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VENDAMAIS Nº <strong>254</strong> – NOVEMBRO 2015 <strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong> i Content Marketing World I “Não <strong>venda</strong>”<br />
VENDAMAIS.COM.BR<br />
Entrevista<br />
Frank Peter Gundlach<br />
Diretor de pós-<strong>venda</strong> da Toyota do Brasil revela os motivos que fazem a montadora<br />
japonesa ser referência em relacionamento com o cliente no país<br />
ano 20 I Nº <strong>254</strong> I novembro/2015 I R$ 19,50<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br<br />
C O N H E C I M E N T O S I H A B I L I D A D E S I A T I T U D E S<br />
EXTRA: Mais de 20 páginas<br />
de conteúdo sobre as<br />
Soluções <strong>VendaMais</strong>
2<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 3
<strong>venda</strong>mais<br />
11-15<br />
06 Editorial<br />
Conheça os 12 arquétipos e aprenda a<br />
entendê-los melhor<br />
10 Reservado para você<br />
O que os leitores dizem sobre a Venda-<br />
Mais<br />
11 Entre Nós<br />
Onde estivemos, novidades e lançamentos<br />
12 On-line<br />
Ideias e iniciativas criativas para você<br />
se inspirar e inovar<br />
14 Manual do líder<br />
Dicas rápidas para você liderar melhor<br />
sua equipe de <strong>venda</strong>s<br />
16 Entrevista<br />
Frank Peter Gundlach, diretor de pós-<br />
-<strong>venda</strong> da Toyota do Brasil, revela os<br />
motivos que fazem a montadora japonesa<br />
ser referência em relacionamento<br />
com clientes no país<br />
16<br />
22<br />
38<br />
22 Super-pós-vendedor<br />
Saiba o que faz de Pierre Xavier um<br />
super-pós-vendedor e inspire-se na<br />
história dele para melhorar a maneira<br />
como você conduz essa etapa da<br />
<strong>venda</strong><br />
28 JB Vilhena<br />
Como fazer sua equipe se engajar no<br />
pós-<strong>venda</strong><br />
30 Decálogo do Cliente<br />
As dez leis do atendimento pós-<strong>venda</strong><br />
32 Marcelo Caetano<br />
Você ajuda e trabalha ou reclama e lamenta?<br />
4<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br <strong>venda</strong>mAIS.com.br - NOVEMBRO novembro 2015
36<br />
36 Opinião<br />
Participantes da pesquisa sobre pós-<br />
-<strong>venda</strong> apresentam suas definições<br />
sobre fidelização de clientes<br />
38 Infográfico<br />
O mapa do pós-<strong>venda</strong> no Brasil<br />
40 Capa<br />
Entrevistamos mais de 500 profissionais<br />
de <strong>venda</strong>s e descobrimos tudo que<br />
você precisa saber para revolucionar o<br />
seu pós-<strong>venda</strong><br />
52 Silvia Candeloro<br />
A distância entre a teoria e a prática no<br />
pós-<strong>venda</strong><br />
54 Top 5<br />
5 ferramentas para continuar encantando<br />
o cliente depois da compra<br />
60 Claudio Diogo<br />
Transforme o pós-<strong>venda</strong> em pré-<strong>venda</strong><br />
e faça a roda girar de maneira mais<br />
eficaz<br />
62 Livro do Mês<br />
Entenda o conceito de “não <strong>venda</strong>” e<br />
saiba como utilizá-lo para vender mais<br />
66 Jerônimo Mendes<br />
10 dicas para tornar seu pós-<strong>venda</strong><br />
uma referência no mercado<br />
empresa com o apoio do conteúdo<br />
<strong>VendaMais</strong>. Conheça essa história e<br />
inspire-se para aproveitar melhor a<br />
sua revista<br />
78 Content Marketing World<br />
Nossa equipe foi aos EUA e trouxe dicas<br />
e lições preciosas do maior evento de<br />
marketing de conteúdo do mundo<br />
86 Marketing Digital<br />
3 passos para iniciar uma cultura de<br />
pós-<strong>venda</strong> pelas redes sociais<br />
88 João Kepler<br />
11 passos para fazer um bom pitch de<br />
<strong>venda</strong>s<br />
90 <strong>VendaMais</strong> digital<br />
Saiba como orientar os novos vendedores<br />
de sua equipe e efetivamente<br />
desenvolvê-los e prepará-los para a<br />
vida em <strong>venda</strong>s<br />
94 The Sales Doctor<br />
8 regras para construir seu network<br />
96 Até Mais<br />
Checklist para iniciar uma revolução no<br />
pós-<strong>venda</strong> em sua empresa<br />
97 Soluções <strong>VendaMais</strong><br />
Saiba como a área de treinamento,<br />
cursos e consultoria da <strong>VendaMais</strong><br />
pode ajudar sua empresa<br />
60<br />
66<br />
32<br />
68 <strong>VendaMais</strong> Small Business<br />
Equipe mais engajada + clientes mais<br />
felizes = mais <strong>venda</strong>s<br />
123 Ralph Marston<br />
Não seja escravo dos detalhes 30<br />
72 César Frazão<br />
Dicas para os vendedores que querem<br />
fazer pós-<strong>venda</strong>, mas não contam com<br />
a ajuda de seus líderes<br />
74 Venda mais com <strong>VendaMais</strong><br />
Uma gestora comercial está resolvendo<br />
problemas persistentes em sua<br />
<strong>venda</strong>mAIS.com.br NOVEMBRO 2015<br />
5
EDITORIAL<br />
Raul CANDELORO<br />
Guerreiro,<br />
Rebelde, Soberano,<br />
Sábio, Mágico ou<br />
Palhaço?<br />
Decidi não FALAR DE CRISE – SEJA DE FORMA NEgATIVA<br />
(perda de oportunidades) ou positiva (criação de oportunidades)<br />
– neste editorial. Sobre isso todo mundo está<br />
falando. Quero falar sobre algo bem mais importante.<br />
Quero saber o seguinte: você sabe quem você é? Entende<br />
como o mundo percebe você? E sua empresa?<br />
Minha intenção é escrever um texto diferente, mais<br />
provocativo, que apresente realmente opções alternativas<br />
e ampliem seu horizonte e seu conhecimento. Para isso,<br />
quero falar de arquétipos.<br />
A palavra arquétipo significa, literalmente, um modelo<br />
original a partir do qual todas as cópias são feitas.<br />
De origem grega, arche significa origem; tupos significa<br />
modelo, padrão ou tipo.<br />
A origem da palavra remete ao filósofo Platão, que<br />
acreditava que as ideias eram formas mentais impressas<br />
nas nossas mentes antes de nascermos, sendo universais,<br />
pois definiam conceitos básicos dos objetos analisados.<br />
No século passado, o psicólogo suíço Jung utilizou a<br />
expressão e a tornou popular no seu clássico O homem e<br />
seus símbolos e também nos seus escritos sobre Os arquétipos<br />
e o inconsciente coletivo.<br />
A teoria é complexa e profunda, integrando conjuntos<br />
de memórias e associações pessoais e coletivas, mas rapidamente<br />
ganhou simpatizantes que reconheceram<br />
nela uma forma de trabalhar características de personalidade.<br />
Arquétipos representariam, por essa teoria, motivos<br />
humanos fundamentais e, por isso, estariam ligados<br />
diretamente, até provocando emoções básicas, fundamentais,<br />
de maneira intensa.<br />
Mais recentemente, agências de publicidade e de<br />
branding vêm trabalhando os arquétipos para ajudar a<br />
definir e comunicar melhor a personalidade, o posicionamento<br />
e os diferenciais de uma<br />
marca. Quando você entende corretamente<br />
seu arquétipo, fica fácil<br />
alinhar a comunicação, a prospecção<br />
e a atração de clientes – o que<br />
diferencia você da concorrência.<br />
Marcas conhecidas, como Nike,<br />
Apple, Microsoft, Google, Coca-<br />
-Cola, McDonald’s, Toyota e Facebook<br />
têm uma personalidade muito<br />
forte e, depois de ler a lista dos<br />
arquétipos e suas características,<br />
você, provavelmente, conseguirá,<br />
identificar qual é o arquétipo de<br />
cada uma delas.<br />
Da mesma forma, podemos definir<br />
os arquétipos de cada uma<br />
das pessoas de uma empresa. Carol<br />
S. Pearson tem até um livro sobre<br />
isso–Understanding Archetypes in<br />
Your Organization (Entendendo arquétipos<br />
na sua organização, em<br />
tradução livre). Por exemplo:um<br />
gerente ou diretor comercial poderia<br />
definir quais são os arquétipos<br />
dos seus melhores vendedores e<br />
trabalhar para mantê-los engajados<br />
e satisfeitos, sabendo exatamente<br />
o que lhes motiva. Vale, também,<br />
usar os arquétipos para compor<br />
uma equipe de <strong>venda</strong>s diferenciada,<br />
de alta performance. Poderia,<br />
ainda, entender por que alguns<br />
6<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
clientes são mais fáceis de serem<br />
atendidos; por que alguns vendedores<br />
se encaixam e outros não; por<br />
que alguns reagem fazendo “zig”,<br />
enquanto outros fazem “zag” (ou<br />
ficam parados) e assim por diante.<br />
Uma ferramenta fantástica que<br />
pode ser usada aqui é o Indicador<br />
de Arquétipos de Pearson-Marr<br />
(também desenvolvido por Carol<br />
S. Pearson, que descreveu os conceitos<br />
nos livros O despertar do herói<br />
interior e O herói e o fora da lei).<br />
De maneira simples, existem<br />
12 arquétipos. Todos nós temos<br />
vários deles integrados na nossa<br />
personalidade – se não todos –,<br />
mas geralmente um é mais forte e<br />
direciona nossa vida (você pode<br />
mudar de arquétipo dominante<br />
com o passar do tempo ou dependendo<br />
da situação).<br />
Perguntas importantes para<br />
você pensar e prestar atenção antes<br />
de passarmos aos arquétipos:<br />
Em qual deles você acha que se<br />
encaixa mais? E as pessoas importantes<br />
da sua vida?<br />
Em qual arquétipo sua empresa<br />
se encaixa?<br />
Seus melhores clientes se encaixam<br />
em algum tipo de arquétipo?<br />
Os 12 ARquétipos e COMO<br />
ENTENDê-LOS MELhor<br />
sempre vai dar certo no final. Os<br />
perigos desse arquétipo incluem<br />
confiar demais nos outros e determinar<br />
metas e objetivos irreais.<br />
Slogan: Eu nasci assim, eu cresci assim<br />
(e quero continuar assim).<br />
Maior objetivo: Segurança e busca do<br />
paraíso.<br />
Maior medo: Ser abandonado, ficar sozinho<br />
e ser castigado por ter feito algo errado.<br />
Reação a problemas: Negação ou procura<br />
do salvador “adulto”.<br />
O Órfão<br />
O Órfão é uma figura de transição<br />
entre o Inocente e o Guerreiro.<br />
Órfãos são naturalmente independentes<br />
e desconfiam da autoridade.<br />
Por causa da sua desconfiança nos<br />
outros, correm o risco de ficarem<br />
isolados, eternamente vítimas, ou<br />
reagindo violentamente (abuso).<br />
Slogan: Somos todos iguais.<br />
Maior objetivo: Recuperar a segurança.<br />
Maior medo: Ser explorado.<br />
Reação a problemas: Esperança de<br />
salvação ou acomodação<br />
cínica.<br />
Diretor<br />
Raul Candeloro<br />
raul@<strong>venda</strong>mais.com.br<br />
editor<br />
Natasha Schiebel<br />
natasha@<strong>venda</strong>mais.com.br<br />
DIREtor DE ARTE<br />
Anderson L.A.<br />
anderson@<strong>venda</strong>mais.com.br<br />
conselho editorial<br />
Raul Candeloro<br />
Marcelo Caetano<br />
Júlio Clebsch<br />
coLABORAÇÃO<br />
Francine Pereira<br />
João Guilherme Brotto<br />
REVISÃO<br />
Lumos Bureau de Traduções<br />
ATENDIMENTO AO LEITOR<br />
atendimento@<strong>venda</strong>mais.com.br<br />
JORNALISTA RESPONSÁVEL<br />
Natasha Schiebel<br />
natasha@<strong>venda</strong>mais.com.br<br />
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<strong>VendaMais</strong> ® é publicada 6 vezes ao ano pela<br />
Editora Quantum e comercializada pela<br />
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Editora Quantum. Tiragem desta edição: 21.000<br />
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total ou parcial deste material é permitida mediante<br />
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e desde que citada a fonte. O conteúdo dos artigos é de<br />
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Autores ou consultores que quiserem publicar seus trabalhos<br />
nas áreas de <strong>venda</strong>s ou marketing entrem em contato com a<br />
equipe editorial pelo telefone: (41) 3022-1000.<br />
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como pela sua produção e compromissos inerentes, é da<br />
agência e do anunciante.”<br />
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www.edicase.com.br<br />
Distribuição exclusiva em bancas<br />
DINAP S/A – DISTRIBUIDORA NACIONAL<br />
DE PUBLICAÇÕES<br />
O INOCENTE<br />
Pessoas desse tipo de arquétipo<br />
geralmente têm uma visão infantil<br />
e otimista da vida e acreditam que,<br />
se tentarem e se esforçarem, tudo<br />
O Guerreiro<br />
O Guerreiro está preocupado com<br />
a defesa de seu território (físico e<br />
psicológico) e com o atingimento<br />
www.twitter.com/<strong>venda</strong>mais<br />
facebook.com/<strong>VendaMais</strong><br />
Nossa missão:<br />
Fazer o Brasil vender melhor.<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 7
“Um gerente<br />
ou diretor<br />
comercial<br />
poderia definir<br />
quais são os<br />
arquétipos dos<br />
seus melhores<br />
vendedores e<br />
trabalhar para<br />
mantê-los<br />
engajados e<br />
satisfeitos,<br />
sabendo<br />
exatamente<br />
o que lhes<br />
motiva.”<br />
de metas (pessoais e do grupo ao<br />
qual pertence). Ele traça planos<br />
para atingir suas metas pela força<br />
e raramente trai seu código de honra.<br />
O risco dos Guerreiros é achar<br />
que a violência é a resposta para<br />
todas as situações.<br />
Slogan: Com vontade, determinação e<br />
persistência vencerei. E saia da frente.<br />
Maior objetivo: Vencer.<br />
Maior medo: Fraqueza/impotência.<br />
Reação a problemas: Matar, derrotar ou<br />
converter.<br />
O Cuidador<br />
Guiar, ensinar e prover são os principais<br />
impulsos desse arquétipo. O<br />
risco do Cuidador é entrar no papel<br />
de mártir, ou sufocar e devorar o<br />
objeto de seus cuidados.<br />
Slogan: Ame o próximo como a si mesmo.<br />
Maior objetivo: Sacrificar-se para ajudar<br />
aos outros.<br />
Maior medo: Egoísmo e ingratidão.<br />
Reação a problemas: Cuidar de quem<br />
está sofrendo.<br />
o mundo e a si mesmo. Essa busca<br />
eterna pelo novo/melhor, por outro<br />
lado, pode levar a uma inabilidade<br />
crônica de se comprometer e um<br />
padrão repetitivo de atingir, com<br />
consequências potencialmente negativas,<br />
os limites de suas habilidades/conhecimentos.<br />
Slogan: Não me amarre ou prenda.<br />
Maior objetivo: A busca de uma vida melhor.<br />
Maior medo: Conformidade,<br />
acomodação,<br />
limitações.<br />
Reação a problemas:<br />
Fugir, escapar.<br />
O Amante<br />
A habilidade do Amante é a conexão<br />
– seja com pessoas, atividades<br />
ou objetos. O Amante é um apaixonado<br />
pela vida e entende (sente)<br />
o equilíbrio delicado entre ela e a<br />
morte. O risco do Amante é seduzir<br />
(ou ser seduzido) com frequência,<br />
sem pensar ou entender as consequências<br />
para si e para os outros.<br />
Slogan: O amor tudo cura e supera.<br />
Maior objetivo: Felicidade, união.<br />
Maior medo: Não ser amado, desconexão,<br />
desunião.<br />
Reação a problemas: Aceitação e amor.<br />
necessidade de destruir pode ser<br />
pessoal ou fazer parte de um grupo<br />
em nome de um mundo melhor.<br />
O risco do Destruidor é cair em um<br />
padrão repetitivo de destruir só<br />
por destruir ou de contestar por<br />
contestar (sem saber o que construir<br />
depois), levando a uma vida vazia<br />
e sem sentido.<br />
Slogan: Hay gobierno? Soy contra.<br />
Maior objetivo:<br />
Metamorfose.<br />
Maior medo: Estagnação,<br />
morte.<br />
Reação a problemas:<br />
Destrua o<br />
problema ou seja<br />
destruído por ele.<br />
O Construtor (ou CRIADOR)<br />
Esse é um arquétipo que expressa a<br />
criação, a criatividade, o crescimento<br />
e a síntese. Criadores gostam de<br />
repensar e recriar mesmo atividades<br />
básicas, do dia a dia, mas precisam<br />
ter cuidado para viver no mundo<br />
real e não no mundo dos sonhos.<br />
Slogan: Tudo que é imaginado pode se<br />
tornar realidade.<br />
Maior objetivo: Criar uma forma nova (de<br />
fazer ou viver).<br />
Maior medo: Fracasso.<br />
Reação a problemas: Abraçá-lo e torná-<br />
-lo um desafio.<br />
O AventuREIRO<br />
O Aventureiro está sempre buscando<br />
algo diferente ou melhor.<br />
Visando sair de uma vida limitada<br />
– física ou psicologicamente –, o<br />
Aventureiro sai desbravando novos<br />
caminhos, procurando descobrir<br />
O Rebelde (ou DESTRuIDOR)<br />
Destruir a forma antiga de fazer<br />
as coisas é a missão do Rebelde. A<br />
O Soberano<br />
Soberanos gostam de ordem e harmonia<br />
e trabalham para assegurá-<br />
8<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
-los no que definem como seus<br />
“domínios” ou “territórios” (físicos<br />
ou psicológicos). Soberanos são líderes<br />
por natureza, organizam bem<br />
atividades e grupos de pessoas. Eles<br />
correm o risco de eliminar vozes<br />
discordantes e tornarem-se tiranos.<br />
Slogan: Manda quem pode. E eu posso.<br />
Maior objetivo: Um reino organizado,<br />
harmonioso e próspero.<br />
Maior medo: Caos, desorganização, perda<br />
de controle.<br />
Reação a problemas: Organizar e mobilizar<br />
o grupo para superá-los.<br />
O Mágico<br />
O poder do Mágico é a transformação<br />
– seja de si mesmo, dos outros<br />
ou de uma realidade ou situação.<br />
Esse poder pode ser usado também<br />
para enganar, distrair ou manipular.<br />
É o arquétipo do mistério, da<br />
improvisação, da ilusão e da realidade,<br />
da verdade e da mentira.<br />
Slogan: Eu faço acontecer.<br />
Maior objetivo: Transformar ou aumentar<br />
a realidade atual.<br />
Maior medo: Transformação negativa,<br />
ser enganado, ser<br />
desmascarado.<br />
Reação a problemas:<br />
Transformá-los ou<br />
alterar a perspectiva<br />
sobre eles.<br />
O Sábio<br />
O Sábio procura ver além das aparências<br />
para descobrir a “verdadeira<br />
verdade”. Sua busca é por conhecimento<br />
e ele usa esse conhecimento<br />
para ajudar os outros, não como<br />
forma de controlá-los. Desilusão,<br />
cinismo e excesso de teorização<br />
são os riscos dos sábios que se encastelam<br />
atrás (ou em cima) do seu<br />
conhecimento para fugir da realidade<br />
e do dia a dia.<br />
Slogan: A verdade liberta.<br />
Maior objetivo: Verdade, compreensão.<br />
Maior medo: Decepção, ilusão.<br />
Reação a problemas: Estudar, entender<br />
e superar.<br />
O Tolo (ou BOBO)<br />
Uma volta iluminada à infância é<br />
o que caracteriza os Tolos. Eles<br />
são alegres, simpáticos, curiosos,<br />
sábios e podem “bancar o palhaço”<br />
para divertir os outros, mas sempre<br />
com uma lição ou recado por<br />
trás da história. O Tolo consegue<br />
representar os personagens de todos<br />
os outros arquétipos sem cair<br />
nos seus riscos. O risco do Tolo é<br />
ficar cínico em relação a tudo ou<br />
bagunçar desnecessariamente a<br />
vida dos outros.<br />
Slogan: Só se vive uma vez.<br />
Maior objetivo: Alegria, prazer, sensação<br />
de estar vivo.<br />
Maior medo: Opressão, tristeza, dor.<br />
Reação a problemas: Humor.<br />
Mais do que uma leitura leve,<br />
divertida e inspiradora, espero<br />
que você sinta também o poder<br />
que há por trás dos arquétipos na<br />
melhora de relacionamentos, no<br />
entendimento mais profundo de<br />
quem você é, no recrutamento e<br />
na seleção de pessoas (inclusive<br />
de clientes), na comunicação com<br />
o mercado e no seu papel e comportamento<br />
como líder.<br />
Perguntas importantes para<br />
pensar e debater em relação aos<br />
arquétipos:<br />
Relendo a lista, quais você<br />
acha que definem você melhor?<br />
Com qual você mais se<br />
identifica? (Lembrando que<br />
pode ter um principal e outros<br />
de apoio).<br />
Baseado no seu arquétipo principal,<br />
quais são seus pontos<br />
fortes?<br />
E quais são os pontos fracos?<br />
Como melhorar isso?<br />
Com quais dos arquétipos você<br />
tem mais facilidade de relacionamento?<br />
Por quê?<br />
Com quais dos arquétipos você<br />
tem mais dificuldade de<br />
relacionamento? Como melhorar<br />
isso?<br />
E a sua empresa – qual arquétipo<br />
seria?<br />
Como os pontos positivos desse<br />
arquétipo podem ser mais<br />
bem comunicados para o mercado?<br />
Que outras ideias surgem ao<br />
pensar nos arquétipos? Onde<br />
mais eles podem ser usados<br />
na sua vida pessoal ou profissional?<br />
Abraços aventureiros, mágicos,<br />
construtores e sábios.<br />
Raul Candeloro – Diretor<br />
Site: www.<strong>venda</strong>mais.com.br<br />
E-mail: raul@<strong>venda</strong>mais.com.br<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 9
Reservado para vOcê<br />
Raul responde<br />
Caro Raul Candeloro,<br />
Primeiramente, parabéns! Sou sua fã e adoro os<br />
vídeos, os assuntos abordados e todo o material a que<br />
tenho acesso.<br />
Estou assistindo ao <strong>VendaMais</strong> Responde: Como<br />
vender em mercados de crise e gostaria de lhe fazer<br />
uma pergunta. Como mostrar ao cliente o valor do produto<br />
– e não o preço – quando ele se queixa da crise ou<br />
reclama que o preço está alto? Como driblar objeções?<br />
Andréa de Carvalho<br />
Excelente pergunta, Andréa. Vamos lá.<br />
Raul,<br />
É com imensa satisfação que agradeço pelos conteúdos<br />
enviados por você e sua equipe. A <strong>VendaMais</strong> faz parte da<br />
minha atuação diária, pois grande parte da minha criatividade<br />
e estratégia vem dessas mentes brilhantes que nos<br />
auxiliam e proporcionam um aprendizado fantástico, gerando<br />
ótimos resultados e, principalmente, uma melhor performance<br />
das pessoas que lideramos.<br />
Ivan Queiroz<br />
Gostaria de agradecer ao Raul Candeloro pelo brilhante trabalho<br />
que tem realizado junto ao varejo no Brasil. Gerencio uma<br />
equipe de <strong>venda</strong>s no Norte do país e as reportagens e artigos<br />
da revista <strong>VendaMais</strong>, juntamente com os vídeos enviados<br />
aos assinantes, têm contribuído significativamente para o meu<br />
crescimento profissional – e também da minha equipe!<br />
José Francisco Pereira da Silva<br />
Tenho 27 anos e sou empresário desde os 19. Sempre fui<br />
focado mais na parte administrativa e financeira, então<br />
está sendo um desafio assumir o cargo de gestor de equipes<br />
de <strong>venda</strong>s. Mas a <strong>VendaMais</strong> está contribuindo muito para<br />
que eu consiga vencer esse desafio. Sou assinante da revista<br />
há seis anos e a indico cada vez mais. Gostaria de elogiar<br />
o formato da edição digital. É excelente! Os vídeos são de<br />
fácil entendimento e inspiradores. Continuem levando esse<br />
conhecimento especializado para os líderes brasileiros!<br />
Mateus Gugel<br />
Participe DA SEção<br />
Reservado para Você<br />
Envie críticas, sugestões, deixe sua palavra, conte sua história,<br />
divida seus resultados conosco, mostre sua equipe*. O espaço é<br />
todo seu. Estamos esperando por você!<br />
Escreva agora mesmo para: leitor@<strong>venda</strong>mais.com.br e participe!<br />
*As fotos serão avaliadas pela equipe de redação.<br />
Obviamente, quanto melhor compreendermos o<br />
processo de compra do cliente, mais chances de sucesso<br />
teremos para entender e satisfazer suas necessidades,<br />
anseios e expectativas.<br />
Acredito que todo cliente tem sete grandes perguntas<br />
que precisam ser respondidas antes de comprar:<br />
1. Eu realmente preciso desse produto/serviço?<br />
2. Esse produto/serviço é realmente bom? (Ou melhor<br />
que os concorrentes?)<br />
3. Confio no vendedor que está me atendendo?<br />
4. Confio na empresa/marca que estou comprando?<br />
5. Estou pagando um preço justo?<br />
6. Sinto que estou levando algum tipo de vantagem?<br />
7. Compro agora?<br />
Se você parar para analisar <strong>venda</strong>s perdidas, por<br />
exemplo, certamente descobrirá que uma ou mais<br />
dessas perguntas ficaram sem resposta (ou que as<br />
respostas não foram convincentes). Para evitar que<br />
isso aconteça, recomendo a fórmula SEPAPIAG no Levantamento<br />
de Necessidades:<br />
Situação do cliente.<br />
Expectativas do cliente.<br />
Problemas que ele está tentando resolver (ou evitar).<br />
Aprofundamento.<br />
Preocupações.<br />
Irritadores.<br />
Alternativas que o cliente pode estar analisando.<br />
Ganhos/benefícios que ele terá ao comprar de você.<br />
De forma resumida, a melhor maneira de lidar com<br />
objeções ao preço é fazendo o Levantamento de Necessidades<br />
correto e respondendo as sete dúvidas que todos<br />
os clientes têm. Assim, você tem argumentos fortes<br />
para fazer os passos da <strong>venda</strong><br />
seguintes numa posição<br />
muito mais segura.<br />
Abraço e boas <strong>venda</strong>s!<br />
Quer entender melhor a ideia<br />
do Raul? Assista ao vídeo em<br />
que ele explica todos esses<br />
conceitos em detalhes. Para<br />
isso, basta acessar http://bit.<br />
ly/Raul-responde<br />
10<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
ENTRE NÓS<br />
<strong>VendaMais</strong> no<br />
Content Marketing<br />
WORLd 2015<br />
Em setembro, pelo segundo ano consecutivo, a <strong>VendaMais</strong><br />
esteve presente no Content Marketing World (CMW), maior<br />
evento de marketing de conteúdo do mundo, que é realizado<br />
anualmente em Cleveland (Ohio, Estados Unidos).<br />
Em dois dias de congresso, João Guilherme Brotto e<br />
Natasha Schiebel, jornalistas da nossa equipe, assistiram a<br />
mais de 20 palestras conduzidas por grandes especialistas do<br />
mundo todo. De lá, os dois trouxeram excelentes dicas, tendências<br />
e lições para quem quer usar o conteúdo como ferramenta<br />
de <strong>venda</strong>s.<br />
A reportagem que você lê a partir da página 78 desta edição<br />
fala sobre como o conteúdo pode ser utilizado a favor do<br />
seu pós-<strong>venda</strong>, aborda a questão do retorno sobre o investimento<br />
em marketing de conteúdo, apresenta cases de sucesso<br />
de empresas que estão pensando seu conteúdo de maneira<br />
estratégica e muito mais. Não deixe de ler!<br />
<strong>VendaMais</strong> na WEB<br />
Se, para você, o conteúdo bimestral da <strong>VendaMais</strong> e da <strong>VendaMais</strong><br />
digital (além do <strong>VendaMais</strong> Responde) não é suficiente<br />
para satisfazer sua sede por conhecimento, temos uma boa<br />
notícia: na internet, a frequência de atualização do nosso<br />
conteúdo é cada vez maior. São pílulas quase diárias de lições<br />
de <strong>venda</strong>s, liderança, carreira e muito mais! Acompanhe e<br />
aproveite!<br />
Portal <strong>VendaMais</strong> (www.<strong>venda</strong>mais.com.br) – Novos<br />
artigos às terças e quintas, trechos de reportagens da <strong>VendaMais</strong><br />
e muito mais.<br />
Facebook (http://bit.ly/Facebook-VM) e LinkedIn (http://<br />
bit.ly/Linkedin-VM) – Enquetes, frases inspiradoras e atualização<br />
de tudo que entra no ar no Portal <strong>VendaMais</strong>.<br />
Esperamos você nesses canais!<br />
Vem aí MAIS<br />
uma edição<br />
do CIRCuITO<br />
VENDAMAIS<br />
A primeira edição do Circuito<br />
<strong>VendaMais</strong>, que<br />
aconteceu no ano passado,<br />
foi um sucesso. Ao<br />
longo de uma semana,<br />
milhares de participantes<br />
tiveram acesso a 47 videoaulas<br />
gratuitas conduzidas<br />
por alguns dos<br />
melhores palestrantes de<br />
<strong>venda</strong>s, motivação e gestão<br />
de carreira do Brasil.<br />
Reunimos em nosso palco<br />
virtual nomes como<br />
Leila Navarro, Professor<br />
Gretz, Raul Candeloro,<br />
Marcelo Caetano, Claudio<br />
Diogo, César Frazão, Marcelo<br />
Ortega, João Kepler,<br />
entre muitos outros.<br />
E a segunda edição,<br />
que acontece entre os<br />
dias 17 e 19 de novembro,<br />
promete ser ainda melhor,<br />
com a presença dos palestrantes<br />
melhor avaliados<br />
no ano passado, além<br />
de vários outros nomes<br />
de peso. Quer saber mais<br />
e garantir sua vaga? Acesse<br />
www.circuitovm.com.<br />
br, cadastre-se e comece<br />
a se programar para participar<br />
de um excelente<br />
programa de capacitação<br />
em <strong>venda</strong>s sem gastar<br />
nada e sem sair de sua<br />
empresa, do escritório ou<br />
da sua casa! Participe!<br />
Todos nós, que vendemos,<br />
precisamos aprender e<br />
nos reciclar, pois aquele<br />
que pensa que já sabe de<br />
tudo é aquele que não<br />
sabe de nada!<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 11
ON-LINE POR JÚLIO CLEBSCH / DIVULGAÇÃO<br />
CEMITÉRIO<br />
ALTO asTRAL<br />
O Cemitério Jardim da Ressurreição (Teresina, PI) ignorou a<br />
resistência a assuntos fúnebres no Brasil e investiu em conteúdo<br />
criativo e divertido nas redes sociais para fortalecer<br />
a marca. E, sim, foi bem-sucedido nessa estratégia.<br />
O que catapultou a página para um plano superior foi a<br />
postagem em comemoração à aprovação norte-americana<br />
ao casamento gay. Assim como outras marcas, o Jardim da<br />
Ressurreição se mostrou feliz com a notícia publicando uma<br />
foto com um vidro cheio de purpurina, em que se lia: “Eu,<br />
quando for cremada”.<br />
A postagem foi um sucesso absoluto e comprovou que<br />
a estratégia de comunicação estava na direção certa. A publicação<br />
foi feita no dia 26 de junho deste ano, teve 727<br />
compartilhamentos e foi curtida por 1.770 pessoas. Detalhe:<br />
a repercussão do post impactou 160 mil pessoas. Ao final do<br />
mês de junho, a página tinha 1.167 seguidores. Em agosto,<br />
quando esta revista estava sendo produzida, quase 8 mil<br />
pessoas já acompanhavam as publicações. Que tal?<br />
Acompanhe o trabalho feito pelo cemitério acessando<br />
http://bit.ly/jardim-da-ressurreição.<br />
UM SOFÁ<br />
MUCHO LOCO<br />
No mês de julho, o Canoas Shopping (Canoas, RS) lançou a liquidação<br />
Descontrolados, que além de envolver mais de 200 lojas e<br />
de oferecer descontos de até 70%, ainda apresentou o “sofá<br />
descontrolado”, em que os clientes podiam brincar durante os<br />
quatro dias da promoção.<br />
O tal do sofá era um brinquedo instalado no segundo piso<br />
do centro de compras e que seguia a mesma dinâmica de um<br />
touro mecânico, desafiando o consumidor a permanecer o maior<br />
tempo possível sentado nele. Para participar, bastava se inscrever,<br />
gratuitamente, no balcão da ação de marketing promocional<br />
e aguardar sua vez. Depois, era só tentar se equilibrar sobre o<br />
sofá durante 30 segundos. A atração, logicamente, foi um grande<br />
sucesso, principalmente entre a molecada. Não havia prêmio<br />
para quem conseguisse atingir a marca dos 30 segundos, mas a<br />
diversão valeu a pena.<br />
12<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
<strong>venda</strong>mais.com.br<br />
A aquisição da revista <strong>VendaMais</strong> dá direito ao acesso do conteúdo<br />
exclusivo do site <strong>VendaMais</strong> (www.<strong>venda</strong>mais.com.br). Se você é<br />
assinante, basta digitar seu e-mail e sua senha. Caso tenha adquirido a<br />
revista nas bancas, digite o login “banca” e a palavra-chave “POSVENDA”,<br />
válida apenas para o mês de NOVEMBRO.<br />
CURTAS E BOAS<br />
INOVAÇÕES<br />
SEGURANDO O CONSUMIDOR I – Que o setor automobilístico<br />
é um dos que mais sofrem com a crise não é novidade.<br />
Novidade é o que as empresas estão fazendo para estimular<br />
o consumidor a continuar comprando mesmo em tempos<br />
difíceis. Além das já conhecidas promoções (como IPVA<br />
pago, bônus de fábrica, brindes e emplacamento grátis),<br />
agora já é possível parcelar a entrada – e as concessionárias<br />
estão ofertando até 95% da tabela Fipe em automóveis usados.<br />
A GM, por exemplo, se compromete a quitar até quatro<br />
parcelas do financiamento se o cliente perder o emprego.<br />
SEGURANDO O CONSUMIDOR II – A criatividade também<br />
anda solta no segmento de alimentação fora de casa, que<br />
caiu, em média, 30% este ano. O restaurante Ciao!, de São<br />
Paulo, inaugurou um bufê de aperitivos em que o cliente<br />
pode se servir de graça se comprar alguma bebida alcoólica.<br />
Já no bar O’Malley’s, também de São Paulo, a taxa de serviço<br />
não é mais cobrada (em concordância com os colaboradores<br />
da casa). A gorjeta só é paga se o cliente quiser. A<br />
estratégia ajudou a atrair mais clientes para o estabelecimento.<br />
Como se pode observar, baixar preço – que é o que<br />
mais se vê por aí – pode não ser a melhor ideia.<br />
CRIATIVIDADE<br />
EM VENDAS<br />
CHEIRO DE SUCESSO –<br />
História contada a nós<br />
por Jeffrey Gitomer, colunista<br />
desta revista:<br />
“Ao fazer plantão nos<br />
apartamentos que vende,<br />
uma corretora de<br />
imóveis costuma levar<br />
consigo sua máquina de<br />
fazer pão. Com o passar<br />
do tempo, o cheiro<br />
maravilhoso de pão fresco vai se espalhando pelo ambiente.<br />
Um pequeno truque psicológico que ajuda todo<br />
novo cliente potencial que chega ao plantão a se sentir,<br />
de certa forma, em casa. Além disso, claro, alguns ainda<br />
levam pão fresco para casa. Mesmo que não comprem o<br />
imóvel, certamente contarão o fato a seus amigos.” Detalhe<br />
ressaltado por Gitomer: a corretora é uma das mais<br />
bem-sucedidas da região. Ou seja, um pouco de criatividade<br />
e psicologia ainda são as melhores armas que<br />
existem para vender mais.<br />
A LOJA DO FUTURO – Que o varejo passa por uma revolução tecnológica você<br />
já está cansado de ouvir. Mas entender o que pode ajudar a melhorar a<br />
experiência do cliente em seu estabelecimento, dentre tantas novidades, é o<br />
que fará a diferença em seu negócio. Por exemplo:<br />
Fluxo de clientes – A Geeksys<br />
(www.geeksys.com.br) desenvolveu<br />
um software que permite ao<br />
lojista ter estatísticas sobre a movimentação<br />
de clientes dentro de<br />
sua loja. Também indica idade aproximada,<br />
sexo e fornece mapas mostrando<br />
as áreas mais e menos visitadas.<br />
Essas informações ajudam<br />
o empresário a definir suas próximas<br />
ações com base em fatos, não<br />
em achismos.<br />
Música preferida – Escolher a<br />
música certa pode mudar o humor<br />
do consumidor e a disposição para<br />
comprar, concorda? Sabendo disso,<br />
a On The Spot (www.onthespot.<br />
com) permite que um estabele-<br />
-cimento comercial disponha de<br />
uma playlist exclusiva, definida de<br />
acordo com o perfil dos clientes da<br />
loja. Isso ajuda a aumentar o tempo<br />
de permanência do cliente no<br />
estabelecimento e, claro, sua propensão<br />
a comprar ali.<br />
Propaganda customizada – A<br />
Tectra (www.grupotectra.com.br)<br />
desenvolveu sensores especiais<br />
– chamados beacons – que se comunicam<br />
com o smartphone do<br />
cliente e enviam promoções específicas<br />
assim que ele passar em<br />
uma determinada área de uma loja.<br />
Conhecendo melhor os produtos,<br />
os consumidores podem se interessar<br />
por eles, certo?<br />
Todas essas tecnologias já estão disponíveis e não demandam investimentos<br />
de milhões de reais. No entanto, é claro que você tem de saber do que<br />
seu ponto de <strong>venda</strong> precisa, senão qualquer investimento, por menor que<br />
seja, sempre será caro.<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 13
MANUAL DO LÍDER<br />
Organizado POR Rodrigo SaPORIti<br />
4 dicas para<br />
LIDAR COM<br />
ATRASOS<br />
1.<br />
2.<br />
3.<br />
4.<br />
Uma coisa é fato: todo mundo procrastina!<br />
Mas gerentes de <strong>venda</strong>s de sucesso<br />
têm a tendência de procrastinar<br />
de maneira mais ou menos organizada,<br />
o que diminui os prejuízos causados<br />
pela procrastinação. Nesse sentido,<br />
estas são algumas dicas úteis:<br />
Identifique a parte mais fácil do projeto<br />
e, aí, faça! Você verá que identificar a<br />
parte mais fácil do projeto e realizá-la<br />
irá ajudar em duas coisas:<br />
Faz com que você inicie o projeto – o<br />
que é uma das coisas mais difíceis.<br />
Ajuda a criar um clima que permite<br />
que você supere as partes mais complicadas<br />
mais facilmente.<br />
Faça uma lista dos desafios do projeto.<br />
Geralmente, fazer uma lista de tudo o<br />
que precisa ser feito é um baita empurrão<br />
para o começo da produção. Fale<br />
para você mesmo que não está, efetivamente,<br />
colocando a mão na massa, está<br />
apenas fazendo uma lista de tarefas.<br />
Antes de se dar conta, você já terá riscado<br />
uns cinco itens da lista.<br />
Tenha “miniprazos”. Antes de atrasar o<br />
projeto, tenha prazos para os pequenos<br />
itens. Agendando o trabalho dessa maneira,<br />
você se forçará a fazê-lo em certos<br />
períodos de tempo. E não tenha medo<br />
de se presentear por atingir os prazos<br />
estipulados. Isso estimula o restante da<br />
caminhada.<br />
Delegue partes da tarefa. Uma maneira<br />
de começar a trabalhar em um projeto<br />
é dividi-lo entre os seus companheiros<br />
de trabalho. Olhe para cada<br />
tarefa e se pergunte: “Faz sentido realizá-la<br />
ou posso passar para algum funcionário?”<br />
Geralmente, os projetos que<br />
os gerentes de <strong>venda</strong>s mais procrastinam<br />
são aqueles que eles não deveriam<br />
estar fazendo.<br />
Como TREINAR e<br />
LIDERAR ATRAVés DE<br />
jogos e DINâMICAS<br />
Como qualquer atividade em sua empresa,<br />
é necessário planejar antes de<br />
decidir fazer uma ação de treinamento<br />
com o apoio de jogos e dinâmicas.<br />
Estas dicas ajudam nesse momento:<br />
Defina o que você quer conquistar<br />
com a ação. Pode ser estimular<br />
a criatividade, a tomada de<br />
decisão e responsabilidades, o<br />
sentido de grupo, o que for.<br />
Encontre um exercício que se<br />
encaixe no que você deseja. Há<br />
dezenas de livros sobre o tema<br />
em qualquer boa livraria. Você também pode pegar algumas ideias com professores de<br />
universidades, psicólogos e especialistas de empresas de treinamento.<br />
Estruture o encontro. Defina quem serão os participantes, qual será a data, o local e o<br />
motivo pelo qual eles deveriam participar daquele treinamento.<br />
Pense nos detalhes. Defina materiais (se necessário) e verba (se necessária) para o treinamento,<br />
bem como o tempo disponível.<br />
Mensure os resultados. Encontre maneiras de verificar se o treinamento atingiu seu<br />
objetivo. Combine, com cada participante, um jeito de medir os progressos.<br />
14<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
“Quanto mais você depende de forças externas, mais<br />
você é dominado por elas.”<br />
Harold Sherman<br />
Feliz RETORNO<br />
Sempre que um funcionário se afastar por motivo de<br />
doença, quando ele voltar, vá ao seu local de trabalho<br />
recepcioná-lo e desejar-lhe um feliz retorno. Pergunte<br />
como ele está se sentindo – mesmo que ele tenha se<br />
