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Revista Newslab Edição 166

Revista Newslab Edição 166 - Julho 2021

Revista Newslab Edição 166 - Julho 2021

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Para altas expectativas, o alto desempenho.<br />

É mais do que só hematologia.<br />

É tecnologia pela vida.<br />

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completas<br />

que dão<br />

significado<br />

à vida


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evista<br />

Editorial<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> - Julho 2021<br />

Prezado leitor,<br />

Apesar da queda considerável nas<br />

estatísticas durante as últimas semanas,<br />

o número de óbitos por dia em nosso país<br />

segue alto e por vezes superando o que é<br />

registrado em continentes inteiros.<br />

Especialistas em saúde pública seguem<br />

defendendo estratégias essenciais para<br />

controlar a pandemia e para que os<br />

números não voltem a subir.<br />

A vacinação de todos os brasileiros,<br />

ao que tudo indica, ajudará a evitar os<br />

casos mais graves e reforçar as medidas<br />

como o distanciamento físico, o uso de<br />

máscaras ao sair de casa, os cuidados<br />

com a circulação de ar pelos ambientes e<br />

a higiene das mãos.<br />

Então vamos manter nossa esperança<br />

seguindo com as medidas de segurança<br />

que nos permitirá não apenas lidar com o<br />

atual cenário da pandemia, mas também<br />

nos deixaria mais preparados para o que<br />

pode vir pela frente, especialmente a partir<br />

da chegada ou da descoberta de novas<br />

variantes.<br />

Nesta edição trazemos uma revisão de<br />

literatura sobre os Principais Marcadores<br />

Tumorais Usados na Clínica Médica e um<br />

artigo sobre A Importância da Aplicação<br />

de Novas Metodologias no Diagnóstico da<br />

Toxoplasmose em Pacientes Imunossupressos.<br />

Além do vasto conteúdo abordado<br />

por nossos colunistas e as novidades<br />

anunciadas por nossos clientes.<br />

No ano passado somamos a marca de<br />

1 milhão de acessos e este ano, somente no<br />

primeiro semestre já estamos perto deste<br />

número, a você querido leitor, nosso muito<br />

obrigada!<br />

Nós da equipe <strong>Newslab</strong> desejamos<br />

vacina para todos e um mundo melhor<br />

quando tudo isso passar.<br />

Tenham uma excelente leitura!<br />

Luciene Almeida<br />

Editora Chefe<br />

*Com informações de BBC News Brasil<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />

acessem nossas redes sociais:<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> - Julho 2021<br />

<strong>Newslab</strong> Editora Eireli - <strong>Revista</strong> NewsLab<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo - SP<br />

Tel.: (11) 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />

CNPJ.: 35.678.385/0001-25 - Insc. Est.: 128.209.420.119 - ISSN 0104 - 8384<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: NEWSLAB EDITORA EIRELI<br />

Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@newslab.com.br<br />

Jornalista Responsável: Luciene Almeida | redacao@newslab.com.br<br />

Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />

Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />

Produção de conteúdo: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Hawaii | Periodiciade: Bimestral<br />

0 2<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


Automatize seu<br />

teste de PCR em tempo real<br />

A altona Diagnostics Brasil, subsidiária da altona Diagnostics GmbH alemã, traz para o<br />

mercado brasileiro o sistema automatizado para os testes de PCR em tempo real,<br />

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flexível para o seu laboratório, além de otimizar suas análises de PCR, desde a extração da<br />

amostra até o resultado final do PCR.<br />

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desde as amostras ao PCR<br />

Capacidade de autonomia do equipamento<br />

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de testes desenvolvidos em laboratório<br />

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e flexíveis<br />

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uma execução<br />

Capacidade flexível de 1 a 96<br />

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Até 384 análises por corrida<br />

Combinação de até 8 ensaios<br />

em uma placa de 96 poços<br />

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amostra<br />

Amplo menu de ensaios e<br />

tipos de amostra<br />

Grande variedade de ensaios de PCR<br />

disponíveis: Adenovirus, CMV, EBV, HHV-6,<br />

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Chikungunya, Dengue, Zika e Febre amarela.<br />

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plasma, soro, urina, fezes, LCR, swabs<br />

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capa-newslab-ed-<strong>166</strong>.indd 6 13/07/2021 14:28:19<br />

revista<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> - Julho 2021<br />

Normas de Publicação<br />

para artigos e informes de mercado<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />

publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Informações aos Autores<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />

em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso<br />

precise de informações adicionais, entre em contato com<br />

a redação.<br />

Informações aos autores<br />

Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab publica editoriais,<br />

artigos originais, revisões, casos educacionais, resumos de teses<br />

etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e<br />

qualquer contribuição que possua correlação com as análises<br />

clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />

Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos<br />

revisores. Os autores deverão informar todo e qualquer<br />

conflito de interesse existente, em particular aqueles de<br />

natureza financeira relativo a companhias interessadas<br />

ou envolvidas em produtos ou processos que estejam<br />

relacionados com a contribuição e o manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />

assinado por todos os autores, atestando a originalidade do<br />

artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em português, mas com<br />

Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />

conter as palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente ser<br />

enviadas na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos<br />

que a resolução do escaneamento seja de 300 dpi’s, com<br />

extensão em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados e enviados<br />

por e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes<br />

completos dos autores e nome da instituição onde o estudo<br />

foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente,<br />

com endereço completo fone/fax e e-mail também<br />

deverão constar. Seguidos por resumo, palavras-chave,<br />

abstract, keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e<br />

Métodos, Parte Experimental, Resultados e Discussão,<br />

Conclusão) agradecimentos, referências bibliográficas,<br />

tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto com o sobrenome<br />

do devido autor, seguido pelo ano da publicação, segundo<br />

norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada referência citadas no<br />

texto devem vir listadas no fim, com o sobrenome do autor em<br />

primeiro lugar seguido pela sigla do prenome. Ex.: sobrenome,<br />

siglas dos prenomes. Título: subtítulo do artigo. Título do livro/<br />

periódico, volume, fascículo, página inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências. Referências<br />

de contribuições ainda não publicadas deverão ser<br />

mencionadas como “no prelo” ou “in press”.<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab<br />

A/C: Luciene Almeida – redação<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110<br />

CEP 01407-000 - São Paulo-SP<br />

Pelo e-mail: redacao@newslab.com.br<br />

Ou em http://www.newslab.com.br/publique/<br />

R$ 25,00<br />

Contato<br />

A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />

vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />

REDAÇÃO: Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />

TELEFONE: (11) 3900-2390<br />

EMAIL: redacao@newslab.com.br.<br />

Acesse nosso site: www.newslab.com.br<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e informes<br />

assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da <strong>Newslab</strong> Editora Eireli.<br />

Filiado à:<br />

0 4<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


Linha completa<br />

de produtos<br />

para a área<br />

DIAGNÓSTICA<br />

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Molecular, Toxicologia, Neonatologia e<br />

