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*Dezembro/2019 - Referência Florestal 214

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MERCADO<br />

E<br />

mbora a exportação brasileira de compensados<br />

de pinus e serrado de madeira entre 2011 e<br />

2018 tenha sido crescente, a situação atual das<br />

exportações tem preocupado os especialistas.<br />

Após 8 anos consecutivos de expansão, <strong>2019</strong><br />

tende a ser o primeiro ano de retração.<br />

Em agosto e setembro de 2018, o setor se destacava<br />

em um momento positivo do mercado e um impulso no aumento<br />

das exportações de compensado de pinus e madeira<br />

serrada. No entanto, em maio de <strong>2019</strong>, uma análise feita<br />

com foco na exportação de compensados de pinus, percebeu<br />

uma queda de 31% no volume exportado nos meses de<br />

março e abril deste ano. Foi revelado, então, que o que havia<br />

causado a redução da demanda pelo produto brasileiro<br />

havia sido o efeito das condições climáticas negativas durante<br />

a temporada de construções nos EUA (Estados Unidos da<br />

América). Os dados foram publicados pela Forest2Market do<br />

Brasil - empresa que possui um banco de dados atual e exclusivo<br />

de transações entregues e uma abrangente infraestrutura<br />

de coleta de dados.<br />

Por outro lado, o mercado da construção civil norte-americano<br />

(grande driver da exportação de produtos madeireiros<br />

brasileiros) ganhou destaque por ter tido o melhor<br />

desempenho mensal desde 2007. Marcelo Schmid, sócio-diretor<br />

da Forest2Market do Brasil, afirma que: “esse pode ser<br />

um sinal que indica o início de uma temporada de construção<br />

tardia que traz ao mercado de construção norte-americano<br />

esperanças de um final de ano positivo”, analisa.<br />

Sobre a indústria brasileira, Schmid alerta: “a situação<br />

atual das exportações do mercado de compensados de<br />

pinus tem preocupado bastante”. Apesar da tendência da<br />

exportação entre 2011 e 2018 ter sido crescente (como<br />

apresenta a figura 01), para alcançar o volume exportado<br />

em 2018, o Brasil teria que exportar mais de 105 mil toneladas<br />

por mês até o fim do ano. Porém, nos últimos três<br />

meses (agosto, setembro e outubro), a média mensal de<br />

exportação foi de 83 mil toneladas.<br />

Após um excelente crescimento no mês de maio, todos<br />

os meses seguintes tiveram retração, quando comparados<br />

aos mesmos meses no ano passado, conforme demonstra a<br />

figura 02. Marcelo revela, ainda, que “a expectativa para o<br />

fechamento de <strong>2019</strong> não é positiva, provavelmente será o<br />

primeiro ano de retração desde 2011”.<br />

MADEIRA SERRADA<br />

“No caso da madeira serrada, o caminho parece ser o<br />

mesmo”, alerta Schmid. Para alcançar o volume exportado<br />

em 2018, o Brasil teria que exportar mais de 115 mil toneladas<br />

por mês até o fim do ano, conforme apresenta a figura<br />

03. Entretanto, nos últimos três meses, a média mensal foi<br />

de apenas 79 mil toneladas.<br />

Embora o saldo da comparação das exportações de <strong>2019</strong><br />

com 2018 ainda seja positivo, o ritmo vem caindo desde junho.<br />

Marcelo ressalta que “nos meses de agosto, setembro<br />

e outubro o Brasil exportou 79% a menos que nos mesmos<br />

meses de 2018.” O fato é demonstrado na figura 04.<br />

Figura 01. Evolução anual da exportação de compensados de pinus<br />

brasileiro<br />

*Até o mês de outubro<br />

Fonte: Comex, adaptado por Forest2Market do Brasil<br />

Figura 02. Comparação mensal do volume de compensados de<br />

pinus exportado em 2018 e <strong>2019</strong><br />

56 www.referenciaflorestal.com.br

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