COLUNA ABIMCI A IMPORTÂNCIA E ABRANGÊNCIA DO MERCADO INTERNO A PANDEMIA TROUXE UM NOVO COMPORTAMENTO DOS CONSUMIDORES NA BUSCA POR MELHORIAS DAS RESIDÊNCIAS E POR NOVOS PROJETOS DE EXPANSÃO Paulo Pupo Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente Contato: abimci@abimci.com.br U ma indústria que abastece segmentos como construção civil, embalagens, moveleiro, energia, infraestrutura, entre outros. Os produtos processados mecanicamente, entre eles a madeira serrada, compensados, lâminas, painéis, molduras, pisos, portas, pellets e biomassa, fazem parte do cotidiano do mercado interno de forma expressiva. E para um universo muito grande de empresas, o consumo do mercado interno é a base de seus negócios em praticamente todos os estados do país. Ainda que as exportações representem grande parte do destino de alguns produtos madeireiros do Brasil, a diversidade de usos para os produtos, o tamanho e a capilaridade do mercado nacional são características relevantes. A grande base produtiva do setor madeireiro nacional é composta por pequenas e médias empresas, que se adaptam aos diversos nichos existentes no mercado, tanto de produtos como em suas áreas de atuação e regionalização ao redor do país. As condições de demanda que o mercado interno oferece, indiferentemente da origem, região e qualidade da madeira, são amplas e transversais, reforçando o jargão de que há oportunidades para todos. Atualmente, estamos presenciando uma recuperação da confiança do setor em relação às demandas existentes, que por muito tempo estiveram reprimidas, o que levou o segmento a enfrentar dificuldades quanto à sustentabilidade e quanto às tímidas taxas de crescimento nos últimos anos. O momento é oportuno para o segmento recuperar perdas e se preparar para um futuro promissor. Com tanto potencial, as oportunidades em território nacional tendem a crescer. A retomada da construção civil brasileira – um dos carros-chefes da economia e grande Foto: divulgação consumidora dos produtos madeireiros – já vem sendo notada em diversas regiões do país e é uma aposta das empresas. O nível de estoque de produtos de madeira, tanto nas revendas como na indústria, precisa ser reposto e realinhado, assim como o segmento de embalagens industriais de madeira tem mostrado recuperação. Vale destacar, ainda, que as taxas de inadimplência do setor estão diminuindo. A pandemia trouxe um novo comportamento dos consumidores na busca por melhorias das residências e por novos projetos de expansão, bem como em relação a novas construções. O trabalho remoto virou realidade para vários segmentos e está gerando novas demandas por otimização de espaços e melhor conforto – e, consequentemente, em demanda por produtos. Em resumo, vemos um círculo econômico e de consumo positivo e de recuperação no mercado interno. Além disso, o crescimento do uso de produtos de madeira em sistemas construtivos como o wood frame e o avanço no desenvolvimento da norma técnica brasileira para esse modelo são mudanças reais de cenário que devem impulsionar esse nicho. Com a possibilidade de aumentar o consumo de produtos para esse fim, muitas indústrias têm investido no desenvolvimento de novas soluções e buscado conhecimento sobre a possibilidade de industrialização de outros produtos que atendam a esse promissor mercado. Obviamente, ainda temos muitos desafios. Os custos logísticos são um fator determinante para o segmento madeireiro e sempre são avaliados com especial atenção e critério, por quem produz e pelo comprador. Em muitas situações, o frete é um fator inibidor para o fechamento de negócios em um país com a extensão territorial do Brasil. Preços de combustíveis e de pedágios também impactam diretamente nos negócios. O atual e complexo regramento do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), com muitos estados praticando regras distintas, é outro enorme desafio tributário e de custos para as indústrias produtoras. Outros fatores como a melhoria em infraestrutura, acesso a crédito e renovação tecnológica do setor também são urgentes e necessários para alavancar o desempenho da indústria. Há muito para melhorar no ambiente de negócios! Mas a questão fundamental e básica é a manutenção da demanda e do consumo. Estamos em um momento positivo, mas todos precisam dar o melhor de si para que avanços reais aconteçam. 42 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021
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