Anatomia Patológica, o Alvaro Apoio<br />

é a unidade de negócios da Dasa<br />

dedicada ao relacionamento com<br />

outros laboratórios, clínicas e hospitais.<br />

Nossa essência em nunca parar de<br />

evoluir nos impulsiona a investir<br />

constantemente em tecnologia de<br />

última geração e um corpo clínico<br />

altamente qualificado, oferecendo<br />

o que há de mais inovador para<br />

potencializar o negócio dos nossos<br />

parceiros.<br />

O resultado disso se materializa em<br />

Núcleos Técnicos descentralizados<br />

distribuídos pelo Brasil, um portfólio<br />

com mais de 3000 exames e Qualidade<br />

atestada por rigorosas acreditações<br />

nacionais e internacionais.<br />

Apoio em todos os momentos<br />

A medicina diagnóstica mudou muito<br />

no último ano. Nós também.<br />

Diante da pandemia da COVID-19, quando<br />

os cuidados com a saúde não podiam parar,<br />

reforçamos nosso Apoio para estar ainda<br />

mais junto dos nossos clientes.<br />

Mantivemos abertos todos os nossos<br />

NTOs, garantindo uma estrutura de<br />

análises clínicas funcionando em todo<br />

o país. Também aumentamos nossa<br />

frota para dar conta da nova demanda<br />

e rotina de coletas diárias.<br />

Ampliamos nossos canais de<br />

atendimento e digitalizamos nossos<br />

Simpósios para manter, ainda que à<br />

distância, a troca de conhecimento<br />

com os treinamentos e palestras dos<br />

nossos especialistas.<br />

Oferecemos o Avaro Total, uma<br />

alternativa de terceirização da produção<br />

como forma de transformar custos<br />

fixos em variáveis, colaborando para a<br />

sustentabilidade do laboratório.<br />

Além, claro, dos exames para COVID-19,<br />

que trouxemos com pioneirismo ao<br />

nosso portfólio.<br />

Mas, o mais importante neste processo,<br />

foi estreitar a relação com os nossos<br />

parceiros. Pois é nela que o nosso<br />

negócio ganha seu pleno sentido.<br />

Essas e outras medidas só reforçam<br />

nosso compromisso com os nossos<br />

apoiados e seus pacientes. Porque esse<br />

é o nosso trabalho. Apoiar vidas.<br />

Alvaro Apoio<br />

Juntos por toda vida<br />

0 6<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


—<br />

Quando era para todos<br />

ficarem em casa,<br />

você precisava chegar<br />

mais cedo no trabalho.<br />

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A COVID-19 ainda era uma doença pouco conhecida e você já estava lá:<br />

recebendo novos pacientes, enfrentando as mesmas angústias.<br />

Estudando e buscando respostas. Acrescentando à rotina do seu<br />

laboratório um cuidado ainda maior de acolhimento.<br />

Nosso agradecimento aos profissionais<br />

dos laboratórios brasileiros.<br />

A quem, diariamente, segue ouvindo, realizando exames<br />

e dando informações essenciais para preservar a saúde de todos.


Índice remissivo de anunciantes<br />

ordem alfabética<br />

revista<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> - Julho 2021<br />

ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />

ALTONA DIAGNOSTICS BRASIL 03<br />

ALVARO APOIO 06-07<br />

AMAMEDICAL 19<br />

BECKMAN COULTER - DIVISÃO LIFE SCIENCE 09<br />

BIOMEDICA 93<br />

BIOTECNO 109<br />

BUNZL SAÚDE 05<br />

CELLAVISION 87<br />

DB DIAGNÓSTICOS<br />

4ª CAPA<br />

DIAGNO 160-161<br />

DIAGNOBEL 27<br />

DIAGNÓSTICA CREMER 95<br />

ELBER MEDICAL 51<br />

EQUIP DIAGNÓSTICA 97 | 113<br />

ERBA 111<br />

EUROIMMUN 141<br />

FIRSTLAB 91<br />

GREINER 137<br />

GRIFOLS 23<br />

GT GROUP - BIOSUL 61<br />

HORIBA 2ª CAPA | 147<br />

J. R. EHLKE&CIA 64-65<br />

JORNADA MULTI RM E TC 163<br />

KOLPLAST 107<br />

LABOR LINE 11<br />

LABORATÓRIO SODRÉ 12-13<br />

LABTEST 115<br />

LUMIRADX 39 | 83<br />

MGI AMERICA 131<br />

MINDRAY 47<br />

MOBIUS 77<br />

MP SYSTEMS 15<br />

NEWPROV 119<br />

NIHON 69<br />

NIHON DISTRIBUIDORES 42-43<br />

PENSABIO 99<br />

PMH PRODUTOS 127<br />

PNCQ 165<br />

PRIME CARGO<br />

3ª CAPA<br />

RENYLAB 123<br />

SARSTEDT 145<br />

SBPC <strong>166</strong>-167<br />

SIEMENS 79<br />

SNIBE 33<br />

TBS - BINDING SITE 103<br />

VEOLIA 153<br />

VIDA BIOTECNOLOGIA 57<br />

VYTRA DIAGNÓSTICOS 72<br />

WAMA 129<br />

Conselho Editorial<br />

Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />

humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Prof. José de Souza Andrade Filho - Patologista no hospital Felício Rocho BH, membro da academia Mineira<br />

de Medicina e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas do Minas Gerais | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa da Universidade de São<br />

Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da<br />

Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Dr. Amadeo<br />

Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da<br />

USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade<br />

Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e<br />

Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />

Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />

Morgana Holtermann Fritzen, Allyne Cristina Grando, Amanda Sardeli Alqualo Assa, Stela Macedo Munareto, Allyne Cristina Grando, Humberto Façanha, Fábia Bezerra, Gilson Azevedo, Américo<br />

Moraes Neto, Maria Elizabeth Menezes, Gleiciere Maia Silva, Jorge Luiz Silva Araújo-Filho, Luiz Arthur Calheiros Leite, Brunno Câmara, Lisiane Cervieri Mezzomo, José de Souza Andrade-Filho.<br />

0 8<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


Palavra do Leitor<br />

revista<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> - Julho 2021<br />

Muitas mensagens de carinho e reconhecimento chegam até nós. Então resolvemos compartilhar<br />

com vocês, através da nossa agora Palavra do Leitor.<br />

Você tem algum elogio, sugestão ou crítica, gostaria de sugerir algum tema ou falar sobre algum artigo?<br />

Envie um e-mail com o título “Palavra do Leitor” para redacao@newslab.com.br<br />

"Parabenizo a editora chefe, Luciene<br />

Almeida, e toda equipe, pela excelente<br />

condução da revista NEWSLAB. Recheada<br />

de novidades, assuntos atuais, reportagens<br />

interessantíssimas a revista traz o que a há<br />

de melhor para o meio laboratorial."<br />

Marbenha Linko<br />

Farmacêutica Bioquímica ; Presidente OFAC Brasil ; Vice Presidente do CRF-MA;<br />

