*Agosto/2019 - Referência Industrial 210
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TEMPO É DINHEIRO<br />
Um dos piores desempenhos do Brasil no ranking<br />
refere-se ao indicador que mensura o número de dias<br />
necessários para abrir um negócio. Entre os 167 países<br />
avaliados nesse critério, o Brasil ocupa a posição<br />
161. Na burocracia brasileira, leva-se em médio 67<br />
dias para cumprir os procedimentos legais para abrir<br />
uma empresa. No país que ocupa a primeira posição,<br />
Nova Zelândia, o processo é feito em menos de 1 dia.<br />
O Brasil também ficou à frente de países como<br />
Peru (26 dias), Colômbia (9 dias) e Chile (6 dias). O<br />
tempo para abrir uma empresa no Brasil é mais que<br />
o dobro do resultado da América Latina (32 dias). Por<br />
outro lado, o tempo perdido com burocracia custa<br />
mais para as empresas do que o valor dos impostos.<br />
É o que afirma a economista portuguesa Rita Ramalho,<br />
diretora do levantamento “Doing Business”.<br />
“Houve avanços, mas poderia haver mais. No geral,<br />
em quase todas as áreas em que medimos, o problema<br />
não é o custo [financeiro], mas o tempo”, garante.<br />
“Uma das coisas que demoram mais é a obtenção<br />
do alvará [de funcionamento]. Mas é muito mais rápido<br />
agora, do que há 5 ou 6 anos”, completa.<br />
IMPOSTOS E MAIS IMPOSTOS<br />
Outro ponto em que o país se destaca de forma<br />
negativa é na alta carga de impostos. Neste indicador<br />
do ranking do BC, o Brasil ocupa a posição 181. O<br />
indicador leva em conta apenas os procedimentos<br />
burocráticos para o pagamento de impostos pelas<br />
empresas, sem considerar as taxas ou incidência de<br />
impostos.<br />
O tempo gasto pelas empresas para pagar impostos<br />
é de 2.038 horas por ano, quase dez vezes maior<br />
que o tempo gasto em países como Peru (260 horas),<br />
Colômbia (239 horas) e Chile (291 horas). A demora<br />
deve-se principalmente à complexidade do sistema<br />
tributário brasileiro. “Existe a necessidade de simplificação,<br />
de consolidação de processos”, alerta Rita. “O<br />
governo poderia arrecadar o mesmo montante, mas<br />
de forma mais simples. Poderia valer para os vários<br />
impostos sobre o consumo, o Icms, o PIS/Cofins, IPI.<br />
São todos impostos sobre o consumo”, exemplifica.<br />
Apesar de não comentar propostas específicas de<br />
reforma tributária, segundo ela, o Banco Mundial<br />
defende uma simplificação do atual sistema tributário<br />
para facilitar os processos para o contribuinte.<br />
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