ausentado apenas por um dia. Isso demonstra que sua<br />
falta foi sentida e que as coisas não andaram sozinhas<br />
simplesmente. Além de fazer com que<br />
ele se sinta importante e valorizado,<br />
essa atitude fará com que ele pense<br />
duas vezes antes de usar qualquer<br />
doença como desculpa para faltar ao<br />
trabalho.<br />
Envolva a FAMíLIA<br />
Existem vários programas de TV e<br />
revistas que dão conselhos sobre<br />
como cuidar dos filhos, da casa,<br />
dicas para ajudar os pequenos com<br />
tarefas escolares, etc. Copie algumas<br />
dessas dicas e faça uma espécie<br />
de jornalzinho com elas, enviando<br />
para a família de seus funcionários.<br />
É uma maneira simpática<br />
de envolver todos e mostrar o<br />
quanto você se importa.<br />
Ideia NA CABEça<br />
Crie um ambiente em suas reuniões que facilite o aprendizado<br />
dos participantes e, consequentemente, a geração de<br />
novas ideias:<br />
A preparação é importante. Existem reuniões rápidas, que<br />
podem ser feitas em qualquer lugar. Agora, uma reunião<br />
para ensinar algo ao seu pessoal, para demonstrar o que<br />
sua empresa irá fazer dali para frente, bem, essa deve ser<br />
preparada com cuidado. Uma pessoa não presta atenção<br />
se estiver com o calo doendo de tanto ficar em pé, ou se<br />
quiser que aquilo termine logo para correr para outro compromisso.<br />
Reserve tempo suficiente para esse tipo de encontro,<br />
peça para que todos mantenham a agenda livre de<br />
compromissos importantes nesse dia e tenha certeza de<br />
que todos os participantes ficarão bem acomodados.<br />
Use linguagens diferentes. As pessoas<br />
aprendem melhor se puderem<br />
ver, escutar e pensar sobre a questão.<br />
Então, além do audiovisual, pense<br />
em fazer algo interativo. Se a ideia<br />
não tiver nada de sólido para ser demonstrado<br />
(se for um novo produto),<br />
faça um exercício, pedindo para que<br />
todos ponham no papel o que acharam<br />
daquilo.<br />
Seja claro e objetivo. Nada de colocar<br />
infindáveis gráficos de pizza, cinco<br />
ou seis fontes diferentes na apresentação<br />
multimídia, nem falar difícil.<br />
Respeite sua audiência. Seja claro.<br />
Delegue<br />
RESpONSABILIDADE<br />
Poucas coisas incentivam mais um<br />
funcionário do que participar de<br />
algo que exija responsabilidade e<br />
tenha grande visibilidade. Algumas<br />
dicas:<br />
1) Faça com que os funcionários<br />
de mais destaque trabalhem com<br />
você em um projeto altamente desafiador.<br />
2) Caso sua equipe tenha um resultado<br />
muito bom, mande dois ou<br />
três membros apresentarem esses<br />
números na reunião da diretoria ou<br />
ao presidente.<br />
3) Permita que os melhores membros<br />
da sua equipe escolham em<br />
quais projetos ou clientes eles querem<br />
focar.<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 15
Entrevista / Da Redação /<br />
DIVULGAÇÃO<br />
16<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
O cliente<br />
em PRIMEIRO<br />
LUGAR<br />
Entenda por que a Toyota tem um<br />
programa de pós-<strong>venda</strong> tão bem<br />
avaliado e inspire-se na forma<br />
como a fabricante japonesa conduz<br />
suas ações de atendimento ao<br />
cliente para melhorar o processo de<br />
pós-<strong>venda</strong> em sua empresa<br />
Um levantamento<br />
da consultoria<br />
Jato Dynamics revelou<br />
que, depois<br />
de se manter como<br />
o quarto maior<br />
mercado do mundo<br />
em <strong>venda</strong>s de<br />
automóveis entre<br />
2013 e 2014, o Brasil<br />
deve cair para<br />
o oitavo lugar até<br />
o final deste ano.<br />
Em julho deste ano, a PESquisa<br />
Customer Service Index, realizada pela<br />
consultoria J.D. Power do Brasil, revelou<br />
que dentre 13 fabricantes de veículos<br />
que atuam no país, a Toyota é a que<br />
tem os clientes mais satisfeitos com seu serviço de<br />
pós-<strong>venda</strong>. Em uma escala de possíveis mil pontos,<br />
a montadora japonesa conquistou 789 (49 a mais do<br />
que a segunda colocada no ranking, a Hyundai).<br />
Em um mercado que sofre com a crise econômica<br />
que o país enfrenta, ter a satisfação<br />
dos clientes pode ser um diferencial.<br />
Sabendo disso e buscando<br />
entender quais são as principais<br />
características do programa de pós-<br />
-<strong>venda</strong> da Toyota no Brasil (que<br />
foi, ainda, a empresa mais citada<br />
como exemplo de pós-<strong>venda</strong> na<br />
pesquisa realizada pela <strong>VendaMais</strong>),<br />
conversamos com Frank Peter<br />
Gundlach, diretor do departamento no país.<br />
Nas páginas a seguir, Gundlach revela sua visão<br />
sobre pós-<strong>venda</strong>, analisa os motivos que fazem o pós-<br />
-<strong>venda</strong> da Toyota ser tão bem avaliado e, apresentan-<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 17
do os principais destaques do programa<br />
da fabricante japonesa,<br />
reúne excelentes dicas para você<br />
que quer aprimorar a forma como<br />
sua empresa conduz o pós-<strong>venda</strong>.<br />
Acompanhe e inspire-se!<br />
<strong>VendaMais</strong> – Como você define<br />
um pós-<strong>venda</strong> de sucesso?<br />
Frank Peter Gundlach – Um pós-<br />
-<strong>venda</strong> de sucesso é aquele em que<br />
o cliente é realmente colocado em<br />
primeiro lugar. O que comprova se<br />
teorias de pós-<strong>venda</strong> são mesmo<br />
praticadas é a expressão dos clientes<br />
ao usufruírem dos produtos/<br />
serviços de uma determinada marca.<br />
No nosso caso, é notável o sorriso<br />
no rosto de nossos clientes,<br />
algo que buscamos com imensa<br />
dedicação diariamente. Além disso,<br />
as pesquisas de satisfação atestam<br />
o que nós já sabíamos: nosso<br />
programa de pós-<strong>venda</strong> gera satisfação<br />
nos clientes. E cliente satisfeito<br />
é cliente promotor de marca!<br />
Quais são as grandes vantagens<br />
de criar um programa consistente<br />
de pós-<strong>venda</strong>?<br />
Além da satisfação dos clientes e<br />
do aumento no número de clientes<br />
promotores, vantagens já citadas<br />
anteriormente, um bom<br />
serviço de pós-<strong>venda</strong> é, também,<br />
a demonstração da força da marca<br />
em manter a sustentabilidade<br />
de seus negócios. No caso do setor<br />
automotivo, o pós-<strong>venda</strong> ajuda os<br />
clientes a desfrutarem de seus<br />
veículos ao máximo, entregando<br />
prazer e conforto no dia a dia de<br />
sua mobilidade, gerando um ciclo<br />
virtuoso que ajuda a manter esses<br />
clientes fiéis às marcas.<br />
Recentemente, realizamos a<br />
maior pesquisa sobre pós-<strong>venda</strong><br />
já feita no Brasil. Muitos dos<br />
mais de 500 participantes da<br />
nossa pesquisa disseram que<br />
não investem mais em pós-<strong>venda</strong><br />
porque percebem que os<br />
clientes não gostam desse tipo<br />
de contato. Como contornar esse<br />
tipo de objeção e fazer o pós-<br />
-<strong>venda</strong> trazer resultados positivos<br />
tanto para a empresa<br />
quanto para o cliente?<br />
Para o pós-<strong>venda</strong> ser uma solução,<br />
é preciso oferecer serviços com qualidade,<br />
precisão e dedicação. Esses<br />
18<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
são os três pilares que formam o<br />
programa de pós-<strong>venda</strong> da Toyota<br />
do Brasil. Com isso, é possível conquistar<br />
a confiança dos consumidores<br />
e, uma vez que a confiança é<br />
estabelecida, o nível de satisfação<br />
também aumenta, alimentando<br />
novamente o ciclo virtuoso que<br />
reflete de forma direta no processo<br />
de recompra. Levando tudo isso em<br />
consideração, é possível dizer que<br />
o pós-<strong>venda</strong> se torna uma ferramenta<br />
indispensável e fundamental<br />
para a empresa cumprir com o<br />
plano de crescimento sustentável.<br />
Como um pós-<strong>venda</strong> bem feito<br />
contribui para minimizar os efeitos<br />
da crise?<br />
Acredito que o valor agregado de<br />
qualidade do produto + qualidade<br />
do serviço oferecido pela marca<br />
reflete, no longo prazo, no lucro<br />
que poderá ser reinvestido no<br />
desenvolvimento de produtos e<br />
serviços ainda melhores. Um ciclo<br />
altamente sustentável que trabalha<br />
em prol da perpetuação de<br />
uma excelente reputação da marca<br />
no mercado global.<br />
A Toyota foi a empresa mais<br />
citada como a maior referência<br />
em pós-<strong>venda</strong> no Brasil na pesquisa<br />
que realizamos sobre o<br />
tema. A que você credita esse<br />
reconhecimento?<br />
Desde a fundação da Toyota, o<br />
pensamento no qual está baseado<br />
nosso pós-<strong>venda</strong> é oferecer serviços<br />
de qualidade para veículos<br />
cada vez melhores. Com isso, nos<br />
aproximamos do nosso princípio-<br />
-mor de ser: satisfazer plenamente<br />
os nossos clientes e, passo a<br />
passo, deter sua total confiança,<br />
a fim de torná-lo um fã da marca<br />
Toyota, e não apenas um cliente<br />
fiel. Essa ideologia cativa os consumidores<br />
e envolve os profissionais<br />
que trabalham para promovê-la,<br />
o que é essencial para o<br />
programa de pós-<strong>venda</strong> ser reconhecido.<br />
No entanto, não é só<br />
isso. A forma como o pós-<strong>venda</strong><br />
é conduzido na Toyota do Brasil<br />
com certeza é o que faz a maior<br />
diferença.<br />
As ETAPAS DO PROGRAMA DE<br />
pós-<strong>venda</strong> da Toyota do Brasil<br />
O processo de pós-<strong>venda</strong> da Toyota está alicerçado no conceito “Cliente em primeiro lugar”,<br />
um verdadeiro guia para a empresa. Dentro dessa premissa, a companhia definiu uma filosofia<br />
do serviço de pós-<strong>venda</strong> que é resumida pela seguinte fórmula: PRECISÃO + DEDICAÇÃO =<br />
CONFIANÇA.<br />
Nesse sentido, do ponto de vista do cliente, para o serviço de pós-<strong>venda</strong> da Toyota gerar<br />
confiança ele precisa ser capaz de:<br />
Em termos de precisão: Fazer o diagnóstico dos problemas com precisão, realizar as revisões<br />
e os reparos e cumprir as promessas de tempo de entrega e valor de serviço.<br />
Em termos de dedicação: Oferecer ambientes agradáveis e acolhedores, comprometer-se<br />
com a solução do problema do cliente e dar-lhe uma hospitalidade que exceda suas expectativas.<br />
Para cada um desses pilares, a Toyota define uma série de regras que orientam o trabalho<br />
dos profissionais de pós-<strong>venda</strong>. O diagnóstico preciso, por exemplo, está dividido em três pilares:<br />
Confirmação detalhada da solicitação do cliente.<br />
Inigualável capacidade de diagnóstico.<br />
Disponibilidade de ferramentas de diagnóstico.<br />
“É preciso ter em mente que o foco<br />
DEVE SER a SATISFAção DO CLIENTE,<br />
não APENAS o RETORNO FINANCEIRO<br />
que as ações de pós-<strong>venda</strong> trarão.<br />
BUSCANDO OFERECER o MELHOR a ELE<br />
em PRODUTOS e SERVIços, o RETORNO EM<br />
TERMOS DE LUCRO SERá CONSEQUêNCIA.”<br />
Em cima desses pilares, os colaboradores recebem, ainda, orientações sobre o que devem<br />
fazer. Estas são as quatro ações que devem ser seguidas para garantir que a solicitação do<br />
cliente seja assimilada:<br />
1. Ouvir atentamente e com precisão as solicitações do cliente.<br />
2. Averiguar no veículo os problemas informados pelo cliente.<br />
3. Identificar corretamente as causas dos problemas.<br />
4. Anotar detalhadamente, na ordem do serviço, os problemas do veículo, as condições em<br />
que ocorrem e suas causas.<br />
Com o apoio dessas informações (e de todas as outras que detalham o restante do processo<br />
de pós-<strong>venda</strong>), os consultores de serviço da Toyota conseguem prestar um atendimento<br />
muito mais preciso, eficiente e eficaz aos clientes.<br />
Além disso, o compromisso durante o processo de atendimento e resolução no pós-<strong>venda</strong><br />
da Toyota também está ligado a um dos principais atributos que tornaram a marca referência<br />
mundial na produção de veículos: a qualidade. Para chegar nesse ponto, o pós-<strong>venda</strong> da Toyota<br />
adota uma linha de precisão e dedicação na realização das tarefas, que fundamenta e padroniza<br />
detalhadamente todo o processo, desde a recepção do cliente até a entrega do veículo.<br />
A lição que fica é: entender a visão dos clientes sobre a empresa, definir a “fórmula” que<br />
vai orientar seu atendimento/pós-<strong>venda</strong> e criar um passo-a-passo de ações para cada necessidade<br />
que um cliente apresentar é essencial para fazer seu pós-<strong>venda</strong> funcionar. Crie seu<br />
manual de pós-<strong>venda</strong>, treine sua equipe e colha os resultados!<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 19
“Um bom serviço de pós-<strong>venda</strong><br />
é, TAMBÉM, a DEMONSTRAção DA<br />
FORça DA marca em MANTER a<br />
SUSTENTABILIDADE DE SEUS NEGócios.”<br />
Quais são os principais indicadores<br />
que a Toyota considera<br />
no pós-<strong>venda</strong>?<br />
Consideramos especialmente dois<br />
indicadores: nível de satisfação no<br />
atendimento e resolução dos problemas<br />
apresentados pelos clientes.<br />
Para isso, a Toyota mantém,<br />
dentro de suas concessionárias,<br />
uma pesquisa qualitativa que<br />
aponta os principais índices –<br />
tanto para melhoria quanto para<br />
constatação do nível dos serviços<br />
prestados. Esta pesquisa é de extrema<br />
importância para a empresa,<br />
pois ela norteia os processos<br />
de kaizen (melhoria contínua),<br />
dando voz às necessidades de<br />
seus clientes.<br />
Por meio da opinião de nossos<br />
consumidores, fomos capazes de<br />
implementar a melhor sistemática<br />
na oferta de serviços e, mesmo<br />
tendo alcançado uma performance<br />
plenamente satisfatória até aqui,<br />
estamos buscando, por meio desse<br />
sistema, chegar a um caminho de<br />
excelência na oferta de serviços de<br />
pós-<strong>venda</strong>.<br />
Qual é o perfil das pessoas que<br />
estão em contato direto com os<br />
clientes no pós-<strong>venda</strong>?<br />
Primeiramente, o consultor de serviços<br />
de pós-<strong>venda</strong> da Toyota precisa<br />
entender que ele é a “cara” da<br />
empresa, justamente por ter mais<br />
contato direto com o cliente do que<br />
qualquer outro profissional da nossa<br />
equipe. Por isso, também é possível<br />
dizer que a chave do sucesso<br />
da companhia está nas mãos desse<br />
time.<br />
Como os profissionais de pós-<br />
-<strong>venda</strong> passam por treinamentos<br />
e qualificações constantes, oferecidos<br />
pelos programas da Toyota<br />
do Brasil, eles detêm uma capacidade<br />
de compreender os anseios<br />
do cliente de forma precisa e atenta.<br />
Além disso, ao incorporar os<br />
valores fundamentais do serviço<br />
de pós-<strong>venda</strong> da Toyota, são capazes<br />
de promover ações que geram<br />
serviços com precisão e dedicação,<br />
premissas que trabalham em conjunto<br />
para conquistar a confiança<br />
dos clientes.<br />
Quais são os valores que orientam<br />
o programa de pós-<strong>venda</strong><br />
da Toyota?<br />
No caso da Toyota, existe um sistema<br />
de valores que são diferenciais<br />
tanto na oferta de produtos<br />
quanto nos serviços. Na base desses<br />
valores, sempre em primeiro<br />
lugar, está o cliente. Dentro desse<br />
sistema de valores estão os princípios<br />
orientadores da fabricante,<br />
como o Toyota Way*. Nele, a filosofia<br />
de serviços de pós-<strong>venda</strong> re-<br />
flete a forma de pensar para satisfazer<br />
as necessidades do cliente<br />
em todas as etapas do processo.<br />
*O que é o<br />
TOYOTA Way?<br />
Entre 1948 e 1975, o engenheiro<br />
Taiichi Ohno desenvolveu o Sistema<br />
Toyota de Produção, guia que desde<br />
então orienta as ações da companhia<br />
e que tem o objetivo de<br />
aumentar a produtividade e a eficiência,<br />
evitando desperdícios (como<br />
tempo de espera, superprodução,<br />
gargalos de transporte e assim<br />
por diante). O Toyota Way apresenta<br />
os princípios subjacentes desse<br />
sistema. São eles:<br />
Melhora contínua (visão de longo<br />
prazo e “vá e veja” – orientação<br />
que sugere que se chegue<br />
até a fonte para encontrar os<br />
fatos e tomar decisões corretas).<br />
Respeito às pessoas (confiança<br />
mútua e trabalho em equipe).<br />
Quais são suas principais dicas<br />
para quem quer melhorar suas<br />
estratégias de pós-<strong>venda</strong>?<br />
É preciso ter em mente que o foco<br />
deve ser a satisfação do cliente, não<br />
apenas o retorno financeiro que as<br />
ações de pós-<strong>venda</strong> trarão. Buscando<br />
oferecer o melhor a ele em produtos<br />
e serviços, o retorno em termos<br />
de lucro será consequência.<br />
Livro: O modelo Toyota<br />
– 14 princípios de gestão<br />
do maior fabricante<br />
do mundo<br />
Autor: Jeffrey K. Liker<br />
Editora: Bookman<br />
Colaboraram nesta matéria: João Guilherme<br />
Brotto e Natasha Schiebel<br />
20<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 21
Super-pós-vendedOR / Da Redação /<br />
DIVULGAÇÃO<br />
Clientes<br />
satisfeitos<br />
e mais <strong>venda</strong>s:<br />
o resultado de<br />
cuidar bem do<br />
pós-<strong>venda</strong><br />
Pierre Xavier ENTENDEU QUE o pós-vENDA<br />
AJUDA não APENAS a MANTER UM BOM<br />
RELACIONAMENTO COM OS CLIENTES COMO<br />
TAMBém PROPORCIONA a GERAÇão de<br />
novas OPORTUNIDADES de NEGóCIOS e,<br />
por ISSO, DECIDIU CUIDAR MELHOR DESSA<br />
IMPORTANTE ETAPA DA vENDA. COMO<br />
RESULTADO, CONQUISTOU AMIGOS, vENDEU<br />
MAIS e SE TORNOU UM “SUPER-pósvENDEDOR”.<br />
CONHEÇA ESSA HISTóRIA e<br />
INSPIRE-se NELA PARA MELHORAR SEU<br />
pós-vENDA e vENDER MAIS!<br />
“Venda é<br />
relacionamento.<br />
Relacionamento é<br />
confiança! Se o seu<br />
cliente não pode<br />
confiar em você, de<br />
que adianta vender?”<br />
22<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 23
Como você já SABE, a BASE DESTA<br />
edição especial da <strong>VendaMais</strong> sobre<br />
pós-<strong>venda</strong> é a maior pesquisa já<br />
feita sobre o tema no Brasil. Entrevistamos<br />
mais de 500 profissionais<br />
de <strong>venda</strong>s do país para entender<br />
como as empresas brasileiras conduzem<br />
seus processos de pós-<strong>venda</strong><br />
e, com base nas informações coletadas,<br />
produzimos um verdadeiro<br />
guia sobre o “último” passo da <strong>venda</strong><br />
– que é a revista que você está lendo agora. Abrimos<br />
esta reportagem destacando uma das descobertas<br />
que fizemos analisando os dados da pesquisa:<br />
grande parte das empresas não realiza o pós-<strong>venda</strong><br />
de maneira estruturada, com metas e processos claros,<br />
que asseguram resultados efetivos.<br />
Ou seja, muitas organizações estão negligenciando<br />
uma importante etapa do processo de <strong>venda</strong>s que, além<br />
de fortalecer o relacionamento com os clientes, pode<br />
gerar mais oportunidades de negócios a partir da indicação<br />
dos consumidores satisfeitos e da continuidade<br />
no relacionamento com esses mesmos clientes.<br />
Mas esse não é o caso de Pierre Xavier, profissional de <strong>venda</strong>s que<br />
podemos chamar de “super-pós-vendedor”. Nas próximas páginas,<br />
você entende por que ele merece esse “título” e descobre quais são as<br />
lições que ele tem a ensinar para quem também deseja conquistar excelentes<br />
resultados fazendo um bom pós-<strong>venda</strong>!<br />
O REALIzADOR DE SONhos<br />
Xavier tinha apenas 12 anos quando se apaixonou pela profissão que<br />
ia seguir na idade adulta. Quando era adolescente, ele vendia jornais<br />
e, também, esquadrias de madeira. Só que como quase toda boa história,<br />
o sucesso não surgiu de cara e, no meio do caminho, ele teve que<br />
fazer uma “alteração de rota”. Suas escolhas acabaram levando-o para<br />
a área de recursos humanos. Foram nove anos dedicados ao RH, mas<br />
sempre sonhando em voltar a vender.<br />
Mas desde 2013, ele retornou ao caminho desejado e atua como<br />
corretor imobiliário autônomo nas cidades de Canoas e Porto Alegre<br />
(ambas no Rio Grande do Sul), além de nas demais cidades da região<br />
metropolitana da capital gaúcha, e não podia estar mais feliz! “Gosto<br />
de ver o sorriso no rosto dos meus clientes depois de assinarem seu<br />
contrato de compra de imóvel. Mexer com o íntimo das pessoas me<br />
fascina, saber que fiz parte da realização de um sonho é algo engrandecedor<br />
para mim”, conta.<br />
Aliás, foi essa vontade de ver os clientes felizes que o fez enxergar<br />
a etapa de pós-<strong>venda</strong> como uma oportunidade de estender a<br />
felicidade para além do ato da compra. Ele explica que quando começou<br />
na área imobiliária, verificou que, em geral, o cliente assina<br />
seu contrato e, depois, nunca mais vê o corretor. “Partindo do princípio<br />
de que os clientes ficam ‘órfãos’ de um corretor após a compra,<br />
A alegria dos clientes é a principal preocupação de Xavier, que sabe da importância de se fazer presente e, por<br />
isso, nunca deixa um contato esfriar depois da primeira <strong>venda</strong><br />
considerei que o melhor a fazer era manter-me<br />
presente – sempre com distanciamento adequado,<br />
para não ser inconveniente, é claro! Desde então,<br />
só venho colhendo bons frutos! Os clientes me<br />
indicam aos seus amigos e familiares o tempo todo”,<br />
destaca o vendedor.<br />
DISCIpLINA e ORganização: AS chAVES<br />
pARA um pós-VENDA EFETIVO<br />
Falta de tempo. Essa é a justificativa (ou seria desculpa?)<br />
número um dos vendedores para não realizar<br />
o pós-<strong>venda</strong> – ou para não executá-lo da maneira<br />
como deveriam. Xavier diz que essa também era uma<br />
de suas principais dificuldades no início da carreira<br />
como vendedor. Para superá-la, ele passou a enxergar<br />
o pós-<strong>venda</strong> não como uma etapa separada, mas,<br />
sim, como mais um processo que faz parte da <strong>venda</strong>.<br />
Para isso, passou a planejar a realização de tarefas<br />
dessa fase da mesma forma como organizava os contatos<br />
com os clientes para prospecção, por exemplo.<br />
“Por ter o pós-<strong>venda</strong> como algo inerente à <strong>venda</strong>, criei<br />
um fluxo para realizar contato com meus clientes de<br />
maneira constante. Sempre quando vou a uma obra,<br />
aproveito para tirar fotos, fazer vídeos e mostrar seu<br />
avanço. Envio regularmente informações sobre o<br />
mercado, dicas de decoração, faço contato em seus<br />
aniversários e, dependendo da intimidade que criamos,<br />
parabenizo até aniversários de casamento”, conta.<br />
24<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
"Partindo do princípio de que os clientes ficam ‘órfãos’ de um corretor após a compra,<br />
considerei que o melhor a fazer era manter-me presente – sempre com distanciamento<br />
adequado, para não ser inconveniente, é claro! Desde então, só venho colhendo bons<br />
frutos! Os clientes me indicam aos seus amigos e familiares o tempo todo.” (Pierre Xavier)<br />
"Quer dobrar seu faturamento? Dobre o tempo que você passa com seu cliente. Ouça-o! Acredito<br />
que, daqui para frente, as empresas e os profissionais que se destacarão serão aqueles que se<br />
dedicam a ouvir mais seus clientes.” (Pierre Xavier)<br />
Mas fazer isso nem sempre é fácil. Ele ressalta que a rotina de corretor<br />
de imóveis é bastante corrida e, às vezes, fica difícil se organizar. Por<br />
isso, é preciso disciplina para cumprir as tarefas e organização para encontrar<br />
tempo suficiente para fazer tudo o que é preciso para garantir a<br />
satisfação do cliente e, consequentemente, melhores resultados em <strong>venda</strong>s.<br />
Para isso, ele conta que procura dividir seu tempo da maneira mais<br />
coerente possível, dando ênfase ao que é realmente necessário, importante<br />
e urgente. “Até tive uma conversa com Raul Candeloro sobre<br />
isso. Perguntei-lhe o que ele achava da ‘infoxicação’, é muita informação<br />
o tempo todo, e isso também pode ser perturbador. Ele comentou<br />
que também divide seu dia, tem hora para se ‘infoxicar’ e hora para se<br />
‘desinfoxicar’. Outra dica que ele me deu foi filtrar muito bem os conteúdos<br />
que realmente interessam. Dessa forma, sobra mais tempo<br />
para fazer pós-<strong>venda</strong>”, aponta.<br />
Dicas práticas:<br />
Para se manter vivo na memória de seu público, envie sempre<br />
informações sobre o produto ou serviço que ele adquiriu.<br />
Trabalhe conteúdos relacionados ao negócio do cliente e dados<br />
do mercado que podem ser úteis para ele. Mostre que<br />
você não se esqueceu dele e que está interessado em sua satisfação<br />
máxima.<br />
Coloque o pós-<strong>venda</strong> como uma de suas tarefas prioritárias durante<br />
a semana. Estipule uma determinada quantidade de horas<br />
para se dedicar às ações de pós-<strong>venda</strong> – seja escrevendo um e-<br />
-mail, fazendo ligações ou visitas aos clientes.<br />
<strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong> que gERA NEgÓCIOS e AMIgos<br />
Você já imaginou ter um relacionamento tão bom<br />
com seu cliente durante e após a <strong>venda</strong> que ele até<br />
acaba se tornando seu amigo? Na rotina de Xavier<br />
isso é comum. Segundo ele, tudo começa com a valorização<br />
do relacionamento em todas as fases do<br />
processo de <strong>venda</strong> – e passa, claro, pelo fato de ele<br />
efetivamente realizar o pós-<strong>venda</strong>.<br />
Para o corretor, esse pensamento de que a <strong>venda</strong><br />
acaba no fechamento não é bom para ninguém – é<br />
ruim para o vendedor, que pode perder um cliente<br />
e também a oportunidade de ser indicado por ele,<br />
e para o consumidor, que fica desamparado depois<br />
da compra.<br />
Ele relata que muitos profissionais não dão continuidade<br />
ao relacionamento com o cliente porque<br />
sentem medo do que ouvirão dos consumidores,<br />
pensam que eles irão enchê-los de perguntas e demonstrarão<br />
insatisfação com o que compraram. Segundo<br />
nosso super-pós-vendedor, isso é comum no<br />
mercado imobiliário. “Muitos ‘pseudocorretores’<br />
vendem aos seus clientes o sonho da valorização de<br />
100% do imóvel em até um ano e isso não acontece,<br />
salvo raras exceções. Em razão disso, eles vendem<br />
uma vez só para aquele cliente e, depois, fogem dele<br />
a todo custo. Mas <strong>venda</strong> é relacionamento. Relacionamento<br />
é confiança! Se o seu cliente não pode confiar<br />
em você, de que adianta vender?”, questiona.<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 25
Para Xavier, ver clientes se transformarem em amigos é quase natural...<br />
... E as novas amizades rendem boas <strong>venda</strong>s!<br />
Para mostrar a importância da valorização do relacionamento e<br />
do respeito ao consumidor, ele conta o caso de quando marcou uma<br />
visita a um empreendimento e o prospect lhe perguntou se Xavier<br />
achava uma boa ideia que ele levasse o pai junto para conhecer o<br />
empreendimento e analisar a proposta. “Minha resposta foi óbvia:<br />
‘Mas é claro! Faço questão que traga seu pai, pois percebi que você<br />
confia muito na opinião dele. Concordo com você e acredito que a<br />
presença dele é muito importante!’”, relembra Xavier.<br />
Ele relata que o pai do prospect foi junto, ele apresentou o projeto<br />
para os dois, eles conversaram bastante e viram que tinham muitas<br />
coisas em comum. Fecharam o contrato no mesmo dia, mas<br />
continuaram a se falar depois. Resultado? Além daquela <strong>venda</strong>,<br />
Xavier ganhou dois grandes amigos. Pouco mais de um mês depois,<br />
recebeu até o convite para participar da formatura do cliente, além<br />
do seguinte depoimento: “Cara, sabe o que diferencia os profissionais?<br />
Sua capacidade de entrega. Se todos nós fizéssemos o arroz<br />
com feijão, teríamos profissionais apenas arroz com feijão. Mas devido<br />
a profissionais como você, que têm uma capacidade de entrega<br />
e resposta estupenda, o meu sonho, assim como o de muitos outros,<br />
está se realizando.”<br />
Incrível, não é mesmo? Com certeza, quando alguém pedir a<br />
indicação de um corretor para esse cliente de Xavier, ele não vai<br />
pensar duas vezes em indicá-lo, certo?<br />
O segredo para esse bom relacionamento com os clientes, segundo<br />
o vendedor, é ter o compromisso de realizar um ótimo negócio<br />
para cada um de seus consumidores. Não apenas fechar <strong>venda</strong>s, mas<br />
fazer clientes para toda a vida. “Com diretrizes como essas, você<br />
sempre atua com zelo, dedicação e responsabilidade. É a <strong>venda</strong> de<br />
hoje garantindo o resultado do amanhã!”, analisa.<br />
Dica prática:<br />
Leve em consideração, no relacionamento<br />
com o cliente, as pessoas que ele considera<br />
importantes. Pode ser o pai, a esposa, o<br />
marido, os filhos. Indiretamente, essas pessoas<br />
também são suas clientes. Esteja em<br />
contato e cuide do relacionamento com elas<br />
também.<br />
Exemplos: O cliente levou a esposa para a<br />
reunião? Não a deixe de fora da negociação.<br />
Inclua-a na conversa.<br />
A cliente disse que precisa sair cedo para<br />
pegar os filhos na escola? Pergunte sobre<br />
as crianças, compartilhe suas experiências<br />
com seus próprios filhos ou sobrinhos. Isso<br />
fará com que vocês se conectem de maneira<br />
mais sólida e ajudará a aumentar a confiança<br />
que o cliente tem em você. Assim, ficará<br />
muito mais fácil vender para ele.<br />
DICAS DE um super-pós-VENDEDOR pARA<br />
REALIzar um pós-VENDA EFICIENTE<br />
Para que você também possa fazer clientes para a<br />
vida toda, Xavier conta algumas dicas que irão lhe<br />
ajudar a gerar mais negócios e clientes amigos:<br />
26<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
1)<br />
Estabeleça uma FREquêNCIA DE CONTATO.<br />
Muitos vendedores não fazem pós-<strong>venda</strong> com medo de o consumidor<br />
não gostar da abordagem. Mas essa é uma visão totalmente<br />
equivocada. Xavier defende que, se feito de forma correta, esse<br />
contato após o fechamento é crucial para garantir a verdadeira satisfação<br />
do cliente. Você pode começar de leve e aumentar a frequência<br />
de contato, de acordo com a abertura do cliente. “Entro em contato com<br />
os clientes em média duas vezes por mês. Porém, em alguns casos,<br />
viramos tão amigos que nos falamos toda semana!”, conta.<br />
2)<br />
uTILIze a TECNOLOgia pARA ESTAR próxIMO<br />
do SEu CLIENTE.<br />
Nada como usar a tecnologia para tornar o processo de <strong>venda</strong>s<br />
mais dinâmico e estar sempre próximo do cliente. Xavier destaca como<br />
suas ferramentas favoritas para o pós-<strong>venda</strong> o WhatsApp e o e-mail.<br />
“O WhatsApp permite um contato imediato com o cliente. Dá para<br />
enviar fotos, vídeos, passar seu sentimento e o cliente verá naquele<br />
momento! Essa ferramenta lhe aproxima do seu público de uma maneira<br />
fantástica. Entretanto, é importante utilizar com prudência para<br />
não ser considerado chato”, recomenda.<br />
3)<br />
Faça-se pRESENTE NO DIA a DIA DO CLIENTE.<br />
Xavier garante que estar presente no dia a dia do cliente é muito<br />
importante para o relacionamento. Ele conta que, muitas<br />
vezes, liga para os consumidores apenas para desejar-lhes um bom dia<br />
ou uma boa semana de negócios. “Na primeira ligação, o cliente não<br />
entende nada, porque não é habitual, quase ninguém faz isso. Acredito<br />
que um simples gesto como esse pode mudar a semana dele e você<br />
fica ativo em sua mente. Isso pode até fugir um pouco do pós-<strong>venda</strong><br />
propriamente dito e entrar na área de relacionamento, mas, a meu ver,<br />
uma coisa complementa a outra”, salienta.<br />
4)<br />
Não TENha VERgONha DE pEDIR INDICAção.<br />
Muitas vezes, tudo de que você precisa para que o cliente lhe<br />
indique é pedir isso a ele. Xavier frisa que toda e qualquer oportunidade<br />
de <strong>venda</strong> é valiosíssima e que o pós-<strong>venda</strong> em si traz muitas<br />
chances de negócios. “O segredo é manter-se vivo na mente do cliente<br />
para que você vire referência para quando ele quiser comprar novamente<br />
ou recomendar você. Se você tem um bom relacionamento com<br />
o cliente durante e após a <strong>venda</strong>, ele vai lhe indicar para amigos, familiares<br />
e colegas de serviço. Sempre digo aos meus clientes: ‘Quero<br />
que, quando alguém lhe perguntar se você conhece um corretor de<br />
confiança, você diga: SIM, o Pierre é o MEU CORRETOR DE IMÓVEIS,<br />
ele ajudou a realizar meu sonho, está aqui o telefone dele, ligue agora!<br />
Tenho certeza de que estará em boas mãos!’”, aponta.<br />
5)<br />
ESTEJA DISpOSTO a ouVIR SEu CLIENTE – ANTES,<br />
duRANTE e DEpOIS DA VENDA.<br />
Como Xavier bem lembra, pesquisas comprovam que é muito<br />
mais caro buscar novos clientes no mercado do que manter os atuais<br />
ativos. E, além disso, é mais caro ainda resgatar um cliente que foi<br />
abandonado. O corretor destaca, também, que os mesmos estudos demonstram<br />
que o faturamento das empresa é proporcional<br />
ao tempo dedicado aos atuais clientes. Com<br />
base nisso, Xavier aconselha: “Quer dobrar seu faturamento?<br />
Dobre o tempo que você passa com seu<br />
cliente. Ouça-o! Acredito que, daqui para frente, as<br />
empresas e os profissionais que se destacarão serão<br />
aqueles que se dedicam a ouvir mais seus clientes.”<br />
“O segredo é manter-se vivo na mente do<br />
cliente para que você vire referência para<br />
quando ele quiser comprar novamente ou<br />
recomendar você. Se você tem um bom<br />
relacionamento com o cliente durante e após<br />
a <strong>venda</strong>, ele vai lhe indicar para amigos,<br />
familiares e colegas de serviço.”<br />
Por último, ele recomenda, ainda, estas quatro<br />
ações essenciais para quem quer ser um super-pós-<br />
-vendedor:<br />
1. Faça contato regular com seu cliente, mantenha-<br />
-se vivo na memória dele.<br />
2. Ouça-o genuinamente, entenda sua dor, leve isso<br />
como tarefa de casa para dentro da sua empresa.<br />
3. Errou? Admita seu erro e corrija-o. Você terá a<br />
confiança do seu cliente resgatada.<br />
4. Seja mais do que um vendedor, seja referência<br />
para o seu cliente, todo mundo gosta de comprar,<br />
mas poucos gostam que um vendedor tente forçar<br />
a <strong>venda</strong>.<br />
Quer ser um super-pós-vendedor também? Leia<br />
com atenção toda esta edição da <strong>VendaMais</strong>, siga<br />
os conselhos de Xavier e de todos os outros personagens<br />
e colunistas da revista e, depois, comemore<br />
os bons resultados!<br />
Colaborou nesta matéria: Francine Pereira<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 27
Liderança<br />
J.B. Vilhena<br />
Como fazer sua<br />
equipe se engajar<br />
no pós-<strong>venda</strong><br />
Nesta edição ESpECIAL SOBRE pós-VENDA, ME LEMBREI DE uma<br />
frase proferida pelo meu amigo Carlos Alecrim (excelente profissional<br />
e competente professor): “Na verdade, o pós-<strong>venda</strong> é a preparação<br />
da próxima <strong>venda</strong>.” A partir dessa lembrança, comecei a me perguntar:<br />
por que muitos gestores comerciais não estimulam suas equipes<br />
a implementar essa ação?<br />
A indagação me levou a compartilhar a dúvida com os alunos do<br />
MBA em Gestão Comercial da FGV em Rio Verde (GO). Depois de um<br />
estimulante exercício de design thinking (uma metodologia de treinamento<br />
muito útil), concluímos que as principais causas são:<br />
Medo de um possível aumento<br />
de custos.<br />
Excesso de confiança na<br />
qualidade dos produtos e<br />
serviços.<br />
Ênfase apenas no atingimento<br />
das metas de <strong>venda</strong>s.<br />
Acomodação.<br />
Falta de engajamento das<br />
equipes.<br />
28<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Inspirado nessas cinco causas,<br />
quero propor algumas formas<br />
de o gestor conseguir que<br />
sua equipe efetivamente faça o<br />
acompanhamento dos seus clientes<br />
depois que eles compraram.<br />
Em primeiro lugar, pensemos<br />
sobre a questão do aumento dos<br />
custos. Como fazer com que isso<br />
não venha a se tornar um impedimento<br />
para a implementação<br />
de uma metodologia de pós-<strong>venda</strong>?<br />
Eu diria que uma resposta<br />
óbvia é fazer com que os resultados<br />
oriundos da ação sejam<br />
maiores que o seu custo. Como?<br />
Treinando e capacitando as pessoas<br />
para, durante o pós-<strong>venda</strong>,<br />
identificar oportunidades e fechar<br />
negócios.<br />
É claro que essa fórmula não<br />
funciona para produtos de ciclo<br />
de <strong>venda</strong> longo (aqueles que o<br />
cliente leva muito tempo até decidir<br />
comprar). Nesse caso, talvez<br />
seja melhor oferecer premiações<br />
atraentes para quem conseguir<br />
precipitar a decisão do cliente.<br />
Outra alternativa é aumentar o<br />
valor da comissão de quem fizer<br />
<strong>venda</strong>s durante essa etapa do<br />
processo (a diminuição das margens<br />
seria compensada pelo aumento<br />
do volume). Quando nenhuma<br />
dessas opções for viável,<br />
temos, ainda, a hipótese de utilizar<br />
sistemas remotos (e-mails<br />
e telemarketing, por exemplo)<br />
ou mesmo terceirizar o trabalho<br />
(o que nos alivia de significativos<br />
custos fixos).<br />
Já a questão do excesso de<br />
confiança na qualidade do produto/serviço<br />
precisa ser enfrentada<br />
com um “choque de humildade”.<br />
Isso significa que precisamos<br />
estar preparados para<br />
sermos ultrapassados tecnológica<br />
ou comercialmente. Veja só o<br />
exemplo dos GPSs da Garmin e<br />
da TomTom (líderes do mercado<br />
americano e europeu, respectivamente).<br />
Ambos tornaram-se<br />
obsoletos não por causa de outro<br />
hardware, mas, sim, pela característica<br />
imbatível de compartilhamento<br />
que notabilizou o Waze<br />
(um sistema de geoposicionamento<br />
que se beneficia das informações<br />
fornecidas em tempo real<br />
pelos usuários).<br />
Gestores competentes sabem<br />
que precisam escutar o mercado<br />
ininterruptamente para não serem<br />
pegos de surpresa por produtos<br />
que o consumidor considera<br />
