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VendaMais 254 - Pós-venda

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Na obra que analisamos nesta edição, Stratten e<br />

Alison apresentam uma nova perspectiva sobre a<br />

forma como empresas – mais especificamente profissionais<br />

da área comercial – devem analisar seu ciclo<br />

de relacionamento com prospects e clientes.<br />

A tese dos autores parte do princípio de que enquanto<br />

você está preocupado em prospectar mais e<br />

melhorar a conversão, estudos indicam que 57% das<br />

decisões de compra são feitas antes mesmo de o comprador<br />

fazer contato com sua empresa. “Focamos<br />

nossas energias no momento da <strong>venda</strong>, mas entregamos<br />

produtos/serviços com suporte precário e/ou sem<br />

cuidar do cliente depois que ele fecha o negócio. Toda<br />

a nossa atenção se volta para o funil de <strong>venda</strong>s e ignoramos<br />

o antes e o depois. Colocamos todo nosso<br />

foco na transação individual e ficamos cegos no que<br />

diz respeito ao suporte, à experiência de compra e ao<br />

atendimento ao cliente”, alertam os autores.<br />

A base do conceito de “não <strong>venda</strong>” é ter clientes<br />

frequentes (não compradores de uma só vez), que mais<br />

tarde vão indicar sua empresa. Para isso, é preciso:<br />

1 - Ter uma presença digital ativa.<br />

2 - Desenvolver uma cultura focada em pessoas.<br />

3 - Encontrar o equilíbrio entre menos prospecção e<br />

mais relacionamento.<br />

“Não <strong>venda</strong>” como feRRAMenta de pós-<strong>venda</strong><br />

No livro, Stratten e Alison contam a história de uma<br />

mãe que, após voltar das férias com a família, fica desesperada<br />

ao ver seu filho em prantos porque seu bichinho<br />

de pelúcia favorito tinha sido esquecido no hotel<br />

em que estavam hospedados. Ao se dar conta de que<br />

Joshie, a girafa, havia ficado para trás, a mãe ligou para<br />

o hotel (The Ritz-Carlton Amelia Island) e descobriu<br />

que o “animal” havia sido encontrado e passava bem.<br />

Como o filho estava arrasado por não ter seu<br />

companheiro de todos os dias, a mãe explicou a ele<br />

que Joshie havia decidido ficar mais uns dias de férias.<br />

Para reforçar seu argumento, perguntou ao pessoal<br />

do hotel se eles podiam enviar uma foto do bichinho<br />

em uma cadeira à beira da piscina para que ela pudesse<br />

mostrar ao filho. Eles disseram que sim, mas o<br />

que fizeram foi muito além...<br />

Poucos dias depois, a família recebeu em casa um<br />

pacote que trazia Joshie são e salvo, alguns mimos do<br />

hotel e uma incrível surpresa: um álbum fotográfico<br />

encadernado que reuniu toda a jornada de férias de<br />

Joshie no Ritz-Carlton.<br />

A foto que a mãe pediu estava lá, junto com diversas<br />

outras que resumiam a história das “férias forçadas”<br />

Alison Kramer e Scott Stratten<br />

de Joshie. A girafinha ganhou até<br />

um cartão de membro do time de<br />

achados e perdidos do hotel.<br />

Essa história correu o mundo,<br />

gerou um burburinho extremamente<br />

positivo para o hotel e resume<br />

bem o conceito “não <strong>venda</strong>”, que<br />

começa antes da prospecção e se<br />

estende muito além do fechamento.<br />

“Crie experiências tão incríveis que<br />

os clientes não poderão pensar em<br />

nada a não ser compartilhar com<br />

os outros”, sugerem os autores.<br />

Foto: Jonathan Bielaski<br />

<strong>venda</strong>mais.com.br - novembro 2015 63

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