Especialista em Citologia Mestrado em Gestão Pesquisa e Desenvolvimento em<br />

Tecnologia Farmacêutica; Pós Graduanda em MBA Gestão Laboratorial.<br />

"Gosto da revista <strong>Newslab</strong> porque aborda temas muito relevantes para<br />

nossa área. Aprecio também as apresentações<br />

das inovações de mercado e suas opções de<br />

compra. Sigo também a rede social, que<br />

sempre me mantem muito bem informada,<br />

como se fosse um jornal. Enfim, fico muito<br />

satisfeita que tenhamos no Brasil, uma mídia<br />

laboratorial com tanta qualidade!"<br />

Fábia Bezerra, Biomédica<br />

Gerente Nacional da Qualidade da Hapvida Diagnósticos.<br />

"Gostaria de parabenizar o corpo editorial da <strong>Newslab</strong>, que tem<br />

nos brindado com excelentes publicações de<br />

artigos científicos da medicina laboratorial/<br />

diagnóstica, além conteúdos diversificados,<br />

interessantes e atualizados que envolvem a<br />

área médica e a saúde de uma maneira geral,<br />

feitos por diversos médicos colaboradores. A<br />

qualidade excepcional da revista é percebida<br />

tanto em sua forma impressa quanto em suas<br />

versões eletrônicas."<br />

José de Souza Andrade-Filho<br />

Patologista no Hospital Felício Rocho - BH; membro da Academia Mineira de Medicina<br />

e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />

"O grupo *DIAGNOBEL CTS* está orgulhoso por estar em um dos<br />

maiores meios de informação da área da saúde do Brasil, a revista<br />

Impressa e digital *NEWSLAB*, tendo como parte do sonho<br />

realizado. Fazer parte deste importante canal de informações, nos<br />

deixa também lisonjeados, pois só confirma todo nosso empenho<br />

e dedicação ao longo destes *15 anos* por distribuir produtos de<br />

qualidade, equipamentos que facilite a rotina dos laboratórios de<br />

análises clínicas e por oferecer serviços com seriedade, qualidade,<br />

rapidez e precisão."<br />

Fabricio Franco e Jair Oliveira - Diretores<br />

Grupo Diagnobel Cts – Soluções tecnológicas em saúde<br />

Um abraço! "<br />

Uma revista altamente conceituada,<br />

atual e moderna, que reúne os melhores<br />

profissionais da área e empresas inovadoras<br />

das Análises Clínicas, além de ser acessível<br />

a todos os públicos. A revista <strong>Newslab</strong> é a<br />

melhor opção para quem deseja se manter<br />

bem informado a respeito dos últimos<br />

acontecimentos e atualizações do nicho<br />

laboratorial. A toda equipe, meus parabéns<br />

pelo belíssimo trabalho!<br />

Glazielly Fagundes Sabino, Goiânia, Goiás.<br />

Bacharel em Biomedicina, Faculdade Anhanguera de Anápolis.<br />

Fale conosco!<br />

Será um prazer ter essa interação com você.<br />

Luciene Almeida<br />

Editora Chefe<br />

0 10<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


ACREDITAÇÕES CONQUISTADAS:


ÍNDICE<br />

revista<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> - Julho 2021<br />

R$ 25,00<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

VYTTRA DIAGNÓSTICOS<br />

PIONEIRA E DISRUPTIVA: SAIBA O PORQUÊ A<br />

13/07/2021 14:28:19<br />

VYTTRA DIAGNÓSTICOS SE MANTÉM COMPETITIVA<br />

HÁ 30 ANOS E APRESENTA GRANDES NOVIDADES<br />

AO MERCADO BRASILEIRO.<br />

capa-newslab-ed-<strong>166</strong>.indd 6 13/07/2021 14:28:19<br />

02<br />

10<br />

76<br />

78<br />

86<br />

94<br />

100<br />

108<br />

116<br />

124<br />

126<br />

128<br />

130<br />

132<br />

133<br />

169<br />

- Editorial<br />

- Palavra do Leitor<br />

72<br />

- Radar Científico - Merck Life Science<br />

- Radar Científico II - Siemens Healthineers<br />

- Radar Científico III - Beckman Coulter Life Sciences<br />

- Minuto Laboratório<br />

- Medicina Genômica<br />

- Virologia<br />

- Lady News<br />

- Biossegurança<br />

- Análises Clínicas<br />

- Hematologia<br />

- Logística Laboratorial<br />

- Citologia<br />

- Informe de Mercado<br />

- Pathocordel<br />

16<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DE<br />

NOVAS METODOLOGIAS NO DIAGNÓSTICO<br />

DA TOXOPLASMOSE EM PACIENTES<br />

IMUNOSSUPRESSOS<br />

30<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

COLONIZAÇÃO RETOVAGINAL POR ESTREPTOCOCO<br />

Β-HEMOLÍTICO DO GRUPO B EM GESTANTES<br />

ATENDIDAS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA<br />

OBSTÉTRICA NO RIO GRANDE DO SUL.<br />

44<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

PRINCIPAIS MARCADORES TUMORAIS<br />

USADOS NA CLÍNICA MÉDICA: REVISÃO DA<br />

LITERATURA<br />

56<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

QUALIMETRIA DA GESTÃO ECONÔMICA EM<br />

LABORATÓRIOS CLÍNICOS NO BRASIL<br />

108<br />

VIROLOGIA<br />

RISCO DO SARS-COV-2 EM ANIMAIS, NOVAS<br />

MUTAÇÕES E INOVAÇÕES TERAPÊUTICAS<br />

Autoras: Stéfani Werlang Sacon,<br />

Allyne Cristina Grando.<br />

Autores: Eduardo Langorte Toledo,<br />

Carolina Mallmann Wallauer de Mattos,<br />

Silvia Bock de Matos.<br />

Autoras: Jéssica Balverdu da Silva,<br />

Allyne Cristina Grando.<br />

Autor: Humberto Façanha da Costa Filho.<br />

Coautor: Paulo Vinicio Estivalett Prestes.<br />

Autora: Dra. Rachel Siqueira de Queiroz Simões.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO<br />

