação a problemas:<br />

Fugir, escapar.<br />

O Amante<br />

A habilidade do Amante é a conexão<br />

– seja com pessoas, atividades<br />

ou objetos. O Amante é um apaixonado<br />

pela vida e entende (sente)<br />

o equilíbrio delicado entre ela e a<br />

morte. O risco do Amante é seduzir<br />

(ou ser seduzido) com frequência,<br />

sem pensar ou entender as consequências<br />

para si e para os outros.<br />

Slogan: O amor tudo cura e supera.<br />

Maior objetivo: Felicidade, união.<br />

Maior medo: Não ser amado, desconexão,<br />

desunião.<br />

Reação a problemas: Aceitação e amor.<br />

necessidade de destruir pode ser<br />

pessoal ou fazer parte de um grupo<br />

em nome de um mundo melhor.<br />

O risco do Destruidor é cair em um<br />

padrão repetitivo de destruir só<br />

por destruir ou de contestar por<br />

contestar (sem saber o que construir<br />

depois), levando a uma vida vazia<br />

e sem sentido.<br />

Slogan: Hay gobierno? Soy contra.<br />

Maior objetivo:<br />

Metamorfose.<br />

Maior medo: Estagnação,<br />

morte.<br />

Reação a problemas:<br />

Destrua o<br />

problema ou seja<br />

destruído por ele.<br />

O Construtor (ou CRIADOR)<br />

Esse é um arquétipo que expressa a<br />

criação, a criatividade, o crescimento<br />

e a síntese. Criadores gostam de<br />

repensar e recriar mesmo atividades<br />

básicas, do dia a dia, mas precisam<br />

ter cuidado para viver no mundo<br />

real e não no mundo dos sonhos.<br />

Slogan: Tudo que é imaginado pode se<br />

tornar realidade.<br />

Maior objetivo: Criar uma forma nova (de<br />

fazer ou viver).<br />

Maior medo: Fracasso.<br />

Reação a problemas: Abraçá-lo e torná-<br />

-lo um desafio.<br />

O AventuREIRO<br />

O Aventureiro está sempre buscando<br />

algo diferente ou melhor.<br />

Visando sair de uma vida limitada<br />

– física ou psicologicamente –, o<br />

Aventureiro sai desbravando novos<br />

caminhos, procurando descobrir<br />

O Rebelde (ou DESTRuIDOR)<br />

Destruir a forma antiga de fazer<br />

as coisas é a missão do Rebelde. A<br />

O Soberano<br />

Soberanos gostam de ordem e harmonia<br />

e trabalham para assegurá-<br />

8<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


-los no que definem como seus<br />

“domínios” ou “territórios” (físicos<br />

ou psicológicos). Soberanos são líderes<br />

por natureza, organizam bem<br />

atividades e grupos de pessoas. Eles<br />

correm o risco de eliminar vozes<br />

discordantes e tornarem-se tiranos.<br />

Slogan: Manda quem pode. E eu posso.<br />

Maior objetivo: Um reino organizado,<br />

harmonioso e próspero.<br />

Maior medo: Caos, desorganização, perda<br />

de controle.<br />

Reação a problemas: Organizar e mobilizar<br />

o grupo para superá-los.<br />

O Mágico<br />

O poder do Mágico é a transformação<br />

– seja de si mesmo, dos outros<br />

ou de uma realidade ou situação.<br />

Esse poder pode ser usado também<br />

para enganar, distrair ou manipular.<br />

É o arquétipo do mistério, da<br />

improvisação, da ilusão e da realidade,<br />

da verdade e da mentira.<br />

Slogan: Eu faço acontecer.<br />

Maior objetivo: Transformar ou aumentar<br />

a realidade atual.<br />

Maior medo: Transformação negativa,<br />

ser enganado, ser<br />

desmascarado.<br />

Reação a problemas:<br />

Transformá-los ou<br />

alterar a perspectiva<br />

sobre eles.<br />

O Sábio<br />

O Sábio procura ver além das aparências<br />

para descobrir a “verdadeira<br />

verdade”. Sua busca é por conhecimento<br />

e ele usa esse conhecimento<br />

para ajudar os outros, não como<br />

forma de controlá-los. Desilusão,<br />

cinismo e excesso de teorização<br />

são os riscos dos sábios que se encastelam<br />

atrás (ou em cima) do seu<br />

conhecimento para fugir da realidade<br />

e do dia a dia.<br />

Slogan: A verdade liberta.<br />

Maior objetivo: Verdade, compreensão.<br />

Maior medo: Decepção, ilusão.<br />

Reação a problemas: Estudar, entender<br />

e superar.<br />

O Tolo (ou BOBO)<br />

Uma volta iluminada à infância é<br />

o que caracteriza os Tolos. Eles<br />

são alegres, simpáticos, curiosos,<br />

sábios e podem “bancar o palhaço”<br />

para divertir os outros, mas sempre<br />

com uma lição ou recado por<br />

trás da história. O Tolo consegue<br />

representar os personagens de todos<br />

os outros arquétipos sem cair<br />

nos seus riscos. O risco do Tolo é<br />

ficar cínico em relação a tudo ou<br />

bagunçar desnecessariamente a<br />

vida dos outros.<br />

Slogan: Só se vive uma vez.<br />

Maior objetivo: Alegria, prazer, sensação<br />

de estar vivo.<br />

Maior medo: Opressão, tristeza, dor.<br />

Reação a problemas: Humor.<br />

Mais do que uma leitura leve,<br />

divertida e inspiradora, espero<br />

que você sinta também o poder<br />

que há por trás dos arquétipos na<br />

melhora de relacionamentos, no<br />

entendimento mais profundo de<br />

quem você é, no recrutamento e<br />

na seleção de pessoas (inclusive<br />

de clientes), na comunicação com<br />

o mercado e no seu papel e comportamento<br />

como líder.<br />

Perguntas importantes para<br />

pensar e debater em relação aos<br />

arquétipos:<br />

Relendo a lista, quais você<br />

acha que definem você melhor?<br />

Com qual você mais se<br />

identifica? (Lembrando que<br />

pode ter um principal e outros<br />

de apoio).<br />

Baseado no seu arquétipo principal,<br />

quais são seus pontos<br />

fortes?<br />

E quais são os pontos fracos?<br />

Como melhorar isso?<br />

Com quais dos arquétipos você<br />

tem mais facilidade de relacionamento?<br />

Por quê?<br />

Com quais dos arquétipos você<br />

tem mais dificuldade de<br />

relacionamento? Como melhorar<br />

isso?<br />

E a sua empresa – qual arquétipo<br />

seria?<br />

Como os pontos positivos desse<br />

arquétipo podem ser mais<br />

bem comunicados para o mercado?<br />

Que outras ideias surgem ao<br />

pensar nos arquétipos? Onde<br />

mais eles podem ser usados<br />

na sua vida pessoal ou profissional?<br />

Abraços aventureiros, mágicos,<br />

construtores e sábios.<br />

Raul Candeloro – Diretor<br />

Site: www.<strong>venda</strong>mais.com.br<br />

E-mail: raul@<strong>venda</strong>mais.com.br<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 9


Reservado para vOcê<br />

Raul responde<br />

Caro Raul Candeloro,<br />

Primeiramente, parabéns! Sou sua fã e adoro os<br />

vídeos, os assuntos abordados e todo o material a que<br />

tenho acesso.<br />

Estou assistindo ao <strong>VendaMais</strong> Responde: Como<br />

vender em mercados de crise e gostaria de lhe fazer<br />

uma pergunta. Como mostrar ao cliente o valor do produto<br />

– e não o preço – quando ele se queixa da crise ou<br />

reclama que o preço está alto? Como driblar objeções?<br />

Andréa de Carvalho<br />

Excelente pergunta, Andréa. Vamos lá.<br />

Raul,<br />

É com imensa satisfação que agradeço pelos conteúdos<br />

enviados por você e sua equipe. A <strong>VendaMais</strong> faz parte da<br />

minha atuação diária, pois grande parte da minha criatividade<br />

e estratégia vem dessas mentes brilhantes que nos<br />

auxiliam e proporcionam um aprendizado fantástico, gerando<br />

ótimos resultados e, principalmente, uma melhor performance<br />

das pessoas que lideramos.<br />

Ivan Queiroz<br />

Gostaria de agradecer ao Raul Candeloro pelo brilhante trabalho<br />

que tem realizado junto ao varejo no Brasil. Gerencio uma<br />

equipe de <strong>venda</strong>s no Norte do país e as reportagens e artigos<br />

da revista <strong>VendaMais</strong>, juntamente com os vídeos enviados<br />

aos assinantes, têm contribuído significativamente para o meu<br />

crescimento profissional – e também da minha equipe!<br />

José Francisco Pereira da Silva<br />

Tenho 27 anos e sou empresário desde os 19. Sempre fui<br />

focado mais na parte administrativa e financeira, então<br />

está sendo um desafio assumir o cargo de gestor de equipes<br />

de <strong>venda</strong>s. Mas a <strong>VendaMais</strong> está contribuindo muito para<br />

que eu consiga vencer esse desafio. Sou assinante da revista<br />

há seis anos e a indico cada vez mais. Gostaria de elogiar<br />

o formato da edição digital. É excelente! Os vídeos são de<br />

fácil entendimento e inspiradores. Continuem levando esse<br />

conhecimento especializado para os líderes brasileiros!<br />

Mateus Gugel<br />

Participe DA SEção<br />

Reservado para Você<br />

Envie críticas, sugestões, deixe sua palavra, conte sua história,<br />

divida seus resultados conosco, mostre sua equipe*. O espaço é<br />

todo seu. Estamos esperando por você!<br />

Escreva agora mesmo para: leitor@<strong>venda</strong>mais.com.br e participe!<br />

*As fotos serão avaliadas pela equipe de redação.<br />

Obviamente, quanto melhor compreendermos o<br />

processo de compra do cliente, mais chances de sucesso<br />

teremos para entender e satisfazer suas necessidades,<br />

anseios e expectativas.<br />

Acredito que todo cliente tem sete grandes perguntas<br />

que precisam ser respondidas antes de comprar:<br />

1. Eu realmente preciso desse produto/serviço?<br />

2. Esse produto/serviço é realmente bom? (Ou melhor<br />

que os concorrentes?)<br />

3. Confio no vendedor que está me atendendo?<br />

4. Confio na empresa/marca que estou comprando?<br />

5. Estou pagando um preço justo?<br />

6. Sinto que estou levando algum tipo de vantagem?<br />

7. Compro agora?<br />

Se você parar para analisar <strong>venda</strong>s perdidas, por<br />

exemplo, certamente descobrirá que uma ou mais<br />

dessas perguntas ficaram sem resposta (ou que as<br />

respostas não foram convincentes). Para evitar que<br />

isso aconteça, recomendo a fórmula SEPAPIAG no Levantamento<br />

de Necessidades:<br />

Situação do cliente.<br />

Expectativas do cliente.<br />

Problemas que ele está tentando resolver (ou evitar).<br />

Aprofundamento.<br />

Preocupações.<br />

Irritadores.<br />

Alternativas que o cliente pode estar analisando.<br />

Ganhos/benefícios que ele terá ao comprar de você.<br />

De forma resumida, a melhor maneira de lidar com<br />

objeções ao preço é fazendo o Levantamento de Necessidades<br />

correto e respondendo as sete dúvidas que todos<br />

os clientes têm. Assim, você tem argumentos fortes<br />

para fazer os passos da <strong>venda</strong><br />

seguintes numa posição<br />

muito mais segura.<br />

Abraço e boas <strong>venda</strong>s!<br />

Quer entender melhor a ideia<br />

do Raul? Assista ao vídeo em<br />

que ele explica todos esses<br />

conceitos em detalhes. Para<br />

isso, basta acessar http://bit.<br />

ly/Raul-responde<br />

10<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


ENTRE NÓS<br />

<strong>VendaMais</strong> no<br />

Content Marketing<br />

WORLd 2015<br />

Em setembro, pelo segundo ano consecutivo, a <strong>VendaMais</strong><br />

esteve presente no Content Marketing World (CMW), maior<br />

evento de marketing de conteúdo do mundo, que é realizado<br />

anualmente em Cleveland (Ohio, Estados Unidos).<br />

Em dois dias de congresso, João Guilherme Brotto e<br />

Natasha Schiebel, jornalistas da nossa equipe, assistiram a<br />

mais de 20 palestras conduzidas por grandes especialistas do<br />

mundo todo. De lá, os dois trouxeram excelentes dicas, tendências<br />

e lições para quem quer usar o conteúdo como ferramenta<br />

de <strong>venda</strong>s.<br />

A reportagem que você lê a partir da página 78 desta edição<br />

fala sobre como o conteúdo pode ser utilizado a favor do<br />

seu pós-<strong>venda</strong>, aborda a questão do retorno sobre o investimento<br />

em marketing de conteúdo, apresenta cases de sucesso<br />

de empresas que estão pensando seu conteúdo de maneira<br />

estratégica e muito mais. Não deixe de ler!<br />

<strong>VendaMais</strong> na WEB<br />

Se, para você, o conteúdo bimestral da <strong>VendaMais</strong> e da <strong>VendaMais</strong><br />

digital (além do <strong>VendaMais</strong> Responde) não é suficiente<br />

para satisfazer sua sede por conhecimento, temos uma boa<br />

notícia: na internet, a frequência de atualização do nosso<br />

conteúdo é cada vez maior. São pílulas quase diárias de lições<br />

de <strong>venda</strong>s, liderança, carreira e muito mais! Acompanhe e<br />

aproveite!<br />

Portal <strong>VendaMais</strong> (www.<strong>venda</strong>mais.com.br) – Novos<br />

artigos às terças e quintas, trechos de reportagens da <strong>VendaMais</strong><br />

e muito mais.<br />

Facebook (http://bit.ly/Facebook-VM) e LinkedIn (http://<br />

bit.ly/Linkedin-VM) – Enquetes, frases inspiradoras e atualização<br />

de tudo que entra no ar no Portal <strong>VendaMais</strong>.<br />

Esperamos você nesses canais!<br />

Vem aí MAIS<br />

uma edição<br />

do CIRCuITO<br />

VENDAMAIS<br />

A primeira edição do Circuito<br />

<strong>VendaMais</strong>, que<br />

aconteceu no ano passado,<br />

foi um sucesso. Ao<br />

longo de uma semana,<br />

milhares de participantes<br />

tiveram acesso a 47 videoaulas<br />

gratuitas conduzidas<br />

por alguns dos<br />

melhores palestrantes de<br />

<strong>venda</strong>s, motivação e gestão<br />

de carreira do Brasil.<br />

Reunimos em nosso palco<br />

virtual nomes como<br />

Leila Navarro, Professor<br />

Gretz, Raul Candeloro,<br />

Marcelo Caetano, Claudio<br />

Diogo, César Frazão, Marcelo<br />

Ortega, João Kepler,<br />

entre muitos outros.<br />

E a segunda edição,<br />

que acontece entre os<br />

dias 17 e 19 de novembro,<br />

promete ser ainda melhor,<br />

com a presença dos palestrantes<br />

melhor avaliados<br />

no ano passado, além<br />

de vários outros nomes<br />

de peso. Quer saber mais<br />

e garantir sua vaga? Acesse<br />

www.circuitovm.com.<br />

br, cadastre-se e comece<br />

a se programar para participar<br />

de um excelente<br />

programa de capacitação<br />

em <strong>venda</strong>s sem gastar<br />

nada e sem sair de sua<br />

empresa, do escritório ou<br />

da sua casa! Participe!<br />

Todos nós, que vendemos,<br />

precisamos aprender e<br />

nos reciclar, pois aquele<br />

que pensa que já sabe de<br />

tudo é aquele que não<br />

sabe de nada!<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 11


ON-LINE POR JÚLIO CLEBSCH / DIVULGAÇÃO<br />

CEMITÉRIO<br />

ALTO asTRAL<br />

O Cemitério Jardim da Ressurreição (Teresina, PI) ignorou a<br />

resistência a assuntos fúnebres no Brasil e investiu em conteúdo<br />

criativo e divertido nas redes sociais para fortalecer<br />

a marca. E, sim, foi bem-sucedido nessa estratégia.<br />

O que catapultou a página para um plano superior foi a<br />

postagem em comemoração à aprovação norte-americana<br />

ao casamento gay. Assim como outras marcas, o Jardim da<br />

Ressurreição se mostrou feliz com a notícia publicando uma<br />

foto com um vidro cheio de purpurina, em que se lia: “Eu,<br />

quando for cremada”.<br />

A postagem foi um sucesso absoluto e comprovou que<br />

a estratégia de comunicação estava na direção certa. A publicação<br />

foi feita no dia 26 de junho deste ano, teve 727<br />

compartilhamentos e foi curtida por 1.770 pessoas. Detalhe:<br />

a repercussão do post impactou 160 mil pessoas. Ao final do<br />

mês de junho, a página tinha 1.167 seguidores. Em agosto,<br />

quando esta revista estava sendo produzida, quase 8 mil<br />

pessoas já acompanhavam as publicações. Que tal?<br />

Acompanhe o trabalho feito pelo cemitério acessando<br />

http://bit.ly/jardim-da-ressurreição.<br />

UM SOFÁ<br />

MUCHO LOCO<br />

No mês de julho, o Canoas Shopping (Canoas, RS) lançou a liquidação<br />

Descontrolados, que além de envolver mais de 200 lojas e<br />

de oferecer descontos de até 70%, ainda apresentou o “sofá<br />

descontrolado”, em que os clientes podiam brincar durante os<br />

quatro dias da promoção.<br />

O tal do sofá era um brinquedo instalado no segundo piso<br />

do centro de compras e que seguia a mesma dinâmica de um<br />

touro mecânico, desafiando o consumidor a permanecer o maior<br />

tempo possível sentado nele. Para participar, bastava se inscrever,<br />

gratuitamente, no balcão da ação de marketing promocional<br />

e aguardar sua vez. Depois, era só tentar se equilibrar sobre o<br />

sofá durante 30 segundos. A atração, logicamente, foi um grande<br />

sucesso, principalmente entre a molecada. Não havia prêmio<br />

para quem conseguisse atingir a marca dos 30 segundos, mas a<br />

diversão valeu a pena.<br />

12<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


<strong>venda</strong>mais.com.br<br />

A aquisição da revista <strong>VendaMais</strong> dá direito ao acesso do conteúdo<br />

exclusivo do site <strong>VendaMais</strong> (www.<strong>venda</strong>mais.com.br). Se você é<br />

assinante, basta digitar seu e-mail e sua senha. Caso tenha adquirido a<br />

revista nas bancas, digite o login “banca” e a palavra-chave “POSVENDA”,<br />

válida apenas para o mês de NOVEMBRO.<br />

CURTAS E BOAS<br />

INOVAÇÕES<br />

SEGURANDO O CONSUMIDOR I – Que o setor automobilístico<br />

é um dos que mais sofrem com a crise não é novidade.<br />

Novidade é o que as empresas estão fazendo para estimular<br />

o consumidor a continuar comprando mesmo em tempos<br />

difíceis. Além das já conhecidas promoções (como IPVA<br />

pago, bônus de fábrica, brindes e emplacamento grátis),<br />

agora já é possível parcelar a entrada – e as concessionárias<br />

estão ofertando até 95% da tabela Fipe em automóveis usados.<br />

A GM, por exemplo, se compromete a quitar até quatro<br />

parcelas do financiamento se o cliente perder o emprego.<br />

SEGURANDO O CONSUMIDOR II – A criatividade também<br />

anda solta no segmento de alimentação fora de casa, que<br />

caiu, em média, 30% este ano. O restaurante Ciao!, de São<br />

Paulo, inaugurou um bufê de aperitivos em que o cliente<br />

pode se servir de graça se comprar alguma bebida alcoólica.<br />

Já no bar O’Malley’s, também de São Paulo, a taxa de serviço<br />

não é mais cobrada (em concordância com os colaboradores<br />

da casa). A gorjeta só é paga se o cliente quiser. A<br />

estratégia ajudou a atrair mais clientes para o estabelecimento.<br />

Como se pode observar, baixar preço – que é o que<br />

mais se vê por aí – pode não ser a melhor ideia.<br />

CRIATIVIDADE<br />

EM VENDAS<br />

CHEIRO DE SUCESSO –<br />

História contada a nós<br />

por Jeffrey Gitomer, colunista<br />

desta revista:<br />

“Ao fazer plantão nos<br />

apartamentos que vende,<br />

uma corretora de<br />

imóveis costuma levar<br />

consigo sua máquina de<br />

fazer pão. Com o passar<br />

do tempo, o cheiro<br />

maravilhoso de pão fresco vai se espalhando pelo ambiente.<br />

Um pequeno truque psicológico que ajuda todo<br />

novo cliente potencial que chega ao plantão a se sentir,<br />

de certa forma, em casa. Além disso, claro, alguns ainda<br />

levam pão fresco para casa. Mesmo que não comprem o<br />

imóvel, certamente contarão o fato a seus amigos.” Detalhe<br />

ressaltado por Gitomer: a corretora é uma das mais<br />

bem-sucedidas da região. Ou seja, um pouco de criatividade<br />

e psicologia ainda são as melhores armas que<br />

existem para vender mais.<br />

A LOJA DO FUTURO – Que o varejo passa por uma revolução tecnológica você<br />

já está cansado de ouvir. Mas entender o que pode ajudar a melhorar a<br />

experiência do cliente em seu estabelecimento, dentre tantas novidades, é o<br />

que fará a diferença em seu negócio. Por exemplo:<br />

Fluxo de clientes – A Geeksys<br />

(www.geeksys.com.br) desenvolveu<br />

um software que permite ao<br />

lojista ter estatísticas sobre a movimentação<br />

de clientes dentro de<br />

sua loja. Também indica idade aproximada,<br />

sexo e fornece mapas mostrando<br />

as áreas mais e menos visitadas.<br />

Essas informações ajudam<br />

o empresário a definir suas próximas<br />

ações com base em fatos, não<br />

em achismos.<br />

Música preferida – Escolher a<br />

música certa pode mudar o humor<br />

do consumidor e a disposição para<br />

comprar, concorda? Sabendo disso,<br />

a On The Spot (www.onthespot.<br />

com) permite que um estabele-<br />

-cimento comercial disponha de<br />

uma playlist exclusiva, definida de<br />

acordo com o perfil dos clientes da<br />

loja. Isso ajuda a aumentar o tempo<br />

de permanência do cliente no<br />

estabelecimento e, claro, sua propensão<br />

a comprar ali.<br />

Propaganda customizada – A<br />

Tectra (www.grupotectra.com.br)<br />

desenvolveu sensores especiais<br />

– chamados beacons – que se comunicam<br />

com o smartphone do<br />

cliente e enviam promoções específicas<br />

assim que ele passar em<br />

uma determinada área de uma loja.<br />

Conhecendo melhor os produtos,<br />

os consumidores podem se interessar<br />

por eles, certo?<br />

Todas essas tecnologias já estão disponíveis e não demandam investimentos<br />

de milhões de reais. No entanto, é claro que você tem de saber do que<br />

seu ponto de <strong>venda</strong> precisa, senão qualquer investimento, por menor que<br />

seja, sempre será caro.<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 13


MANUAL DO LÍDER<br />

Organizado POR Rodrigo SaPORIti<br />

4 dicas para<br />

LIDAR COM<br />

ATRASOS<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

4.<br />

Uma coisa é fato: todo mundo procrastina!<br />

Mas gerentes de <strong>venda</strong>s de sucesso<br />

têm a tendência de procrastinar<br />

de maneira mais ou menos organizada,<br />

o que diminui os prejuízos causados<br />

pela procrastinação. Nesse sentido,<br />

estas são algumas dicas úteis:<br />

Identifique a parte mais fácil do projeto<br />

e, aí, faça! Você verá que identificar a<br />

parte mais fácil do projeto e realizá-la<br />

irá ajudar em duas coisas:<br />

Faz com que você inicie o projeto – o<br />

que é uma das coisas mais difíceis.<br />

Ajuda a criar um clima que permite<br />

que você supere as partes mais complicadas<br />

mais facilmente.<br />

Faça uma lista dos desafios do projeto.<br />

Geralmente, fazer uma lista de tudo o<br />

que precisa ser feito é um baita empurrão<br />

para o começo da produção. Fale<br />

para você mesmo que não está, efetivamente,<br />

colocando a mão na massa, está<br />

apenas fazendo uma lista de tarefas.<br />

Antes de se dar conta, você já terá riscado<br />

uns cinco itens da lista.<br />

Tenha “miniprazos”. Antes de atrasar o<br />

projeto, tenha prazos para os pequenos<br />

itens. Agendando o trabalho dessa maneira,<br />

você se forçará a fazê-lo em certos<br />

períodos de tempo. E não tenha medo<br />

de se presentear por atingir os prazos<br />

estipulados. Isso estimula o restante da<br />

caminhada.<br />

Delegue partes da tarefa. Uma maneira<br />

de começar a trabalhar em um projeto<br />

é dividi-lo entre os seus companheiros<br />

de trabalho. Olhe para cada<br />

tarefa e se pergunte: “Faz sentido realizá-la<br />

ou posso passar para algum funcionário?”<br />

Geralmente, os projetos que<br />

os gerentes de <strong>venda</strong>s mais procrastinam<br />

são aqueles que eles não deveriam<br />

estar fazendo.<br />

Como TREINAR e<br />

LIDERAR ATRAVés DE<br />

jogos e DINâMICAS<br />

Como qualquer atividade em sua empresa,<br />

é necessário planejar antes de<br />

decidir fazer uma ação de treinamento<br />

com o apoio de jogos e dinâmicas.<br />

Estas dicas ajudam nesse momento:<br />

Defina o que você quer conquistar<br />

com a ação. Pode ser estimular<br />

a criatividade, a tomada de<br />

decisão e responsabilidades, o<br />

sentido de grupo, o que for.<br />

Encontre um exercício que se<br />

encaixe no que você deseja. Há<br />

dezenas de livros sobre o tema<br />

em qualquer boa livraria. Você também pode pegar algumas ideias com professores de<br />

universidades, psicólogos e especialistas de empresas de treinamento.<br />

Estruture o encontro. Defina quem serão os participantes, qual será a data, o local e o<br />

motivo pelo qual eles deveriam participar daquele treinamento.<br />

Pense nos detalhes. Defina materiais (se necessário) e verba (se necessária) para o treinamento,<br />

bem como o tempo disponível.<br />

Mensure os resultados. Encontre maneiras de verificar se o treinamento atingiu seu<br />

objetivo. Combine, com cada participante, um jeito de medir os progressos.<br />

14<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


“Quanto mais você depende de forças externas, mais<br />

você é dominado por elas.”<br />

Harold Sherman<br />

Feliz RETORNO<br />

Sempre que um funcionário se afastar por motivo de<br />

doença, quando ele voltar, vá ao seu local de trabalho<br />

recepcioná-lo e desejar-lhe um feliz retorno. Pergunte<br />

como ele está se sentindo – mesmo que ele tenha se<br />

ausentado apenas por um dia. Isso demonstra que sua<br />

falta foi sentida e que as coisas não andaram sozinhas<br />

simplesmente. Além de fazer com que<br />

ele se sinta importante e valorizado,<br />

essa atitude fará com que ele pense<br />

duas vezes antes de usar qualquer<br />

doença como desculpa para faltar ao<br />

trabalho.<br />

Envolva a FAMíLIA<br />

Existem vários programas de TV e<br />

revistas que dão conselhos sobre<br />

como cuidar dos filhos, da casa,<br />

dicas para ajudar os pequenos com<br />

tarefas escolares, etc. Copie algumas<br />

dessas dicas e faça uma espécie<br />

de jornalzinho com elas, enviando<br />

para a família de seus funcionários.<br />

É uma maneira simpática<br />

de envolver todos e mostrar o<br />

quanto você se importa.<br />

Ideia NA CABEça<br />

Crie um ambiente em suas reuniões que facilite o aprendizado<br />

dos participantes e, consequentemente, a geração de<br />

novas ideias:<br />

A preparação é importante. Existem reuniões rápidas, que<br />

podem ser feitas em qualquer lugar. Agora, uma reunião<br />

para ensinar algo ao seu pessoal, para demonstrar o que<br />

sua empresa irá fazer dali para frente, bem, essa deve ser<br />

preparada com cuidado. Uma pessoa não presta atenção<br />

se estiver com o calo doendo de tanto ficar em pé, ou se<br />

quiser que aquilo termine logo para correr para outro compromisso.<br />

Reserve tempo suficiente para esse tipo de encontro,<br />

peça para que todos mantenham a agenda livre de<br />

compromissos importantes nesse dia e tenha certeza de<br />

que todos os participantes ficarão bem acomodados.<br />

Use linguagens diferentes. As pessoas<br />

aprendem melhor se puderem<br />

ver, escutar e pensar sobre a questão.<br />

Então, além do audiovisual, pense<br />

em fazer algo interativo. Se a ideia<br />

não tiver nada de sólido para ser demonstrado<br />

(se for um novo produto),<br />

faça um exercício, pedindo para que<br />

todos ponham no papel o que acharam<br />

daquilo.<br />

Seja claro e objetivo. Nada de colocar<br />

infindáveis gráficos de pizza, cinco<br />

ou seis fontes diferentes na apresentação<br />

multimídia, nem falar difícil.<br />

Respeite sua audiência. Seja claro.<br />

Delegue<br />

RESpONSABILIDADE<br />

Poucas coisas incentivam mais um<br />

funcionário do que participar de<br />

algo que exija responsabilidade e<br />

tenha grande visibilidade. Algumas<br />

dicas:<br />

1) Faça com que os funcionários<br />

de mais destaque trabalhem com<br />

você em um projeto altamente desafiador.<br />

2) Caso sua equipe tenha um resultado<br />

muito bom, mande dois ou<br />

três membros apresentarem esses<br />

números na reunião da diretoria ou<br />

ao presidente.<br />

3) Permita que os melhores membros<br />

da sua equipe escolham em<br />

quais projetos ou clientes eles querem<br />

focar.<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 15


Entrevista / Da Redação /<br />

DIVULGAÇÃO<br />

16<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


O cliente<br />

em PRIMEIRO<br />

LUGAR<br />

Entenda por que a Toyota tem um<br />

programa de pós-<strong>venda</strong> tão bem<br />

avaliado e inspire-se na forma<br />

como a fabricante japonesa conduz<br />

suas ações de atendimento ao<br />

cliente para melhorar o processo de<br />

pós-<strong>venda</strong> em sua empresa<br />

Um levantamento<br />

da consultoria<br />

Jato Dynamics revelou<br />

que, depois<br />

de se manter como<br />

o quarto maior<br />

mercado do mundo<br />

em <strong>venda</strong>s de<br />

automóveis entre<br />

2013 e 2014, o Brasil<br />

deve cair para<br />

o oitavo lugar até<br />

o final deste ano.<br />

Em julho deste ano, a PESquisa<br />

Customer Service Index, realizada pela<br />

consultoria J.D. Power do Brasil, revelou<br />

que dentre 13 fabricantes de veículos<br />

que atuam no país, a Toyota é a que<br />

tem os clientes mais satisfeitos com seu serviço de<br />

pós-<strong>venda</strong>. Em uma escala de possíveis mil pontos,<br />

a montadora japonesa conquistou 789 (49 a mais do<br />

que a segunda colocada no ranking, a Hyundai).<br />

Em um mercado que sofre com a crise econômica<br />

que o país enfrenta, ter a satisfação<br />

dos clientes pode ser um diferencial.<br />

Sabendo disso e buscando<br />

entender quais são as principais<br />

características do programa de pós-<br />

-<strong>venda</strong> da Toyota no Brasil (que<br />

foi, ainda, a empresa mais citada<br />

como exemplo de pós-<strong>venda</strong> na<br />

pesquisa realizada pela <strong>VendaMais</strong>),<br />

conversamos com Frank Peter<br />

Gundlach, diretor do departamento no país.<br />

Nas páginas a seguir, Gundlach revela sua visão<br />

sobre pós-<strong>venda</strong>, analisa os motivos que fazem o pós-<br />

-<strong>venda</strong> da Toyota ser tão bem avaliado e, apresentan-<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 17


do os principais destaques do programa<br />

da fabricante japonesa,<br />

reúne excelentes dicas para você<br />

que quer aprimorar a forma como<br />

sua empresa conduz o pós-<strong>venda</strong>.<br />

Acompanhe e inspire-se!<br />

<strong>VendaMais</strong> – Como você define<br />

um pós-<strong>venda</strong> de sucesso?<br />

Frank Peter Gundlach – Um pós-<br />

-<strong>venda</strong> de sucesso é aquele em que<br />

o cliente é realmente colocado em<br />

primeiro lugar. O que comprova se<br />

teorias de pós-<strong>venda</strong> são mesmo<br />

praticadas é a expressão dos clientes<br />

ao usufruírem dos produtos/<br />

serviços de uma determinada marca.<br />

No nosso caso, é notável o sorriso<br />

no rosto de nossos clientes,<br />

algo que buscamos com imensa<br />

dedicação diariamente. Além disso,<br />

as pesquisas de satisfação atestam<br />

o que nós já sabíamos: nosso<br />

programa de pós-<strong>venda</strong> gera satisfação<br />

nos clientes. E cliente satisfeito<br />

é cliente promotor de marca!<br />

Quais são as grandes vantagens<br />

de criar um programa consistente<br />

de pós-<strong>venda</strong>?<br />

Além da satisfação dos clientes e<br />

do aumento no número de clientes<br />

promotores, vantagens já citadas<br />

anteriormente, um bom<br />

serviço de pós-<strong>venda</strong> é, também,<br />

a demonstração da força da marca<br />

em manter a sustentabilidade<br />

de seus negócios. No caso do setor<br />

automotivo, o pós-<strong>venda</strong> ajuda os<br />

clientes a desfrutarem de seus<br />

veículos ao máximo, entregando<br />

prazer e conforto no dia a dia de<br />

sua mobilidade, gerando um ciclo<br />

virtuoso que ajuda a manter esses<br />

clientes fiéis às marcas.<br />

Recentemente, realizamos a<br />

maior pesquisa sobre pós-<strong>venda</strong><br />

já feita no Brasil. Muitos dos<br />

mais de 500 participantes da<br />

nossa pesquisa disseram que<br />

não investem mais em pós-<strong>venda</strong><br />

porque percebem que os<br />

clientes não gostam desse tipo<br />

de contato. Como contornar esse<br />

tipo de objeção e fazer o pós-<br />

-<strong>venda</strong> trazer resultados positivos<br />

tanto para a empresa<br />

quanto para o cliente?<br />

Para o pós-<strong>venda</strong> ser uma solução,<br />

é preciso oferecer serviços com qualidade,<br />

precisão e dedicação. Esses<br />

18<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


são os três pilares que formam o<br />

programa de pós-<strong>venda</strong> da Toyota<br />

do Brasil. Com isso, é possível conquistar<br />

a confiança dos consumidores<br />

e, uma vez que a confiança é<br />

estabelecida, o nível de satisfação<br />

também aumenta, alimentando<br />

novamente o ciclo virtuoso que<br />

reflete de forma direta no processo<br />

de recompra. Levando tudo isso em<br />

consideração, é possível dizer que<br />

o pós-<strong>venda</strong> se torna uma ferramenta<br />

indispensável e fundamental<br />

para a empresa cumprir com o<br />

plano de crescimento sustentável.<br />

Como um pós-<strong>venda</strong> bem feito<br />

contribui para minimizar os efeitos<br />

da crise?<br />

Acredito que o valor agregado de<br />

qualidade do produto + qualidade<br />

do serviço oferecido pela marca<br />

reflete, no longo prazo, no lucro<br />

que poderá ser reinvestido no<br />

desenvolvimento de produtos e<br />

serviços ainda melhores. Um ciclo<br />

altamente sustentável que trabalha<br />

em prol da perpetuação de<br />

uma excelente reputação da marca<br />

no mercado global.<br />

A Toyota foi a empresa mais<br />

citada como a maior referência<br />

em pós-<strong>venda</strong> no Brasil na pesquisa<br />

que realizamos sobre o<br />

tema. A que você credita esse<br />

reconhecimento?<br />

Desde a fundação da Toyota, o<br />

pensamento no qual está baseado<br />

nosso pós-<strong>venda</strong> é oferecer serviços<br />

de qualidade para veículos<br />

cada vez melhores. Com isso, nos<br />

aproximamos do nosso princípio-<br />

-mor de ser: satisfazer plenamente<br />

os nossos clientes e, passo a<br />

passo, deter sua total confiança,<br />

a fim de torná-lo um fã da marca<br />

Toyota, e não apenas um cliente<br />

fiel. Essa ideologia cativa os consumidores<br />

e envolve os profissionais<br />

que trabalham para promovê-la,<br />

o que é essencial para o<br />

programa de pós-<strong>venda</strong> ser reconhecido.<br />

No entanto, não é só<br />

isso. A forma como o pós-<strong>venda</strong><br />

é conduzido na Toyota do Brasil<br />

com certeza é o que faz a maior<br />

diferença.<br />

As ETAPAS DO PROGRAMA DE<br />

pós-<strong>venda</strong> da Toyota do Brasil<br />

O processo de pós-<strong>venda</strong> da Toyota está alicerçado no conceito “Cliente em primeiro lugar”,<br />

um verdadeiro guia para a empresa. Dentro dessa premissa, a companhia definiu uma filosofia<br />

do serviço de pós-<strong>venda</strong> que é resumida pela seguinte fórmula: PRECISÃO + DEDICAÇÃO =<br />

CONFIANÇA.<br />

Nesse sentido, do ponto de vista do cliente, para o serviço de pós-<strong>venda</strong> da Toyota gerar<br />

confiança ele precisa ser capaz de:<br />

Em termos de precisão: Fazer o diagnóstico dos problemas com precisão, realizar as revisões<br />

e os reparos e cumprir as promessas de tempo de entrega e valor de serviço.<br />

Em termos de dedicação: Oferecer ambientes agradáveis e acolhedores, comprometer-se<br />

com a solução do problema do cliente e dar-lhe uma hospitalidade que exceda suas expectativas.<br />

Para cada um desses pilares, a Toyota define uma série de regras que orientam o trabalho<br />

dos profissionais de pós-<strong>venda</strong>. O diagnóstico preciso, por exemplo, está dividido em três pilares:<br />

Confirmação detalhada da solicitação do cliente.<br />

Inigualável capacidade de diagnóstico.<br />

Disponibilidade de ferramentas de diagnóstico.<br />

“É preciso ter em mente que o foco<br />

DEVE SER a SATISFAção DO CLIENTE,<br />

não APENAS o RETORNO FINANCEIRO<br />

que as ações de pós-<strong>venda</strong> trarão.<br />

BUSCANDO OFERECER o MELHOR a ELE<br />

em PRODUTOS e SERVIços, o RETORNO EM<br />

TERMOS DE LUCRO SERá CONSEQUêNCIA.”<br />

Em cima desses pilares, os colaboradores recebem, ainda, orientações sobre o que devem<br />

fazer. Estas são as quatro ações que devem ser seguidas para garantir que a solicitação do<br />

cliente seja assimilada:<br />

1. Ouvir atentamente e com precisão as solicitações do cliente.<br />

2. Averiguar no veículo os problemas informados pelo cliente.<br />

3. Identificar corretamente as causas dos problemas.<br />

4. Anotar detalhadamente, na ordem do serviço, os problemas do veículo, as condições em<br />

que ocorrem e suas causas.<br />

Com o apoio dessas informações (e de todas as outras que detalham o restante do processo<br />

de pós-<strong>venda</strong>), os consultores de serviço da Toyota conseguem prestar um atendimento<br />

muito mais preciso, eficiente e eficaz aos clientes.<br />

Além disso, o compromisso durante o processo de atendimento e resolução no pós-<strong>venda</strong><br />

da Toyota também está ligado a um dos principais atributos que tornaram a marca referência<br />

mundial na produção de veículos: a qualidade. Para chegar nesse ponto, o pós-<strong>venda</strong> da Toyota<br />

adota uma linha de precisão e dedicação na realização das tarefas, que fundamenta e padroniza<br />

detalhadamente todo o processo, desde a recepção do cliente até a entrega do veículo.<br />