melhores. Isso exige um<br />
verdadeiro trabalho de “catequese”<br />
da equipe, que muitas<br />
vezes também acredita que, pelo<br />
fato de seus produtos serem<br />
bons, não é preciso acompanhar<br />
os índices de satisfação dos<br />
clientes.<br />
A questão da ênfase excessiva<br />
no atingimento de metas me<br />
faz crer que realmente há gestores<br />
comerciais que são bastante<br />
míopes (ou seja, têm aquilo que<br />
popularmente chamamos de “vista<br />
curta”). Isso porque se alguns<br />
dos principais objetivos do pós-<br />
-<strong>venda</strong> são monitorar a satisfação<br />
do cliente e identificar novas<br />
oportunidades, torna-se óbvio<br />
que uma ação desse tipo, quando<br />
corretamente implementada, ajudará<br />
a aumentar o volume vendido.<br />
Quando o vendedor é conscientizado<br />
disso, engaja-se mais<br />
facilmente nas ações de pós-<br />
-<strong>venda</strong>, pois sabe que isso significa,<br />
no final, mais dinheiro no<br />
seu bolso.<br />
Acomodação me parece ser<br />
uma das principais razões para<br />
muitos gestores não incentivarem<br />
– e cobrarem – o pós-<strong>venda</strong>.<br />
Se o gestor se acomoda, não tem<br />
jeito, a equipe fica acomodada<br />
também. Sabemos que usar a si<br />
mesmo como exemplo é uma das<br />
ferramentas mais efetivas da<br />
ação das lideranças. Gestores<br />
que ensinam seus subordinados<br />
a fazer pós-<strong>venda</strong> e são exemplo<br />
do sucesso do uso dessa ferramenta<br />
inspiram seus liderados<br />
a copiá-los.<br />
Por último – mas não menos<br />
importante –, vem a questão da<br />
falta de engajamento das equipes.<br />
Identifico várias razões para que<br />
isso aconteça:<br />
Falta de compreensão quanto<br />
à importância da ferramenta.<br />
Falta de motivação.<br />
Falta de treinamento.<br />
Falta de cobrança/supervisão.<br />
Se os nossos vendedores não<br />
compreendem a importância do<br />
pós-<strong>venda</strong>, é preciso conscientizá-<br />
-los. Campanhas informativas<br />
são uma eficaz ferramenta para<br />
tal.<br />
Se as equipes não estão motivadas,<br />
é preciso encontrar formas<br />
de estimulá-las. Recompensas<br />
financeiras e psicológicas<br />
costumam funcionar muito bem<br />
neses casos.<br />
Se nossos liderados não sabem<br />
como fazer pós-<strong>venda</strong>, precisamos<br />
treiná-los. Apresentações presenciais<br />
ou por meio de treinamentos<br />
a distância costumam apresentar<br />
excelentes resultados.<br />
Por último, não adianta que<br />
eles compreendam a importância,<br />
estejam motivados e saibam fazer<br />
corretamente o pós-<strong>venda</strong> se não<br />
forem cobrados pelos resultados.<br />
Portanto, não tem jeito. A efetividade<br />
e o resultado da ação dependerão<br />
enormemente do nível<br />
de engajamento dos gestores. Você<br />
está engajado?<br />
Agradeço aos alunos do MBA<br />
em Gestão Comercial da FGV em<br />
Rio Verde, que contribuíram –com<br />
suas opiniões e experiências – para<br />
a elaboração deste artigo.<br />
“Gestores<br />
competentes sabem<br />
que precisam<br />
escutar o mercado<br />
ininterruptamente<br />
para não serem<br />
pegos de surpresa<br />
por produtos que<br />
o consumidor<br />
considera melhores.<br />
Isso exige um<br />
verdadeiro trabalho<br />
de ‘catequese’ da<br />
equipe, que muitas<br />
vezes também<br />
acredita que,<br />
pelo fato de seus<br />
produtos serem<br />
bons, não é preciso<br />
acompanhar os<br />
índices de satisfação<br />
dos clientes.”<br />
JB Vilhena é coordenador<br />
do MBA em Gestão Comercial<br />
da FGV.<br />
E-mail: vilhena@instituto<br />
mvc.com.br<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 29
Decálogo do cLiente / Por Júlio CleBSCh e rAUl Candeloro<br />
As 10 leis do<br />
atendimento<br />
pós-<strong>venda</strong><br />
Oatendimento AO CLIENTE,<br />
para ser eficaz, exige comportamentos<br />
consistentes de cada<br />
funcionário sempre que<br />
um cliente entra em contato<br />
com a empresa que ele representa<br />
– seja lá qual for o motivo<br />
e o momento do ciclo da<br />
<strong>venda</strong>.<br />
Para melhorar a maneira<br />
como sua equipe se relaciona<br />
com as pessoas que já são clientes da sua empresa,<br />
recomendamos que você siga o que definimos<br />
como “as dez leis do atendimento pós-<strong>venda</strong>”.<br />
São elas:<br />
30<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
1<br />
O cliente NEM sempRE tem razão. Entretanto,<br />
o seu objetivo não deve ser desacreditá-lo,<br />
embaraçá-lo, irritá-lo ou desafiá-lo de<br />
maneira destrutiva. O que deve ser feito é<br />
descobrir a fonte ou a causa dessas percepções,<br />
crenças e atitudes incorretas. O próximo passo é<br />
entender se a empresa contribuiu de alguma forma<br />
para criar essa situação ou se a causa é alguma ação<br />
da concorrência e/ou do mercado.<br />
2<br />
O cliente NUNCA está completamente errado.<br />
Existe sempre algum elemento na percepção<br />
do cliente que é a verdadeira expressão<br />
da realidade por ele compreendida. Se<br />
mantivermos a mente aberta e um comportamento<br />
receptivo e neutro, um cliente insatisfeito pode nos<br />
ensinar muitas lições. Você pode, por exemplo,<br />
identificar se há um problema na comunicação, nos<br />
canais de distribuição, nas estratégias de preço, nas<br />
normas administrativas ou nos métodos de <strong>venda</strong>,<br />
se precisam de melhorias ou de mudanças radicais,<br />
e assim por diante.<br />
3<br />
O cliente merece o melhor, independentemente<br />
da hora do dia. O fato de você ter ficado<br />
trabalhando até tarde ontem à noite<br />
porque tinha que entregar o relatório mensal<br />
não deveria se tornar um problema para os seus<br />
clientes – eles não têm nada a ver com isso.<br />
4<br />
O cliente merece o melhor, independentemente<br />
da atitude do vendedor que o atende.<br />
Um vendedor está contando os dias que<br />
faltam para se aposentar, o novato reclama<br />
que o pessoal da produção não lhe dá apoio, outro<br />
está meio perdido porque é sua primeira semana<br />
de trabalho e ele ainda não conseguiu entender<br />
como todas as coisas funcionam, e tem ainda um<br />
que, sabendo que há um determinado item encalhado<br />
no estoque, começa a estimular sua saída,<br />
forçando os clientes a substituir suas compras<br />
regulares pelo item que a empresa quer girar. Essas<br />
e milhares de outras situações, quando não<br />
enfrentadas e resolvidas, acabam sendo um convite<br />
para o cliente procurar a concorrência. Não<br />
quer que isso aconteça? Lembre-se: o cliente merece<br />
o melhor, independentemente da justificativa<br />
que você dê para não entregá-lo.<br />
5<br />
Não passe o pepino para<br />
frente. Se reclamaram para<br />
você, o problema passa<br />
a ser seu. Resolva! Já aconteceu<br />
de você ligar para uma empresa<br />
e ser transferido quatro<br />
vezes antes de chegar à pessoa<br />
certa (isso quando ela está)? Ou,<br />
então, de, como cliente, escutar a<br />
famosa frase: "Isso não é comigo"?<br />
Nada agradável, não é mesmo?<br />
Não deixe que isso aconteça na<br />
sua empresa. Não fique em posição<br />
defensiva ou irritado quando<br />
um cliente lhe trouxer uma sugestão<br />
ou reclamação. Aceite o<br />
fato de que o problema realmente<br />
existe e ajude a resolvê-lo.<br />
6<br />
Funcionários também são<br />
clientes. Qualquer funcionário<br />
que faça qualquer<br />
coisa dentro da empresa<br />
está fazendo isso direta ou indiretamente<br />
em função dos clientes.<br />
Isso faz com que todos os funcionários<br />
sejam embaixadores, representantes<br />
e porta-vozes do<br />
cliente. Quando um funcionário<br />
ou departamento falha em servir<br />
internamente aos outros funcionários<br />
ou departamentos, mais<br />
cedo ou mais tarde os clientes<br />
também vão sentir na pele os<br />
resultados dessa incompetência.<br />
7<br />
Se você usar tecnologia,<br />
faça com que seja amigável.<br />
Já está começando a<br />
ficar irritante o fato de telefonar<br />
para uma empresa e falar<br />
com uma máquina insensível.<br />
Às vezes, é mais fácil ligar para<br />
o concorrente.<br />
8<br />
Diga o que você vai fazer<br />
e cumpra o que prometeu.<br />
Mantenha sua palavra, respeite<br />
as promessas feitas,<br />
honre os seus compromissos e<br />
deixe os clientes sempre a par<br />
do que está acontecendo.<br />
9<br />
Mostre interesse e atenção.<br />
As pessoas gostam de<br />
comprar de quem aprecia<br />
fazer negócios com elas.<br />
Clientes acabam gastando mais<br />
dinheiro com empresas amigáveis,<br />
que atendem seus pedidos<br />
especiais e que demonstram interesse.<br />
Uma das maneiras de<br />
mostrar esse interesse é transformando-se<br />
em um expert na<br />
sua área, para que, com um sorriso<br />
no rosto, você possa resolver<br />
imediatamente qualquer problema<br />
que surgir sem ter que ficar<br />
dez minutos com o cliente “pendurado”<br />
no telefone.<br />
10<br />
Esteja sempre um<br />
passo à frente do<br />
cliente. Para sobreviver<br />
e prosperar no cenário<br />
atual, as empresas – e todos<br />
os seus funcionários – precisam<br />
pensar sobre as necessidades e os<br />
desejos futuros dos clientes, bem<br />
como sobre os possíveis problemas<br />
e suas soluções. Se você ficar esperando<br />
que os seus clientes lhe<br />
tragam os problemas de bandeja<br />
ou que comuniquem de forma<br />
organizada e compreensível seus<br />
desejos e suas necessidades futuras,<br />
vai ser tarde demais, principalmente<br />
se a concorrência já<br />
estiver trabalhando nisso.<br />
10<br />
Se quiser saber mais sobre o Decálogo, organizar<br />
um workshop sobre o assunto na sua<br />
empresa, ou desenvolver esse tema com sua<br />
equipe, incluindo questionários, avaliações,<br />
resultados, discussões e apresentações em<br />
grupo, entre em contato pelo e-mail: eventos@<br />
editoraquantum.com.br<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 31
Carreira<br />
Marcelo Caetano<br />
Você ajuda<br />
e trabalha<br />
ou reclama<br />
e lamenta?<br />
Resolvi contar uma hISTÓRIA pARA VOCê<br />
no artigo desta edição porque ela vai me ajudar<br />
a explicar a ideia que quero transmitir...<br />
Tenho 42 anos. Faço aniversário no dia 1.º de<br />
outubro, Dia do Vendedor. Desde que deixei de<br />
trabalhar com marketing e fui para <strong>venda</strong>s, encarei<br />
isso como um sinal. Afinal, nascer nesse dia<br />
deve significar algo.<br />
Sou filho de um pai que sempre trabalhou<br />
muito, ralava mesmo. Até morou fora do Brasil<br />
por um período, em diferentes países, mas sempre<br />
se dedicou integralmente à família quando estava por perto. Quem<br />
trabalhava com ele dizia que ele era "chato" e exigente ao extremo.<br />
Minha mãe foi professora do Ensino Fundamental no interior de<br />
São Paulo. Ia para a escola de ônibus e levava algumas horas para<br />
chegar. Dava aula para a turma do 1.º ano de um lado da classe e<br />
para a turma do 2.º ano do outro lado. Isso mesmo, eram duas turmas<br />
na mesma sala. Cada uma olhando para um único quadro negro. Ela<br />
dava o melhor de si.<br />
O que quero dizer com isso é simples: cresci em uma família em<br />
que o trabalho nunca foi vergonha para ninguém! Pelo contrário: foi<br />
sempre um grande orgulho.<br />
Já adulto, em meus trabalhos como consultor, encontrei pelo caminho<br />
muitos workaholics. Alguns até passavam do ponto, trabalhavam<br />
demais e complicavam tudo: saúde, família, amizades, futuro.<br />
Viviam para trabalhar.<br />
Minha geração cresceu entre os baby boomers e a geração Y. Isso<br />
nos permitiu ver de perto essas duas realidades e mentalidades. E,<br />
claro, ajudou-nos a decidir como tirar o melhor de cada perfil. Hoje,<br />
trabalho muito, viajo bastante e tento encontrar o bom e velho equilíbrio<br />
entre vida pessoal e vida profissional.<br />
No que diz respeito ao lado profissional, tenho visto por aí algo<br />
que me incomoda muito. Pessoas pouco dispostas a fazer, mas querendo<br />
ganhar reconhecimento rapidamente. Querem ser valorizadas<br />
antes de mostrar trabalho, querem ganhar mais antes de apresentar<br />
32<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
esultados. Acreditam que instantes<br />
de talento as levarão a algum<br />
lugar. E isso definitivamente<br />
não funciona. É mito.<br />
A REALIDADE DESSES<br />
pROFISSIONAIS<br />
Essas pessoas vivem entre frustrações,<br />
divagações, questionamentos<br />
e pouco trabalho. Cansam<br />
demais, reclamam muito e fazem<br />
pouco. Penduradas em seus celulares,<br />
dizem que não têm tempo<br />
para nada – nem para ler um<br />
livro! –, mas se somassem o tempo<br />
que passam em redes sociais<br />
e no WhatsApp, logo iriam perceber<br />
que poderiam ler vários<br />
livros por mês. Quem sabe até<br />
escrever um!<br />
Não quero, aqui, fazer o papel<br />
de careta, conservador ou reacionário,<br />
nem questionar a tecnologia<br />
e sua importância em nossas<br />
vidas. Mas é preciso viver, se relacionar,<br />
ralar. Fazer acontecer.<br />
Sonia Rossi, uma das melhores<br />
profissionais de RH que já<br />
conheci, diz que se relacionar é<br />
ralar pele com pele. “O líder tem<br />
que se relacionar com sua equipe<br />
e com seus colegas de trabalho.<br />
É daí que saem as soluções”, costuma<br />
dizer. E ela tem razão!<br />
Uma hora será a sua vez de<br />
pegar o “saco”, colocar nas costas<br />
e carregá-lo. Se ele está sobre as<br />
suas costas agora, é porque é a<br />
sua vez de carregar. Faça isso, não<br />
questione, não reclame, não resmungue,<br />
nem procure alguém<br />
para passar o peso. Carregue-o,<br />
nem que seja pela crença de que<br />
algum dia alguém o carregará por<br />
você. Essa é a vida, esse é o jogo.<br />
O que OS gRANDES líDERES<br />
têm DE DIFERENTE<br />
Pela proximidade que felizmente<br />
tenho com vários presidentes<br />
de empresas, sempre me perguntam<br />
o que eles têm de diferente,<br />
o que os torna únicos. As diferenças<br />
são muitas, mas um incontestável<br />
ponto em comum é<br />
o trabalho, muito trabalho. Eles<br />
tentam, erram e acertam, buscam<br />
sempre o melhor de si e das pessoas<br />
que comandam.<br />
Não existe isso de tirar o<br />
melhor dos outros sem dar o<br />
melhor de si. As pessoas bem-<br />
-sucedidas procuram uma saída<br />
o tempo todo, enquanto os outros<br />
reclamam por demorar a<br />
encontrá-la. A verdade é uma<br />
só: assim que você encontrar<br />
uma saída, terá um novo desafio<br />
que o obrigará a começar a buscar<br />
a próxima. Assim, quem sabe<br />
a missão da vida de todos que<br />
se entregam ao trabalho e lideram<br />
pessoas seja sempre buscar<br />
uma saída – seja para os seus<br />
desafios ou para os desafios de<br />
seus liderados. (Caso você não<br />
seja um líder, será que sua missão<br />
não é encontrar saídas para<br />
os desafios das pessoas com as<br />
quais você compartilha seu trabalho<br />
e sua vida?)<br />
Quando entender isso, você<br />
descobrirá que sua grande função<br />
é ajudar as pessoas e a si mesmo<br />
a superar desafios. Mas cuidado:<br />
você pode tanto ajudar quanto<br />
atrapalhar a si próprio.<br />
Se você estuda, se ajuda. Se<br />
lê, se ajuda. Se está aberto a<br />
aprender com os mais experientes,<br />
se ajuda. Se cobra, incentiva,<br />
estimula, desenvolve e orienta<br />
seus liderados, está ajudando. Se<br />
não faz nada e só reclama, você<br />
atrapalha.<br />
Um dia, todos nós despertaremos<br />
(assim espero) e, quem sabe,<br />
com os olhos cheios de lágrimas,<br />
você descubra que ajudar os<br />
outros e a si mesmo é a sua maior<br />
missão no trabalho e na vida.<br />
Quem sabe essa seja a mais nobre<br />
das missões. Mas, para isso, é<br />
preciso estar perto das pessoas e<br />
dos desafios. É preciso viver e<br />
procurar as respostas.<br />
O gRANDE CONSELho<br />
Tenho visto por aí líderes mais<br />
focados em suas planilhas do que<br />
nas pessoas que comandam, mais<br />
focados na burocracia do que na<br />
equipe. Pessoas trancadas em<br />
suas salas ou em reuniões intermináveis,<br />
presas em suas verdades<br />
e estratégias que só acontecerão<br />
por meio das pessoas que<br />
hoje ignoram.<br />
Seu foco deve ser desenvolver<br />
a si mesmo e sua equipe. E não<br />
seus relatórios. Sei que muitos<br />
líderes podem dizer agora que a<br />
empresa exige muito desse trabalho<br />
burocrático ou que não<br />
têm tempo para acompanhar<br />
suas equipes de perto. Mas eu<br />
digo que essa é uma decisão sua.<br />
Trabalhe focado no que realmente<br />
importa. E trabalhe muito<br />
nisso. Ou será mais um a dar<br />
desculpas.<br />
Zig Ziglar, um grande mestre<br />
da motivação, dizia que "não<br />
existe alto desempenho sem paixão".<br />
Peço a permissão para completar:<br />
não existe alto desempenho<br />
sem paixão e sem trabalho,<br />
muito trabalho.<br />
Dê o melhor de si e, mais cedo<br />
ou mais tarde, o mundo vai<br />
retribuir – seja com um agradecimento<br />
de um liderado, com<br />
uma promoção ou um beijo de<br />
sua família.<br />
Mas não faça o que deve ser<br />
feito pela recompensa, faça porque<br />
o mundo precisa de pessoas que<br />
dão o melhor de si. Faça sua parte,<br />
siga sua verdadeira missão. O<br />
sucesso das suas <strong>venda</strong>s (e do<br />
pós-<strong>venda</strong>, tema desta edição da<br />
<strong>VendaMais</strong>) e a sua felicidade<br />
dependem disso!<br />
“Não existe isso<br />
de tirar o melhor<br />
dos outros sem<br />
dar o melhor de<br />
si. As pessoas<br />
bem-sucedidas<br />
procuram uma<br />
saída o tempo<br />
todo, enquanto os<br />
outros reclamam<br />
por demorar a<br />
encontrá-la.”<br />
Marcelo Caetano é sócio-<br />
-diretor da consultoria<br />
Soluções <strong>VendaMais</strong> e autor<br />
dos livros Vendedor fiel,<br />
cliente fiel e Chega de desconto!<br />
E-mail: caetano@<br />
solucaocomercial.com<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 33
34<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 35
Opinião / Da Redação<br />
O pós-<strong>venda</strong> e<br />
a fidelização<br />
de clientes<br />
Uma DAS CONSEquêNCIAS IMEDIATAS DE um pROCESSO DE<br />
pós-<strong>venda</strong> bem definido e levado a sério é o aumento da base de<br />
clientes fiéis. Por isso, a pesquisa nacional que desenvolvemos sobre<br />
o oitavo passo da <strong>venda</strong> perguntava aos participantes: o que é fidelizar<br />
um cliente para você?<br />
Das mais de 500 respostas que recebemos, selecionamos 12 que<br />
ajudam a esclarecer o conceito de fidelização de clientes e facilitam<br />
a compreensão de todo o conteúdo desta edição.<br />
Conheça as definições dadas pelos nossos entrevistados, inspire-<br />
-se para criar o seu próprio conceito e comece a usar o pós-<strong>venda</strong><br />
como ferramenta para fidelizar seus clientes. Vender mais (e melhor)<br />
será mais fácil assim!<br />
“Para mim, fidelizar um cliente<br />
é me tornar amigo dele, criar um<br />
vínculo que faz com que o ato da<br />
compra seja um momento de descontração,<br />
sem aquela pressão<br />
que um vendedor que está em seu<br />
primeiro contato com<br />
o cliente tem.”<br />
Tailan Erthal<br />
“É conquistar o coração do cliente,<br />
atendendo-o além do que ele<br />
mesmo espera. É oferecer o plus<br />
que ele não esperava, mas que<br />
ajuda a garantir que, no final, ele<br />
fique ainda mais satisfeito.”<br />
Emerson Fernando Cichella<br />
36<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
“É vender o que é bom, prestar<br />
assistência sempre que necessário<br />
(sem pisar na bola!), sempre telefonar<br />
em datas comemorativas,<br />
fazer visitas sem intenção de <strong>venda</strong><br />
– tipo encontros casuais – e<br />
mostrar para o cliente que ele não<br />
é apenas lucro no caixa, e sim<br />
uma pessoa especial que queremos<br />
sempre ter por perto.”<br />
Angélica Patrícia<br />
de Medeiros<br />
“É garantir que quando o cliente<br />
tiver uma necessidade ou projeto<br />
a ser desenvolvido e com o qual<br />
podemos colaborar, seremos a<br />
primeira empresa a ser contatada<br />
– mesmo que ele saiba que existem<br />
orçamentos mais<br />
baratos no mercado.”<br />
Eduardo Picão Melo<br />
“Tratar o cliente com respeito,<br />
atender suas necessidades e vender<br />
seus produtos. É isso que é<br />
preciso fazer para fidelizar um<br />
cliente. Além disso, é preciso ser<br />
honesto, cumprir cronogramas e<br />
não fazer promessas que se sabe<br />
que não poderão ser cumpridas.<br />
Por fim, é tornar o<br />
cliente seu fã!”<br />
Soraya Dias<br />
“Fidelizar um cliente, para mim,<br />
é fazer com que ele deixe de simplesmente<br />
ser um consumidor<br />
do produto que eu vendo para<br />
se tornar um advogado da minha<br />
marca. Ou seja, é conseguir atingir<br />
aquele momento especial em<br />
que o cliente passa a defender e<br />
difundir sua satisfação pessoal<br />
ao utilizar o produto que vendo<br />
e a marca que represento, em que<br />
ele afirma que não abre mão de<br />
contar com a nossa qualidade, o<br />
nosso atendimento e o nosso<br />
pós-<strong>venda</strong>. Esses momentos são<br />
raros hoje em dia, mas posso<br />
dizer que tenho alguns clientes<br />
assim em minha carteira e digo,<br />
sem dúvida, que com a ajuda<br />
deles eu vendo muito<br />
mais.”<br />
Juliardo Felden<br />
“Transformar o cliente em um<br />
vendedor ativo da empresa, em<br />
um importante gerador de indicações<br />
e um formador de opiniões<br />
positivas. É isso que a fidelização<br />
de clientes<br />
me garante.”<br />
Charles Wendel<br />
“É manter o cliente comprando<br />
conosco por gosto, porque nosso<br />
produto/serviço é a melhor opção<br />
para ele, e não por força de contrato<br />
ou porque temos<br />
o preço mais baixo.”<br />
Lucas Cemin Zanotti<br />
“Fidelizar um cliente, para mim,<br />
é ser verdadeiro e transparente<br />
com ele sempre, fazendo com que<br />
ele se sinta importante, e ajudá-lo<br />
a resolver até os mínimos problemas.<br />
Ou seja, é ser parceiro do<br />
cliente e ter empatia com ele, não<br />
ficar de olho somente no dinheiro,<br />
mas também auxiliá-lo. Também<br />
acredito que é preciso oferecer<br />
produtos de alta qualidade,<br />
que ajudem o consumidor a solucionar<br />
seus problemas – e não<br />
que, no futuro, se transformem<br />
em mais problemas<br />
para ele resolver.”<br />
Gilberto Sabino<br />
“Vender uma vez é fácil, o difícil é<br />
encantar o cliente e fazê-lo comprar<br />
de você novamente. Então, para<br />
fidelizar o cliente, é preciso sorrir<br />
sempre, ser muito atencioso com<br />
ele, saber escutá-lo e ir ao encontro<br />
de suas expectativas. Só assim<br />
ele irá se tornar um<br />
cliente fiel.”<br />
Fernando Barbosa<br />
“Fidelizar um cliente, para mim,<br />
é desenvolver um relacionamento<br />
de confiança e de lealdade.<br />
Ou seja, eu posso até sair da<br />
empresa na qual o atendi, mas<br />
sempre serei lembrada por ele<br />
quando o assunto for<br />
consultoria.”<br />
Patrícia Silveira<br />
“Fidelizar um cliente é garantir<br />
que ele fale bem da nossa empresa<br />
mesmo quando está longe dela.<br />
Seja na roda de amigos, nas<br />
redes sociais, quando indica nossos<br />
produtos/serviços, quando<br />
expressa sua confiança em nossa<br />
empresa, quando nos procura<br />
sempre que se depara com uma<br />
necessidade que sabe que podemos<br />
suprir e assim por diante.<br />
Além disso, o cliente fiel é aquele<br />
que depois de passar algum<br />
tempo sem comprar ou utilizar<br />
o serviço, dá uma passada na<br />
empresa e justifica<br />
sua ausência.”<br />
Schirley de Farias Lolli<br />
Claro que não é apenas o pós-<br />
-<strong>venda</strong> que garante a fidelização<br />
de seus clientes, mas ele é peça-<br />
-chave nesse quebra-cabeça. Então,<br />
se você quer aumentar sua<br />
base de clientes fiéis, precisa se<br />
preocupar cada vez mais com o<br />
que faz depois que o cliente fecha<br />
a primeira compra em sua empresa.<br />
Siga os conselhos desta<br />
edição da <strong>VendaMais</strong>, aposte<br />
cada vez mais no pós-<strong>venda</strong> e<br />
fidelize seus clientes!<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 37
EDIÇÃO ESPECIAL<br />
PÓS VENDA<br />
INFOGRáficO<br />
O mapa DO<br />
pós-VENDA<br />
no BRASIL<br />
Da Redação<br />
Durante dois meses, mais<br />
de 500 profissionais de<br />
<strong>venda</strong>s de empresas dos<br />
mais variados portes e<br />
segmentos participaram da maior<br />
pesquisa sobre pós-<strong>venda</strong> já realizada<br />
no Brasil.<br />
Com o objetivo de entender como<br />
o “último” passo da <strong>venda</strong> é conduzido<br />
nas organizações brasileiras, a<br />
<strong>VendaMais</strong> perguntou a eles quais<br />
ferramentas utilizam para fazer pós-<br />
-<strong>venda</strong>, como conduzem esse processo<br />
(internamente – através da<br />
equipe de <strong>venda</strong>s ou de outros departamentos<br />
– ou terceirizando), quais<br />
são os objetivos do pós-<strong>venda</strong> em<br />
suas empresas e assim por diante.<br />
Após fazer uma criteriosa análise<br />
das respostas dadas por vendedores,<br />
supervisores de <strong>venda</strong>, gerentes<br />
comerciais, diretores e sócios-<br />
-fundadores, descobrimos que há<br />
muito a ser feito para que o pós-<br />
-<strong>venda</strong> traga os resultados que pode<br />
oferecer. Ao longo das páginas desta<br />
edição, você vai entender como<br />
isso é possível!<br />
Agora, porém, você visualiza o<br />
panorama do pós-<strong>venda</strong> no Brasil<br />
por meio de alguns dos principais<br />
dados levantados em nossa pesquisa.<br />
Analise-os e aproveite para pensar<br />
e repensar suas estratégias. Elas<br />
podem fazer toda a diferença em<br />
suas <strong>venda</strong>s!<br />
Perfil dos participantes<br />
da pesquisa<br />
Vendedor – 24,9%<br />
Supervisor comercial – 10,1%<br />
Gerente comercial – 21,9%<br />
Diretor comercial – 8,4%<br />
Sócio-fundador – 19,9%<br />
Outros cargos – 14,8%<br />
Na sua empresa, o<br />
pós-<strong>venda</strong> é feito<br />
internamente ou é<br />
terceirizado?<br />
Internamente – 98,2%<br />
Terceirizado – 1,8%<br />
Sua empresa dedica mais atenção a<br />
qual passo da <strong>venda</strong>?<br />
(Os participantes puderam marcar<br />
duas respostas)<br />
Preparação e planejamento – 18,7%<br />
Prospecção – 33,6%<br />
Abordagem – 19%<br />
Levantamento de necessidades – 22,6%<br />
Proposta de valor – 18,1%<br />
Negociação – 34,6%<br />
Fechamento – 32,3%<br />
<strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong> – 18,1%<br />
Se feito internamente,<br />
quem faz?<br />
O próprio vendedor ou outro<br />
departamento?<br />
O próprio vendedor – 72,8%<br />
Outro departamento – 27,2%<br />
38<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br <strong>venda</strong>mAIS.com.br - NOVEMBRO novembro 2015
De 0 a 10, qual<br />
prioridade você<br />
diria que o<br />
pós-<strong>venda</strong><br />
recebe em sua<br />
empresa?<br />
0 – 2,3%<br />
Quais<br />
ferramentas<br />
você usa para fazer<br />
pós-<strong>venda</strong>?<br />
87,4%<br />
51,9%<br />
41%<br />
Telefone<br />
Visitas<br />
E-mail pessoal<br />
17,9% E-mail marketing 3,7%<br />
12,1%<br />
2,1%<br />
1,1%<br />
1,2%<br />
3%<br />
24,9%<br />
9,4%<br />
5,9%<br />
Facebook<br />
LinkedIn<br />
Twitter<br />
Blog<br />
Newsletter<br />
WhatsApp<br />
Eventos<br />
Outras<br />
62,5%<br />
49,3%<br />
16%<br />
3,7%<br />
0,4%<br />
0%<br />
0%<br />
0,5%<br />
13%<br />
3%<br />
5,2%<br />
Quais<br />
ferramentas<br />
funcionam<br />
melhor?<br />
1 – 4,6%<br />
2 – 6,7%<br />
3 – 8,0%<br />
4 – 8,5%<br />
5 – 17,4%<br />
6 – 10,1%<br />
7 – 13%<br />
8 – 14,4%<br />
9 – 5,3%<br />
10 – 9,6%<br />
Quantos dos clientes da<br />
carteira são abordados?<br />
Até 10% - 32,5%<br />
Até 25% - 21,3%<br />
Até 50% - 17,1%<br />
Até 75% - 14%<br />
100% - 15,1%<br />
Existem metas quantitativas<br />
claras e definidas de pós-<strong>venda</strong><br />
na sua empresa?<br />
Sim – 17,9%<br />
Não – 82,1%<br />
Sua empresa tem um sistema claro<br />
e bem definido para contatar e/ou<br />
atrair de maneira efetiva clientes<br />
que já compraram anteriormente?<br />
Sim – 26,5%<br />
Não – 73,5%<br />
Como as informações do pós-<strong>venda</strong> são<br />
utilizadas depois?<br />
Para obter feedback dos clientes – 55%<br />
Processos de melhoria interna – 59,4%<br />
Premiações para a equipe de <strong>venda</strong>s – 6,4%<br />
Desenvolvimento de novos produtos/serviços – 25,8%<br />
Outro – 8,4%<br />
Qual o objetivo do seu pós-<strong>venda</strong>?<br />
Detectar oportunidades e vender mais – 52,9%<br />
Resolver problemas – 37,8%<br />
Conhecer melhor o cliente – 30%<br />
Diminuir reclamações – 27,5%<br />
Diferenciar-se da concorrência – 49,2%<br />
Outro – 8,7%<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br <strong>venda</strong>mAIS.com.br - NOVEMBRO novembro 2015 39
EDIÇÃO ESPECIAL<br />
PÓS VENDA<br />
CAPA<br />
40<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br <strong>venda</strong>mAIS.com.br - NOVEMBRO novembro 2015
O mapa do<br />
de sucesso<br />
Com OS DADOS DA MAIOR<br />
PESQUISA SOBRE pós-vENDA<br />
já FEITA NO BRASIL EM mãos,<br />
NOSSA EQUIPE DESvENDOU<br />
o CAMINHO QUE você PRECISA SEGUIR<br />
PARA GARANTIR QUE ESSE<br />
PASSO DA vENDA SEJA LEvADO a séRIO<br />
em SUA EMPRESA e TRAGA<br />
os RESULTADOS QUE você<br />
ESPERA<br />
Da Redação<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br <strong>venda</strong>mAIS.com.br - NOVEMBRO novembro 2015 41
EDIÇÃO ESPECIAL<br />
PÓS VENDA<br />
O dicionário CALDAS AuLETE<br />
define assim o pós-<strong>venda</strong>: “Etapa,<br />
posterior à <strong>venda</strong> de produto ou<br />
serviço, em que se procura fidelizar<br />
o cliente através de avaliação<br />
de seu grau de satisfação, do oferecimento<br />
de manutenção, de<br />
promoções especiais, etc.”<br />
Entre os especialistas em <strong>venda</strong>s,<br />
é quase uma unanimidade a<br />
opinião de que essa definição está<br />
correta apenas em parte. Eles<br />
acreditam que, na verdade, ela<br />
está incompleta, e que, se seguida<br />
ao pé da letra, pode gerar frustração<br />
em quem aposta no pós-<strong>venda</strong><br />
para melhorar seus resultados.<br />
E o motivo, segundo eles, é simples:<br />
o pós-<strong>venda</strong> é muito mais do<br />
que uma etapa posterior ao fechamento,<br />
como diz o dicionário. É<br />
um passo da <strong>venda</strong> que ajuda a<br />
garantir a <strong>venda</strong> seguinte (e a<br />
próxima, e a outra, e assim por<br />
diante) e, portanto, não pode ser<br />
visto como algo para ser feito uma<br />
única vez, apenas para encerrar<br />
um ciclo. Pelo contrário. Precisa<br />
ser tratado como um processo<br />
consistente, estruturado e planejado<br />
que traz resultados no curto<br />
prazo (ajudando a resolver problemas<br />
pontuais de clientes, por<br />
exemplo), mas, também e principalmente,<br />
no longo prazo (garantindo<br />
a satisfação de clientes que<br />
já compraram inúmeras vezes).<br />
No entanto, a pesquisa que<br />
realizamos sobre pós-<strong>venda</strong> (e<br />
que você conheceu em detalhes<br />
no infográfico que está nas páginas<br />
38 e 39) mostrou que mesmo<br />
os profissionais de <strong>venda</strong>s mais<br />
experientes muitas vezes acabam<br />
levando em consideração apenas<br />
sua definição formal na hora de<br />
colocá-lo em prática. Prova disso<br />
é que 74% dos mais de 500 participantes<br />
do estudo conduzido<br />
pela <strong>VendaMais</strong> revelaram que<br />
não têm um processo claro e bem<br />
definido para contatar e/ou atrair<br />
de maneira efetiva clientes que<br />
já compraram anteriormente,<br />
mais de 80% disseram não ter<br />
metas claras com relação a essa<br />
etapa da <strong>venda</strong> e, ainda, 47% dos<br />
respondentes deram notas inferiores<br />
a cinco (de uma escala de<br />
zero a dez) para a atenção que<br />
suas empresas dão ao pós-<strong>venda</strong>.<br />
Está na hora de mudar isso!<br />
O pós-<strong>venda</strong>, como você verá ao<br />
longo desta reportagem, tem o<br />
potencial de reverter impressões<br />
negativas, fidelizar clientes e<br />
ajudá-lo a vender mais. Ou seja,<br />
quando bem estruturado, ele pode<br />
ser um diferencial e tanto para<br />
qualquer empresa. Sabendo<br />
disso, fomos atrás de histórias de<br />
sucesso em pós-<strong>venda</strong>, reunimos<br />
grandes conselhos de especialistas<br />
em <strong>venda</strong>s e apresentamos o<br />
mapa do pós-<strong>venda</strong> de sucesso<br />
na reportagem que você começa<br />
a ler agora. Com a ajuda deste<br />
guia, você vai des<strong>venda</strong>r o caminho<br />
que precisa percorrer para<br />
fazer o “último” passo da <strong>venda</strong><br />
fortalecer sua estratégia como<br />
um todo.<br />
6 fatos que podem<br />
derrubar uma<br />
estratégia de pós-<br />
-<strong>venda</strong> – e como<br />
contorná-los<br />
Tão importante quando saber por<br />
qual caminho seguir para chegar<br />
até o seu destino final é saber<br />
também quais rotas não pegar.<br />
Afinal, descobrir que você pegou<br />
uma estrada cheia de buracos no<br />
meio do trajeto o fará ter que voltar<br />
alguns quilômetros mesmo<br />
depois de já ter desperdiçado energia<br />
e combustível, não é mesmo?<br />
Essa metáfora é válida também<br />
para o caminho do sucesso<br />
no pós-<strong>venda</strong>. Com a ajuda dos<br />
participantes da nossa pesquisa,<br />
descobrimos quais são os grandes<br />
“buracos na estrada” que podem<br />
“atrasar sua viagem” e revelamos<br />
como você pode fugir deles.<br />
1) O pós-<strong>venda</strong> até<br />
existe, mas as<br />
informações<br />
coletadas com os<br />
clientes não são bem<br />
aproveitadas<br />
“É muito comum as empresas<br />
fazerem pesquisas de satisfação<br />
com os clientes e utilizarem mal<br />
42<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Wanderley Cintra<br />
o resultado que obtiveram. Esse<br />
é um erro grave, porque o fato<br />
de fazer a pesquisa já gera nos<br />
clientes uma expectativa de melhora<br />
dos serviços. Eles pensam<br />
que é interessante participar,<br />
respondem, engajam-se, mas,<br />
com o tempo, percebem que não<br />
há nenhuma melhoria e, com<br />
isso, podem ter uma percepção<br />
negativa da empresa”, avalia<br />
Wanderley Cintra, psicólogo especialista<br />
em avaliação de desempenho<br />
em <strong>venda</strong>s.<br />
Segundo Cintra, o maior problema<br />
desse erro é que, por conta<br />
dele, ao invés de a pesquisa<br />
funcionar como um potencializador<br />
de <strong>venda</strong>s ou de melhorias,<br />
acaba se tornando uma ferramenta<br />
prejudicial, que depõe contra<br />
a empresa.<br />
Jociandre Barbosa, palestrante<br />
e consultor de marketing e<br />
<strong>venda</strong>s, concorda com ele e acrescenta:<br />
“Muita gente realiza o pós-<br />
-<strong>venda</strong> e ‘engaveta’ os resultados.<br />
No entanto, as informações coletadas<br />
durante o processo precisam<br />
ser mensuradas e transformadas<br />
em subsídios para novas estratégias.<br />
Todos os profissionais das<br />
áreas de atendimento e <strong>venda</strong>s<br />
precisam conhecer os resultados<br />
de alguma forma. Apresente-os<br />
em gráficos periodicamente e ouça<br />
a opinião da sua equipe. Além<br />
disso, também indique soluções<br />
para os problemas apontados. Se<br />
você acha que não tem estrutura<br />
para realizar isso, contrate uma<br />
consultoria que faça por você”,<br />
orienta.<br />
Para evitar que esse primeiro<br />
erro destrua sua estratégia de<br />
pós-<strong>venda</strong>, os especialistas sugerem<br />
as seguintes ações:<br />
Ao desenvolver a ferramenta<br />
de pesquisa, procure envolver<br />
tanto a equipe de decisão<br />
quanto a equipe de frente, para<br />
ter uma visão macro dos<br />
resultados.<br />
Ofereça um treinamento para<br />
alinhar os objetivos da pesquisa<br />
com toda a equipe e definir<br />
como o cliente será abordado.<br />
Ao executar a pesquisa, tome<br />
cuidado e enfatize para o<br />
cliente a importância do processo.<br />
Fazê-lo enxergar que<br />
aquele contato é importante<br />
não apenas para a empresa,<br />
mas para ele também pode<br />
aumentar sua vontade de ajudar<br />
(o que vai garantir respostas<br />
mais precisas e úteis<br />
para você).<br />
Quando for colocar em prática<br />
ações para melhorar os<br />
pontos que foram destacados<br />
na pesquisa, defina prioridades,<br />
levando em consideração<br />
os seguintes critérios:<br />
a) Mude primeiro o que for<br />
urgente e de menor custo.<br />
b) Depois, mude o que for<br />
urgente e de maior custo.<br />
Faça propaganda das mudan-<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 43
EDIÇÃO ESPECIAL<br />
PÓS VENDA<br />
ças para que o cliente veja que<br />
a opinião dele foi ouvida.<br />
Comunique-as por e-mail, no<br />
seu site, em contatos telefônicos,<br />
etc.<br />
Se os dados da sua pesquisa<br />
forem excelentes, divulgue as<br />
informação em suas ações de<br />
marketing. Inclusive, se houver<br />
depoimentos, utilize-os<br />
– lembre que seu cliente vende<br />
muito mais e melhor do<br />
que você.<br />
“Muita gente realiza o pós-<strong>venda</strong> e<br />
‘engaveta’ os resultados. No entanto, as<br />
informações coletadas durante o processo<br />
precisam ser mensuradas e transformadas<br />
em subsídios para novas estratégias.”<br />
(Jociandre Barbosa)<br />
2) Vendedores não<br />
estão motivados<br />
para fazer pós-<strong>venda</strong><br />
A falta de motivação dos vendedores<br />
para fazer pós-<strong>venda</strong> foi<br />
uma das dificuldades mais citadas<br />
pelos participantes da nossa pesquisa.<br />
Mas é fácil jogar a culpa na<br />
equipe de <strong>venda</strong>s e não analisar<br />
os motivos que levam a essa desmotivação<br />
– e que, muitas vezes,<br />
são de responsabilidade do líder.<br />
Jociandre Barbosa<br />
Você já parou para pensar que<br />
talvez as metas de sua equipe<br />
estejam muito focadas no índice<br />
de fechamento (o que faz com que<br />