DE NOVAS METODOLOGIAS NO DIAGNÓSTICO DA<br />

TOXOPLASMOSE EM PACIENTES IMUNOSSUPRESSOS<br />

THE IMPORTANCE OF THE APPLICATION OF NEW METHODOLOGIES IN THE DIAGNOSIS OF<br />

TOXOPLASMOSIS IN IMMUNOSSUPRESSED PATIENTS<br />

Autoras:<br />

Stéfani Werlang Sacon 1 , Allyne Cristina Grando 1<br />

1<br />

Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)<br />

Canoas RS Brasil<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

A detecção da toxoplasmose com as técnicas de<br />

imunoensaios padronizadas no mercado nem sempre se<br />

mostra eficaz no diagnóstico dos imunossupressos, das<br />

gestantes e dos neonatos, uma vez que esses pacientes<br />

possuem uma capacidade reduzida de geração de<br />

anticorpos detectáveis nestes métodos. Com a falha no<br />

diagnóstico precoce e preciso da doença diversas sequelas<br />

podem ser registradas nos pacientes afetados, sequelas<br />

que acabam gerando diversos gastos para a saúde pública.<br />

Este artigo de revisão visa mostrar as técnicas promissoras<br />

no diagnóstico destes pacientes, principalmente as<br />

moleculares utilizando a reação em cadeia da polimerase,<br />

bem como apresentar as vantagens e desvantagens da<br />

implementação destas técnicas na rotina clínica.<br />

Palavras-chave: Toxoplasmose, Toxoplasma gondii,<br />

imunossupressos, reação em cadeia da polimerase,<br />

diagnóstico.<br />

Abstract<br />

The detection of toxoplasmosis with the market<br />

standardized techniques do not always prove effectiveness<br />

in the diagnosis of immunosuppressed, pregnant and<br />

neonates, once those patients have a reduced ability<br />

for creation of antibodies that are detectable through<br />

these methods. With failure of early and precise disease<br />

diagnosis, several sequels can be registered in the<br />

affected patients, sequels that end up creating several<br />

expenses for public health. This review article intends<br />

to show the promising techniques for diagnosis of those<br />

patients, mainly the molecular, using the polymerase<br />

chain reaction, as well as showing the advantages and<br />

disadvantages of the implementation of techniques on<br />

clinical routine.<br />

Keywords: Toxoplasmosis, Toxoplasma gondii,<br />

imunossupressed, polymerase chain reaction,<br />

diagnosis.<br />

0 16<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


Introdução<br />

O Toxoplasma gondii é um<br />

protozoário intracelular obrigatório<br />

que infecta mundialmente cerca de<br />

um terço da população humana¹.<br />

Foi descoberto por acidente em<br />

1908 por Nicolle e Manceaux na<br />

Tunísia enquanto os pesquisadores<br />

buscavam estudar casos de<br />

Leishmania sp, neste mesmo ano<br />

o parasita foi encontrado no Brasil<br />

por Splendore². O T. gondii está<br />

diretamente ligado aos felinos,<br />

uma vez que o seu ciclo biológico<br />

se completa no intestino delgado<br />

dos mesmos³, os tornando os<br />

hospedeiros definitivos do parasita.<br />

Um gato que está infectado pode<br />

liberar milhões de oocistos em<br />

suas fezes sem apresentar qualquer<br />

sintoma da doença, estes oocistos<br />

irão sobreviver no meio ambiente<br />

por meses se as condições de<br />

temperatura e umidade forem<br />

favoráveis².<br />

Quando os gatos ingerem animais<br />

contaminados, como por exemplo<br />

os ratos, os bradizoítos serão<br />

liberados no intestino do felino,<br />

irão infectar as células da mucosa<br />

e se diferenciarão em gametócitos<br />

masculinos e femininos; os<br />

gametas vão se fundir e formar os<br />

oocistos que serão excretados nas<br />

fezes dos gatos, contaminando o<br />

solo, a água e os alimentos; animais<br />

e humanos que consumirem estes<br />

alimentos ou esta água poderão<br />

ser infectados, completando<br />

assim, o ciclo do T. gondii4.<br />

A infecção nos humanos começa<br />

quando há o consumo de carne<br />

mal-cozida contaminada com<br />

os cistos ou quando há contato<br />

direto com as fezes dos gatos<br />

contaminados5. No intestino há a<br />

ruptura dos cistos, que invadem<br />

a parede intestinal, são ingeridos<br />

pelos macrófagos para então<br />

se tornar taquizoítos que se<br />

multiplicam rapidamente, estes<br />

matam as células onde estão e<br />

infectam outras. Quando há a<br />

resposta do sistema imunológico,<br />

os parasitas entram nas células<br />

dos tecidos e se diferenciam em<br />

bradizoítos, que é uma forma de<br />

multiplicação lenta4.<br />

O consumo de carne mal-cozida<br />

seria um dos possíveis motivos pelos<br />

quais o Rio Grande do Sul possui uma<br />

prevalência alta de toxoplasmose<br />

ocular, principalmente no<br />

Noroeste do estado. Isso poderia<br />

ser explicado pela colonização<br />

europeia expressiva e junto com<br />

ela alguns hábitos de criar porcos<br />

e consumir sua carne, nem sempre<br />

bem cozida, assim como salames<br />

e outros defumados, por exemplo.<br />

Os descendentes destes imigrantes<br />

que mantiveram estes hábitos<br />

de vida e alimentares estariam,<br />

teoricamente, mais expostos à<br />

doença6. No Brasil a prevalência<br />

do parasita em humanos possui<br />

uma ampla gama que vai de 64,9%<br />

a 91,6% dependendo da região<br />

estudada7.<br />

Em indivíduos imunocompetentes<br />

a toxoplasmose raramente causa<br />

sintomas ou outros problemas<br />

sérios, apenas entre 10 e 20% dos<br />

casos são sintomáticos e relatam<br />

linfadenopatia cervical. Os mais<br />

afetados pelo parasita são as<br />

gestantes, os recém-nascidos<br />

de gestantes contaminadas e<br />

os imunossupressos, uma vez<br />

que seu sistema imunológico<br />

está depreciado¹. Como a<br />

gestação é apontada como uma<br />

forma de imunossupressão8, as<br />

complicações nestas pacientes<br />

também serão abordadas neste<br />

artigo de revisão. Em gestantes,<br />

a infecção com o parasita<br />

pode causar aborto ou trazer<br />

complicações severas ao feto<br />

como, por exemplo, coriorretinite<br />

e retardo no desenvolvimento.<br />

Em imunossupressos pode causar<br />

encefalite e infecções sistêmicas,<br />

levando à morte¹.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 17


Autoras: Stéfani Werlang Sacon, Allyne Cristina Grando<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Gestantes e Recém-Nascidos<br />