A lição que fica é: entender a visão dos clientes sobre a empresa, definir a “fórmula” que<br />

vai orientar seu atendimento/pós-<strong>venda</strong> e criar um passo-a-passo de ações para cada necessidade<br />

que um cliente apresentar é essencial para fazer seu pós-<strong>venda</strong> funcionar. Crie seu<br />

manual de pós-<strong>venda</strong>, treine sua equipe e colha os resultados!<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 19


“Um bom serviço de pós-<strong>venda</strong><br />

é, TAMBÉM, a DEMONSTRAção DA<br />

FORça DA marca em MANTER a<br />

SUSTENTABILIDADE DE SEUS NEGócios.”<br />

Quais são os principais indicadores<br />

que a Toyota considera<br />

no pós-<strong>venda</strong>?<br />

Consideramos especialmente dois<br />

indicadores: nível de satisfação no<br />

atendimento e resolução dos problemas<br />

apresentados pelos clientes.<br />

Para isso, a Toyota mantém,<br />

dentro de suas concessionárias,<br />

uma pesquisa qualitativa que<br />

aponta os principais índices –<br />

tanto para melhoria quanto para<br />

constatação do nível dos serviços<br />

prestados. Esta pesquisa é de extrema<br />

importância para a empresa,<br />

pois ela norteia os processos<br />

de kaizen (melhoria contínua),<br />

dando voz às necessidades de<br />

seus clientes.<br />

Por meio da opinião de nossos<br />

consumidores, fomos capazes de<br />

implementar a melhor sistemática<br />

na oferta de serviços e, mesmo<br />

tendo alcançado uma performance<br />

plenamente satisfatória até aqui,<br />

estamos buscando, por meio desse<br />

sistema, chegar a um caminho de<br />

excelência na oferta de serviços de<br />

pós-<strong>venda</strong>.<br />

Qual é o perfil das pessoas que<br />

estão em contato direto com os<br />

clientes no pós-<strong>venda</strong>?<br />

Primeiramente, o consultor de serviços<br />

de pós-<strong>venda</strong> da Toyota precisa<br />

entender que ele é a “cara” da<br />

empresa, justamente por ter mais<br />

contato direto com o cliente do que<br />

qualquer outro profissional da nossa<br />

equipe. Por isso, também é possível<br />

dizer que a chave do sucesso<br />

da companhia está nas mãos desse<br />

time.<br />

Como os profissionais de pós-<br />

-<strong>venda</strong> passam por treinamentos<br />

e qualificações constantes, oferecidos<br />

pelos programas da Toyota<br />

do Brasil, eles detêm uma capacidade<br />

de compreender os anseios<br />

do cliente de forma precisa e atenta.<br />

Além disso, ao incorporar os<br />

valores fundamentais do serviço<br />

de pós-<strong>venda</strong> da Toyota, são capazes<br />

de promover ações que geram<br />

serviços com precisão e dedicação,<br />

premissas que trabalham em conjunto<br />

para conquistar a confiança<br />

dos clientes.<br />

Quais são os valores que orientam<br />

o programa de pós-<strong>venda</strong><br />

da Toyota?<br />

No caso da Toyota, existe um sistema<br />

de valores que são diferenciais<br />

tanto na oferta de produtos<br />

quanto nos serviços. Na base desses<br />

valores, sempre em primeiro<br />

lugar, está o cliente. Dentro desse<br />

sistema de valores estão os princípios<br />

orientadores da fabricante,<br />

como o Toyota Way*. Nele, a filosofia<br />

de serviços de pós-<strong>venda</strong> re-<br />

flete a forma de pensar para satisfazer<br />

as necessidades do cliente<br />

em todas as etapas do processo.<br />

*O que é o<br />

TOYOTA Way?<br />

Entre 1948 e 1975, o engenheiro<br />

Taiichi Ohno desenvolveu o Sistema<br />

Toyota de Produção, guia que desde<br />

então orienta as ações da companhia<br />

e que tem o objetivo de<br />

aumentar a produtividade e a eficiência,<br />

evitando desperdícios (como<br />

tempo de espera, superprodução,<br />

gargalos de transporte e assim<br />

por diante). O Toyota Way apresenta<br />

os princípios subjacentes desse<br />

sistema. São eles:<br />

Melhora contínua (visão de longo<br />

prazo e “vá e veja” – orientação<br />

que sugere que se chegue<br />

até a fonte para encontrar os<br />

fatos e tomar decisões corretas).<br />

Respeito às pessoas (confiança<br />

mútua e trabalho em equipe).<br />

Quais são suas principais dicas<br />

para quem quer melhorar suas<br />

estratégias de pós-<strong>venda</strong>?<br />

É preciso ter em mente que o foco<br />

deve ser a satisfação do cliente, não<br />

apenas o retorno financeiro que as<br />

ações de pós-<strong>venda</strong> trarão. Buscando<br />

oferecer o melhor a ele em produtos<br />

e serviços, o retorno em termos<br />

de lucro será consequência.<br />

Livro: O modelo Toyota<br />

– 14 princípios de gestão<br />

do maior fabricante<br />

do mundo<br />

Autor: Jeffrey K. Liker<br />

Editora: Bookman<br />

Colaboraram nesta matéria: João Guilherme<br />

Brotto e Natasha Schiebel<br />

20<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 21


Super-pós-vendedOR / Da Redação /<br />

DIVULGAÇÃO<br />

Clientes<br />

satisfeitos<br />

e mais <strong>venda</strong>s:<br />

o resultado de<br />

cuidar bem do<br />

pós-<strong>venda</strong><br />

Pierre Xavier ENTENDEU QUE o pós-vENDA<br />

AJUDA não APENAS a MANTER UM BOM<br />

RELACIONAMENTO COM OS CLIENTES COMO<br />

TAMBém PROPORCIONA a GERAÇão de<br />

novas OPORTUNIDADES de NEGóCIOS e,<br />

por ISSO, DECIDIU CUIDAR MELHOR DESSA<br />

IMPORTANTE ETAPA DA vENDA. COMO<br />

RESULTADO, CONQUISTOU AMIGOS, vENDEU<br />

MAIS e SE TORNOU UM “SUPER-pósvENDEDOR”.<br />

CONHEÇA ESSA HISTóRIA e<br />

INSPIRE-se NELA PARA MELHORAR SEU<br />

pós-vENDA e vENDER MAIS!<br />

“Venda é<br />

relacionamento.<br />

Relacionamento é<br />

confiança! Se o seu<br />

cliente não pode<br />

confiar em você, de<br />

que adianta vender?”<br />

22<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 23


Como você já SABE, a BASE DESTA<br />

edição especial da <strong>VendaMais</strong> sobre<br />

pós-<strong>venda</strong> é a maior pesquisa já<br />

feita sobre o tema no Brasil. Entrevistamos<br />

mais de 500 profissionais<br />

de <strong>venda</strong>s do país para entender<br />

como as empresas brasileiras conduzem<br />

seus processos de pós-<strong>venda</strong><br />

e, com base nas informações coletadas,<br />

produzimos um verdadeiro<br />

guia sobre o “último” passo da <strong>venda</strong><br />

– que é a revista que você está lendo agora. Abrimos<br />

esta reportagem destacando uma das descobertas<br />

que fizemos analisando os dados da pesquisa:<br />

grande parte das empresas não realiza o pós-<strong>venda</strong><br />

de maneira estruturada, com metas e processos claros,<br />

que asseguram resultados efetivos.<br />

Ou seja, muitas organizações estão negligenciando<br />

uma importante etapa do processo de <strong>venda</strong>s que, além<br />

de fortalecer o relacionamento com os clientes, pode<br />

gerar mais oportunidades de negócios a partir da indicação<br />

dos consumidores satisfeitos e da continuidade<br />

no relacionamento com esses mesmos clientes.<br />

Mas esse não é o caso de Pierre Xavier, profissional de <strong>venda</strong>s que<br />

podemos chamar de “super-pós-vendedor”. Nas próximas páginas,<br />

você entende por que ele merece esse “título” e descobre quais são as<br />

lições que ele tem a ensinar para quem também deseja conquistar excelentes<br />

resultados fazendo um bom pós-<strong>venda</strong>!<br />

O REALIzADOR DE SONhos<br />

Xavier tinha apenas 12 anos quando se apaixonou pela profissão que<br />

ia seguir na idade adulta. Quando era adolescente, ele vendia jornais<br />

e, também, esquadrias de madeira. Só que como quase toda boa história,<br />

o sucesso não surgiu de cara e, no meio do caminho, ele teve que<br />

fazer uma “alteração de rota”. Suas escolhas acabaram levando-o para<br />

a área de recursos humanos. Foram nove anos dedicados ao RH, mas<br />

sempre sonhando em voltar a vender.<br />

Mas desde 2013, ele retornou ao caminho desejado e atua como<br />

corretor imobiliário autônomo nas cidades de Canoas e Porto Alegre<br />

(ambas no Rio Grande do Sul), além de nas demais cidades da região<br />

metropolitana da capital gaúcha, e não podia estar mais feliz! “Gosto<br />

de ver o sorriso no rosto dos meus clientes depois de assinarem seu<br />

contrato de compra de imóvel. Mexer com o íntimo das pessoas me<br />

fascina, saber que fiz parte da realização de um sonho é algo engrandecedor<br />

para mim”, conta.<br />

Aliás, foi essa vontade de ver os clientes felizes que o fez enxergar<br />

a etapa de pós-<strong>venda</strong> como uma oportunidade de estender a<br />

felicidade para além do ato da compra. Ele explica que quando começou<br />

na área imobiliária, verificou que, em geral, o cliente assina<br />

seu contrato e, depois, nunca mais vê o corretor. “Partindo do princípio<br />

de que os clientes ficam ‘órfãos’ de um corretor após a compra,<br />

A alegria dos clientes é a principal preocupação de Xavier, que sabe da importância de se fazer presente e, por<br />

isso, nunca deixa um contato esfriar depois da primeira <strong>venda</strong><br />

considerei que o melhor a fazer era manter-me<br />

presente – sempre com distanciamento adequado,<br />

para não ser inconveniente, é claro! Desde então,<br />

só venho colhendo bons frutos! Os clientes me<br />

indicam aos seus amigos e familiares o tempo todo”,<br />

destaca o vendedor.<br />

DISCIpLINA e ORganização: AS chAVES<br />

pARA um pós-VENDA EFETIVO<br />

Falta de tempo. Essa é a justificativa (ou seria desculpa?)<br />

número um dos vendedores para não realizar<br />

o pós-<strong>venda</strong> – ou para não executá-lo da maneira<br />

como deveriam. Xavier diz que essa também era uma<br />

de suas principais dificuldades no início da carreira<br />

como vendedor. Para superá-la, ele passou a enxergar<br />

o pós-<strong>venda</strong> não como uma etapa separada, mas,<br />

sim, como mais um processo que faz parte da <strong>venda</strong>.<br />

Para isso, passou a planejar a realização de tarefas<br />

dessa fase da mesma forma como organizava os contatos<br />

com os clientes para prospecção, por exemplo.<br />

“Por ter o pós-<strong>venda</strong> como algo inerente à <strong>venda</strong>, criei<br />

um fluxo para realizar contato com meus clientes de<br />

maneira constante. Sempre quando vou a uma obra,<br />

aproveito para tirar fotos, fazer vídeos e mostrar seu<br />

avanço. Envio regularmente informações sobre o<br />

mercado, dicas de decoração, faço contato em seus<br />

aniversários e, dependendo da intimidade que criamos,<br />

parabenizo até aniversários de casamento”, conta.<br />

24<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


"Partindo do princípio de que os clientes ficam ‘órfãos’ de um corretor após a compra,<br />

considerei que o melhor a fazer era manter-me presente – sempre com distanciamento<br />

adequado, para não ser inconveniente, é claro! Desde então, só venho colhendo bons<br />

frutos! Os clientes me indicam aos seus amigos e familiares o tempo todo.” (Pierre Xavier)<br />

"Quer dobrar seu faturamento? Dobre o tempo que você passa com seu cliente. Ouça-o! Acredito<br />

que, daqui para frente, as empresas e os profissionais que se destacarão serão aqueles que se<br />

dedicam a ouvir mais seus clientes.” (Pierre Xavier)<br />

Mas fazer isso nem sempre é fácil. Ele ressalta que a rotina de corretor<br />

de imóveis é bastante corrida e, às vezes, fica difícil se organizar. Por<br />

isso, é preciso disciplina para cumprir as tarefas e organização para encontrar<br />

tempo suficiente para fazer tudo o que é preciso para garantir a<br />

satisfação do cliente e, consequentemente, melhores resultados em <strong>venda</strong>s.<br />

Para isso, ele conta que procura dividir seu tempo da maneira mais<br />

coerente possível, dando ênfase ao que é realmente necessário, importante<br />

e urgente. “Até tive uma conversa com Raul Candeloro sobre<br />

isso. Perguntei-lhe o que ele achava da ‘infoxicação’, é muita informação<br />

o tempo todo, e isso também pode ser perturbador. Ele comentou<br />

que também divide seu dia, tem hora para se ‘infoxicar’ e hora para se<br />

‘desinfoxicar’. Outra dica que ele me deu foi filtrar muito bem os conteúdos<br />

que realmente interessam. Dessa forma, sobra mais tempo<br />

para fazer pós-<strong>venda</strong>”, aponta.<br />

Dicas práticas:<br />

Para se manter vivo na memória de seu público, envie sempre<br />

informações sobre o produto ou serviço que ele adquiriu.<br />

Trabalhe conteúdos relacionados ao negócio do cliente e dados<br />

do mercado que podem ser úteis para ele. Mostre que<br />

você não se esqueceu dele e que está interessado em sua satisfação<br />

máxima.<br />

Coloque o pós-<strong>venda</strong> como uma de suas tarefas prioritárias durante<br />

a semana. Estipule uma determinada quantidade de horas<br />

para se dedicar às ações de pós-<strong>venda</strong> – seja escrevendo um e-<br />

-mail, fazendo ligações ou visitas aos clientes.<br />

<strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong> que gERA NEgÓCIOS e AMIgos<br />

Você já imaginou ter um relacionamento tão bom<br />

com seu cliente durante e após a <strong>venda</strong> que ele até<br />

acaba se tornando seu amigo? Na rotina de Xavier<br />

isso é comum. Segundo ele, tudo começa com a valorização<br />

do relacionamento em todas as fases do<br />

processo de <strong>venda</strong> – e passa, claro, pelo fato de ele<br />

efetivamente realizar o pós-<strong>venda</strong>.<br />

Para o corretor, esse pensamento de que a <strong>venda</strong><br />

acaba no fechamento não é bom para ninguém – é<br />

ruim para o vendedor, que pode perder um cliente<br />

e também a oportunidade de ser indicado por ele,<br />

e para o consumidor, que fica desamparado depois<br />

da compra.<br />

Ele relata que muitos profissionais não dão continuidade<br />

ao relacionamento com o cliente porque<br />

sentem medo do que ouvirão dos consumidores,<br />

pensam que eles irão enchê-los de perguntas e demonstrarão<br />

insatisfação com o que compraram. Segundo<br />

nosso super-pós-vendedor, isso é comum no<br />

mercado imobiliário. “Muitos ‘pseudocorretores’<br />

vendem aos seus clientes o sonho da valorização de<br />

100% do imóvel em até um ano e isso não acontece,<br />

salvo raras exceções. Em razão disso, eles vendem<br />

uma vez só para aquele cliente e, depois, fogem dele<br />

a todo custo. Mas <strong>venda</strong> é relacionamento. Relacionamento<br />

é confiança! Se o seu cliente não pode confiar<br />

em você, de que adianta vender?”, questiona.<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 25


Para Xavier, ver clientes se transformarem em amigos é quase natural...<br />

... E as novas amizades rendem boas <strong>venda</strong>s!<br />

Para mostrar a importância da valorização do relacionamento e<br />

do respeito ao consumidor, ele conta o caso de quando marcou uma<br />

visita a um empreendimento e o prospect lhe perguntou se Xavier<br />

achava uma boa ideia que ele levasse o pai junto para conhecer o<br />

empreendimento e analisar a proposta. “Minha resposta foi óbvia:<br />

‘Mas é claro! Faço questão que traga seu pai, pois percebi que você<br />

confia muito na opinião dele. Concordo com você e acredito que a<br />

presença dele é muito importante!’”, relembra Xavier.<br />

Ele relata que o pai do prospect foi junto, ele apresentou o projeto<br />

para os dois, eles conversaram bastante e viram que tinham muitas<br />

coisas em comum. Fecharam o contrato no mesmo dia, mas<br />

continuaram a se falar depois. Resultado? Além daquela <strong>venda</strong>,<br />

Xavier ganhou dois grandes amigos. Pouco mais de um mês depois,<br />

recebeu até o convite para participar da formatura do cliente, além<br />

do seguinte depoimento: “Cara, sabe o que diferencia os profissionais?<br />

Sua capacidade de entrega. Se todos nós fizéssemos o arroz<br />

com feijão, teríamos profissionais apenas arroz com feijão. Mas devido<br />

a profissionais como você, que têm uma capacidade de entrega<br />

e resposta estupenda, o meu sonho, assim como o de muitos outros,<br />

está se realizando.”<br />

Incrível, não é mesmo? Com certeza, quando alguém pedir a<br />

indicação de um corretor para esse cliente de Xavier, ele não vai<br />

pensar duas vezes em indicá-lo, certo?<br />

O segredo para esse bom relacionamento com os clientes, segundo<br />

o vendedor, é ter o compromisso de realizar um ótimo negócio<br />

para cada um de seus consumidores. Não apenas fechar <strong>venda</strong>s, mas<br />

fazer clientes para toda a vida. “Com diretrizes como essas, você<br />

sempre atua com zelo, dedicação e responsabilidade. É a <strong>venda</strong> de<br />

hoje garantindo o resultado do amanhã!”, analisa.<br />

Dica prática:<br />

Leve em consideração, no relacionamento<br />

com o cliente, as pessoas que ele considera<br />

importantes. Pode ser o pai, a esposa, o<br />

marido, os filhos. Indiretamente, essas pessoas<br />

também são suas clientes. Esteja em<br />

contato e cuide do relacionamento com elas<br />

também.<br />

Exemplos: O cliente levou a esposa para a<br />

reunião? Não a deixe de fora da negociação.<br />

Inclua-a na conversa.<br />

A cliente disse que precisa sair cedo para<br />

pegar os filhos na escola? Pergunte sobre<br />

as crianças, compartilhe suas experiências<br />

com seus próprios filhos ou sobrinhos. Isso<br />

fará com que vocês se conectem de maneira<br />

mais sólida e ajudará a aumentar a confiança<br />

que o cliente tem em você. Assim, ficará<br />

muito mais fácil vender para ele.<br />

DICAS DE um super-pós-VENDEDOR pARA<br />

REALIzar um pós-VENDA EFICIENTE<br />

Para que você também possa fazer clientes para a<br />

vida toda, Xavier conta algumas dicas que irão lhe<br />

ajudar a gerar mais negócios e clientes amigos:<br />

26<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


1)<br />

Estabeleça uma FREquêNCIA DE CONTATO.<br />

Muitos vendedores não fazem pós-<strong>venda</strong> com medo de o consumidor<br />

não gostar da abordagem. Mas essa é uma visão totalmente<br />

equivocada. Xavier defende que, se feito de forma correta, esse<br />

contato após o fechamento é crucial para garantir a verdadeira satisfação<br />

do cliente. Você pode começar de leve e aumentar a frequência<br />

de contato, de acordo com a abertura do cliente. “Entro em contato com<br />

os clientes em média duas vezes por mês. Porém, em alguns casos,<br />

viramos tão amigos que nos falamos toda semana!”, conta.<br />

2)<br />

uTILIze a TECNOLOgia pARA ESTAR próxIMO<br />

do SEu CLIENTE.<br />

Nada como usar a tecnologia para tornar o processo de <strong>venda</strong>s<br />

mais dinâmico e estar sempre próximo do cliente. Xavier destaca como<br />

suas ferramentas favoritas para o pós-<strong>venda</strong> o WhatsApp e o e-mail.<br />

“O WhatsApp permite um contato imediato com o cliente. Dá para<br />

enviar fotos, vídeos, passar seu sentimento e o cliente verá naquele<br />

momento! Essa ferramenta lhe aproxima do seu público de uma maneira<br />

fantástica. Entretanto, é importante utilizar com prudência para<br />

não ser considerado chato”, recomenda.<br />

3)<br />

Faça-se pRESENTE NO DIA a DIA DO CLIENTE.<br />

Xavier garante que estar presente no dia a dia do cliente é muito<br />

importante para o relacionamento. Ele conta que, muitas<br />

vezes, liga para os consumidores apenas para desejar-lhes um bom dia<br />

ou uma boa semana de negócios. “Na primeira ligação, o cliente não<br />

entende nada, porque não é habitual, quase ninguém faz isso. Acredito<br />

que um simples gesto como esse pode mudar a semana dele e você<br />

fica ativo em sua mente. Isso pode até fugir um pouco do pós-<strong>venda</strong><br />

propriamente dito e entrar na área de relacionamento, mas, a meu ver,<br />

uma coisa complementa a outra”, salienta.<br />

4)<br />

Não TENha VERgONha DE pEDIR INDICAção.<br />

Muitas vezes, tudo de que você precisa para que o cliente lhe<br />

indique é pedir isso a ele. Xavier frisa que toda e qualquer oportunidade<br />

de <strong>venda</strong> é valiosíssima e que o pós-<strong>venda</strong> em si traz muitas<br />

chances de negócios. “O segredo é manter-se vivo na mente do cliente<br />

para que você vire referência para quando ele quiser comprar novamente<br />

ou recomendar você. Se você tem um bom relacionamento com<br />

o cliente durante e após a <strong>venda</strong>, ele vai lhe indicar para amigos, familiares<br />

e colegas de serviço. Sempre digo aos meus clientes: ‘Quero<br />

que, quando alguém lhe perguntar se você conhece um corretor de<br />

confiança, você diga: SIM, o Pierre é o MEU CORRETOR DE IMÓVEIS,<br />

ele ajudou a realizar meu sonho, está aqui o telefone dele, ligue agora!<br />

Tenho certeza de que estará em boas mãos!’”, aponta.<br />

5)<br />

ESTEJA DISpOSTO a ouVIR SEu CLIENTE – ANTES,<br />

duRANTE e DEpOIS DA VENDA.<br />

Como Xavier bem lembra, pesquisas comprovam que é muito<br />

mais caro buscar novos clientes no mercado do que manter os atuais<br />

ativos. E, além disso, é mais caro ainda resgatar um cliente que foi<br />

abandonado. O corretor destaca, também, que os mesmos estudos demonstram<br />

que o faturamento das empresa é proporcional<br />

ao tempo dedicado aos atuais clientes. Com<br />

base nisso, Xavier aconselha: “Quer dobrar seu faturamento?<br />

Dobre o tempo que você passa com seu<br />

cliente. Ouça-o! Acredito que, daqui para frente, as<br />

empresas e os profissionais que se destacarão serão<br />

aqueles que se dedicam a ouvir mais seus clientes.”<br />

“O segredo é manter-se vivo na mente do<br />

cliente para que você vire referência para<br />

quando ele quiser comprar novamente ou<br />

recomendar você. Se você tem um bom<br />

relacionamento com o cliente durante e após<br />

a <strong>venda</strong>, ele vai lhe indicar para amigos,<br />

familiares e colegas de serviço.”<br />

Por último, ele recomenda, ainda, estas quatro<br />

ações essenciais para quem quer ser um super-pós-<br />

-vendedor:<br />

1. Faça contato regular com seu cliente, mantenha-<br />

-se vivo na memória dele.<br />

2. Ouça-o genuinamente, entenda sua dor, leve isso<br />

como tarefa de casa para dentro da sua empresa.<br />

3. Errou? Admita seu erro e corrija-o. Você terá a<br />

confiança do seu cliente resgatada.<br />

4. Seja mais do que um vendedor, seja referência<br />

para o seu cliente, todo mundo gosta de comprar,<br />

mas poucos gostam que um vendedor tente forçar<br />

a <strong>venda</strong>.<br />

Quer ser um super-pós-vendedor também? Leia<br />

com atenção toda esta edição da <strong>VendaMais</strong>, siga<br />

os conselhos de Xavier e de todos os outros personagens<br />

e colunistas da revista e, depois, comemore<br />

os bons resultados!<br />

Colaborou nesta matéria: Francine Pereira<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 27


Liderança<br />

J.B. Vilhena<br />

Como fazer sua<br />

equipe se engajar<br />

no pós-<strong>venda</strong><br />

Nesta edição ESpECIAL SOBRE pós-VENDA, ME LEMBREI DE uma<br />

frase proferida pelo meu amigo Carlos Alecrim (excelente profissional<br />

e competente professor): “Na verdade, o pós-<strong>venda</strong> é a preparação<br />

da próxima <strong>venda</strong>.” A partir dessa lembrança, comecei a me perguntar:<br />

por que muitos gestores comerciais não estimulam suas equipes<br />

a implementar essa ação?<br />

A indagação me levou a compartilhar a dúvida com os alunos do<br />

MBA em Gestão Comercial da FGV em Rio Verde (GO). Depois de um<br />

estimulante exercício de design thinking (uma metodologia de treinamento<br />

muito útil), concluímos que as principais causas são:<br />

Medo de um possível aumento<br />

de custos.<br />

Excesso de confiança na<br />

qualidade dos produtos e<br />

serviços.<br />

Ênfase apenas no atingimento<br />

das metas de <strong>venda</strong>s.<br />

Acomodação.<br />

Falta de engajamento das<br />

equipes.<br />

28<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Inspirado nessas cinco causas,<br />