eles queiram estar 100% focados<br />
na <strong>venda</strong> em que estão trabalhando)?<br />
Ou, ainda, que a remuneração<br />
de seus vendedores não esteja<br />
nem um pouco atrelada ao seu<br />
desempenho no pós-<strong>venda</strong>, que<br />
ele não esteja apto a cuidar desse<br />
processo porque não foi treinado<br />
e assim por diante?<br />
Entender os motivos que levam<br />
à desmotivação é dever de<br />
quem lidera a equipe. Supervisores,<br />
gerentes e diretores comerciais<br />
precisam ouvir seus vendedores<br />
e descobrir o que faz com<br />
que eles não deem a essa etapa a<br />
atenção que merece. Depois de<br />
compreendidos os motivos, você<br />
pode repensar seu posicionamento<br />
e buscar formas de agradar a<br />
todos, aumentando as chances de<br />
reverter esse problema.<br />
Na mesma linha de pensamento,<br />
nossos entrevistados destacaram,<br />
ainda, o fato de muitos vendedores<br />
não acreditarem no pós-<br />
-<strong>venda</strong> (e, por isso, não se engajarem<br />
nele). Mais uma vez, o<br />
problema pode estar na forma<br />
como o líder conduz o processo.<br />
Se o pós-<strong>venda</strong> é feito e as informações<br />
não são bem aproveitadas,<br />
como destacado no item 1, uma<br />
das consequências naturais é que<br />
o vendedor deixe de acreditar no<br />
processo e prefira voltar sua atenção<br />
ao que ele sabe que funciona:<br />
o fechamento, claro. Portanto, para<br />
garantir uma equipe engajada<br />
no pós-<strong>venda</strong>, você precisa assegurar<br />
que as coisas estejam acontecendo<br />
como deveriam: os responsáveis<br />
pelo contato com o cliente<br />
fazem sua parte, mas os líderes<br />
dão continuidade ao processo<br />
atendendo às solicitações dos clientes<br />
e encontrando maneiras de<br />
resolver os problemas destacados.<br />
O ciclo precisa se fechar!<br />
44<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Wesley Alves<br />
3) Desorganização da<br />
empresa, sobrecarga<br />
no vendedor<br />
Carteiras de clientes muito<br />
grandes, metas, remuneração<br />
e outros benefícios apenas com<br />
base em indicadores de fechamento<br />
e o processo todo da<br />
<strong>venda</strong> sob responsabilidade de<br />
apenas um profissional. Esses<br />
são os grandes “culpados” por<br />
mais um problema que prejudica<br />
o pós-<strong>venda</strong> em muitas<br />
empresas.<br />
Existem algumas possíveis<br />
alternativas pra resolvê-lo: diminuir<br />
as carteiras dos vendedores<br />
(o que pode resultar em<br />
ter que contratar novos profissionais),<br />
distribuir melhor as<br />
etapas da <strong>venda</strong> (tendo uma<br />
equipe dedicada apenas ao pós-<br />
-<strong>venda</strong>, por exemplo) e atrelar<br />
remuneração também a resultados<br />
relacionados a essa etapa<br />
da <strong>venda</strong>. Não há uma resposta<br />
certa para todas as empresas<br />
nesse sentido. Para chegar ao<br />
formato ideal, você precisa avaliar<br />
as características do seu<br />
negócio e o perfil da sua equipe.<br />
É isso que lhe dirá qual o melhor<br />
caminho a seguir.<br />
<strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong> Gazin Atacado: equipe dedicada e<br />
clientes satisfeitos = pós-<strong>venda</strong> que vende!<br />
Desde julho deste ano, a Gazin Atacado, uma das maiores atacadistas de eletrodomésticos<br />
do Brasil, tem uma equipe de pós-<strong>venda</strong> (com seis profissionais dedicados<br />
a essa etapa) separada do restante da equipe comercial (que tem cerca de 180 vendedores).<br />
“Por mais que boa parte dos nossos vendedores já fizesse o pós-<strong>venda</strong> com<br />
seus clientes, antes da divisão não existia um processo estabelecido para essa etapa<br />
da <strong>venda</strong>; nossos vendedores faziam um pós-<strong>venda</strong> mais de relacionamento mesmo.<br />
E como a obrigação principal do vendedor é vender, a gente sabia que seria difícil<br />
exigir mais isso. Assim, resolvemos criar essa nova equipe especializada. Com isso,<br />
nosso pós-<strong>venda</strong> passou a ser muito mais efetivo para o cliente. O foco não é só relacionamento,<br />
é de fato resolver problemas – mesmo que muitas vezes o problema<br />
nem seja da Gazin”, explica Wesley Alves, diretor de marketing da companhia e gestor<br />
da equipe de pós-<strong>venda</strong>.<br />
Segundo Alves, atualmente, a equipe de pós-<strong>venda</strong> atende 30% da carteira de<br />
clientes da Gazin Atacado. E o feedback dos clientes tem sido excelente. “Todo mundo<br />
fala em surpreender os clientes e a Gazin, com uma atitude simples como essa, tem<br />
conseguido surpreender seus clientes e, além disso, vender mais”, revela, adicionando<br />
que os atendentes de pós-<strong>venda</strong> muitas vezes identificam oportunidades que os<br />
vendedores, na correria do dia a dia, não conseguem enxergar. Por conta disso, a<br />
estimativa é que, no começo do ano que vem, a base de clientes atendidos dobre de<br />
tamanho – e, por conta disso, a equipe de pós-<strong>venda</strong> também.<br />
Alves conta, ainda, que a equipe de pós-<strong>venda</strong> é remunerada de duas formas:<br />
“Eles têm o salário fixo, mas também têm uma remuneração variável de acordo com<br />
o atingimento de metas. Para isso, levamos em consideração principalmente dois<br />
indicadores: o número de problemas solucionados (independentemente do tipo de<br />
problema – seja de transporte, devolução, produto que não chegou, reclamação sobre<br />
vendedor, etc.) e o tempo que o profissional levou para resolvê-los”, pontua.<br />
Para formar essa nova equipe, a Gazin Atacado selecionou colaboradores que já<br />
faziam parte do time da empresa há pelo menos um ano (o objetivo era garantir que<br />
os “pós-vendedores” tivessem o “DNA” da empresa) e que têm um perfil menos<br />
agressivo, mais relacional. Afinal, como destaca o gestor da equipe, esses profissionais<br />
são solucionadores de problemas.<br />
Satisfeito com os resultados que essa mudança tem trazido para a empresa (que<br />
vê os clientes felizes com o atendimento e os resultados melhorando), Alves recomenda<br />
a separação do processo de pós-<strong>venda</strong> e aconselha: “Aproveite seus colaboradores<br />
internos, crie uma nova equipe e, com ela, estabeleça procedimentos e indicadores<br />
voltados para a <strong>venda</strong>. Não adianta oferecer algo bonito e legal se o resultado<br />
financeiro não acompanhar.”<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 45
EDIÇÃO ESPECIAL<br />
PÓS VENDA<br />
4) Falta de um bom<br />
script<br />
Ninguém gosta de ser atendido<br />
por robôs que só repetem informações<br />
de script, mas ser atendido<br />
por profissionais despreparados,<br />
que não sabem o que precisam<br />
falar, também é algo que<br />
desagrada os clientes. Um pós-<br />
-<strong>venda</strong> efetivo, portanto, é aquele<br />
que oferece o melhor do script,<br />
mas ainda assim dá liberdade ao<br />
atendente.<br />
Para medir a satisfação do<br />
cliente no pós-<strong>venda</strong>, José Teófilo<br />
Neto, consultor e palestrante<br />
na área de comunicação e<br />
<strong>venda</strong>s, recomenda um telefonema,<br />
preferencialmente cinco<br />
dias após a compra, seguindo<br />
um questionário de, no máximo,<br />
cinco questões. “Entre elas, três<br />
avaliações são obrigatórias: o<br />
atendimento inicial, a postura<br />
do vendedor e o cumprimento<br />
dos prazos de entrega (se a entrega<br />
tiver acontecido no ato,<br />
pergunte sobre as formas de pagamento<br />
adotadas pela empresa)”,<br />
orienta.<br />
Na sequência, o especialista<br />
diz que os clientes devem ser convidados<br />
a atribuir notas com níveis<br />
de um a quatro (segundo ele,<br />
se for até cinco, as pessoas cravam<br />
em três, e se for até dez, cravam<br />
em sete). Os quatro níveis são:<br />
1 Ruim<br />
2 Regular<br />
3 Bom<br />
4 Ótimo<br />
O script que ele sugere que<br />
seja adotado para isso é este:<br />
“Boa tarde, sou [nome e sobrenome],<br />
do departamento de<br />
atenção ao cliente da [empresa<br />
X] e tenho três perguntas bem<br />
simples sobre sua compra em [nossa<br />
loja, nosso site, nosso e-commerce,<br />
etc.]. Você deve atribuir<br />
notas de um a quatro, sendo “1”<br />
se considerou ruim; “2”, para regular;<br />
“3”, se acha que foi bom e<br />
“4” para avaliar como ótimo. A<br />
primeira pergunta é…”<br />
Depois das três perguntas<br />
obrigatórias, Teófilo Neto aponta<br />
que a quarta questão deve abordar<br />
a possibilidade de o cliente recomendar<br />
sua empresa e/ou seus<br />
produtos. Nesse sentido, Marcelo<br />
Baratella, palestrante de <strong>venda</strong>s<br />
e treinador do <strong>VendaMais</strong> Small<br />
Business, acrescenta: “Sem dúvida<br />
nenhuma, uma das mais poderosas<br />
formas de mensuração<br />
para definir o grau de satisfação<br />
e fidelidade dos consumidores de<br />
qualquer tipo de empresa é o NPS<br />
ou Net Promoter Score”, destaca.<br />
O Net Promoter Score foi criado<br />
por Fred Reichheld, autor do<br />
livro A pergunta definitiva, e gira<br />
em torno do seguinte questionamento:<br />
“Em uma escala de zero<br />
a dez, o quanto você indicaria<br />
nossa empresa para um amigo?”.<br />
Com base nas notas, os clientes<br />
são classificados em três formas:<br />
Notas de 0 a 6 – Clientes<br />
detratores: São aqueles clientes<br />
que afirmam que as suas vidas<br />
pioraram depois da compra do<br />
Marcelo Baratella<br />
produto ou serviço da empresa<br />
mencionada. Criticam a empresa<br />
em público e jamais voltariam a<br />
fazer negócio com ela, exceto em<br />
situações extremas.<br />
Notas 7 e 8 – Clientes neutros:<br />
Clientes que compram somente<br />
os produtos e serviços realmente<br />
necessários. Não são leais<br />
e não são entusiastas da empresa.<br />
Notas 9 a 10 – Clientes promotores:<br />
Passaram a ter uma<br />
vida melhor depois do início do<br />
relacionamento com a empresa/<br />
produto/serviço/marca. São leais,<br />
oferecem feedbacks e são entusiasmados.<br />
46<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
“Calcular o NPS permanentemente<br />
e acompanhar sua evolução<br />
só traz benefícios para<br />
qualquer tipo de empresa, em<br />
qualquer ramo de atividade. Cultivar<br />
os clientes promotores torna<br />
qualquer marca mais sólida a<br />
longo prazo, uma vez que a propagação<br />
dos valores do negócio<br />
é feita de forma espontânea através<br />
desses consumidores satisfeitos”,<br />
conclui.<br />
5) Alguns clientes<br />
não gostam de<br />
receber essas<br />
ligações, ainda não<br />
entendem o serviço<br />
prestado<br />
Apesar de esse item ter se destacado<br />
na pesquisa que realizamos<br />
sobre pós-<strong>venda</strong>, David Lederman,<br />
diretor da Lederman Consulting<br />
& Education e especialista<br />
em call center, discorda dos<br />
participantes e diz que esse é o<br />
tipo de abordagem que mais agrada<br />
os clientes. “Cliente não quer<br />
saber de empresa que liga para<br />
vender, mas empresa que liga<br />
para saber sua opinião e para<br />
buscar feedback para aprimorar<br />
produtos e serviços é muito bem<br />
vista”, analisa.<br />
O especialista pondera, então,<br />
que o problema pode estar na<br />
forma como o pós-<strong>venda</strong> é comunicado<br />
pela organização. Para<br />
reverter essa impressão, o primeiro<br />
passo, na visão de Lederman,<br />
é iniciar o contato já apresentando<br />
o objetivo – que deve<br />
ser escutar o que o cliente tem a<br />
dizer e obter informações que<br />
serão úteis para aprimorar produtos,<br />
processos e serviços. “Sentindo<br />
que vai ajudar a empresa e<br />
até mesmo se ajudar fornecendo<br />
essas respostas, o cliente responderá<br />
ao pós-<strong>venda</strong> de maneira<br />
muito positiva”, considera.<br />
Princípios básicos do<br />
pós-<strong>venda</strong>:<br />
Mostre interesse, ouça com atenção e<br />
capte as reais necessidades do cliente<br />
(ele nem sempre sabe o que realmente<br />
quer e pode passar informações erradas).<br />
Nunca prometa o que você não pode<br />
cumprir e cumpra tudo o que prometeu.<br />
Não adie o problema e nem passe o “abacaxi”<br />
adiante, solucionar problemas é<br />
tarefa inerente ao bom profissional de<br />
<strong>venda</strong>s da atualidade.<br />
O cliente nem sempre tem razão, mas,<br />
também, nem sempre está errado.<br />
“Cliente não quer saber<br />
de empresa que liga para<br />
vender, mas empresa<br />
que liga para saber<br />
sua opinião e buscar<br />
feedback para aprimorar<br />
produtos e serviços é<br />
muito bem vista.”<br />
(David Lederman)<br />
David Lederman<br />
6) A empresa não<br />
valoriza o pós-<strong>venda</strong><br />
Diversas respostas à pergunta sobre<br />
os grandes erros cometidos no<br />
pós-<strong>venda</strong> giraram em torno da<br />
organização da empresa para fazer<br />
o pós-<strong>venda</strong> acontecer. Os participantes<br />
da pesquisa revelaram<br />
problemas como: “falta um processo<br />
de pós-<strong>venda</strong>”, “falta equipe<br />
para realizar o pós-<strong>venda</strong>”, “nossos<br />
vendedores não são treinados para<br />
isso”, “não sabemos mensurar<br />
os resultados do pós-<strong>venda</strong>”, “o<br />
pós-<strong>venda</strong> é feito por um profissional<br />
que entende do produto,<br />
mas não de relacionamento” e “os<br />
vendedores não são cobrados por<br />
resultados em pós-<strong>venda</strong> e muito<br />
menos premiados por isso”.<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 47
EDIÇÃO ESPECIAL<br />
PÓS VENDA<br />
Isso tudo mostra que essas<br />
empresas não valorizam o pós-<br />
-<strong>venda</strong> como deveriam. O motivo?<br />
Talvez elas desconheçam os benefícios<br />
que esse passo da <strong>venda</strong><br />
pode trazer.<br />
Por que você deveria<br />
evitar esses erros e<br />
investir em pós-<strong>venda</strong><br />
“Você precisa ter em mente que<br />
conquistar um cliente novo é cinco<br />
vezes mais caro do que manter<br />
na sua base clientes que já compraram.<br />
Além disso, em média, um<br />
cliente novo não é tão rentável<br />
quanto um cliente ativo, pois o<br />
cliente que você acabou de conquistar<br />
não está maduro e dificilmente<br />
irá consumir todos os seus<br />
produtos ou serviços. Em tempos<br />
difíceis como o que estamos vivendo,<br />
então, é muito mais importante<br />
reter o cliente atual do que gastar<br />
energia para conquistar um<br />
novo cliente”, declara David Lederman.<br />
E nesse processo, o pós-<br />
-<strong>venda</strong> é fundamental, pois ele<br />
demonstra a preocupação da empresa<br />
para com os clientes, garante<br />
a resolução de problemas e assegura<br />
que a base permaneça viva.<br />
Mas essa não é a única questão<br />
pertinente aos benefícios do pós-<br />
-<strong>venda</strong> que deve ser analisada na<br />
hora de decidir se esse importante<br />
passo será mais bem trabalhado<br />
em uma empresa. É preciso<br />
refletir, ainda, sobre outros benefícios<br />
que um pós-<strong>venda</strong> bem feito<br />
pode trazer. E nesse sentido, o<br />
depoimento de Sanon Matias na<br />
nossa pesquisa sobre o assunto<br />
traz uma interessante reflexão:<br />
“Na abordagem do pós-<strong>venda</strong>, descobrimos<br />
uma falha em um de<br />
nossos processos. Antes de conversar<br />
com nossos clientes, nós<br />
“Calcular o NPS permanentemente e acompanhar<br />
sua evolução só traz benefícios para qualquer tipo<br />
de empresa, em qualquer ramo de atividade. Cultivar<br />
os clientes promotores torna qualquer marca mais<br />
sólida a longo prazo, uma vez que a propagação<br />
dos valores do negócio é feita de forma espontânea<br />
através desses consumidores satisfeitos.”<br />
(Marcelo Baratella)<br />
entendíamos que o procedimento<br />
de encerramento de ticket deveria<br />
partir da empresa, e não do cliente.<br />
Depois que passamos a cuidar<br />
do pós-<strong>venda</strong>, descobrimos que<br />
isso gerava bastante descontentamento<br />
por parte dos clientes,<br />
afinal, muitas vezes o ticket tinha<br />
que ser reaberto. Então, após analisarmos<br />
diversos depoimentos<br />
de nossos clientes, mudamos o<br />
procedimento. De lá pra cá, nossos<br />
resultados melhoraram.”<br />
O que a declaração de Matias<br />
revela é a capacidade do pós-<strong>venda</strong><br />
de apontar falhas organizacionais.<br />
Ou seja, ele faz com que empresas<br />
que estão dispostas a mudar<br />
descubram no que precisam melhorar.<br />
Com essa informação em<br />
mãos, o trabalho fica muito mais<br />
fácil. E com o caminho corrigido,<br />
as chances de os clientes tornarem-<br />
-se fiéis aumentam (assim como a<br />
possibilidade de indicações) e, consequentemente,<br />
as <strong>venda</strong>s também.<br />
É isso que você busca, não é?<br />
4 passos para fazer<br />
um pós-<strong>venda</strong> que<br />
funciona<br />
Convencido a iniciar um trabalho<br />
mais consistente de pós-<br />
-<strong>venda</strong>? Então está na hora de<br />
saber o que você precisa fazer<br />
para iniciar essa mudança na<br />
sua empresa!<br />
1) Defina a estratégia<br />
de pós-<strong>venda</strong><br />
Há diversas maneiras de fazer<br />
pós-<strong>venda</strong>. Conhecer algumas<br />
delas é o primeiro passo para definir<br />
qual é a ideal para sua empresa.<br />
Para ajudá-lo a encontrar<br />
o caminho ideal para os seus objetivos,<br />
apresentamos as seguintes<br />
dicas:<br />
48<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
a) Adeque suas ações ao tamanho<br />
da sua empresa e ao seu<br />
orçamento<br />
“Para empresas com ciclo de compras<br />
curto e valor médio de <strong>venda</strong><br />
baixo, tais como restaurantes<br />
e pequenas lojas de varejo, o bom<br />
e velho formulário de papel depositado<br />
na urna é uma excelente<br />
escolha, visto que não há necessidade<br />
de demandar uma pessoa<br />
para fazer ligações e pesquisar.<br />
Já para ciclos de compras mais<br />
longos e valor médio de compra<br />
mais alto, o ideal é utilizar o telefone<br />
para fazer uma pesquisa<br />
de, no máximo, quatro perguntas<br />
simples que ajudem o gestor e a<br />
empresa a tomarem as melhores<br />
decisões estratégicas”, recomenda<br />
Wanderley Cintra.<br />
É importante ter em mente<br />
que ferramentas baratas podem,<br />
sim, ser eficientes. É o caso do<br />
WhatsApp, que Marcelo Baratella<br />
recomenda para quem quer<br />
melhorar a forma como faz pós-<br />
-<strong>venda</strong> sem gastar muito. “Encare-o<br />
como uma ferramenta<br />
poderosa de trabalho, mas tenha<br />
muito cuidado para não utilizá-<br />
-lo de maneira indevida e inconveniente.<br />
Somente utilize-o<br />
quando tiver alguma informação<br />
importante para passar ao seu<br />
cliente. Por exemplo: um corretor<br />
de seguros pode usar o aplicativo<br />
para informar ao cliente<br />
sobre o vencimento do seguro,<br />
falar de uma parcela que irá vencer<br />
ou sobre o andamento de um<br />
processo de sinistro. Uma vendedora<br />
de uma loja de roupas<br />
femininas pode convidar suas<br />
clientes para o lançamento da<br />
coleção nova. Uma casa de pães<br />
pode avisar aos seus clientes os<br />
horários das fornadas fresquinhas”,<br />
explica.<br />
b) Lembre que o cliente gosta<br />
de ser valorizado<br />
O pós-<strong>venda</strong> é o momento ideal<br />
para mostrar para o cliente que<br />
sua empresa se importa com ele<br />
– e não apenas com o lucro. Estas<br />
são algumas ações que os participantes<br />
da nossa pesquisa apresentaram:<br />
Cada vez que o cliente compra,<br />
10% do valor da sua compra<br />
vira um bônus para ele utilizar<br />
em um prazo de 60 dias.<br />
Na data do aniversário dos<br />
clientes, envie brindes e mensagens.<br />
Sempre que fizer uma pesquisa<br />
de satisfação com os clientes,<br />
garanta algo em troca<br />
para ele – descontos, brindes<br />
e assim por diante.<br />
c) Não tenha medo de testar<br />
A melhor maneira de saber se<br />
uma estratégia funciona é colocando-a<br />
em prática. Por isso, teste<br />
o WhatsApp, os descontos, a<br />
pesquisa por telefone, a pesquisa<br />
por e-mail, o formulário de papel,<br />
o contato por meio das redes sociais...<br />
enfim, teste! O fato é que<br />
uma ferramenta que é boa para<br />
algumas empresas pode não ser<br />
boa para sua, e é apenas testando<br />
que você irá encontrar o modelo<br />
ideal para a sua organização. De<br />
qualquer forma, bons exemplos<br />
sempre podem ajudar.<br />
Ideias simples e que<br />
funcionam<br />
Muitos dos participantes da nossa pesquisa<br />
revelaram algumas de suas estratégias<br />
simples e eficientes de pós-<br />
-<strong>venda</strong>. Destacamos estas:<br />
<strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong> como pré-<strong>venda</strong>: “A<br />
cada dois meses, entramos em contato<br />
com nossos clientes para saber se<br />
há demanda de algum produto da nossa<br />
linha. Todo mês, eles recebem e-mails<br />
de informações e promoções. Além<br />
disso, pesquisamos mensalmente no<br />
sistema quais foram os clientes que<br />
compraram algo no mesmo mês no ano<br />
anterior e entramos em contato com<br />
eles novamente.” (Eliza Brito)<br />
<strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong> que fideliza e gera indicação:<br />
“Atuo no segmento automotivo<br />
há mais de 16 anos, e apesar de ser<br />
de <strong>venda</strong>s, tenho uma forte atuação em<br />
pós-<strong>venda</strong>, principalmente quando passei<br />
a ter conhecimento de como funciona<br />
o mercado norte-americano no segmento<br />
automotivo. Lá, eles consideram<br />
que vender carro é apenas a ponta do<br />
iceberg, é no pós-<strong>venda</strong> que está a galinha<br />
dos ovos de ouro! Uma vez, encontrei<br />
um cliente muito chateado por causa<br />
do atendimento ruim que recebeu no<br />
pós-<strong>venda</strong> da concessionária. Fiz uma<br />
abordagem prévia e identifiquei que<br />
faltou atenção ao cliente. Fiz o seguinte:<br />
disse para ele que eu iria levá-lo até seu<br />
trabalho (pois ele iria entregar o carro e<br />
não tinha como voltar), apesar de o gerente<br />
de pós-<strong>venda</strong>, que tem uma visão<br />
técnica, ter simplesmente dito que não<br />
tinha veículo para esse tipo de serviço.<br />
Eu levei o cliente ao trabalho dele e o<br />
mantive informado de todo o processo<br />
do veículo pelo WhatsApp (inclusive enviando<br />
fotos do mecânico trabalhando<br />
no carro dele). Nesse momento, ele sentiu<br />
confiança e profissionalismo na minha<br />
atitude. Quando o carro ficou pronto,<br />
eu pedi para um consultor de <strong>venda</strong>s,<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 49
EDIÇÃO ESPECIAL<br />
PÓS VENDA<br />
o mesmo que vendeu o carro para o<br />
cliente, buscá-lo em seu trabalho. Entregamos<br />
o carro, ele ficou muito satisfeito<br />
e, com isso, ganhamos sua fidelização,<br />
sua satisfação e sua confiança.<br />
Como consequência, outros três membros<br />
de sua família vieram comprar carro<br />
conosco. Ele terminou dizendo assim:<br />
‘Essa empresa precisa ter gerentes com<br />
a sua visão de pós-<strong>venda</strong>’. E sorriu pra<br />
mim.” (Carlos Ney Castro dos Santos)<br />
Capacitação de clientes como adicional<br />
de pós-<strong>venda</strong>: “A cada 40 dias,<br />
oferecemos gratuitamente um curso de<br />
três dias sobre os nossos principais produtos.<br />
Nesse curso, avaliamos o conhecimento<br />
de nossos clientes e aproveitamos<br />
para apresentar soluções às demandas<br />
que eles têm. Também aproveitamos<br />
a oportunidade para nos<br />
aproximarmos de quem compra da gente<br />
e ficamos atentos às reclamações e<br />
desconfortos de qualquer natureza para<br />
providenciar as ações de correções o<br />
mais rápido possível.” (Alessandra Maria<br />
Di Sicco, Alcis – Softwares para logística)<br />
Alessandra Maria Di Sicco, Alcis<br />
Além disso, esteja sempre em<br />
busca de novas ferramentas que<br />
podem melhorar seus processos.<br />
A reportagem 5 ferramentas para<br />
continuar encantando o cliente depois<br />
da primeira <strong>venda</strong> (início na página<br />
54) apresenta boas opções para<br />
você testar.<br />
2) Encontre a equipe<br />
ideal para conduzir o<br />
seu pós-<strong>venda</strong><br />
Há, basicamente, três opções de<br />
grupos que podem conduzir o<br />
processo de pós-<strong>venda</strong> da sua<br />
empresa:<br />
a) Os próprios vendedores.<br />
b) Uma equipe especializada em<br />
pós-<strong>venda</strong>.<br />
c) Uma empresa terceirizada.<br />
David Lederman é categórico<br />
em dizer que não interessa quem<br />
irá colocar as ações em prática, o<br />
importante, segundo ele, é que a<br />
estratégia seja seguida. “Se o próprio<br />
vendedor for fazer o pós-<strong>venda</strong>,<br />
ele tem que seguir a estratégia.<br />
Se uma equipe especializada for<br />
fazer o pós-<strong>venda</strong>, ela tem que seguir<br />
a estratégia. Se uma empresa<br />
terceirizada for fazer o pós-<strong>venda</strong>,<br />
ela tem que seguir a estratégia. É<br />
isso que importa”, destaca.<br />
No entanto, existem alguns<br />
fatores, além da estratégia, que<br />
devem ser avaliados na hora de<br />
definir quem cuidará do pós-<strong>venda</strong><br />
na sua empresa – especialmente<br />
quando seus próprios vendedores<br />
forem cuidar do processo ou<br />
quando ele for terceirizado:<br />
Quanto aos próprios<br />
vendedores:<br />
Tamanho da carteira de<br />
clientes – Vendedores<br />
com carteiras de clientes<br />
muito grandes não conseguem<br />
ter tempo para se<br />
dedicar ao pós-<strong>venda</strong> como<br />
deveriam.<br />
Metas – Vendedores preocupam-se<br />
em atingir<br />
metas. Portanto, se você<br />
quer que sua equipe comercial<br />
cuide do pós-<strong>venda</strong>,<br />
precisa estabelecer<br />
metas claras de pós-<strong>venda</strong><br />
(sem deixar de lado,<br />
claro, as metas de fechamento).<br />
Remuneração – Assim<br />
como as metas são importantes,<br />
a recompensa financeira<br />
também é. Dessa forma,<br />
estabelecer uma remuneração<br />
variável pelo atingimento<br />
das metas de<br />
pós-<strong>venda</strong> é essencial para<br />
manter os vendedores motivados<br />
a cuidar desse processo.<br />
Quanto à empresa<br />
terceirizada:<br />
50<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br <strong>venda</strong>mAIS.com.br - NOVEMBRO novembro 2015
Escolhendo a empresa –<br />
Existem diversas empresas<br />
no mercado que oferecem<br />
terceirização do pós-<strong>venda</strong>.<br />
Na hora de escolher qual<br />
será a responsável pelo seu<br />
pós-<strong>venda</strong>, você precisa<br />
levar em consideração aspectos<br />
como: se a equipe<br />
da terceira estará 100% focada<br />
no trabalho para a<br />
sua empresa ou não, se<br />
haverá, dentro da empresa<br />
terceirizada, um líder para<br />
gerir essa equipe e cobrar<br />
atingimento de metas, como<br />
se dará a entrega de<br />
resultados e assim por<br />
diante.<br />
Acompanhe de perto o<br />
trabalho – Por mais que o<br />
pós-<strong>venda</strong> da sua empresa<br />
seja terceirizado, é fundamental<br />
que alguém interno<br />
acompanhe o trabalho, pois<br />
“o olho do dono engorda o<br />
gado”. Seu objetivo, ao terceirizar<br />
o pós-<strong>venda</strong>, não<br />
pode ser “se livrar” do processo.<br />
Indicadores e metas –<br />
Uma equipe terceirizada<br />
também precisa entregar<br />
resultados. Não deixe que a<br />
terceirizada defina os indicadores<br />
e as metas sozinha.<br />
Cheguem juntos a um consenso<br />
e definam, também,<br />
o que pode fazer com que o<br />
contrato seja encerrado.<br />
3) Estabeleça quais<br />
serão os indicadores<br />
de sucesso do pós<strong>venda</strong><br />
Como você viu, os indicadores de<br />
performance do pós-<strong>venda</strong> da<br />
Gazin Atacado são os seguintes:<br />
número de contatos feitos pelos<br />
atendentes de pós-<strong>venda</strong> e o tempo<br />
que eles demoram para resolver<br />
os problemas apresentados<br />
pelos clientes. São duas possibilidades,<br />
mas não são as únicas.<br />
Você pode, também, estabelecer<br />
metas de <strong>venda</strong>s, de conquista de<br />
indicações... do que achar importante<br />
para o seu negócio. O essencial<br />
é que as metas sejam estabelecidas<br />
e que sejam metas<br />
ESMART (Específicas, Mensuráveis,<br />
Alcançáveis, Relevantes e<br />
com um Tempo definido para<br />
serem atingidas).<br />
Por exemplo:<br />
“Até o fim de dezembro do ano<br />
que vem, quero vender 10% a mais<br />
do que vendi até o mesmo período<br />
do ano passado, fazendo X contatos<br />
por semana com clientes fiéis<br />
e prospectando novos clientes Y<br />
vezes por mês.”<br />
O passo seguinte é colocar<br />
as metas ESMART no papel. Isso<br />
as torna muito mais claras, motiva<br />
o profissional a entrar em<br />
ação, ajuda a ter foco, a vencer<br />
a preguiça e a acomodação e,<br />
também, a monitorar o progresso.<br />
Nesse momento, é papel do<br />
líder acompanhar de perto do<br />
trabalho para dar feedback sempre<br />
que preciso e auxiliar os profissionais<br />
a manterem-se com os<br />
olhos nas metas.<br />
4) Crie uma política de<br />
remuneração especial<br />
para o pós-<strong>venda</strong><br />
No que diz respeito à remuneração,<br />
o mais comum é que os<br />
profissionais responsáveis pelo<br />
pós-<strong>venda</strong> tenham um salário<br />
fixo, mas também sejam bonificados<br />
com uma remuneração<br />
variável condicionada ao atingimento<br />
de metas.<br />
José Luis Pisano, diretor da<br />
Mirantes da Lagoa, participou da<br />
nossa pesquisa e conta como funciona<br />
a remuneração especial por<br />
pós-<strong>venda</strong> na sua empresa. “Cada<br />
pessoa da equipe de <strong>venda</strong>s trabalha<br />
em dupla com uma pessoa<br />
do pós-<strong>venda</strong>. Ambos recebem<br />
um bônus por satisfação dos clientes<br />
e pelo número de indicações<br />
que recebemos. Além disso, podem<br />
ter uma premiação especial<br />
por ‘customer success’, quando<br />
prestam um serviço extra para o<br />
cliente”, explica.<br />
No fim das contas, como lembra<br />
David Lederman, “tudo é<br />
uma questão de ter estratégia,<br />
processos, pessoas e tecnologia<br />
para fazer o pós-<strong>venda</strong> trazer o<br />
resultado esperado”. Com esses<br />
quatro pilares equilibrados, o<br />
pós-<strong>venda</strong> da sua empresa fará<br />
a diferença para vocês e para os<br />
seus clientes!<br />
Leve essas dicas em consideração,<br />
analise a realidade da sua<br />
organização e comece a agir. Os<br />
resultados virão!<br />
Colaboraram nesta matéria: Francine<br />
Pereira, João Guilherme Brotto, Natasha<br />
Schiebel e Raul Candeloro<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 51
Relacionamento com o cliente<br />
Silvia Candeloro<br />
A distância<br />
entre a teoria e<br />
a prática no<br />
pós-<strong>venda</strong><br />
Apesar DE SABERMOS a<br />
importância de fazer pós-<br />
-<strong>venda</strong>, muitas vezes a execução<br />
desse importante passo<br />
é um pouco complicada.<br />
Estes são alguns motivos:<br />
1. A empresa acredita que já<br />
sabe o que o cliente pensa<br />
e quer ou não está disposta<br />
a fazer mudanças, então<br />
acha melhor nem ouvir sugestões e/ou não tem<br />
um processo estabelecido para a coleta, organização<br />
e análise das informações, etc.<br />
2. Os vendedores “não têm tempo”, vontade ou<br />
acreditam que deveriam usar seu tempo prospectando<br />
e vendendo. E se a empresa não estimula<br />
e/ou exige, então certamente o pós-<strong>venda</strong><br />
pode acabar no esquecimento.<br />
52<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
2. Os clientes não querem responder<br />
as perguntas, dar feedback,<br />
etc.<br />
Essa última opção, a dificuldade<br />
de conseguir que os clientes ajudem<br />
no pós-<strong>venda</strong>, é o tema deste artigo.<br />
Pode parecer que temos pouco<br />
controle sobre a atitude dos clientes<br />
frente ao nosso pedido de feedback,<br />
mas isso não é verdade. É<br />
possível melhorar, sim, nossos índices<br />
de resposta e sua qualidade.<br />
Aqui vão algumas perguntas<br />
frequentes sobre o assunto, devidamente<br />
respondidas:<br />
Posso esperar que 100% de<br />
meus clientes aceitem um<br />
contato de pós-<strong>venda</strong>? Não.<br />
Tenha em mente que nem todos<br />
os seus clientes querem receber<br />
um contato. Uma pesquisa feita<br />
no segmento de indústrias nos<br />
EUA mostrou que 40% de retorno<br />
é considerado excelente e que<br />
a média fica entre 15 e 20%.<br />
Qual o tempo ideal para aumentar<br />
a participação nas<br />
pesquisas? Se quiser melhorar<br />
os índices, faça pesquisas que<br />
não excedam cinco minutos<br />
e, no início, avise que será um<br />
processo rápido.<br />
E se eu tiver mais perguntas<br />
que gostaria de fazer e não<br />
couberem nos cinco minutos?<br />
Nesse caso, divida-as em<br />
mais de uma pesquisa. Se a<br />
primeira tiver sido fácil e agradável<br />
de ser respondida, a probabilidade<br />
de a pessoa aceitar<br />
responder a próxima aumenta.<br />
Como melhorar o retorno do<br />
pós-<strong>venda</strong>? Se for uma pesquisa<br />
feita pessoalmente ou por<br />
telefone, a empatia do pesquisador<br />
é fundamental! Ninguém<br />
gosta de falar com alguém<br />
que parece um robô, que não dá<br />
atenção aos nossos comentários<br />
porque eles saem do seu script,<br />
ou pesquisadores que você tem<br />
certeza que não levarão adiante<br />
nenhuma sugestão que você<br />
der. O grande diferencial de uma<br />
pesquisa feita por uma pessoa<br />
é conseguir ir além das notas<br />
de zero a dez que possam nos<br />
dar, entender o porquê daquelas<br />
notas, que sugestões e mudanças<br />
fariam com que seu grau de satisfação<br />
aumentasse. Só use uma<br />
pessoa se ela tiver condições de<br />
interagir, extrair e repassar as<br />
informações para a empresa.<br />
Já no caso de e-mail, SMS ou<br />
alguma outra ferramenta<br />
virtual, deixe claro como é<br />
o processo, quanto tempo vai<br />
durar, quantas perguntas são,<br />
etc. Isso vai diminuir a quantidade<br />
de desistências durante<br />
a pesquisa.<br />
Qual o melhor canal de comunicação?<br />
Além de levar em<br />
consideração as respostas que<br />
deseja ter, você será muito mais<br />
assertivo se respeitar as preferências<br />
do cliente. Ou seja,<br />
pergunte se ele prefere ser contatado<br />
por e-mail, telefone,<br />
mensagem de texto, etc. O celular<br />
é ótimo para acessar as<br />
pessoas, mas nem sempre a<br />
ligação é feita em um momento<br />
conveniente para responder<br />
a uma pesquisa de satisfação.<br />
O e-mail é rápido e fácil para<br />
alguns, mas, para outros, pode<br />
ser facilmente esquecido na<br />
caixa de entrada. Sendo assim,<br />
pergunte e deixe o cliente decidir<br />
o que é melhor para ele.<br />
Quem fará a pesquisa? O ideal<br />
é que seja uma pessoa neutra.<br />
Pedir diretamente um feedback<br />
para alguém, independentemente<br />
de vocês já terem um<br />
relacionamento ou não, pode<br />
constranger e deixar a pesquisa<br />
menos confiável ou até mesmo<br />
ter menos aderência.<br />
Quando é melhor fazer a<br />
pesquisa? Quanto antes melhor!<br />
Enquanto a experiência<br />
e o vínculo do cliente com<br />
a empresa ainda está fresco<br />
na lembrança, maior será seu<br />
retorno.<br />
Do que as pessoas gostam?<br />
As pessoas gostam de dar opinião.<br />
Use essa palavra no início<br />
da comunicação, mas fuja<br />
da frase feita “sua opinião é<br />
muito importante para nós!”,<br />
que já está gasta.<br />
Do que as pessoas não gostam?<br />
Não gostam de perguntas<br />
pessoais, invasivas ou<br />
comprometedoras. Nem de<br />
perguntas subjetivas. As<br />
chances de seus clientes fugirem<br />
da sua pesquisa se for por<br />
esse caminho são grandes.<br />
“O que eu ganho com isso?”<br />
Todo mundo gosta de um “mimo”!<br />
Seu cliente certamente<br />
estará muito mais disposto a<br />
contribuir com sua pesquisa se<br />
ganhar alguma coisa em<br />
contrapartida. Não precisa<br />
ser nada muito valioso, pode<br />
ser um pequeno desconto, um<br />
brinde, um benefício qualquer,<br />
pontos em um programa de<br />
fidelidade, a chance de concorrer<br />
a algum prêmio maior...<br />
Enfim, use a imaginação!<br />
Se perceber que as pessoas estão<br />
fugindo da sua pesquisa, dê<br />
uma olhada com calma nesta lista.<br />
Bons negócios com pós-<strong>venda</strong>!<br />
Silvia Candeloro é especialista<br />
e estudiosa na área de<br />
negociação, treina equipes<br />
comerciais e assessora empresários<br />
e executivos, além<br />
de ser palestrante. Possui<br />
MBA em Gestão Empresarial<br />
pela FGV, é professora de<br />
Negociação no Centro Europeu<br />
e autora do Kit de Negociação<br />
<strong>VendaMais</strong>. Foi durante<br />
16 anos sócia e diretora<br />
da Editora Quantum.<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 53
Top 5 / por Francine Pereira /<br />
DIVULGAÇÃO<br />
ferramentas<br />
para CONtinuar<br />
ENCANtANDO<br />
o cliente DEPOIS<br />
da primeira<br />
VENDA<br />
Como você viu na<br />
reportagem de capa<br />
desta edição (início<br />
na página 40), a pesquisa<br />
que realizamos<br />
recentemente sobre<br />
o oitavo passo da<br />
<strong>venda</strong> mostrou que falta de comprometimento<br />
da equipe, de iniciativa,<br />
de vontade, de tempo e de um processo<br />
a seguir são algumas das principais<br />
dificuldades enfrentadas pelos<br />
gestores de <strong>venda</strong>s para realizar um<br />
bom pós-<strong>venda</strong> em suas empresas.<br />
Para diminuir esses impasses, é<br />
preciso fazer um trabalho de conscientização<br />
quanto à importância<br />
dessa etapa (que garante a extensão<br />
e a potencialização da satisfação do<br />
cliente e também pode gerar muitas<br />
novas oportunidades de negócios<br />
para a organização) e, além disso,<br />
encontrar ferramentas que facilitem<br />
o processo.<br />
Sabendo disso, convidamos nossos<br />