As gestantes que já tiveram<br />

contato com o parasita antes<br />

de engravidar e que já tenham<br />

desenvolvido imunidade não irão<br />

transmitir a infecção ao feto, a não<br />

ser que haja uma reativação da<br />

doença durante a gestação, o que<br />

é comum em pacientes com o Vírus<br />

da Imunodeficiência Humana (HIV),<br />

em mulheres que estejam recebendo<br />

corticóides, que possuam alguma<br />

outra doença hematológica maligna<br />

ou estejam recebendo qualquer<br />

outro tipo de imunossupressor. Os<br />

danos causados irão depender da<br />

virulência da cepa do parasita, da<br />

integridade do sistema imune da<br />

gestante e do período gestacional<br />

em que a mulher está9,10. O fato<br />

de que os sintomas na mãe sejam<br />

brandos não significa que isso se<br />

aplica ao feto e, quanto mais cedo na<br />

gestação a mãe se contaminar com o<br />

T. gondii ou reativar a doença, mais<br />

graves serão os danos causados ao<br />

feto 1,10 .<br />

Caso a infecção ocorra no primeiro<br />

trimestre da gestação as chances<br />

de contaminação do feto são baixas<br />

(15%), pois a placenta possui<br />

dimensões pequenas tornando mais<br />

difícil o acesso do T. gondii a esse<br />

tecido, entretanto, caso a infecção<br />

se estabeleça as consequências<br />

podem ser gravíssimas uma vez que<br />

é nesse período gestacional que<br />

ocorre a organogênese, podendo<br />

ocorrer inclusive a morte fetal. No<br />

segundo trimestre com o aumento<br />

da placenta, a chance de infecção<br />

fetal também aumenta (30%), mas<br />

como a organogênese já ocorreu<br />

as consequências serão menos<br />

graves, nesse caso poderá ocorrer a<br />

Tétrade de Sabin (retinocoroidite,<br />

calcificações cerebrais, retardo<br />

mental e hidrocefalia com macro ou<br />

microcefalia). Já no terceiro trimestre<br />

a chance de infecção fetal é de 60%<br />

mas as consequências causadas não<br />

são tão graves, a criança poderá<br />

nascer normal e em alguns dias<br />

ou meses após o parto existe a<br />

possibilidade de que ela desenvolva<br />

febre, manchas pelo corpo e<br />

cegueira 8,10 . O Ministério da Saúde<br />

(MS) preconiza que o tratamento<br />

seja realizado com espiramicina,<br />

alternada ou não com sulfadiazina,<br />

ácido folínico e pirimetamina<br />

dependendo da idade gestacional<br />

e infecção fetal 11 . É importante<br />

salientar que este tratamento,<br />

mesmo com a reposição do ácido<br />

folínico, pode causar teratogênese,<br />

mostrando a importância de iniciar<br />

o tratamento apenas quando se<br />

tem certeza de que há realmente<br />

uma infecção ativa8. Em 2010 foi<br />

aprovada a lei estadual n° 13.592<br />

onde, no Estado do Rio Grande do<br />

Sul, tornou-se obrigatório o exame<br />

de toxoplasmose em gestantes<br />

e recém-nascidos dos hospitais<br />

públicos e privados que dispõem do<br />

Sistema Único de Saúde (SUS) 12 .<br />

Um artigo de Quadros et al. (2015)<br />

mostra que na França, em 8 anos<br />

houve uma redução da prevalência<br />

de toxoplasmose de 10,5% com a<br />

implantação de medidas de higiene<br />

e mudança dos hábitos alimentares<br />

das gestantes 13 , isso mostra que<br />

se o SUS investir em políticas de<br />

prevenção e de conhecimento da<br />

toxoplasmose por parte da população<br />

a prevalência da doença tende a cair<br />

com o passar dos anos. Em Londrina,<br />

no Paraná, foi implantado no ano de<br />

2006 o “Programa de Vigilância da<br />

Toxoplasmose Congênita”, que em 4<br />

anos reduziu em 63% o número de<br />

gestantes infectadas e em 42% o<br />

número de crianças encaminhadas<br />

aos serviços de referência,<br />

aumentando a disponibilidade de<br />

vagas para que pacientes com outras<br />

doenças sejam atendidos 14 .<br />

De acordo com o Manual Técnico de<br />

Gestação de Alto Risco, do Ministério<br />

da Saúde (2012), recomenda-se<br />

a triagem por meio da detecção<br />

de anticorpos da classe IgG e IgM<br />

na primeira consulta de pré-natal,<br />

0 18<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


Autoras: Stéfani Werlang Sacon, Allyne Cristina Grando<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