quero propor algumas formas<br />

de o gestor conseguir que<br />

sua equipe efetivamente faça o<br />

acompanhamento dos seus clientes<br />

depois que eles compraram.<br />

Em primeiro lugar, pensemos<br />

sobre a questão do aumento dos<br />

custos. Como fazer com que isso<br />

não venha a se tornar um impedimento<br />

para a implementação<br />

de uma metodologia de pós-<strong>venda</strong>?<br />

Eu diria que uma resposta<br />

óbvia é fazer com que os resultados<br />

oriundos da ação sejam<br />

maiores que o seu custo. Como?<br />

Treinando e capacitando as pessoas<br />

para, durante o pós-<strong>venda</strong>,<br />

identificar oportunidades e fechar<br />

negócios.<br />

É claro que essa fórmula não<br />

funciona para produtos de ciclo<br />

de <strong>venda</strong> longo (aqueles que o<br />

cliente leva muito tempo até decidir<br />

comprar). Nesse caso, talvez<br />

seja melhor oferecer premiações<br />

atraentes para quem conseguir<br />

precipitar a decisão do cliente.<br />

Outra alternativa é aumentar o<br />

valor da comissão de quem fizer<br />

<strong>venda</strong>s durante essa etapa do<br />

processo (a diminuição das margens<br />

seria compensada pelo aumento<br />

do volume). Quando nenhuma<br />

dessas opções for viável,<br />

temos, ainda, a hipótese de utilizar<br />

sistemas remotos (e-mails<br />

e telemarketing, por exemplo)<br />

ou mesmo terceirizar o trabalho<br />

(o que nos alivia de significativos<br />

custos fixos).<br />

Já a questão do excesso de<br />

confiança na qualidade do produto/serviço<br />

precisa ser enfrentada<br />

com um “choque de humildade”.<br />

Isso significa que precisamos<br />

estar preparados para<br />

sermos ultrapassados tecnológica<br />

ou comercialmente. Veja só o<br />

exemplo dos GPSs da Garmin e<br />

da TomTom (líderes do mercado<br />

americano e europeu, respectivamente).<br />

Ambos tornaram-se<br />

obsoletos não por causa de outro<br />

hardware, mas, sim, pela característica<br />

imbatível de compartilhamento<br />

que notabilizou o Waze<br />

(um sistema de geoposicionamento<br />

que se beneficia das informações<br />

fornecidas em tempo real<br />

pelos usuários).<br />

Gestores competentes sabem<br />

que precisam escutar o mercado<br />

ininterruptamente para não serem<br />

pegos de surpresa por produtos<br />

que o consumidor considera<br />

melhores. Isso exige um<br />

verdadeiro trabalho de “catequese”<br />

da equipe, que muitas<br />

vezes também acredita que, pelo<br />

fato de seus produtos serem<br />

bons, não é preciso acompanhar<br />

os índices de satisfação dos<br />

clientes.<br />

A questão da ênfase excessiva<br />

no atingimento de metas me<br />

faz crer que realmente há gestores<br />

comerciais que são bastante<br />

míopes (ou seja, têm aquilo que<br />

popularmente chamamos de “vista<br />

curta”). Isso porque se alguns<br />

dos principais objetivos do pós-<br />

-<strong>venda</strong> são monitorar a satisfação<br />

do cliente e identificar novas<br />

oportunidades, torna-se óbvio<br />

que uma ação desse tipo, quando<br />

corretamente implementada, ajudará<br />

a aumentar o volume vendido.<br />

Quando o vendedor é conscientizado<br />

disso, engaja-se mais<br />

facilmente nas ações de pós-<br />

-<strong>venda</strong>, pois sabe que isso significa,<br />

no final, mais dinheiro no<br />

seu bolso.<br />

Acomodação me parece ser<br />

uma das principais razões para<br />

muitos gestores não incentivarem<br />

– e cobrarem – o pós-<strong>venda</strong>.<br />

Se o gestor se acomoda, não tem<br />

jeito, a equipe fica acomodada<br />

também. Sabemos que usar a si<br />

mesmo como exemplo é uma das<br />

ferramentas mais efetivas da<br />

ação das lideranças. Gestores<br />

que ensinam seus subordinados<br />

a fazer pós-<strong>venda</strong> e são exemplo<br />

do sucesso do uso dessa ferramenta<br />

inspiram seus liderados<br />

a copiá-los.<br />

Por último – mas não menos<br />

importante –, vem a questão da<br />

falta de engajamento das equipes.<br />

Identifico várias razões para que<br />

isso aconteça:<br />

Falta de compreensão quanto<br />

à importância da ferramenta.<br />

Falta de motivação.<br />

Falta de treinamento.<br />

Falta de cobrança/supervisão.<br />

Se os nossos vendedores não<br />

compreendem a importância do<br />

pós-<strong>venda</strong>, é preciso conscientizá-<br />

-los. Campanhas informativas<br />

são uma eficaz ferramenta para<br />

tal.<br />

Se as equipes não estão motivadas,<br />

é preciso encontrar formas<br />

de estimulá-las. Recompensas<br />

financeiras e psicológicas<br />

costumam funcionar muito bem<br />

neses casos.<br />

Se nossos liderados não sabem<br />

como fazer pós-<strong>venda</strong>, precisamos<br />

treiná-los. Apresentações presenciais<br />

ou por meio de treinamentos<br />

a distância costumam apresentar<br />

excelentes resultados.<br />

Por último, não adianta que<br />

eles compreendam a importância,<br />

estejam motivados e saibam fazer<br />

corretamente o pós-<strong>venda</strong> se não<br />

forem cobrados pelos resultados.<br />

Portanto, não tem jeito. A efetividade<br />

e o resultado da ação dependerão<br />

enormemente do nível<br />

de engajamento dos gestores. Você<br />

está engajado?<br />

Agradeço aos alunos do MBA<br />

em Gestão Comercial da FGV em<br />

Rio Verde, que contribuíram –com<br />

suas opiniões e experiências – para<br />

a elaboração deste artigo.<br />

“Gestores<br />

competentes sabem<br />

que precisam<br />

escutar o mercado<br />

ininterruptamente<br />

para não serem<br />

pegos de surpresa<br />

por produtos que<br />

o consumidor<br />

considera melhores.<br />

Isso exige um<br />

verdadeiro trabalho<br />

de ‘catequese’ da<br />

equipe, que muitas<br />

vezes também<br />

acredita que,<br />

pelo fato de seus<br />

produtos serem<br />

bons, não é preciso<br />

acompanhar os<br />

índices de satisfação<br />

dos clientes.”<br />

JB Vilhena é coordenador<br />

do MBA em Gestão Comercial<br />

da FGV.<br />

E-mail: vilhena@instituto<br />

mvc.com.br<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 29


Decálogo do cLiente / Por Júlio CleBSCh e rAUl Candeloro<br />

As 10 leis do<br />

atendimento<br />

pós-<strong>venda</strong><br />

Oatendimento AO CLIENTE,<br />

para ser eficaz, exige comportamentos<br />

consistentes de cada<br />

funcionário sempre que<br />

um cliente entra em contato<br />

com a empresa que ele representa<br />

– seja lá qual for o motivo<br />

e o momento do ciclo da<br />

<strong>venda</strong>.<br />

Para melhorar a maneira<br />

como sua equipe se relaciona<br />

com as pessoas que já são clientes da sua empresa,<br />

recomendamos que você siga o que definimos<br />

como “as dez leis do atendimento pós-<strong>venda</strong>”.<br />

São elas:<br />

30<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


1<br />

O cliente NEM sempRE tem razão. Entretanto,<br />

o seu objetivo não deve ser desacreditá-lo,<br />

embaraçá-lo, irritá-lo ou desafiá-lo de<br />

maneira destrutiva. O que deve ser feito é<br />

descobrir a fonte ou a causa dessas percepções,<br />

crenças e atitudes incorretas. O próximo passo é<br />

entender se a empresa contribuiu de alguma forma<br />

para criar essa situação ou se a causa é alguma ação<br />

da concorrência e/ou do mercado.<br />

2<br />

O cliente NUNCA está completamente errado.<br />

Existe sempre algum elemento na percepção<br />

do cliente que é a verdadeira expressão<br />

da realidade por ele compreendida. Se<br />

mantivermos a mente aberta e um comportamento<br />

receptivo e neutro, um cliente insatisfeito pode nos<br />

ensinar muitas lições. Você pode, por exemplo,<br />

identificar se há um problema na comunicação, nos<br />

canais de distribuição, nas estratégias de preço, nas<br />

normas administrativas ou nos métodos de <strong>venda</strong>,<br />

se precisam de melhorias ou de mudanças radicais,<br />

e assim por diante.<br />

3<br />

O cliente merece o melhor, independentemente<br />

da hora do dia. O fato de você ter ficado<br />

trabalhando até tarde ontem à noite<br />

porque tinha que entregar o relatório mensal<br />

não deveria se tornar um problema para os seus<br />

clientes – eles não têm nada a ver com isso.<br />

4<br />

O cliente merece o melhor, independentemente<br />

da atitude do vendedor que o atende.<br />

Um vendedor está contando os dias que<br />

faltam para se aposentar, o novato reclama<br />

que o pessoal da produção não lhe dá apoio, outro<br />

está meio perdido porque é sua primeira semana<br />

de trabalho e ele ainda não conseguiu entender<br />

como todas as coisas funcionam, e tem ainda um<br />

que, sabendo que há um determinado item encalhado<br />

no estoque, começa a estimular sua saída,<br />

forçando os clientes a substituir suas compras<br />

regulares pelo item que a empresa quer girar. Essas<br />

e milhares de outras situações, quando não<br />

enfrentadas e resolvidas, acabam sendo um convite<br />

para o cliente procurar a concorrência. Não<br />

quer que isso aconteça? Lembre-se: o cliente merece<br />

o melhor, independentemente da justificativa<br />

que você dê para não entregá-lo.<br />

5<br />

Não passe o pepino para<br />

frente. Se reclamaram para<br />

você, o problema passa<br />

a ser seu. Resolva! Já aconteceu<br />

de você ligar para uma empresa<br />

e ser transferido quatro<br />

vezes antes de chegar à pessoa<br />

certa (isso quando ela está)? Ou,<br />

então, de, como cliente, escutar a<br />

famosa frase: "Isso não é comigo"?<br />

Nada agradável, não é mesmo?<br />

Não deixe que isso aconteça na<br />

sua empresa. Não fique em posição<br />

defensiva ou irritado quando<br />

um cliente lhe trouxer uma sugestão<br />

ou reclamação. Aceite o<br />

fato de que o problema realmente<br />

existe e ajude a resolvê-lo.<br />

6<br />

Funcionários também são<br />

clientes. Qualquer funcionário<br />

que faça qualquer<br />

coisa dentro da empresa<br />

está fazendo isso direta ou indiretamente<br />

em função dos clientes.<br />

Isso faz com que todos os funcionários<br />

sejam embaixadores, representantes<br />

e porta-vozes do<br />

cliente. Quando um funcionário<br />

ou departamento falha em servir<br />

internamente aos outros funcionários<br />

ou departamentos, mais<br />

cedo ou mais tarde os clientes<br />

também vão sentir na pele os<br />

resultados dessa incompetência.<br />

7<br />

Se você usar tecnologia,<br />

faça com que seja amigável.<br />

Já está começando a<br />

ficar irritante o fato de telefonar<br />

para uma empresa e falar<br />

com uma máquina insensível.<br />

Às vezes, é mais fácil ligar para<br />

o concorrente.<br />

8<br />

Diga o que você vai fazer<br />

e cumpra o que prometeu.<br />

Mantenha sua palavra, respeite<br />

as promessas feitas,<br />

honre os seus compromissos e<br />

deixe os clientes sempre a par<br />

do que está acontecendo.<br />

9<br />

Mostre interesse e atenção.<br />

As pessoas gostam de<br />

comprar de quem aprecia<br />

fazer negócios com elas.<br />

Clientes acabam gastando mais<br />

dinheiro com empresas amigáveis,<br />

que atendem seus pedidos<br />

especiais e que demonstram interesse.<br />

Uma das maneiras de<br />

mostrar esse interesse é transformando-se<br />

em um expert na<br />

sua área, para que, com um sorriso<br />

no rosto, você possa resolver<br />

imediatamente qualquer problema<br />

que surgir sem ter que ficar<br />

dez minutos com o cliente “pendurado”<br />

no telefone.<br />

10<br />

Esteja sempre um<br />

passo à frente do<br />

cliente. Para sobreviver<br />

e prosperar no cenário<br />

atual, as empresas – e todos<br />

os seus funcionários – precisam<br />

pensar sobre as necessidades e os<br />

desejos futuros dos clientes, bem<br />

como sobre os possíveis problemas<br />

e suas soluções. Se você ficar esperando<br />

que os seus clientes lhe<br />

tragam os problemas de bandeja<br />

ou que comuniquem de forma<br />

organizada e compreensível seus<br />

desejos e suas necessidades futuras,<br />

vai ser tarde demais, principalmente<br />

se a concorrência já<br />

estiver trabalhando nisso.<br />

10<br />

Se quiser saber mais sobre o Decálogo, organizar<br />

um workshop sobre o assunto na sua<br />

empresa, ou desenvolver esse tema com sua<br />

equipe, incluindo questionários, avaliações,<br />

resultados, discussões e apresentações em<br />

grupo, entre em contato pelo e-mail: eventos@<br />

editoraquantum.com.br<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 31


Carreira<br />

Marcelo Caetano<br />

Você ajuda<br />

e trabalha<br />

ou reclama<br />

e lamenta?<br />

Resolvi contar uma hISTÓRIA pARA VOCê<br />

no artigo desta edição porque ela vai me ajudar<br />

a explicar a ideia que quero transmitir...<br />

Tenho 42 anos. Faço aniversário no dia 1.º de<br />

outubro, Dia do Vendedor. Desde que deixei de<br />

trabalhar com marketing e fui para <strong>venda</strong>s, encarei<br />

isso como um sinal. Afinal, nascer nesse dia<br />

deve significar algo.<br />

Sou filho de um pai que sempre trabalhou<br />

muito, ralava mesmo. Até morou fora do Brasil<br />

por um período, em diferentes países, mas sempre<br />

se dedicou integralmente à família quando estava por perto. Quem<br />

trabalhava com ele dizia que ele era "chato" e exigente ao extremo.<br />

Minha mãe foi professora do Ensino Fundamental no interior de<br />

São Paulo. Ia para a escola de ônibus e levava algumas horas para<br />

chegar. Dava aula para a turma do 1.º ano de um lado da classe e<br />

para a turma do 2.º ano do outro lado. Isso mesmo, eram duas turmas<br />

na mesma sala. Cada uma olhando para um único quadro negro. Ela<br />

dava o melhor de si.<br />

O que quero dizer com isso é simples: cresci em uma família em<br />

que o trabalho nunca foi vergonha para ninguém! Pelo contrário: foi<br />

sempre um grande orgulho.<br />

Já adulto, em meus trabalhos como consultor, encontrei pelo caminho<br />

muitos workaholics. Alguns até passavam do ponto, trabalhavam<br />

demais e complicavam tudo: saúde, família, amizades, futuro.<br />

Viviam para trabalhar.<br />

Minha geração cresceu entre os baby boomers e a geração Y. Isso<br />

nos permitiu ver de perto essas duas realidades e mentalidades. E,<br />

claro, ajudou-nos a decidir como tirar o melhor de cada perfil. Hoje,<br />

trabalho muito, viajo bastante e tento encontrar o bom e velho equilíbrio<br />

entre vida pessoal e vida profissional.<br />

No que diz respeito ao lado profissional, tenho visto por aí algo<br />

que me incomoda muito. Pessoas pouco dispostas a fazer, mas querendo<br />

ganhar reconhecimento rapidamente. Querem ser valorizadas<br />

antes de mostrar trabalho, querem ganhar mais antes de apresentar<br />

32<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


esultados. Acreditam que instantes<br />

de talento as levarão a algum<br />

lugar. E isso definitivamente<br />

não funciona. É mito.<br />

A REALIDADE DESSES<br />

pROFISSIONAIS<br />

Essas pessoas vivem entre frustrações,<br />

divagações, questionamentos<br />

e pouco trabalho. Cansam<br />

demais, reclamam muito e fazem<br />

pouco. Penduradas em seus celulares,<br />

dizem que não têm tempo<br />

para nada – nem para ler um<br />

livro! –, mas se somassem o tempo<br />

que passam em redes sociais<br />

e no WhatsApp, logo iriam perceber<br />

que poderiam ler vários<br />

livros por mês. Quem sabe até<br />

escrever um!<br />

Não quero, aqui, fazer o papel<br />

de careta, conservador ou reacionário,<br />

nem questionar a tecnologia<br />

e sua importância em nossas<br />

vidas. Mas é preciso viver, se relacionar,<br />

ralar. Fazer acontecer.<br />

Sonia Rossi, uma das melhores<br />

profissionais de RH que já<br />

conheci, diz que se relacionar é<br />

ralar pele com pele. “O líder tem<br />

que se relacionar com sua equipe<br />

e com seus colegas de trabalho.<br />

É daí que saem as soluções”, costuma<br />

dizer. E ela tem razão!<br />

Uma hora será a sua vez de<br />

pegar o “saco”, colocar nas costas<br />

e carregá-lo. Se ele está sobre as<br />

suas costas agora, é porque é a<br />

sua vez de carregar. Faça isso, não<br />

questione, não reclame, não resmungue,<br />

nem procure alguém<br />

para passar o peso. Carregue-o,<br />

nem que seja pela crença de que<br />

algum dia alguém o carregará por<br />

você. Essa é a vida, esse é o jogo.<br />

O que OS gRANDES líDERES<br />

têm DE DIFERENTE<br />

Pela proximidade que felizmente<br />

tenho com vários presidentes<br />

de empresas, sempre me perguntam<br />

o que eles têm de diferente,<br />

o que os torna únicos. As diferenças<br />

são muitas, mas um incontestável<br />

ponto em comum é<br />

o trabalho, muito trabalho. Eles<br />

tentam, erram e acertam, buscam<br />

sempre o melhor de si e das pessoas<br />

que comandam.<br />

Não existe isso de tirar o<br />

melhor dos outros sem dar o<br />

melhor de si. As pessoas bem-<br />

-sucedidas procuram uma saída<br />

o tempo todo, enquanto os outros<br />

reclamam por demorar a<br />

encontrá-la. A verdade é uma<br />

só: assim que você encontrar<br />

uma saída, terá um novo desafio<br />

que o obrigará a começar a buscar<br />

a próxima. Assim, quem sabe<br />

a missão da vida de todos que<br />

se entregam ao trabalho e lideram<br />

pessoas seja sempre buscar<br />

uma saída – seja para os seus<br />

desafios ou para os desafios de<br />

seus liderados. (Caso você não<br />

seja um líder, será que sua missão<br />

não é encontrar saídas para<br />

os desafios das pessoas com as<br />

quais você compartilha seu trabalho<br />

e sua vida?)<br />

Quando entender isso, você<br />

descobrirá que sua grande função<br />

é ajudar as pessoas e a si mesmo<br />

a superar desafios. Mas cuidado:<br />

você pode tanto ajudar quanto<br />

atrapalhar a si próprio.<br />

Se você estuda, se ajuda. Se<br />

lê, se ajuda. Se está aberto a<br />

aprender com os mais experientes,<br />

se ajuda. Se cobra, incentiva,<br />

estimula, desenvolve e orienta<br />

seus liderados, está ajudando. Se<br />

não faz nada e só reclama, você<br />

atrapalha.<br />

Um dia, todos nós despertaremos<br />

(assim espero) e, quem sabe,<br />

com os olhos cheios de lágrimas,<br />

você descubra que ajudar os<br />

outros e a si mesmo é a sua maior<br />

missão no trabalho e na vida.<br />

Quem sabe essa seja a mais nobre<br />

das missões. Mas, para isso, é<br />

preciso estar perto das pessoas e<br />

dos desafios. É preciso viver e<br />

procurar as respostas.<br />

O gRANDE CONSELho<br />

Tenho visto por aí líderes mais<br />

focados em suas planilhas do que<br />

nas pessoas que comandam, mais<br />

focados na burocracia do que na<br />

equipe. Pessoas trancadas em<br />

suas salas ou em reuniões intermináveis,<br />

presas em suas verdades<br />

e estratégias que só acontecerão<br />

por meio das pessoas que<br />

hoje ignoram.<br />

Seu foco deve ser desenvolver<br />

a si mesmo e sua equipe. E não<br />

seus relatórios. Sei que muitos<br />

líderes podem dizer agora que a<br />

empresa exige muito desse trabalho<br />

burocrático ou que não<br />

têm tempo para acompanhar<br />

suas equipes de perto. Mas eu<br />

digo que essa é uma decisão sua.<br />

Trabalhe focado no que realmente<br />

importa. E trabalhe muito<br />

nisso. Ou será mais um a dar<br />

desculpas.<br />

Zig Ziglar, um grande mestre<br />

da motivação, dizia que "não<br />

existe alto desempenho sem paixão".<br />

Peço a permissão para completar:<br />

não existe alto desempenho<br />

sem paixão e sem trabalho,<br />

muito trabalho.<br />

Dê o melhor de si e, mais cedo<br />

ou mais tarde, o mundo vai<br />

retribuir – seja com um agradecimento<br />

de um liderado, com<br />

uma promoção ou um beijo de<br />

sua família.<br />

Mas não faça o que deve ser<br />

feito pela recompensa, faça porque<br />

o mundo precisa de pessoas que<br />

dão o melhor de si. Faça sua parte,<br />

siga sua verdadeira missão. O<br />

sucesso das suas <strong>venda</strong>s (e do<br />

pós-<strong>venda</strong>, tema desta edição da<br />

<strong>VendaMais</strong>) e a sua felicidade<br />

dependem disso!<br />

“Não existe isso<br />

de tirar o melhor<br />

dos outros sem<br />

dar o melhor de<br />

si. As pessoas<br />

bem-sucedidas<br />

procuram uma<br />

saída o tempo<br />

todo, enquanto os<br />

outros reclamam<br />

por demorar a<br />

encontrá-la.”<br />

Marcelo Caetano é sócio-<br />

-diretor da consultoria<br />

Soluções <strong>VendaMais</strong> e autor<br />

dos livros Vendedor fiel,<br />

cliente fiel e Chega de desconto!<br />

E-mail: caetano@<br />

solucaocomercial.com<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 33


34<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 35


Opinião / Da Redação<br />

O pós-<strong>venda</strong> e<br />

a fidelização<br />

de clientes<br />

Uma DAS CONSEquêNCIAS IMEDIATAS DE um pROCESSO DE<br />

pós-<strong>venda</strong> bem definido e levado a sério é o aumento da base de<br />

clientes fiéis. Por isso, a pesquisa nacional que desenvolvemos sobre<br />

o oitavo passo da <strong>venda</strong> perguntava aos participantes: o que é fidelizar<br />

um cliente para você?<br />

Das mais de 500 respostas que recebemos, selecionamos 12 que<br />

ajudam a esclarecer o conceito de fidelização de clientes e facilitam<br />

a compreensão de todo o conteúdo desta edição.<br />

Conheça as definições dadas pelos nossos entrevistados, inspire-<br />

-se para criar o seu próprio conceito e comece a usar o pós-<strong>venda</strong><br />

como ferramenta para fidelizar seus clientes. Vender mais (e melhor)<br />

será mais fácil assim!<br />

“Para mim, fidelizar um cliente<br />

é me tornar amigo dele, criar um<br />

vínculo que faz com que o ato da<br />

compra seja um momento de descontração,<br />

sem aquela pressão<br />

que um vendedor que está em seu<br />

primeiro contato com<br />

o cliente tem.”<br />

Tailan Erthal<br />

“É conquistar o coração do cliente,<br />

atendendo-o além do que ele<br />

mesmo espera. É oferecer o plus<br />

que ele não esperava, mas que<br />

ajuda a garantir que, no final, ele<br />

fique ainda mais satisfeito.”<br />

Emerson Fernando Cichella<br />

36<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


“É vender o que é bom, prestar<br />

assistência sempre que necessário<br />

(sem pisar na bola!), sempre telefonar<br />

em datas comemorativas,<br />

fazer visitas sem intenção de <strong>venda</strong><br />

– tipo encontros casuais – e<br />

mostrar para o cliente que ele não<br />

é apenas lucro no caixa, e sim<br />

uma pessoa especial que queremos<br />

sempre ter por perto.”<br />

Angélica Patrícia<br />

de Medeiros<br />

“É garantir que quando o cliente<br />

tiver uma necessidade ou projeto<br />

a ser desenvolvido e com o qual<br />

podemos colaborar, seremos a<br />

primeira empresa a ser contatada<br />

– mesmo que ele saiba que existem<br />

orçamentos mais<br />

baratos no mercado.”<br />

Eduardo Picão Melo<br />

“Tratar o cliente com respeito,<br />

atender suas necessidades e vender<br />

seus produtos. É isso que é<br />

preciso fazer para fidelizar um<br />

cliente. Além disso, é preciso ser<br />

honesto, cumprir cronogramas e<br />

não fazer promessas que se sabe<br />

que não poderão ser cumpridas.<br />

Por fim, é tornar o<br />

cliente seu fã!”<br />

Soraya Dias<br />

“Fidelizar um cliente, para mim,<br />

é fazer com que ele deixe de simplesmente<br />

ser um consumidor<br />

do produto que eu vendo para<br />

se tornar um advogado da minha<br />

marca. Ou seja, é conseguir atingir<br />

aquele momento especial em<br />

que o cliente passa a defender e<br />

difundir sua satisfação pessoal<br />

ao utilizar o produto que vendo<br />

e a marca que represento, em que<br />

ele afirma que não abre mão de<br />

contar com a nossa qualidade, o<br />

nosso atendimento e o nosso<br />

pós-<strong>venda</strong>. Esses momentos são<br />

raros hoje em dia, mas posso<br />

dizer que tenho alguns clientes<br />

assim em minha carteira e digo,<br />

sem dúvida, que com a ajuda<br />

deles eu vendo muito<br />

mais.”<br />

Juliardo Felden<br />

“Transformar o cliente em um<br />

vendedor ativo da empresa, em<br />

um importante gerador de indicações<br />

e um formador de opiniões<br />

positivas. É isso que a fidelização<br />

de clientes<br />

me garante.”<br />

Charles Wendel<br />

“É manter o cliente comprando<br />

conosco por gosto, porque nosso<br />

produto/serviço é a melhor opção<br />

para ele, e não por força de contrato<br />

ou porque temos<br />

o preço mais baixo.”<br />

Lucas Cemin Zanotti<br />

“Fidelizar um cliente, para mim,<br />

é ser verdadeiro e transparente<br />

com ele sempre, fazendo com que<br />

ele se sinta importante, e ajudá-lo<br />

a resolver até os mínimos problemas.<br />

Ou seja, é ser parceiro do<br />

cliente e ter empatia com ele, não<br />

ficar de olho somente no dinheiro,<br />

mas também auxiliá-lo. Também<br />

acredito que é preciso oferecer<br />

produtos de alta qualidade,<br />

que ajudem o consumidor a solucionar<br />

seus problemas – e não<br />

que, no futuro, se transformem<br />

em mais problemas<br />

para ele resolver.”<br />

Gilberto Sabino<br />

“Vender uma vez é fácil, o difícil é<br />

encantar o cliente e fazê-lo comprar<br />

de você novamente. Então, para<br />

fidelizar o cliente, é preciso sorrir<br />

sempre, ser muito atencioso com<br />

ele, saber escutá-lo e ir ao encontro<br />

de suas expectativas. Só assim<br />

ele irá se tornar um<br />

cliente fiel.”<br />

Fernando Barbosa<br />

“Fidelizar um cliente, para mim,<br />

é desenvolver um relacionamento<br />

de confiança e de lealdade.<br />

Ou seja, eu posso até sair da<br />

empresa na qual o atendi, mas<br />

sempre serei lembrada por ele<br />

quando o assunto for<br />

consultoria.”<br />

Patrícia Silveira<br />

“Fidelizar um cliente é garantir<br />

que ele fale bem da nossa empresa<br />

mesmo quando está longe dela.<br />

Seja na roda de amigos, nas<br />

redes sociais, quando indica nossos<br />

produtos/serviços, quando<br />

expressa sua confiança em nossa<br />

empresa, quando nos procura<br />

sempre que se depara com uma<br />

necessidade que sabe que podemos<br />

suprir e assim por diante.<br />

Além disso, o cliente fiel é aquele<br />

que depois de passar algum<br />

tempo sem comprar ou utilizar<br />

o serviço, dá uma passada na<br />

empresa e justifica<br />

sua ausência.”<br />

Schirley de Farias Lolli<br />

Claro que não é apenas o pós-<br />

-<strong>venda</strong> que garante a fidelização<br />

de seus clientes, mas ele é peça-<br />

-chave nesse quebra-cabeça. Então,<br />

se você quer aumentar sua<br />

base de clientes fiéis, precisa se<br />

preocupar cada vez mais com o<br />

que faz depois que o cliente fecha<br />

a primeira compra em sua empresa.<br />

Siga os conselhos desta<br />

edição da <strong>VendaMais</strong>, aposte<br />

cada vez mais no pós-<strong>venda</strong> e<br />

fidelize seus clientes!<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 37


EDIÇÃO ESPECIAL<br />

PÓS VENDA<br />

INFOGRáficO<br />

O mapa DO<br />

pós-VENDA<br />

no BRASIL<br />

Da Redação<br />

Durante dois meses, mais<br />

de 500 profissionais de<br />

<strong>venda</strong>s de empresas dos<br />

mais variados portes e<br />

segmentos participaram da maior<br />

pesquisa sobre pós-<strong>venda</strong> já realizada<br />

no Brasil.<br />

Com o objetivo de entender como<br />

o “último” passo da <strong>venda</strong> é conduzido<br />

nas organizações brasileiras, a<br />

<strong>VendaMais</strong> perguntou a eles quais<br />

ferramentas utilizam para fazer pós-<br />

-<strong>venda</strong>, como conduzem esse processo<br />

(internamente – através da<br />

equipe de <strong>venda</strong>s ou de outros departamentos<br />

– ou terceirizando), quais<br />

são os objetivos do pós-<strong>venda</strong> em<br />

suas empresas e assim por diante.<br />

Após fazer uma criteriosa análise<br />

das respostas dadas por vendedores,<br />

supervisores de <strong>venda</strong>, gerentes<br />

comerciais, diretores e sócios-<br />

-fundadores, descobrimos que há<br />

muito a ser feito para que o pós-<br />

-<strong>venda</strong> traga os resultados que pode<br />

oferecer. Ao longo das páginas desta<br />

edição, você vai entender como<br />

isso é possível!<br />

Agora, porém, você visualiza o<br />

panorama do pós-<strong>venda</strong> no Brasil<br />

por meio de alguns dos principais<br />

dados levantados em nossa pesquisa.<br />

Analise-os e aproveite para pensar<br />

e repensar suas estratégias. Elas<br />

podem fazer toda a diferença em<br />

suas <strong>venda</strong>s!<br />

Perfil dos participantes<br />

da pesquisa<br />

Vendedor – 24,9%<br />

Supervisor comercial – 10,1%<br />

Gerente comercial – 21,9%<br />

Diretor comercial – 8,4%<br />

Sócio-fundador – 19,9%<br />

Outros cargos – 14,8%<br />

Na sua empresa, o<br />

pós-<strong>venda</strong> é feito<br />

internamente ou é<br />

terceirizado?<br />

Internamente – 98,2%<br />

Terceirizado – 1,8%<br />

Sua empresa dedica mais atenção a<br />

qual passo da <strong>venda</strong>?<br />

(Os participantes puderam marcar<br />

duas respostas)<br />

Preparação e planejamento – 18,7%<br />

Prospecção – 33,6%<br />

Abordagem – 19%<br />

Levantamento de necessidades – 22,6%<br />

Proposta de valor – 18,1%<br />

Negociação – 34,6%<br />

Fechamento – 32,3%<br />

<strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong> – 18,1%<br />

Se feito internamente,<br />

quem faz?<br />

O próprio vendedor ou outro<br />

departamento?<br />

O próprio vendedor – 72,8%<br />

Outro departamento – 27,2%<br />

38<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br <strong>venda</strong>mAIS.com.br - NOVEMBRO novembro 2015


De 0 a 10, qual<br />

prioridade você<br />

diria que o<br />

pós-<strong>venda</strong><br />

recebe em sua<br />

empresa?<br />

0 – 2,3%<br />

Quais<br />

ferramentas<br />

você usa para fazer<br />

pós-<strong>venda</strong>?<br />

87,4%<br />

51,9%<br />

41%<br />

Telefone<br />

Visitas<br />

E-mail pessoal<br />

17,9% E-mail marketing 3,7%<br />

12,1%<br />

2,1%<br />

1,1%<br />

1,2%<br />

3%<br />

24,9%<br />

9,4%<br />

5,9%<br />

Facebook<br />

LinkedIn<br />

Twitter<br />

Blog<br />

Newsletter<br />

WhatsApp<br />

Eventos<br />

Outras<br />

62,5%<br />

49,3%<br />

16%<br />

3,7%<br />

0,4%<br />

0%<br />

0%<br />

0,5%<br />

13%<br />

3%<br />

5,2%<br />

Quais<br />

ferramentas<br />

funcionam<br />

melhor?<br />

1 – 4,6%<br />

2 – 6,7%<br />

3 – 8,0%<br />

4 – 8,5%<br />

5 – 17,4%<br />

6 – 10,1%<br />

7 – 13%<br />

8 – 14,4%<br />

9 – 5,3%<br />

10 – 9,6%<br />

Quantos dos clientes da<br />

carteira são abordados?<br />

Até 10% - 32,5%<br />

Até 25% - 21,3%<br />

Até 50% - 17,1%<br />

Até 75% - 14%<br />

100% - 15,1%<br />

Existem metas quantitativas<br />

claras e definidas de pós-<strong>venda</strong><br />

na sua empresa?<br />

Sim – 17,9%<br />

Não – 82,1%<br />

Sua empresa tem um sistema claro<br />

e bem definido para contatar e/ou<br />

atrair de maneira efetiva clientes<br />

que já compraram anteriormente?<br />

Sim – 26,5%<br />

Não – 73,5%<br />

Como as informações do pós-<strong>venda</strong> são<br />

utilizadas depois?<br />

Para obter feedback dos clientes – 55%<br />

Processos de melhoria interna – 59,4%<br />

Premiações para a equipe de <strong>venda</strong>s – 6,4%<br />

Desenvolvimento de novos produtos/serviços – 25,8%<br />

Outro – 8,4%<br />

Qual o objetivo do seu pós-<strong>venda</strong>?<br />

Detectar oportunidades e vender mais – 52,9%<br />

Resolver problemas – 37,8%<br />

Conhecer melhor o cliente – 30%<br />

Diminuir reclamações – 27,5%<br />

Diferenciar-se da concorrência – 49,2%<br />

Outro – 8,7%<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br <strong>venda</strong>mAIS.com.br - NOVEMBRO novembro 2015 39


EDIÇÃO ESPECIAL<br />

PÓS VENDA<br />

CAPA<br />

40<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br <strong>venda</strong>mAIS.com.br - NOVEMBRO novembro 2015


O mapa do<br />

de sucesso<br />

Com OS DADOS DA MAIOR<br />

PESQUISA SOBRE pós-vENDA<br />

já FEITA NO BRASIL EM mãos,<br />

NOSSA EQUIPE DESvENDOU<br />

o CAMINHO QUE você PRECISA SEGUIR<br />

PARA GARANTIR QUE ESSE<br />

PASSO DA vENDA SEJA LEvADO a séRIO<br />

em SUA EMPRESA e TRAGA<br />

os RESULTADOS QUE você<br />

ESPERA<br />

Da Redação<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br <strong>venda</strong>mAIS.com.br - NOVEMBRO novembro 2015 41


EDIÇÃO ESPECIAL<br />

PÓS VENDA<br />

O dicionário CALDAS AuLETE<br />

define assim o pós-<strong>venda</strong>: “Etapa,<br />

posterior à <strong>venda</strong> de produto ou<br />

serviço, em que se procura fidelizar<br />

o cliente através de avaliação<br />

de seu grau de satisfação, do oferecimento<br />

de manutenção, de<br />

promoções especiais, etc.”<br />

Entre os especialistas em <strong>venda</strong>s,<br />

é quase uma unanimidade a<br />

opinião de que essa definição está<br />

correta apenas em parte. Eles<br />

acreditam que, na verdade, ela<br />

está incompleta, e que, se seguida<br />

ao pé da letra, pode gerar frustração<br />

em quem aposta no pós-<strong>venda</strong><br />

para melhorar seus resultados.<br />

E o motivo, segundo eles, é simples:<br />

o pós-<strong>venda</strong> é muito mais do<br />

que uma etapa posterior ao fechamento,<br />

como diz o dicionário. É<br />

um passo da <strong>venda</strong> que ajuda a<br />

garantir a <strong>venda</strong> seguinte (e a<br />

próxima, e a outra, e assim por<br />

diante) e, portanto, não pode ser<br />

visto como algo para ser feito uma<br />

única vez, apenas para encerrar<br />

um ciclo. Pelo contrário. Precisa<br />

ser tratado como um processo<br />

consistente, estruturado e planejado<br />

que traz resultados no curto<br />

prazo (ajudando a resolver problemas<br />

pontuais de clientes, por<br />

exemplo), mas, também e principalmente,<br />

no longo prazo (garantindo<br />

a satisfação de clientes que<br />

já compraram inúmeras vezes).<br />

No entanto, a pesquisa que<br />

realizamos sobre pós-<strong>venda</strong> (e<br />

que você conheceu em detalhes<br />

no infográfico que está nas páginas<br />

38 e 39) mostrou que mesmo<br />

os profissionais de <strong>venda</strong>s mais<br />

experientes muitas vezes acabam<br />

levando em consideração apenas<br />

sua definição formal na hora de<br />

colocá-lo em prática. Prova disso<br />

é que 74% dos mais de 500 participantes<br />

do estudo conduzido<br />

pela <strong>VendaMais</strong> revelaram que<br />

não têm um processo claro e bem<br />

definido para contatar e/ou atrair<br />

de maneira efetiva clientes que<br />

já compraram anteriormente,<br />

mais de 80% disseram não ter<br />

metas claras com relação a essa<br />

etapa da <strong>venda</strong> e, ainda, 47% dos<br />

respondentes deram notas inferiores<br />

a cinco (de uma escala de<br />

zero a dez) para a atenção que<br />

suas empresas dão ao pós-<strong>venda</strong>.<br />

Está na hora de mudar isso!<br />

O pós-<strong>venda</strong>, como você verá ao<br />

longo desta reportagem, tem o<br />

potencial de reverter impressões<br />

negativas, fidelizar clientes e<br />

ajudá-lo a vender mais. Ou seja,<br />

quando bem estruturado, ele pode<br />

ser um diferencial e tanto para<br />

qualquer empresa. Sabendo<br />

disso, fomos atrás de histórias de<br />

sucesso em pós-<strong>venda</strong>, reunimos<br />

grandes conselhos de especialistas<br />

em <strong>venda</strong>s e apresentamos o<br />

mapa do pós-<strong>venda</strong> de sucesso<br />

na reportagem que você começa<br />

a ler agora. Com a ajuda deste<br />

guia, você vai des<strong>venda</strong>r o caminho<br />

que precisa percorrer para<br />

fazer o “último” passo da <strong>venda</strong><br />

fortalecer sua estratégia como<br />

um todo.<br />

6 fatos que podem<br />

derrubar uma<br />

estratégia de pós-<br />

-<strong>venda</strong> – e como<br />

contorná-los<br />

Tão importante quando saber por<br />

qual caminho seguir para chegar<br />

até o seu destino final é saber<br />

também quais rotas não pegar.<br />

Afinal, descobrir que você pegou<br />

uma estrada cheia de buracos no<br />

meio do trajeto o fará ter que voltar<br />

alguns quilômetros mesmo<br />

depois de já ter desperdiçado energia<br />

e combustível, não é mesmo?<br />

Essa metáfora é válida também<br />

para o caminho do sucesso<br />

no pós-<strong>venda</strong>. Com a ajuda dos<br />

participantes da nossa pesquisa,<br />

descobrimos quais são os grandes<br />

“buracos na estrada” que podem<br />

“atrasar sua viagem” e revelamos<br />

como você pode fugir deles.<br />

1) O pós-<strong>venda</strong> até<br />

existe, mas as<br />

informações<br />

coletadas com os<br />

clientes não são bem<br />

aproveitadas<br />

“É muito comum as empresas<br />

fazerem pesquisas de satisfação<br />

com os clientes e utilizarem mal<br />

42<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Wanderley Cintra<br />

o resultado que obtiveram. Esse<br />

é um erro grave, porque o fato<br />

de fazer a pesquisa já gera nos<br />

clientes uma expectativa de melhora<br />

dos serviços. Eles pensam<br />

que é interessante participar,<br />

respondem, engajam-se, mas,<br />

com o tempo, percebem que não<br />

há nenhuma melhoria e, com<br />

isso, podem ter uma percepção<br />

negativa da empresa”, avalia<br />

Wanderley Cintra, psicólogo especialista<br />

em avaliação de desempenho<br />

em <strong>venda</strong>s.<br />

Segundo Cintra, o maior problema<br />

desse erro é que, por conta<br />

dele, ao invés de a pesquisa<br />

funcionar como um potencializador<br />

de <strong>venda</strong>s ou de melhorias,<br />

acaba se tornando uma ferramenta<br />

prejudicial, que depõe contra<br />

a empresa.<br />

Jociandre Barbosa, palestrante<br />

e consultor de marketing e<br />

<strong>venda</strong>s, concorda com ele e acrescenta:<br />

“Muita gente realiza o pós-<br />

-<strong>venda</strong> e ‘engaveta’ os resultados.<br />

No entanto, as informações coletadas<br />

durante o processo precisam<br />

ser mensuradas e transformadas<br />

em subsídios para novas estratégias.<br />

Todos os profissionais das<br />

áreas de atendimento e <strong>venda</strong>s<br />

precisam conhecer os resultados<br />

de alguma forma. Apresente-os<br />

em gráficos periodicamente e ouça<br />

a opinião da sua equipe. Além<br />

disso, também indique soluções<br />

para os problemas apontados. Se<br />

você acha que não tem estrutura<br />

para realizar isso, contrate uma<br />

consultoria que faça por você”,<br />

orienta.<br />

Para evitar que esse primeiro<br />

erro destrua sua estratégia de<br />

pós-<strong>venda</strong>, os especialistas sugerem<br />

as seguintes ações:<br />

Ao desenvolver a ferramenta<br />

de pesquisa, procure envolver<br />

tanto a equipe de decisão<br />

quanto a equipe de frente, para<br />

ter uma visão macro dos<br />

resultados.<br />

Ofereça um treinamento para<br />

alinhar os objetivos da pesquisa<br />

com toda a equipe e definir<br />

como o cliente será abordado.<br />

Ao executar a pesquisa, tome<br />

cuidado e enfatize para o<br />

cliente a importância do processo.<br />

Fazê-lo enxergar que<br />

aquele contato é importante<br />

não apenas para a empresa,<br />

mas para ele também pode<br />

aumentar sua vontade de ajudar<br />

(o que vai garantir respostas<br />

mais precisas e úteis<br />

para você).<br />

Quando for colocar em prática<br />

ações para melhorar os<br />

pontos que foram destacados<br />

na pesquisa, defina prioridades,<br />

levando em consideração<br />

os seguintes critérios:<br />

a) Mude primeiro o que for<br />

urgente e de menor custo.<br />

b) Depois, mude o que for<br />

urgente e de maior custo.<br />

Faça propaganda das mudan-<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 43


EDIÇÃO ESPECIAL<br />

PÓS VENDA<br />

ças para que o cliente veja que<br />

a opinião dele foi ouvida.<br />

Comunique-as por e-mail, no<br />

seu site, em contatos telefônicos,<br />

etc.<br />

Se os dados da sua pesquisa<br />

forem excelentes, divulgue as<br />

informação em suas ações de<br />

marketing. Inclusive, se houver<br />

depoimentos, utilize-os<br />

– lembre que seu cliente vende<br />

muito mais e melhor do<br />

que você.<br />

“Muita gente realiza o pós-<strong>venda</strong> e<br />

‘engaveta’ os resultados. No entanto, as<br />

informações coletadas durante o processo<br />

precisam ser mensuradas e transformadas<br />

em subsídios para novas estratégias.”<br />

(Jociandre Barbosa)<br />

2) Vendedores não<br />

estão motivados<br />

para fazer pós-<strong>venda</strong><br />

A falta de motivação dos vendedores<br />

para fazer pós-<strong>venda</strong> foi<br />

uma das dificuldades mais citadas<br />

pelos participantes da nossa pesquisa.<br />

Mas é fácil jogar a culpa na<br />

equipe de <strong>venda</strong>s e não analisar<br />

os motivos que levam a essa desmotivação<br />

– e que, muitas vezes,<br />

são de responsabilidade do líder.<br />

Jociandre Barbosa<br />

Você já parou para pensar que<br />

talvez as metas de sua equipe<br />

estejam muito focadas no índice<br />

de fechamento (o que faz com que<br />

eles queiram estar 100% focados<br />

na <strong>venda</strong> em que estão trabalhando)?<br />

Ou, ainda, que a remuneração<br />

de seus vendedores não esteja<br />

nem um pouco atrelada ao seu<br />

desempenho no pós-<strong>venda</strong>, que<br />

ele não esteja apto a cuidar desse<br />

processo porque não foi treinado<br />

e assim por diante?<br />

Entender os motivos que levam<br />

à desmotivação é dever de<br />

quem lidera a equipe. Supervisores,<br />

gerentes e diretores comerciais<br />

precisam ouvir seus vendedores<br />

e descobrir o que faz com<br />

que eles não deem a essa etapa a<br />

atenção que merece. Depois de<br />

compreendidos os motivos, você<br />

pode repensar seu posicionamento<br />

e buscar formas de agradar a<br />

todos, aumentando as chances de<br />

reverter esse problema.<br />

Na mesma linha de pensamento,<br />

nossos entrevistados destacaram,<br />

ainda, o fato de muitos vendedores<br />

não acreditarem no pós-<br />

-<strong>venda</strong> (e, por isso, não se engajarem<br />

nele). Mais uma vez, o<br />

problema pode estar na forma<br />

como o líder conduz o processo.<br />

Se o pós-<strong>venda</strong> é feito e as informações<br />

não são bem aproveitadas,<br />

como destacado no item 1, uma<br />

das consequências naturais é que<br />

o vendedor deixe de acreditar no<br />

processo e prefira voltar sua atenção<br />

ao que ele sabe que funciona:<br />

o fechamento, claro. Portanto, para<br />

garantir uma equipe engajada<br />

no pós-<strong>venda</strong>, você precisa assegurar<br />

que as coisas estejam acontecendo<br />

como deveriam: os responsáveis<br />

pelo contato com o cliente<br />

fazem sua parte, mas os líderes<br />

dão continuidade ao processo<br />

atendendo às solicitações dos clientes<br />

e encontrando maneiras de<br />

resolver os problemas destacados.<br />

O ciclo precisa se fechar!<br />

44<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Wesley Alves<br />

3) Desorganização da<br />

empresa, sobrecarga<br />

no vendedor<br />

Carteiras de clientes muito<br />

grandes, metas, remuneração<br />

e outros benefícios apenas com<br />

base em indicadores de fechamento<br />

e o processo todo da<br />

<strong>venda</strong> sob responsabilidade de<br />

apenas um profissional. Esses<br />

são os grandes “culpados” por<br />

mais um problema que prejudica<br />

o pós-<strong>venda</strong> em muitas<br />

empresas.<br />

Existem algumas possíveis<br />

alternativas pra resolvê-lo: diminuir<br />

as carteiras dos vendedores<br />

(o que pode resultar em<br />

ter que contratar novos profissionais),<br />

distribuir melhor as<br />

etapas da <strong>venda</strong> (tendo uma<br />

equipe dedicada apenas ao pós-<br />

-<strong>venda</strong>, por exemplo) e atrelar<br />

remuneração também a resultados<br />

relacionados a essa etapa<br />

da <strong>venda</strong>. Não há uma resposta<br />

certa para todas as empresas<br />

nesse sentido. Para chegar ao<br />

formato ideal, você precisa avaliar<br />

as características do seu<br />

negócio e o perfil da sua equipe.<br />

É isso que lhe dirá qual o melhor<br />

caminho a seguir.<br />

<strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong> Gazin Atacado: equipe dedicada e<br />

clientes satisfeitos = pós-<strong>venda</strong> que vende!<br />

Desde julho deste ano, a Gazin Atacado, uma das maiores atacadistas de eletrodomésticos<br />

do Brasil, tem uma equipe de pós-<strong>venda</strong> (com seis profissionais dedicados<br />

a essa etapa) separada do restante da equipe comercial (que tem cerca de 180 vendedores).<br />

“Por mais que boa parte dos nossos vendedores já fizesse o pós-<strong>venda</strong> com<br />

seus clientes, antes da divisão não existia um processo estabelecido para essa etapa<br />

da <strong>venda</strong>; nossos vendedores faziam um pós-<strong>venda</strong> mais de relacionamento mesmo.<br />

E como a obrigação principal do vendedor é vender, a gente sabia que seria difícil<br />

exigir mais isso. Assim, resolvemos criar essa nova equipe especializada. Com isso,<br />

nosso pós-<strong>venda</strong> passou a ser muito mais efetivo para o cliente. O foco não é só relacionamento,<br />

é de fato resolver problemas – mesmo que muitas vezes o problema<br />

nem seja da Gazin”, explica Wesley Alves, diretor de marketing da companhia e gestor<br />

da equipe de pós-<strong>venda</strong>.<br />

Segundo Alves, atualmente, a equipe de pós-<strong>venda</strong> atende 30% da carteira de<br />

clientes da Gazin Atacado. E o feedback dos clientes tem sido excelente. “Todo mundo<br />

fala em surpreender os clientes e a Gazin, com uma atitude simples como essa, tem<br />

conseguido surpreender seus clientes e, além disso, vender mais”, revela, adicionando<br />

que os atendentes de pós-<strong>venda</strong> muitas vezes identificam oportunidades que os<br />

vendedores, na correria do dia a dia, não conseguem enxergar. Por conta disso, a<br />

estimativa é que, no começo do ano que vem, a base de clientes atendidos dobre de<br />

tamanho – e, por conta disso, a equipe de pós-<strong>venda</strong> também.<br />

Alves conta, ainda, que a equipe de pós-<strong>venda</strong> é remunerada de duas formas:<br />

“Eles têm o salário fixo, mas também têm uma remuneração variável de acordo com<br />

o atingimento de metas. Para isso, levamos em consideração principalmente dois<br />

indicadores: o número de problemas solucionados (independentemente do tipo de<br />

problema – seja de transporte, devolução, produto que não chegou, reclamação sobre<br />

vendedor, etc.) e o tempo que o profissional levou para resolvê-los”, pontua.<br />

Para formar essa nova equipe, a Gazin Atacado selecionou colaboradores que já<br />

faziam parte do time da empresa há pelo menos um ano (o objetivo era garantir que<br />

os “pós-vendedores” tivessem o “DNA” da empresa) e que têm um perfil menos<br />

agressivo, mais relacional. Afinal, como destaca o gestor da equipe, esses profissionais<br />

são solucionadores de problemas.<br />

Satisfeito com os resultados que essa mudança tem trazido para a empresa (que<br />

vê os clientes felizes com o atendimento e os resultados melhorando), Alves recomenda<br />

a separação do processo de pós-<strong>venda</strong> e aconselha: “Aproveite seus colaboradores<br />

internos, crie uma nova equipe e, com ela, estabeleça procedimentos e indicadores<br />

voltados para a <strong>venda</strong>. Não adianta oferecer algo bonito e legal se o resultado<br />

financeiro não acompanhar.”<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 45