colunistas a indicarem as ferramentas<br />
que eles acreditam que têm<br />
esse potencial. Conheça as cinco<br />
selecionadas por eles e encontre as<br />
melhores opções para o seu negócio.<br />
54<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
c) Para quem cuida de canais de <strong>venda</strong><br />
Neste caso, o importante é a relação mais pessoal,<br />
focada no cliente do canal. Ou seja, é preciso<br />
preocupar-se com o nível de satisfação do<br />
cliente do seu cliente.<br />
O que usar:<br />
NPS<br />
[ 1 ]<br />
Pesquisa de satisfação<br />
Existe melhor maneira de se aproximar do cliente<br />
depois da <strong>venda</strong> do que perguntando se ele ficou<br />
satisfeito, se está gostando do que adquiriu? O especialista<br />
e palestrante de <strong>venda</strong>s Marcelo Ortega<br />
afirma que não. “O pós-<strong>venda</strong> é, ao meu ver, o momento<br />
de medir satisfação e a eficiência do serviço<br />
ou produto vendido”, analisa.<br />
Segundo ele, para realizar a pesquisa de satisfação,<br />
existem três focos diferentes que devem ser<br />
ajustados de acordo com o tipo de negócio:<br />
Para realizar pesquisas de satisfação, Ortega indica<br />
a utilização do método NPS (Network Promoter<br />
Score). “É uma técnica para medir a satisfação avaliando<br />
quantos clientes são promotores de sua<br />
empresa, produto, serviço ou marca (ou seja, estão<br />
falando bem) versus quantos são detratores (estão<br />
falando mal)”, explica.<br />
João Baptista Vilhena, especialista em marketing<br />
e <strong>venda</strong>s, também aponta o NPS como uma das melhores<br />
alternativas para realizar o pós-<strong>venda</strong>. “O NPS<br />
é efetivo não apenas pela sua facilidade de aplicação,<br />
mas pela possibilidade de gerar um indicador de<br />
experiência que é comparável com os indicadores de<br />
seus concorrentes. Várias empresas o utilizam e<br />
obtêm excelentes resultados com ele”, ressalta.<br />
“O pós-<strong>venda</strong> é, ao meu ver, o momento de<br />
medir satisfação e a eficiência do serviço ou<br />
produto vendido.”<br />
(Marcelo Ortega)<br />
a) Para quem atua com cliente final e vende<br />
serviços<br />
Investigar se o cliente foi bem atendido, se o<br />
serviço atingiu o resultado esperado, se a equipe<br />
técnica tinha preparo para executar o serviço<br />
e se a expectativa foi atingida ou superada.<br />
b) para quem vende produtos ao cliente final<br />
Em geral, a pesquisa de satisfação deve ser focada<br />
no desempenho do produto: se funcionou<br />
bem, se teve performance de acordo com expectativas<br />
e assim por diante.<br />
Marcelo Ortega<br />
João Baptista Vilhena<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 55
Salesforce<br />
Jerônimo Mendes (especialista em empreendedorismo<br />
e desenvolvimento de pessoas) e José Ricardo<br />
Noronha (palestrante e consultor de <strong>venda</strong>s) acreditam<br />
que a solução do Salesforce é uma das mais<br />
úteis para o acompanhamento de todo o processo de<br />
<strong>venda</strong>s – inclusive do pós-<strong>venda</strong>. Noronha explica<br />
por quê. “O Salesforce ajuda a criar um processo<br />
estruturado de relacionamento com o cliente em<br />
todas as fases da <strong>venda</strong>. No pós-<strong>venda</strong>, conta com<br />
preciosos recursos que permitem, por exemplo, customizar<br />
e personalizar suas mensagens de acordo<br />
com as preferências e os hábitos de consumo de<br />
cada um dos seus clientes. Além disso, disponibiliza<br />
uma incrível gama de materiais educativos – como<br />
e-books, infográficos e tutoriais on-line – focados<br />
em incrementar a produtividade em <strong>venda</strong>s”, revela.<br />
[ 2 ]<br />
Com informações atualizadas e organizadas em<br />
mãos, fica muito mais fácil manter contato constante<br />
com os clientes, de forma direcionada e eficiente.<br />
Por isso, o CRM também é uma importante<br />
ferramenta de pós-<strong>venda</strong>. “O CRM é o modelo mais<br />
importante que foi criado para <strong>venda</strong>s e marketing<br />
nos últimos anos. Muito mais do que a organização<br />
dos prospects, essa ferramenta prepara o vendedor<br />
para ser organizado e produtivo e é fundamental<br />
para acompanhar e fazer pós-<strong>venda</strong>”, aponta João<br />
Kepler, especialista em marketing digital e <strong>venda</strong>s.<br />
João Alberto Costenaro, consultor e palestrante<br />
da área de <strong>venda</strong>s, também reforça a importância<br />
dessa ferramenta para um pós-<strong>venda</strong> efetivo. “O CRM<br />
é essencial para a gestão adequada dos contatos com<br />
o cliente. É importante para que os eventos positivos<br />
e negativos dessa relação – agora continuada – com<br />
o cliente sejam reportados à empresa”, avalia.<br />
O que usar:<br />
CRM<br />
Estas são as plataformas de CRM indicadas pelos<br />
nossos colunistas:<br />
João Alberto Costenaro<br />
“O CRM é essencial<br />
para a gestão<br />
adequada dos contatos<br />
com o cliente. É<br />
importante para que<br />
os eventos positivos<br />
e negativos dessa<br />
relação – agora<br />
continuada – com<br />
o cliente sejam<br />
reportados à empresa.”<br />
(João Alberto Costenaro)<br />
Pipedrive<br />
Pipedrive é o CRM favorito de João Kepler, por ser,<br />
em suas palavras, enxuto e certeiro. “A diferença<br />
do Pipedrive é que ele tem um propósito de acompanhar<br />
os prospects, as propostas e os clientes. Ele<br />
apoia o vendedor e a empresa para o foco no follow-<br />
-up e no forecast da <strong>venda</strong>”, revela.<br />
Agendor<br />
Outra recomendação de Kepler é o Agendor. Segundo<br />
ele, esse é um software brasileiro que tem<br />
56<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
uma proposta parecida com a do Pipedrive. “Ele<br />
traz um pouco das melhores características de cada<br />
CRM do mercado e conta ainda com o apoio do<br />
seu blog, que fornece dicas e artigos técnicos muito<br />
úteis”, destaca.<br />
Meu Atendimento<br />
Silvia Candeloro, especialista em negociação, sugere<br />
a utilização da plataforma Meu Atendimento, um<br />
site simples, que organiza as informações que ficam<br />
perdidas com os vendedores e que, apesar de não ser<br />
um CRM propriamente dito, desempenha um papel<br />
semelhante e é bastante interessante. “Além de controlar<br />
a quantidade de atendimentos de cada vendedor,<br />
assim como a taxa de conversão, o faturamento,<br />
ticket médio, etc., essa ferramenta ainda consegue<br />
cadastrar as <strong>venda</strong>s perdidas e seus motivos. Diversos<br />
relatórios também estão disponíveis, facilitando<br />
a análise e tomada de decisão dos gestores e, consequentemente,<br />
o pós-<strong>venda</strong>", afirma.<br />
Silvia Candeloro<br />
o vendedor/a empresa para tirar dúvidas sobre o<br />
produto ou serviço que adquiriu e, da mesma<br />
forma, o vendedor/a empresa consegue manter<br />
contato direto com o cliente, dando continuidade<br />
ao relacionamento. Muitas vezes, só de observar<br />
o que o seu cliente publica em suas redes, já é<br />
possível identificar se ele está gostando ou não<br />
do que comprou de você e tomar decisões práticas<br />
a partir dessa análise.<br />
[ 3 ]<br />
Redes sociais<br />
As mídias sociais oferecem ao vendedor uma infinidade<br />
de informações sobre seus clientes e<br />
também podem funcionar como canais de relacionamento<br />
com eles. Elas atuam como via de<br />
mão dupla – o cliente pode entrar em contato com<br />
João Kepler<br />
“O CRM é o modelo<br />
mais importante que<br />
foi criado para <strong>venda</strong>s e<br />
marketing nos últimos<br />
anos. Muito mais do<br />
que a organização dos<br />
prospects, essa ferramenta<br />
prepara o vendedor para<br />
ser organizado e produtivo<br />
e é fundamental para<br />
acompanhar e fazer pós<strong>venda</strong>.”<br />
(João Kepler)<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 57
O que usar:<br />
Rapportive<br />
Leandro Branquinho, especialista em criatividade<br />
e atendimento em <strong>venda</strong>s, recomenda o uso do<br />
Rapportive, um aplicativo dos navegadores Chrome<br />
e Firefox. Ele explica que a ferramenta é uma das<br />
maneiras mais fáceis e automáticas de se aproximar<br />
de seus clientes pelas redes sociais. “Ao enviar ou<br />
receber um e-mail de um cliente (pelo Gmail), o<br />
Rapportive permite que você visualize algumas<br />
redes sociais em que ele está. Estabelecer contato<br />
via LinkedIn, Twitter ou Skype é uma excelente<br />
forma de fazer pós-<strong>venda</strong>. Instale no seu computador<br />
e bote para quebrar!”, aconselha.<br />
José Ricardo Noronha<br />
[ 4 ]<br />
Visitas ao cliente<br />
Nem sempre ferramentas de pós-<strong>venda</strong> precisam<br />
estar ligadas à tecnologia ou mesmo envolver altos<br />
custos com mensalidade para funcionar. Atitudes “à<br />
moda antiga” também são excelentes para continuar<br />
encantando os clientes depois da primeira compra.<br />
Uma simples visita, por exemplo, pode fazer toda a<br />
diferença. João Alberto Costenaro explica que o<br />
fato de o vendedor se fazer presente mostra que ele<br />
está efetivamente preocupado com a satisfação do<br />
cliente, e isso fortalece o relacionamento.<br />
“O Salesforce ajuda e muito a<br />
criar um processo estruturado de<br />
relacionamento com o cliente em todas<br />
as fases da <strong>venda</strong>. No pós-<strong>venda</strong>, conta<br />
com preciosos recursos que permitem,<br />
por exemplo, customizar e personalizar<br />
suas mensagens de acordo com as<br />
preferências e os hábitos de consumo<br />
de cada um dos seus clientes. Além<br />
disso, disponibiliza uma incrível gama<br />
de materiais educativos como e-books,<br />
infográficos e tutoriais on-line focados<br />
em incrementar a produtividade em<br />
<strong>venda</strong>s.”<br />
(José Ricardo Noronha)<br />
58<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
“Depois da <strong>venda</strong>, é importante que seja feita<br />
uma visita pessoal do vendedor e, se for o caso,<br />
a apresentação das pessoas que se ocuparão de<br />
dar a assistência ao cliente a partir daquele momento”,<br />
salienta. Segundo Costenaro, pesquisas<br />
indicam que o cliente fica muito desapontado<br />
com o vendedor que o visita inúmeras vezes antes<br />
de fechar o negócio e depois desaparece.<br />
“Observe que esse desapontamento acontece<br />
mesmo com aqueles que estão satisfeitos com a<br />
compra feita”, pontua.<br />
Se for enviar um documento para o seu cliente,<br />
pregue um post-it nele com o seguinte recado<br />
‘Conte comigo. Estou à sua disposição. Meu celular<br />
é...’. Se fez uma visita ao seu cliente, antes de ir<br />
embora, coloque um post-it no mural dos funcionários<br />
com a mensagem ‘Pessoal, boas <strong>venda</strong>s! Se<br />
precisarem de alguma coisa, meu e-mail é...’. Essa<br />
é uma ferramenta simples, mas com um poder<br />
incrível de ganhar a simpatia dos seus clientes”,<br />
analisa.<br />
Excelentes sugestões, não é mesmo? Então agora<br />
é com você! Escolha as que mais se encaixam ao<br />
perfil do seu negócio e utilize-as para aprimorar<br />
seu pós-<strong>venda</strong>.<br />
[ 5 ]<br />
Post-it<br />
A criatividade também é muito importante na hora<br />
de comunicar-se com o seu cliente e de se destacar<br />
no mercado. Nesse sentido, uma ferramenta que<br />
não é nada convencional, mas funciona muito bem<br />
no pós-<strong>venda</strong>, é o post-it. Isso mesmo, aquele bloquinho<br />
de papel com adesivo no verso que você usa<br />
no escritório!<br />
Leandro Branquinho explica que, em um mundo<br />
cada vez mais tecnológico, quem escreve um<br />
bilhete à mão se diferencia muito. O especialista<br />
apresenta sugestões de como utilizar o post-it no<br />
pós-<strong>venda</strong>: “Se for fazer uma entrega para o seu<br />
cliente, coloque um bilhetinho dentro do pacote<br />
dizendo ‘Parabéns! Você fez uma excelente compra’.<br />
Leandro Branquinho<br />
“Ao enviar ou receber um e-mail de um<br />
cliente (pelo Gmail), o Rapportive permite que<br />
você visualize algumas redes sociais em que<br />
ele está. Estabelecer contato via LinkedIn,<br />
Twitter ou Skype é uma excelente forma de<br />
fazer pós-<strong>venda</strong>. Instale no seu computador e<br />
bote para quebrar!”<br />
(Leandro Branquinho)<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 59
Processos de <strong>venda</strong><br />
Claudio Diogo<br />
<strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong> ou pré-<strong>venda</strong>?<br />
Algumas pessoas PRegam que tudo NA vida deve ter um<br />
início, um meio e um fim. Concordo com o início e com o meio,<br />
mas discordo do fim!<br />
Mesmo após assistirmos a um filme, a mensagem dele continua<br />
conosco e até nos instiga a saber o que poderia vir a seguir (mesmo<br />
que não haja uma continuação). Um livro nos transporta ao<br />
mundo do autor, e quando voltamos dessa viagem, o conteúdo<br />
apresentado nele continua em nossa mente e nosso coração. A<br />
folha que cai do galho no inverno passa a alimentar a árvore de<br />
onde veio; é a infinita jornada da vida.<br />
Por isso, acredito firmemente que vivemos em um mundo sem<br />
fim, um processo vivo de uma jornada intensa que se renova a<br />
cada dia. E a <strong>venda</strong> segue o mesmo caminho! Ela é um processo<br />
contínuo, uma jornada infinita.<br />
No entanto, percebo que algumas<br />
empresas realizam o processo<br />
da <strong>venda</strong> de forma brilhante,<br />
mas não dão continuidade ao<br />
ciclo, pois acham que ele se encerra<br />
na entrega do produto/serviço.<br />
Essas empresas terminam<br />
a <strong>venda</strong> em uma fase que chamam<br />
de pós-<strong>venda</strong> e resumem tudo a<br />
um pouquinho de bajulação e um<br />
tapinha nas costas. Para elas, aqui<br />
vai um alerta: o pós-<strong>venda</strong> mudou<br />
drasticamente! Para trazer os resultados<br />
que você espera, ele precisa<br />
funcionar como um pré-<strong>venda</strong>,<br />
uma etapa que complementa<br />
a primeira <strong>venda</strong>, sim, mas que<br />
também dá início à segunda, à<br />
terceira e assim por diante.<br />
60<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Como funciona o pós-<strong>venda</strong><br />
como PRé-<strong>venda</strong><br />
Essa nova fase começa muito<br />
antes do fechamento, da abordagem<br />
e da negociação. A preocupação<br />
e o planejamento da<br />
continuidade do ciclo precisam<br />
acontecer já no momento do preparo<br />
da <strong>venda</strong>, pois é aí que várias<br />
das ações que determinarão<br />
como sua roda da <strong>venda</strong> girará<br />
serão definidas.<br />
Nessa etapa, então, as lideranças<br />
e suas equipes comerciais,<br />
aliadas a uma estratégia comercial<br />
pré-definida, devem planejar,<br />
além de todo o processo da<br />
<strong>venda</strong>, o pós-<strong>venda</strong> como um<br />
momento para garantir a continuidade<br />
do relacionamento com<br />
o cliente. Para isso, todos os<br />
membros da equipe precisam<br />
fazer a sua parte.<br />
Nesse sentido, normalmente<br />
indicamos para nossos clientes<br />
dois grupos de ações: ações estratégicas,<br />
para saber o que fazer;<br />
e ações táticas, para saber como<br />
fazer. São elas:<br />
Ações estratégicas (implementadas<br />
na fase do preparo da <strong>venda</strong>):<br />
1) Conheça as estratégias de<br />
futuro dos clientes e entenda<br />
por que e como eles vão colocá-las<br />
em ação. Assim, você<br />
consegue descobrir de que maneira<br />
seu mix de produtos pode<br />
ser utilizado na execução dessas<br />
estratégias e como eles podem<br />
fazer parte do dia a dia do cliente.<br />
2) Estude o fluxo de utilização<br />
de seus produtos pelo<br />
cliente. Essa ação serve para<br />
entender como o que você vende<br />
interfere na rotina do seu<br />
cliente e encontrar, nesse fluxo,<br />
a melhor fase de utilização de<br />
seus produtos e adicionais. Essa<br />
ação é fundamental para planejar<br />
o que é preciso fazer para<br />
que seus produtos se tornem<br />
imprescindíveis para os consumidores.<br />
3) Conheça e entenda os processos<br />
de decisão do seu cliente.<br />
Assim, você descobre quem<br />
são os decisores e como são tomadas<br />
as decisões de compra<br />
dos diferentes produtos de seu<br />
mix, além de saber quem influencia<br />
essa decisão. Isso garante<br />
que você fique mais bem<br />
preparado para a negociação.<br />
4) Programe os contatos durante<br />
o processo da <strong>venda</strong>,<br />
após o fechamento, na entrega<br />
e quando o processo da<br />
<strong>venda</strong> se reinicia. Esse planejamento<br />
tornará sua relação com<br />
o cliente mais fluida e natural.<br />
Ações táticas (implementadas logo<br />
após o fechamento da <strong>venda</strong>):<br />
1) Agradeça de maneira formal<br />
e sincera pela negociação e abra<br />
a possibilidade de uma negociação<br />
futura de um outro produto<br />
de sua linha, que complemente<br />
o primeiro item comprado.<br />
2) Acompanhe a instalação/entrega/utilização<br />
do produto pelo<br />
cliente.<br />
3) Solicite feedback dos três processos<br />
anteriores.<br />
4) Premie o cliente com descontos<br />
ou bônus por compras futuras<br />
e consequentes – o objetivo<br />
é criar um sistema de compras<br />
programadas pelo cliente.<br />
5) Peça indicações ao cliente de<br />
empresas ou pessoas que tenham<br />
as mesmas necessidades que ele<br />
e que você também possa ajudar<br />
a suprir.<br />
6) Programe contatos com clientes<br />
ou indicações utilizando as<br />
ações estratégicas propostas anteriormente.<br />
7) Efetive uma reunião e, assim,<br />
reinicie o processo de <strong>venda</strong>.<br />
Isso vai ajudar a aumentar sua<br />
lucratividade, sua carteira de<br />
clientes fiéis e seu sucesso!<br />
O processo de <strong>venda</strong> mudou<br />
muito no último ano e quem não<br />
iniciar rapidamente um processo<br />
contínuo sofrerá muito para<br />
se manter no mercado. No entanto,<br />
ainda há tempo de se adaptar<br />
a essa nova realidade e prosperar.<br />
Faça isso agora mesmo e<br />
colha os resultados logo mais.<br />
Ah, e lembre-se sempre: em<br />
<strong>venda</strong>s, não faça nada ao acaso.<br />
Faça tudo de propósito!<br />
Sucesso e boas <strong>venda</strong>s!<br />
“Percebo que<br />
algumas empresas<br />
realizam o processo<br />
da <strong>venda</strong> de forma<br />
brilhante, mas não<br />
dão continuidade<br />
ao ciclo, pois<br />
acham que ele se<br />
encerra na entrega<br />
do produto/serviço.<br />
Essas empresas<br />
terminam a <strong>venda</strong><br />
em uma fase<br />
que chamam<br />
de pós-<strong>venda</strong> e<br />
resumem tudo<br />
a um pouquinho<br />
de bajulação e<br />
um tapinha nas<br />
costas.”<br />
Claudio Diogo é especialista<br />
em <strong>venda</strong>s e consumo,<br />
autor do livro V.E.N.D.E.R.<br />
mais e melhor e um dos palestrantes<br />
de <strong>venda</strong>s mais<br />
requisitados do Brasil.<br />
Visite o site:<br />
www.tekoare.com.br<br />
E-mail:<br />
claudio.diogo@tekoare.<br />
com<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 61
Livro do mês / Por João Guilherme Brotto /<br />
DIVULGAÇÃO<br />
“Não <strong>venda</strong>”:<br />
o conceito<br />
que faz<br />
vender<br />
Livro CRITICA a lóGICA do fuNIL<br />
de <strong>venda</strong>s e PROPõe o fOCO NA<br />
pré-<strong>venda</strong> e no pós-<strong>venda</strong> PARA<br />
GERAR NOvos NEGóCIOS<br />
"N<br />
ós temos uma ‘visão<br />
de funil’ e isso precisa parar.”<br />
É com essa polêmica<br />
declaração que os autores<br />
Scott Stratten e Alison Kramer<br />
abrem seu livro Un-<br />
Selling. – The New Customer<br />
Experience (Não <strong>venda</strong> – A<br />
nova experiência do consumidor,<br />
em tradução livre),<br />
ainda sem edição no Brasil.<br />
Esse é o quarto livro escrito pelo casal canadense que<br />
é responsável pelo site UnMarketing.com. Segundo a<br />
revista Forbes, Stratten é um dos cinco maiores influenciadores<br />
em redes sociais do mundo e a revista<br />
Business Review já o considerou um dos dez principais<br />
especialistas em marketing dos Estados Unidos.<br />
62<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro NOVEMBRO 2015
Na obra que analisamos nesta edição, Stratten e<br />
Alison apresentam uma nova perspectiva sobre a<br />
forma como empresas – mais especificamente profissionais<br />
da área comercial – devem analisar seu ciclo<br />
de relacionamento com prospects e clientes.<br />
A tese dos autores parte do princípio de que enquanto<br />
você está preocupado em prospectar mais e<br />
melhorar a conversão, estudos indicam que 57% das<br />
decisões de compra são feitas antes mesmo de o comprador<br />
fazer contato com sua empresa. “Focamos<br />
nossas energias no momento da <strong>venda</strong>, mas entregamos<br />
produtos/serviços com suporte precário e/ou sem<br />
cuidar do cliente depois que ele fecha o negócio. Toda<br />
a nossa atenção se volta para o funil de <strong>venda</strong>s e ignoramos<br />
o antes e o depois. Colocamos todo nosso<br />
foco na transação individual e ficamos cegos no que<br />
diz respeito ao suporte, à experiência de compra e ao<br />
atendimento ao cliente”, alertam os autores.<br />
A base do conceito de “não <strong>venda</strong>” é ter clientes<br />
frequentes (não compradores de uma só vez), que mais<br />
tarde vão indicar sua empresa. Para isso, é preciso:<br />
1 - Ter uma presença digital ativa.<br />
2 - Desenvolver uma cultura focada em pessoas.<br />
3 - Encontrar o equilíbrio entre menos prospecção e<br />
mais relacionamento.<br />
“Não <strong>venda</strong>” como feRRAMenta de pós-<strong>venda</strong><br />
No livro, Stratten e Alison contam a história de uma<br />
mãe que, após voltar das férias com a família, fica desesperada<br />
ao ver seu filho em prantos porque seu bichinho<br />
de pelúcia favorito tinha sido esquecido no hotel<br />
em que estavam hospedados. Ao se dar conta de que<br />
Joshie, a girafa, havia ficado para trás, a mãe ligou para<br />
o hotel (The Ritz-Carlton Amelia Island) e descobriu<br />
que o “animal” havia sido encontrado e passava bem.<br />
Como o filho estava arrasado por não ter seu<br />
companheiro de todos os dias, a mãe explicou a ele<br />
que Joshie havia decidido ficar mais uns dias de férias.<br />
Para reforçar seu argumento, perguntou ao pessoal<br />
do hotel se eles podiam enviar uma foto do bichinho<br />
em uma cadeira à beira da piscina para que ela pudesse<br />
mostrar ao filho. Eles disseram que sim, mas o<br />
que fizeram foi muito além...<br />
Poucos dias depois, a família recebeu em casa um<br />
pacote que trazia Joshie são e salvo, alguns mimos do<br />
hotel e uma incrível surpresa: um álbum fotográfico<br />
encadernado que reuniu toda a jornada de férias de<br />
Joshie no Ritz-Carlton.<br />
A foto que a mãe pediu estava lá, junto com diversas<br />
outras que resumiam a história das “férias forçadas”<br />
Alison Kramer e Scott Stratten<br />
de Joshie. A girafinha ganhou até<br />
um cartão de membro do time de<br />
achados e perdidos do hotel.<br />
Essa história correu o mundo,<br />
gerou um burburinho extremamente<br />
positivo para o hotel e resume<br />
bem o conceito “não <strong>venda</strong>”, que<br />
começa antes da prospecção e se<br />
estende muito além do fechamento.<br />
“Crie experiências tão incríveis que<br />
os clientes não poderão pensar em<br />
nada a não ser compartilhar com<br />
os outros”, sugerem os autores.<br />
Foto: Jonathan Bielaski<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 63
Por que é eRRAdo se concentRAR APeNAS<br />
no tradicioNAL funil de <strong>venda</strong>s<br />
A nuvem abaixo representa como seus futuros clientes<br />
podem estar decidindo, neste exato momento, se<br />
vão fazer negócios com sua empresa ou não. “É nessa<br />
nuvem de <strong>venda</strong>s pré-funil que a maior parte das<br />
decisões de compra é feita. Na verdade, quando alguém<br />
já está em seu funil tradicional (que começa com a<br />
captação do lead), sua maior obrigação é não estragar<br />
tudo – afinal, a pessoa já foi impactada por algum<br />
item da nuvem”, explicam os autores.<br />
NUVEM de Vendas PRÉ-Funil<br />
Vídeos<br />
sociais<br />
Blogs Redes<br />
Testemunhos<br />
Publicidade<br />
Críticas/Reclamações<br />
Boca a boca Indicações<br />
Antes de entrar em seu funil, as pessoas têm acesso<br />
a toneladas de informações, que podem ser suas<br />
ou de concorrentes. É por isso que criar experiências<br />
incríveis que as pessoas queiram compartilhar é fundamental.<br />
Se você não fizer, tenha certeza de que<br />
alguém o fará.<br />
Não se trata APeNAS de ser ativo NAS<br />
redes sociais: é preciso conectar peças<br />
Uma pesquisa feita pela Forrest Research com 77 mil<br />
clientes do comércio eletrônico nos Estados Unidos em<br />
2012 apontou que menos de 1% das <strong>venda</strong>s vieram diretamente<br />
de redes sociais – dado que, a princípio,<br />
pode sugerir que Facebook, LinkedIn, Twitter, Instagram<br />
e outros canais pouco importam para as empresas.<br />
No entanto, estudos do Google evidenciam que<br />
uma pessoa faz, em média, 12 buscas diferentes antes<br />
de tomar uma decisão de compra. “O clique que leva<br />
para a <strong>venda</strong> é apenas uma pequena peça do quebra-<br />
-cabeça de <strong>venda</strong>s”, analisam Stratten e Alison. Ou<br />
seja, as redes sociais são parte de uma estratégia que<br />
deve ser maior.<br />
O Google chama essa busca antes da compra de<br />
“micromomentos”. “São minúsculos momentos de<br />
intenção de tomada de decisão e formação de preferências<br />
que ocorrem durante a jornada do consumidor”,<br />
explica Sridhar Ramaswamy, vice-presidente de anúncios<br />
e comércio do gigante da tecnologia. São eles:<br />
Momento “eu quero saber”.<br />
Momento “eu quero ir”.<br />
Momento “eu quero fazer”.<br />
Momento “eu quero comprar”.<br />
“Todas as empresas que querem investir no relacionamento<br />
com seus consumidores precisam saber<br />
que esses micromomentos são o novo campo de batalha<br />
para conquistar os corações, as mentes e as<br />
carteiras dos clientes”, destaca Sridhar.<br />
Acompanhando a lógica dos micromomentos,<br />
John Jantsch, especialista em marketing para pequenas<br />
empresas, afirma que uma pessoa passa pelas<br />
seguintes etapas durante o ciclo de compra inspirado<br />
na “não <strong>venda</strong>”.<br />
O ciclo de coMPRA iNSPirado NA “não<br />
<strong>venda</strong>” e o pós-<strong>venda</strong> como PRé-<strong>venda</strong><br />
Uma nova visão sobre o funil de <strong>venda</strong>s seria algo<br />
como o que está representado no ciclo abaixo. Sua<br />
empresa está presente em todas as etapas dessa<br />
jornada?<br />
Repetir<br />
Recomendar<br />
Conhecer<br />
Comprar<br />
Gostar<br />
Confiar<br />
Claudio Diogo (p. 60) e César Frazão (p. 72) defendem,<br />
nesta edição da <strong>VendaMais</strong>, que o pós-<strong>venda</strong><br />
deve ser enxergado, na verdade, como uma pré-<strong>venda</strong>.<br />
Scott Stratten e Alison Kramer também defendem<br />
essa tese e, por conta disso, acreditam que o índice<br />
de recompra e de recomendações é um indicador que<br />
não pode faltar em seu planejamento. “Depois que<br />
compram, seus clientes não vão viver em uma ilha<br />
deserta isolada. Eles compartilham experiências,<br />
boas ou más. As empresas que estão ouvindo, ou<br />
Experimentar<br />
64<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
seja, que estão atentas aos pontos que formam a nuvem<br />
de <strong>venda</strong>s, estão muito à frente de qualquer<br />
campanha de marketing ou publicidade”, explicam<br />
os autores de UnSelling.<br />
Com base nisso, pergunte-se: “O que eu estou<br />
fazendo para marcar presença na nuvem de <strong>venda</strong>s<br />
pré-funil, nas 12 buscas, nos micromomentos e no<br />
ciclo de compra que o cliente vivencia antes de fazer<br />
contato com a nossa empresa?”<br />
3 perguntas fundamentais para o<br />
pós-<strong>venda</strong><br />
Em UnSelling, os autores sugerem o uso de um<br />
sistema simples, mas eficaz para detectar o<br />
sentimento do cliente a respeito de sua empresa.<br />
Chamado de Pare, Comece, Continue, o sistema<br />
apresenta três perguntas cujas respostas ajudam<br />
a formar o cenário mais verdadeiro possível sobre<br />
o que, de fato, seus clientes pensam de você<br />
– além de gerar ideias para melhorias e inovações.<br />
O que você quer que a gente pare de fazer?<br />
O que você quer que a gente comece a fazer?<br />
O que você quer que a gente continue fazendo?<br />
Cultura organizacional vende<br />
A cultura da Big Ass Fans, uma empresa que fabrica<br />
e vende ventiladores de teto situada em Lexington,<br />
cidade com 300 mil habitantes situada no estado de<br />
Kentucky (EUA), recebe destaque em UnSelling. O<br />
produto é algo que não parece inovador, criativo ou<br />
capaz de servir de referência para um livro que fala<br />
sobre como encantar e fidelizar clientes, mas acompanhe<br />
as lições dessa pequena gigante para entender<br />
como ela sabe fazer a diferença:<br />
Construa um ambiente positivo que atraia boas<br />
pessoas: A empresa mantém um programa de<br />
bolsa de estudos para ajudar jovens a pagar a universidade.<br />
A expectativa, com isso, é, além de retribuir<br />
à sociedade, que os jovens se interessem<br />
por trabalhar na empresa futuramente. E mesmo<br />
quando isso não acontece, a Big Ass celebra o fato<br />
de ter amigos espalhados em boas posições no<br />
mercado de trabalho. Isso é pensar a longo prazo.<br />
Valorize a satisfação dos colaboradores: Se as<br />
pessoas estão trabalhando com algo de que não<br />
gostam, não é um aumento salarial que vai deixá-<br />
-las felizes. A Big Ass Fans apoia e incentiva que<br />
colaboradores mudem de posição se sentirem que<br />
já deram o seu máximo em determinado departamento.<br />
Além disso, a empresa é reconhecida por<br />
pagar salários 30% maiores que a média nacional.<br />
Não seja uma commodity: Se a única forma que<br />
você enxerga de fazer mais dinheiro é cortando<br />
custos, você está se igualando a quem só compete<br />
por preço – e não por inovação e valor.<br />
Não entre em pânico por causa da crise: A Big<br />
Ass Fans atravessou a recente crise que afetou os<br />
Estados Unidos apertando o caixa, mas sem demitir<br />
colaboradores. Quando a economia voltou<br />
a crescer, o time entrosado se tornou um grande<br />
diferencial competitivo sobre a concorrência porque<br />
estava completo, muito bem treinado e leal à<br />
empresa que o ajudou em um momento difícil.<br />
No fiNAL das contas, tudo se resume a<br />
tRAtar todos bem<br />
Se você excluir os aspectos que envolvem a estratégia,<br />
o foco em desenvolver pessoas e deixá-las felizes e a<br />
aplicação das táticas de marketing digital presentes<br />
na nuvem de <strong>venda</strong>s pré-funil, verá que praticar a<br />
“não <strong>venda</strong>” não se trata de fazer grandes investimentos,<br />
mas de ser gentil, humano e se importar com a<br />
experiência de compra que sua empresa oferece a<br />
todos os prospects, clientes e parceiros.<br />
Ganhar dinheiro não pode ser seu objetivo primário,<br />
mas o resultado de contratar pessoas excelentes,<br />
criar produtos inovadores, prestar um ótimo<br />
atendimento pré e pós-<strong>venda</strong> e desenvolver uma<br />
cultura em que todos são tratados do jeito que você<br />
gostaria de ser tratado com certeza será esse. “Algumas<br />
pessoas vão ler o livro e se sentir inspiradas. Outras<br />
vão dizer que pouco podem fazer porque atuam em<br />
uma empresa qualquer que vende um mero (nome do<br />
produto/serviço). Só que praticar a ‘não <strong>venda</strong>’ é escolher<br />
ser melhor do que apenas uma pessoa ou uma<br />
empresa comum”, aconselham os autores. E isso independe<br />
de tamanho ou segmento.<br />
O que você escolhe?<br />
Título: UnSelling. – The New Customer Experience<br />
Editora: Wiley (eua)<br />
Autores: Scott Stratten e Alison Kramer<br />
Onde comprar: amazon.com.br (a partir de R$ 82)<br />
*Sem tradução no Brasil<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 65
Cultura organizacional<br />
Jerônimo Mendes<br />
Como desenvolver uma<br />
cultura organizacional<br />
com foco em pós-<strong>venda</strong><br />
Quando pergunto para meus clientes ou mesmo<br />
para meus alunos como eles definem a cultura<br />
organizacional da empresa deles, a maioria me olha<br />
espantada. Ninguém tem uma definição clara na<br />
ponta da língua. Confesso que eu também não<br />
tenho, mas a reconheço quando começo a circular<br />
pelo ambiente corporativo de qualquer empresa...<br />
Cultura organizacional é um sistema de valores<br />
compartilhados pelos seus membros, em todos os<br />
níveis, que diferencia uma organização das demais.<br />
Em última análise, trata-se de um conjunto de<br />
características-chave que a organização valoriza, compartilha e utiliza<br />
para atingir seus objetivos e adquirir a imortalidade.<br />
Se a empresa possui valores essenciais bem definidos e amplamente<br />
compartilhados, o impacto positivo das lideranças sobre o comportamento<br />
da equipe é maior e, portanto, o descontentamento, a conspi-<br />
ração e a rotatividade são menores.<br />
Isso é o que se pode chamar de<br />
cultura organizacional forte.<br />
Por outro lado, quando os valores<br />
defendidos pela empresa se<br />
chocam com os valores adotados<br />
pela maioria, o grau de comprometimento<br />
das pessoas é menor e a<br />
probabilidade de a empresa sumir<br />
do mapa em uma ou duas gerações<br />
é maior. Isso é o que se pode chamar<br />
de cultura organizacional fraca.<br />
Em uma cultura organizacional<br />
forte, os valores essenciais<br />
são acatados e amplamente compartilhados.<br />
Eles estão na alma da<br />
organização, e quanto mais os<br />
membros aceitarem os valores essenciais<br />
por livre e espontânea<br />
vontade, maior é o grau de comprometimento<br />
com os resultados.<br />
Isso demonstra um elevado<br />
grau de concordância entre seus<br />
empregados sobre os pontos de<br />
66<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
vista da organização. Essa unanimidade<br />
de propósitos gera coesão,<br />
lealdade e comprometimento,<br />
o que, por sua vez, reduz a<br />
propensão de funcionários dispostos<br />
a deixar a organização.<br />
10 diCAS PARA tornar<br />
seu pós-<strong>venda</strong> uma<br />
referência no mercado<br />
A cultura organizacional não<br />
surge do nada. Entretanto, uma<br />
vez estabelecida, ela raramente<br />
se desfaz. Da mesma forma, a<br />
cultura do pós-<strong>venda</strong> varia de<br />
acordo com as ideias do fundador<br />
da empresa e da postura do líder<br />
da equipe de <strong>venda</strong>s. Nesse sentido,<br />
ela será diretamente proporcional<br />
à importância atribuída<br />
para a atividade e ao nível de<br />
respeito demonstrado para com<br />
o cliente.<br />
O processo de criação e manutenção<br />
de uma cultura de pós-<br />
-<strong>venda</strong> ocorre de várias maneiras,<br />
de acordo com os modelos mentais<br />
que são instituídos desde o início<br />
da empresa. Portanto, quanto mais<br />
cedo forem incorporados, melhor.<br />
Aqui estão dez dicas essenciais<br />
para tornar o seu pós-<strong>venda</strong> uma<br />
referência no mercado:<br />
Selecione o pessoal<br />
1. adequadamente.<br />
O ponto inicial da construção de<br />
uma cultura voltada para o cliente<br />
é a contratação de pessoas com<br />
personalidade e atitudes consistentes<br />
com a orientação para o<br />
cliente. Pare de contratar pessoas<br />
que querem ser apenas vendedores<br />
e comece a contratar pessoas<br />
que se interessam por tratar<br />
bem e resolver os problemas do<br />
cliente.<br />
Inclua o pós-<strong>venda</strong> na<br />
2. estrutura organizacional.<br />
Se o pós-<strong>venda</strong> for definido mesmo<br />
como uma prioridade, então<br />
faça-o de maneira formal e estruturada<br />
e encontre alguém para<br />
cuidar disso de maneira decente.<br />
3.<br />
Doutrine e instrua os<br />
funcionários de acordo<br />
com a sua forma de pensar e<br />
agir.<br />
Os líderes exercem grande impacto<br />
sobre a cultura organizacional<br />
por meio de palavras e ações. Portanto,<br />
a única forma de valorizar<br />
a importância do pós-<strong>venda</strong> e dar<br />
a prioridade que a atividade merece<br />
é doutrinando as pessoas<br />
para isso.<br />
Adote um<br />
4. comportamento<br />
empreendedor.<br />
Este comportamento tende a<br />
reforçar o modelo que encoraja<br />
os funcionários a se identificarem<br />
com o fundador e o líder da<br />
equipe.<br />
5.<br />
Defina o pós-<strong>venda</strong><br />
como um valor e<br />
incorpore-o à cultura da<br />
empresa.<br />
Só existe comprometimento quando<br />
os valores estão expressos diariamente<br />
por meio de pensamentos<br />
e ações formalmente instituídos<br />
na missão e na visão da organização;<br />
dessa forma, as<br />
pessoas tendem a assimilar os<br />
valores, as convicções e as premissas,<br />
ou seja, elas o fazem porque<br />
veem sentido naquilo.<br />
6.<br />
Dê autonomia.<br />
Todo funcionário deve ter<br />
autonomia para resolver os problemas<br />
dos clientes. A autonomia<br />
é um componente importante em<br />
uma cultura voltada para o cliente,<br />
pois permite que o funcionário<br />
possa tomar decisões, independentemente<br />
do nível hierárquico<br />
em que se encontra.<br />
7.<br />
Crie um canal de<br />
comunicação eficaz.<br />
Tem certeza de que você se importa<br />
mesmo com o cliente? Então<br />
não o irrite. Deixe isso claro por<br />
meio de um canal aberto e eficaz<br />
de comunicação. Atendimento<br />
direto, e-mail, site, etc., não importa;<br />
o que importa é o cliente<br />
saber para onde e para quem recorrer.<br />
8.<br />
Leve reclamações e<br />
sugestões a sério.<br />
Como diz Jeffrey Gitomer (especialista<br />
norte-americano que também<br />
é colunista desta revista), em<br />
<strong>venda</strong>s, certo e errado não importam;<br />
o que importa é a percepção<br />