caso a gestante tenha sorologia<br />

negativa para IgM e IgG no primeiro<br />

exame deverá ser realizado um<br />

acompanhamento sorológico a cada<br />

dois ou três meses 15 . Estudos que<br />

apontam que a gestação é uma forma<br />

de imunossupressão não descartam<br />

a reativação de infecção latente<br />

também em gestantes 8 , e ainda<br />

mostram a necessidade da utilização<br />

de outras técnicas no diagnóstico,<br />

pois a detecção de anticorpos tanto<br />

na mãe quanto no feto atingem<br />

um percentual de detecção de<br />

apenas 89,9% devido às mudanças<br />

hormonais na mãe e à imaturidade<br />

do sistema imunológico do recémnascido<br />

16 , nota-se também que a<br />

sensibilidade e especificidade da IgM<br />

não é de 100% como costuma-se<br />

pensar, ela varia de 77,5% a 99,1%<br />

e 93,3% a 100%, respectivamente8.<br />

Outros estudos também mostram que<br />

existem falhas na produção de IgM e<br />

IgG nas primeiras semanas da infecção,<br />

tornando difícil a correta detecção da<br />

parasitemia tanto no feto quanto na<br />

mãe 17 . Além disso, a detecção de IgM<br />

também só se mostra eficaz em 75%<br />

das crianças testadas 18 . A incerteza<br />

no diagnóstico pode condenar o feto<br />

a sequelas gravíssimas, que além de<br />

afetar a família afetariam a sociedade<br />

como um todo, pois os gastos gerados<br />

ao sistema público de saúde são<br />

indiscutivelmente elevados 8 .<br />

Em Bernardino do Campo, no<br />

estado de São Paulo, em um estudo<br />

realizado com amostras de soro<br />

de 308 gestantes, a prevalência de<br />

anticorpos IgM foi de 5,84% e a de<br />

IgG foi de 65,59%, sendo que 28,57%<br />

das gestantes ainda corriam risco<br />

de desenvolver a doença durante<br />

a gestação e prejudicar o feto 19 . No<br />

Paraná a prevalência de IgG positiva<br />

foi de 51,7%. A positividade de IgM<br />

foi detectada em 29 mulheres (1,3%)<br />

sendo que 28 delas possuíam IgG de<br />

alta avidez, indicativo de infecção<br />

anterior à gestação, não oferecendo<br />

riscos ao feto. Uma das gestantes<br />

que possuía IgG de alta avidez teve<br />

os anticorpos detectados apenas<br />

após a 16ª semana de gestação, o<br />

que não exclui a possibilidade de<br />

que ela tenha se contaminado com<br />

o parasita logo no início da gravidez<br />

e que o feto possa vir a desenvolver<br />

problemas 20 . No Noroeste do Rio<br />

Grande do Sul, foram analisadas<br />

amostras de 2.126 gestantes, sendo<br />

que 74,5% apresentaram anticorpos<br />

específicos anti-T. gondii, e 3,6%<br />

foram IgM reagentes. Em 25,1% das<br />

gestantes não foram identificados<br />

anticorpos, o que as torna suscetíveis<br />

à infecção durante a atual gestação<br />

ou em gestações futuras 5 . Estudos<br />

realizados na cidade de Santo Antônio<br />

da Patrulha, também no Rio Grande<br />

do Sul, apontam uma prevalência<br />

de toxoplasmose em gestantes de<br />

53,3% sendo que 46,7% estavam<br />

suscetíveis à infecção, neste estudo<br />

não foram detectados anticorpos<br />

IgM 21 . Em Hong Kong, na Argélia<br />

e na França foram encontradas<br />

prevalências de toxoplasmose em<br />

gestantes de 9,8%, 49% e 83%,<br />

respectivamente 5 .<br />

Transplantados e HIV Positivos<br />

A infecção por T. gondii e suas<br />

complicações em pacientes com<br />

Síndrome da Imunodeficiência<br />

Adquirida (AIDS) é considerada uma<br />

das maiores causas de mortalidade e<br />

complicações sistêmicas 17 . Embora<br />

seja rara em pacientes que recebem<br />

transplantes de órgãos sólidos,<br />

quando se manifesta a toxoplasmose<br />

disseminada é conhecidamente<br />

mortal, quando se manifesta traz<br />

complicações severas que em sua<br />

maioria levam a óbito, principalmente<br />

quando a terapia com cotrimazol é<br />

iniciada mais tarde do que deveria 22 .<br />

Nestes pacientes imunossupressos<br />

a toxoplasmose pode causar graves<br />

problemas, que serão fatais se não<br />

forem reconhecidos e tratados<br />

da forma correta e rapidamente.<br />

Normalmente nestes pacientes a<br />

infecção ocorreu antes de eles se<br />

tornarem imunossupressos, ficando<br />

em estado de latência e se reativando<br />

com o comprometimento do sistema<br />

0 20<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


imunológico, uma vez que são<br />

as imunidades celular e humoral<br />

que irão diminuir a velocidade de<br />

multiplicação do parasita (que<br />

assume forma cística de resistência)<br />

bem como sua ação patogênica nos<br />

tecidos 9 . Com a baixa capacidade<br />

de geração de anticorpos várias<br />

complicações podem surgir 17 , e sem<br />

o combate ao parasita cada vez mais<br />

danos poderão ser causados pela<br />

infecção 16 .<br />

Um relato de caso feito por<br />

Patrat-Delon et al. (2010) mostra<br />

que um paciente que recebeu um<br />

transplante de coração possuía<br />

sorologias indicativas de infecção<br />

passada, bem como o doador do<br />

órgão, ambos possuíam IgG positiva<br />

de alta avidez e IgM negativas. Ao<br />

realizar o transplante foi feita uma<br />

profilaxia padrão, que normalmente<br />

é utilizada contra Pneumocystis<br />

sp, antes do início da terapia de<br />

imunossupressão. Essa terapia<br />

padrão, ao ser interrompida para o<br />

início da imunossupressão, facilitou<br />

que o T. gondii se multiplicasse e<br />

causasse uma infecção disseminada<br />

no paciente. O paciente em questão<br />

seguiu com inúmeras complicações<br />

causadas tanto pelo T. gondii quanto<br />

por outros patógenos e precisou<br />

ficar internado em uma clínica de<br />

reabilitação por mais de um ano 22 .<br />

Normalmente os transplantes<br />

de coração e coração-pulmão<br />

associados estão mais ligados à<br />

transmissão do T. gondii a receptores<br />

de órgãos soronegativos 23,24 , já os<br />

transplantes de medula óssea estão<br />

associados à reativação da doença<br />

passada, sendo estes os que possuem<br />

uma maior taxa de mortalidade 22 .<br />

A reativação da doença também pode<br />

ocorrer em pacientes HIV positivos que<br />

não seguem o tratamento corretamente,<br />

e com pessoas recebendo quaisquer<br />

terapias imunossupressoras. Existem<br />

casos, embora raros, de infecção<br />

primária após o transplante, sendo estes<br />

os pacientes que não apresentavam<br />

nem IgM e nem IgG positivas antes<br />

da imunossupressão. No caso de um<br />

transplante de órgão sólido, o órgão<br />

pode estar contaminado com a forma<br />

latente do parasita em forma cística,<br />

o bradizoíto, que comumente fica em<br />

forma de latência no coração, no cérebro<br />

e no músculo esquelético 16,23 , após o<br />

transplante o protozoário será carreado<br />

pelo órgão até o receptor, que por estar<br />

imunossupresso irá desenvolver sintomas<br />

graves como, por exemplo, encefalite,<br />

miocardite e infecção sistêmica, e em<br />

raros casos pneumonia 25 . Um estudo<br />

feito por Robert-Gangneux et al. (2015)<br />

mostrou que a detecção do T. gondii em<br />

imunossupressos foi muito maior nos<br />

pacientes que não eram portadores do<br />

vírus HIV, sendo estes pacientes os que<br />

receberam algum transplante e estão<br />

em tratamento com imunossupressor 24 .<br />

De acordo com Weiss e Dubey (2009)<br />

a incidência de toxoplasmose devido<br />

a transplantes de órgãos é atualmente<br />

desconhecida, pois não há um registro<br />

definitivo feito destes casos 1,24 , mas<br />

alguns estudos retrospectivos são<br />

mostrados na Tabela 1. O número de<br />

mortes por toxoplasmose vistos neste<br />

estudo não são expressivos, mas como<br />

diversos pacientes foram perdidos<br />

para acompanhamento muitos casos<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

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Autoras: Stéfani Werlang Sacon, Allyne Cristina Grando<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