EDIÇÃO ESPECIAL<br />

PÓS VENDA<br />

4) Falta de um bom<br />

script<br />

Ninguém gosta de ser atendido<br />

por robôs que só repetem informações<br />

de script, mas ser atendido<br />

por profissionais despreparados,<br />

que não sabem o que precisam<br />

falar, também é algo que<br />

desagrada os clientes. Um pós-<br />

-<strong>venda</strong> efetivo, portanto, é aquele<br />

que oferece o melhor do script,<br />

mas ainda assim dá liberdade ao<br />

atendente.<br />

Para medir a satisfação do<br />

cliente no pós-<strong>venda</strong>, José Teófilo<br />

Neto, consultor e palestrante<br />

na área de comunicação e<br />

<strong>venda</strong>s, recomenda um telefonema,<br />

preferencialmente cinco<br />

dias após a compra, seguindo<br />

um questionário de, no máximo,<br />

cinco questões. “Entre elas, três<br />

avaliações são obrigatórias: o<br />

atendimento inicial, a postura<br />

do vendedor e o cumprimento<br />

dos prazos de entrega (se a entrega<br />

tiver acontecido no ato,<br />

pergunte sobre as formas de pagamento<br />

adotadas pela empresa)”,<br />

orienta.<br />

Na sequência, o especialista<br />

diz que os clientes devem ser convidados<br />

a atribuir notas com níveis<br />

de um a quatro (segundo ele,<br />

se for até cinco, as pessoas cravam<br />

em três, e se for até dez, cravam<br />

em sete). Os quatro níveis são:<br />

1 Ruim<br />

2 Regular<br />

3 Bom<br />

4 Ótimo<br />

O script que ele sugere que<br />

seja adotado para isso é este:<br />

“Boa tarde, sou [nome e sobrenome],<br />

do departamento de<br />

atenção ao cliente da [empresa<br />

X] e tenho três perguntas bem<br />

simples sobre sua compra em [nossa<br />

loja, nosso site, nosso e-commerce,<br />

etc.]. Você deve atribuir<br />

notas de um a quatro, sendo “1”<br />

se considerou ruim; “2”, para regular;<br />

“3”, se acha que foi bom e<br />

“4” para avaliar como ótimo. A<br />

primeira pergunta é…”<br />

Depois das três perguntas<br />

obrigatórias, Teófilo Neto aponta<br />

que a quarta questão deve abordar<br />

a possibilidade de o cliente recomendar<br />

sua empresa e/ou seus<br />

produtos. Nesse sentido, Marcelo<br />

Baratella, palestrante de <strong>venda</strong>s<br />

e treinador do <strong>VendaMais</strong> Small<br />

Business, acrescenta: “Sem dúvida<br />

nenhuma, uma das mais poderosas<br />

formas de mensuração<br />

para definir o grau de satisfação<br />

e fidelidade dos consumidores de<br />

qualquer tipo de empresa é o NPS<br />

ou Net Promoter Score”, destaca.<br />

O Net Promoter Score foi criado<br />

por Fred Reichheld, autor do<br />

livro A pergunta definitiva, e gira<br />

em torno do seguinte questionamento:<br />

“Em uma escala de zero<br />

a dez, o quanto você indicaria<br />

nossa empresa para um amigo?”.<br />

Com base nas notas, os clientes<br />

são classificados em três formas:<br />

Notas de 0 a 6 – Clientes<br />

detratores: São aqueles clientes<br />

que afirmam que as suas vidas<br />

pioraram depois da compra do<br />

Marcelo Baratella<br />

produto ou serviço da empresa<br />

mencionada. Criticam a empresa<br />

em público e jamais voltariam a<br />

fazer negócio com ela, exceto em<br />

situações extremas.<br />

Notas 7 e 8 – Clientes neutros:<br />

Clientes que compram somente<br />

os produtos e serviços realmente<br />

necessários. Não são leais<br />

e não são entusiastas da empresa.<br />

Notas 9 a 10 – Clientes promotores:<br />

Passaram a ter uma<br />

vida melhor depois do início do<br />

relacionamento com a empresa/<br />

produto/serviço/marca. São leais,<br />

oferecem feedbacks e são entusiasmados.<br />

46<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


“Calcular o NPS permanentemente<br />

e acompanhar sua evolução<br />

só traz benefícios para<br />

qualquer tipo de empresa, em<br />

qualquer ramo de atividade. Cultivar<br />

os clientes promotores torna<br />

qualquer marca mais sólida a<br />

longo prazo, uma vez que a propagação<br />

dos valores do negócio<br />

é feita de forma espontânea através<br />

desses consumidores satisfeitos”,<br />

conclui.<br />

5) Alguns clientes<br />

não gostam de<br />

receber essas<br />

ligações, ainda não<br />

entendem o serviço<br />

prestado<br />

Apesar de esse item ter se destacado<br />

na pesquisa que realizamos<br />

sobre pós-<strong>venda</strong>, David Lederman,<br />

diretor da Lederman Consulting<br />

& Education e especialista<br />

em call center, discorda dos<br />

participantes e diz que esse é o<br />

tipo de abordagem que mais agrada<br />

os clientes. “Cliente não quer<br />

saber de empresa que liga para<br />

vender, mas empresa que liga<br />

para saber sua opinião e para<br />

buscar feedback para aprimorar<br />

produtos e serviços é muito bem<br />

vista”, analisa.<br />

O especialista pondera, então,<br />

que o problema pode estar na<br />

forma como o pós-<strong>venda</strong> é comunicado<br />

pela organização. Para<br />

reverter essa impressão, o primeiro<br />

passo, na visão de Lederman,<br />

é iniciar o contato já apresentando<br />

o objetivo – que deve<br />

ser escutar o que o cliente tem a<br />

dizer e obter informações que<br />

serão úteis para aprimorar produtos,<br />

processos e serviços. “Sentindo<br />

que vai ajudar a empresa e<br />

até mesmo se ajudar fornecendo<br />

essas respostas, o cliente responderá<br />

ao pós-<strong>venda</strong> de maneira<br />

muito positiva”, considera.<br />

Princípios básicos do<br />

pós-<strong>venda</strong>:<br />

Mostre interesse, ouça com atenção e<br />

capte as reais necessidades do cliente<br />

(ele nem sempre sabe o que realmente<br />

quer e pode passar informações erradas).<br />

Nunca prometa o que você não pode<br />

cumprir e cumpra tudo o que prometeu.<br />

Não adie o problema e nem passe o “abacaxi”<br />

adiante, solucionar problemas é<br />

tarefa inerente ao bom profissional de<br />

<strong>venda</strong>s da atualidade.<br />

O cliente nem sempre tem razão, mas,<br />

também, nem sempre está errado.<br />

“Cliente não quer saber<br />

de empresa que liga para<br />

vender, mas empresa<br />

que liga para saber<br />

sua opinião e buscar<br />

feedback para aprimorar<br />

produtos e serviços é<br />

muito bem vista.”<br />

(David Lederman)<br />

David Lederman<br />

6) A empresa não<br />

valoriza o pós-<strong>venda</strong><br />

Diversas respostas à pergunta sobre<br />

os grandes erros cometidos no<br />

pós-<strong>venda</strong> giraram em torno da<br />

organização da empresa para fazer<br />

o pós-<strong>venda</strong> acontecer. Os participantes<br />

da pesquisa revelaram<br />

problemas como: “falta um processo<br />

de pós-<strong>venda</strong>”, “falta equipe<br />

para realizar o pós-<strong>venda</strong>”, “nossos<br />

vendedores não são treinados para<br />

isso”, “não sabemos mensurar<br />

os resultados do pós-<strong>venda</strong>”, “o<br />

pós-<strong>venda</strong> é feito por um profissional<br />

que entende do produto,<br />

mas não de relacionamento” e “os<br />

vendedores não são cobrados por<br />

resultados em pós-<strong>venda</strong> e muito<br />

menos premiados por isso”.<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 47


EDIÇÃO ESPECIAL<br />

PÓS VENDA<br />

Isso tudo mostra que essas<br />

empresas não valorizam o pós-<br />

-<strong>venda</strong> como deveriam. O motivo?<br />

Talvez elas desconheçam os benefícios<br />

que esse passo da <strong>venda</strong><br />

pode trazer.<br />

Por que você deveria<br />

evitar esses erros e<br />

investir em pós-<strong>venda</strong><br />

“Você precisa ter em mente que<br />

conquistar um cliente novo é cinco<br />

vezes mais caro do que manter<br />

na sua base clientes que já compraram.<br />

Além disso, em média, um<br />

cliente novo não é tão rentável<br />

quanto um cliente ativo, pois o<br />

cliente que você acabou de conquistar<br />

não está maduro e dificilmente<br />

irá consumir todos os seus<br />

produtos ou serviços. Em tempos<br />

difíceis como o que estamos vivendo,<br />

então, é muito mais importante<br />

reter o cliente atual do que gastar<br />

energia para conquistar um<br />

novo cliente”, declara David Lederman.<br />

E nesse processo, o pós-<br />

-<strong>venda</strong> é fundamental, pois ele<br />

demonstra a preocupação da empresa<br />

para com os clientes, garante<br />

a resolução de problemas e assegura<br />

que a base permaneça viva.<br />

Mas essa não é a única questão<br />

pertinente aos benefícios do pós-<br />

-<strong>venda</strong> que deve ser analisada na<br />

hora de decidir se esse importante<br />

passo será mais bem trabalhado<br />

em uma empresa. É preciso<br />

refletir, ainda, sobre outros benefícios<br />

que um pós-<strong>venda</strong> bem feito<br />

pode trazer. E nesse sentido, o<br />

depoimento de Sanon Matias na<br />

nossa pesquisa sobre o assunto<br />

traz uma interessante reflexão:<br />

“Na abordagem do pós-<strong>venda</strong>, descobrimos<br />

uma falha em um de<br />

nossos processos. Antes de conversar<br />

com nossos clientes, nós<br />

“Calcular o NPS permanentemente e acompanhar<br />

sua evolução só traz benefícios para qualquer tipo<br />

de empresa, em qualquer ramo de atividade. Cultivar<br />

os clientes promotores torna qualquer marca mais<br />

sólida a longo prazo, uma vez que a propagação<br />

dos valores do negócio é feita de forma espontânea<br />

através desses consumidores satisfeitos.”<br />

(Marcelo Baratella)<br />

entendíamos que o procedimento<br />

de encerramento de ticket deveria<br />

partir da empresa, e não do cliente.<br />

Depois que passamos a cuidar<br />

do pós-<strong>venda</strong>, descobrimos que<br />

isso gerava bastante descontentamento<br />

por parte dos clientes,<br />

afinal, muitas vezes o ticket tinha<br />

que ser reaberto. Então, após analisarmos<br />

diversos depoimentos<br />

de nossos clientes, mudamos o<br />

procedimento. De lá pra cá, nossos<br />

resultados melhoraram.”<br />

O que a declaração de Matias<br />

revela é a capacidade do pós-<strong>venda</strong><br />

de apontar falhas organizacionais.<br />

Ou seja, ele faz com que empresas<br />

que estão dispostas a mudar<br />

descubram no que precisam melhorar.<br />

Com essa informação em<br />

mãos, o trabalho fica muito mais<br />

fácil. E com o caminho corrigido,<br />

as chances de os clientes tornarem-<br />

-se fiéis aumentam (assim como a<br />

possibilidade de indicações) e, consequentemente,<br />

as <strong>venda</strong>s também.<br />

É isso que você busca, não é?<br />

4 passos para fazer<br />

um pós-<strong>venda</strong> que<br />

funciona<br />

Convencido a iniciar um trabalho<br />

mais consistente de pós-<br />

-<strong>venda</strong>? Então está na hora de<br />

saber o que você precisa fazer<br />

para iniciar essa mudança na<br />

sua empresa!<br />

1) Defina a estratégia<br />

de pós-<strong>venda</strong><br />

Há diversas maneiras de fazer<br />

pós-<strong>venda</strong>. Conhecer algumas<br />

delas é o primeiro passo para definir<br />

qual é a ideal para sua empresa.<br />

Para ajudá-lo a encontrar<br />

o caminho ideal para os seus objetivos,<br />

apresentamos as seguintes<br />

dicas:<br />

48<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


a) Adeque suas ações ao tamanho<br />

da sua empresa e ao seu<br />

orçamento<br />

“Para empresas com ciclo de compras<br />

curto e valor médio de <strong>venda</strong><br />

baixo, tais como restaurantes<br />

e pequenas lojas de varejo, o bom<br />

e velho formulário de papel depositado<br />

na urna é uma excelente<br />

escolha, visto que não há necessidade<br />

de demandar uma pessoa<br />

para fazer ligações e pesquisar.<br />

Já para ciclos de compras mais<br />

longos e valor médio de compra<br />

mais alto, o ideal é utilizar o telefone<br />

para fazer uma pesquisa<br />

de, no máximo, quatro perguntas<br />

simples que ajudem o gestor e a<br />

empresa a tomarem as melhores<br />

decisões estratégicas”, recomenda<br />

Wanderley Cintra.<br />

É importante ter em mente<br />

que ferramentas baratas podem,<br />

sim, ser eficientes. É o caso do<br />

WhatsApp, que Marcelo Baratella<br />

recomenda para quem quer<br />

melhorar a forma como faz pós-<br />

-<strong>venda</strong> sem gastar muito. “Encare-o<br />

como uma ferramenta<br />

poderosa de trabalho, mas tenha<br />

muito cuidado para não utilizá-<br />

-lo de maneira indevida e inconveniente.<br />

Somente utilize-o<br />

quando tiver alguma informação<br />

importante para passar ao seu<br />

cliente. Por exemplo: um corretor<br />

de seguros pode usar o aplicativo<br />

para informar ao cliente<br />

sobre o vencimento do seguro,<br />

falar de uma parcela que irá vencer<br />

ou sobre o andamento de um<br />

processo de sinistro. Uma vendedora<br />

de uma loja de roupas<br />

femininas pode convidar suas<br />

clientes para o lançamento da<br />

coleção nova. Uma casa de pães<br />

pode avisar aos seus clientes os<br />

horários das fornadas fresquinhas”,<br />

explica.<br />

b) Lembre que o cliente gosta<br />

de ser valorizado<br />

O pós-<strong>venda</strong> é o momento ideal<br />

para mostrar para o cliente que<br />

sua empresa se importa com ele<br />

– e não apenas com o lucro. Estas<br />

são algumas ações que os participantes<br />

da nossa pesquisa apresentaram:<br />

Cada vez que o cliente compra,<br />

10% do valor da sua compra<br />

vira um bônus para ele utilizar<br />

em um prazo de 60 dias.<br />

Na data do aniversário dos<br />

clientes, envie brindes e mensagens.<br />

Sempre que fizer uma pesquisa<br />

de satisfação com os clientes,<br />

garanta algo em troca<br />

para ele – descontos, brindes<br />

e assim por diante.<br />

c) Não tenha medo de testar<br />

A melhor maneira de saber se<br />

uma estratégia funciona é colocando-a<br />

em prática. Por isso, teste<br />

o WhatsApp, os descontos, a<br />

pesquisa por telefone, a pesquisa<br />

por e-mail, o formulário de papel,<br />

o contato por meio das redes sociais...<br />

enfim, teste! O fato é que<br />

uma ferramenta que é boa para<br />

algumas empresas pode não ser<br />

boa para sua, e é apenas testando<br />

que você irá encontrar o modelo<br />

ideal para a sua organização. De<br />

qualquer forma, bons exemplos<br />

sempre podem ajudar.<br />

Ideias simples e que<br />

funcionam<br />

Muitos dos participantes da nossa pesquisa<br />

revelaram algumas de suas estratégias<br />

simples e eficientes de pós-<br />

-<strong>venda</strong>. Destacamos estas:<br />

<strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong> como pré-<strong>venda</strong>: “A<br />

cada dois meses, entramos em contato<br />

com nossos clientes para saber se<br />

há demanda de algum produto da nossa<br />

linha. Todo mês, eles recebem e-mails<br />

de informações e promoções. Além<br />

disso, pesquisamos mensalmente no<br />

sistema quais foram os clientes que<br />

compraram algo no mesmo mês no ano<br />

anterior e entramos em contato com<br />

eles novamente.” (Eliza Brito)<br />

<strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong> que fideliza e gera indicação:<br />

“Atuo no segmento automotivo<br />

há mais de 16 anos, e apesar de ser<br />

de <strong>venda</strong>s, tenho uma forte atuação em<br />

pós-<strong>venda</strong>, principalmente quando passei<br />

a ter conhecimento de como funciona<br />

o mercado norte-americano no segmento<br />

automotivo. Lá, eles consideram<br />

que vender carro é apenas a ponta do<br />

iceberg, é no pós-<strong>venda</strong> que está a galinha<br />

dos ovos de ouro! Uma vez, encontrei<br />

um cliente muito chateado por causa<br />

do atendimento ruim que recebeu no<br />

pós-<strong>venda</strong> da concessionária. Fiz uma<br />

abordagem prévia e identifiquei que<br />

faltou atenção ao cliente. Fiz o seguinte:<br />

disse para ele que eu iria levá-lo até seu<br />

trabalho (pois ele iria entregar o carro e<br />

não tinha como voltar), apesar de o gerente<br />

de pós-<strong>venda</strong>, que tem uma visão<br />

técnica, ter simplesmente dito que não<br />

tinha veículo para esse tipo de serviço.<br />

Eu levei o cliente ao trabalho dele e o<br />

mantive informado de todo o processo<br />

do veículo pelo WhatsApp (inclusive enviando<br />

fotos do mecânico trabalhando<br />

no carro dele). Nesse momento, ele sentiu<br />

confiança e profissionalismo na minha<br />

atitude. Quando o carro ficou pronto,<br />

eu pedi para um consultor de <strong>venda</strong>s,<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 49


EDIÇÃO ESPECIAL<br />

PÓS VENDA<br />

o mesmo que vendeu o carro para o<br />

cliente, buscá-lo em seu trabalho. Entregamos<br />

o carro, ele ficou muito satisfeito<br />

e, com isso, ganhamos sua fidelização,<br />

sua satisfação e sua confiança.<br />

Como consequência, outros três membros<br />

de sua família vieram comprar carro<br />

conosco. Ele terminou dizendo assim:<br />

‘Essa empresa precisa ter gerentes com<br />

a sua visão de pós-<strong>venda</strong>’. E sorriu pra<br />

mim.” (Carlos Ney Castro dos Santos)<br />

Capacitação de clientes como adicional<br />

de pós-<strong>venda</strong>: “A cada 40 dias,<br />

oferecemos gratuitamente um curso de<br />

três dias sobre os nossos principais produtos.<br />

Nesse curso, avaliamos o conhecimento<br />

de nossos clientes e aproveitamos<br />

para apresentar soluções às demandas<br />

que eles têm. Também aproveitamos<br />

a oportunidade para nos<br />

aproximarmos de quem compra da gente<br />

e ficamos atentos às reclamações e<br />

desconfortos de qualquer natureza para<br />

providenciar as ações de correções o<br />

mais rápido possível.” (Alessandra Maria<br />

Di Sicco, Alcis – Softwares para logística)<br />

Alessandra Maria Di Sicco, Alcis<br />

Além disso, esteja sempre em<br />

busca de novas ferramentas que<br />

podem melhorar seus processos.<br />

A reportagem 5 ferramentas para<br />

continuar encantando o cliente depois<br />

da primeira <strong>venda</strong> (início na página<br />

54) apresenta boas opções para<br />

você testar.<br />

2) Encontre a equipe<br />

ideal para conduzir o<br />

seu pós-<strong>venda</strong><br />

Há, basicamente, três opções de<br />

grupos que podem conduzir o<br />

processo de pós-<strong>venda</strong> da sua<br />

empresa:<br />

a) Os próprios vendedores.<br />

b) Uma equipe especializada em<br />

pós-<strong>venda</strong>.<br />

c) Uma empresa terceirizada.<br />

David Lederman é categórico<br />

em dizer que não interessa quem<br />

irá colocar as ações em prática, o<br />

importante, segundo ele, é que a<br />

estratégia seja seguida. “Se o próprio<br />

vendedor for fazer o pós-<strong>venda</strong>,<br />

ele tem que seguir a estratégia.<br />

Se uma equipe especializada for<br />

fazer o pós-<strong>venda</strong>, ela tem que seguir<br />

a estratégia. Se uma empresa<br />

terceirizada for fazer o pós-<strong>venda</strong>,<br />

ela tem que seguir a estratégia. É<br />

isso que importa”, destaca.<br />

No entanto, existem alguns<br />

fatores, além da estratégia, que<br />

devem ser avaliados na hora de<br />

definir quem cuidará do pós-<strong>venda</strong><br />

na sua empresa – especialmente<br />

quando seus próprios vendedores<br />

forem cuidar do processo ou<br />

quando ele for terceirizado:<br />

Quanto aos próprios<br />

vendedores:<br />

Tamanho da carteira de<br />

clientes – Vendedores<br />

com carteiras de clientes<br />

muito grandes não conseguem<br />

ter tempo para se<br />

dedicar ao pós-<strong>venda</strong> como<br />

deveriam.<br />

Metas – Vendedores preocupam-se<br />

em atingir<br />

metas. Portanto, se você<br />

quer que sua equipe comercial<br />

cuide do pós-<strong>venda</strong>,<br />

precisa estabelecer<br />

metas claras de pós-<strong>venda</strong><br />

(sem deixar de lado,<br />

claro, as metas de fechamento).<br />

Remuneração – Assim<br />

como as metas são importantes,<br />

a recompensa financeira<br />

também é. Dessa forma,<br />

estabelecer uma remuneração<br />

variável pelo atingimento<br />

das metas de<br />

pós-<strong>venda</strong> é essencial para<br />

manter os vendedores motivados<br />

a cuidar desse processo.<br />

Quanto à empresa<br />

terceirizada:<br />

50<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br <strong>venda</strong>mAIS.com.br - NOVEMBRO novembro 2015


Escolhendo a empresa –<br />

Existem diversas empresas<br />

no mercado que oferecem<br />

terceirização do pós-<strong>venda</strong>.<br />

Na hora de escolher qual<br />

será a responsável pelo seu<br />

pós-<strong>venda</strong>, você precisa<br />

levar em consideração aspectos<br />

como: se a equipe<br />

da terceira estará 100% focada<br />

no trabalho para a<br />

sua empresa ou não, se<br />

haverá, dentro da empresa<br />

terceirizada, um líder para<br />

gerir essa equipe e cobrar<br />

atingimento de metas, como<br />

se dará a entrega de<br />

resultados e assim por<br />

diante.<br />

Acompanhe de perto o<br />

trabalho – Por mais que o<br />

pós-<strong>venda</strong> da sua empresa<br />

seja terceirizado, é fundamental<br />

que alguém interno<br />

acompanhe o trabalho, pois<br />

“o olho do dono engorda o<br />

gado”. Seu objetivo, ao terceirizar<br />

o pós-<strong>venda</strong>, não<br />

pode ser “se livrar” do processo.<br />

Indicadores e metas –<br />

Uma equipe terceirizada<br />

também precisa entregar<br />

resultados. Não deixe que a<br />

terceirizada defina os indicadores<br />

e as metas sozinha.<br />

Cheguem juntos a um consenso<br />

e definam, também,<br />

o que pode fazer com que o<br />

contrato seja encerrado.<br />

3) Estabeleça quais<br />

serão os indicadores<br />

de sucesso do pós<strong>venda</strong><br />

Como você viu, os indicadores de<br />

performance do pós-<strong>venda</strong> da<br />

Gazin Atacado são os seguintes:<br />

número de contatos feitos pelos<br />

atendentes de pós-<strong>venda</strong> e o tempo<br />

que eles demoram para resolver<br />

os problemas apresentados<br />

pelos clientes. São duas possibilidades,<br />

mas não são as únicas.<br />

Você pode, também, estabelecer<br />

metas de <strong>venda</strong>s, de conquista de<br />

indicações... do que achar importante<br />

para o seu negócio. O essencial<br />

é que as metas sejam estabelecidas<br />

e que sejam metas<br />

ESMART (Específicas, Mensuráveis,<br />

Alcançáveis, Relevantes e<br />

com um Tempo definido para<br />

serem atingidas).<br />

Por exemplo:<br />

“Até o fim de dezembro do ano<br />

que vem, quero vender 10% a mais<br />

do que vendi até o mesmo período<br />

do ano passado, fazendo X contatos<br />

por semana com clientes fiéis<br />

e prospectando novos clientes Y<br />

vezes por mês.”<br />

O passo seguinte é colocar<br />

as metas ESMART no papel. Isso<br />

as torna muito mais claras, motiva<br />

o profissional a entrar em<br />

ação, ajuda a ter foco, a vencer<br />

a preguiça e a acomodação e,<br />

também, a monitorar o progresso.<br />

Nesse momento, é papel do<br />

líder acompanhar de perto do<br />

trabalho para dar feedback sempre<br />

que preciso e auxiliar os profissionais<br />

a manterem-se com os<br />

olhos nas metas.<br />

4) Crie uma política de<br />

remuneração especial<br />

para o pós-<strong>venda</strong><br />

No que diz respeito à remuneração,<br />

o mais comum é que os<br />

profissionais responsáveis pelo<br />

pós-<strong>venda</strong> tenham um salário<br />

fixo, mas também sejam bonificados<br />

com uma remuneração<br />

variável condicionada ao atingimento<br />

de metas.<br />

José Luis Pisano, diretor da<br />

Mirantes da Lagoa, participou da<br />

nossa pesquisa e conta como funciona<br />

a remuneração especial por<br />

pós-<strong>venda</strong> na sua empresa. “Cada<br />

pessoa da equipe de <strong>venda</strong>s trabalha<br />

em dupla com uma pessoa<br />

do pós-<strong>venda</strong>. Ambos recebem<br />

um bônus por satisfação dos clientes<br />

e pelo número de indicações<br />

que recebemos. Além disso, podem<br />

ter uma premiação especial<br />

por ‘customer success’, quando<br />

prestam um serviço extra para o<br />

cliente”, explica.<br />

No fim das contas, como lembra<br />

David Lederman, “tudo é<br />

uma questão de ter estratégia,<br />

processos, pessoas e tecnologia<br />

para fazer o pós-<strong>venda</strong> trazer o<br />

resultado esperado”. Com esses<br />

quatro pilares equilibrados, o<br />

pós-<strong>venda</strong> da sua empresa fará<br />

a diferença para vocês e para os<br />

seus clientes!<br />

Leve essas dicas em consideração,<br />

analise a realidade da sua<br />

organização e comece a agir. Os<br />

resultados virão!<br />

Colaboraram nesta matéria: Francine<br />

Pereira, João Guilherme Brotto, Natasha<br />

Schiebel e Raul Candeloro<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 51


Relacionamento com o cliente<br />

Silvia Candeloro<br />

A distância<br />

entre a teoria e<br />

a prática no<br />

pós-<strong>venda</strong><br />

Apesar DE SABERMOS a<br />

importância de fazer pós-<br />

-<strong>venda</strong>, muitas vezes a execução<br />

desse importante passo<br />

é um pouco complicada.<br />

Estes são alguns motivos:<br />

1. A empresa acredita que já<br />

sabe o que o cliente pensa<br />

e quer ou não está disposta<br />

a fazer mudanças, então<br />

acha melhor nem ouvir sugestões e/ou não tem<br />

um processo estabelecido para a coleta, organização<br />

e análise das informações, etc.<br />

2. Os vendedores “não têm tempo”, vontade ou<br />

acreditam que deveriam usar seu tempo prospectando<br />

e vendendo. E se a empresa não estimula<br />

e/ou exige, então certamente o pós-<strong>venda</strong><br />

pode acabar no esquecimento.<br />

52<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


2. Os clientes não querem responder<br />

as perguntas, dar feedback,<br />

etc.<br />

Essa última opção, a dificuldade<br />

de conseguir que os clientes ajudem<br />

no pós-<strong>venda</strong>, é o tema deste artigo.<br />

Pode parecer que temos pouco<br />

controle sobre a atitude dos clientes<br />

frente ao nosso pedido de feedback,<br />

mas isso não é verdade. É<br />

possível melhorar, sim, nossos índices<br />

de resposta e sua qualidade.<br />

Aqui vão algumas perguntas<br />

frequentes sobre o assunto, devidamente<br />

respondidas:<br />

Posso esperar que 100% de<br />

meus clientes aceitem um<br />

contato de pós-<strong>venda</strong>? Não.<br />

Tenha em mente que nem todos<br />

os seus clientes querem receber<br />

um contato. Uma pesquisa feita<br />

no segmento de indústrias nos<br />

EUA mostrou que 40% de retorno<br />

é considerado excelente e que<br />

a média fica entre 15 e 20%.<br />

Qual o tempo ideal para aumentar<br />

a participação nas<br />

pesquisas? Se quiser melhorar<br />

os índices, faça pesquisas que<br />

não excedam cinco minutos<br />

e, no início, avise que será um<br />

processo rápido.<br />

E se eu tiver mais perguntas<br />

que gostaria de fazer e não<br />

couberem nos cinco minutos?<br />

Nesse caso, divida-as em<br />

mais de uma pesquisa. Se a<br />

primeira tiver sido fácil e agradável<br />

de ser respondida, a probabilidade<br />

de a pessoa aceitar<br />

responder a próxima aumenta.<br />

Como melhorar o retorno do<br />

pós-<strong>venda</strong>? Se for uma pesquisa<br />

feita pessoalmente ou por<br />

telefone, a empatia do pesquisador<br />

é fundamental! Ninguém<br />

gosta de falar com alguém<br />

que parece um robô, que não dá<br />

atenção aos nossos comentários<br />

porque eles saem do seu script,<br />

ou pesquisadores que você tem<br />

certeza que não levarão adiante<br />

nenhuma sugestão que você<br />

der. O grande diferencial de uma<br />

pesquisa feita por uma pessoa<br />

é conseguir ir além das notas<br />

de zero a dez que possam nos<br />

dar, entender o porquê daquelas<br />

notas, que sugestões e mudanças<br />

fariam com que seu grau de satisfação<br />

aumentasse. Só use uma<br />

pessoa se ela tiver condições de<br />

interagir, extrair e repassar as<br />

informações para a empresa.<br />

Já no caso de e-mail, SMS ou<br />

alguma outra ferramenta<br />

virtual, deixe claro como é<br />

o processo, quanto tempo vai<br />

durar, quantas perguntas são,<br />

etc. Isso vai diminuir a quantidade<br />

de desistências durante<br />

a pesquisa.<br />

Qual o melhor canal de comunicação?<br />

Além de levar em<br />

consideração as respostas que<br />

deseja ter, você será muito mais<br />

assertivo se respeitar as preferências<br />

do cliente. Ou seja,<br />

pergunte se ele prefere ser contatado<br />

por e-mail, telefone,<br />

mensagem de texto, etc. O celular<br />

é ótimo para acessar as<br />

pessoas, mas nem sempre a<br />

ligação é feita em um momento<br />

conveniente para responder<br />

a uma pesquisa de satisfação.<br />

O e-mail é rápido e fácil para<br />

alguns, mas, para outros, pode<br />

ser facilmente esquecido na<br />

caixa de entrada. Sendo assim,<br />

pergunte e deixe o cliente decidir<br />

o que é melhor para ele.<br />

Quem fará a pesquisa? O ideal<br />

é que seja uma pessoa neutra.<br />

Pedir diretamente um feedback<br />

para alguém, independentemente<br />

de vocês já terem um<br />

relacionamento ou não, pode<br />

constranger e deixar a pesquisa<br />

menos confiável ou até mesmo<br />

ter menos aderência.<br />

Quando é melhor fazer a<br />

pesquisa? Quanto antes melhor!<br />

Enquanto a experiência<br />

e o vínculo do cliente com<br />

a empresa ainda está fresco<br />

na lembrança, maior será seu<br />

retorno.<br />

Do que as pessoas gostam?<br />

As pessoas gostam de dar opinião.<br />

Use essa palavra no início<br />

da comunicação, mas fuja<br />

da frase feita “sua opinião é<br />

muito importante para nós!”,<br />

que já está gasta.<br />

Do que as pessoas não gostam?<br />

Não gostam de perguntas<br />

pessoais, invasivas ou<br />

comprometedoras. Nem de<br />

perguntas subjetivas. As<br />

chances de seus clientes fugirem<br />

da sua pesquisa se for por<br />

esse caminho são grandes.<br />

“O que eu ganho com isso?”<br />

Todo mundo gosta de um “mimo”!<br />

Seu cliente certamente<br />

estará muito mais disposto a<br />

contribuir com sua pesquisa se<br />

ganhar alguma coisa em<br />

contrapartida. Não precisa<br />

ser nada muito valioso, pode<br />

ser um pequeno desconto, um<br />

brinde, um benefício qualquer,<br />

pontos em um programa de<br />

fidelidade, a chance de concorrer<br />

a algum prêmio maior...<br />

Enfim, use a imaginação!<br />

Se perceber que as pessoas estão<br />

fugindo da sua pesquisa, dê<br />

uma olhada com calma nesta lista.<br />

Bons negócios com pós-<strong>venda</strong>!<br />

Silvia Candeloro é especialista<br />

e estudiosa na área de<br />

negociação, treina equipes<br />

comerciais e assessora empresários<br />

e executivos, além<br />

de ser palestrante. Possui<br />

MBA em Gestão Empresarial<br />

pela FGV, é professora de<br />

Negociação no Centro Europeu<br />

e autora do Kit de Negociação<br />

<strong>VendaMais</strong>. Foi durante<br />

16 anos sócia e diretora<br />

da Editora Quantum.<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 53


Top 5 / por Francine Pereira /<br />

DIVULGAÇÃO<br />

ferramentas<br />

para CONtinuar<br />

ENCANtANDO<br />

o cliente DEPOIS<br />

da primeira<br />

VENDA<br />

Como você viu na<br />

reportagem de capa<br />

desta edição (início<br />

na página 40), a pesquisa<br />

que realizamos<br />

recentemente sobre<br />

o oitavo passo da<br />

<strong>venda</strong> mostrou que falta de comprometimento<br />

da equipe, de iniciativa,<br />

de vontade, de tempo e de um processo<br />

a seguir são algumas das principais<br />

dificuldades enfrentadas pelos<br />

gestores de <strong>venda</strong>s para realizar um<br />

bom pós-<strong>venda</strong> em suas empresas.<br />

Para diminuir esses impasses, é<br />

preciso fazer um trabalho de conscientização<br />

quanto à importância<br />

dessa etapa (que garante a extensão<br />

e a potencialização da satisfação do<br />

cliente e também pode gerar muitas<br />

novas oportunidades de negócios<br />

para a organização) e, além disso,<br />

encontrar ferramentas que facilitem<br />

o processo.<br />

Sabendo disso, convidamos nossos<br />

colunistas a indicarem as ferramentas<br />

que eles acreditam que têm<br />

esse potencial. Conheça as cinco<br />

selecionadas por eles e encontre as<br />

melhores opções para o seu negócio.<br />

54<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


c) Para quem cuida de canais de <strong>venda</strong><br />

Neste caso, o importante é a relação mais pessoal,<br />

focada no cliente do canal. Ou seja, é preciso<br />

preocupar-se com o nível de satisfação do<br />

cliente do seu cliente.<br />

O que usar:<br />

NPS<br />

[ 1 ]<br />

Pesquisa de satisfação<br />

Existe melhor maneira de se aproximar do cliente<br />

depois da <strong>venda</strong> do que perguntando se ele ficou<br />

satisfeito, se está gostando do que adquiriu? O especialista<br />

e palestrante de <strong>venda</strong>s Marcelo Ortega<br />

afirma que não. “O pós-<strong>venda</strong> é, ao meu ver, o momento<br />

de medir satisfação e a eficiência do serviço<br />

ou produto vendido”, analisa.<br />

Segundo ele, para realizar a pesquisa de satisfação,<br />

existem três focos diferentes que devem ser<br />

ajustados de acordo com o tipo de negócio:<br />

Para realizar pesquisas de satisfação, Ortega indica<br />

a utilização do método NPS (Network Promoter<br />

Score). “É uma técnica para medir a satisfação avaliando<br />

quantos clientes são promotores de sua<br />

empresa, produto, serviço ou marca (ou seja, estão<br />

falando bem) versus quantos são detratores (estão<br />

falando mal)”, explica.<br />

João Baptista Vilhena, especialista em marketing<br />

e <strong>venda</strong>s, também aponta o NPS como uma das melhores<br />

alternativas para realizar o pós-<strong>venda</strong>. “O NPS<br />

é efetivo não apenas pela sua facilidade de aplicação,<br />

mas pela possibilidade de gerar um indicador de<br />

experiência que é comparável com os indicadores de<br />

seus concorrentes. Várias empresas o utilizam e<br />

obtêm excelentes resultados com ele”, ressalta.<br />

“O pós-<strong>venda</strong> é, ao meu ver, o momento de<br />

medir satisfação e a eficiência do serviço ou<br />

produto vendido.”<br />

(Marcelo Ortega)<br />

a) Para quem atua com cliente final e vende<br />

serviços<br />

Investigar se o cliente foi bem atendido, se o<br />

serviço atingiu o resultado esperado, se a equipe<br />

técnica tinha preparo para executar o serviço<br />

e se a expectativa foi atingida ou superada.<br />

b) para quem vende produtos ao cliente final<br />

Em geral, a pesquisa de satisfação deve ser focada<br />

no desempenho do produto: se funcionou<br />

bem, se teve performance de acordo com expectativas<br />

e assim por diante.<br />

Marcelo Ortega<br />

João Baptista Vilhena<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 55


Salesforce<br />

Jerônimo Mendes (especialista em empreendedorismo<br />

e desenvolvimento de pessoas) e José Ricardo<br />

Noronha (palestrante e consultor de <strong>venda</strong>s) acreditam<br />

que a solução do Salesforce é uma das mais<br />

úteis para o acompanhamento de todo o processo de<br />

<strong>venda</strong>s – inclusive do pós-<strong>venda</strong>. Noronha explica<br />

por quê. “O Salesforce ajuda a criar um processo<br />

estruturado de relacionamento com o cliente em<br />

todas as fases da <strong>venda</strong>. No pós-<strong>venda</strong>, conta com<br />