do cliente, é mantê-lo satisfeito<br />
e feliz. O cliente pode até<br />
não ter razão, mas não ficará<br />
satisfeito enquanto você não provar<br />
para ele.<br />
9.<br />
Realize treinamentos<br />
periódicos sobre pós<strong>venda</strong>.<br />
Se você quer que algo seja tratado<br />
com a importância que merece,<br />
alinhe a comunicação com frequência<br />
por meio de treinamentos.<br />
10.<br />
Utilize a tecnologia a<br />
seu favor.<br />
Uma vez cliente, sempre cliente<br />
– desde que a experiência dele<br />
com o seu produto ou serviço<br />
seja memorável. Quer mantê-lo<br />
como um eterno propagandista<br />
do seu negócio? Não o perca de<br />
vista e trate-o bem desde o início.<br />
Cadastre-o em um mailing, utilize<br />
uma boa ferramenta de pós-<br />
-<strong>venda</strong> (CRM, por exemplo), envie<br />
novidades sobre o seu mercado,<br />
lançamentos de novos<br />
produtos e serviços e coloque-se<br />
sempre à disposição para ajudá-<br />
-lo, porém o faça de maneira<br />
consciente. Seja relevante, mas<br />
não seja chato.<br />
“Pare de<br />
contratar<br />
pessoas<br />
que querem<br />
ser apenas<br />
vendedores<br />
e comece<br />
a contratar<br />
pessoas que<br />
se interessam<br />
por tratar bem<br />
e resolver os<br />
problemas do<br />
cliente.”<br />
Jerônimo Mendes é administrador,<br />
coach, consultor<br />
e palestrante. É autor dos<br />
livros Manual do empreendedor,<br />
Empreendedorismo<br />
para jovens e A atitude muda<br />
tudo.<br />
Visite os sites:<br />
www.jeronimomendes.<br />
com.br<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 67
<strong>VendaMais</strong> Small Business / Da Redação<br />
Equipe mais<br />
engajada +<br />
clientes mais<br />
felizes =<br />
mais <strong>venda</strong>s<br />
Crescimento das taxas de<br />
conversão e de recompra,<br />
aumento do ticket médio,<br />
clientes mais satisfeitos<br />
e uma equipe mais<br />
engajada. Foi justamente<br />
isso que a loja Rafarillo,<br />
de Ribeirão Preto (SP),<br />
alcançou após cinco meses<br />
de treinamentos com a<br />
consultoria <strong>VendaMais</strong><br />
Small Business. Saiba<br />
como isso foi possível e<br />
inspire-se a conseguir<br />
esses resultados em sua<br />
empresa também<br />
Conseguir ter uma equipe engAJAda em<br />
melhorar os resultados, aumentar as <strong>venda</strong>s e a<br />
lucratividade, atrair e fidelizar mais clientes. Esses<br />
são objetivos comuns a qualquer empresa, independentemente<br />
do tamanho. Mas quando se é um<br />
negócio pequeno e, ainda por cima, novo, fica muito<br />
mais difícil alcançá-los.<br />
Com apenas seis meses de atuação, a loja de<br />
sapatos masculinos Rafarillo, de Ribeirão Preto<br />
(SP), tinha muito trabalho pela frente. Para ajudar<br />
a iniciar sua trajetória no caminho certo, contou<br />
com a ajuda da consultoria <strong>VendaMais</strong> Small<br />
Business, que atua na cidade. Era o que a empresa<br />
precisava para engrenar com mais facilidade.<br />
Entenda de que forma a loja conseguiu evoluir<br />
e, em cinco meses de treinamento, alcançar resultados<br />
que muitas organizações de grande porte não<br />
conseguem em anos e inspire-se para seguir o<br />
mesmo caminho.<br />
tRAçando objetivos e identifiCANdo<br />
necessidades<br />
Segundo Fabricio Guiraldeli, gerente de expansão<br />
de varejo da Rafarillo, ao contratar os serviços de<br />
consultoria da <strong>VendaMais</strong> Small Business a<br />
expectativaera melhorar os resultados em geral,<br />
além de mostrar para equipe a importância de<br />
delimitar objetivos específicos e ter indicadores<br />
para acompanhamento.<br />
Quem coordenou o treinamento foi Marcelo<br />
Baratella, diretor executivo da <strong>VendaMais</strong> Small<br />
Business Ribeirão Preto (SP). Ele conta que os gestores<br />
apontaram como objetivos iniciais:<br />
68<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Aumentar o número de clientes constantemente.<br />
Reter e fidelizar os clientes atuais.<br />
Aumentar o ticket médio.<br />
Aumentar a taxa de conversão para mais de 60%.<br />
Criar o hábito de reuniões diárias.<br />
Como fazer isso? O que ABordar no<br />
treiNAMento PARA que esses objetivos<br />
pudessem ser ALCANçados?<br />
Para entender melhor a realidade da empresa e<br />
também identificar necessidades não apontadas<br />
pelos gestores, a <strong>VendaMais</strong> Small Business realizou,<br />
em parceria com os gestores da Rafarillo,<br />
uma análise com o intuito de compreender as reais<br />
necessidades da organização. “Aplicamos um diagnóstico<br />
que consiste em dar uma nota de zero a dez<br />
para cada item (desde questões técnicas até o nível<br />
de comprometimento) e, mediante o resultado da<br />
tabulação, sugerimos a aplicação do treinamento<br />
que melhor se adequava às necessidades da equipe<br />
de <strong>venda</strong>s”, explica.<br />
Baratella aponta que, de acordo com o que foi<br />
averiguado, foram escolhidos os seguintes temas:<br />
CHA (conhecimentos, habilidades e atitudes)<br />
das <strong>venda</strong>s – Para que os vendedores<br />
pudessem exercer melhor suas funções, focados<br />
em aumentar a retenção e o retorno de clientes<br />
na loja.<br />
5 passos para excelência em <strong>venda</strong>s – Para<br />
que os vendedores pudessem ter uma visão estratégica<br />
da realidade do varejo e, assim, vender<br />
os diferenciais da empresa.<br />
Prospecção através de indicações – Para que<br />
os vendedores pudessem aumentar a carteira<br />
de clientes utilizando técnicas que auxiliam na<br />
obtenção de indicações de clientes satisfeitos.<br />
Gatilhos mentais – Para que os vendedores<br />
pudessem utilizar técnicas apuradas de persuasão<br />
para aumentara taxa de conversão.<br />
Um PASSo de CAda vez<br />
De fevereiro a junho deste ano, os temas acima<br />
foram passados à equipe de <strong>venda</strong>s (formada por<br />
quatro vendedores), sempre com o acompanhamento<br />
do gerente. As informações foram apresentadas<br />
por meio de vídeos, e-books, muitas dinâmicas e<br />
exercícios práticos.<br />
O treinamento aconteceu de forma interativa,<br />
incentivando a participação ativa dos vendedores,<br />
Foto: Divulgação<br />
“Toda a equipe ficou mais homogênea, todos mais comprometidos e<br />
envolvidos na busca do melhor resultado, tendo melhor aproveitamento dos<br />
clientes que entram na loja.”<br />
Fabricio Guiraldeli, gerente de expansão de varejo da Rafarillo<br />
Foto: Ale Carolo<br />
“Com um treinamento focado no que precisava para reter os talentos<br />
internos e também conquistar mais clientes, a Rafarillo conseguiu alcançar<br />
o que muitas empresas de grande porte não conseguem: vendedores<br />
motivados, engajados e tecnicamente treinados para vender de maneira<br />
mais eficaz, fazendo o funil de <strong>venda</strong>s funcionar de forma mais eficiente.”<br />
Marcelo Baratella, diretor executivo da <strong>VendaMais</strong> Small Business Ribeirão Preto (SP)<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 69
para que eles pudessem colocar em prática tudo o<br />
que estavam aprendendo. “Ao final de cada sessão<br />
de treinamento, cada vendedor tinha de cumprir<br />
seus próximos passos, focados em melhorar seu<br />
indicador de desempenho”, explica Baratella.<br />
Ele destaca que sempre eram realizadas discussões<br />
sobre os indicadores de desempenho de cada<br />
um, o que contribuiu para o resultado final, medindo<br />
o que deu certo e o que seria preciso melhorar.<br />
A ideia, segundo o diretor executivo da <strong>VendaMais</strong><br />
Small Business Ribeirão Preto, era promover<br />
a troca de ideias entre todos, com um ajudando<br />
o outro e compartilhando conhecimento.<br />
oBJetivo e expectativas superadas<br />
O gerente de expansão de varejo da Rafarillo destaca<br />
que, em dois meses de treinamento, já foi possível<br />
verificar mudanças significativas nos profissionais.<br />
“Toda a equipe ficou mais homogênea,<br />
todos estão mais comprometidos e envolvidos na<br />
busca do melhor resultado e há um aproveitamento<br />
melhor dos clientes que entram na loja”, aponta.<br />
Baratella ressalta que os objetivos iniciais foram<br />
alcançados e até superados. “Com um treinamento<br />
focado no que precisava para reter os talentos internos<br />
e também conquistar mais clientes, a Rafarillo<br />
conseguiu alcançar o que muitas empresas de<br />
grande porte não conseguem: vendedores motivados,<br />
engajados e tecnicamente treinados para vender<br />
de maneira mais eficaz, fazendo o funil de<br />
<strong>venda</strong>s funcionar de formamais eficiente”, pontua.<br />
No fim das contas, segundo Baratella, estes<br />
foram os principais resultados do treinamento<br />
<strong>VendaMais</strong> Small Business na Rafarillo:<br />
1) Aumento da taxa de conversão<br />
Já no primeiro mês de trabalho, a taxa de conversão,<br />
que antes estava em pouco mais de 50%, saltou<br />
para 65,75%. Analisando todos os dias dos meses<br />
seguintes, a taxa média de conversão da Rafarillo<br />
manteve-se em 62%.<br />
2) Manutenção máxima de CLientes atuais<br />
A satisfação dos clientes refletiu-se nos indicadores.<br />
Foi implantado um sistema de pós-<strong>venda</strong> utilizando<br />
o NPS (Net Promoter Score), para medir a satisfação<br />
dos clientes usando notas de zero a dez. “O<br />
resultado foi motivo de comemoração: a loja teve a<br />
média de 9,6, o que significa que os clientes da Rafarillo<br />
são, em sua maioria, promotores da marca”,<br />
comemora Baratella.<br />
Foto: Divulgação<br />
3) Crescimento da taxa de recoMPRA<br />
“Como os clientes passaram a ficar mais satisfeitos,<br />
a média de recompra aumentou em 20% em comparação<br />
com a taxa de recompra nos meses que<br />
antecederam o treinamento”, relata Baratella. Guiraldeli<br />
completa contando que, ao trabalhar melhor<br />
os clientes da base, a loja passou a ter mais segurança.<br />
“Com o valor vendido mensalmente para<br />
clientes habituais, passamos a depender menos do<br />
fluxo do shopping”, analisa.<br />
4) Mais novos CLientes<br />
Além do aumento da taxa de conversão e recompra,<br />
Baratella destaca que a loja teve crescimento médio<br />
de 20% das <strong>venda</strong>s para novosclientes. Segundo<br />
ele, esse aumento deveu-se ao trabalho desenvolvido<br />
com o objetivo de aumentar a carteira de<br />
clientes por meio dos pedidos de indicações aos<br />
consumidores satisfeitos, realizado no momento do<br />
contato direto entre vendedor e cliente.<br />
5) Aumento do ticket médio<br />
Outro resultado impressionante foi o aumento de 21%<br />
do ticket médio da loja. “Resultado comemorado pela<br />
70<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Foto: Divulgação<br />
gestão da loja, uma vez que o trabalho foi realizado<br />
no primeiro semestre do ano da crise”, conta Baratella.<br />
6) Maior disciplina da equipe PARA<br />
atingimento de metAS<br />
Além da medição e da gestão de indicadores de<br />
resultado, também foram implantados na loja indicadores<br />
de desempenho, medidos individualmente<br />
pela própria equipe de <strong>venda</strong>s através de uma<br />
ferramenta desenvolvida pela <strong>VendaMais</strong> Small<br />
Business junto à Rafarillo com o objetivo de estabelecer<br />
uma cultura de alta performance com cada<br />
vendedor para atingir suas metas.<br />
7) Vendedores mais engAJAdos<br />
O gerente de expansão de varejo da Rafarillo destaca,<br />
ainda, que, depois do treinamento, a equipe<br />
ficou mais preocupada em alcançar sempre o melhor<br />
resultado. “Nosso gerente comercial, Marcel Nogues,<br />
sempre esteve preocupado e comprometido com os<br />
números e indicadores. Mas, antes, a equipe não<br />
entendia a importância disso. Com o treinamento,<br />
os profissionais passaram a ajudá-lo mais na busca<br />
e na conquista das metas. Para ter uma ideia da<br />
força disso, tivemos um crescimento nas <strong>venda</strong>s de<br />
20% de um mês para outro”, revela Guiraldeli.<br />
Mas mesmo com resultados incríveis como esses, a<br />
Rafarillo não para! Guiraldeli destaca que o trabalho<br />
para desenvolver os vendedores é constante. “Realizamos<br />
um acompanhamento diário da ferramenta CHA das<br />
<strong>venda</strong>s. Sempre que existe um atendimento diferente<br />
do ‘combinado’, conversamos com o vendedor, mostrando<br />
que o insucesso do atendimento foi por conta da<br />
falha do procedimento e, com isso, no próximo, ele<br />
corrige e consegue um resultado bem melhor”, conclui.<br />
E você, também gostaria de alcançar todos esses resultados?<br />
Agora já sabe que não precisa ser uma empresa<br />
de grande porte para poder contar com a credibilidade<br />
e a qualidade da metodologia comprovada da<br />
<strong>VendaMais</strong> para aumentar suas <strong>venda</strong>s e desenvolver<br />
sua equipe. Visite o site nbtreinamentos.com.br ou<br />
envie um e-mail para contato@vmsb.com.br para saber<br />
como a <strong>VendaMais</strong> Small Business pode ajudar sua<br />
empresa!<br />
Colaborou nesta matéria: Francine Pereira<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 71
Do lado do vendedor<br />
César Frazão<br />
Meu líder não entende<br />
o que é pós-<strong>venda</strong>.<br />
O que eu faço?<br />
Só existem duas MANeiRAS de ganhar<br />
dinheiro em <strong>venda</strong>s: uma é vender para novos<br />
clientes (para isso, é preciso cuidar muito bem da<br />
prospecção) e a outra é vender mais vezes para o<br />
mesmo cliente (ou seja, focar na fidelização de quem<br />
já compra de você). É justamente nessa segunda<br />
opção que entra o pós-<strong>venda</strong>.<br />
Como vários especialistas defendem (inclusive<br />
nesta edição da <strong>VendaMais</strong>) – e eu concordo –,<br />
pós-<strong>venda</strong> é a pré-<strong>venda</strong> da próxima <strong>venda</strong>. Essa é<br />
uma das grandes verdades na nossa área; não importa<br />
o ramo de atividade da empresa ou a região<br />
em que ela fica, é um fenômeno universal.<br />
Apesar disso, muitos líderes<br />
de <strong>venda</strong>s não dão o devido valor<br />
a essa etapa do processo e,<br />
muitas vezes, até mesmo impedem<br />
que seus vendedores pratiquem<br />
ações nesse sentido, pois<br />
consideram o pós-<strong>venda</strong> perda<br />
de tempo (“Tem é que cuidar das<br />
novas <strong>venda</strong>s”, dizem os líderes<br />
despreparados).<br />
Esse tipo de comando míope<br />
faz com que a empresa e seus<br />
comandados percam tempo e di-<br />
72<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
nheiro, porque, hoje em dia, com<br />
os custos de <strong>venda</strong>s tão altos, é<br />
muito mais caro realizar a prospecção<br />
de novos clientes do que<br />
manter os clientes atuais. Fora<br />
que o retorno dos clientes fiéis é<br />
sempre maior do que o dos novos<br />
clientes.<br />
Assumindo o controle do<br />
pós-<strong>venda</strong><br />
Algumas ações estratégicas – como,<br />
por exemplo, a adoção de um<br />
CRM ou a criação de um evento<br />
para os principais clientes – certamente<br />
dependem da direção da<br />
empresa para serem implementadas<br />
e o vendedor não tem muito<br />
o que fazer a não ser rezar<br />
para que a empresa caminhe nessa<br />
direção. Mas se seu líder não<br />
acha o pós-<strong>venda</strong> importante e<br />
você não sente que a empresa o<br />
apoiará nesse sentido, calma, não<br />
se desespere! Por conta própria,<br />
ainda dá para fazer pelo menos<br />
três coisas que irão tornar seu<br />
pós-<strong>venda</strong> um poderoso combustível<br />
para as próximas transações.<br />
São elas:<br />
1.<br />
Envio periódico<br />
de e-mails<br />
simplesmente<br />
PARA SABer se<br />
está tudo bem com o<br />
cliente.<br />
Os e-mails devem ser simples,<br />
sem frescura, diretos e objetivos,<br />
demonstrando que você está<br />
atento e preocupado com o sucesso<br />
e as necessidades de quem<br />
compra de você. O ideal é que<br />
você faça esses envios quinzenalmente<br />
– ou, no máximo, mensalmente.<br />
Não deixe o cliente<br />
muito tempo sem receber notícias<br />
suas, isso pode aumentar<br />
as chances de ele trocar você<br />
pelo concorrente.<br />
“Deixe de ser refém da liderança ausente e fraca, pare de colocar a<br />
culpa só na empresa e programe hoje mesmo seu próprio sistema<br />
de pós-<strong>venda</strong> para aumentar suas <strong>venda</strong>s no futuro.”<br />
2.<br />
Ligações rápidas<br />
com o objetivo de<br />
MANter vivo o<br />
reLACioNAMento<br />
com o CLiente.<br />
É bom alternar e, às vezes, telefonar<br />
para o cliente – ao invés de<br />
simplesmente mandar um e-mail.<br />
Afinal, é sempre interessante fazer<br />
um contato mais direto com<br />
seus clientes. Muitas vezes, esses<br />
contatos oferecem oportunidades<br />
escondidas! Para definir quem<br />
receberá uma ligação sua, leve<br />
em consideração o perfil de seus<br />
clientes (pessoas mais aceleradas<br />
costumam preferir se comunicar<br />
por e-mail, por exemplo, enquanto<br />
as mais tranquilas costumam<br />
gostar de bater papo por telefone).<br />
3.<br />
Envio de conteúdo<br />
relevante PARA o<br />
cliente.<br />
Ao receber de você notícias sobre<br />
o seu setor, sobre os produtos/<br />
serviços que consome e dicas para<br />
ajudá-lo a prosperar e ter uma<br />
vida melhor, o cliente passará a<br />
lhe ver com um orientador, um<br />
conselheiro, e não apenas mais<br />
um tirador de pedidos. Serão poucos<br />
minutos investidos na pesquisa<br />
e outros no envio para esperar<br />
um retorno que não tem preço!<br />
Com base nesse raciocínio,<br />
acho importante ressaltar que o<br />
pós-<strong>venda</strong> também é responsabilidade<br />
do vendedor, independentemente<br />
da liderança. Faz parte<br />
das funções do profissional de<br />
<strong>venda</strong>s moderno cuidar e atender<br />
bem seu cliente. Então,deixe de<br />
ser refém da liderança ausente e<br />
fraca, pare de colocar a culpa só<br />
na empresa e programe hoje mesmo<br />
seu próprio sistema de pós-<br />
-<strong>venda</strong> para aumentar suas <strong>venda</strong>s<br />
no futuro. Tudo isso (e muito<br />
mais!) cabe na sua agenda. Basta<br />
você se organizar para tornar<br />
essas ações possíveis.<br />
Mas por que APostar no<br />
pós-<strong>venda</strong>?<br />
Existem duas grandes vantagens<br />
diretas de investir no seu próprio<br />
pós-<strong>venda</strong>:<br />
1) Você terá mais facilidade para<br />
fazer a próxima <strong>venda</strong> –<br />
porque demonstrou profissionalismo<br />
e conquistou a confiança<br />
dos clientes.<br />
2) As indicações virão de maneira<br />
muito mais natural – e<br />
podem significar um aumento<br />
nas <strong>venda</strong>s sem custo adicional<br />
para você, pois um<br />
cliente satisfeito é o melhor<br />
vendedor que você pode ter.<br />
Por tudo isso, defendo que um<br />
vendedor deve ter seu próprio sistema<br />
de pós-<strong>venda</strong>! Cuidar da sua<br />
carteira de clientes significa cuidar<br />
de um de seus maiores patrimônios:<br />
seus clientes.Portanto,<br />
caso sua empresa e seu líder ainda<br />
não tenham acordado para a<br />
importância desse passo da <strong>venda</strong>,<br />
de agora em diante cuide você<br />
mesmo dessa etapa fundamental<br />
para o seu sucesso – e para a felicidade<br />
do cliente e da organização<br />
que você representa. Nisso, todas<br />
as reportagens desta edição da<br />
<strong>VendaMais</strong> podem lhe ajudar!<br />
Bom pós-<strong>venda</strong>, boas <strong>venda</strong>s<br />
e sucesso para você!<br />
César Frazão é palestrante<br />
e instrutor de <strong>venda</strong>s,<br />
especializado em técnicas<br />
de <strong>venda</strong>s e motivação<br />
Visite o site:<br />
www.cesarfrazao.com.br<br />
E-mail:<br />
cesarfrazao@cesarfrazao.<br />
com.br<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 73
Venda mais com <strong>VendaMais</strong> / DA REDAÇÃO /<br />
DIVULGAÇÃO<br />
Revendo<br />
processos e<br />
inovando na<br />
prospecção<br />
A gestora comercial JANAINA MichELLE ESTAva ENfRENTANdo dificuldades PARA PROSPECTAR CLIENTES e<br />
ACREdITAva que o PROBLEMA POdia SER ELA. Ao LER a NOSSA edição ESPECIAL SOBRE PROSPECção (MAIO/2015),<br />
ELA PERCEBEu que, NA verdade, o PROBLEMA ERA ouTRO. dESCuBRA o que ESTAva ERRAdo, o que ELA APRENdeu<br />
COM a VendAmAis, quAIS fORAM OS RESuLTAdOS dESSE APRENdizado e INSPIRE-se NESSA hISTóRIA<br />
Naturalmente, a maioria das<br />
pessoas “torce o nariz” sempre<br />
que um problema aparece. Afinal,<br />
se é problema, é ruim, não<br />
é mesmo? Bem... Nem sempre!<br />
Apesar de, a princípio, poder<br />
parecer estranho alguém dizer<br />
que “pepinos” são oportunidades,<br />
se você parar para pensar,<br />
logo vai perceber que, ao longo<br />
do tempo, muitos “problemas”<br />
originaram grande parte do conhecimento que<br />
temos hoje.<br />
Definindo um PRoblema<br />
Não entender o mundo à sua volta<br />
pode ser um problema para um<br />
cientista. Não saber como lidar<br />
com os filhos pode ser um problema<br />
para os pais. Tentar alcançar<br />
um objetivo e não ter ideia de<br />
por onde começar pode ser um<br />
problema para qualquer um. E<br />
diante de dificuldades, o que devemos<br />
fazer para resolvê-las? Procurar<br />
e desenvolver conhecimento.<br />
A solução dos nossos problemas<br />
começa e termina na busca por<br />
informações e ideias que nos darão<br />
uma luz e mostrarão opções<br />
de caminhos a serem seguidos.<br />
Para Janaina Michelle, gerente<br />
de <strong>venda</strong>s do Montreal Clube<br />
de Hospedagens, o problema era<br />
atrair novos clientes para a base<br />
da empresa. E a solução veio por<br />
meio da <strong>VendaMais</strong> de maio deste<br />
ano, uma edição totalmente<br />
dedicada ao tema “Prospecção”.<br />
74<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Conheça a história dessa gestora comercial e<br />
entenda como ela está resolvendo problemas persistentes<br />
em sua empresa por meio do conhecimento<br />
adquirido nas páginas da <strong>VendaMais</strong>.<br />
Novos desafios, novos PRobleMAS<br />
Tem gente que foge de novos desafios, que prefere<br />
ficar onde está, fazendo o que já sabe, lidando<br />
com o que já conhece. Janaina não é uma dessas<br />
pessoas! Há dez anos trabalhando no Montreal,<br />
ela cresceu e se desenvolveu junto com a empresa.<br />
Começou como estagiária, depois foi operadora de<br />
“Parece que<br />
vocês me<br />
escutam; a<br />
cada edição,<br />
a revista traz<br />
um tema<br />
que estou<br />
precisando<br />
ler. Se eu não<br />
vou pesquisar,<br />
vocês trazem<br />
para mim<br />
por meio da<br />
revista.”<br />
(Janaina Michelle)<br />
telemarketing, passou para o cargo<br />
de assistente de <strong>venda</strong>s, tornou-se<br />
supervisora e, em 2014,<br />
assumiu seu posto atual, o de<br />
gerente comercial.<br />
Depois de quase uma década<br />
no operacional, Janaina tinha,<br />
então, novos desafios – e novos<br />
problemas – pela frente. Ela precisava<br />
aprender a pensar de maneira<br />
mais estratégica para comandar<br />
a equipe de forma inteligente<br />
e eficiente, trazendo resultados<br />
efetivos. Foi então que<br />
ela resolveu correr atrás de conhecimento<br />
e, pesquisando na<br />
internet, descobriu a <strong>VendaMais</strong>.<br />
“O que mais me chamou atenção<br />
foi que a revista conta com pessoas<br />
que entendem de <strong>venda</strong>s. E<br />
eu precisava justamente disso,<br />
aprender com especialistas da<br />
área para adquirir um conhecimento<br />
além do que eu aprendi<br />
com a prática nesses dez anos de<br />
Montreal”, explica. Animada com<br />
o conteúdo que a revista oferece,<br />
ela então apresentou a proposta<br />
de assinatura para o seu diretor<br />
e, assim, tanto a empresa como<br />
ela própria tornaram-se assinantes<br />
da revista.<br />
“Será que o PRoblema<br />
sou eu?”<br />
Se nada dá certo e a solução parece<br />
estar cada vez mais longe,<br />
é comum pensarmos que a origem<br />
do problema pode estar em<br />
nós mesmos. Quando começou<br />
sua operação com o objetivo de<br />
aumentar a base de clientes novos<br />
no Montreal, Janaina estava<br />
nessa situação.<br />
Em seus 20 anos de atuação,<br />
a empresa sempre havia trabalhado<br />
prospecção, mas nunca de<br />
maneira estruturada, com um<br />
processo bem definido. Por isso,<br />
quando a nova gestora começou<br />
a implantar ações focadas nessa<br />
área, a resistência da equipe foi<br />
muito grande. “A equipe não comprava<br />
a ideia, a principal dificuldade<br />
que a gente tinha era a falta<br />
de interesse dos vendedores<br />
em prospectar. Então eu pensava:<br />
‘O problema sou eu como gestora,<br />
não consigo vender a ideia, não<br />
consigo convencer’”, relembra.<br />
Por isso, quando recebeu a<br />
<strong>VendaMais</strong> de maio e percebeu<br />
que outros gestores também enfretavam<br />
os mesmos problemas,<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 75
Janaina entendeu que a falha estava na forma de<br />
implantar a estratégia de prospecção. “Quando comecei<br />
a ler a revista, eu falei: ‘Para tudo! Tem todo<br />
um processo a ser desenvolvido!’ Eu vi que era normal<br />
a falta de interesse dos vendedores, que é normal não<br />
saber por onde começar”, relata.<br />
A gestora aponta que a cobrança para que ela<br />
conseguisse novos clientes era grande, havia uma<br />
pressão por resultados imediatos. Baseando-se no<br />
conhecimento e nas dicas dos especialistas da revista,<br />
ela conseguiu embasar seu argumento e mostrar<br />
para os diretores que aquele era um trabalho de longo<br />
prazo, que precisava ser desenvolvido de forma<br />
estratégica para dar resultados.<br />
Conquistar primeiro, vender depois<br />
Depois de devorar a <strong>VendaMais</strong>, Janaina tinha<br />
várias ideias em mente para colocar em prática. Mas,<br />
claro, não daria para fazer tudo de uma vez. O primeiro<br />
passo foi criar uma equipe focada em prospecção.<br />
Um time de seis pessoas apenas com o objetivo<br />
de conquistar e trazer novos clientes para encaminhar<br />
aos vendedores para que estes fechassem<br />
as <strong>venda</strong>s depois que o cliente já tivesse sido trabalhado<br />
e conhecesse melhor a empresa e os serviços<br />
que ela oferece.<br />
Além disso, o script, a forma de falar com os possíveis<br />
clientes, também mudou – e isso já fez e está<br />
fazendo toda a diferença na operação do Montreal.<br />
“Levante as necessidades dos clientes, entenda o<br />
seu público, conheça o perfil de seu consumidor”.<br />
Baseando-se nessas dicas de prospecção da revista,<br />
Janaina começou um trabalho de abordagem bem<br />
diferente do que vinha fazendo, que era apenas focado<br />
no fechamento da <strong>venda</strong>, praticamente “empurrando”<br />
o serviço. “Montamos um banco de dados,<br />
separando os clientes que disseram ter interesse em<br />
viajar e os que afirmaram não ter interesse. Ou seja,<br />
segmentamos nossa base e estamos trabalhando de<br />
forma específica. É mais ou menos uma pesquisa,<br />
isso que estamos fazendo. Não vamos chegar oferecendo,<br />
pois o cliente não pode achar que a gente só<br />
quer vender, mas, sim, entender seus desejos e suas<br />
necessidades”, explica Janaina.<br />
Quando o CLiente recebe MAis atenção,<br />
ele retribui da mesma foRMA<br />
Como um dos principais resultados dessas mudanças,<br />
a gestora aponta que os clientes estão dando mais atenção,<br />
estão demonstrando maior interesse pela empresa.<br />
“Quando comecei a ler a revista, eu falei:<br />
‘Para tudo! Tem todo um processo a ser<br />
desenvolvido!’ Eu vi que era normal a falta de<br />
interesse dos vendedores, que é normal não<br />
saber por onde começar.”<br />
E isso só está acontecendo, segundo<br />
Janaina, porque agora o discurso<br />
não é mais direcionado à <strong>venda</strong>,<br />
e sim às necessidades dos clientes<br />
e ao que os serviços da empresa<br />
podem oferecer a eles. “Durante o<br />
início da abordagem da prospecção,<br />
sempre pedimos os e-mails das pessoas.<br />
Antes, quase ninguém se dispunha<br />
a dar. Como o jeito de falar<br />
mudou, eles começaram a dar o<br />
e-mail para que passássemos mais<br />
informações”, conta a gerente de<br />
<strong>venda</strong>s do Montreal.<br />
Ela revela que, de lá para cá, a<br />
equipe já conseguiu reunir cerca<br />
de 700 e-mails e, já no primeiro<br />
envio, 66% das mensagens enviadas<br />
foram abertas e visualizadas. Ou<br />
seja, mais da metade não ignorou<br />
o contato, os clientes realmente<br />
tiveram interesse em saber mais<br />
sobre os serviços do Montreal. Isso<br />
já demonstra a criação de uma<br />
base de contatos muito mais qualificada<br />
e que poderá trazer grandes<br />
resultados.<br />
PLANos PARA o futuro<br />
Segundo Janaina, com tanta coisa<br />
aprendida na edição sobre prospecção<br />
da <strong>VendaMais</strong>, ainda há<br />
muito o que colocar em prática.<br />
Estas são algumas ações que a gestora<br />
ainda está implantando e que<br />
também pretende desenvolver melhor<br />
no futuro:<br />
(Janaina Michelle)<br />
Equipes de <strong>venda</strong> e prospecção<br />
mais próximas<br />
Janaina destaca que precisa que<br />
esses dois times estejam muito<br />
próximos e que conheçam a realidade<br />
um do outro. Dessa forma,<br />
a ponte entre a prospecção e a <strong>venda</strong><br />
será muito mais ágil e eficiente.<br />
Além disso, essa aproximação também<br />
deve contribuir para diminuir<br />
a resistência dos vendedores, pois<br />
eles entenderão a real importância<br />
da prospecção.<br />
Não deixar o cliente quente<br />
esfriar<br />
Na abordagem de prospecção, os<br />
atendentes do Montreal perguntam<br />
se o prospect gostaria de falar<br />
com algum dos consultores para<br />
ter mais informações sobre a empresa<br />
e os serviços de seu interesse.<br />
“Se naquele momento ele demonstrar<br />
interesse em querer<br />
saber mais sobre a empresa, aquela<br />
abordagem deverá ser imediatamente<br />
passada para um vendedor,<br />
que vai, de fato, atender e<br />
fechar a <strong>venda</strong>. Não podemos deixar<br />
passar essa oportunidade.<br />
Brincamos que ‘cliente quente não<br />
pode deixar esfriar’”, aponta.<br />
Conhecer melhor o público e<br />
personalizar a abordagem<br />
Janaina conta que quer cada vez<br />
mais trabalhar o perfil do cliente,<br />
entender quem ele é, onde ele está<br />
e de que forma o Montreal pode<br />
atender suas necessidades.<br />
“Precisamos elaborar scripts constantemente<br />
e, sempre que for necessário,<br />
adotar uma nova abordagem<br />
conforme o perfil daquele<br />
prospect”, indica.<br />
O que você pode APRender<br />
com eSSA história<br />
A história de Janaina traz grandes<br />
lições e aprendizados que você<br />
também pode aplicar na sua realidade.<br />
Destacamos:<br />
76<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
1) Nunca deixe de buscar conhecimento<br />
Depois de dez anos trabalhando na empresa, Janaina<br />
podia achar que já sabia o suficiente. Mas ela não se<br />
contentou e foi atrás de mais informações para ter um<br />
desempenho de alta performance como gestora. Por<br />
isso, não importa quão experiente você seja, nunca<br />
deixe de buscar mais conhecimento, de aprender coisas<br />
novas e interessantes. Isso fará você evoluir não<br />
apenas no lado profissional, mas também no pessoal.<br />
2) Utilize informações seguras para embasar seu<br />
argumento<br />
Janaina destaca que um dos pontos fortes da Venda-<br />
Mais é o fato de a publicação contar com grandes<br />
especialistas de mercado, gestores e empresas que já<br />
passaram por problemas semelhantes e que têm conhecimento<br />
comprovado. “Isso dá segurança para<br />
debater e questionar outros diretores e gestores,<br />
mostrando uma visão e um caminho diferentes que<br />
podem ser melhores do que os atuais”, pondera.<br />
3) Esteja sempre atualizado com seu mercado<br />
A gerente do Montreal ressalta, ainda, que conta com<br />
a ajuda da <strong>VendaMais</strong> para estar sempre em dia com<br />
as tendências e com a realidade do mercado, por meio<br />
dos depoimentos de outras empresas<br />
e também pelas pesquisas realizadas<br />
pela publicação. De que<br />
forma você está buscando informações<br />
sobre sua área de atuação?<br />
Estar atualizado e informado pode<br />
fazer você e sua empresa saírem<br />
na frente da concorrência.<br />
4) Fale com quem fala a sua língua<br />
Sabe aquela sensação de conversar<br />
com alguém, se identificar<br />
com a pessoa, perceber que ela<br />
entende você e que você não está<br />
sozinho? É assim que Janaina se<br />
sentiu ao ver, na <strong>VendaMais</strong>, os<br />
depoimentos de outros profissionais<br />
falando sobre suas dificuldades<br />
para prospectar clientes.<br />
Esse é um exemplo da importância<br />
de conversar com pessoas que<br />
estão vivendo ou já viveram os<br />
problemas que você está enfrentando.<br />
Elas lhe entenderão profundamente<br />
e você pode aprender<br />
muito com a experiência delas.<br />
“Parece que vocês me escutam;<br />
a cada edição, a revista traz um<br />
tema que eu estou precisando ler.<br />
Se eu não vou pesquisar, vocês<br />
trazem para mim por meio da revista”,<br />
declara Janaina sobre sua<br />
relação com a <strong>VendaMais</strong>. E é<br />
exatamente assim que nós queremos<br />
que cada um de nossos leitores<br />
se sinta: acolhido, compreendido,<br />
ouvido...<br />
E você, já utilizou as dicas da<br />
<strong>VendaMais</strong> para mudar a realidade<br />
de sua empresa? Envie um<br />
e-mail para leitor@<strong>venda</strong>mais.<br />
com.br contando sua experiência.<br />
Sua história também pode ser publicada<br />
nas páginas da revista!<br />
Colaborou nesta matéria: Francine Pereira<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 77
Content Marketing World 2015<br />
Conteúdo como<br />
ferramenta<br />
e estratégia<br />
de prospecção<br />
e pós-<strong>venda</strong><br />
Pelo segundo ano<br />
consecutivo, nossa equipe<br />
esteve em Cleveland (Ohio,<br />
Estados Unidos) para<br />
acompanhar o Content<br />
Marketing World, maior<br />
evento de marketing de<br />
conteúdo do mundo. Se há<br />
um ano apresentamos as<br />
cinco grandes lições do<br />
congresso, desta vez<br />
trazemos de lá novidades e<br />
caminhos para você inovar<br />
em sua estratégia de<br />
prospecção e pós-<strong>venda</strong><br />
utilizando o conteúdo como<br />
ferramenta<br />
Por João Guilherme Brotto,<br />
enviado especial aos Estados Unidos<br />
Foto: Fallon's Photography para Content Marketing Institute<br />
78<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro NOVEMBRO 2015
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 79
Independentemente<br />
do mercado<br />
em que atua,<br />
você certamente vende algo que resolve problemas, ajuda pessoas a<br />
serem mais felizes ou empresas a serem mais produtivas. Toda organização<br />
é um celeiro de conhecimentos que interessam diretamente<br />
a quem compra ou poderia comprar dela. Esse conhecimento, aliás,<br />
já é compartilhado com clientes e prospects no dia a dia pelo time de<br />
<strong>venda</strong>s durante as negociações, quando o vendedor apresenta seus<br />
diferenciais e casos de sucesso, fala sobre tendências, dá ideias, contorna<br />
objeções e as transforma em soluções.<br />
Nesse sentido, bons vendedores são especialistas<br />
em marketing de conteúdo por natureza, mesmo<br />
que não saibam disso. O desafio, portanto, é ampliar<br />
o alcance da mensagem transmitida por quem está<br />
frente a frente com o cliente, com o objetivo de<br />
atingir novos públicos e aperfeiçoar o pós-<strong>venda</strong>.<br />
É preciso dar visibilidade ao conhecimento transmitido<br />
de maneira informal no dia a dia.<br />
Essa é a essência do marketing de conteúdo<br />
focado em <strong>venda</strong>s e o ponto de partida para toda e<br />
qualquer ação que você venha a desenvolver nesse<br />
sentido. “O marketing de conteúdo existe para ser<br />
a ponte emocional entre as <strong>venda</strong>s e o cliente”, resume<br />
Jay Baer, um dos principais palestrantes do<br />
CMW.<br />
Resumo das tendências APResentadas em 2014 no<br />
Content Marketing World<br />
1 – o marketing de conteúdo veio para ficar.<br />
2 – Storytelling: Qual é a história que sua empresa quer<br />
contar?<br />
3 – O big data e o uso de dados para embasar sua estratégia<br />
de conteúdo.<br />
4 – Saiba com quem você está falando –como construir sua<br />
persona e como isso pode ajudar seus vendedores.<br />
5 – a integração entre <strong>venda</strong>s e marketing é essencial.<br />
Quer entender melhor cada um desses tópicos? Acesse http://<br />
bit.ly/vmnov15-conteudo e leia a reportagem que foi publicada<br />
na edição de novembro de 2014.<br />
Jay Baer<br />
Foto: Fallon's Photography para Content Marketing Institute<br />
Sua empresa como referência em<br />
conhecimento<br />
Não que você precise revolucionar seu modelo de negócios<br />
e se transformar em uma editora ou coisa parecida,<br />
mas entenda que sua empresa pode ser a principal<br />
fonte de informação de que seu mercado precisa<br />
e atrair clientes em razão disso. “O marketing de<br />
conteúdo é uma oportunidade de fazer um marketing<br />
que não parece publicidade”, sintetiza Ann Handley,<br />
autora de Everybody Writes (Todo mundo escreve, em<br />
tradução livre – ainda não publicado no Brasil), best-<br />
-seller do Wall Street Journal. Estes são alguns exemplos<br />
de empresas que já entenderam isso:<br />
A TAM e a Gol, por exemplo, editam revistas<br />
de viagem que são muito lidas por passageiros<br />
durante os voos.<br />
Nós criamos o <strong>VendaMais</strong> Responde, programa<br />
em vídeo enviado bimestralmente aos assinantes<br />
em que Raul Candeloro e Marcelo Caetano debatem<br />
assuntos de alta relevância para os gestores de<br />
<strong>venda</strong>s. Os temas são sempre propostos por leitores.<br />
80<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Foto: Divulgação<br />
Ann Handley<br />