podem ter ficado sem o diagnóstico<br />

final da doença e, como observado<br />

anteriormente, não existe um registro<br />

definitivo dos casos, tornando estes<br />

números pouco fidedignos23. Como<br />

o diagnóstico definitivo da encefalite<br />

toxoplásmica nos imunossupressos se<br />

dá através de técnicas histopatológicas<br />

extremamente invasivas, a padronização<br />

de novas técnicas seria de extrema<br />

utilidade26.<br />

De acordo com um estudo realizado<br />

em 1990, o T. gondii causou<br />

pneumonia em 5% dos pacientes<br />

com AIDS em estágio avançado com<br />

uma taxa de mortalidade de 35% 1 .<br />

Em Pelotas, no Rio Grande do Sul,<br />

um estudo com 250 pacientes HIV<br />

positivos detectou uma prevalência<br />

de anticorpos IgG de 80% entre os<br />

mesmos, mas não foi detectada<br />

positividade para IgM. Esta<br />

prevalência foi mais alta do que a<br />

encontrada em gestantes (54,8%)<br />

e doadores de sangue (57,5%)<br />

na cidade. A prevalência entre os<br />

imunossupressos encontrada neste<br />

estudo foi similar à encontrada no<br />

Pará (82,9%) e na Bahia (77,3%) 27 .<br />

Estes pacientes são provavelmente<br />

aqueles que seguem o tratamento<br />

do HIV de forma correta, e mesmo<br />

que possuam a forma latente do<br />

T. gondii, o parasita ainda não<br />

achou o momento propício para<br />

causar a reinfecção. Um problema<br />

que os pacientes que já tiveram<br />

toxoplasmose e foram tratados<br />

enfrentam é que a maioria dos<br />

medicamentos utilizados no<br />

tratamento não são efetivos contra<br />

as formas císticas do parasita, assim<br />

os bradizoítos ficarão nos tecidos<br />

em forma cística aguardando<br />

o momento apropriado para se<br />

multiplicar novamente e reinfectar o<br />

paciente 28 .<br />

Uma rápida detecção da doença faria o<br />

tratamento ser iniciado precocemente,<br />

evitando sequelas e aumentando a<br />

sobrevida destes pacientes em até<br />

60%25, diminuindo também seu<br />

tempo de permanência no hospital e os<br />

gastos desnecessários com internação<br />

e tratamento 28 .<br />

Diagnóstico<br />

O diagnóstico da toxoplasmose é feito<br />

principalmente com testes imunológicos<br />

de pesquisa de anticorpos IgM (fase<br />

aguda) e IgG (fase crônica) no soro<br />

do paciente através das técnicas de<br />

imunoensaio, como ELISA (enzyme<br />

linked immuno assay), ELFA (Enzime<br />

linked fluorescent assay) e as de<br />

quimioluminescência, como CMIA<br />

(chemioluminescent microparticle<br />

immuno assay), menos comumente<br />

também se pode pesquisar IgE e IgA 7 ,<br />

a última costuma ser produzida antes<br />

da IgM e pode durar por vários meses,<br />

embora de maior custo 29 , a detecção<br />

destes anticorpos em neonatos pode<br />

indicar infecção ativa com a produção<br />

de anticorpos próprios, uma vez que as<br />

mesmas não atravessam a placenta 3 .<br />

Quando apenas IgM e IgG são dosadas<br />

é difícil distinguir infecção latente de<br />

infecção recente, então se faz necessário<br />

o uso de um teste de detecção de avidez<br />

de IgG. A presença de IgG de baixa avidez<br />

juntamente com a presença de IgM<br />

sugere infecção primária. A presença de<br />

IgG de alta avidez concomitantemente<br />

com dosagens positivas de IgM sugere<br />

uma reativação da infecção latente<br />

ou da persistência de IgM no soro.<br />

Entretanto avidez baixa não significa<br />

necessariamente uma infecção recente,<br />

pois estes anticorpos de baixa avidez<br />

podem permanecer no soro do paciente<br />

por alguns meses 7 e as IgMs residuais<br />

podem permanecer por períodos de<br />

até 12 meses 17 . Outras técnicas que<br />

não são muito usadas frequentemente,<br />

mas que podem ser utilizadas são as<br />

de hemaglutinação (pode levar a falsopositivos<br />

devido à reação cruzada),<br />

imunofluorescência indireta (permite<br />

a titulação das Ig’s, mas seu resultado<br />

de IgM não é muito sensível devido<br />

à competição com IgG’s, o que pode<br />

causar resultados falso-negativos), e a<br />

técnica de Sabin-Feldman (identifica<br />

o parasita no sangue apenas durante a<br />

fase aguda da doença) 7,19,29 .<br />

0 22<br />

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Autoras: Stéfani Werlang Sacon, Allyne Cristina Grando<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Além destes métodos, outro que<br />