preciosos recursos que permitem, por exemplo, customizar<br />

e personalizar suas mensagens de acordo<br />

com as preferências e os hábitos de consumo de<br />

cada um dos seus clientes. Além disso, disponibiliza<br />

uma incrível gama de materiais educativos – como<br />

e-books, infográficos e tutoriais on-line – focados<br />

em incrementar a produtividade em <strong>venda</strong>s”, revela.<br />

[ 2 ]<br />

Com informações atualizadas e organizadas em<br />

mãos, fica muito mais fácil manter contato constante<br />

com os clientes, de forma direcionada e eficiente.<br />

Por isso, o CRM também é uma importante<br />

ferramenta de pós-<strong>venda</strong>. “O CRM é o modelo mais<br />

importante que foi criado para <strong>venda</strong>s e marketing<br />

nos últimos anos. Muito mais do que a organização<br />

dos prospects, essa ferramenta prepara o vendedor<br />

para ser organizado e produtivo e é fundamental<br />

para acompanhar e fazer pós-<strong>venda</strong>”, aponta João<br />

Kepler, especialista em marketing digital e <strong>venda</strong>s.<br />

João Alberto Costenaro, consultor e palestrante<br />

da área de <strong>venda</strong>s, também reforça a importância<br />

dessa ferramenta para um pós-<strong>venda</strong> efetivo. “O CRM<br />

é essencial para a gestão adequada dos contatos com<br />

o cliente. É importante para que os eventos positivos<br />

e negativos dessa relação – agora continuada – com<br />

o cliente sejam reportados à empresa”, avalia.<br />

O que usar:<br />

CRM<br />

Estas são as plataformas de CRM indicadas pelos<br />

nossos colunistas:<br />

João Alberto Costenaro<br />

“O CRM é essencial<br />

para a gestão<br />

adequada dos contatos<br />

com o cliente. É<br />

importante para que<br />

os eventos positivos<br />

e negativos dessa<br />

relação – agora<br />

continuada – com<br />

o cliente sejam<br />

reportados à empresa.”<br />

(João Alberto Costenaro)<br />

Pipedrive<br />

Pipedrive é o CRM favorito de João Kepler, por ser,<br />

em suas palavras, enxuto e certeiro. “A diferença<br />

do Pipedrive é que ele tem um propósito de acompanhar<br />

os prospects, as propostas e os clientes. Ele<br />

apoia o vendedor e a empresa para o foco no follow-<br />

-up e no forecast da <strong>venda</strong>”, revela.<br />

Agendor<br />

Outra recomendação de Kepler é o Agendor. Segundo<br />

ele, esse é um software brasileiro que tem<br />

56<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


uma proposta parecida com a do Pipedrive. “Ele<br />

traz um pouco das melhores características de cada<br />

CRM do mercado e conta ainda com o apoio do<br />

seu blog, que fornece dicas e artigos técnicos muito<br />

úteis”, destaca.<br />

Meu Atendimento<br />

Silvia Candeloro, especialista em negociação, sugere<br />

a utilização da plataforma Meu Atendimento, um<br />

site simples, que organiza as informações que ficam<br />

perdidas com os vendedores e que, apesar de não ser<br />

um CRM propriamente dito, desempenha um papel<br />

semelhante e é bastante interessante. “Além de controlar<br />

a quantidade de atendimentos de cada vendedor,<br />

assim como a taxa de conversão, o faturamento,<br />

ticket médio, etc., essa ferramenta ainda consegue<br />

cadastrar as <strong>venda</strong>s perdidas e seus motivos. Diversos<br />

relatórios também estão disponíveis, facilitando<br />

a análise e tomada de decisão dos gestores e, consequentemente,<br />

o pós-<strong>venda</strong>", afirma.<br />

Silvia Candeloro<br />

o vendedor/a empresa para tirar dúvidas sobre o<br />

produto ou serviço que adquiriu e, da mesma<br />

forma, o vendedor/a empresa consegue manter<br />

contato direto com o cliente, dando continuidade<br />

ao relacionamento. Muitas vezes, só de observar<br />

o que o seu cliente publica em suas redes, já é<br />

possível identificar se ele está gostando ou não<br />

do que comprou de você e tomar decisões práticas<br />

a partir dessa análise.<br />

[ 3 ]<br />

Redes sociais<br />

As mídias sociais oferecem ao vendedor uma infinidade<br />

de informações sobre seus clientes e<br />

também podem funcionar como canais de relacionamento<br />

com eles. Elas atuam como via de<br />

mão dupla – o cliente pode entrar em contato com<br />

João Kepler<br />

“O CRM é o modelo<br />

mais importante que<br />

foi criado para <strong>venda</strong>s e<br />

marketing nos últimos<br />

anos. Muito mais do<br />

que a organização dos<br />

prospects, essa ferramenta<br />

prepara o vendedor para<br />

ser organizado e produtivo<br />

e é fundamental para<br />

acompanhar e fazer pós<strong>venda</strong>.”<br />

(João Kepler)<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 57


O que usar:<br />

Rapportive<br />

Leandro Branquinho, especialista em criatividade<br />

e atendimento em <strong>venda</strong>s, recomenda o uso do<br />

Rapportive, um aplicativo dos navegadores Chrome<br />

e Firefox. Ele explica que a ferramenta é uma das<br />

maneiras mais fáceis e automáticas de se aproximar<br />

de seus clientes pelas redes sociais. “Ao enviar ou<br />

receber um e-mail de um cliente (pelo Gmail), o<br />

Rapportive permite que você visualize algumas<br />

redes sociais em que ele está. Estabelecer contato<br />

via LinkedIn, Twitter ou Skype é uma excelente<br />

forma de fazer pós-<strong>venda</strong>. Instale no seu computador<br />

e bote para quebrar!”, aconselha.<br />

José Ricardo Noronha<br />

[ 4 ]<br />

Visitas ao cliente<br />

Nem sempre ferramentas de pós-<strong>venda</strong> precisam<br />

estar ligadas à tecnologia ou mesmo envolver altos<br />

custos com mensalidade para funcionar. Atitudes “à<br />

moda antiga” também são excelentes para continuar<br />

encantando os clientes depois da primeira compra.<br />

Uma simples visita, por exemplo, pode fazer toda a<br />

diferença. João Alberto Costenaro explica que o<br />

fato de o vendedor se fazer presente mostra que ele<br />

está efetivamente preocupado com a satisfação do<br />

cliente, e isso fortalece o relacionamento.<br />

“O Salesforce ajuda e muito a<br />

criar um processo estruturado de<br />

relacionamento com o cliente em todas<br />

as fases da <strong>venda</strong>. No pós-<strong>venda</strong>, conta<br />

com preciosos recursos que permitem,<br />

por exemplo, customizar e personalizar<br />

suas mensagens de acordo com as<br />

preferências e os hábitos de consumo<br />

de cada um dos seus clientes. Além<br />

disso, disponibiliza uma incrível gama<br />

de materiais educativos como e-books,<br />

infográficos e tutoriais on-line focados<br />

em incrementar a produtividade em<br />

<strong>venda</strong>s.”<br />

(José Ricardo Noronha)<br />

58<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


“Depois da <strong>venda</strong>, é importante que seja feita<br />

uma visita pessoal do vendedor e, se for o caso,<br />

a apresentação das pessoas que se ocuparão de<br />

dar a assistência ao cliente a partir daquele momento”,<br />

salienta. Segundo Costenaro, pesquisas<br />

indicam que o cliente fica muito desapontado<br />

com o vendedor que o visita inúmeras vezes antes<br />

de fechar o negócio e depois desaparece.<br />

“Observe que esse desapontamento acontece<br />

mesmo com aqueles que estão satisfeitos com a<br />

compra feita”, pontua.<br />

Se for enviar um documento para o seu cliente,<br />

pregue um post-it nele com o seguinte recado<br />

‘Conte comigo. Estou à sua disposição. Meu celular<br />

é...’. Se fez uma visita ao seu cliente, antes de ir<br />

embora, coloque um post-it no mural dos funcionários<br />

com a mensagem ‘Pessoal, boas <strong>venda</strong>s! Se<br />

precisarem de alguma coisa, meu e-mail é...’. Essa<br />

é uma ferramenta simples, mas com um poder<br />

incrível de ganhar a simpatia dos seus clientes”,<br />

analisa.<br />

Excelentes sugestões, não é mesmo? Então agora<br />

é com você! Escolha as que mais se encaixam ao<br />

perfil do seu negócio e utilize-as para aprimorar<br />

seu pós-<strong>venda</strong>.<br />

[ 5 ]<br />

Post-it<br />

A criatividade também é muito importante na hora<br />

de comunicar-se com o seu cliente e de se destacar<br />

no mercado. Nesse sentido, uma ferramenta que<br />

não é nada convencional, mas funciona muito bem<br />

no pós-<strong>venda</strong>, é o post-it. Isso mesmo, aquele bloquinho<br />

de papel com adesivo no verso que você usa<br />

no escritório!<br />

Leandro Branquinho explica que, em um mundo<br />

cada vez mais tecnológico, quem escreve um<br />

bilhete à mão se diferencia muito. O especialista<br />

apresenta sugestões de como utilizar o post-it no<br />

pós-<strong>venda</strong>: “Se for fazer uma entrega para o seu<br />

cliente, coloque um bilhetinho dentro do pacote<br />

dizendo ‘Parabéns! Você fez uma excelente compra’.<br />

Leandro Branquinho<br />

“Ao enviar ou receber um e-mail de um<br />

cliente (pelo Gmail), o Rapportive permite que<br />

você visualize algumas redes sociais em que<br />

ele está. Estabelecer contato via LinkedIn,<br />

Twitter ou Skype é uma excelente forma de<br />

fazer pós-<strong>venda</strong>. Instale no seu computador e<br />

bote para quebrar!”<br />

(Leandro Branquinho)<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 59


Processos de <strong>venda</strong><br />

Claudio Diogo<br />

<strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong> ou pré-<strong>venda</strong>?<br />

Algumas pessoas PRegam que tudo NA vida deve ter um<br />

início, um meio e um fim. Concordo com o início e com o meio,<br />

mas discordo do fim!<br />

Mesmo após assistirmos a um filme, a mensagem dele continua<br />

conosco e até nos instiga a saber o que poderia vir a seguir (mesmo<br />

que não haja uma continuação). Um livro nos transporta ao<br />

mundo do autor, e quando voltamos dessa viagem, o conteúdo<br />

apresentado nele continua em nossa mente e nosso coração. A<br />

folha que cai do galho no inverno passa a alimentar a árvore de<br />

onde veio; é a infinita jornada da vida.<br />

Por isso, acredito firmemente que vivemos em um mundo sem<br />

fim, um processo vivo de uma jornada intensa que se renova a<br />

cada dia. E a <strong>venda</strong> segue o mesmo caminho! Ela é um processo<br />

contínuo, uma jornada infinita.<br />

No entanto, percebo que algumas<br />

empresas realizam o processo<br />

da <strong>venda</strong> de forma brilhante,<br />

mas não dão continuidade ao<br />

ciclo, pois acham que ele se encerra<br />

na entrega do produto/serviço.<br />

Essas empresas terminam<br />

a <strong>venda</strong> em uma fase que chamam<br />

de pós-<strong>venda</strong> e resumem tudo a<br />

um pouquinho de bajulação e um<br />

tapinha nas costas. Para elas, aqui<br />

vai um alerta: o pós-<strong>venda</strong> mudou<br />

drasticamente! Para trazer os resultados<br />

que você espera, ele precisa<br />

funcionar como um pré-<strong>venda</strong>,<br />

uma etapa que complementa<br />

a primeira <strong>venda</strong>, sim, mas que<br />

também dá início à segunda, à<br />

terceira e assim por diante.<br />

60<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Como funciona o pós-<strong>venda</strong><br />

como PRé-<strong>venda</strong><br />

Essa nova fase começa muito<br />

antes do fechamento, da abordagem<br />

e da negociação. A preocupação<br />

e o planejamento da<br />

continuidade do ciclo precisam<br />

acontecer já no momento do preparo<br />

da <strong>venda</strong>, pois é aí que várias<br />

das ações que determinarão<br />

como sua roda da <strong>venda</strong> girará<br />

serão definidas.<br />

Nessa etapa, então, as lideranças<br />

e suas equipes comerciais,<br />

aliadas a uma estratégia comercial<br />

pré-definida, devem planejar,<br />

além de todo o processo da<br />

<strong>venda</strong>, o pós-<strong>venda</strong> como um<br />

momento para garantir a continuidade<br />

do relacionamento com<br />

o cliente. Para isso, todos os<br />

membros da equipe precisam<br />

fazer a sua parte.<br />

Nesse sentido, normalmente<br />

indicamos para nossos clientes<br />

dois grupos de ações: ações estratégicas,<br />

para saber o que fazer;<br />

e ações táticas, para saber como<br />

fazer. São elas:<br />

Ações estratégicas (implementadas<br />

na fase do preparo da <strong>venda</strong>):<br />

1) Conheça as estratégias de<br />

futuro dos clientes e entenda<br />

por que e como eles vão colocá-las<br />

em ação. Assim, você<br />

consegue descobrir de que maneira<br />

seu mix de produtos pode<br />

ser utilizado na execução dessas<br />

estratégias e como eles podem<br />

fazer parte do dia a dia do cliente.<br />

2) Estude o fluxo de utilização<br />

de seus produtos pelo<br />

cliente. Essa ação serve para<br />

entender como o que você vende<br />

interfere na rotina do seu<br />

cliente e encontrar, nesse fluxo,<br />

a melhor fase de utilização de<br />

seus produtos e adicionais. Essa<br />

ação é fundamental para planejar<br />

o que é preciso fazer para<br />

que seus produtos se tornem<br />

imprescindíveis para os consumidores.<br />

3) Conheça e entenda os processos<br />

de decisão do seu cliente.<br />

Assim, você descobre quem<br />

são os decisores e como são tomadas<br />

as decisões de compra<br />

dos diferentes produtos de seu<br />

mix, além de saber quem influencia<br />

essa decisão. Isso garante<br />

que você fique mais bem<br />

preparado para a negociação.<br />

4) Programe os contatos durante<br />

o processo da <strong>venda</strong>,<br />

após o fechamento, na entrega<br />

e quando o processo da<br />

<strong>venda</strong> se reinicia. Esse planejamento<br />

tornará sua relação com<br />

o cliente mais fluida e natural.<br />

Ações táticas (implementadas logo<br />

após o fechamento da <strong>venda</strong>):<br />

1) Agradeça de maneira formal<br />

e sincera pela negociação e abra<br />

a possibilidade de uma negociação<br />

futura de um outro produto<br />

de sua linha, que complemente<br />

o primeiro item comprado.<br />

2) Acompanhe a instalação/entrega/utilização<br />

do produto pelo<br />

cliente.<br />

3) Solicite feedback dos três processos<br />

anteriores.<br />

4) Premie o cliente com descontos<br />

ou bônus por compras futuras<br />

e consequentes – o objetivo<br />

é criar um sistema de compras<br />

programadas pelo cliente.<br />

5) Peça indicações ao cliente de<br />

empresas ou pessoas que tenham<br />

as mesmas necessidades que ele<br />

e que você também possa ajudar<br />

a suprir.<br />

6) Programe contatos com clientes<br />

ou indicações utilizando as<br />

ações estratégicas propostas anteriormente.<br />

7) Efetive uma reunião e, assim,<br />

reinicie o processo de <strong>venda</strong>.<br />

Isso vai ajudar a aumentar sua<br />

lucratividade, sua carteira de<br />

clientes fiéis e seu sucesso!<br />

O processo de <strong>venda</strong> mudou<br />

muito no último ano e quem não<br />

iniciar rapidamente um processo<br />

contínuo sofrerá muito para<br />

se manter no mercado. No entanto,<br />

ainda há tempo de se adaptar<br />

a essa nova realidade e prosperar.<br />

Faça isso agora mesmo e<br />

colha os resultados logo mais.<br />

Ah, e lembre-se sempre: em<br />

<strong>venda</strong>s, não faça nada ao acaso.<br />

Faça tudo de propósito!<br />

Sucesso e boas <strong>venda</strong>s!<br />

“Percebo que<br />

algumas empresas<br />

realizam o processo<br />

da <strong>venda</strong> de forma<br />

brilhante, mas não<br />

dão continuidade<br />

ao ciclo, pois<br />

acham que ele se<br />

encerra na entrega<br />

do produto/serviço.<br />

Essas empresas<br />

terminam a <strong>venda</strong><br />

em uma fase<br />

que chamam<br />

de pós-<strong>venda</strong> e<br />

resumem tudo<br />

a um pouquinho<br />

de bajulação e<br />

um tapinha nas<br />

costas.”<br />

Claudio Diogo é especialista<br />

em <strong>venda</strong>s e consumo,<br />

autor do livro V.E.N.D.E.R.<br />

mais e melhor e um dos palestrantes<br />

de <strong>venda</strong>s mais<br />

requisitados do Brasil.<br />

Visite o site:<br />

www.tekoare.com.br<br />

E-mail:<br />

claudio.diogo@tekoare.<br />

com<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 61


Livro do mês / Por João Guilherme Brotto /<br />

DIVULGAÇÃO<br />

“Não <strong>venda</strong>”:<br />

o conceito<br />

que faz<br />

vender<br />

Livro CRITICA a lóGICA do fuNIL<br />

de <strong>venda</strong>s e PROPõe o fOCO NA<br />

pré-<strong>venda</strong> e no pós-<strong>venda</strong> PARA<br />

GERAR NOvos NEGóCIOS<br />

"N<br />

ós temos uma ‘visão<br />

de funil’ e isso precisa parar.”<br />

É com essa polêmica<br />

declaração que os autores<br />

Scott Stratten e Alison Kramer<br />

abrem seu livro Un-<br />

Selling. – The New Customer<br />

Experience (Não <strong>venda</strong> – A<br />

nova experiência do consumidor,<br />

em tradução livre),<br />

ainda sem edição no Brasil.<br />

Esse é o quarto livro escrito pelo casal canadense que<br />

é responsável pelo site UnMarketing.com. Segundo a<br />

revista Forbes, Stratten é um dos cinco maiores influenciadores<br />

em redes sociais do mundo e a revista<br />

Business Review já o considerou um dos dez principais<br />

especialistas em marketing dos Estados Unidos.<br />

62<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro NOVEMBRO 2015


Na obra que analisamos nesta edição, Stratten e<br />

Alison apresentam uma nova perspectiva sobre a<br />

forma como empresas – mais especificamente profissionais<br />

da área comercial – devem analisar seu ciclo<br />

de relacionamento com prospects e clientes.<br />

A tese dos autores parte do princípio de que enquanto<br />

você está preocupado em prospectar mais e<br />

melhorar a conversão, estudos indicam que 57% das<br />

decisões de compra são feitas antes mesmo de o comprador<br />

fazer contato com sua empresa. “Focamos<br />

nossas energias no momento da <strong>venda</strong>, mas entregamos<br />

produtos/serviços com suporte precário e/ou sem<br />

cuidar do cliente depois que ele fecha o negócio. Toda<br />

a nossa atenção se volta para o funil de <strong>venda</strong>s e ignoramos<br />

o antes e o depois. Colocamos todo nosso<br />

foco na transação individual e ficamos cegos no que<br />

diz respeito ao suporte, à experiência de compra e ao<br />

atendimento ao cliente”, alertam os autores.<br />

A base do conceito de “não <strong>venda</strong>” é ter clientes<br />

frequentes (não compradores de uma só vez), que mais<br />

tarde vão indicar sua empresa. Para isso, é preciso:<br />

1 - Ter uma presença digital ativa.<br />

2 - Desenvolver uma cultura focada em pessoas.<br />

3 - Encontrar o equilíbrio entre menos prospecção e<br />

mais relacionamento.<br />

“Não <strong>venda</strong>” como feRRAMenta de pós-<strong>venda</strong><br />

No livro, Stratten e Alison contam a história de uma<br />

mãe que, após voltar das férias com a família, fica desesperada<br />

ao ver seu filho em prantos porque seu bichinho<br />

de pelúcia favorito tinha sido esquecido no hotel<br />

em que estavam hospedados. Ao se dar conta de que<br />

Joshie, a girafa, havia ficado para trás, a mãe ligou para<br />

o hotel (The Ritz-Carlton Amelia Island) e descobriu<br />

que o “animal” havia sido encontrado e passava bem.<br />

Como o filho estava arrasado por não ter seu<br />

companheiro de todos os dias, a mãe explicou a ele<br />

que Joshie havia decidido ficar mais uns dias de férias.<br />

Para reforçar seu argumento, perguntou ao pessoal<br />

do hotel se eles podiam enviar uma foto do bichinho<br />

em uma cadeira à beira da piscina para que ela pudesse<br />

mostrar ao filho. Eles disseram que sim, mas o<br />

que fizeram foi muito além...<br />

Poucos dias depois, a família recebeu em casa um<br />

pacote que trazia Joshie são e salvo, alguns mimos do<br />

hotel e uma incrível surpresa: um álbum fotográfico<br />

encadernado que reuniu toda a jornada de férias de<br />

Joshie no Ritz-Carlton.<br />

A foto que a mãe pediu estava lá, junto com diversas<br />

outras que resumiam a história das “férias forçadas”<br />

Alison Kramer e Scott Stratten<br />

de Joshie. A girafinha ganhou até<br />

um cartão de membro do time de<br />

achados e perdidos do hotel.<br />

Essa história correu o mundo,<br />

gerou um burburinho extremamente<br />

positivo para o hotel e resume<br />

bem o conceito “não <strong>venda</strong>”, que<br />

começa antes da prospecção e se<br />

estende muito além do fechamento.<br />

“Crie experiências tão incríveis que<br />

os clientes não poderão pensar em<br />

nada a não ser compartilhar com<br />

os outros”, sugerem os autores.<br />

Foto: Jonathan Bielaski<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 63


Por que é eRRAdo se concentRAR APeNAS<br />

no tradicioNAL funil de <strong>venda</strong>s<br />

A nuvem abaixo representa como seus futuros clientes<br />

podem estar decidindo, neste exato momento, se<br />

vão fazer negócios com sua empresa ou não. “É nessa<br />

nuvem de <strong>venda</strong>s pré-funil que a maior parte das<br />

decisões de compra é feita. Na verdade, quando alguém<br />

já está em seu funil tradicional (que começa com a<br />

captação do lead), sua maior obrigação é não estragar<br />

tudo – afinal, a pessoa já foi impactada por algum<br />

item da nuvem”, explicam os autores.<br />

NUVEM de Vendas PRÉ-Funil<br />

Vídeos<br />

sociais<br />

Blogs Redes<br />

Testemunhos<br />

Publicidade<br />

Críticas/Reclamações<br />

Boca a boca Indicações<br />

Antes de entrar em seu funil, as pessoas têm acesso<br />

a toneladas de informações, que podem ser suas<br />

ou de concorrentes. É por isso que criar experiências<br />

incríveis que as pessoas queiram compartilhar é fundamental.<br />

Se você não fizer, tenha certeza de que<br />

alguém o fará.<br />

Não se trata APeNAS de ser ativo NAS<br />

redes sociais: é preciso conectar peças<br />

Uma pesquisa feita pela Forrest Research com 77 mil<br />

clientes do comércio eletrônico nos Estados Unidos em<br />

2012 apontou que menos de 1% das <strong>venda</strong>s vieram diretamente<br />

de redes sociais – dado que, a princípio,<br />

pode sugerir que Facebook, LinkedIn, Twitter, Instagram<br />

e outros canais pouco importam para as empresas.<br />

No entanto, estudos do Google evidenciam que<br />

uma pessoa faz, em média, 12 buscas diferentes antes<br />

de tomar uma decisão de compra. “O clique que leva<br />

para a <strong>venda</strong> é apenas uma pequena peça do quebra-<br />

-cabeça de <strong>venda</strong>s”, analisam Stratten e Alison. Ou<br />

seja, as redes sociais são parte de uma estratégia que<br />

deve ser maior.<br />

O Google chama essa busca antes da compra de<br />

“micromomentos”. “São minúsculos momentos de<br />

intenção de tomada de decisão e formação de preferências<br />

que ocorrem durante a jornada do consumidor”,<br />

explica Sridhar Ramaswamy, vice-presidente de anúncios<br />

e comércio do gigante da tecnologia. São eles:<br />

Momento “eu quero saber”.<br />

Momento “eu quero ir”.<br />

Momento “eu quero fazer”.<br />

Momento “eu quero comprar”.<br />

“Todas as empresas que querem investir no relacionamento<br />

com seus consumidores precisam saber<br />

que esses micromomentos são o novo campo de batalha<br />

para conquistar os corações, as mentes e as<br />

carteiras dos clientes”, destaca Sridhar.<br />

Acompanhando a lógica dos micromomentos,<br />

John Jantsch, especialista em marketing para pequenas<br />

empresas, afirma que uma pessoa passa pelas<br />

seguintes etapas durante o ciclo de compra inspirado<br />

na “não <strong>venda</strong>”.<br />

O ciclo de coMPRA iNSPirado NA “não<br />

<strong>venda</strong>” e o pós-<strong>venda</strong> como PRé-<strong>venda</strong><br />

Uma nova visão sobre o funil de <strong>venda</strong>s seria algo<br />

como o que está representado no ciclo abaixo. Sua<br />

empresa está presente em todas as etapas dessa<br />

jornada?<br />

Repetir<br />

Recomendar<br />

Conhecer<br />

Comprar<br />

Gostar<br />

Confiar<br />

Claudio Diogo (p. 60) e César Frazão (p. 72) defendem,<br />

nesta edição da <strong>VendaMais</strong>, que o pós-<strong>venda</strong><br />

deve ser enxergado, na verdade, como uma pré-<strong>venda</strong>.<br />

Scott Stratten e Alison Kramer também defendem<br />

essa tese e, por conta disso, acreditam que o índice<br />

de recompra e de recomendações é um indicador que<br />

não pode faltar em seu planejamento. “Depois que<br />

compram, seus clientes não vão viver em uma ilha<br />

deserta isolada. Eles compartilham experiências,<br />

boas ou más. As empresas que estão ouvindo, ou<br />

Experimentar<br />

64<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


seja, que estão atentas aos pontos que formam a nuvem<br />

de <strong>venda</strong>s, estão muito à frente de qualquer<br />

campanha de marketing ou publicidade”, explicam<br />

os autores de UnSelling.<br />

Com base nisso, pergunte-se: “O que eu estou<br />

fazendo para marcar presença na nuvem de <strong>venda</strong>s<br />

pré-funil, nas 12 buscas, nos micromomentos e no<br />

ciclo de compra que o cliente vivencia antes de fazer<br />

contato com a nossa empresa?”<br />

3 perguntas fundamentais para o<br />

pós-<strong>venda</strong><br />

Em UnSelling, os autores sugerem o uso de um<br />

sistema simples, mas eficaz para detectar o<br />

sentimento do cliente a respeito de sua empresa.<br />

Chamado de Pare, Comece, Continue, o sistema<br />

apresenta três perguntas cujas respostas ajudam<br />

a formar o cenário mais verdadeiro possível sobre<br />

o que, de fato, seus clientes pensam de você<br />

– além de gerar ideias para melhorias e inovações.<br />

O que você quer que a gente pare de fazer?<br />

O que você quer que a gente comece a fazer?<br />

O que você quer que a gente continue fazendo?<br />

Cultura organizacional vende<br />

A cultura da Big Ass Fans, uma empresa que fabrica<br />

e vende ventiladores de teto situada em Lexington,<br />

cidade com 300 mil habitantes situada no estado de<br />

Kentucky (EUA), recebe destaque em UnSelling. O<br />

produto é algo que não parece inovador, criativo ou<br />

capaz de servir de referência para um livro que fala<br />

sobre como encantar e fidelizar clientes, mas acompanhe<br />

as lições dessa pequena gigante para entender<br />

como ela sabe fazer a diferença:<br />

Construa um ambiente positivo que atraia boas<br />

pessoas: A empresa mantém um programa de<br />

bolsa de estudos para ajudar jovens a pagar a universidade.<br />

A expectativa, com isso, é, além de retribuir<br />

à sociedade, que os jovens se interessem<br />

por trabalhar na empresa futuramente. E mesmo<br />

quando isso não acontece, a Big Ass celebra o fato<br />

de ter amigos espalhados em boas posições no<br />

mercado de trabalho. Isso é pensar a longo prazo.<br />

Valorize a satisfação dos colaboradores: Se as<br />

pessoas estão trabalhando com algo de que não<br />

gostam, não é um aumento salarial que vai deixá-<br />

-las felizes. A Big Ass Fans apoia e incentiva que<br />

colaboradores mudem de posição se sentirem que<br />

já deram o seu máximo em determinado departamento.<br />

Além disso, a empresa é reconhecida por<br />

pagar salários 30% maiores que a média nacional.<br />

Não seja uma commodity: Se a única forma que<br />

você enxerga de fazer mais dinheiro é cortando<br />

custos, você está se igualando a quem só compete<br />

por preço – e não por inovação e valor.<br />

Não entre em pânico por causa da crise: A Big<br />

Ass Fans atravessou a recente crise que afetou os<br />

Estados Unidos apertando o caixa, mas sem demitir<br />

colaboradores. Quando a economia voltou<br />

a crescer, o time entrosado se tornou um grande<br />

diferencial competitivo sobre a concorrência porque<br />

estava completo, muito bem treinado e leal à<br />

empresa que o ajudou em um momento difícil.<br />

No fiNAL das contas, tudo se resume a<br />

tRAtar todos bem<br />

Se você excluir os aspectos que envolvem a estratégia,<br />

o foco em desenvolver pessoas e deixá-las felizes e a<br />

aplicação das táticas de marketing digital presentes<br />

na nuvem de <strong>venda</strong>s pré-funil, verá que praticar a<br />

“não <strong>venda</strong>” não se trata de fazer grandes investimentos,<br />

mas de ser gentil, humano e se importar com a<br />

experiência de compra que sua empresa oferece a<br />

todos os prospects, clientes e parceiros.<br />

Ganhar dinheiro não pode ser seu objetivo primário,<br />

mas o resultado de contratar pessoas excelentes,<br />

criar produtos inovadores, prestar um ótimo<br />

atendimento pré e pós-<strong>venda</strong> e desenvolver uma<br />

cultura em que todos são tratados do jeito que você<br />

gostaria de ser tratado com certeza será esse. “Algumas<br />

pessoas vão ler o livro e se sentir inspiradas. Outras<br />

vão dizer que pouco podem fazer porque atuam em<br />

uma empresa qualquer que vende um mero (nome do<br />

produto/serviço). Só que praticar a ‘não <strong>venda</strong>’ é escolher<br />

ser melhor do que apenas uma pessoa ou uma<br />

empresa comum”, aconselham os autores. E isso independe<br />

de tamanho ou segmento.<br />

O que você escolhe?<br />

Título: UnSelling. – The New Customer Experience<br />

Editora: Wiley (eua)<br />

Autores: Scott Stratten e Alison Kramer<br />

Onde comprar: amazon.com.br (a partir de R$ 82)<br />

*Sem tradução no Brasil<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 65


Cultura organizacional<br />

Jerônimo Mendes<br />

Como desenvolver uma<br />

cultura organizacional<br />

com foco em pós-<strong>venda</strong><br />

Quando pergunto para meus clientes ou mesmo<br />

para meus alunos como eles definem a cultura<br />

organizacional da empresa deles, a maioria me olha<br />

espantada. Ninguém tem uma definição clara na<br />

ponta da língua. Confesso que eu também não<br />

tenho, mas a reconheço quando começo a circular<br />

pelo ambiente corporativo de qualquer empresa...<br />

Cultura organizacional é um sistema de valores<br />

compartilhados pelos seus membros, em todos os<br />

níveis, que diferencia uma organização das demais.<br />

Em última análise, trata-se de um conjunto de<br />

características-chave que a organização valoriza, compartilha e utiliza<br />

para atingir seus objetivos e adquirir a imortalidade.<br />

Se a empresa possui valores essenciais bem definidos e amplamente<br />

compartilhados, o impacto positivo das lideranças sobre o comportamento<br />

da equipe é maior e, portanto, o descontentamento, a conspi-<br />

ração e a rotatividade são menores.<br />

Isso é o que se pode chamar de<br />

cultura organizacional forte.<br />

Por outro lado, quando os valores<br />

defendidos pela empresa se<br />

chocam com os valores adotados<br />

pela maioria, o grau de comprometimento<br />

das pessoas é menor e a<br />

probabilidade de a empresa sumir<br />

do mapa em uma ou duas gerações<br />

é maior. Isso é o que se pode chamar<br />

de cultura organizacional fraca.<br />

Em uma cultura organizacional<br />

forte, os valores essenciais<br />

são acatados e amplamente compartilhados.<br />

Eles estão na alma da<br />

organização, e quanto mais os<br />

membros aceitarem os valores essenciais<br />

por livre e espontânea<br />

vontade, maior é o grau de comprometimento<br />

com os resultados.<br />

Isso demonstra um elevado<br />

grau de concordância entre seus<br />

empregados sobre os pontos de<br />

66<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


vista da organização. Essa unanimidade<br />

de propósitos gera coesão,<br />

lealdade e comprometimento,<br />

o que, por sua vez, reduz a<br />

propensão de funcionários dispostos<br />

a deixar a organização.<br />

10 diCAS PARA tornar<br />

seu pós-<strong>venda</strong> uma<br />

referência no mercado<br />

A cultura organizacional não<br />

surge do nada. Entretanto, uma<br />

vez estabelecida, ela raramente<br />

se desfaz. Da mesma forma, a<br />

cultura do pós-<strong>venda</strong> varia de<br />

acordo com as ideias do fundador<br />

da empresa e da postura do líder<br />

da equipe de <strong>venda</strong>s. Nesse sentido,<br />

ela será diretamente proporcional<br />

à importância atribuída<br />

para a atividade e ao nível de<br />

respeito demonstrado para com<br />

o cliente.<br />

O processo de criação e manutenção<br />

de uma cultura de pós-<br />

-<strong>venda</strong> ocorre de várias maneiras,<br />

de acordo com os modelos mentais<br />

que são instituídos desde o início<br />

da empresa. Portanto, quanto mais<br />

cedo forem incorporados, melhor.<br />

Aqui estão dez dicas essenciais<br />

para tornar o seu pós-<strong>venda</strong> uma<br />

referência no mercado:<br />

Selecione o pessoal<br />

1. adequadamente.<br />

O ponto inicial da construção de<br />

uma cultura voltada para o cliente<br />

é a contratação de pessoas com<br />

personalidade e atitudes consistentes<br />

com a orientação para o<br />

cliente. Pare de contratar pessoas<br />

que querem ser apenas vendedores<br />

e comece a contratar pessoas<br />

que se interessam por tratar<br />

bem e resolver os problemas do<br />

cliente.<br />

Inclua o pós-<strong>venda</strong> na<br />

2. estrutura organizacional.<br />

Se o pós-<strong>venda</strong> for definido mesmo<br />

como uma prioridade, então<br />

faça-o de maneira formal e estruturada<br />

e encontre alguém para<br />

cuidar disso de maneira decente.<br />

3.<br />

Doutrine e instrua os<br />

funcionários de acordo<br />

com a sua forma de pensar e<br />

agir.<br />

Os líderes exercem grande impacto<br />

sobre a cultura organizacional<br />

por meio de palavras e ações. Portanto,<br />

a única forma de valorizar<br />

a importância do pós-<strong>venda</strong> e dar<br />

a prioridade que a atividade merece<br />

é doutrinando as pessoas<br />

para isso.<br />

Adote um<br />

4. comportamento<br />

empreendedor.<br />

Este comportamento tende a<br />

reforçar o modelo que encoraja<br />

os funcionários a se identificarem<br />

com o fundador e o líder da<br />

equipe.<br />

5.<br />

Defina o pós-<strong>venda</strong><br />

como um valor e<br />

incorpore-o à cultura da<br />

empresa.<br />

Só existe comprometimento quando<br />

os valores estão expressos diariamente<br />

por meio de pensamentos<br />

e ações formalmente instituídos<br />

na missão e na visão da organização;<br />

dessa forma, as<br />

pessoas tendem a assimilar os<br />

valores, as convicções e as premissas,<br />

ou seja, elas o fazem porque<br />

veem sentido naquilo.<br />

6.<br />

Dê autonomia.<br />

Todo funcionário deve ter<br />

autonomia para resolver os problemas<br />

dos clientes. A autonomia<br />

é um componente importante em<br />

uma cultura voltada para o cliente,<br />

pois permite que o funcionário<br />

possa tomar decisões, independentemente<br />

do nível hierárquico<br />

em que se encontra.<br />

7.<br />

Crie um canal de<br />

comunicação eficaz.<br />

Tem certeza de que você se importa<br />

mesmo com o cliente? Então<br />

não o irrite. Deixe isso claro por<br />

meio de um canal aberto e eficaz<br />

de comunicação. Atendimento<br />

direto, e-mail, site, etc., não importa;<br />

o que importa é o cliente<br />

saber para onde e para quem recorrer.<br />

8.<br />

Leve reclamações e<br />

sugestões a sério.<br />

Como diz Jeffrey Gitomer (especialista<br />

norte-americano que também<br />

é colunista desta revista), em<br />

<strong>venda</strong>s, certo e errado não importam;<br />

o que importa é a percepção<br />

do cliente, é mantê-lo satisfeito<br />

e feliz. O cliente pode até<br />

não ter razão, mas não ficará<br />

satisfeito enquanto você não provar<br />

para ele.<br />

9.<br />

Realize treinamentos<br />

periódicos sobre pós<strong>venda</strong>.<br />

Se você quer que algo seja tratado<br />

com a importância que merece,<br />

alinhe a comunicação com frequência<br />

por meio de treinamentos.<br />

10.<br />

Utilize a tecnologia a<br />

seu favor.<br />

Uma vez cliente, sempre cliente<br />

– desde que a experiência dele<br />

com o seu produto ou serviço<br />

seja memorável. Quer mantê-lo<br />

como um eterno propagandista<br />

do seu negócio? Não o perca de<br />

vista e trate-o bem desde o início.<br />

Cadastre-o em um mailing, utilize<br />

uma boa ferramenta de pós-<br />

-<strong>venda</strong> (CRM, por exemplo), envie<br />

novidades sobre o seu mercado,<br />

lançamentos de novos<br />

produtos e serviços e coloque-se<br />

sempre à disposição para ajudá-<br />

-lo, porém o faça de maneira<br />

consciente. Seja relevante, mas<br />

não seja chato.<br />

“Pare de<br />

contratar<br />

pessoas<br />

que querem<br />

ser apenas<br />

vendedores<br />

e comece<br />

a contratar<br />

pessoas que<br />

se interessam<br />

por tratar bem<br />

e resolver os<br />

problemas do<br />

cliente.”<br />

Jerônimo Mendes é administrador,<br />

coach, consultor<br />

e palestrante. É autor dos<br />

livros Manual do empreendedor,<br />

Empreendedorismo<br />

para jovens e A atitude muda<br />

tudo.<br />

Visite os sites:<br />

www.jeronimomendes.<br />

com.br<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 67


<strong>VendaMais</strong> Small Business / Da Redação<br />

Equipe mais<br />

engajada +<br />

clientes mais<br />

felizes =<br />

mais <strong>venda</strong>s<br />

Crescimento das taxas de<br />

conversão e de recompra,<br />

aumento do ticket médio,<br />

clientes mais satisfeitos<br />

e uma equipe mais<br />

engajada. Foi justamente<br />

isso que a loja Rafarillo,<br />

de Ribeirão Preto (SP),<br />

alcançou após cinco meses<br />

de treinamentos com a<br />

consultoria <strong>VendaMais</strong><br />

Small Business. Saiba<br />

como isso foi possível e<br />

inspire-se a conseguir<br />

esses resultados em sua<br />

empresa também<br />

Conseguir ter uma equipe engAJAda em<br />

melhorar os resultados, aumentar as <strong>venda</strong>s e a<br />

lucratividade, atrair e fidelizar mais clientes. Esses<br />

são objetivos comuns a qualquer empresa, independentemente<br />

do tamanho. Mas quando se é um<br />

negócio pequeno e, ainda por cima, novo, fica muito<br />

mais difícil alcançá-los.<br />

Com apenas seis meses de atuação, a loja de<br />

sapatos masculinos Rafarillo, de Ribeirão Preto<br />

(SP), tinha muito trabalho pela frente. Para ajudar<br />

a iniciar sua trajetória no caminho certo, contou<br />

com a ajuda da consultoria <strong>VendaMais</strong> Small<br />

Business, que atua na cidade. Era o que a empresa<br />

precisava para engrenar com mais facilidade.<br />

Entenda de que forma a loja conseguiu evoluir<br />

e, em cinco meses de treinamento, alcançar resultados<br />

que muitas organizações de grande porte não<br />

conseguem em anos e inspire-se para seguir o<br />

mesmo caminho.<br />

tRAçando objetivos e identifiCANdo<br />

necessidades<br />

Segundo Fabricio Guiraldeli, gerente de expansão<br />

de varejo da Rafarillo, ao contratar os serviços de<br />

consultoria da <strong>VendaMais</strong> Small Business a<br />

expectativaera melhorar os resultados em geral,<br />

além de mostrar para equipe a importância de<br />

delimitar objetivos específicos e ter indicadores<br />

para acompanhamento.<br />

Quem coordenou o treinamento foi Marcelo<br />

Baratella, diretor executivo da <strong>VendaMais</strong> Small<br />

Business Ribeirão Preto (SP). Ele conta que os gestores<br />

apontaram como objetivos iniciais:<br />

68<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Aumentar o número de clientes constantemente.<br />

