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U<br />

m ano após o início da pandemia da<br />

Covid-19 no Brasil, o setor madeireiro,<br />

assim como outros segmentos industriais,<br />

começa a sofrer com a falta de oferta de<br />

matéria-prima para diversos setores de<br />

sua cadeia. Novas culturas de home office e de olhar<br />

para o próprio lar fizeram com que consumidores investissem<br />

na reforma e na modernização de suas casas – e<br />

passaram a utilizar a madeira como protagonista deste<br />

movimento, seja na compra de móveis, pisos ou de peças<br />

brutas que serviram como instrumento para o DIY<br />

(do it yourself, ou faça você mesmo) de novos e amadores<br />

marceneiros em seus refúgios caseiros.<br />

É o que acredita o CEO da TWBrazil, Leonardo Puppi,<br />

que revela que o setor tem sofrido com o aumento<br />

da demanda por madeira e, por consequência, com os<br />

preços mais salgados de toras de pinus e eucalipto, por<br />

exemplo.<br />

“Infelizmente, é uma reação em cadeia. Houve um<br />

incremento nos preços da matéria-prima florestal sem<br />

precedentes. Aliado a isso, o preço dos insumos na indústria<br />

madeireira também cresceram muito além dos<br />

índices de inflação. Aço e produtos químicos de origem<br />

mineral, como o cobre, cromo e arsênio, tiveram um<br />

reajuste de quase 50% em um período de um ano, e<br />

impactam diretamente na indústria de preservação da<br />

madeira”, explica Leandro.<br />

Ele ressalta, inclusive, que outros fatores, que independem<br />

da vontade do produtor, também têm influenciado<br />

no aumento do preço da madeira. “Felizmente,<br />

durante a pandemia, houve pouco fechamento de<br />

indústrias madeireiras por contaminação dos trabalhadores.<br />

Mas houve alguns. Além disso, o que tem ocorrido<br />

nos últimos meses é o excesso de chuvas, que tem<br />

dificultado a extração de toras nas florestas. Mas isso faz<br />

parte do negócio em determinadas épocas e o setor já<br />

está acostumado com isso”, acrescenta.<br />

O CEO da TWBrazil também salienta que o preço<br />

defasado das florestas de pinus mais antigas também<br />

gerou um desbalanceamento do mercado brasileiro.<br />

“Além disso, com a indústria da construção civil no<br />

Brasil arrefecida nos últimos anos, a tora mais grossa<br />

destinada às serrarias não estava tão demandada. Mas<br />

com a previsão de aquecimento da economia, por moti-<br />

ABRIL 2021 55

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