Principais objetivos das eMPReSAS B2B<br />
ao utilizar o MARKeting de conteúdo<br />
Geração de leads: 87%<br />
Reconhecimento de marca: 83%<br />
Engajamento: 80%<br />
Nutrição de leads: 78%<br />
Vendas: 75%<br />
Retenção de clientes/fidelização: 67%<br />
Evangelização do cliente: 56%<br />
Venda adicional/<strong>venda</strong> cruzada: 49%<br />
Bons exemplos de blogs não faltam no mercado,<br />
como revelamos na edição de julho deste<br />
ano (o link de acesso ao PDF está no fim da<br />
página 85).<br />
A CPFL Energia criou uma websérie de dez<br />
episódios chamada Caminhos da Energia para<br />
ampliar o debate sobre os desafios e as tendências<br />
do setor energético brasileiro.<br />
A Resultados Digitais, startup de marketing<br />
digital com sede em Florianópolis (SC), realiza<br />
um megaevento anual na capital catarinense<br />
com dezenas de palestras e centenas de participantes<br />
de todo o Brasil. A RD também organiza<br />
seminários e palestras on-line periodicamente.<br />
Aplicativos como Snapchat e Periscope permitem<br />
que você grave e compartilhe vídeos em<br />
tempo real com seus seguidores.<br />
Independentemente do formato do conteúdo<br />
ou do canal de distribuição que adotar, a primeira<br />
lição que você precisa ter em mente quando<br />
pensar em marketing de conteúdo é que ele deve<br />
ser tratado não apenas como um canal de comunicação,<br />
mas como uma ferramenta de prospecção<br />
e pós-<strong>venda</strong>.<br />
O mercado de <strong>venda</strong>s mudou com as inovações<br />
propostas pela tecnologia. Hoje, o relacionamento<br />
com o cliente pode ser customizado e automatizado,<br />
sem precisar ser frio. Tanto prospecção quanto<br />
o pós-<strong>venda</strong> podem ser feitos de forma mais direcionada<br />
e baseados em valor.<br />
Fonte: 2015 Small Business Content Marketing Tools – Content Marketing Institute<br />
Principais objetivos do MARKeting de<br />
conteúdo peNSAdo PARA <strong>venda</strong>s<br />
*Prospecção<br />
Contribuir para que sua marca seja mais facilmente<br />
encontrada por futuros clientes<br />
A partir do momento que você mantém um trabalho<br />
planejado e consistente de produção de conteúdos<br />
relacionados à sua área de atuação, estará ampliando<br />
sua presença nos resultados de busca do Google e em<br />
outros mecanismos de pesquisa e, naturalmente,<br />
será mais facilmente encontrado por quem, até então,<br />
talvez jamais tivesse ouvido falar de sua marca.<br />
Servir como um atestado de credibilidade<br />
para sua marca<br />
Quando encontrado por esse novo possível futuro<br />
cliente, você oferecerá mais motivos para fazê-lo<br />
permanecer em seu site, atestar seus diferenciais e<br />
se interessar em fazer parte de sua base de e-mails<br />
para receber – ou mesmo comprar – mais conteúdo.<br />
Criar mecanismos para captação, qualificação<br />
e segmentação de prospects<br />
O bom conteúdo é moeda de troca. Adiante, vamos<br />
apresentar um passo-a-passo para que você desenvolva<br />
um método para gerar uma lista de prospects continuamente<br />
atualizada com as informações exatas de<br />
que seu time de <strong>venda</strong>s precisa para vender melhor.<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 81
*Negociação<br />
Servir como ferramenta de apoio para a equipe<br />
de <strong>venda</strong>s<br />
O vendedor pode, por exemplo, enviar determinado<br />
conteúdo para o prospect com o objetivo de reforçar<br />
sua argumentação de <strong>venda</strong>s, rebater uma objeção<br />
ou retomar uma negociação adormecida. Por exemplo:<br />
“Fulano, esse artigo publicado em nosso blog aborda<br />
exatamente a questão que debatíamos há alguns dias.”<br />
*<strong>Pós</strong>-<strong>venda</strong><br />
Manter contato com o cliente depois que ele<br />
compra<br />
São muitas as possibilidades de conteúdos que podem<br />
ser disponibilizados ao cliente após o fechamento do<br />
negócio. Você pode enviar um manual em PDF ou<br />
em vídeo com uma orientação para o bom uso do<br />
produto/serviço, uma newsletter periódica com dicas,<br />
tendências e informações que são úteis para o dia a<br />
dia do cliente e, ao mesmo tempo, ajudam a criar<br />
razões para que ele volte a procurar sua empresa e<br />
assim por diante.<br />
O pós-<strong>venda</strong> é o novo MARKeting. E o<br />
marketing de conteúdo é o CANAL!<br />
Nosso colunista Claudio Diogo costuma falar que<br />
você só pode dizer que fez uma <strong>venda</strong> depois que o<br />
cliente volta a comprar de você. E ele tem razão. No<br />
entanto, nem sempre é isso que acontece. Um dos<br />
maiores clichês empresariais é o orgulho em dizer<br />
que “nosso maior diferencial é o atendimento”. É<br />
claro que, em alguns casos, isso é verdade. No entanto,<br />
Jay Baer, um dos principais especialistas em marketing<br />
digital dos Estados Unidos, afirmou, em sua<br />
palestra no Content Marketing World, que “enquanto<br />
88% das empresas dizem isso, apenas 8% dos clientes<br />
concordam”. Dado facilmente explicado através<br />
de outra informação alarmante também apresentada<br />
pelo especialista. “Enquanto o investimento global<br />
em marketing fica na casa dos US$ 500 bilhões por<br />
ano, investe-se apenas US$ 9 bilhões em serviços ao<br />
cliente”. Fica a reflexão.<br />
Se você se preocupa mais em atrair clientes e<br />
vender do que em cuidar de quem já lhe deu um voto<br />
de confiança, está não só cometendo um grave<br />
erro, mas perdendo dinheiro. “O pós-<strong>venda</strong> é o novo<br />
marketing. Um aumento de 5% na retenção de clientes<br />
pode gerar um aumento de até 85% no lucro”,<br />
aponta Baer.<br />
Joe Pulizzi<br />
Um ponto de PARtida PARA sua<br />
estRAtégia de conteúdo<br />
Tudo o que está em evidência no mercado faz com que<br />
surjam fórmulas para o sucesso imediato. Em se tratando<br />
de marketing de conteúdo, não é diferente.<br />
Porém, não é da noite para o dia que se conquista uma<br />
audiência estratosférica e engajada e se obtêm resultados<br />
consistentes.<br />
Joe Pulizzi, CEO do Content Marketing Institute e<br />
idealizador do Content Marketing World, afirma que<br />
o sucesso vem através da construção de um modelo<br />
bem estruturado, capaz de atrair audiência ao longo<br />
do tempo. Para isso, além de foco, estratégia, um bom<br />
time e visão de longo prazo, Pulizzi revela que você<br />
precisará de:<br />
Uma plataforma principal: Blog, revista, canal no You-<br />
Tube, redes sociais, newsletter, seminários on-line, eventos<br />
presenciais, etc. “Tentar dominar todas as plataformas<br />
pode ser tentador, mas comece devagar”, recomenda.<br />
Entrega consistente de conteúdo de alto valor<br />
agregado: É preciso ter um calendário editorial para<br />
que as pessoas saibam exatamente quando você irá<br />
entregar novos conteúdos. A dinâmica pode ser diária,<br />
semanal ou mensal. O importante é criar um padrão e<br />
ser consistente.<br />
Foco no longo prazo: Enxergue, planeje e execute o<br />
marketing de conteúdo como se fosse uma maratona,<br />
e não uma corrida de 100 metros rasos.<br />
Foto: Fallon's Photography para Content Marketing Institute<br />
82<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Pulizzi reforça que esse é um modelo simples, mas<br />
que as empresas raramente adotam. “Se você quer<br />
construir uma audiência que conhece, goste e confie<br />
em você, esse é o caminhoa seguir”, aconselha.<br />
TIPOS de CONteúdo que voCÊ Pode PRoduziR<br />
Um estudo conduzido pelo Content Marketing Institute revelou<br />
quais são os tipos de conteúdo mais utilizados por<br />
empresas:<br />
Artigos e postagens em blogs<br />
Newsletters<br />
Vídeos<br />
Eventos presenciais<br />
Relatórios<br />
Estudos de caso<br />
Pesquisas setoriais/tendências<br />
Seminários on-line<br />
Aplicativos<br />
Livros (impressos ou digitais)<br />
Revistas (impressas ou digitais)<br />
Podcasts<br />
Por onde começar: Checklist PARA<br />
a PRodução de conteúdo<br />
Antes de pensar em formatos e táticas que você irá<br />
utilizar para distribuir e promover seu conteúdo, é<br />
preciso pensar no que e por que produzir. Um brainstorming<br />
entre as equipes de <strong>venda</strong>s e de marketing<br />
baseado em objeções, dúvidas frequentes, problemas<br />
que sua empresa resolve e tendências de mercado é<br />
um bom ponto de partida, mas boas pautas estão em<br />
todos os lugares (em histórias de colaboradores,<br />
clientes, informações cedidas por associações do seu<br />
setor, imprensa, livros e assim por diante).<br />
Tenha em mente, também, que é importante ter<br />
conteúdos adequados a cada etapa da jornada de<br />
compra do cliente. Para isso, considere o cenário<br />
apresentado por Pam Didner, estrategista global de<br />
marketing de conteúdo, em sua palestra no CMW.<br />
Ela propõe temas de acordo com cada momento que<br />
o cliente atravessa no ciclo de relacionamento com<br />
sua empresa.<br />
ESTÁGIO DE COMPRA<br />
APRENDER PLANEJAR DECIDIR COMPRAR RELACIONAR<br />
Necessidade do cliente<br />
Eu tenho um problema e<br />
preciso solucioná-lo.<br />
Como eu posso resolver<br />
esse problema?<br />
De que ferramentas eu<br />
preciso para resolver<br />
meu problema e tomar<br />
uma boa decisão?<br />
Ajude-me a comprar.<br />
Como posso ir além agora?<br />
Exemplos de conteúdos que<br />
você precisa entregar a ele<br />
*“X” coisas que você<br />
precisa saber sobre<br />
(produto/serviço)<br />
*“X” tendências sobre<br />
(segmento do cliente)<br />
que você precisa saber<br />
* Tudo o que você<br />
precisa saber sobre<br />
(produto/serviço)<br />
*“X” formas de evitar<br />
(dor do cliente)<br />
*“X” formas de resolver<br />
seu problema de (dor do<br />
cliente)<br />
* Você sabe que precisa<br />
de (seu produto/<br />
serviço) quando (dor do<br />
cliente)<br />
*Os “x” maiores<br />
problemas sobre<br />
(necessidade do<br />
cliente) que mais<br />
ouvimos<br />
*Guia completo para<br />
você decidir a compra<br />
de (necessidade do<br />
cliente)<br />
*As ferramentas<br />
mais eficazes de<br />
(necessidade do<br />
cliente) usadas<br />
por empresas de<br />
(segmento)<br />
*“X” exemplos de<br />
como empresas<br />
estão resolvendo seu<br />
problemas de (dor) com<br />
(seu produto/serviço)<br />
*“X” resultados que<br />
você pode esperar de<br />
(produto/serviço)<br />
*“X” histórias de quem<br />
está tendo excelentes<br />
resultados graças<br />
a (seu produto/<br />
serviço)<br />
*Passo-a-passo para<br />
ser mais produtivo em<br />
(segmento e/ou seu<br />
produto/serviço)<br />
*Dicas práticas para o seu<br />
dia a dia em (segmento)<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 83
PLANO de Ação: Como produzir o conteúdo<br />
que fará a diferença PARA o seu CLiente<br />
e suas <strong>venda</strong>s<br />
A lógica da execução do marketing de conteúdo<br />
é muito parecida com a de <strong>venda</strong>s. Ou seja, é preciso<br />
conhecer a fundo quem vai consumir seu conteúdo<br />
e identificar suas necessidades, problemas,<br />
desejos, sonhos e ambições. Se é dominando e sabendo<br />
conduzir questões como essas que se faz uma<br />
boa <strong>venda</strong>, é assim que se entrega um conteúdo<br />
relevante.<br />
Nesse sentido, o melhor caminho para iniciar<br />
seu trabalho de marketing de conteúdo é realizar<br />
uma pesquisa com clientes e prospects que possa<br />
ser conduzida em paralelo pela equipe de <strong>venda</strong>s<br />
e atendimento, mas também por meio do trabalho<br />
do time de conteúdo. A pesquisa tem o objetivo<br />
de dar a base para o seu projeto de conteúdo e,<br />
ao mesmo tempo, atualizar, qualificar e segmentar<br />
sua lista de prospects– além de aperfeiçoar o<br />
pós-<strong>venda</strong>.<br />
8 PASSos PARA PRoduzir um conteúdo<br />
único e qualifiCAR sua PRospecção<br />
e seu pós-<strong>venda</strong><br />
Defina um grande tema dentro do seu segmento<br />
1. que desperte interesse em seus clientes. Pode ser,<br />
por exemplo, uma objeção ou necessidade que se<br />
repete, uma tendência, um fato relevante ou outro<br />
tema que pode dar base para a criação de um estudo<br />
que posicionará sua empresa como referência em seu<br />
segmento.<br />
Imagine que você é uma empresa de pesquisas<br />
2. ou um veículo de imprensa que vai lançar um<br />
mapa completo sobre o assunto definido. Pelo que<br />
você gostaria de ficar conhecido?<br />
Crie um formulário de pesquisa em ferramentas<br />
3. como o Google Forms ou o SurveyMonkey com<br />
perguntas pensadas para trazer as informações<br />
necessárias para embasar seu futuro estudo. Esta<br />
edição da <strong>VendaMais</strong>, por exemplo, foi 70% escrita<br />
a partir de uma pesquisa recente sobre pós-<br />
-<strong>venda</strong> que fizemos. As respostas que mais de 500<br />
leitores nos deram nos ajudaram a pensar em temas<br />
para artigos, encontrar fontes para entrevistas e<br />
obter ideias para produzir boa parte do que você<br />
está lendo. Ao fim da matéria, há um link que lhe<br />
dá acesso à pesquisa.<br />
Sugestões de perguntas para sua pesquisa<br />
Elabore as perguntas de sua pesquisa a partir da<br />
técnica SEPAPIAG, apresentada em um vídeo por<br />
Raul Candeloro, que você assiste acessando http://<br />
bit.ly/Raul-responde). Em resumo, você deve criar<br />
questões relacionadas à situação atual do cliente, às<br />
dificuldades que ele enfrenta e suas expectativas e<br />
preocupações. Exemplos:<br />
Quais são suas maiores dificuldades para…?<br />
De zero a dez, que nota você daria para sua situação<br />
em...?<br />
O que você faz, na prática, para solucionar<br />
esse problema? Se possível, detalhe em um<br />
passo-a-passo.<br />
Qual você imagina que seria a solução ideal para<br />
resolver...?<br />
Que ferramentas você utiliza para...?<br />
Quais são seus objetivos com…?<br />
Tem alguma boa história para compartilhar conosco<br />
a respeito de …?<br />
Qual é seu orçamento anual para…?<br />
Dica: A tabela da página 83 também pode inspirar<br />
a criação das perguntas.<br />
4.<br />
Pam Didner<br />
À medida que for recebendo as respostas, liste<br />
os tópicos que mais chamarem sua atenção e<br />
crie conteúdos a partir deles de forma consistente.<br />
O ideal é que, independentemente da mídia utilizada<br />
(sejam artigos, vídeos, podcasts, etc.), eles estejam<br />
Foto: Fallon's Photography para Content Marketing Institute<br />
84<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Foto: Fallon's Photography para Content Marketing Institute<br />
reunidos em seu blog, para que todos possam acessar<br />
e se surpreender com a qualidade do que você está<br />
criando. Mas atenção: esse processo levará meses.<br />
5.<br />
Quando tiver produzido tudo o que planejou,<br />
você pode condensar seu estudo em um e-book,<br />
uma série de vídeos ou mesmo um livro impresso.<br />
Esse material pode – e deve – ser utilizado pelas<br />
equipes de atendimento e <strong>venda</strong>s como ferramenta<br />
de apoio durante as negociações. Por exemplo: o<br />
vendedor pode enviar um conteúdo para “quebrar o<br />
gelo”, reaquecer ou evoluir uma negociação porque<br />
sabe que o material é de interesse do prospect.<br />
6.<br />
Em paralelo às ideias de conteúdo que essa<br />
pesquisa vai gerar, você terá, ainda, uma nova<br />
lista de clientes para prospectar e se relacionar que<br />
trará dados valiosos sobre cada pessoa ou empresa<br />
que respondeu e se beneficiou do conteúdo que você<br />
entregou em troca.<br />
7.<br />
A pesquisa não precisa acabar, pode se tornar<br />
uma fonte recorrente de novos dados e pautas<br />
para o time de conteúdo – e de prospects para a equipe<br />
de <strong>venda</strong>s.<br />
Para aumentar as taxas de conversão, sugere-se<br />
8. criar campanhas de publicidade no Google Ads,<br />
Facebook Ads e LinkedIn Ads com anúncios direcionados<br />
a convidar as pessoas a terem acesso a “um estudo<br />
completo sobre um tema altamente relevante para elas”.<br />
Responsabilidades do<br />
time de <strong>venda</strong>s -<br />
1 - Incentivar o cliente a se cadastrar<br />
na base de e-mails da empresa e a<br />
responder as pesquisas.<br />
2 - investigar necessidades, objeções<br />
e sonhos dos clientes e sugerir temas<br />
para o time de conteúdo.<br />
3 - Dedicar tempo para estudar as informações<br />
disponibilizadas pelo<br />
time de conteúdo, analisar o perfil<br />
de cada prospect e criar um plano de<br />
ação para prospectá-lo.<br />
Conteúdo e Vendas PReciSAM<br />
caminhar juntos<br />
A integração e o contato direto entre as duas partes é<br />
fundamental. De pouco adiantará você ter uma pessoa<br />
ou um time dedicado ao marketing de conteúdo se não<br />
houver uma integração com a parte de <strong>venda</strong>s.<br />
Responsabilidades do<br />
time de conteúdo<br />
1 - Pensar, produzir e promover conteúdos<br />
relevantes para atrair prospects<br />
qualificados e otimizar o pós-<strong>venda</strong>.<br />
2 - repassar os prospects em tempo<br />
real para o time de <strong>venda</strong>s ou enviar<br />
uma lista semanal com os leads apurados<br />
no período, já segmentados<br />
para otimizar o planejamento que<br />
será feito pelo time de <strong>venda</strong>s.<br />
3 - Mensurar, otimizar e testar ideias,<br />
estratégias e canais periodicamente.<br />
Ao seguir esses passos, você terá dado um grande<br />
salto para se posicionar como referência em seu<br />
segmento e terá criado um processo dinâmico e inteligente<br />
de prospecção e pós-<strong>venda</strong>. Um projeto de<br />
conteúdo bem orquestrado contribuirá para que o<br />
time de <strong>venda</strong>s receba uma lista constante de oportunidades<br />
e expandirá fronteiras em suas <strong>venda</strong>s.<br />
Pesquisa sobre pós-<strong>venda</strong>: http://bit.ly/pesquisa-pos<strong>venda</strong><br />
Materiais complementares: http://bit.ly/vmnov15-conteudo<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 85
Marketing Digital / Por Rodrigo Souto<br />
3 passos para iniciar uma cultura<br />
de pós-<strong>venda</strong> pelas redes sociais<br />
T<br />
odos nós SABemos que uma eMPResa de sucesso não só<br />
consegue gerar novos negócios e clientes de forma consistente como<br />
também consegue manter felizes e engajados seus compradores – a<br />
ponto de convertê-los novamente. Essa última conversão,aliás, do<br />
tipo que transforma um cliente em um evangelista, é fundamental<br />
para que os serviços ou produtos da sua empresa alcancem novos<br />
clientes potenciais. Afinal, não há nada mais forte do que a recomendação<br />
de um amigo íntimo!<br />
Por conta disso, não dá para negar: o maior trunfo que a sua empresa<br />
provavelmente pode ter (depois de funcionários dedicados) são<br />
clientes felizes. E uma maneira eficaz para manter os seus clientes<br />
engajados e felizes após a compra é por meio de um contínuo engajamento<br />
com eles. E, nesse sentido, as redes sociais são uma excelente<br />
ferramenta.<br />
86<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
A lista de ações que você pode<br />
colocar em prática nas redes sociais<br />
para utilizá-las como ferramentas<br />
de pós-<strong>venda</strong> é interminável e depende<br />
muito do perfil de cada negócio<br />
e de cada base de clientes.<br />
Portanto, esse não é o foco deste<br />
artigo. A ideia aqui é apresentar<br />
três passos para ajudá-lo a iniciar<br />
esse trabalho. Acompanhe.<br />
1<br />
Certifique-se de<br />
que todos (ou<br />
quase todos)<br />
em sua eMPResa<br />
poSSAM<br />
participar<br />
É claro que é importante ter alguém<br />
(ou um departamento) responsável<br />
pela sua comunicação nas redes<br />
sociais. Porém, todos os colaboradores<br />
da sua empresa que sejam<br />
ativos e entrelaçados com os clientes<br />
nesses canais podem desempenhar<br />
um papel importante nesse<br />
trabalho.<br />
Os vendedores que estão conectados<br />
aos clientes podem, por exemplo,<br />
avisar os gestores das redes<br />
sociais quando algum cliente fez<br />
algo que merece uma postagem nos<br />
perfis da organização. Além disso,<br />
apesar de seus profissionais de suporte,<br />
<strong>venda</strong>s e marketing deverem<br />
ser os funcionários mais acessíveispara<br />
obter ajuda, até mesmo o seu<br />
contador pode amplificar um simples<br />
parabéns para um cliente e<br />
fazer com que ele se sinta ainda<br />
mais amado pela sua empresa. Ou<br />
seja, envolver pessoas de diferentes<br />
áreas da sua organização nas estratégias<br />
de redes sociais pode fazer<br />
a diferença no resultado. No entanto,<br />
se você pretende fazer isso, certifique-se<br />
de que:<br />
A participação seja opcional (o<br />
contador de 75 anos de idade<br />
pode ressentir-se em ter que<br />
estar nas redes sociais).<br />
Foram disponibilizados materiais<br />
de treinamento interno<br />
com as noções básicas sobre<br />
engajamento de clientes nas<br />
redes sociais e quais canais<br />
usar.<br />
A equipe (ou o suporte) de mídias<br />
sociais está pronta para<br />
responder um colaborador que<br />
não tem certeza se uma coisa<br />
deve ser postada ou não.<br />
O Twitter e o LinkedIn são os<br />
grandes canais de atuação. Seus<br />
colaboradores (e também seus<br />
clientes) provavelmente vão<br />
querer deixar o Facebook para<br />
suas vidas pessoais.<br />
2<br />
Crie uma lista<br />
no tWitter<br />
PARA os seus<br />
clientes<br />
Uma estratégia interessante<br />
é garantir que, no processo<br />
de fechamento de <strong>venda</strong>s, seja<br />
incluído um passo que permite que<br />
os representantes de <strong>venda</strong>s adicionem<br />
um novo cliente em uma<br />
lista no Twitter. Softwares como<br />
a plataforma de inbound marketing<br />
da HubSpot permitirão que você<br />
crie listas de monitoramento diretamente<br />
do seu banco de dados<br />
e os localize mesmo se eles não<br />
forem seguidores. Assim, o processo<br />
fica mais automatizado e<br />
agilizado e garante que a estratégia<br />
avance mais rapidamente.<br />
Uma vez que a lista for criada,<br />
trabalhe com o suporte de marketing<br />
e clientes se você tiver que<br />
mantê-la monitorada. Preste atenção<br />
nos comentários ou perguntas<br />
sobre sua empresa e também certifique-se<br />
de que você está compartilhando<br />
seus posts quando forem<br />
relevantes para expandir seu<br />
alcance. Procure oportunidades<br />
para surpreender e encantar os<br />
clientes. As redes sociais podem<br />
ser excelentes para isso!<br />
3<br />
Monitore o<br />
desempenho<br />
das ações<br />
Como acontece com<br />
qualquer estratégia<br />
no mundo dos negócios, se você<br />
não estiver monitorando o desempenho<br />
de suas ações nas redes<br />
sociais, você está fazendo<br />
isso errado. Dentre diversas maneiras<br />
de acompanhar a evolução<br />
das estratégias na web, destaco<br />
estas:<br />
Pesquisas: Existem muitas<br />
empresas que fornecem pesquisas<br />
de satisfação que você<br />
pode enviar para seus clientes<br />
em um intervalo que faça sentido<br />
para o seu negócio.<br />
Mídias sociais: Mantenha o<br />
controle de menções sobre sua<br />
empresa nas mídias sociais e<br />
classifique-as em colunas<br />
“Bom”, “Mau” e “Neutro”. Faça<br />
isso antes de começar a se<br />
engajar nas redes sociais e<br />
continue monitorando depois.<br />
O novo engajamento social<br />
ajudou as boas menções a subir?<br />
Sim? Ótimo, continue<br />
nesse caminho. Se não, repense<br />
a sua estratégia.<br />
Suas métricas existentes:<br />
Você pode ter métricas existentes<br />
sobre a felicidade dos<br />
clientes. Certifique-se de<br />
acompanhar as mudanças depois<br />
de começar a se envolver<br />
nas mídias sociais.<br />
Com esses três passos, sua<br />
empresa poderá não só comemorar<br />
o fato de que você tem um<br />
novo cliente, mas também manter<br />
esse cliente feliz no pós-<strong>venda</strong><br />
e aproveitar a oportunidade<br />
para gerar novos negócios. Essas<br />
interações podem ser pequenas,<br />
mas elas fazem uma grande diferença.<br />
Rodrigo Souto é formado<br />
em Marketing Communications<br />
pelo Emerson College<br />
em Boston, eua. É gerente<br />
de marketing da HubSpot<br />
(ferramenta de marketing)<br />
e tem a missão de fazer o<br />
inbound marketing crescer<br />
no Brasil e ajudar pequenas<br />
e médias empresas a crescerem<br />
em um mercado onde<br />
a mídia paga não é acessível<br />
para elas. Acesse o blog da<br />
HubSpot para saber mais:<br />
br.hubspot.com/blog<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 87
Inovação<br />
João Kepler<br />
11 passos<br />
para fazer<br />
um bom pitch<br />
de <strong>venda</strong>s<br />
Na última edição da <strong>VendaMais</strong>, fALei sobre<br />
o que os vendedores tradicionais podem aprender<br />
com as startups e apresentei o conceito de<br />
pitch de <strong>venda</strong>s (dando exemplos positivos e<br />
negativos de seu uso). Dando continuidade ao<br />
assunto, para esta edição, elaborei um passo-<br />
-a-passo que lhe permitirá tirar o melhor do<br />
pitch de <strong>venda</strong>s. Saiba quais são as etapas,<br />
coloque-as em prática e beneficie-se dessa excelente<br />
ferramenta!<br />
PASSo 1<br />
Pesquise o seu público<br />
Certifique-se de que você sabetudo que é possível sobre a empresa e<br />
sobre o indivíduo que vai ouvir o seu discurso de <strong>venda</strong>s. Descubra<br />
quais são suas necessidades específicas, de quem eles compram e<br />
como se relacionam, qual é a necessidade deles que o seu produto ou<br />
serviço atende, o que eles vão ganhar por passar a trabalhar com<br />
você e assim por diante.<br />
88<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Passo 2<br />
Faça o pitch PARA a<br />
pessoa certa<br />
A pessoa que pode decidir sobre<br />
o uso de seu produto ou serviço<br />
é a pessoa que deve ouvir o seu<br />
discurso. Portanto, antes de sair<br />
tagarelando, descubra quem toma<br />
as decisões no seu prospect.<br />
Uma vez que você tenha<br />
identificado a pessoa mais adequada<br />
para ouvi-lo, agende uma<br />
entrevista com ela.<br />
PASSo 3<br />
Conte uma história<br />
Use uma anedota ou história<br />
pessoal sobre o seu produto ou<br />
serviço como gancho para apelar<br />
à emoção do prospect. E faça<br />
isso usando uma linguagem simples.<br />
Esforce-se para ser claro.<br />
Não use jargões – a menos que<br />
seja padrão em sua indústria –,<br />
pois nem sempre o comprador<br />
vai saber automaticamente do<br />
que você está falando.<br />
PASSo 4<br />
tRAte seu pitch como uma<br />
conveRSA<br />
Uma característica importante de<br />
um bom pitch é passar a sensação<br />
de uma comunicação bidirecional<br />
com o seu público. Você já deve<br />
saber das necessidades do prospect<br />
porque já fez sua investigação,<br />
portanto, conte a sua história para<br />
descrever o contexto do que<br />
quer vender e tornar aquele momento<br />
inusitado ou único. Se você<br />
não se sentir confortável, deixe<br />
uma sessão de perguntas e<br />
respostas para o fim do pitch.<br />
PASSo 5<br />
Não se esqueça de<br />
pontos importantes a<br />
serem fALAdos<br />
O nome da sua empresa (ou<br />
seu nome, se você estiver trabalhando<br />
como autônomo).<br />
Os produtos ou serviços que<br />
fornece.<br />
Como o seu cliente irá se beneficiar<br />
com o que você vende.<br />
Esse é um dos fatores-<br />
-chave para um bom pitch. Seu<br />
cliente nem sempre está interessado<br />
em quantos prêmios<br />
seu produto já ganhou, ou<br />
quantas lojas têm a mercadoria.<br />
Ele quer saber como o<br />
produto ou serviço irá melhorar<br />
o negócio dele e tornar<br />
a sua vida mais fácil.<br />
PASSo 6<br />
fALe do meRCAdo<br />
Demonstre quanto você entende<br />
do mercado, qual o share, mostre<br />
números, pesquisas com fontes<br />
confiáveis, apresente o encaixe<br />
do seu negócio nesses contextos.<br />
PASSo 7<br />
Demonstre o seu<br />
produto<br />
Se você tem um produto que pode<br />
ser demonstrado – como facas<br />
afiadas que podem cortar uma<br />
corda ou um removedor que pode<br />
eliminar manchas de tinta –,<br />
incorpore essa demonstração ao<br />
seu pitch. O prospect ganhará<br />
confiança no que você vende.<br />
PASSo 8<br />
Diferencie-se de seu<br />
coNCoRRente<br />
Descreva como seu produto ou<br />
serviço é diferente dos concorrentes.<br />
Concentre-se em como o<br />
seu produto é original ou como<br />
você oferece um serviço personalizado.<br />
Nunca fale mal da concorrência,<br />
use seus pontos fortes<br />
para superá-la.<br />
PASSo 9<br />
Mantenha o pitch curto,<br />
mesmo que tenha tempo<br />
Seja capaz de destacar os pontos<br />
mais importantes logo no primeiro<br />
minuto. Após esse ponto,<br />
os compradores podem começar<br />
a perder o interesse, especialmente<br />
se já decidiram que não<br />
vão fechar a compra.<br />
PASSo 10<br />
PrePARe respostas às<br />
oBJeções<br />
Seu cliente pode encontrar razões<br />
para recusar o seu discurso<br />
de <strong>venda</strong>s. Esteja preparado<br />
com respostas a essas acusações.<br />
Faça uma lista das dez principais<br />
razões por que alguém<br />
poderia dizer que não precisa<br />
ou não quer seu produto e tenha<br />
respostas padrão para cada uma<br />
delas.<br />
PASSo 11<br />
Use os efeitos visuais<br />
com cuidado<br />
Recursos visuais (como slides<br />
do PowerPoint) são muito úteis<br />
para atrair atenção em determinados<br />
pitches de <strong>venda</strong>. No<br />
entanto, se não forem bem feitos<br />
(se tiverem muitas distrações<br />
ou muito texto, por exemplo),<br />
podem tirar o foco do que realmente<br />
interessa. Por isso, use<br />
no máximo dez slides e garanta<br />
que, apesar do material de apoio,<br />
você ainda continue conversando<br />
com o seu público – que é o<br />
que realmente faz a diferença<br />
no pitch.<br />
Boas <strong>venda</strong>s!<br />
João Kepler Braga é reconhecido<br />
como o palestrante<br />
mais sintonizado com a<br />
inovação e com a convergência<br />
digital no Brasil.<br />
Escritor e pensador que<br />
mostra em suas palestras<br />
as melhores práticas já testadas<br />
e desenvolvidas por<br />
anos de experiência em<br />
seus próprios negócios, é<br />
espalhador de ideias digitais<br />
e acredita que só a<br />
aplicação na prática pode<br />
realmente mostrar como<br />
tudo funciona.<br />
Visite o site:<br />
www.joaokepler.com.br<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 89
2<br />
VENDAMAIS Digital / Da Redação<br />
Os primeiros 90 dias de<br />
um vendedor em sua equipe<br />
C<br />
omo sua eMPResa recebe os novos vendedores? eLes<br />
são acolhidos, preparados e orientados ou o processo é mais no<br />
estilo “vai para a rua e se vira!”?<br />
Sim, responder essa pergunta é importante! É que a forma como<br />
você conduz os primeiros dias de um novo profissional na sua<br />
equipe tem o poder de influenciar o restante da trajetória dele em<br />
sua empresa.<br />
E é sobre isso que Marcelo Caetano e Raul Candeloro, sócios da<br />
<strong>VendaMais</strong>, debatem no mais recente episódio do <strong>VendaMais</strong><br />
Responde, programa em vídeo que foi enviado aos nossos assinantes<br />
em outubro, com o complemento de um guia em PDF que<br />
reúne as principais dicas dos especialistas para quem quer melhorar o processo de<br />
acolhimento de novos vendedores na equipe.<br />
Nas próximas páginas, você tem acesso a alguns dos ensinamentps do vídeo e do guia<br />
on-line. Você vai descobrir quais são os principais erros cometidos no período de adaptação<br />
do novo profissional e entender de que forma pode desenvolver um processo estruturado<br />
para capacitar seus novos colaboradores de forma estratégica e eficiente. Pode<br />
apostar: isso vai fazer a diferença nos resultados deles – e nos da sua empresa também!<br />
90<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
7<br />
Os principais erros<br />
Um passo em falso nos primeiros<br />
dias de um novo vendedor na sua<br />
equipe pode ser prejudicial tanto<br />
para o futuro dele dentro da empresa<br />
quanto para os clientes e<br />
para o faturamento da organização.<br />
Por isso, Caetano e Candeloro<br />
iniciam o debate revelando<br />
quais são os dois principais erros<br />
que as empresas cometem na formação<br />
de um novo vendedor:<br />
1) Não ter um PLANo PARA<br />
os PRimeiros noventa<br />
dias dele NA eMPResa<br />
Caetano indica que não saber como<br />
orientar e direcionar o profissional<br />
no seu início pode transmitir,<br />
logo de cara, a imagem de uma<br />
empresa desorganizada. “Quanto<br />
mais estruturados forem esses noventa<br />
dias, mais o novo vendedor<br />
vai valorizar a empresa em que<br />
está entrando. É impressionante,<br />
porque isso realmente gera retenção.<br />
Ele vai falar: ‘Nunca fui tratado<br />
dessa maneira em nenhum outro<br />
lugar; nos outros lugares, eu entrei,<br />
me deram um treinamento rápido<br />
e me colocaram para vender, fazendo<br />
com que eu sofresse durante<br />
o processo de <strong>venda</strong>s’”, aponta.<br />
Ele frisa, ainda, que quando<br />
a pessoa sente que está entrando<br />
em uma estrutura diferenciada,<br />
ela também vai querer dar um<br />
resultado diferenciado. “Então, a<br />
primeira coisa que você deve fazer<br />
é mostrar que tem um modelo<br />
– e apresentar esse modelo ao<br />
vendedor”, declara.<br />
2) eNCher o novo<br />
vendedor de teoria<br />
antes de mandá-lo PARA<br />
a rua vender<br />
Segundo Caetano, muitas empresas<br />
começam a explicar muito<br />
sobre processos, produtos e clientes<br />
sem ao menos mostrar ao vendedor<br />
como tudo funciona na<br />
prática e, depois, esperam que ele<br />
saiba o que fazer (e como fazer).<br />
Além de o profissional ficar<br />
desmotivado, isso pode gerar frustração.<br />
“É muito engraçado, porque<br />
o vendedor entra supermotivado<br />
na empresa e, na primeira<br />
semana só de teoria, ele já pensa:<br />
‘Meu Deus, não sei se consigo<br />
vender isso.’ Perceba que aí você<br />
já perdeu a curva motivacional.<br />
Além disso, se ele não conhece a<br />
realidade – só um monte de teoria<br />
–, quando ele chega no mercado,<br />
a única coisa que vai acontecer<br />
com ele é frustrar-se. Porque<br />
a realidade nunca é exatamente<br />
igual ao que a gente treina”, esclarece<br />
o especialista.<br />
O ACoMPANhamento e a<br />
foRMAção de vendedores<br />
Para evitar os erros apontados<br />
anteriormente, é fundamental<br />
que sua empresa desenvolva um<br />
processo claro em relação aos<br />
primeiros noventa dias do novo<br />
vendedor. Caetano e Candeloro<br />
têm três dicas fundamentais para<br />
tornar isso possível. São elas:<br />
1) Coloque um vendedor<br />
mais experiente PARA<br />
acoMPANhar o novato<br />
na rua<br />
Sabe quando você está aprendendo<br />
a dirigir? Primeiro, precisa<br />
ter aula com um instrutor<br />
e, depois, ainda precisa de acompanhamento<br />
até estar 100% pronto<br />
para dirigir sozinho. Os sócios<br />
da <strong>VendaMais</strong> explicam que<br />
com os primeiros noventa dias<br />
de um vendedor dentro da empresa<br />
acontece o mesmo. Só que,<br />
nesse caso, o processo deve funcionar<br />
assim:<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 91
Primeiramente, é função do<br />
líder fazer um treinamento<br />
relacionado aos valores da<br />
empresa, no que ela acredita.<br />
Conhecendo melhor o espírito<br />
da empresa em que vai trabalhar,<br />
chega a hora de o vendedor<br />
ir para a rua. Mas ele<br />
não deve ir sozinho e nem<br />
deve ter o objetivo de vender<br />
logo na primeira saída. A ideia<br />
é que ele acompanhe vendedores<br />
experientes para observar<br />
e entender o processo.<br />
“Porque assim, quando você<br />
for treiná-lo depois de ele ter<br />
visto a experiência acontecendo<br />
na rua, a eficiência do<br />
treinamento que você vai dar<br />
para ele será muito maior. Será<br />
um treinamento para tirar<br />
dúvidas”, explica Marcelo Caetano.<br />
O especialista justifica essa<br />
ideia ainda usando o exemplo<br />
da direção. “Imagine que o instrutor<br />
comece a explicar teoricamente<br />
para você como funciona<br />
o processo dirigir. De cara,<br />
você vai dizer que não consegue<br />
e vai travar. Tudo vai<br />
parecer muito complicado. Por<br />
isso, o instrutor fala para você<br />
ligar o carro e pisar na embreagem<br />
e, com a prática, você vai<br />
aprendendo”, pontua.<br />
Caetano destaca, ainda, que<br />
muitas pessoas aprendem a dirigir<br />
observando a forma como<br />
outras pessoas dirigem e afirma:<br />
“Seu novo vendedor vai aprender<br />
vendo o que o outro faz, e o<br />
início da vida dele na sua empresa<br />
será muito mais fácil assim.”<br />
Ele aponta que treinar o<br />
novo vendedor depois de ele ter<br />
vivenciado a prática vai ser um<br />
momento de troca, porque ele<br />
não vai apenar receber informações<br />
vazias. "Tudo o que você<br />
falar, ele irá comparar com<br />
“Entrou na empresa, tem que ter calma, passar por um<br />
processo. Eu quero que ele fique com ‘fome’, que veja outras<br />
pessoas vendendo, fechando e, quando chegar a hora dele,<br />
valorize muito mais a oportunidade de poder vender.”<br />
(Raul Candeloro)<br />
o que viu na rua e vai levantar<br />
suas dúvidas e até sugestões.<br />
Bem diferente de falar algo sobre<br />
o qual ele não tem a menor<br />
noção.”<br />
DICA: Não é só para casos de<br />
<strong>venda</strong>s com visita externa<br />
que essa lógica funciona. Para<br />
quem vende por telefone,<br />
no varejo, ou faz <strong>venda</strong> interna,<br />
a ideia é exatamente<br />
a mesma. É preciso colocar<br />
o vendedor na prática com<br />
um profissional mais experiente<br />
para ele aprender.<br />
2) vALorize o fato de ele<br />
poder vender<br />
Depois de passar um período de<br />
até uma semana observando<br />
outro vendedor, o novato vai voltar<br />
para a empresa para ter um<br />
treinamento teórico. Nesse momento,<br />
ele estará com uma carga<br />
motivacional e com uma vontade<br />
muito grandes. Provavelmente,<br />
vai chegar no treinamento teórico,<br />
sentar na sala e dizer: "Eu<br />
estou louco para vender!" O que<br />
você deve fazer nesse momento?<br />