Reter e fidelizar os clientes atuais.<br />

Aumentar o ticket médio.<br />

Aumentar a taxa de conversão para mais de 60%.<br />

Criar o hábito de reuniões diárias.<br />

Como fazer isso? O que ABordar no<br />

treiNAMento PARA que esses objetivos<br />

pudessem ser ALCANçados?<br />

Para entender melhor a realidade da empresa e<br />

também identificar necessidades não apontadas<br />

pelos gestores, a <strong>VendaMais</strong> Small Business realizou,<br />

em parceria com os gestores da Rafarillo,<br />

uma análise com o intuito de compreender as reais<br />

necessidades da organização. “Aplicamos um diagnóstico<br />

que consiste em dar uma nota de zero a dez<br />

para cada item (desde questões técnicas até o nível<br />

de comprometimento) e, mediante o resultado da<br />

tabulação, sugerimos a aplicação do treinamento<br />

que melhor se adequava às necessidades da equipe<br />

de <strong>venda</strong>s”, explica.<br />

Baratella aponta que, de acordo com o que foi<br />

averiguado, foram escolhidos os seguintes temas:<br />

CHA (conhecimentos, habilidades e atitudes)<br />

das <strong>venda</strong>s – Para que os vendedores<br />

pudessem exercer melhor suas funções, focados<br />

em aumentar a retenção e o retorno de clientes<br />

na loja.<br />

5 passos para excelência em <strong>venda</strong>s – Para<br />

que os vendedores pudessem ter uma visão estratégica<br />

da realidade do varejo e, assim, vender<br />

os diferenciais da empresa.<br />

Prospecção através de indicações – Para que<br />

os vendedores pudessem aumentar a carteira<br />

de clientes utilizando técnicas que auxiliam na<br />

obtenção de indicações de clientes satisfeitos.<br />

Gatilhos mentais – Para que os vendedores<br />

pudessem utilizar técnicas apuradas de persuasão<br />

para aumentara taxa de conversão.<br />

Um PASSo de CAda vez<br />

De fevereiro a junho deste ano, os temas acima<br />

foram passados à equipe de <strong>venda</strong>s (formada por<br />

quatro vendedores), sempre com o acompanhamento<br />

do gerente. As informações foram apresentadas<br />

por meio de vídeos, e-books, muitas dinâmicas e<br />

exercícios práticos.<br />

O treinamento aconteceu de forma interativa,<br />

incentivando a participação ativa dos vendedores,<br />

Foto: Divulgação<br />

“Toda a equipe ficou mais homogênea, todos mais comprometidos e<br />

envolvidos na busca do melhor resultado, tendo melhor aproveitamento dos<br />

clientes que entram na loja.”<br />

Fabricio Guiraldeli, gerente de expansão de varejo da Rafarillo<br />

Foto: Ale Carolo<br />

“Com um treinamento focado no que precisava para reter os talentos<br />

internos e também conquistar mais clientes, a Rafarillo conseguiu alcançar<br />

o que muitas empresas de grande porte não conseguem: vendedores<br />

motivados, engajados e tecnicamente treinados para vender de maneira<br />

mais eficaz, fazendo o funil de <strong>venda</strong>s funcionar de forma mais eficiente.”<br />

Marcelo Baratella, diretor executivo da <strong>VendaMais</strong> Small Business Ribeirão Preto (SP)<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 69


para que eles pudessem colocar em prática tudo o<br />

que estavam aprendendo. “Ao final de cada sessão<br />

de treinamento, cada vendedor tinha de cumprir<br />

seus próximos passos, focados em melhorar seu<br />

indicador de desempenho”, explica Baratella.<br />

Ele destaca que sempre eram realizadas discussões<br />

sobre os indicadores de desempenho de cada<br />

um, o que contribuiu para o resultado final, medindo<br />

o que deu certo e o que seria preciso melhorar.<br />

A ideia, segundo o diretor executivo da <strong>VendaMais</strong><br />

Small Business Ribeirão Preto, era promover<br />

a troca de ideias entre todos, com um ajudando<br />

o outro e compartilhando conhecimento.<br />

oBJetivo e expectativas superadas<br />

O gerente de expansão de varejo da Rafarillo destaca<br />

que, em dois meses de treinamento, já foi possível<br />

verificar mudanças significativas nos profissionais.<br />

“Toda a equipe ficou mais homogênea,<br />

todos estão mais comprometidos e envolvidos na<br />

busca do melhor resultado e há um aproveitamento<br />

melhor dos clientes que entram na loja”, aponta.<br />

Baratella ressalta que os objetivos iniciais foram<br />

alcançados e até superados. “Com um treinamento<br />

focado no que precisava para reter os talentos internos<br />

e também conquistar mais clientes, a Rafarillo<br />

conseguiu alcançar o que muitas empresas de<br />

grande porte não conseguem: vendedores motivados,<br />

engajados e tecnicamente treinados para vender<br />

de maneira mais eficaz, fazendo o funil de<br />

<strong>venda</strong>s funcionar de formamais eficiente”, pontua.<br />

No fim das contas, segundo Baratella, estes<br />

foram os principais resultados do treinamento<br />

<strong>VendaMais</strong> Small Business na Rafarillo:<br />

1) Aumento da taxa de conversão<br />

Já no primeiro mês de trabalho, a taxa de conversão,<br />

que antes estava em pouco mais de 50%, saltou<br />

para 65,75%. Analisando todos os dias dos meses<br />

seguintes, a taxa média de conversão da Rafarillo<br />

manteve-se em 62%.<br />

2) Manutenção máxima de CLientes atuais<br />

A satisfação dos clientes refletiu-se nos indicadores.<br />

Foi implantado um sistema de pós-<strong>venda</strong> utilizando<br />

o NPS (Net Promoter Score), para medir a satisfação<br />

dos clientes usando notas de zero a dez. “O<br />

resultado foi motivo de comemoração: a loja teve a<br />

média de 9,6, o que significa que os clientes da Rafarillo<br />

são, em sua maioria, promotores da marca”,<br />

comemora Baratella.<br />

Foto: Divulgação<br />

3) Crescimento da taxa de recoMPRA<br />

“Como os clientes passaram a ficar mais satisfeitos,<br />

a média de recompra aumentou em 20% em comparação<br />

com a taxa de recompra nos meses que<br />

antecederam o treinamento”, relata Baratella. Guiraldeli<br />

completa contando que, ao trabalhar melhor<br />

os clientes da base, a loja passou a ter mais segurança.<br />

“Com o valor vendido mensalmente para<br />

clientes habituais, passamos a depender menos do<br />

fluxo do shopping”, analisa.<br />

4) Mais novos CLientes<br />

Além do aumento da taxa de conversão e recompra,<br />

Baratella destaca que a loja teve crescimento médio<br />

de 20% das <strong>venda</strong>s para novosclientes. Segundo<br />

ele, esse aumento deveu-se ao trabalho desenvolvido<br />

com o objetivo de aumentar a carteira de<br />

clientes por meio dos pedidos de indicações aos<br />

consumidores satisfeitos, realizado no momento do<br />

contato direto entre vendedor e cliente.<br />

5) Aumento do ticket médio<br />

Outro resultado impressionante foi o aumento de 21%<br />

do ticket médio da loja. “Resultado comemorado pela<br />

70<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Foto: Divulgação<br />

gestão da loja, uma vez que o trabalho foi realizado<br />

no primeiro semestre do ano da crise”, conta Baratella.<br />

6) Maior disciplina da equipe PARA<br />

atingimento de metAS<br />

Além da medição e da gestão de indicadores de<br />

resultado, também foram implantados na loja indicadores<br />

de desempenho, medidos individualmente<br />

pela própria equipe de <strong>venda</strong>s através de uma<br />

ferramenta desenvolvida pela <strong>VendaMais</strong> Small<br />

Business junto à Rafarillo com o objetivo de estabelecer<br />

uma cultura de alta performance com cada<br />

vendedor para atingir suas metas.<br />

7) Vendedores mais engAJAdos<br />

O gerente de expansão de varejo da Rafarillo destaca,<br />

ainda, que, depois do treinamento, a equipe<br />

ficou mais preocupada em alcançar sempre o melhor<br />

resultado. “Nosso gerente comercial, Marcel Nogues,<br />

sempre esteve preocupado e comprometido com os<br />

números e indicadores. Mas, antes, a equipe não<br />

entendia a importância disso. Com o treinamento,<br />

os profissionais passaram a ajudá-lo mais na busca<br />

e na conquista das metas. Para ter uma ideia da<br />

força disso, tivemos um crescimento nas <strong>venda</strong>s de<br />

20% de um mês para outro”, revela Guiraldeli.<br />

Mas mesmo com resultados incríveis como esses, a<br />

Rafarillo não para! Guiraldeli destaca que o trabalho<br />

para desenvolver os vendedores é constante. “Realizamos<br />

um acompanhamento diário da ferramenta CHA das<br />

<strong>venda</strong>s. Sempre que existe um atendimento diferente<br />

do ‘combinado’, conversamos com o vendedor, mostrando<br />

que o insucesso do atendimento foi por conta da<br />

falha do procedimento e, com isso, no próximo, ele<br />

corrige e consegue um resultado bem melhor”, conclui.<br />

E você, também gostaria de alcançar todos esses resultados?<br />

Agora já sabe que não precisa ser uma empresa<br />

de grande porte para poder contar com a credibilidade<br />

e a qualidade da metodologia comprovada da<br />

<strong>VendaMais</strong> para aumentar suas <strong>venda</strong>s e desenvolver<br />

sua equipe. Visite o site nbtreinamentos.com.br ou<br />

envie um e-mail para contato@vmsb.com.br para saber<br />

como a <strong>VendaMais</strong> Small Business pode ajudar sua<br />

empresa!<br />

Colaborou nesta matéria: Francine Pereira<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 71


Do lado do vendedor<br />

César Frazão<br />

Meu líder não entende<br />

o que é pós-<strong>venda</strong>.<br />

O que eu faço?<br />

Só existem duas MANeiRAS de ganhar<br />

dinheiro em <strong>venda</strong>s: uma é vender para novos<br />

clientes (para isso, é preciso cuidar muito bem da<br />

prospecção) e a outra é vender mais vezes para o<br />

mesmo cliente (ou seja, focar na fidelização de quem<br />

já compra de você). É justamente nessa segunda<br />

opção que entra o pós-<strong>venda</strong>.<br />

Como vários especialistas defendem (inclusive<br />

nesta edição da <strong>VendaMais</strong>) – e eu concordo –,<br />

pós-<strong>venda</strong> é a pré-<strong>venda</strong> da próxima <strong>venda</strong>. Essa é<br />

uma das grandes verdades na nossa área; não importa<br />

o ramo de atividade da empresa ou a região<br />

em que ela fica, é um fenômeno universal.<br />

Apesar disso, muitos líderes<br />

de <strong>venda</strong>s não dão o devido valor<br />

a essa etapa do processo e,<br />

muitas vezes, até mesmo impedem<br />

que seus vendedores pratiquem<br />

ações nesse sentido, pois<br />

consideram o pós-<strong>venda</strong> perda<br />

de tempo (“Tem é que cuidar das<br />

novas <strong>venda</strong>s”, dizem os líderes<br />

despreparados).<br />

Esse tipo de comando míope<br />

faz com que a empresa e seus<br />

comandados percam tempo e di-<br />

72<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


nheiro, porque, hoje em dia, com<br />

os custos de <strong>venda</strong>s tão altos, é<br />

muito mais caro realizar a prospecção<br />

de novos clientes do que<br />

manter os clientes atuais. Fora<br />

que o retorno dos clientes fiéis é<br />

sempre maior do que o dos novos<br />

clientes.<br />

Assumindo o controle do<br />

pós-<strong>venda</strong><br />

Algumas ações estratégicas – como,<br />

por exemplo, a adoção de um<br />

CRM ou a criação de um evento<br />

para os principais clientes – certamente<br />

dependem da direção da<br />

empresa para serem implementadas<br />

e o vendedor não tem muito<br />

o que fazer a não ser rezar<br />

para que a empresa caminhe nessa<br />

direção. Mas se seu líder não<br />

acha o pós-<strong>venda</strong> importante e<br />

você não sente que a empresa o<br />

apoiará nesse sentido, calma, não<br />

se desespere! Por conta própria,<br />

ainda dá para fazer pelo menos<br />

três coisas que irão tornar seu<br />

pós-<strong>venda</strong> um poderoso combustível<br />

para as próximas transações.<br />

São elas:<br />

1.<br />

Envio periódico<br />

de e-mails<br />

simplesmente<br />

PARA SABer se<br />

está tudo bem com o<br />

cliente.<br />

Os e-mails devem ser simples,<br />

sem frescura, diretos e objetivos,<br />

demonstrando que você está<br />

atento e preocupado com o sucesso<br />

e as necessidades de quem<br />

compra de você. O ideal é que<br />

você faça esses envios quinzenalmente<br />

– ou, no máximo, mensalmente.<br />

Não deixe o cliente<br />

muito tempo sem receber notícias<br />

suas, isso pode aumentar<br />

as chances de ele trocar você<br />

pelo concorrente.<br />

“Deixe de ser refém da liderança ausente e fraca, pare de colocar a<br />

culpa só na empresa e programe hoje mesmo seu próprio sistema<br />

de pós-<strong>venda</strong> para aumentar suas <strong>venda</strong>s no futuro.”<br />

2.<br />

Ligações rápidas<br />

com o objetivo de<br />

MANter vivo o<br />

reLACioNAMento<br />

com o CLiente.<br />

É bom alternar e, às vezes, telefonar<br />

para o cliente – ao invés de<br />

simplesmente mandar um e-mail.<br />

Afinal, é sempre interessante fazer<br />

um contato mais direto com<br />

seus clientes. Muitas vezes, esses<br />

contatos oferecem oportunidades<br />

escondidas! Para definir quem<br />

receberá uma ligação sua, leve<br />

em consideração o perfil de seus<br />

clientes (pessoas mais aceleradas<br />

costumam preferir se comunicar<br />

por e-mail, por exemplo, enquanto<br />

as mais tranquilas costumam<br />

gostar de bater papo por telefone).<br />

3.<br />

Envio de conteúdo<br />

relevante PARA o<br />

cliente.<br />

Ao receber de você notícias sobre<br />

o seu setor, sobre os produtos/<br />

serviços que consome e dicas para<br />

ajudá-lo a prosperar e ter uma<br />

vida melhor, o cliente passará a<br />

lhe ver com um orientador, um<br />

conselheiro, e não apenas mais<br />

um tirador de pedidos. Serão poucos<br />

minutos investidos na pesquisa<br />

e outros no envio para esperar<br />

um retorno que não tem preço!<br />

Com base nesse raciocínio,<br />

acho importante ressaltar que o<br />

pós-<strong>venda</strong> também é responsabilidade<br />

do vendedor, independentemente<br />

da liderança. Faz parte<br />

das funções do profissional de<br />

<strong>venda</strong>s moderno cuidar e atender<br />

bem seu cliente. Então,deixe de<br />

ser refém da liderança ausente e<br />

fraca, pare de colocar a culpa só<br />

na empresa e programe hoje mesmo<br />

seu próprio sistema de pós-<br />

-<strong>venda</strong> para aumentar suas <strong>venda</strong>s<br />

no futuro. Tudo isso (e muito<br />

mais!) cabe na sua agenda. Basta<br />

você se organizar para tornar<br />

essas ações possíveis.<br />

Mas por que APostar no<br />

pós-<strong>venda</strong>?<br />

Existem duas grandes vantagens<br />

diretas de investir no seu próprio<br />

pós-<strong>venda</strong>:<br />

1) Você terá mais facilidade para<br />

fazer a próxima <strong>venda</strong> –<br />

porque demonstrou profissionalismo<br />

e conquistou a confiança<br />

dos clientes.<br />

2) As indicações virão de maneira<br />

muito mais natural – e<br />

podem significar um aumento<br />

nas <strong>venda</strong>s sem custo adicional<br />

para você, pois um<br />

cliente satisfeito é o melhor<br />

vendedor que você pode ter.<br />

Por tudo isso, defendo que um<br />

vendedor deve ter seu próprio sistema<br />

de pós-<strong>venda</strong>! Cuidar da sua<br />

carteira de clientes significa cuidar<br />

de um de seus maiores patrimônios:<br />

seus clientes.Portanto,<br />

caso sua empresa e seu líder ainda<br />

não tenham acordado para a<br />

importância desse passo da <strong>venda</strong>,<br />

de agora em diante cuide você<br />

mesmo dessa etapa fundamental<br />

para o seu sucesso – e para a felicidade<br />

do cliente e da organização<br />

que você representa. Nisso, todas<br />

as reportagens desta edição da<br />

<strong>VendaMais</strong> podem lhe ajudar!<br />

Bom pós-<strong>venda</strong>, boas <strong>venda</strong>s<br />

e sucesso para você!<br />

César Frazão é palestrante<br />

e instrutor de <strong>venda</strong>s,<br />

especializado em técnicas<br />

de <strong>venda</strong>s e motivação<br />

Visite o site:<br />

www.cesarfrazao.com.br<br />

E-mail:<br />

cesarfrazao@cesarfrazao.<br />

com.br<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 73


Venda mais com <strong>VendaMais</strong> / DA REDAÇÃO /<br />

DIVULGAÇÃO<br />

Revendo<br />

processos e<br />

inovando na<br />

prospecção<br />

A gestora comercial JANAINA MichELLE ESTAva ENfRENTANdo dificuldades PARA PROSPECTAR CLIENTES e<br />

ACREdITAva que o PROBLEMA POdia SER ELA. Ao LER a NOSSA edição ESPECIAL SOBRE PROSPECção (MAIO/2015),<br />

ELA PERCEBEu que, NA verdade, o PROBLEMA ERA ouTRO. dESCuBRA o que ESTAva ERRAdo, o que ELA APRENdeu<br />

COM a VendAmAis, quAIS fORAM OS RESuLTAdOS dESSE APRENdizado e INSPIRE-se NESSA hISTóRIA<br />

Naturalmente, a maioria das<br />

pessoas “torce o nariz” sempre<br />

que um problema aparece. Afinal,<br />

se é problema, é ruim, não<br />

é mesmo? Bem... Nem sempre!<br />

Apesar de, a princípio, poder<br />

parecer estranho alguém dizer<br />

que “pepinos” são oportunidades,<br />

se você parar para pensar,<br />

logo vai perceber que, ao longo<br />

do tempo, muitos “problemas”<br />

originaram grande parte do conhecimento que<br />

temos hoje.<br />

Definindo um PRoblema<br />

Não entender o mundo à sua volta<br />

pode ser um problema para um<br />

cientista. Não saber como lidar<br />

com os filhos pode ser um problema<br />

para os pais. Tentar alcançar<br />

um objetivo e não ter ideia de<br />

por onde começar pode ser um<br />

problema para qualquer um. E<br />

diante de dificuldades, o que devemos<br />

fazer para resolvê-las? Procurar<br />

e desenvolver conhecimento.<br />

A solução dos nossos problemas<br />

começa e termina na busca por<br />

informações e ideias que nos darão<br />

uma luz e mostrarão opções<br />

de caminhos a serem seguidos.<br />

Para Janaina Michelle, gerente<br />

de <strong>venda</strong>s do Montreal Clube<br />

de Hospedagens, o problema era<br />

atrair novos clientes para a base<br />

da empresa. E a solução veio por<br />

meio da <strong>VendaMais</strong> de maio deste<br />

ano, uma edição totalmente<br />

dedicada ao tema “Prospecção”.<br />

74<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Conheça a história dessa gestora comercial e<br />

entenda como ela está resolvendo problemas persistentes<br />

em sua empresa por meio do conhecimento<br />

adquirido nas páginas da <strong>VendaMais</strong>.<br />

Novos desafios, novos PRobleMAS<br />

Tem gente que foge de novos desafios, que prefere<br />

ficar onde está, fazendo o que já sabe, lidando<br />

com o que já conhece. Janaina não é uma dessas<br />

pessoas! Há dez anos trabalhando no Montreal,<br />

ela cresceu e se desenvolveu junto com a empresa.<br />

Começou como estagiária, depois foi operadora de<br />

“Parece que<br />

vocês me<br />

escutam; a<br />

cada edição,<br />

a revista traz<br />

um tema<br />

que estou<br />

precisando<br />

ler. Se eu não<br />

vou pesquisar,<br />

vocês trazem<br />

para mim<br />

por meio da<br />

revista.”<br />

(Janaina Michelle)<br />

telemarketing, passou para o cargo<br />

de assistente de <strong>venda</strong>s, tornou-se<br />

supervisora e, em 2014,<br />

assumiu seu posto atual, o de<br />

gerente comercial.<br />

Depois de quase uma década<br />

no operacional, Janaina tinha,<br />

então, novos desafios – e novos<br />

problemas – pela frente. Ela precisava<br />

aprender a pensar de maneira<br />

mais estratégica para comandar<br />

a equipe de forma inteligente<br />

e eficiente, trazendo resultados<br />

efetivos. Foi então que<br />

ela resolveu correr atrás de conhecimento<br />

e, pesquisando na<br />

internet, descobriu a <strong>VendaMais</strong>.<br />

“O que mais me chamou atenção<br />

foi que a revista conta com pessoas<br />

que entendem de <strong>venda</strong>s. E<br />

eu precisava justamente disso,<br />

aprender com especialistas da<br />

área para adquirir um conhecimento<br />

além do que eu aprendi<br />

com a prática nesses dez anos de<br />

Montreal”, explica. Animada com<br />

o conteúdo que a revista oferece,<br />

ela então apresentou a proposta<br />

de assinatura para o seu diretor<br />

e, assim, tanto a empresa como<br />

ela própria tornaram-se assinantes<br />

da revista.<br />

“Será que o PRoblema<br />

sou eu?”<br />

Se nada dá certo e a solução parece<br />

estar cada vez mais longe,<br />

é comum pensarmos que a origem<br />

do problema pode estar em<br />

nós mesmos. Quando começou<br />

sua operação com o objetivo de<br />

aumentar a base de clientes novos<br />

no Montreal, Janaina estava<br />

nessa situação.<br />

Em seus 20 anos de atuação,<br />

a empresa sempre havia trabalhado<br />

prospecção, mas nunca de<br />

maneira estruturada, com um<br />

processo bem definido. Por isso,<br />

quando a nova gestora começou<br />

a implantar ações focadas nessa<br />

área, a resistência da equipe foi<br />

muito grande. “A equipe não comprava<br />

a ideia, a principal dificuldade<br />

que a gente tinha era a falta<br />

de interesse dos vendedores<br />

em prospectar. Então eu pensava:<br />

‘O problema sou eu como gestora,<br />

não consigo vender a ideia, não<br />

consigo convencer’”, relembra.<br />

Por isso, quando recebeu a<br />

<strong>VendaMais</strong> de maio e percebeu<br />

que outros gestores também enfretavam<br />

os mesmos problemas,<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 75


Janaina entendeu que a falha estava na forma de<br />

implantar a estratégia de prospecção. “Quando comecei<br />

a ler a revista, eu falei: ‘Para tudo! Tem todo<br />

um processo a ser desenvolvido!’ Eu vi que era normal<br />

a falta de interesse dos vendedores, que é normal não<br />

saber por onde começar”, relata.<br />

A gestora aponta que a cobrança para que ela<br />

conseguisse novos clientes era grande, havia uma<br />

pressão por resultados imediatos. Baseando-se no<br />

conhecimento e nas dicas dos especialistas da revista,<br />

ela conseguiu embasar seu argumento e mostrar<br />

para os diretores que aquele era um trabalho de longo<br />

prazo, que precisava ser desenvolvido de forma<br />

estratégica para dar resultados.<br />

Conquistar primeiro, vender depois<br />

Depois de devorar a <strong>VendaMais</strong>, Janaina tinha<br />

várias ideias em mente para colocar em prática. Mas,<br />

claro, não daria para fazer tudo de uma vez. O primeiro<br />

passo foi criar uma equipe focada em prospecção.<br />

Um time de seis pessoas apenas com o objetivo<br />

de conquistar e trazer novos clientes para encaminhar<br />

aos vendedores para que estes fechassem<br />

as <strong>venda</strong>s depois que o cliente já tivesse sido trabalhado<br />

e conhecesse melhor a empresa e os serviços<br />

que ela oferece.<br />

Além disso, o script, a forma de falar com os possíveis<br />

clientes, também mudou – e isso já fez e está<br />

fazendo toda a diferença na operação do Montreal.<br />

“Levante as necessidades dos clientes, entenda o<br />

seu público, conheça o perfil de seu consumidor”.<br />

Baseando-se nessas dicas de prospecção da revista,<br />

Janaina começou um trabalho de abordagem bem<br />

diferente do que vinha fazendo, que era apenas focado<br />

no fechamento da <strong>venda</strong>, praticamente “empurrando”<br />

o serviço. “Montamos um banco de dados,<br />

separando os clientes que disseram ter interesse em<br />

viajar e os que afirmaram não ter interesse. Ou seja,<br />

segmentamos nossa base e estamos trabalhando de<br />

forma específica. É mais ou menos uma pesquisa,<br />

isso que estamos fazendo. Não vamos chegar oferecendo,<br />

pois o cliente não pode achar que a gente só<br />

quer vender, mas, sim, entender seus desejos e suas<br />

necessidades”, explica Janaina.<br />

Quando o CLiente recebe MAis atenção,<br />

ele retribui da mesma foRMA<br />

Como um dos principais resultados dessas mudanças,<br />

a gestora aponta que os clientes estão dando mais atenção,<br />

estão demonstrando maior interesse pela empresa.<br />

“Quando comecei a ler a revista, eu falei:<br />

‘Para tudo! Tem todo um processo a ser<br />

desenvolvido!’ Eu vi que era normal a falta de<br />

interesse dos vendedores, que é normal não<br />

saber por onde começar.”<br />

E isso só está acontecendo, segundo<br />

Janaina, porque agora o discurso<br />

não é mais direcionado à <strong>venda</strong>,<br />

e sim às necessidades dos clientes<br />

e ao que os serviços da empresa<br />

podem oferecer a eles. “Durante o<br />

início da abordagem da prospecção,<br />

sempre pedimos os e-mails das pessoas.<br />

Antes, quase ninguém se dispunha<br />

a dar. Como o jeito de falar<br />

mudou, eles começaram a dar o<br />

e-mail para que passássemos mais<br />

informações”, conta a gerente de<br />

<strong>venda</strong>s do Montreal.<br />

Ela revela que, de lá para cá, a<br />

equipe já conseguiu reunir cerca<br />

de 700 e-mails e, já no primeiro<br />

envio, 66% das mensagens enviadas<br />

foram abertas e visualizadas. Ou<br />

seja, mais da metade não ignorou<br />

o contato, os clientes realmente<br />

tiveram interesse em saber mais<br />

sobre os serviços do Montreal. Isso<br />

já demonstra a criação de uma<br />

base de contatos muito mais qualificada<br />

e que poderá trazer grandes<br />

resultados.<br />

PLANos PARA o futuro<br />

Segundo Janaina, com tanta coisa<br />

aprendida na edição sobre prospecção<br />

da <strong>VendaMais</strong>, ainda há<br />

muito o que colocar em prática.<br />

Estas são algumas ações que a gestora<br />

ainda está implantando e que<br />

também pretende desenvolver melhor<br />

no futuro:<br />

(Janaina Michelle)<br />

Equipes de <strong>venda</strong> e prospecção<br />

mais próximas<br />

Janaina destaca que precisa que<br />

esses dois times estejam muito<br />

próximos e que conheçam a realidade<br />

um do outro. Dessa forma,<br />

a ponte entre a prospecção e a <strong>venda</strong><br />

será muito mais ágil e eficiente.<br />

Além disso, essa aproximação também<br />

deve contribuir para diminuir<br />

a resistência dos vendedores, pois<br />

eles entenderão a real importância<br />

da prospecção.<br />

Não deixar o cliente quente<br />

esfriar<br />

Na abordagem de prospecção, os<br />

atendentes do Montreal perguntam<br />

se o prospect gostaria de falar<br />

com algum dos consultores para<br />

ter mais informações sobre a empresa<br />

e os serviços de seu interesse.<br />

“Se naquele momento ele demonstrar<br />

interesse em querer<br />

saber mais sobre a empresa, aquela<br />

abordagem deverá ser imediatamente<br />

passada para um vendedor,<br />

que vai, de fato, atender e<br />

fechar a <strong>venda</strong>. Não podemos deixar<br />

passar essa oportunidade.<br />

Brincamos que ‘cliente quente não<br />

pode deixar esfriar’”, aponta.<br />

Conhecer melhor o público e<br />

personalizar a abordagem<br />

Janaina conta que quer cada vez<br />

mais trabalhar o perfil do cliente,<br />

entender quem ele é, onde ele está<br />

e de que forma o Montreal pode<br />

atender suas necessidades.<br />

“Precisamos elaborar scripts constantemente<br />

e, sempre que for necessário,<br />

adotar uma nova abordagem<br />

conforme o perfil daquele<br />

prospect”, indica.<br />

O que você pode APRender<br />

com eSSA história<br />

A história de Janaina traz grandes<br />

lições e aprendizados que você<br />

também pode aplicar na sua realidade.<br />

Destacamos:<br />

76<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


1) Nunca deixe de buscar conhecimento<br />

Depois de dez anos trabalhando na empresa, Janaina<br />

podia achar que já sabia o suficiente. Mas ela não se<br />

contentou e foi atrás de mais informações para ter um<br />

desempenho de alta performance como gestora. Por<br />

isso, não importa quão experiente você seja, nunca<br />

deixe de buscar mais conhecimento, de aprender coisas<br />

novas e interessantes. Isso fará você evoluir não<br />

apenas no lado profissional, mas também no pessoal.<br />

2) Utilize informações seguras para embasar seu<br />

argumento<br />

Janaina destaca que um dos pontos fortes da Venda-<br />

Mais é o fato de a publicação contar com grandes<br />

especialistas de mercado, gestores e empresas que já<br />

passaram por problemas semelhantes e que têm conhecimento<br />

comprovado. “Isso dá segurança para<br />

debater e questionar outros diretores e gestores,<br />

mostrando uma visão e um caminho diferentes que<br />

podem ser melhores do que os atuais”, pondera.<br />

3) Esteja sempre atualizado com seu mercado<br />

A gerente do Montreal ressalta, ainda, que conta com<br />

a ajuda da <strong>VendaMais</strong> para estar sempre em dia com<br />

as tendências e com a realidade do mercado, por meio<br />

dos depoimentos de outras empresas<br />

e também pelas pesquisas realizadas<br />

pela publicação. De que<br />

forma você está buscando informações<br />

sobre sua área de atuação?<br />

Estar atualizado e informado pode<br />

fazer você e sua empresa saírem<br />

na frente da concorrência.<br />

4) Fale com quem fala a sua língua<br />

Sabe aquela sensação de conversar<br />

com alguém, se identificar<br />

com a pessoa, perceber que ela<br />

entende você e que você não está<br />

sozinho? É assim que Janaina se<br />

sentiu ao ver, na <strong>VendaMais</strong>, os<br />

depoimentos de outros profissionais<br />

falando sobre suas dificuldades<br />

para prospectar clientes.<br />

Esse é um exemplo da importância<br />

de conversar com pessoas que<br />

estão vivendo ou já viveram os<br />

problemas que você está enfrentando.<br />

Elas lhe entenderão profundamente<br />

e você pode aprender<br />

muito com a experiência delas.<br />

“Parece que vocês me escutam;<br />

a cada edição, a revista traz um<br />

tema que eu estou precisando ler.<br />

Se eu não vou pesquisar, vocês<br />

trazem para mim por meio da revista”,<br />

declara Janaina sobre sua<br />

relação com a <strong>VendaMais</strong>. E é<br />

exatamente assim que nós queremos<br />

que cada um de nossos leitores<br />

se sinta: acolhido, compreendido,<br />

ouvido...<br />

E você, já utilizou as dicas da<br />

<strong>VendaMais</strong> para mudar a realidade<br />

de sua empresa? Envie um<br />

e-mail para leitor@<strong>venda</strong>mais.<br />

com.br contando sua experiência.<br />

Sua história também pode ser publicada<br />

nas páginas da revista!<br />

Colaborou nesta matéria: Francine Pereira<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 77


Content Marketing World 2015<br />

Conteúdo como<br />

ferramenta<br />

e estratégia<br />

de prospecção<br />

e pós-<strong>venda</strong><br />

Pelo segundo ano<br />

consecutivo, nossa equipe<br />

esteve em Cleveland (Ohio,<br />

Estados Unidos) para<br />

acompanhar o Content<br />

Marketing World, maior<br />

evento de marketing de<br />

conteúdo do mundo. Se há<br />

um ano apresentamos as<br />

cinco grandes lições do<br />

congresso, desta vez<br />

trazemos de lá novidades e<br />

caminhos para você inovar<br />

em sua estratégia de<br />

prospecção e pós-<strong>venda</strong><br />

utilizando o conteúdo como<br />

ferramenta<br />

Por João Guilherme Brotto,<br />

enviado especial aos Estados Unidos<br />

Foto: Fallon's Photography para Content Marketing Institute<br />

78<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro NOVEMBRO 2015


<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 79


Independentemente<br />

do mercado<br />

em que atua,<br />

você certamente vende algo que resolve problemas, ajuda pessoas a<br />

serem mais felizes ou empresas a serem mais produtivas. Toda organização<br />

é um celeiro de conhecimentos que interessam diretamente<br />

a quem compra ou poderia comprar dela. Esse conhecimento, aliás,<br />

já é compartilhado com clientes e prospects no dia a dia pelo time de<br />

<strong>venda</strong>s durante as negociações, quando o vendedor apresenta seus<br />

diferenciais e casos de sucesso, fala sobre tendências, dá ideias, contorna<br />

objeções e as transforma em soluções.<br />

Nesse sentido, bons vendedores são especialistas<br />

em marketing de conteúdo por natureza, mesmo<br />

que não saibam disso. O desafio, portanto, é ampliar<br />

o alcance da mensagem transmitida por quem está<br />

frente a frente com o cliente, com o objetivo de<br />

atingir novos públicos e aperfeiçoar o pós-<strong>venda</strong>.<br />

É preciso dar visibilidade ao conhecimento transmitido<br />

de maneira informal no dia a dia.<br />

Essa é a essência do marketing de conteúdo<br />

focado em <strong>venda</strong>s e o ponto de partida para toda e<br />

qualquer ação que você venha a desenvolver nesse<br />

sentido. “O marketing de conteúdo existe para ser<br />

a ponte emocional entre as <strong>venda</strong>s e o cliente”, resume<br />

Jay Baer, um dos principais palestrantes do<br />

CMW.<br />

Resumo das tendências APResentadas em 2014 no<br />

Content Marketing World<br />

1 – o marketing de conteúdo veio para ficar.<br />

2 – Storytelling: Qual é a história que sua empresa quer<br />

contar?<br />

3 – O big data e o uso de dados para embasar sua estratégia<br />

de conteúdo.<br />

4 – Saiba com quem você está falando –como construir sua<br />

persona e como isso pode ajudar seus vendedores.<br />

5 – a integração entre <strong>venda</strong>s e marketing é essencial.<br />

Quer entender melhor cada um desses tópicos? Acesse http://<br />

bit.ly/vmnov15-conteudo e leia a reportagem que foi publicada<br />

na edição de novembro de 2014.<br />

Jay Baer<br />

Foto: Fallon's Photography para Content Marketing Institute<br />

Sua empresa como referência em<br />

conhecimento<br />

Não que você precise revolucionar seu modelo de negócios<br />

e se transformar em uma editora ou coisa parecida,<br />

mas entenda que sua empresa pode ser a principal<br />

fonte de informação de que seu mercado precisa<br />

e atrair clientes em razão disso. “O marketing de<br />

conteúdo é uma oportunidade de fazer um marketing<br />

que não parece publicidade”, sintetiza Ann Handley,<br />

autora de Everybody Writes (Todo mundo escreve, em<br />

tradução livre – ainda não publicado no Brasil), best-<br />

-seller do Wall Street Journal. Estes são alguns exemplos<br />

de empresas que já entenderam isso:<br />

A TAM e a Gol, por exemplo, editam revistas<br />

de viagem que são muito lidas por passageiros<br />

durante os voos.<br />

Nós criamos o <strong>VendaMais</strong> Responde, programa<br />

em vídeo enviado bimestralmente aos assinantes<br />

em que Raul Candeloro e Marcelo Caetano debatem<br />

assuntos de alta relevância para os gestores de<br />

<strong>venda</strong>s. Os temas são sempre propostos por leitores.<br />

80<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Foto: Divulgação<br />

Ann Handley<br />

Principais objetivos das eMPReSAS B2B<br />

ao utilizar o MARKeting de conteúdo<br />

Geração de leads: 87%<br />

Reconhecimento de marca: 83%<br />

Engajamento: 80%<br />

Nutrição de leads: 78%<br />

Vendas: 75%<br />

Retenção de clientes/fidelização: 67%<br />

Evangelização do cliente: 56%<br />

Venda adicional/<strong>venda</strong> cruzada: 49%<br />

Bons exemplos de blogs não faltam no mercado,<br />

como revelamos na edição de julho deste<br />

ano (o link de acesso ao PDF está no fim da<br />

página 85).<br />

A CPFL Energia criou uma websérie de dez<br />

episódios chamada Caminhos da Energia para<br />

ampliar o debate sobre os desafios e as tendências<br />

do setor energético brasileiro.<br />

A Resultados Digitais, startup de marketing<br />

digital com sede em Florianópolis (SC), realiza<br />

um megaevento anual na capital catarinense<br />

com dezenas de palestras e centenas de participantes<br />

de todo o Brasil. A RD também organiza<br />

seminários e palestras on-line periodicamente.<br />

Aplicativos como Snapchat e Periscope permitem<br />

que você grave e compartilhe vídeos em<br />

tempo real com seus seguidores.<br />

Independentemente do formato do conteúdo<br />

ou do canal de distribuição que adotar, a primeira<br />

lição que você precisa ter em mente quando<br />

pensar em marketing de conteúdo é que ele deve<br />

ser tratado não apenas como um canal de comunicação,<br />

mas como uma ferramenta de prospecção<br />

e pós-<strong>venda</strong>.<br />

O mercado de <strong>venda</strong>s mudou com as inovações<br />

propostas pela tecnologia. Hoje, o relacionamento<br />

com o cliente pode ser customizado e automatizado,<br />

sem precisar ser frio. Tanto prospecção quanto<br />

o pós-<strong>venda</strong> podem ser feitos de forma mais direcionada<br />

e baseados em valor.<br />

Fonte: 2015 Small Business Content Marketing Tools – Content Marketing Institute<br />

Principais objetivos do MARKeting de<br />

conteúdo peNSAdo PARA <strong>venda</strong>s<br />

*Prospecção<br />

Contribuir para que sua marca seja mais facilmente<br />

encontrada por futuros clientes<br />

A partir do momento que você mantém um trabalho<br />

planejado e consistente de produção de conteúdos<br />

relacionados à sua área de atuação, estará ampliando<br />

sua presença nos resultados de busca do Google e em<br />

outros mecanismos de pesquisa e, naturalmente,<br />

será mais facilmente encontrado por quem, até então,<br />

talvez jamais tivesse ouvido falar de sua marca.<br />

Servir como um atestado de credibilidade<br />

para sua marca<br />

Quando encontrado por esse novo possível futuro<br />

cliente, você oferecerá mais motivos para fazê-lo<br />

permanecer em seu site, atestar seus diferenciais e<br />

se interessar em fazer parte de sua base de e-mails<br />

para receber – ou mesmo comprar – mais conteúdo.<br />

Criar mecanismos para captação, qualificação<br />

e segmentação de prospects<br />

O bom conteúdo é moeda de troca. Adiante, vamos<br />

apresentar um passo-a-passo para que você desenvolva<br />

um método para gerar uma lista de prospects continuamente<br />

atualizada com as informações exatas de<br />

que seu time de <strong>venda</strong>s precisa para vender melhor.<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 81


