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Carreira<br />
Marcelo Caetano<br />
Você ajuda<br />
e trabalha<br />
ou reclama<br />
e lamenta?<br />
Resolvi contar uma hISTÓRIA pARA VOCê<br />
no artigo desta edição porque ela vai me ajudar<br />
a explicar a ideia que quero transmitir...<br />
Tenho 42 anos. Faço aniversário no dia 1.º de<br />
outubro, Dia do Vendedor. Desde que deixei de<br />
trabalhar com marketing e fui para <strong>venda</strong>s, encarei<br />
isso como um sinal. Afinal, nascer nesse dia<br />
deve significar algo.<br />
Sou filho de um pai que sempre trabalhou<br />
muito, ralava mesmo. Até morou fora do Brasil<br />
por um período, em diferentes países, mas sempre<br />
se dedicou integralmente à família quando estava por perto. Quem<br />
trabalhava com ele dizia que ele era "chato" e exigente ao extremo.<br />
Minha mãe foi professora do Ensino Fundamental no interior de<br />
São Paulo. Ia para a escola de ônibus e levava algumas horas para<br />
chegar. Dava aula para a turma do 1.º ano de um lado da classe e<br />
para a turma do 2.º ano do outro lado. Isso mesmo, eram duas turmas<br />
na mesma sala. Cada uma olhando para um único quadro negro. Ela<br />
dava o melhor de si.<br />
O que quero dizer com isso é simples: cresci em uma família em<br />
que o trabalho nunca foi vergonha para ninguém! Pelo contrário: foi<br />
sempre um grande orgulho.<br />
Já adulto, em meus trabalhos como consultor, encontrei pelo caminho<br />
muitos workaholics. Alguns até passavam do ponto, trabalhavam<br />
demais e complicavam tudo: saúde, família, amizades, futuro.<br />
Viviam para trabalhar.<br />
Minha geração cresceu entre os baby boomers e a geração Y. Isso<br />
nos permitiu ver de perto essas duas realidades e mentalidades. E,<br />
claro, ajudou-nos a decidir como tirar o melhor de cada perfil. Hoje,<br />
trabalho muito, viajo bastante e tento encontrar o bom e velho equilíbrio<br />
entre vida pessoal e vida profissional.<br />
No que diz respeito ao lado profissional, tenho visto por aí algo<br />
que me incomoda muito. Pessoas pouco dispostas a fazer, mas querendo<br />
ganhar reconhecimento rapidamente. Querem ser valorizadas<br />
antes de mostrar trabalho, querem ganhar mais antes de apresentar<br />
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<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015