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MATÉRIA-PRIMA<br />
vações políticas e de saúde pública, aliada à publicação<br />
da ABNT NBR 16936 – Edificações em light wood frame,<br />
o preço da tora grossa de pinus voltou a ser atrativo. Os<br />
investimentos florestais em pinus tendem a ter uma valorização<br />
muito grande nas próximas décadas”, projeta.<br />
Por outro lado, Juliano Vieira de Araújo, presidente<br />
da ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente), não concorda que<br />
os preços de produtos de madeira subiram durante a<br />
pandemia. Ele afirma que o mercado está estável e que<br />
apenas houve uma readequação de preços em toda a<br />
cadeia produtiva.<br />
“O mercado madeireiro está estável e a expectativa<br />
é de que, ao longo do 2021, o viés de recuperação<br />
e consolidação do consumo, aliado ao aumento da<br />
confiança do consumidor, permaneça. A maioria dos<br />
produtos de madeira é de commodities, e o mercado<br />
é autorregulável na demanda x preços. É notória a consolidação<br />
das exportações brasileiras nos últimos anos,<br />
fato que se reforçou em 2020 com o crescimento importante<br />
dos volumes embarcados pelo Brasil, além da<br />
recuperação da demanda no mercado interno”, explica<br />
o presidente da ABIMCI.<br />
Sobre a possível falta de madeira no mercado, o presidente<br />
da ABIMCI admite que o crescimento do segmento<br />
de base florestal poderia ter sido maior na última<br />
década. “Se olharmos para os últimos 10 anos, o crescimento<br />
da base florestal plantada foi muito pequeno<br />
em relação às potencialidades existentes. Certamente<br />
poderá crescer muito nos próximos anos. A consolidação<br />
de políticas públicas e uma maior participação e<br />
investimentos por parte do setor produtivo serão fatores<br />
decisivos para esse avanço”, acrescenta.<br />
O empresário Marcos Flores, diretor geral da Terra<br />
Sol – Madeiras Ecológicas, também destaca os problemas<br />
meteorológicos sofridos pelo setor em 2020, além<br />
dos atrasos gerados pela pandemia.<br />
“Na nossa região, por exemplo, choveu por três<br />
semanas sem parar e tivemos também um ciclone que<br />
destruiu muitas indústrias de pinus. Aliado a isso, a alta<br />
demanda de matéria-prima também fez com que o preço<br />
aumentasse muito. No nosso caso, que trabalhamos<br />
com madeira pinus, o preço médio subiu de R$ 400 para<br />
cerca de R$ 650. É uma grande diferença”, completa.<br />
NOVAS<br />
CULTURAS DE<br />
HOME OFFICE E DE<br />
“OLHAR PARA O PRÓPRIO<br />
LAR” FIZERAM COM QUE<br />
CONSUMIDORES<br />
INVESTISSEM NA<br />
REFORMA E NA<br />
MODERNIZAÇÃO DE<br />
SUAS CASAS<br />
56 referenciaindustrial.com.br ABRIL 2021