*Negociação<br />

Servir como ferramenta de apoio para a equipe<br />

de <strong>venda</strong>s<br />

O vendedor pode, por exemplo, enviar determinado<br />

conteúdo para o prospect com o objetivo de reforçar<br />

sua argumentação de <strong>venda</strong>s, rebater uma objeção<br />

ou retomar uma negociação adormecida. Por exemplo:<br />

“Fulano, esse artigo publicado em nosso blog aborda<br />

exatamente a questão que debatíamos há alguns dias.”<br />

*<strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong><br />

Manter contato com o cliente depois que ele<br />

compra<br />

São muitas as possibilidades de conteúdos que podem<br />

ser disponibilizados ao cliente após o fechamento do<br />

negócio. Você pode enviar um manual em PDF ou<br />

em vídeo com uma orientação para o bom uso do<br />

produto/serviço, uma newsletter periódica com dicas,<br />

tendências e informações que são úteis para o dia a<br />

dia do cliente e, ao mesmo tempo, ajudam a criar<br />

razões para que ele volte a procurar sua empresa e<br />

assim por diante.<br />

O pós-<strong>venda</strong> é o novo MARKeting. E o<br />

marketing de conteúdo é o CANAL!<br />

Nosso colunista Claudio Diogo costuma falar que<br />

você só pode dizer que fez uma <strong>venda</strong> depois que o<br />

cliente volta a comprar de você. E ele tem razão. No<br />

entanto, nem sempre é isso que acontece. Um dos<br />

maiores clichês empresariais é o orgulho em dizer<br />

que “nosso maior diferencial é o atendimento”. É<br />

claro que, em alguns casos, isso é verdade. No entanto,<br />

Jay Baer, um dos principais especialistas em marketing<br />

digital dos Estados Unidos, afirmou, em sua<br />

palestra no Content Marketing World, que “enquanto<br />

88% das empresas dizem isso, apenas 8% dos clientes<br />

concordam”. Dado facilmente explicado através<br />

de outra informação alarmante também apresentada<br />

pelo especialista. “Enquanto o investimento global<br />

em marketing fica na casa dos US$ 500 bilhões por<br />

ano, investe-se apenas US$ 9 bilhões em serviços ao<br />

cliente”. Fica a reflexão.<br />

Se você se preocupa mais em atrair clientes e<br />

vender do que em cuidar de quem já lhe deu um voto<br />

de confiança, está não só cometendo um grave<br />

erro, mas perdendo dinheiro. “O pós-<strong>venda</strong> é o novo<br />

marketing. Um aumento de 5% na retenção de clientes<br />

pode gerar um aumento de até 85% no lucro”,<br />

aponta Baer.<br />

Joe Pulizzi<br />

Um ponto de PARtida PARA sua<br />

estRAtégia de conteúdo<br />

Tudo o que está em evidência no mercado faz com que<br />

surjam fórmulas para o sucesso imediato. Em se tratando<br />

de marketing de conteúdo, não é diferente.<br />

Porém, não é da noite para o dia que se conquista uma<br />

audiência estratosférica e engajada e se obtêm resultados<br />

consistentes.<br />

Joe Pulizzi, CEO do Content Marketing Institute e<br />

idealizador do Content Marketing World, afirma que<br />

o sucesso vem através da construção de um modelo<br />

bem estruturado, capaz de atrair audiência ao longo<br />

do tempo. Para isso, além de foco, estratégia, um bom<br />

time e visão de longo prazo, Pulizzi revela que você<br />

precisará de:<br />

Uma plataforma principal: Blog, revista, canal no You-<br />

Tube, redes sociais, newsletter, seminários on-line, eventos<br />

presenciais, etc. “Tentar dominar todas as plataformas<br />

pode ser tentador, mas comece devagar”, recomenda.<br />

Entrega consistente de conteúdo de alto valor<br />

agregado: É preciso ter um calendário editorial para<br />

que as pessoas saibam exatamente quando você irá<br />

entregar novos conteúdos. A dinâmica pode ser diária,<br />

semanal ou mensal. O importante é criar um padrão e<br />

ser consistente.<br />

Foco no longo prazo: Enxergue, planeje e execute o<br />

marketing de conteúdo como se fosse uma maratona,<br />

e não uma corrida de 100 metros rasos.<br />

Foto: Fallon's Photography para Content Marketing Institute<br />

82<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Pulizzi reforça que esse é um modelo simples, mas<br />

que as empresas raramente adotam. “Se você quer<br />

construir uma audiência que conhece, goste e confie<br />

em você, esse é o caminhoa seguir”, aconselha.<br />

TIPOS de CONteúdo que voCÊ Pode PRoduziR<br />

Um estudo conduzido pelo Content Marketing Institute revelou<br />

quais são os tipos de conteúdo mais utilizados por<br />

empresas:<br />

Artigos e postagens em blogs<br />

Newsletters<br />

Vídeos<br />

Eventos presenciais<br />

Relatórios<br />

Estudos de caso<br />

Pesquisas setoriais/tendências<br />

Seminários on-line<br />

Aplicativos<br />

Livros (impressos ou digitais)<br />

Revistas (impressas ou digitais)<br />

Podcasts<br />

Por onde começar: Checklist PARA<br />

a PRodução de conteúdo<br />

Antes de pensar em formatos e táticas que você irá<br />

utilizar para distribuir e promover seu conteúdo, é<br />

preciso pensar no que e por que produzir. Um brainstorming<br />

entre as equipes de <strong>venda</strong>s e de marketing<br />

baseado em objeções, dúvidas frequentes, problemas<br />

que sua empresa resolve e tendências de mercado é<br />

um bom ponto de partida, mas boas pautas estão em<br />

todos os lugares (em histórias de colaboradores,<br />

clientes, informações cedidas por associações do seu<br />

setor, imprensa, livros e assim por diante).<br />

Tenha em mente, também, que é importante ter<br />

conteúdos adequados a cada etapa da jornada de<br />

compra do cliente. Para isso, considere o cenário<br />

apresentado por Pam Didner, estrategista global de<br />

marketing de conteúdo, em sua palestra no CMW.<br />

Ela propõe temas de acordo com cada momento que<br />

o cliente atravessa no ciclo de relacionamento com<br />

sua empresa.<br />

ESTÁGIO DE COMPRA<br />

APRENDER PLANEJAR DECIDIR COMPRAR RELACIONAR<br />

Necessidade do cliente<br />

Eu tenho um problema e<br />

preciso solucioná-lo.<br />

Como eu posso resolver<br />

esse problema?<br />

De que ferramentas eu<br />

preciso para resolver<br />

meu problema e tomar<br />

uma boa decisão?<br />

Ajude-me a comprar.<br />

Como posso ir além agora?<br />

Exemplos de conteúdos que<br />

você precisa entregar a ele<br />

*“X” coisas que você<br />

precisa saber sobre<br />

(produto/serviço)<br />

*“X” tendências sobre<br />

(segmento do cliente)<br />

que você precisa saber<br />

* Tudo o que você<br />

precisa saber sobre<br />

(produto/serviço)<br />

*“X” formas de evitar<br />

(dor do cliente)<br />

*“X” formas de resolver<br />

seu problema de (dor do<br />

cliente)<br />

* Você sabe que precisa<br />

de (seu produto/<br />

serviço) quando (dor do<br />

cliente)<br />

*Os “x” maiores<br />

problemas sobre<br />

(necessidade do<br />

cliente) que mais<br />

ouvimos<br />

*Guia completo para<br />

você decidir a compra<br />

de (necessidade do<br />

cliente)<br />

*As ferramentas<br />

mais eficazes de<br />

(necessidade do<br />

cliente) usadas<br />

por empresas de<br />

(segmento)<br />

*“X” exemplos de<br />

como empresas<br />

estão resolvendo seu<br />

problemas de (dor) com<br />

(seu produto/serviço)<br />

*“X” resultados que<br />

você pode esperar de<br />

(produto/serviço)<br />

*“X” histórias de quem<br />

está tendo excelentes<br />

resultados graças<br />

a (seu produto/<br />

serviço)<br />

*Passo-a-passo para<br />

ser mais produtivo em<br />

(segmento e/ou seu<br />

produto/serviço)<br />

*Dicas práticas para o seu<br />

dia a dia em (segmento)<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 83


PLANO de Ação: Como produzir o conteúdo<br />

que fará a diferença PARA o seu CLiente<br />

e suas <strong>venda</strong>s<br />

A lógica da execução do marketing de conteúdo<br />

é muito parecida com a de <strong>venda</strong>s. Ou seja, é preciso<br />

conhecer a fundo quem vai consumir seu conteúdo<br />

e identificar suas necessidades, problemas,<br />

desejos, sonhos e ambições. Se é dominando e sabendo<br />

conduzir questões como essas que se faz uma<br />

boa <strong>venda</strong>, é assim que se entrega um conteúdo<br />

relevante.<br />

Nesse sentido, o melhor caminho para iniciar<br />

seu trabalho de marketing de conteúdo é realizar<br />

uma pesquisa com clientes e prospects que possa<br />

ser conduzida em paralelo pela equipe de <strong>venda</strong>s<br />

e atendimento, mas também por meio do trabalho<br />

do time de conteúdo. A pesquisa tem o objetivo<br />

de dar a base para o seu projeto de conteúdo e,<br />

ao mesmo tempo, atualizar, qualificar e segmentar<br />

sua lista de prospects– além de aperfeiçoar o<br />

pós-<strong>venda</strong>.<br />

8 PASSos PARA PRoduzir um conteúdo<br />

único e qualifiCAR sua PRospecção<br />

e seu pós-<strong>venda</strong><br />

Defina um grande tema dentro do seu segmento<br />

1. que desperte interesse em seus clientes. Pode ser,<br />

por exemplo, uma objeção ou necessidade que se<br />

repete, uma tendência, um fato relevante ou outro<br />

tema que pode dar base para a criação de um estudo<br />

que posicionará sua empresa como referência em seu<br />

segmento.<br />

Imagine que você é uma empresa de pesquisas<br />

2. ou um veículo de imprensa que vai lançar um<br />

mapa completo sobre o assunto definido. Pelo que<br />

você gostaria de ficar conhecido?<br />

Crie um formulário de pesquisa em ferramentas<br />

3. como o Google Forms ou o SurveyMonkey com<br />

perguntas pensadas para trazer as informações<br />

necessárias para embasar seu futuro estudo. Esta<br />

edição da <strong>VendaMais</strong>, por exemplo, foi 70% escrita<br />

a partir de uma pesquisa recente sobre pós-<br />

-<strong>venda</strong> que fizemos. As respostas que mais de 500<br />

leitores nos deram nos ajudaram a pensar em temas<br />

para artigos, encontrar fontes para entrevistas e<br />

obter ideias para produzir boa parte do que você<br />

está lendo. Ao fim da matéria, há um link que lhe<br />

dá acesso à pesquisa.<br />

Sugestões de perguntas para sua pesquisa<br />

Elabore as perguntas de sua pesquisa a partir da<br />

técnica SEPAPIAG, apresentada em um vídeo por<br />

Raul Candeloro, que você assiste acessando http://<br />

bit.ly/Raul-responde). Em resumo, você deve criar<br />

questões relacionadas à situação atual do cliente, às<br />

dificuldades que ele enfrenta e suas expectativas e<br />

preocupações. Exemplos:<br />

Quais são suas maiores dificuldades para…?<br />

De zero a dez, que nota você daria para sua situação<br />

em...?<br />

O que você faz, na prática, para solucionar<br />

esse problema? Se possível, detalhe em um<br />

passo-a-passo.<br />

Qual você imagina que seria a solução ideal para<br />

resolver...?<br />

Que ferramentas você utiliza para...?<br />

Quais são seus objetivos com…?<br />

Tem alguma boa história para compartilhar conosco<br />

a respeito de …?<br />

Qual é seu orçamento anual para…?<br />

Dica: A tabela da página 83 também pode inspirar<br />

a criação das perguntas.<br />

4.<br />

Pam Didner<br />

À medida que for recebendo as respostas, liste<br />

os tópicos que mais chamarem sua atenção e<br />

crie conteúdos a partir deles de forma consistente.<br />

O ideal é que, independentemente da mídia utilizada<br />

(sejam artigos, vídeos, podcasts, etc.), eles estejam<br />

Foto: Fallon's Photography para Content Marketing Institute<br />

84<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Foto: Fallon's Photography para Content Marketing Institute<br />

reunidos em seu blog, para que todos possam acessar<br />

e se surpreender com a qualidade do que você está<br />

criando. Mas atenção: esse processo levará meses.<br />

5.<br />

Quando tiver produzido tudo o que planejou,<br />

você pode condensar seu estudo em um e-book,<br />

uma série de vídeos ou mesmo um livro impresso.<br />

Esse material pode – e deve – ser utilizado pelas<br />

equipes de atendimento e <strong>venda</strong>s como ferramenta<br />

de apoio durante as negociações. Por exemplo: o<br />

vendedor pode enviar um conteúdo para “quebrar o<br />

gelo”, reaquecer ou evoluir uma negociação porque<br />

sabe que o material é de interesse do prospect.<br />

6.<br />

Em paralelo às ideias de conteúdo que essa<br />

pesquisa vai gerar, você terá, ainda, uma nova<br />

lista de clientes para prospectar e se relacionar que<br />

trará dados valiosos sobre cada pessoa ou empresa<br />

que respondeu e se beneficiou do conteúdo que você<br />

entregou em troca.<br />

7.<br />

A pesquisa não precisa acabar, pode se tornar<br />

uma fonte recorrente de novos dados e pautas<br />

para o time de conteúdo – e de prospects para a equipe<br />

de <strong>venda</strong>s.<br />

Para aumentar as taxas de conversão, sugere-se<br />

8. criar campanhas de publicidade no Google Ads,<br />

Facebook Ads e LinkedIn Ads com anúncios direcionados<br />

a convidar as pessoas a terem acesso a “um estudo<br />

completo sobre um tema altamente relevante para elas”.<br />

Responsabilidades do<br />

time de <strong>venda</strong>s -<br />

1 - Incentivar o cliente a se cadastrar<br />

na base de e-mails da empresa e a<br />

responder as pesquisas.<br />

2 - investigar necessidades, objeções<br />

e sonhos dos clientes e sugerir temas<br />

para o time de conteúdo.<br />

3 - Dedicar tempo para estudar as informações<br />

disponibilizadas pelo<br />

time de conteúdo, analisar o perfil<br />

de cada prospect e criar um plano de<br />

ação para prospectá-lo.<br />

Conteúdo e Vendas PReciSAM<br />

caminhar juntos<br />

A integração e o contato direto entre as duas partes é<br />

fundamental. De pouco adiantará você ter uma pessoa<br />

ou um time dedicado ao marketing de conteúdo se não<br />

houver uma integração com a parte de <strong>venda</strong>s.<br />

Responsabilidades do<br />

time de conteúdo<br />

1 - Pensar, produzir e promover conteúdos<br />

relevantes para atrair prospects<br />

qualificados e otimizar o pós-<strong>venda</strong>.<br />

2 - repassar os prospects em tempo<br />

real para o time de <strong>venda</strong>s ou enviar<br />

uma lista semanal com os leads apurados<br />

no período, já segmentados<br />

para otimizar o planejamento que<br />

será feito pelo time de <strong>venda</strong>s.<br />

3 - Mensurar, otimizar e testar ideias,<br />

estratégias e canais periodicamente.<br />

Ao seguir esses passos, você terá dado um grande<br />

salto para se posicionar como referência em seu<br />

segmento e terá criado um processo dinâmico e inteligente<br />

de prospecção e pós-<strong>venda</strong>. Um projeto de<br />

conteúdo bem orquestrado contribuirá para que o<br />

time de <strong>venda</strong>s receba uma lista constante de oportunidades<br />

e expandirá fronteiras em suas <strong>venda</strong>s.<br />

Pesquisa sobre pós-<strong>venda</strong>: http://bit.ly/pesquisa-pos<strong>venda</strong><br />

Materiais complementares: http://bit.ly/vmnov15-conteudo<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 85


Marketing Digital / Por Rodrigo Souto<br />

3 passos para iniciar uma cultura<br />

de pós-<strong>venda</strong> pelas redes sociais<br />

T<br />

odos nós SABemos que uma eMPResa de sucesso não só<br />

consegue gerar novos negócios e clientes de forma consistente como<br />

também consegue manter felizes e engajados seus compradores – a<br />

ponto de convertê-los novamente. Essa última conversão,aliás, do<br />

tipo que transforma um cliente em um evangelista, é fundamental<br />

para que os serviços ou produtos da sua empresa alcancem novos<br />

clientes potenciais. Afinal, não há nada mais forte do que a recomendação<br />

de um amigo íntimo!<br />

Por conta disso, não dá para negar: o maior trunfo que a sua empresa<br />

provavelmente pode ter (depois de funcionários dedicados) são<br />

clientes felizes. E uma maneira eficaz para manter os seus clientes<br />

engajados e felizes após a compra é por meio de um contínuo engajamento<br />

com eles. E, nesse sentido, as redes sociais são uma excelente<br />

ferramenta.<br />

86<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


A lista de ações que você pode<br />

colocar em prática nas redes sociais<br />

para utilizá-las como ferramentas<br />

de pós-<strong>venda</strong> é interminável e depende<br />

muito do perfil de cada negócio<br />

e de cada base de clientes.<br />

Portanto, esse não é o foco deste<br />

artigo. A ideia aqui é apresentar<br />

três passos para ajudá-lo a iniciar<br />

esse trabalho. Acompanhe.<br />

1<br />

Certifique-se de<br />

que todos (ou<br />

quase todos)<br />

em sua eMPResa<br />

poSSAM<br />

participar<br />

É claro que é importante ter alguém<br />

(ou um departamento) responsável<br />

pela sua comunicação nas redes<br />

sociais. Porém, todos os colaboradores<br />

da sua empresa que sejam<br />

ativos e entrelaçados com os clientes<br />

nesses canais podem desempenhar<br />

um papel importante nesse<br />

trabalho.<br />

Os vendedores que estão conectados<br />

aos clientes podem, por exemplo,<br />

avisar os gestores das redes<br />

sociais quando algum cliente fez<br />

algo que merece uma postagem nos<br />

perfis da organização. Além disso,<br />

apesar de seus profissionais de suporte,<br />

<strong>venda</strong>s e marketing deverem<br />

ser os funcionários mais acessíveispara<br />

obter ajuda, até mesmo o seu<br />

contador pode amplificar um simples<br />

parabéns para um cliente e<br />

fazer com que ele se sinta ainda<br />

mais amado pela sua empresa. Ou<br />

seja, envolver pessoas de diferentes<br />

áreas da sua organização nas estratégias<br />

de redes sociais pode fazer<br />

a diferença no resultado. No entanto,<br />

se você pretende fazer isso, certifique-se<br />

de que:<br />

A participação seja opcional (o<br />

contador de 75 anos de idade<br />

pode ressentir-se em ter que<br />

estar nas redes sociais).<br />

Foram disponibilizados materiais<br />

de treinamento interno<br />

com as noções básicas sobre<br />

engajamento de clientes nas<br />

redes sociais e quais canais<br />

usar.<br />

A equipe (ou o suporte) de mídias<br />

sociais está pronta para<br />

responder um colaborador que<br />

não tem certeza se uma coisa<br />

deve ser postada ou não.<br />

O Twitter e o LinkedIn são os<br />

grandes canais de atuação. Seus<br />

colaboradores (e também seus<br />

clientes) provavelmente vão<br />

querer deixar o Facebook para<br />

suas vidas pessoais.<br />

2<br />

Crie uma lista<br />

no tWitter<br />

PARA os seus<br />

clientes<br />

Uma estratégia interessante<br />

é garantir que, no processo<br />

de fechamento de <strong>venda</strong>s, seja<br />

incluído um passo que permite que<br />

os representantes de <strong>venda</strong>s adicionem<br />

um novo cliente em uma<br />

lista no Twitter. Softwares como<br />

a plataforma de inbound marketing<br />

da HubSpot permitirão que você<br />

crie listas de monitoramento diretamente<br />

do seu banco de dados<br />

e os localize mesmo se eles não<br />

forem seguidores. Assim, o processo<br />

fica mais automatizado e<br />

agilizado e garante que a estratégia<br />

avance mais rapidamente.<br />

Uma vez que a lista for criada,<br />

trabalhe com o suporte de marketing<br />

e clientes se você tiver que<br />

mantê-la monitorada. Preste atenção<br />

nos comentários ou perguntas<br />

sobre sua empresa e também certifique-se<br />

de que você está compartilhando<br />

seus posts quando forem<br />

relevantes para expandir seu<br />

alcance. Procure oportunidades<br />

para surpreender e encantar os<br />

clientes. As redes sociais podem<br />

ser excelentes para isso!<br />

3<br />

Monitore o<br />

desempenho<br />

das ações<br />

Como acontece com<br />

qualquer estratégia<br />

no mundo dos negócios, se você<br />

não estiver monitorando o desempenho<br />

de suas ações nas redes<br />

sociais, você está fazendo<br />

isso errado. Dentre diversas maneiras<br />

de acompanhar a evolução<br />

das estratégias na web, destaco<br />

estas:<br />

Pesquisas: Existem muitas<br />

empresas que fornecem pesquisas<br />

de satisfação que você<br />

pode enviar para seus clientes<br />

em um intervalo que faça sentido<br />

para o seu negócio.<br />

Mídias sociais: Mantenha o<br />

controle de menções sobre sua<br />

empresa nas mídias sociais e<br />

classifique-as em colunas<br />

“Bom”, “Mau” e “Neutro”. Faça<br />

isso antes de começar a se<br />

engajar nas redes sociais e<br />

continue monitorando depois.<br />

O novo engajamento social<br />

ajudou as boas menções a subir?<br />

Sim? Ótimo, continue<br />

nesse caminho. Se não, repense<br />

a sua estratégia.<br />

Suas métricas existentes:<br />

Você pode ter métricas existentes<br />

sobre a felicidade dos<br />

clientes. Certifique-se de<br />

acompanhar as mudanças depois<br />

de começar a se envolver<br />

nas mídias sociais.<br />

Com esses três passos, sua<br />

empresa poderá não só comemorar<br />

o fato de que você tem um<br />

novo cliente, mas também manter<br />

esse cliente feliz no pós-<strong>venda</strong><br />

e aproveitar a oportunidade<br />

para gerar novos negócios. Essas<br />

interações podem ser pequenas,<br />

mas elas fazem uma grande diferença.<br />

Rodrigo Souto é formado<br />

em Marketing Communications<br />

pelo Emerson College<br />

em Boston, eua. É gerente<br />

de marketing da HubSpot<br />

(ferramenta de marketing)<br />

e tem a missão de fazer o<br />

inbound marketing crescer<br />

no Brasil e ajudar pequenas<br />

e médias empresas a crescerem<br />

em um mercado onde<br />

a mídia paga não é acessível<br />

para elas. Acesse o blog da<br />

HubSpot para saber mais:<br />

br.hubspot.com/blog<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 87


Inovação<br />

João Kepler<br />

11 passos<br />

para fazer<br />

um bom pitch<br />

de <strong>venda</strong>s<br />

Na última edição da <strong>VendaMais</strong>, fALei sobre<br />

o que os vendedores tradicionais podem aprender<br />

com as startups e apresentei o conceito de<br />

pitch de <strong>venda</strong>s (dando exemplos positivos e<br />

negativos de seu uso). Dando continuidade ao<br />

assunto, para esta edição, elaborei um passo-<br />

-a-passo que lhe permitirá tirar o melhor do<br />

pitch de <strong>venda</strong>s. Saiba quais são as etapas,<br />

coloque-as em prática e beneficie-se dessa excelente<br />

ferramenta!<br />

PASSo 1<br />

Pesquise o seu público<br />

Certifique-se de que você sabetudo que é possível sobre a empresa e<br />

sobre o indivíduo que vai ouvir o seu discurso de <strong>venda</strong>s. Descubra<br />

quais são suas necessidades específicas, de quem eles compram e<br />

como se relacionam, qual é a necessidade deles que o seu produto ou<br />

serviço atende, o que eles vão ganhar por passar a trabalhar com<br />

você e assim por diante.<br />

88<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Passo 2<br />

Faça o pitch PARA a<br />

pessoa certa<br />

A pessoa que pode decidir sobre<br />

o uso de seu produto ou serviço<br />

é a pessoa que deve ouvir o seu<br />

discurso. Portanto, antes de sair<br />

tagarelando, descubra quem toma<br />

as decisões no seu prospect.<br />

Uma vez que você tenha<br />

identificado a pessoa mais adequada<br />

para ouvi-lo, agende uma<br />

entrevista com ela.<br />

PASSo 3<br />

Conte uma história<br />

Use uma anedota ou história<br />

pessoal sobre o seu produto ou<br />

serviço como gancho para apelar<br />

à emoção do prospect. E faça<br />

isso usando uma linguagem simples.<br />

Esforce-se para ser claro.<br />

Não use jargões – a menos que<br />

seja padrão em sua indústria –,<br />

pois nem sempre o comprador<br />

vai saber automaticamente do<br />

que você está falando.<br />

PASSo 4<br />

tRAte seu pitch como uma<br />

conveRSA<br />

Uma característica importante de<br />

um bom pitch é passar a sensação<br />

de uma comunicação bidirecional<br />

com o seu público. Você já deve<br />

saber das necessidades do prospect<br />

porque já fez sua investigação,<br />

portanto, conte a sua história para<br />

descrever o contexto do que<br />

quer vender e tornar aquele momento<br />

inusitado ou único. Se você<br />

não se sentir confortável, deixe<br />

uma sessão de perguntas e<br />

respostas para o fim do pitch.<br />

PASSo 5<br />

Não se esqueça de<br />

pontos importantes a<br />

serem fALAdos<br />

O nome da sua empresa (ou<br />

seu nome, se você estiver trabalhando<br />

como autônomo).<br />

Os produtos ou serviços que<br />

fornece.<br />

Como o seu cliente irá se beneficiar<br />

com o que você vende.<br />

Esse é um dos fatores-<br />

-chave para um bom pitch. Seu<br />

cliente nem sempre está interessado<br />

em quantos prêmios<br />

seu produto já ganhou, ou<br />

quantas lojas têm a mercadoria.<br />

Ele quer saber como o<br />

produto ou serviço irá melhorar<br />

o negócio dele e tornar<br />

a sua vida mais fácil.<br />

PASSo 6<br />

fALe do meRCAdo<br />

Demonstre quanto você entende<br />

do mercado, qual o share, mostre<br />

números, pesquisas com fontes<br />

confiáveis, apresente o encaixe<br />

do seu negócio nesses contextos.<br />

PASSo 7<br />

Demonstre o seu<br />

produto<br />

Se você tem um produto que pode<br />

ser demonstrado – como facas<br />

afiadas que podem cortar uma<br />

corda ou um removedor que pode<br />

eliminar manchas de tinta –,<br />

incorpore essa demonstração ao<br />

seu pitch. O prospect ganhará<br />

confiança no que você vende.<br />

PASSo 8<br />

Diferencie-se de seu<br />

coNCoRRente<br />

Descreva como seu produto ou<br />

serviço é diferente dos concorrentes.<br />

Concentre-se em como o<br />

seu produto é original ou como<br />

você oferece um serviço personalizado.<br />

Nunca fale mal da concorrência,<br />

use seus pontos fortes<br />

para superá-la.<br />

PASSo 9<br />

Mantenha o pitch curto,<br />

mesmo que tenha tempo<br />

Seja capaz de destacar os pontos<br />

mais importantes logo no primeiro<br />

minuto. Após esse ponto,<br />

os compradores podem começar<br />

a perder o interesse, especialmente<br />

se já decidiram que não<br />

vão fechar a compra.<br />

PASSo 10<br />

PrePARe respostas às<br />

oBJeções<br />

Seu cliente pode encontrar razões<br />

para recusar o seu discurso<br />

de <strong>venda</strong>s. Esteja preparado<br />

com respostas a essas acusações.<br />

Faça uma lista das dez principais<br />

razões por que alguém<br />

poderia dizer que não precisa<br />

ou não quer seu produto e tenha<br />

respostas padrão para cada uma<br />

delas.<br />

PASSo 11<br />

Use os efeitos visuais<br />

com cuidado<br />

Recursos visuais (como slides<br />

do PowerPoint) são muito úteis<br />

para atrair atenção em determinados<br />

pitches de <strong>venda</strong>. No<br />

entanto, se não forem bem feitos<br />

(se tiverem muitas distrações<br />

ou muito texto, por exemplo),<br />

podem tirar o foco do que realmente<br />

interessa. Por isso, use<br />

no máximo dez slides e garanta<br />

que, apesar do material de apoio,<br />

você ainda continue conversando<br />

com o seu público – que é o<br />

que realmente faz a diferença<br />

no pitch.<br />

Boas <strong>venda</strong>s!<br />

João Kepler Braga é reconhecido<br />

como o palestrante<br />

mais sintonizado com a<br />

inovação e com a convergência<br />

digital no Brasil.<br />

Escritor e pensador que<br />

mostra em suas palestras<br />

as melhores práticas já testadas<br />

e desenvolvidas por<br />

anos de experiência em<br />

seus próprios negócios, é<br />

espalhador de ideias digitais<br />

e acredita que só a<br />

aplicação na prática pode<br />

realmente mostrar como<br />

tudo funciona.<br />

Visite o site:<br />

www.joaokepler.com.br<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 89


2<br />

VENDAMAIS Digital / Da Redação<br />

Os primeiros 90 dias de<br />

um vendedor em sua equipe<br />

C<br />

omo sua eMPResa recebe os novos vendedores? eLes<br />

são acolhidos, preparados e orientados ou o processo é mais no<br />

estilo “vai para a rua e se vira!”?<br />

Sim, responder essa pergunta é importante! É que a forma como<br />

você conduz os primeiros dias de um novo profissional na sua<br />

equipe tem o poder de influenciar o restante da trajetória dele em<br />

sua empresa.<br />

E é sobre isso que Marcelo Caetano e Raul Candeloro, sócios da<br />

<strong>VendaMais</strong>, debatem no mais recente episódio do <strong>VendaMais</strong><br />

Responde, programa em vídeo que foi enviado aos nossos assinantes<br />

em outubro, com o complemento de um guia em PDF que<br />

reúne as principais dicas dos especialistas para quem quer melhorar o processo de<br />

acolhimento de novos vendedores na equipe.<br />

Nas próximas páginas, você tem acesso a alguns dos ensinamentps do vídeo e do guia<br />

on-line. Você vai descobrir quais são os principais erros cometidos no período de adaptação<br />

do novo profissional e entender de que forma pode desenvolver um processo estruturado<br />

para capacitar seus novos colaboradores de forma estratégica e eficiente. Pode<br />

apostar: isso vai fazer a diferença nos resultados deles – e nos da sua empresa também!<br />

90<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


7<br />

Os principais erros<br />

Um passo em falso nos primeiros<br />

dias de um novo vendedor na sua<br />

equipe pode ser prejudicial tanto<br />

para o futuro dele dentro da empresa<br />

quanto para os clientes e<br />

para o faturamento da organização.<br />

Por isso, Caetano e Candeloro<br />

iniciam o debate revelando<br />

quais são os dois principais erros<br />

que as empresas cometem na formação<br />

de um novo vendedor:<br />

1) Não ter um PLANo PARA<br />

os PRimeiros noventa<br />

dias dele NA eMPResa<br />

Caetano indica que não saber como<br />

orientar e direcionar o profissional<br />

no seu início pode transmitir,<br />

logo de cara, a imagem de uma<br />

empresa desorganizada. “Quanto<br />

mais estruturados forem esses noventa<br />

dias, mais o novo vendedor<br />

vai valorizar a empresa em que<br />

está entrando. É impressionante,<br />

porque isso realmente gera retenção.<br />

Ele vai falar: ‘Nunca fui tratado<br />

dessa maneira em nenhum outro<br />

lugar; nos outros lugares, eu entrei,<br />

me deram um treinamento rápido<br />

e me colocaram para vender, fazendo<br />

com que eu sofresse durante<br />

o processo de <strong>venda</strong>s’”, aponta.<br />

Ele frisa, ainda, que quando<br />

a pessoa sente que está entrando<br />

em uma estrutura diferenciada,<br />

ela também vai querer dar um<br />

resultado diferenciado. “Então, a<br />

primeira coisa que você deve fazer<br />

é mostrar que tem um modelo<br />

– e apresentar esse modelo ao<br />

vendedor”, declara.<br />

2) eNCher o novo<br />

vendedor de teoria<br />

antes de mandá-lo PARA<br />

a rua vender<br />

Segundo Caetano, muitas empresas<br />

começam a explicar muito<br />

sobre processos, produtos e clientes<br />

sem ao menos mostrar ao vendedor<br />

como tudo funciona na<br />

prática e, depois, esperam que ele<br />

saiba o que fazer (e como fazer).<br />

Além de o profissional ficar<br />

desmotivado, isso pode gerar frustração.<br />

“É muito engraçado, porque<br />

o vendedor entra supermotivado<br />

na empresa e, na primeira<br />

semana só de teoria, ele já pensa:<br />

‘Meu Deus, não sei se consigo<br />

vender isso.’ Perceba que aí você<br />

já perdeu a curva motivacional.<br />

Além disso, se ele não conhece a<br />

realidade – só um monte de teoria<br />

–, quando ele chega no mercado,<br />

a única coisa que vai acontecer<br />

com ele é frustrar-se. Porque<br />

a realidade nunca é exatamente<br />

igual ao que a gente treina”, esclarece<br />

o especialista.<br />

O ACoMPANhamento e a<br />

foRMAção de vendedores<br />

Para evitar os erros apontados<br />

anteriormente, é fundamental<br />

que sua empresa desenvolva um<br />

processo claro em relação aos<br />

primeiros noventa dias do novo<br />

vendedor. Caetano e Candeloro<br />

têm três dicas fundamentais para<br />

tornar isso possível. São elas:<br />

1) Coloque um vendedor<br />

mais experiente PARA<br />

acoMPANhar o novato<br />

na rua<br />

Sabe quando você está aprendendo<br />

a dirigir? Primeiro, precisa<br />

ter aula com um instrutor<br />

e, depois, ainda precisa de acompanhamento<br />

até estar 100% pronto<br />

para dirigir sozinho. Os sócios<br />

da <strong>VendaMais</strong> explicam que<br />

com os primeiros noventa dias<br />

de um vendedor dentro da empresa<br />

acontece o mesmo. Só que,<br />

nesse caso, o processo deve funcionar<br />

assim:<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 91


Primeiramente, é função do<br />

líder fazer um treinamento<br />

relacionado aos valores da<br />

empresa, no que ela acredita.<br />

Conhecendo melhor o espírito<br />

da empresa em que vai trabalhar,<br />

chega a hora de o vendedor<br />

ir para a rua. Mas ele<br />

não deve ir sozinho e nem<br />

deve ter o objetivo de vender<br />

logo na primeira saída. A ideia<br />

é que ele acompanhe vendedores<br />

experientes para observar<br />

e entender o processo.<br />

“Porque assim, quando você<br />

for treiná-lo depois de ele ter<br />

visto a experiência acontecendo<br />

na rua, a eficiência do<br />

treinamento que você vai dar<br />

para ele será muito maior. Será<br />

um treinamento para tirar<br />

dúvidas”, explica Marcelo Caetano.<br />

O especialista justifica essa<br />

ideia ainda usando o exemplo<br />

da direção. “Imagine que o instrutor<br />

comece a explicar teoricamente<br />

para você como funciona<br />

o processo dirigir. De cara,<br />

você vai dizer que não consegue<br />

e vai travar. Tudo vai<br />

parecer muito complicado. Por<br />

isso, o instrutor fala para você<br />

ligar o carro e pisar na embreagem<br />

e, com a prática, você vai<br />

aprendendo”, pontua.<br />

Caetano destaca, ainda, que<br />

muitas pessoas aprendem a dirigir<br />

observando a forma como<br />

outras pessoas dirigem e afirma:<br />

“Seu novo vendedor vai aprender<br />

vendo o que o outro faz, e o<br />

início da vida dele na sua empresa<br />

será muito mais fácil assim.”<br />

Ele aponta que treinar o<br />

novo vendedor depois de ele ter<br />

vivenciado a prática vai ser um<br />

momento de troca, porque ele<br />

não vai apenar receber informações<br />

vazias. "Tudo o que você<br />

falar, ele irá comparar com<br />

“Entrou na empresa, tem que ter calma, passar por um<br />

processo. Eu quero que ele fique com ‘fome’, que veja outras<br />

pessoas vendendo, fechando e, quando chegar a hora dele,<br />

valorize muito mais a oportunidade de poder vender.”<br />

(Raul Candeloro)<br />

o que viu na rua e vai levantar<br />

suas dúvidas e até sugestões.<br />

Bem diferente de falar algo sobre<br />

o qual ele não tem a menor<br />

noção.”<br />

DICA: Não é só para casos de<br />

<strong>venda</strong>s com visita externa<br />

que essa lógica funciona. Para<br />

quem vende por telefone,<br />

no varejo, ou faz <strong>venda</strong> interna,<br />

a ideia é exatamente<br />

a mesma. É preciso colocar<br />

o vendedor na prática com<br />

um profissional mais experiente<br />

para ele aprender.<br />

2) vALorize o fato de ele<br />

poder vender<br />

Depois de passar um período de<br />

até uma semana observando<br />

outro vendedor, o novato vai voltar<br />

para a empresa para ter um<br />

treinamento teórico. Nesse momento,<br />

ele estará com uma carga<br />

motivacional e com uma vontade<br />

muito grandes. Provavelmente,<br />

vai chegar no treinamento teórico,<br />

sentar na sala e dizer: "Eu<br />

estou louco para vender!" O que<br />

você deve fazer nesse momento?<br />

Responder que ainda falta um<br />

pouco para isso acontecer.<br />

Raul Candeloro acredita que<br />

segurar o início oficial do novo<br />

vendedor é importante porque<br />

valoriza o fato de ele poder ven-<br />

der. Você deixa claro que não é<br />

qualquer um que executa essa<br />

função. “Entrou na empresa, tem<br />

que ter calma, passar por um processo.<br />

Eu quero que ele fique com<br />

‘fome’, que veja outras pessoas<br />

vendendo, fechando e, quando<br />

chegar a hora dele, valorize muito<br />

mais a oportunidade de poder<br />

vender”, analisa.<br />

3) Dê liberdade NAS<br />

primeiras SAídas<br />

Segundo Candeloro, outro questionamento<br />

bem comum é sobre<br />

o nível de interferência que o gestor<br />

deve ter nesses primeiros passos<br />

do novo vendedor. Com relação<br />

a isso, Marcelo Caetano acredita<br />

que o melhor caminho é dar<br />

liberdade nas primeiras saídas e,<br />

depois, ir direcionando, observando<br />

a forma como ele se porta,<br />

como reconhece o cliente, como<br />

identifica oportunidades. “Nos<br />

primeiros dois dias saindo junto<br />

com o outro profissional, para<br />

mim, o novo vendedor deve ser<br />

o mais livre possível. No final,<br />

peça para ele dar a sua percepção<br />

sobre o processo. Analise de que<br />

maneira ele percebeu a metodologia<br />

de <strong>venda</strong>s, o desempenho<br />

dos colegas e o comportamento<br />

dos clientes”, aconselha.<br />

O especialista esclarece que,<br />

a partir daí, vai ficar mais fácil<br />

92<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Faz com que os clientes sejam<br />

bem atendidos e não sintam<br />

a diferença na troca de vendedores.<br />

Previne que o faturamento<br />

caia drasticamente, pois ninguém<br />

vai deixar de comprar.<br />

Faz com que você trabalhe<br />

com muita calma e mais previsibilidade<br />

– planejamento<br />

e preparação sempre são a<br />

chave do sucesso.<br />

O novo vendedor passa a entender<br />

claramente que a sua<br />

empresa é diferente e, então,<br />

vai vestir a camisa com ainda<br />

mais vontade e vender corretamente.<br />

“Quanto mais estruturados forem esses noventa dias, mais o<br />

novo vendedor vai valorizar a empresa em que está entrando.”<br />

(Marcelo Caetano)<br />

Mas ele atenta que, para alcançar<br />

tudo isso, é preciso realizar<br />

esse processo com muita calma e<br />

planejamento. “Se você estiver<br />

atrasado, uma frase de Napoleão<br />

que a minha mãe sempre dizia e<br />

que se encaixa bem nesse momento<br />

é: ‘Devagar, que eu estou com<br />

pressa.’ Quanto mais pressa você<br />

tiver, mais calma você tem que<br />

ter para planejar as ações corretamente,<br />

diminuindo as chances<br />

de erros e retrabalhos”, aconselha.<br />

orientá-lo de acordo com os pontos<br />

fortes e fracos que ele demonstrou.<br />

Por exemplo: veja que<br />

tipo de perguntas ele faz ao<br />

cliente e, então, comece a estruturar<br />

o script com ele. Dessa forma,<br />

novamente, você alia teoria<br />

e prática, potencializando o<br />

aprendizado do profissional. “Ao<br />

deixá-lo livre nesses primeiros<br />

dias, os próprios comentários<br />

dele em relação ao processo já<br />

vão mostrar que tipo de vendedor<br />

ele é, no que ele presta atenção,<br />

de que maneira ele avalia o<br />

processo, qual é sua personalidade.<br />

Ou seja, dar liberdade também<br />

é uma forma de avaliar”,<br />

completa Candeloro.<br />

O que você tem a ganhar<br />

com tudo isso<br />

Se você está em dúvida quanto<br />

a se toda essa preparação vale<br />

mesmo a pena, Raul Candeloro<br />

aponta os benefícios de cuidar de<br />

perto do novo profissional:<br />

Melhora os resultados da pessoa<br />

que está entrando, que<br />

poderá potencializar seus próprios<br />

talentos.<br />

Facilita a vida do líder, pois,<br />

depois de bem orientado nesse<br />

início de caminhada, o profissional<br />

estará muito mais<br />

bem preparado e trará grandes<br />

resultados.<br />

Gostou do que viu aqui? A <strong>VendaMais</strong><br />

digital de outubro tem<br />

muito mais a lhe ensinar sobre<br />

os primeiros noventa dias de um<br />

novo vendedor na sua equipe. Se<br />

você não for assinante da revista,<br />

mas quiser ter acesso a esse<br />

material, envie um e-mail para<br />

leitor@<strong>venda</strong>mais.com.br com o<br />

assunto “VM Responde – eu quero”.<br />

E se você é assinante, mas<br />

perdeu esse conteúdo, fique<br />

atento, pois no dia 15 de novembro<br />

vamos enviar o material novamente<br />

por e-mail.<br />

Colaborou nesta matéria: Francine Pereira<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 93