Responder que ainda falta um<br />
pouco para isso acontecer.<br />
Raul Candeloro acredita que<br />
segurar o início oficial do novo<br />
vendedor é importante porque<br />
valoriza o fato de ele poder ven-<br />
der. Você deixa claro que não é<br />
qualquer um que executa essa<br />
função. “Entrou na empresa, tem<br />
que ter calma, passar por um processo.<br />
Eu quero que ele fique com<br />
‘fome’, que veja outras pessoas<br />
vendendo, fechando e, quando<br />
chegar a hora dele, valorize muito<br />
mais a oportunidade de poder<br />
vender”, analisa.<br />
3) Dê liberdade NAS<br />
primeiras SAídas<br />
Segundo Candeloro, outro questionamento<br />
bem comum é sobre<br />
o nível de interferência que o gestor<br />
deve ter nesses primeiros passos<br />
do novo vendedor. Com relação<br />
a isso, Marcelo Caetano acredita<br />
que o melhor caminho é dar<br />
liberdade nas primeiras saídas e,<br />
depois, ir direcionando, observando<br />
a forma como ele se porta,<br />
como reconhece o cliente, como<br />
identifica oportunidades. “Nos<br />
primeiros dois dias saindo junto<br />
com o outro profissional, para<br />
mim, o novo vendedor deve ser<br />
o mais livre possível. No final,<br />
peça para ele dar a sua percepção<br />
sobre o processo. Analise de que<br />
maneira ele percebeu a metodologia<br />
de <strong>venda</strong>s, o desempenho<br />
dos colegas e o comportamento<br />
dos clientes”, aconselha.<br />
O especialista esclarece que,<br />
a partir daí, vai ficar mais fácil<br />
92<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Faz com que os clientes sejam<br />
bem atendidos e não sintam<br />
a diferença na troca de vendedores.<br />
Previne que o faturamento<br />
caia drasticamente, pois ninguém<br />
vai deixar de comprar.<br />
Faz com que você trabalhe<br />
com muita calma e mais previsibilidade<br />
– planejamento<br />
e preparação sempre são a<br />
chave do sucesso.<br />
O novo vendedor passa a entender<br />
claramente que a sua<br />
empresa é diferente e, então,<br />
vai vestir a camisa com ainda<br />
mais vontade e vender corretamente.<br />
“Quanto mais estruturados forem esses noventa dias, mais o<br />
novo vendedor vai valorizar a empresa em que está entrando.”<br />
(Marcelo Caetano)<br />
Mas ele atenta que, para alcançar<br />
tudo isso, é preciso realizar<br />
esse processo com muita calma e<br />
planejamento. “Se você estiver<br />
atrasado, uma frase de Napoleão<br />
que a minha mãe sempre dizia e<br />
que se encaixa bem nesse momento<br />
é: ‘Devagar, que eu estou com<br />
pressa.’ Quanto mais pressa você<br />
tiver, mais calma você tem que<br />
ter para planejar as ações corretamente,<br />
diminuindo as chances<br />
de erros e retrabalhos”, aconselha.<br />
orientá-lo de acordo com os pontos<br />
fortes e fracos que ele demonstrou.<br />
Por exemplo: veja que<br />
tipo de perguntas ele faz ao<br />
cliente e, então, comece a estruturar<br />
o script com ele. Dessa forma,<br />
novamente, você alia teoria<br />
e prática, potencializando o<br />
aprendizado do profissional. “Ao<br />
deixá-lo livre nesses primeiros<br />
dias, os próprios comentários<br />
dele em relação ao processo já<br />
vão mostrar que tipo de vendedor<br />
ele é, no que ele presta atenção,<br />
de que maneira ele avalia o<br />
processo, qual é sua personalidade.<br />
Ou seja, dar liberdade também<br />
é uma forma de avaliar”,<br />
completa Candeloro.<br />
O que você tem a ganhar<br />
com tudo isso<br />
Se você está em dúvida quanto<br />
a se toda essa preparação vale<br />
mesmo a pena, Raul Candeloro<br />
aponta os benefícios de cuidar de<br />
perto do novo profissional:<br />
Melhora os resultados da pessoa<br />
que está entrando, que<br />
poderá potencializar seus próprios<br />
talentos.<br />
Facilita a vida do líder, pois,<br />
depois de bem orientado nesse<br />
início de caminhada, o profissional<br />
estará muito mais<br />
bem preparado e trará grandes<br />
resultados.<br />
Gostou do que viu aqui? A <strong>VendaMais</strong><br />
digital de outubro tem<br />
muito mais a lhe ensinar sobre<br />
os primeiros noventa dias de um<br />
novo vendedor na sua equipe. Se<br />
você não for assinante da revista,<br />
mas quiser ter acesso a esse<br />
material, envie um e-mail para<br />
leitor@<strong>venda</strong>mais.com.br com o<br />
assunto “VM Responde – eu quero”.<br />
E se você é assinante, mas<br />
perdeu esse conteúdo, fique<br />
atento, pois no dia 15 de novembro<br />
vamos enviar o material novamente<br />
por e-mail.<br />
Colaborou nesta matéria: Francine Pereira<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 93
Sales Doctor<br />
Sales Doctor<br />
8 regras para<br />
construir sua<br />
network<br />
N<br />
etwork é uma corrente de conexões<br />
que se cruzam em intervalos regulares, envolvendo<br />
contatos e relacionamentos que<br />
podem ajudá-lo a alcançar seus objetivos profissionais.<br />
Resumindo, network é marketing boca a boca. Não é<br />
prospectar, nem recrutar, nem vender. É conhecer,<br />
se relacionar, conversar. Investir em aumentar sua<br />
network profissional pode:<br />
Aumentar seu número de prospects.<br />
Aumentar sua visibilidade e a da sua empresa.<br />
Melhorar sua reputação perante a comunidade.<br />
Aumentar sua influência.<br />
Interessante, não é mesmo? Sabendo disso, apresento<br />
a seguir oito regras simples que, quando seguidas,<br />
facilitam muito a construção da sua network<br />
em eventos.<br />
1. Dê seu CARtão somente quando existir<br />
uma boa razão – O melhor momento para dar<br />
seu cartão é quando o contato tiver algum benefício<br />
em fazer negócios com você, quando vocês<br />
concordaram em trocar mais informações ou quando<br />
concordaram em aprofundar o relacionamento,<br />
marcando um encontro ou telefonema posterior.<br />
2. Crie um comercial de 30 segundos – Uma<br />
breve explicação do que você faz permite uma<br />
abertura que, preferencialmente, deve focar a conversa<br />
nos resultados que você traz aos clientes, e<br />
não apenas nas características do que você vende.<br />
3. Tenha um objetivo específico PARA cada<br />
encontro – Pense no propósito de cada reunião<br />
ou evento antes de se apresentar.<br />
4. Vá devagar – Em grandes eventos, comece<br />
você mesmo os contatos. Fique em pé ao lado da<br />
porta de entrada, cumprimente as pessoas conforme<br />
elas forem entrando e encoraje-as a se<br />
apresentar. Os melhores networkers são aqueles<br />
que deixam o ego de lado. O negócio não é chamar<br />
a atenção, e sim conhecer mais pessoas interessantes<br />
profissionalmente.<br />
5. Indique ANtes de pedir indiCAções – Pessoas<br />
que participam de organizações ou eventos<br />
apenas para sugar raramente têm sucesso a longo<br />
prazo. Se você demonstrar que está disposto a<br />
ajudar os outros a atingirem seus objetivos, certamente<br />
eles o ajudarão a atingir os seus. Ao entrar<br />
em qualquer grupo, trabalhe primeiro em benefício<br />
dele. Invista tempo em descobrir os outros e<br />
deixe as pessoas conhecerem você melhor – é a<br />
melhor forma de convencê-los do seu valor.<br />
6. Crie oportunidades – Ande pelo local do<br />
evento. Não sente sempre no mesmo lugar. Não<br />
tome café sempre na mesma mesa. Não almoce<br />
sempre no mesmo restaurante. Encontre pessoas<br />
novas e diferentes.<br />
7. Lembre-se dos seus CLientes – A network<br />
mais importante que existe são os seus clientes,<br />
não apenas para vender mais, mas também para<br />
proteger-se de ataques da concorrência, de compradores<br />
que mudam de empresa, de demissões,<br />
etc. Fazer parte da vida dos seus clientes aumenta<br />
a lealdade deles em relação a você.<br />
8. Faça com que as pessoas saiBAM que fazem<br />
PARte da sua network – Uma network<br />
não é um banco de dados. Pessoas em sua network<br />
precisam ser tratadas com atenção, e isso requer<br />
contatos pessoais. Para conseguir o máximo delas,<br />
doe seu tempo, sua energia e seu conhecimento.<br />
O resto acontecerá naturalmente.<br />
A network é tão importante que deveria ser parte<br />
do trabalho de todo vendedor, incluindo avaliações<br />
de performance por parte do líder de <strong>venda</strong>s.<br />
The Sales Doctor é uma<br />
empresa norte-americana<br />
especializada em <strong>venda</strong>s<br />
e no aprimoramento de<br />
profissionais de <strong>venda</strong>s.<br />
Para contatá-la, visite<br />
www.brianazar.com ou, se<br />
preferir, www.salesdoctor.<br />
com<br />
94<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 95
ATÉ mais / DA redaÇÃO<br />
Checklist<br />
para iniciar<br />
uma revolução<br />
no pós-<strong>venda</strong><br />
em sua empresa<br />
Se você está termiNANdo<br />
a leitura desta edição da<br />
<strong>VendaMais</strong> convencido a<br />
colocar todas as dicas sobre<br />
pós-<strong>venda</strong> que reunimos até<br />
aqui em prática, saiba que<br />
assim que você fechar sua<br />
revista, precisa começar a<br />
colocar a mão na massa! E,<br />
como sempre, a gente pode<br />
ajudar nessa missão.<br />
Para garantir que o<br />
primeiro passo seja dado<br />
agora mesmo, apresentamos<br />
a seguir cinco questões que<br />
você precisa definir JÁ!<br />
Vamos a elas?<br />
De quem será a<br />
responsabilidade pelo pós<strong>venda</strong><br />
na sua empresa?<br />
( ) de cada vendedor (Eles<br />
ficarão responsáveis por<br />
fazer o pós-<strong>venda</strong> com os<br />
clientes das suas carteiras)<br />
( ) de um outro departamento<br />
(Se for esse o caso, você<br />
precisa definir qual será o<br />
departamento responsável<br />
o quanto antes)<br />
( ) de uma empresa<br />
terceirizada (Que empresa?<br />
Quais critérios serão levados<br />
em consideração para<br />
definir isso?)<br />
Quais serão as ferramentas<br />
utilizadas por sua empresa para<br />
fazer pós-<strong>venda</strong>?<br />
( ) telefone<br />
( ) e-mail pessoal<br />
( ) e-mail marketing<br />
( ) Visitas<br />
( ) redes sociais (Se assinalar<br />
essa opção, defina quais<br />
redes sociais irá utilizar:<br />
Facebook? WhatsApp?<br />
Twitter? LinkedIn? Outra?)<br />
( ) Newsletter<br />
( ) eventos<br />
( ) outras (Quais?)<br />
Quantos dos clientes da sua<br />
carteira serão abordados?<br />
( ) até 10%<br />
( ) até 25%<br />
( ) até 50%<br />
( ) até 75%<br />
( ) 100%<br />
O que vocês irão levar em<br />
consideração na hora de definir<br />
quais clientes serão abordados?<br />
( ) a importância do cliente<br />
( ) a frequência de compra<br />
( ) o tícket médio<br />
( ) o potencial<br />
( ) a fidelidade<br />
( ) outros critérios (Quais?)<br />
Quais serão os indicadores de<br />
performance que medirão o<br />
sucesso do pós-<strong>venda</strong>?<br />
( ) taxa de indicação<br />
( ) Índice de satisfação dos clientes<br />
( ) aumento do índice de<br />
recompra<br />
( ) aumento nas <strong>venda</strong>s<br />
( ) aumento do tícket médio<br />
( ) outros (Quais?)<br />
Use esse roteiro como base<br />
para repensar suas estratégias de<br />
pós-<strong>venda</strong> daqui em diante, siga as<br />
dicas reunidas nos artigos e<br />
reportagens desta edição da<br />
<strong>VendaMais</strong> e revolucione suas<br />
ações no que diz respeito ao passo<br />
que garante que o ciclo de <strong>venda</strong>s<br />
nunca se encerre na sua empresa.<br />
Os resultados poderão lhe<br />
surpreender!<br />
Boas (pós) <strong>venda</strong>s!<br />
96<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro NOVEMBRO 2015
Soluções para sua<br />
empresa vender melhor.<br />
A MAIOR REFERÊNCIA<br />
EM VENDAS DO BRASIL.<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 97
98<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Em mais de 20 anos de experiência da <strong>VendaMais</strong>, sempre estivemos abertos à troca de ideias com os nossos leitores.<br />
Durante muitas conversas, recebemos inúmeros comentários como “não consigo executar sozinho o que leio na<br />
revista”, “minha equipe não bate as metas”, “meu custo de <strong>venda</strong>s é alto e não sei o que fazer”, “tenho dúvidas<br />
sobre quais canais de <strong>venda</strong>s posso desenvolver”, “tenho dificuldade de estabelecer um modelo de treinamento que<br />
funcione”, ”preciso repensar urgentemente minha estratégia”.<br />
Sabemos que as empresas precisam vender mais, com maior rentabilidade e menor custo; então investimos<br />
todos os nossos esforços para que sua empresa atinja esses objetivos. Foi baseado nesse contexto e na nossa<br />
missão de fazer o Brasil vender melhor que estruturamos as Soluções <strong>VendaMais</strong>: uma área de serviços que já<br />
atuou em centenas de projetos de treinamentos e de consultoria, com o objetivo de levar o conteúdo e a<br />
experiência da <strong>VendaMais</strong> para a prática.<br />
É fácil compreender nossa forma de agir, basta imaginar três grandes pilares de sustentação:<br />
DIAGNÓSTICO<br />
Mapeamos e identificamos o estado atual da área comercial, buscando conhecer profundamente sua equipe, seus<br />
clientes e as tendências do seu mercado.<br />
TREINAMENTOS<br />
Trabalhamos desde palestras e workshops até universidades corporativas, coaching e mentoring. Temos opções<br />
de treinamentos presenciais in company e turmas abertas online - todos com conteúdo exclusivo. A regra é usar<br />
a expertise dos nossos especialistas para aprimorar o seu Jeito de Vender.<br />
CONSULTORIA<br />
Temos resultados reconhecidos pelo mercado. Levamos às empresas o nosso olhar visionário e global, atuando com<br />
ferramentas como o Planejamento Estratégico Comercial (PEC), com o propósito de ser verdadeiros parceiros dos<br />
nossos clientes, repensando processos e transformando planos em ações e resultados.<br />
Nosso compromisso com o resultado é tão forte que nos preocupamos em sempre acompanhar e mensurar o<br />
nível de satisfação dos nossos clientes. Em 2015, 98% dos nossos clientes avaliaram a aplicabilidade das Soluções<br />
<strong>VendaMais</strong> no maior nível de excelência. Esse é um dos motivos para termos orgulho do nosso trabalho, mas a<br />
nossa verdadeira paixão é ver você e a sua empresa vendendo melhor e, consequentemente, potencializando<br />
seus resultados. Essas são as Soluções <strong>VendaMais</strong> que têm uma equipe focada na missão e na mão na massa.<br />
Na teoria e na prática. É o nosso jeito de pensar adaptado ao seu jeito de fazer vender.<br />
Marcelo Caetano<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 99
O MELHOR<br />
DIAGNÓSTICO<br />
COMERCIAL<br />
DO BRASIL.<br />
Quando estamos inseridos em um desafio, muitas vezes<br />
ficamos com a visão viciada, focada sempre nos mesmos<br />
problemas e soluções. Quando somos chamados para<br />
treinamentos ou consultorias, notamos que, muitas vezes, o<br />
que é solicitado pela direção não é realmente o grande problema<br />
da equipe. E quando erramos na identificação do problema, a<br />
solução proposta certamente também será equivocada. Isso<br />
é um grande problema, que pode levar à perda de tempo e<br />
recursos. Partindo desse princípio, criamos uma metodologia<br />
única para análise da sua estrutura comercial. Temos quatro<br />
níveis de aprofundamento do diagnóstico:<br />
100 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
NÍVEL 1<br />
ANÁLISE DA EQUIPE DE VENDAS<br />
Proporciona uma percepção única do quanto sua equipe está preparada<br />
e alinhada para vender de maneira mais eficiente e atender ao cliente com<br />
mais qualidade. Aplicamos testes e entrevistas com sua equipe comercial.<br />
NÍVEL 2<br />
ALINHAMENTO DA EQUIPE COMERCIAL<br />
COM AS DIRETRIZES DA EMPRESA<br />
Entrevistamos diretores e definimos o padrão ideal da mensagem<br />
a ser transmitida para o cliente e equipe comercial. Através de ferramentas<br />
desenvolvidas pela <strong>VendaMais</strong>, identificamos se a equipe está<br />
comunicando de forma efetiva o posicionamento da empresa.<br />
NÍVEL 3<br />
O QUE SEU CLIENTE PENSA<br />
Vamos ouvir seus clientes e saber o que eles acham da sua empresa<br />
e dos seus concorrentes. Assim, temos uma visão clara de forças,<br />
fraquezas, ameaças e oportunidades.<br />
NÍVEL 4<br />
ANÁLISE DE TODO O MODELO<br />
COMERCIAL<br />
Aqui, nos aprofundamos no seu modelo de remuneração, seus canais<br />
de <strong>venda</strong>, seus indicadores de performance, enfim, todo o modelo<br />
comercial. Tudo para identificar oportunidades de melhoria na empresa.<br />
Você vende pelos canais mais adequados para seus Produtos e Serviços?<br />
Sua estrutura está bem dimensionada? Seus indicadores de performance<br />
estão alinhados? Seu modelo de remuneração é o mais adequado para<br />
obter a melhor performance da sua equipe?<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015101
CLIENTE<br />
OCULTO<br />
VENDAMAIS<br />
Inicialmente inseridos dentro dos projetos de consultoria,<br />
depois nos diagnósticos, o cliente oculto ganhou força e<br />
tornou-se um produto a parte. Ele sempre revelou surpresas,<br />
algumas agradáveis, outras nem tanto. Mas a frase que mais<br />
ouvimos do líder que nos contratava: “isso acontece na minha<br />
empresa e eu nem imaginava.”<br />
Nossa estrutura une tecnologia e experiência de mercado.<br />
Assim, podemos aplicar o cliente oculto na sua empresa, na<br />
sua equipe e até nas equipes dos seus concorrentes, para<br />
que você tenha uma visão 360 graus do mercado. Acima<br />
de tudo, somos 100% focados na área comercial, tanto na<br />
indústria como no varejo. Não seja o último a saber. Veja<br />
antes com o Cliente Oculto <strong>VendaMais</strong>.<br />
102 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Seja o primeiro a<br />
saber o que acontece<br />
na sua empresa.<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015103
TREINAMENTOS<br />
QUE APRIMORAM<br />
O JEITO DE VENDER<br />
DA SUA EMPRESA<br />
É comum as empresas investirem muito dinheiro para fazer treinamentos que não geram<br />
resultados a longo prazo. Eles causam uma motivação momentânea mas, passados poucos<br />
dias, tudo volta a ser como antes. Assim, os resultados não melhoram.<br />
Para mudar esse cenário; a <strong>VendaMais</strong> utiliza sua experiência de mais de 20 anos para<br />
desenvolver treinamentos de <strong>venda</strong>s personalizados. Recentemente, fizemos uma pesquisa<br />
sobre como as empresas treinam suas equipes. Notamos que um dos principais problemas<br />
é treinar sem identificar o problema, sem planejar ou mensurar claramente os resultados.<br />
Nossos treinamentos são feitos para garantir o desenvolvimento contínuo da sua equipe e<br />
melhorar os resultados da sua empresa.<br />
104 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
ETAPAS<br />
FUNDAMENTAIS<br />
PARA MELHORAR<br />
O SEU JEITO DE<br />
VENDER<br />
4<br />
ENTENDER<br />
Identificação das expectativas da empresa<br />
Levantamento das necessidades da equipe<br />
Conhecimento das rotinas dos profissionais<br />
Percepção do processo atual e ideal de <strong>venda</strong>s<br />
Definição dos resultados esperados<br />
3<br />
SUSTENTAR<br />
Conteúdo de apoio após o treinamento<br />
Análise de performance da equipe<br />
Sugestões de ações para a equipe<br />
praticar o conteúdo do treinamento<br />
Reuniões com gestores para<br />
mensurar resultados<br />
1<br />
2<br />
COMPARTILHAR<br />
Aplicação do treinamento<br />
Adequação à linguagem da empresa<br />
Utilização de exercícios práticos<br />
Uso de cases e simulação de <strong>venda</strong>s<br />
DESENHAR<br />
Definição do processo ideal de <strong>venda</strong><br />
Construção do Jeito de Vender da sua empresa<br />
Desenvolvimento do conteúdo do treinamento<br />
Validação do escopo do treinamento<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015105
TÉCNICAS FOCADAS<br />
NOS PASSOS DA VENDA<br />
A <strong>VendaMais</strong> consolidou sua visão de <strong>venda</strong>s com a coleção Passos da Venda e construiu um programa de<br />
formação para trabalhar habilidades, ferramentas e técnicas que melhoram o desempenho do vendedor. Os 8<br />
Passos da Venda podem ser trabalhados juntos ou separados, de acordo com a necessidade de cada equipe.<br />
PREPARAÇÃO E PLANEJAMENTO<br />
PROSPECÇÃO<br />
ABORDAGEM<br />
LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES<br />
PROPOSTA DE VALOR<br />
NEGOCIAÇÃO<br />
FECHAMENTO<br />
PÓS-VENDA<br />
Para maiores informações sobre carga horária, investimento<br />
e necessidades de sua equipe, entre em contato com os nossos consultores.<br />
106 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
OUTROS TEMAS<br />
FUNDAMENTAIS PARA<br />
VENDER MELHOR<br />
ATENDIMENTO QUE VENDE<br />
MAIS: COMO TER O MELHOR<br />
ATENDIMENTO DO BRASIL,<br />
DESENVOLVENDO VENDEDORES<br />
INTERNOS E EXTERNOS PARA<br />
ENCANTAR CLIENTES<br />
TRABALHO EM<br />
EQUIPE: COMO<br />
FAZER TODA<br />
SUA EMPRESA<br />
VENDER<br />
MELHOR<br />
ATITUDES DE UMA<br />
EQUIPE CAMPEÃ: QUAIS<br />
COMPORTAMENTOS<br />
DESENVOLVER PARA<br />
TER MELHORES<br />
RESULTADOS.<br />
QUEM CONFIA, COMPARTILHA!<br />
“Internamente, identificamos a necessidade de ter o nosso “jeito de vender”. Buscamos a empresa que consideramos<br />
ter mais expertise em <strong>venda</strong>s no Brasil e escolhemos a <strong>VendaMais</strong>. Na primeira parte, a <strong>VendaMais</strong> ajudou no processo<br />
de construção, trouxe o legado da experiência, de temas, de abordagem e nós entramos com aquilo que gostaríamos<br />
de trabalhar enquanto processo de <strong>venda</strong>s. Montamos um trabalho que hoje é a Roda das Vendas do Sicredi e está<br />
implantado em todo o Sicredi MT, PA e RO. Já percebemos alguns resultados. Um deles, por exemplo, é que temos<br />
a meta de melhorar a quantidade de produtos por associado e hoje estamos com uma meta muito boa. Inclusive,<br />
recentemente esse número deu uma alavancada e esse processo de <strong>venda</strong>s tem ajudado bastante, além das outras<br />
ações realizadas é claro, mas acreditamos que esse conhecimento ajudou muito para que fizéssemos esse movimento”<br />
Margareth de Souza Facirolli - Gestão de Pessoas – Central Sicredi MT, PA e RO<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015107
TREINAMENTOS DE LÍDERES<br />
GEC - CURSO DE GESTÃO DE EQUIPES COMERCIAIS<br />
Um profundo curso de gestão comercial, totalmente adaptado para o formato presencial e baseado no curso<br />
online desenvolvido por Raúl Candeloro. O GEC defende que o cumprimento de objetivos estabelecidos pela<br />
empresa depende diretamente de um bom Líder de Vendas. Ele é o responsável por motivar, treinar e dirigir a<br />
equipe de <strong>venda</strong>s, avaliando com cuidado quais são os pontos que devem ser melhorados e, continuamente,<br />
buscar resultados mais expressivos. O Curso de Gestão de Equipes Comerciais é dividido em 10 módulos, com<br />
conteúdo específico para líderes de <strong>venda</strong>s que querem melhorar a gestão de suas equipes de forma completa,<br />
aplicando as melhores ferramentas do mercado. O aluno terá uma imersão nas melhores práticas e ferramentas<br />
para uma gestão eficiente da equipe comercial.<br />
POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO<br />
INDICADORES DE PERFORMANCE<br />
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO<br />
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO<br />
ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO<br />
LUCRATIVIDADE<br />
REMUNERAÇÃO E INCENTIVOS<br />
COMUNICAÇÃO PARA LÍDERES<br />
CRIATIVIDADE EM VENDAS<br />
CAMPANHA DE VENDAS<br />
108 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
LIDERANÇA<br />
DE ALTO IMPACTO<br />
Um treinamento prático sobre Liderança Comercial, de curta duração, focado em desenvolver<br />
as principais características e atitudes dos líderes e sua relação com a equipe.<br />
LIDERANÇA EM TEMPOS DE GRANDE TRANSFORMAÇÃO.<br />
AS MELHORES PRÁTICAS DOS GRANDES LÍDERES.<br />
NEUROLINGUÍSTICA NO PROCESSO DE LIDERANÇA.<br />
OS DIVERSOS PERFIS DE LIDERANÇA E SUAS IMPLICAÇÕES.<br />
CONHEÇA O PERFIL DA SUA EQUIPE E LIDERE COM MAIOR EFICIÊNCIA.<br />
O QUE MOTIVA SUA EQUIPE.<br />
O QUE DESMOTIVA SUA EQUIPE.<br />
FEEDBACK NA PRÁTICA. FERRAMENTAS PARA DESENVOLVER PESSOAS.<br />
TREINAR - CONTROLAR - MOTIVAR/COBRAR - QUAL PESO QUE<br />
CADA ATIVIDADE DEVE EXERCER NO SEU MODELO DE LIDERANÇA.<br />
LÍDER É QUEM DECIDE, QUEM TOMA DECISÕES DIFÍCEIS.<br />
VOCÊ ESTÁ PRONTO PARA DECIDIR?<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015109
O JOGO VENDÓPOLIS É COMPLETAMENTE<br />
LIGADO À PRÁTICA E TRAZ OS SEGUINTES<br />
CONHECIMENTOS:<br />
Como se preparar para<br />
atender aos clientes mais<br />
exigentes, com maior<br />
potencial de compra.<br />
Como montar uma<br />
carteira de clientes<br />
vencedora.<br />
Quais são os perfis<br />
de clientes e como<br />
vender para cada<br />
um deles.<br />
Como administrar o<br />
tempo para ser mais<br />
produtivo.<br />
Como se<br />
preparar para as<br />
adversidades do<br />
mercado.<br />
Como e<br />
quanto<br />
prospectar<br />
Como tomar<br />
as decisões corretas<br />
para obter o máximo<br />
de resultado<br />
em <strong>venda</strong>s.<br />
Como fazer<br />
o equilíbrio entre<br />
poucas <strong>venda</strong>s<br />
maiores e muitas<br />
<strong>venda</strong>s menores.<br />
Como<br />
identificar<br />
o potencial<br />
de compra de<br />
um cliente.<br />
110 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
VENDÓPOLIS<br />
O MELHOR E MAIS ELETRIZANTE<br />
JOGO DE VENDAS DO BRASIL<br />
O Jogo das Vendas – Vendópolis é um treinamento vivencial. De maneira lúdica e divertida, ele<br />
capacita as equipes comerciais a entender melhor os processos fundamentais envolvidos na<br />
<strong>venda</strong>. Através do jogo, ficam evidentes algumas falhas básicas, que a maioria dos profissionais<br />
de <strong>venda</strong>s cometem e não são percebidas. No decorrer do jogo, todos os participantes são<br />
desafiados a ampliar os seus modelos mentais. Esse workshop é aplicado exclusivamente pelos<br />
facilitadores <strong>VendaMais</strong> e traz ensinamentos valiosos para que os participantes consigam atingir<br />
as metas. Durante essa dinâmica, a equipe se diverte e aprende de maneira mais intensa. O<br />
conhecimento adquirido passa a fazer parte do dia a dia do vendedor.<br />
Perceber<br />
a importância<br />
do treinamento<br />
constante.<br />
COMO FUNCIONA<br />
DURAÇÃO: 5h30<br />
APLICAÇÃO: FACILITADORES VENDAMAIS.<br />
MAIS INFORMAÇÕES? ENTRE EM CONTATO<br />
COM UM DE NOSSOS CONSULTORES.<br />
Vendópolis é uma ferramenta interessante para ajudar sua equipe a melhorar esses processos e<br />
entender seus conceitos fundamentais. Transforme sua convenção em um verdadeiro $UCE$$O,<br />
com aprendizado de qualidade, divertido e eficiente.<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015111
TODOS OS TREINAMENTOS PODEM SER APLICADOS INDIVIDUALMENTE, EM<br />
TURMAS FECHADAS PARA SUA EMPRESA OU IN COMPANY.<br />
GEC<br />
GESTÃO DE<br />
EQUIPES COMERCIAIS<br />
COMO FUNCIONA<br />
DURAÇÃO: Cada módulo acontece durante um mês e<br />
tem em média uma carga horária de 20 horas, contando<br />
todas as etapas (aulas, apostila, exercícios, leitura e<br />
trabalho prático). O curso completo dura 10 meses (carga<br />
horária total de aproximadamente 200 horas).<br />
MATERIAIS: Videoaulas; apostila exclusiva do curso;<br />
Material de apoio: leitura complementar sobre os assuntos<br />
abordados no módulo; Interação no fórum com colegas;<br />
Avaliação da aprendizagem; canal direto com o Raúl para<br />
tirar dúvidas de como aplicar o conteúdo na empresa.<br />
FÓRUM: Na área exclusiva para alunos, você<br />
vai poder postar suas perguntas e compartilhar<br />
experiências sobre o funcionamento da sua<br />
empresa com os colegas do curso.<br />
PÚBLICO: Exclusivo para gestores,<br />
líderes e diretores comerciais.<br />
OPÇÕES DE CONTRATAÇÃO:<br />
Turmas exclusivas (mínimo 30 participantes)<br />
Turmas abertas com início em fevereiro.<br />
112 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Posicionamento<br />
estratégico<br />
Campanha<br />
de <strong>venda</strong>s<br />
Indicadores de<br />
performance<br />
Criatividade<br />
em <strong>venda</strong>s<br />
Treinamento e<br />
desenvolvimento<br />
Comunicação<br />
para líderes<br />
Recrutamento<br />
e seleção<br />
Remuneração<br />
e incentivos<br />
Lucratividade<br />
Administração<br />
do tempo<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015113
TODOS OS TREINAMENTOS PODEM SER APLICADOS INDIVIDUALMENTE, EM<br />
TURMAS FECHADAS PARA SUA EMPRESA OU IN COMPANY.<br />
APV<br />
ALTA PERFORMANCE<br />
EM VENDAS<br />
O objetivo é desenvolver as habilidades e as competências de <strong>venda</strong>s, além de efetuar o mapeamento das oportunidades de<br />
melhorias dessas habilidades. O curso permite explorar ao máximo as potencialidades e aumentar seus resultados, desde o<br />
Planejamento até o <strong>Pós</strong>-Venda.<br />
COMO FUNCIONA<br />
DURAÇÃO: 10 semanas<br />
MATERIAIS: Vídeoaulas com Raúl Candeloro<br />
e apostila para reforço e exercícios.<br />
<strong>Pós</strong> Venda<br />
Preparação e<br />
Planejamento<br />
Prospecção<br />
FÓRUM: Na área exclusiva para alunos, você<br />
vai poder postar suas perguntas e trocar<br />
experiências com os colegas de curso.<br />
PÚBLICO: Gestores, líderes, vendedores<br />
Fechamento<br />
Abordagem<br />
e representantes comerciais.<br />
OPÇÕES DE CONTRATAÇÃO:<br />
Turmas exclusivas (mínimo 30 participantes).<br />
Turmas abertas.<br />
Negociação<br />
Proposta de Valor<br />
Levantamento de<br />
Necessidades<br />
114 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
PAP<br />
PRINCÍPIOS DA ALTA<br />
PERFORMANCE<br />
O curso tem o objetivo de desenvolver e ressaltar as atitudes necessárias para você alcançar alta performance tanto no<br />
âmbito pessoal, quanto no profissional. Ajudamos você a buscar o sucesso financeiro e melhorar seus relacionamentos para que<br />
você seja um exemplo de sucesso e permaneça motivado.<br />
COMO FUNCIONA<br />
DURAÇÃO: 10 semanas, com 1 módulo por semana.<br />
MATERIAIS: Vídeoaulas com Raúl Candeloro e apostila para reforço e exercícios.<br />
FÓRUM: Na área exclusiva para alunos, você vai poder postar suas<br />
perguntas e trocar experiências com os colegas de curso.<br />
PÚBLICO: Gestores, líderes, vendedores e representantes comerciais.<br />
OPÇÕES DE CONTRATAÇÃO:<br />
Turmas exclusivas (mínimo 30 participantes).<br />
Turmas abertas.<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015115
MARCELO CAETANO<br />
Sócio da <strong>VendaMais</strong>, Marcelo Caetano tem experiência em mais de<br />
90 projetos de consultoria, isso lhe dá uma visão prática de <strong>venda</strong>s.<br />
Autor dos livros Chega de desconto e Vendedor Fiel, Cliente Fiel.<br />
TEMAS ABORDADOS NOS<br />
TREINAMENOS E WORKSHOPS:<br />
CHEGA DE DESCONTO:<br />
Venda valor antes que seu lucro acabe. Baseado no Best Seller Chega de<br />
desconto. Caetano fala sobre como na prática as pessoas podem agregar<br />
valor para sua empresa, produtos e serviços vendidos.<br />
REPRESENTANTE COMERCIAL - O VENDEDOR EMPREENDEDOR:<br />
Um dos melhores treinamentos para representantes comerciais do Brasil.<br />
Um treinamento que fala sobre a realidade do representante comercial e<br />
a necessidade de cada representante preparar-se para os novos desafios,<br />
vender para mais cliente, mais mix e produtos de maior valor agregado.<br />
AS MELHORES PRÁTICAS DOS GRANDES LÍDERES COMERCIAIS:<br />
Palestras teóricas sobre liderança comercial você conhece várias, mas<br />
poucas tão práticas quanto essa. Durante as consultorias, Caetano conviveu<br />
com grandes líderes comerciais, viu de perto erros e acertos. Nessa palestra<br />
ele conta as melhores práticas dos grandes líderes com os quais conviveu.<br />
Você está pronto para ouvir essas verdades?<br />
CONFIRA OUTROS TEMAS NO SITE<br />
MARCELOCAETANO.COM<br />
116 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
RAÚL CANDELORO<br />
Raúl Candeloro é hoje um dos palestrantes mais contratados<br />
para eventos abertos e in-company. Isso acontece porque suas<br />
palestras incluem um conteúdo de excelente qualidade, aliando<br />
prática as melhores teorias de gestão e <strong>venda</strong>s do mundo,<br />
apresentadas de forma didática e divertida.<br />
TEMAS ABORDADOS NOS<br />
TREINAMENOS E WORKSHOPS:<br />
A RODA DA LIDERANÇA<br />
C.H.A DAS VENDAS<br />
4 FORMAS DE AUMENTAR AS VENDAS DA SUA EMPRESA<br />
ALTA PERFORMANCE EM VENDAS<br />
PRINCÍPIOS PARA ALTA PERFORMANCE<br />
CONFIRA OUTROS TEMAS NO SITE<br />
RAULCANDELORO.COM.BR<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015117
VAMOS REPENSAR SEU<br />
MODELO COMERCIAL?<br />
A consultoria <strong>VendaMais</strong> parte da estratégia, passa pelo planejamento e vai até a execução. Dividida em oito grandes<br />
áreas, as consultorias são práticas e executivas. Nossa equipe estará com você não apenas para sugerir boas ideias,<br />
mas para colocá-las em prática. Você pode contratar apenas um dos módulos ou escolher alinhar todos os pontos da<br />
sua gestão comercial. O resultado e o objetivo máximo de todas as consultorias é fazer sua empresa vender mais, com<br />
maior rentabilidade e deixar um modelo comercial e ferramentas que se sustentem após o encerramento da consultoria.<br />
Mentoring e<br />
desenvolvimento<br />
de líderes.<br />
Planejamento estratégico<br />
comercial - além de ser<br />
um serviço independente<br />
ele é parte dos trabalhos<br />
de consultoria.<br />
Venda de valor - como criar<br />
um programa de <strong>venda</strong><br />
de valor e melhoria<br />
na rentabilidade.<br />
Alinhamento de<br />
reuniões para melhoria<br />
de performance.<br />
KPI’s - alinhamento<br />
de indicadores de<br />
performance.<br />
Ferramentas de<br />
gestão comercial.<br />
Remuneração<br />
e incentivos<br />
comerciais.<br />
Recrutamento e desenvolvimento<br />
de equipes comerciais. Definição<br />
de perfil e modelo de contratação.<br />
CLT ou RPA.<br />
118 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
QUEM CONFIA,<br />
COMPARTILHA!<br />
“O trabalho da Soluções <strong>VendaMais</strong> nos ajudou a melhorar os processos de<br />
<strong>venda</strong>s, aprimorar os resultados com reuniões mais objetivas e a melhorar a <strong>venda</strong><br />
de mix de produtos. Além disso, nos auxiliou na busca de novos negócios – como<br />
a área de distribuição – e ofereceu uma troca de informações e comparação com<br />
outros segmentos e empresas muito interessantes. Temos essa parceira há mais<br />
de três anos. Ela oferece uma contribuição importante para o nosso negócio”.<br />
Osmar Della Valentina – Presidente do Grupo Gazin<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015119
PEC<br />
PLANEJAMENTO<br />
ESTRATÉGICO COMERCIAL<br />
Desenvolvemos um modelo de Planejamento Estratégico Comercial, baseado na teoria e no modelo de Balanced<br />
Scorecard de Kaplan. Na prática, sincronizaremos junto a você um profundo alinhamento comercial da estrutura de<br />
sua empresa, que parte do pensamento de mudança (Estado Atual → Estado desejado). Temos o compromisso de<br />
controlar índices vitais de sua organização. A maioria das empresas não têm um planejamento estratégico definido.<br />
Quando ele existe, nem sempre se aprofunda na área comercial. Essa é função do PEC.<br />
BENEFÍCIOS DO PEC<br />
O PEC estabelece uma visão de futuro que define o rumo e a direção a serem seguidos. As oportunidades são melhores<br />
aproveitadas e as dificuldades, vistas com antecedência. Ele define e orienta a criação de indicadores de performance.<br />
Em suma, o PEC contribui para alcançar o alinhamento e o comprometimento de gestores e equipe.<br />
120 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
COACHING<br />
E MENTORING<br />
Estratégicas e focadas no alto desenvolvimento pessoal e profissional, temos nossas ações de<br />
coaching e mentoring realizadas pela equipe senior da <strong>VendaMais</strong>.<br />
COACHING<br />
Tem como essência conduzir uma pessoa ou grupo de uma situação atual para uma situação desejada. Com a<br />
<strong>VendaMais</strong>, o diferencial é que a aplicação é feita por profissionais que conhecem profundamente não apenas o<br />
coaching, mas também o mundo das <strong>venda</strong>s.<br />
MENTORING<br />
É uma ferramenta que oferece suporte ao líder comercial para repensar seu modelo de gestão e sua estratégia, com<br />
uma orientação personalizada. Com a <strong>VendaMais</strong>, esse processo é focado em resultado e no cenário econômico.<br />
Você terá a oportunidade de discutir suas ideias, questionar suas verdades e visualizar a realidade de outras<br />
empresas do mercado.<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015121
SOLICITE MAIS INFORMAÇÕES OU PEÇA UMA PROPOSTA<br />
VENDAMAIS.COM.BR • GRUPO@VENDAMAIS.COM.BR • 0800 647 6247<br />
122 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015
Não seja escravo<br />
dos detalhes<br />
Pequenas coisas podem<br />
ter um grande impacto.<br />
Você é quem<br />
decide se o impacto<br />
será positivo ou negativo.<br />
Aprenda a ser o mestre<br />
das pequenas coisas<br />
sem deixar que elas comandem<br />
sua vida. É<br />
muito útil prestar atenção<br />
em detalhes, mas<br />
é perigoso ser governado<br />
por eles.<br />
Existe uma grande diferença<br />
entre ser disciplinado,<br />
cuidadoso,<br />
atencioso e ser obsessivo.<br />
A diferença está<br />
no foco claro do propósito<br />
de seus esforços.<br />
Olhe para tudo em termos<br />
abrangentes. Dedique<br />
seu tempo e sua<br />
energia aos detalhes se<br />
eles ajudarem a promover<br />
seus maiores objetivos.<br />
Mas se eles não<br />
agregam – ou pior, subtraem,<br />
diminuem e até<br />
substituem seus propósitos<br />
originais –, livre-se<br />
deles.<br />
Não existe maior desperdício<br />
do que se preocupar<br />
com detalhes<br />
triviais que pouco importam.<br />
E poucas coisas<br />
lhe dão mais poder<br />
do que ter todos os detalhes<br />
trabalhando a<br />
seu favor. Mantenha<br />
seus objetivos sempre<br />
claros na mente e faça<br />
com que os detalhes lhe<br />
sirvam, e não que se<br />
transformem no seu<br />
mestre.<br />
Ralph Marston<br />
<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015123
124 <strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015