Sales Doctor<br />

Sales Doctor<br />

8 regras para<br />

construir sua<br />

network<br />

N<br />

etwork é uma corrente de conexões<br />

que se cruzam em intervalos regulares, envolvendo<br />

contatos e relacionamentos que<br />

podem ajudá-lo a alcançar seus objetivos profissionais.<br />

Resumindo, network é marketing boca a boca. Não é<br />

prospectar, nem recrutar, nem vender. É conhecer,<br />

se relacionar, conversar. Investir em aumentar sua<br />

network profissional pode:<br />

Aumentar seu número de prospects.<br />

Aumentar sua visibilidade e a da sua empresa.<br />

Melhorar sua reputação perante a comunidade.<br />

Aumentar sua influência.<br />

Interessante, não é mesmo? Sabendo disso, apresento<br />

a seguir oito regras simples que, quando seguidas,<br />

facilitam muito a construção da sua network<br />

em eventos.<br />

1. Dê seu CARtão somente quando existir<br />

uma boa razão – O melhor momento para dar<br />

seu cartão é quando o contato tiver algum benefício<br />

em fazer negócios com você, quando vocês<br />

concordaram em trocar mais informações ou quando<br />

concordaram em aprofundar o relacionamento,<br />

marcando um encontro ou telefonema posterior.<br />

2. Crie um comercial de 30 segundos – Uma<br />

breve explicação do que você faz permite uma<br />

abertura que, preferencialmente, deve focar a conversa<br />

nos resultados que você traz aos clientes, e<br />

não apenas nas características do que você vende.<br />

3. Tenha um objetivo específico PARA cada<br />

encontro – Pense no propósito de cada reunião<br />

ou evento antes de se apresentar.<br />

4. Vá devagar – Em grandes eventos, comece<br />

você mesmo os contatos. Fique em pé ao lado da<br />

porta de entrada, cumprimente as pessoas conforme<br />

elas forem entrando e encoraje-as a se<br />

apresentar. Os melhores networkers são aqueles<br />

que deixam o ego de lado. O negócio não é chamar<br />

a atenção, e sim conhecer mais pessoas interessantes<br />

profissionalmente.<br />

5. Indique ANtes de pedir indiCAções – Pessoas<br />

que participam de organizações ou eventos<br />

apenas para sugar raramente têm sucesso a longo<br />

prazo. Se você demonstrar que está disposto a<br />

ajudar os outros a atingirem seus objetivos, certamente<br />

eles o ajudarão a atingir os seus. Ao entrar<br />

em qualquer grupo, trabalhe primeiro em benefício<br />

dele. Invista tempo em descobrir os outros e<br />

deixe as pessoas conhecerem você melhor – é a<br />

melhor forma de convencê-los do seu valor.<br />

6. Crie oportunidades – Ande pelo local do<br />

evento. Não sente sempre no mesmo lugar. Não<br />

tome café sempre na mesma mesa. Não almoce<br />

sempre no mesmo restaurante. Encontre pessoas<br />

novas e diferentes.<br />

7. Lembre-se dos seus CLientes – A network<br />

mais importante que existe são os seus clientes,<br />

não apenas para vender mais, mas também para<br />

proteger-se de ataques da concorrência, de compradores<br />

que mudam de empresa, de demissões,<br />

etc. Fazer parte da vida dos seus clientes aumenta<br />

a lealdade deles em relação a você.<br />

8. Faça com que as pessoas saiBAM que fazem<br />

PARte da sua network – Uma network<br />

não é um banco de dados. Pessoas em sua network<br />

precisam ser tratadas com atenção, e isso requer<br />

contatos pessoais. Para conseguir o máximo delas,<br />

doe seu tempo, sua energia e seu conhecimento.<br />

O resto acontecerá naturalmente.<br />

A network é tão importante que deveria ser parte<br />

do trabalho de todo vendedor, incluindo avaliações<br />

de performance por parte do líder de <strong>venda</strong>s.<br />

The Sales Doctor é uma<br />

empresa norte-americana<br />

especializada em <strong>venda</strong>s<br />

e no aprimoramento de<br />

profissionais de <strong>venda</strong>s.<br />

Para contatá-la, visite<br />

www.brianazar.com ou, se<br />

preferir, www.salesdoctor.<br />

com<br />

94<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 95


ATÉ mais / DA redaÇÃO<br />

Checklist<br />

para iniciar<br />

uma revolução<br />

no pós-<strong>venda</strong><br />

em sua empresa<br />

Se você está termiNANdo<br />

a leitura desta edição da<br />

<strong>VendaMais</strong> convencido a<br />

colocar todas as dicas sobre<br />

pós-<strong>venda</strong> que reunimos até<br />

aqui em prática, saiba que<br />

assim que você fechar sua<br />

revista, precisa começar a<br />

colocar a mão na massa! E,<br />

como sempre, a gente pode<br />

ajudar nessa missão.<br />

Para garantir que o<br />

primeiro passo seja dado<br />

agora mesmo, apresentamos<br />

a seguir cinco questões que<br />

você precisa definir JÁ!<br />

Vamos a elas?<br />

De quem será a<br />

responsabilidade pelo pós<strong>venda</strong><br />

na sua empresa?<br />

( ) de cada vendedor (Eles<br />

ficarão responsáveis por<br />

fazer o pós-<strong>venda</strong> com os<br />

clientes das suas carteiras)<br />

( ) de um outro departamento<br />

(Se for esse o caso, você<br />

precisa definir qual será o<br />

departamento responsável<br />

o quanto antes)<br />

( ) de uma empresa<br />

terceirizada (Que empresa?<br />

Quais critérios serão levados<br />

em consideração para<br />

definir isso?)<br />

Quais serão as ferramentas<br />

utilizadas por sua empresa para<br />

fazer pós-<strong>venda</strong>?<br />

( ) telefone<br />

( ) e-mail pessoal<br />

( ) e-mail marketing<br />

( ) Visitas<br />

( ) redes sociais (Se assinalar<br />

essa opção, defina quais<br />

redes sociais irá utilizar:<br />

Facebook? WhatsApp?<br />

Twitter? LinkedIn? Outra?)<br />

( ) Newsletter<br />

( ) eventos<br />

( ) outras (Quais?)<br />

Quantos dos clientes da sua<br />

carteira serão abordados?<br />

( ) até 10%<br />

( ) até 25%<br />

( ) até 50%<br />

( ) até 75%<br />

( ) 100%<br />

O que vocês irão levar em<br />

consideração na hora de definir<br />

quais clientes serão abordados?<br />

( ) a importância do cliente<br />

( ) a frequência de compra<br />

( ) o tícket médio<br />

( ) o potencial<br />

( ) a fidelidade<br />

( ) outros critérios (Quais?)<br />

Quais serão os indicadores de<br />

performance que medirão o<br />

sucesso do pós-<strong>venda</strong>?<br />

( ) taxa de indicação<br />

( ) Índice de satisfação dos clientes<br />

( ) aumento do índice de<br />

recompra<br />

( ) aumento nas <strong>venda</strong>s<br />

( ) aumento do tícket médio<br />

( ) outros (Quais?)<br />

Use esse roteiro como base<br />

para repensar suas estratégias de<br />

pós-<strong>venda</strong> daqui em diante, siga as<br />

dicas reunidas nos artigos e<br />

reportagens desta edição da<br />

<strong>VendaMais</strong> e revolucione suas<br />

ações no que diz respeito ao passo<br />

que garante que o ciclo de <strong>venda</strong>s<br />

nunca se encerre na sua empresa.<br />

Os resultados poderão lhe<br />

surpreender!<br />

Boas (pós) <strong>venda</strong>s!<br />

96<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro NOVEMBRO 2015


Soluções para sua<br />

empresa vender melhor.<br />

A MAIOR REFERÊNCIA<br />

EM VENDAS DO BRASIL.<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 97


98<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Em mais de 20 anos de experiência da <strong>VendaMais</strong>, sempre estivemos abertos à troca de ideias com os nossos leitores.<br />

Durante muitas conversas, recebemos inúmeros comentários como “não consigo executar sozinho o que leio na<br />

revista”, “minha equipe não bate as metas”, “meu custo de <strong>venda</strong>s é alto e não sei o que fazer”, “tenho dúvidas<br />

sobre quais canais de <strong>venda</strong>s posso desenvolver”, “tenho dificuldade de estabelecer um modelo de treinamento que<br />

funcione”, ”preciso repensar urgentemente minha estratégia”.<br />

Sabemos que as empresas precisam vender mais, com maior rentabilidade e menor custo; então investimos<br />

todos os nossos esforços para que sua empresa atinja esses objetivos. Foi baseado nesse contexto e na nossa<br />

missão de fazer o Brasil vender melhor que estruturamos as Soluções <strong>VendaMais</strong>: uma área de serviços que já<br />

atuou em centenas de projetos de treinamentos e de consultoria, com o objetivo de levar o conteúdo e a<br />

experiência da <strong>VendaMais</strong> para a prática.<br />

É fácil compreender nossa forma de agir, basta imaginar três grandes pilares de sustentação:<br />

DIAGNÓSTICO<br />

Mapeamos e identificamos o estado atual da área comercial, buscando conhecer profundamente sua equipe, seus<br />

clientes e as tendências do seu mercado.<br />

TREINAMENTOS<br />

Trabalhamos desde palestras e workshops até universidades corporativas, coaching e mentoring. Temos opções<br />

de treinamentos presenciais in company e turmas abertas online - todos com conteúdo exclusivo. A regra é usar<br />

a expertise dos nossos especialistas para aprimorar o seu Jeito de Vender.<br />

CONSULTORIA<br />

Temos resultados reconhecidos pelo mercado. Levamos às empresas o nosso olhar visionário e global, atuando com<br />

ferramentas como o Planejamento Estratégico Comercial (PEC), com o propósito de ser verdadeiros parceiros dos<br />

nossos clientes, repensando processos e transformando planos em ações e resultados.<br />

Nosso compromisso com o resultado é tão forte que nos preocupamos em sempre acompanhar e mensurar o<br />

nível de satisfação dos nossos clientes. Em 2015, 98% dos nossos clientes avaliaram a aplicabilidade das Soluções<br />

<strong>VendaMais</strong> no maior nível de excelência. Esse é um dos motivos para termos orgulho do nosso trabalho, mas a<br />

nossa verdadeira paixão é ver você e a sua empresa vendendo melhor e, consequentemente, potencializando<br />

seus resultados. Essas são as Soluções <strong>VendaMais</strong> que têm uma equipe focada na missão e na mão na massa.<br />

Na teoria e na prática. É o nosso jeito de pensar adaptado ao seu jeito de fazer vender.<br />

Marcelo Caetano<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 99


O MELHOR<br />

DIAGNÓSTICO<br />

COMERCIAL<br />

DO BRASIL.<br />

Quando estamos inseridos em um desafio, muitas vezes<br />

ficamos com a visão viciada, focada sempre nos mesmos<br />

problemas e soluções. Quando somos chamados para<br />

treinamentos ou consultorias, notamos que, muitas vezes, o<br />

que é solicitado pela direção não é realmente o grande problema<br />

da equipe. E quando erramos na identificação do problema, a<br />

solução proposta certamente também será equivocada. Isso<br />

é um grande problema, que pode levar à perda de tempo e<br />

recursos. Partindo desse princípio, criamos uma metodologia<br />

única para análise da sua estrutura comercial. Temos quatro<br />

níveis de aprofundamento do diagnóstico:<br />

100 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


NÍVEL 1<br />

ANÁLISE DA EQUIPE DE VENDAS<br />

Proporciona uma percepção única do quanto sua equipe está preparada<br />

e alinhada para vender de maneira mais eficiente e atender ao cliente com<br />

mais qualidade. Aplicamos testes e entrevistas com sua equipe comercial.<br />

NÍVEL 2<br />

ALINHAMENTO DA EQUIPE COMERCIAL<br />

COM AS DIRETRIZES DA EMPRESA<br />

Entrevistamos diretores e definimos o padrão ideal da mensagem<br />

a ser transmitida para o cliente e equipe comercial. Através de ferramentas<br />

desenvolvidas pela <strong>VendaMais</strong>, identificamos se a equipe está<br />

comunicando de forma efetiva o posicionamento da empresa.<br />

NÍVEL 3<br />

O QUE SEU CLIENTE PENSA<br />

Vamos ouvir seus clientes e saber o que eles acham da sua empresa<br />

e dos seus concorrentes. Assim, temos uma visão clara de forças,<br />

fraquezas, ameaças e oportunidades.<br />

NÍVEL 4<br />

ANÁLISE DE TODO O MODELO<br />

COMERCIAL<br />

Aqui, nos aprofundamos no seu modelo de remuneração, seus canais<br />

de <strong>venda</strong>, seus indicadores de performance, enfim, todo o modelo<br />

comercial. Tudo para identificar oportunidades de melhoria na empresa.<br />

Você vende pelos canais mais adequados para seus Produtos e Serviços?<br />

Sua estrutura está bem dimensionada? Seus indicadores de performance<br />

estão alinhados? Seu modelo de remuneração é o mais adequado para<br />

obter a melhor performance da sua equipe?<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015101


CLIENTE<br />

OCULTO<br />

VENDAMAIS<br />

Inicialmente inseridos dentro dos projetos de consultoria,<br />

depois nos diagnósticos, o cliente oculto ganhou força e<br />

tornou-se um produto a parte. Ele sempre revelou surpresas,<br />

algumas agradáveis, outras nem tanto. Mas a frase que mais<br />

ouvimos do líder que nos contratava: “isso acontece na minha<br />

empresa e eu nem imaginava.”<br />

Nossa estrutura une tecnologia e experiência de mercado.<br />

Assim, podemos aplicar o cliente oculto na sua empresa, na<br />

sua equipe e até nas equipes dos seus concorrentes, para<br />

que você tenha uma visão 360 graus do mercado. Acima<br />

de tudo, somos 100% focados na área comercial, tanto na<br />

indústria como no varejo. Não seja o último a saber. Veja<br />

antes com o Cliente Oculto <strong>VendaMais</strong>.<br />

102 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Seja o primeiro a<br />

saber o que acontece<br />

na sua empresa.<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015103


TREINAMENTOS<br />

QUE APRIMORAM<br />

O JEITO DE VENDER<br />

DA SUA EMPRESA<br />

É comum as empresas investirem muito dinheiro para fazer treinamentos que não geram<br />

resultados a longo prazo. Eles causam uma motivação momentânea mas, passados poucos<br />

dias, tudo volta a ser como antes. Assim, os resultados não melhoram.<br />

Para mudar esse cenário; a <strong>VendaMais</strong> utiliza sua experiência de mais de 20 anos para<br />

desenvolver treinamentos de <strong>venda</strong>s personalizados. Recentemente, fizemos uma pesquisa<br />

sobre como as empresas treinam suas equipes. Notamos que um dos principais problemas<br />

é treinar sem identificar o problema, sem planejar ou mensurar claramente os resultados.<br />

Nossos treinamentos são feitos para garantir o desenvolvimento contínuo da sua equipe e<br />

melhorar os resultados da sua empresa.<br />

104 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


ETAPAS<br />

FUNDAMENTAIS<br />

PARA MELHORAR<br />

O SEU JEITO DE<br />

VENDER<br />

4<br />

ENTENDER<br />

Identificação das expectativas da empresa<br />

Levantamento das necessidades da equipe<br />

Conhecimento das rotinas dos profissionais<br />

Percepção do processo atual e ideal de <strong>venda</strong>s<br />

Definição dos resultados esperados<br />

3<br />

SUSTENTAR<br />

Conteúdo de apoio após o treinamento<br />

Análise de performance da equipe<br />

Sugestões de ações para a equipe<br />

praticar o conteúdo do treinamento<br />

Reuniões com gestores para<br />

mensurar resultados<br />

1<br />

2<br />

COMPARTILHAR<br />

Aplicação do treinamento<br />

Adequação à linguagem da empresa<br />

Utilização de exercícios práticos<br />

Uso de cases e simulação de <strong>venda</strong>s<br />

DESENHAR<br />

Definição do processo ideal de <strong>venda</strong><br />

Construção do Jeito de Vender da sua empresa<br />

Desenvolvimento do conteúdo do treinamento<br />

Validação do escopo do treinamento<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015105


TÉCNICAS FOCADAS<br />

NOS PASSOS DA VENDA<br />

A <strong>VendaMais</strong> consolidou sua visão de <strong>venda</strong>s com a coleção Passos da Venda e construiu um programa de<br />

formação para trabalhar habilidades, ferramentas e técnicas que melhoram o desempenho do vendedor. Os 8<br />

Passos da Venda podem ser trabalhados juntos ou separados, de acordo com a necessidade de cada equipe.<br />

PREPARAÇÃO E PLANEJAMENTO<br />

PROSPECÇÃO<br />

ABORDAGEM<br />

LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES<br />

PROPOSTA DE VALOR<br />

NEGOCIAÇÃO<br />

FECHAMENTO<br />

PÓS-VENDA<br />

Para maiores informações sobre carga horária, investimento<br />

e necessidades de sua equipe, entre em contato com os nossos consultores.<br />

106 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


OUTROS TEMAS<br />

FUNDAMENTAIS PARA<br />

VENDER MELHOR<br />

ATENDIMENTO QUE VENDE<br />

MAIS: COMO TER O MELHOR<br />

ATENDIMENTO DO BRASIL,<br />

DESENVOLVENDO VENDEDORES<br />

INTERNOS E EXTERNOS PARA<br />

ENCANTAR CLIENTES<br />

TRABALHO EM<br />

EQUIPE: COMO<br />

FAZER TODA<br />

SUA EMPRESA<br />

VENDER<br />

MELHOR<br />

ATITUDES DE UMA<br />

EQUIPE CAMPEÃ: QUAIS<br />

COMPORTAMENTOS<br />

DESENVOLVER PARA<br />

TER MELHORES<br />

RESULTADOS.<br />

QUEM CONFIA, COMPARTILHA!<br />

“Internamente, identificamos a necessidade de ter o nosso “jeito de vender”. Buscamos a empresa que consideramos<br />

ter mais expertise em <strong>venda</strong>s no Brasil e escolhemos a <strong>VendaMais</strong>. Na primeira parte, a <strong>VendaMais</strong> ajudou no processo<br />

de construção, trouxe o legado da experiência, de temas, de abordagem e nós entramos com aquilo que gostaríamos<br />

de trabalhar enquanto processo de <strong>venda</strong>s. Montamos um trabalho que hoje é a Roda das Vendas do Sicredi e está<br />

implantado em todo o Sicredi MT, PA e RO. Já percebemos alguns resultados. Um deles, por exemplo, é que temos<br />

a meta de melhorar a quantidade de produtos por associado e hoje estamos com uma meta muito boa. Inclusive,<br />

recentemente esse número deu uma alavancada e esse processo de <strong>venda</strong>s tem ajudado bastante, além das outras<br />

ações realizadas é claro, mas acreditamos que esse conhecimento ajudou muito para que fizéssemos esse movimento”<br />

Margareth de Souza Facirolli - Gestão de Pessoas – Central Sicredi MT, PA e RO<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015107


TREINAMENTOS DE LÍDERES<br />

GEC - CURSO DE GESTÃO DE EQUIPES COMERCIAIS<br />

Um profundo curso de gestão comercial, totalmente adaptado para o formato presencial e baseado no curso<br />

online desenvolvido por Raúl Candeloro. O GEC defende que o cumprimento de objetivos estabelecidos pela<br />

empresa depende diretamente de um bom Líder de Vendas. Ele é o responsável por motivar, treinar e dirigir a<br />

equipe de <strong>venda</strong>s, avaliando com cuidado quais são os pontos que devem ser melhorados e, continuamente,<br />

buscar resultados mais expressivos. O Curso de Gestão de Equipes Comerciais é dividido em 10 módulos, com<br />

conteúdo específico para líderes de <strong>venda</strong>s que querem melhorar a gestão de suas equipes de forma completa,<br />

aplicando as melhores ferramentas do mercado. O aluno terá uma imersão nas melhores práticas e ferramentas<br />

para uma gestão eficiente da equipe comercial.<br />

POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO<br />

INDICADORES DE PERFORMANCE<br />

TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO<br />

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO<br />

ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO<br />

LUCRATIVIDADE<br />

REMUNERAÇÃO E INCENTIVOS<br />

COMUNICAÇÃO PARA LÍDERES<br />

CRIATIVIDADE EM VENDAS<br />

CAMPANHA DE VENDAS<br />

108 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


LIDERANÇA<br />

DE ALTO IMPACTO<br />

Um treinamento prático sobre Liderança Comercial, de curta duração, focado em desenvolver<br />

as principais características e atitudes dos líderes e sua relação com a equipe.<br />

LIDERANÇA EM TEMPOS DE GRANDE TRANSFORMAÇÃO.<br />

AS MELHORES PRÁTICAS DOS GRANDES LÍDERES.<br />

NEUROLINGUÍSTICA NO PROCESSO DE LIDERANÇA.<br />

OS DIVERSOS PERFIS DE LIDERANÇA E SUAS IMPLICAÇÕES.<br />

CONHEÇA O PERFIL DA SUA EQUIPE E LIDERE COM MAIOR EFICIÊNCIA.<br />

O QUE MOTIVA SUA EQUIPE.<br />

O QUE DESMOTIVA SUA EQUIPE.<br />

FEEDBACK NA PRÁTICA. FERRAMENTAS PARA DESENVOLVER PESSOAS.<br />

TREINAR - CONTROLAR - MOTIVAR/COBRAR - QUAL PESO QUE<br />

CADA ATIVIDADE DEVE EXERCER NO SEU MODELO DE LIDERANÇA.<br />

LÍDER É QUEM DECIDE, QUEM TOMA DECISÕES DIFÍCEIS.<br />

VOCÊ ESTÁ PRONTO PARA DECIDIR?<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015109


O JOGO VENDÓPOLIS É COMPLETAMENTE<br />

LIGADO À PRÁTICA E TRAZ OS SEGUINTES<br />

CONHECIMENTOS:<br />

Como se preparar para<br />

atender aos clientes mais<br />

exigentes, com maior<br />

potencial de compra.<br />

Como montar uma<br />

carteira de clientes<br />

vencedora.<br />

Quais são os perfis<br />

de clientes e como<br />

vender para cada<br />

um deles.<br />

Como administrar o<br />

tempo para ser mais<br />

produtivo.<br />

Como se<br />

preparar para as<br />

adversidades do<br />

mercado.<br />

Como e<br />

quanto<br />

prospectar<br />

Como tomar<br />

as decisões corretas<br />

para obter o máximo<br />

de resultado<br />

em <strong>venda</strong>s.<br />

Como fazer<br />

o equilíbrio entre<br />

poucas <strong>venda</strong>s<br />

maiores e muitas<br />

<strong>venda</strong>s menores.<br />

Como<br />

identificar<br />

o potencial<br />

de compra de<br />

um cliente.<br />

110 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


VENDÓPOLIS<br />

O MELHOR E MAIS ELETRIZANTE<br />

JOGO DE VENDAS DO BRASIL<br />

O Jogo das Vendas – Vendópolis é um treinamento vivencial. De maneira lúdica e divertida, ele<br />

capacita as equipes comerciais a entender melhor os processos fundamentais envolvidos na<br />

<strong>venda</strong>. Através do jogo, ficam evidentes algumas falhas básicas, que a maioria dos profissionais<br />

de <strong>venda</strong>s cometem e não são percebidas. No decorrer do jogo, todos os participantes são<br />

desafiados a ampliar os seus modelos mentais. Esse workshop é aplicado exclusivamente pelos<br />

facilitadores <strong>VendaMais</strong> e traz ensinamentos valiosos para que os participantes consigam atingir<br />

as metas. Durante essa dinâmica, a equipe se diverte e aprende de maneira mais intensa. O<br />

conhecimento adquirido passa a fazer parte do dia a dia do vendedor.<br />

Perceber<br />

a importância<br />

do treinamento<br />

constante.<br />

COMO FUNCIONA<br />

DURAÇÃO: 5h30<br />

APLICAÇÃO: FACILITADORES VENDAMAIS.<br />

MAIS INFORMAÇÕES? ENTRE EM CONTATO<br />

COM UM DE NOSSOS CONSULTORES.<br />

Vendópolis é uma ferramenta interessante para ajudar sua equipe a melhorar esses processos e<br />

entender seus conceitos fundamentais. Transforme sua convenção em um verdadeiro $UCE$$O,<br />

com aprendizado de qualidade, divertido e eficiente.<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015111


TODOS OS TREINAMENTOS PODEM SER APLICADOS INDIVIDUALMENTE, EM<br />

TURMAS FECHADAS PARA SUA EMPRESA OU IN COMPANY.<br />

GEC<br />

GESTÃO DE<br />

EQUIPES COMERCIAIS<br />

COMO FUNCIONA<br />

DURAÇÃO: Cada módulo acontece durante um mês e<br />

tem em média uma carga horária de 20 horas, contando<br />

todas as etapas (aulas, apostila, exercícios, leitura e<br />

trabalho prático). O curso completo dura 10 meses (carga<br />

horária total de aproximadamente 200 horas).<br />

MATERIAIS: Videoaulas; apostila exclusiva do curso;<br />

Material de apoio: leitura complementar sobre os assuntos<br />

abordados no módulo; Interação no fórum com colegas;<br />

Avaliação da aprendizagem; canal direto com o Raúl para<br />

tirar dúvidas de como aplicar o conteúdo na empresa.<br />

FÓRUM: Na área exclusiva para alunos, você<br />

vai poder postar suas perguntas e compartilhar<br />

experiências sobre o funcionamento da sua<br />

empresa com os colegas do curso.<br />

PÚBLICO: Exclusivo para gestores,<br />

líderes e diretores comerciais.<br />

OPÇÕES DE CONTRATAÇÃO:<br />

Turmas exclusivas (mínimo 30 participantes)<br />

Turmas abertas com início em fevereiro.<br />

112 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Posicionamento<br />

estratégico<br />

Campanha<br />

de <strong>venda</strong>s<br />

Indicadores de<br />

performance<br />

Criatividade<br />

em <strong>venda</strong>s<br />

Treinamento e<br />

desenvolvimento<br />

Comunicação<br />

para líderes<br />

Recrutamento<br />

e seleção<br />

Remuneração<br />

e incentivos<br />

Lucratividade<br />

Administração<br />

do tempo<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015113


TODOS OS TREINAMENTOS PODEM SER APLICADOS INDIVIDUALMENTE, EM<br />

TURMAS FECHADAS PARA SUA EMPRESA OU IN COMPANY.<br />

APV<br />

ALTA PERFORMANCE<br />

EM VENDAS<br />

O objetivo é desenvolver as habilidades e as competências de <strong>venda</strong>s, além de efetuar o mapeamento das oportunidades de<br />

melhorias dessas habilidades. O curso permite explorar ao máximo as potencialidades e aumentar seus resultados, desde o<br />

Planejamento até o <strong>Pós</strong>-Venda.<br />

COMO FUNCIONA<br />

DURAÇÃO: 10 semanas<br />

MATERIAIS: Vídeoaulas com Raúl Candeloro<br />

e apostila para reforço e exercícios.<br />

<strong>Pós</strong> Venda<br />

Preparação e<br />

Planejamento<br />

Prospecção<br />

FÓRUM: Na área exclusiva para alunos, você<br />

vai poder postar suas perguntas e trocar<br />

experiências com os colegas de curso.<br />

PÚBLICO: Gestores, líderes, vendedores<br />

Fechamento<br />

Abordagem<br />

e representantes comerciais.<br />

OPÇÕES DE CONTRATAÇÃO:<br />

Turmas exclusivas (mínimo 30 participantes).<br />

Turmas abertas.<br />

Negociação<br />

Proposta de Valor<br />

Levantamento de<br />

Necessidades<br />

114 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


PAP<br />

PRINCÍPIOS DA ALTA<br />

PERFORMANCE<br />

O curso tem o objetivo de desenvolver e ressaltar as atitudes necessárias para você alcançar alta performance tanto no<br />

âmbito pessoal, quanto no profissional. Ajudamos você a buscar o sucesso financeiro e melhorar seus relacionamentos para que<br />

você seja um exemplo de sucesso e permaneça motivado.<br />

COMO FUNCIONA<br />

DURAÇÃO: 10 semanas, com 1 módulo por semana.<br />

MATERIAIS: Vídeoaulas com Raúl Candeloro e apostila para reforço e exercícios.<br />

FÓRUM: Na área exclusiva para alunos, você vai poder postar suas<br />

perguntas e trocar experiências com os colegas de curso.<br />

PÚBLICO: Gestores, líderes, vendedores e representantes comerciais.<br />

OPÇÕES DE CONTRATAÇÃO:<br />

Turmas exclusivas (mínimo 30 participantes).<br />

Turmas abertas.<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015115


MARCELO CAETANO<br />

Sócio da <strong>VendaMais</strong>, Marcelo Caetano tem experiência em mais de<br />

90 projetos de consultoria, isso lhe dá uma visão prática de <strong>venda</strong>s.<br />

Autor dos livros Chega de desconto e Vendedor Fiel, Cliente Fiel.<br />

TEMAS ABORDADOS NOS<br />

TREINAMENOS E WORKSHOPS:<br />

CHEGA DE DESCONTO:<br />

Venda valor antes que seu lucro acabe. Baseado no Best Seller Chega de<br />

desconto. Caetano fala sobre como na prática as pessoas podem agregar<br />

valor para sua empresa, produtos e serviços vendidos.<br />

REPRESENTANTE COMERCIAL - O VENDEDOR EMPREENDEDOR:<br />

Um dos melhores treinamentos para representantes comerciais do Brasil.<br />

Um treinamento que fala sobre a realidade do representante comercial e<br />

a necessidade de cada representante preparar-se para os novos desafios,<br />

vender para mais cliente, mais mix e produtos de maior valor agregado.<br />

AS MELHORES PRÁTICAS DOS GRANDES LÍDERES COMERCIAIS:<br />

Palestras teóricas sobre liderança comercial você conhece várias, mas<br />

poucas tão práticas quanto essa. Durante as consultorias, Caetano conviveu<br />

com grandes líderes comerciais, viu de perto erros e acertos. Nessa palestra<br />

ele conta as melhores práticas dos grandes líderes com os quais conviveu.<br />

Você está pronto para ouvir essas verdades?<br />

CONFIRA OUTROS TEMAS NO SITE<br />

MARCELOCAETANO.COM<br />

116 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


RAÚL CANDELORO<br />

Raúl Candeloro é hoje um dos palestrantes mais contratados<br />

para eventos abertos e in-company. Isso acontece porque suas<br />

palestras incluem um conteúdo de excelente qualidade, aliando<br />

prática as melhores teorias de gestão e <strong>venda</strong>s do mundo,<br />

apresentadas de forma didática e divertida.<br />

TEMAS ABORDADOS NOS<br />

TREINAMENOS E WORKSHOPS:<br />

A RODA DA LIDERANÇA<br />

C.H.A DAS VENDAS<br />

4 FORMAS DE AUMENTAR AS VENDAS DA SUA EMPRESA<br />

ALTA PERFORMANCE EM VENDAS<br />

PRINCÍPIOS PARA ALTA PERFORMANCE<br />

CONFIRA OUTROS TEMAS NO SITE<br />

RAULCANDELORO.COM.BR<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015117


VAMOS REPENSAR SEU<br />

MODELO COMERCIAL?<br />

A consultoria <strong>VendaMais</strong> parte da estratégia, passa pelo planejamento e vai até a execução. Dividida em oito grandes<br />

áreas, as consultorias são práticas e executivas. Nossa equipe estará com você não apenas para sugerir boas ideias,<br />

mas para colocá-las em prática. Você pode contratar apenas um dos módulos ou escolher alinhar todos os pontos da<br />

sua gestão comercial. O resultado e o objetivo máximo de todas as consultorias é fazer sua empresa vender mais, com<br />

maior rentabilidade e deixar um modelo comercial e ferramentas que se sustentem após o encerramento da consultoria.<br />

Mentoring e<br />

desenvolvimento<br />

de líderes.<br />

Planejamento estratégico<br />

comercial - além de ser<br />

um serviço independente<br />

ele é parte dos trabalhos<br />

de consultoria.<br />

Venda de valor - como criar<br />

um programa de <strong>venda</strong><br />

de valor e melhoria<br />

na rentabilidade.<br />

Alinhamento de<br />

reuniões para melhoria<br />

de performance.<br />

KPI’s - alinhamento<br />

de indicadores de<br />

performance.<br />

Ferramentas de<br />

gestão comercial.<br />

Remuneração<br />

e incentivos<br />

comerciais.<br />

Recrutamento e desenvolvimento<br />

de equipes comerciais. Definição<br />

de perfil e modelo de contratação.<br />

CLT ou RPA.<br />

118 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


QUEM CONFIA,<br />

COMPARTILHA!<br />

“O trabalho da Soluções <strong>VendaMais</strong> nos ajudou a melhorar os processos de<br />

<strong>venda</strong>s, aprimorar os resultados com reuniões mais objetivas e a melhorar a <strong>venda</strong><br />

de mix de produtos. Além disso, nos auxiliou na busca de novos negócios – como<br />

a área de distribuição – e ofereceu uma troca de informações e comparação com<br />

outros segmentos e empresas muito interessantes. Temos essa parceira há mais<br />

de três anos. Ela oferece uma contribuição importante para o nosso negócio”.<br />

Osmar Della Valentina – Presidente do Grupo Gazin<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015119


PEC<br />

PLANEJAMENTO<br />

ESTRATÉGICO COMERCIAL<br />

Desenvolvemos um modelo de Planejamento Estratégico Comercial, baseado na teoria e no modelo de Balanced<br />

Scorecard de Kaplan. Na prática, sincronizaremos junto a você um profundo alinhamento comercial da estrutura de<br />

sua empresa, que parte do pensamento de mudança (Estado Atual → Estado desejado). Temos o compromisso de<br />

controlar índices vitais de sua organização. A maioria das empresas não têm um planejamento estratégico definido.<br />

Quando ele existe, nem sempre se aprofunda na área comercial. Essa é função do PEC.<br />

BENEFÍCIOS DO PEC<br />

O PEC estabelece uma visão de futuro que define o rumo e a direção a serem seguidos. As oportunidades são melhores<br />

aproveitadas e as dificuldades, vistas com antecedência. Ele define e orienta a criação de indicadores de performance.<br />

Em suma, o PEC contribui para alcançar o alinhamento e o comprometimento de gestores e equipe.<br />

120 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


COACHING<br />

E MENTORING<br />

Estratégicas e focadas no alto desenvolvimento pessoal e profissional, temos nossas ações de<br />

coaching e mentoring realizadas pela equipe senior da <strong>VendaMais</strong>.<br />

COACHING<br />

Tem como essência conduzir uma pessoa ou grupo de uma situação atual para uma situação desejada. Com a<br />

<strong>VendaMais</strong>, o diferencial é que a aplicação é feita por profissionais que conhecem profundamente não apenas o<br />

coaching, mas também o mundo das <strong>venda</strong>s.<br />

MENTORING<br />

É uma ferramenta que oferece suporte ao líder comercial para repensar seu modelo de gestão e sua estratégia, com<br />

uma orientação personalizada. Com a <strong>VendaMais</strong>, esse processo é focado em resultado e no cenário econômico.<br />

Você terá a oportunidade de discutir suas ideias, questionar suas verdades e visualizar a realidade de outras<br />

empresas do mercado.<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015121


SOLICITE MAIS INFORMAÇÕES OU PEÇA UMA PROPOSTA<br />

VENDAMAIS.COM.BR • GRUPO@VENDAMAIS.COM.BR • 0800 647 6247<br />

122 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015


Não seja escravo<br />

dos detalhes<br />

Pequenas coisas podem<br />

ter um grande impacto.<br />

Você é quem<br />

decide se o impacto<br />

será positivo ou negativo.<br />

Aprenda a ser o mestre<br />

das pequenas coisas<br />

sem deixar que elas comandem<br />

sua vida. É<br />

muito útil prestar atenção<br />

em detalhes, mas<br />

é perigoso ser governado<br />

por eles.<br />

Existe uma grande diferença<br />

entre ser disciplinado,<br />

cuidadoso,<br />

atencioso e ser obsessivo.<br />

A diferença está<br />

no foco claro do propósito<br />

de seus esforços.<br />

Olhe para tudo em termos<br />

abrangentes. Dedique<br />

seu tempo e sua<br />

energia aos detalhes se<br />

eles ajudarem a promover<br />

seus maiores objetivos.<br />

Mas se eles não<br />

agregam – ou pior, subtraem,<br />

diminuem e até<br />

substituem seus propósitos<br />

originais –, livre-se<br />

deles.<br />

Não existe maior desperdício<br />

do que se preocupar<br />

com detalhes<br />

triviais que pouco importam.<br />

E poucas coisas<br />

lhe dão mais poder<br />

do que ter todos os detalhes<br />

trabalhando a<br />

seu favor. Mantenha<br />

seus objetivos sempre<br />

claros na mente e faça<br />

com que os detalhes lhe<br />

sirvam, e não que se<br />

transformem no seu<br />

mestre.<br />

Ralph Marston<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015123


124 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015

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