chama atenção por seus resultados<br />

sensíveis principalmente para<br />

detecção de cistos em tecidos é<br />

o bioensaio 23 , onde a amostra a<br />

ser pesquisada é inoculada em<br />

camundongos knockout que depois<br />

são analisados para a identificação<br />

do parasita em seu líquido<br />

peritoneal ou em seus tecidos<br />

através de técnicas histológicas e<br />

de soroconversão. Entretanto esta<br />

técnica consome muito tempo com<br />

os animas, é consideravelmente<br />

cara e expõe os funcionários ao risco<br />

de contaminação 18 . Ela costumava<br />

ser muito utilizada no início do<br />

desenvolvimento e padronização de<br />

novos métodos, como mostram os<br />

estudos de Joss et al. e de Khalifa et<br />

al., de 1993 e 1994 respectivamente,<br />

para auxiliar na comparação<br />

de resultados e avaliação da<br />

sensibilidade e especificidade das<br />

variações da técnica que estava<br />

sendo testada e possuía resultados<br />

considerados encorajadores 30,31 .<br />

Métodos Moleculares<br />

Inicialmente, por volta da década<br />

de 90, os métodos moleculares<br />

não apresentavam sensibilidade<br />

e especificidade satisfatórias para<br />

a detecção do T. gondii, pois os<br />

laboratórios ainda não possuíam o<br />

conhecimento necessário a respeito<br />

do manejo das amostras e da<br />

técnica específica para detecção do<br />

parasita 32 . Após vários estudos em<br />

diferentes países essas técnicas têm<br />

despontado em vantagens, uma<br />

vez que se baseiam na amplificação<br />

enzimática in vitro de determinado<br />

segmento de DNA do parasita,<br />

possibilitando a execução do método<br />

com quantidades pequenas de<br />

amostras em um curto período de<br />

tempo, sendo assim, hoje em dia,<br />

muito específicas na pesquisa do T.<br />

gondii. Sua elevada sensibilidade<br />

jaz na sequência gênica correta a<br />

ser amplificada, na ausência de<br />

inibidores da enzima, e na amostra<br />

de escolha para análise 29 .<br />

Sabidamente o diagnóstico pelas<br />

formas convencionais estabelecidas<br />

pelo Center of Disease Control (CDC)<br />

se encontra prejudicado nos pacientes<br />

imunossupressos devido à baixa<br />

capacidade para gerar os anticorpos<br />

em títulos elevados o suficiente para<br />

serem detectáveis 17, 28, 33, 34 . Os testes<br />

que estão no mercado usam antígenos<br />

direcionados especificamente aos<br />

taquizoítos, que são menos antigênicos<br />

que determinadas proteínas. Estudos<br />

têm mostrado que algumas das<br />

proteínas expressas pelo parasita<br />

poderão induzir uma resposta imune<br />

detectável também nos pacientes<br />

imunossupressos 28 .<br />

Proteínas recombinantes têm se<br />

mostrado muito promissoras, e<br />

acabam utilizando métodos que<br />

necessitam de biologia molecular e<br />

biotecnologia 29,35 . Um estudo feito<br />

por Arab-Mazar et al. (2016) mostra<br />

que a proteína GRA7 expressa pelo<br />

parasita, possui maior antigenicidade<br />

e expressão do que os antígenos<br />

de superfície dos taquizoítos, pois<br />

foi desenvolvida por métodos de<br />

clonagem gênica, não possuindo<br />

as impurezas que os antígenos de<br />

mercado possuem, dessa forma<br />

interagindo melhor com os anticorpos<br />

anti-GRA7 do soro do hospedeiro<br />

mesmo ele sendo imunossupresso,<br />

pois seriam anticorpos produzidos<br />

em grande quantidade e de longa<br />

duração. Está se tentando padronizar<br />

uma técnica de ELISA baseada na<br />

detecção de anticorpos para esta<br />

proteína purificada e os resultados se<br />

mostram promissores 28 .<br />

Diversos métodos moleculares<br />

vêm sendo testados para chegar a<br />

conclusões definitivas a respeito de<br />

qual seria o mais adequado para a<br />

detecção do T. gondii seja em amostras<br />

de sangue, de lavado broncoalveolar<br />

(LBA), de líquido amniótico (LA)<br />

ou de líquido cefalorraquidiano<br />

(LCR), sendo a reação em cadeia<br />

da polimerase (PCR) convencional<br />

um dos mais utilizados nos fluídos<br />

0 24<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


iológicos citados anteriormente29.<br />

Com a grande variedade de métodos<br />

testados em diversos países, foram<br />

testados no Brasil quatro métodos de<br />

PCR que tiveram suas especificidade<br />

e sensibilidade comparadas, como é<br />

mostrado na Tabela 2.<br />

Observando os resultados obtidos<br />

pôde-se notar que a real-time<br />

PCR se mostrou mais sensível<br />

e específica que as outras três<br />

técnicas testadas, isso pode ser<br />

explicado pela diminuição de<br />

etapas da técnica, evitando maior<br />

tempo de manipulação da amostra<br />

e assim, evitando possíveis erros<br />

relacionados a isso 36 .<br />

Na França foi observado que o T.<br />

gondii é melhor detectado na PCR<br />

quantitativa utilizando o gene REP-<br />

529 ao invés do até então utilizado<br />

gene B137, o primeiro se repete<br />

cerca de 200 vezes no genoma do<br />

parasita enquanto que o segundo<br />

se repete apenas 35 vezes 23 , porém<br />

estudos mostraram que há variações<br />

no número de repetições de ambos<br />

os genes dependendo da cepa do<br />

parasita estudada 38 . Assim, devido<br />

ao seu maior número de repetições,<br />

o REP-529 tornaria possível detectar<br />

precocemente uma baixa carga<br />

parasitária nas amostras do paciente.<br />

Entretanto, na América do Sul os<br />

resultados não foram reprodutíveis,<br />

acredita-se que as cepas de T. gondii<br />

que possuímos aqui sejam diferentes<br />

e mais patogênicas do que as<br />

européias, sendo assim o gene B1<br />

foi mais sensível e específico para<br />

os casos daqui do que o gene REP-<br />

52939, entretanto o gene B1 também<br />

apresenta a desvantagem de<br />

amplificar determinadas regiões dos<br />

cromossomos humanos, tornando<br />

necessária uma avaliação cuidadosa<br />

dos resultados 17 . O gene B1 acabou<br />

gerando duas vezes mais resultados<br />

falso-negativos do que o gene REP-<br />

529 em um estudo realizado por<br />

Hierl et al. na Alemanha em 200434.<br />

A grande diversidade de cepas já<br />

isoladas do parasita (cerca de 1500)<br />

acaba fazendo com que nem todas<br />

as técnicas de PCR padronizadas e<br />

testadas na Europa funcionem aqui e<br />

vice versa, por esse motivo ressaltase<br />

a importância dos trabalhos feitos<br />

no Brasil29, nota-se também que<br />

as altas sensibilidades encontradas<br />

nas técnicas de PCR executadas aqui<br />

no Brasil e em Cuba (de 69 a 83%)<br />

podem estar relacionadas à alta<br />

virulência do parasita 23 .<br />

Devido à alta prevalência de<br />

toxoplasmose na França, acabou<br />

sendo criado um guia de controle de<br />

qualidade para que as diversas técnicas<br />

moleculares utilizadas nos laboratórios<br />

sigam determinadas normas para<br />

evitar resultados falso-positivos e<br />

falso-negativos 40 . A grande dificuldade<br />

de padronização das técnicas está no<br />

fato de que a grande maioria delas é<br />

desenvolvida in house e cada laboratório<br />

adota uma metodologia diferente 41 . Na<br />

Líbia, Gashout et al. (2016) conseguiram<br />

padronizar uma técnica de seminested-PCR<br />

que foi capaz de detectar<br />

concentrações mínimas do T. gondii nos<br />

fluídos corporais analisados, mostrando<br />

especificidade e sensibilidade<br />

elevadíssimas, fazendo com que a<br />

realização de PCR na rotina clínica se<br />

torne algo cada vez mais próximo 42 .<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 25


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Em um caso de reativação da<br />

toxoplasmose em um paciente<br />

que recebeu transplante de células<br />

tronco, a PCR em tempo real (rt-<br />

PCR) e a PCR associada ao ELISA<br />

mostraram-se eficazes para<br />

detecção precoce da doença e para a<br />

avaliação da eficácia do tratamento,<br />

os sintomas clínicos, neste caso,<br />

apareceram uma semana depois<br />

da positividade da PCR, mostrando<br />

que estas técnicas podem ser<br />

utilizadas no diagnóstico precoce<br />

antes que haja complicações, no<br />

acompanhamento da evolução de<br />

casos de pacientes que estejam<br />

em alto risco de desenvolver<br />

toxoplasmose e na monitorização<br />

terapêutica,<br />

principalmente<br />

quando o paciente precisa ter<br />

um tratamento com baixas doses<br />

dos medicamentos ou precisa<br />

postergar o início das medicações<br />

por complicações sistêmicas 43 . Isso<br />

seria de extrema valia nos pacientes<br />

que recebem transplante de órgãos<br />

sólidos, pois não são todos os<br />

medicamentos contra o T. gondii<br />

que eles podem receber devido<br />

à toxicidade que poderia levar à<br />

rejeição do órgão transplantado,<br />

ou até mesmo a complicações<br />

hepáticas, sendo essa uma situação<br />

extremamente delicada 22 .<br />

Considerações Finais<br />

Por enquanto parece ser<br />

relativamente inviável tornar o<br />

diagnóstico molecular o padrão<br />

ouro para detecção de toxoplasmose<br />

devido ao alto custo inicial para a<br />

implantação na saúde pública, algo<br />

que se sabe não ser possível. Em<br />

2002, Bastien já defendia a ideia<br />

de que o desenvolvimento de novas<br />

técnicas deveria visar a utilização na<br />

rotina hospitalar 44 . Numerosos testes<br />

têm sido desenvolvidos desde então,<br />

e muitos outros já se encontram<br />

disponíveis no mercado, mas<br />

nenhum deles foi validado com uma<br />

quantia considerável de amostras<br />

clínicas45, pois ainda não foi<br />

estabelecido um consenso definitivo<br />

a respeito da melhor técnica 17 .<br />

O interessante é que conforme a<br />

demanda aumente ao longo dos<br />

anos, o custo destes métodos<br />

diminuirá, tornando assim possível<br />

a detecção precoce do T. gondii nos<br />

pacientes imunossupressos e em<br />

pessoas com perfil sorológico de<br />

difícil interpretação, principalmente<br />

nas gestantes que possuem IgM<br />

positiva com IgG de alta avidez, pois<br />

as técnicas permitiriam diferenciar<br />

entre IgMs persistentes e reinfecção<br />

recente 46 . A rt-PCR, embora<br />

permaneça cara, se mostrou útil<br />

para quantificar a carga parasitária 18 ,<br />

mas parece se adequar melhor para<br />

monitorar a eficácia do tratamento 43<br />

e também auxiliar na detecção da<br />

parasitemia nas gestantes, evitando<br />

uma intervenção terapêutica<br />

desnecessária 46 , a PCR quantitativa<br />

também se mostra útil nestes<br />

casos, uma vez que pode detectar<br />

a parasitemia de forma bastante<br />

precoce e ajudar na tomada de<br />

decisões e manejo terapêutico 47 .<br />

É de extrema importância que<br />

cuidados sejam tomados tanto<br />

para a padronização da técnica<br />

quanto na análise das amostras<br />

posteriormente, não podendo existir<br />

inibidores da técnica, pois assim<br />

muitos resultados falso-negativos<br />

seriam encontrados 26 . É importante<br />

lembrar que as amostras de sangue<br />

nem sempre são a melhor escolha<br />

diagnóstica, pois em sua maioria<br />

elas irão detectar apenas se houver<br />

uma passagem do parasita pelo<br />

sangue, não sendo capazes de<br />

detectar, por exemplo, pneumonia<br />

e encefalite causadas pelo T. gondii,<br />

sendo que nestes casos pode-se<br />

utilizar como amostra biológica o<br />

LBA e o LCR, respectivamente 17 . O<br />

diagnóstico de toxoplasmose ocular<br />

também pode ser feito utilizando<br />

amostras de humor aquoso, uma<br />

vez que o sangue total não fornece<br />

a sensibilidade necessária nestes<br />

casos 48 , podendo se observar<br />

0 26<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

que a PCR não tem relação com<br />

a presença de lesões oculares e o<br />

grau de parasitemia, tendo uma<br />

positividade baixa nas crianças com<br />

menos de dois meses de vida 38 .<br />

Ao implementar estas medidas se<br />

evitariam procedimentos invasivos<br />

em pacientes que, na maioria<br />

das vezes, encontram-se em uma<br />

situação de saúde muito delicada,<br />

principalmente os que têm suspeita<br />

de encefalite e de toxoplasmose<br />

disseminada.<br />

Com o surgimento do HIV e o<br />

aumento do número de pacientes<br />

portadores do vírus, bem como o<br />

aumento de pacientes transplantados<br />

e imunossupressos por diversas<br />

outras doenças, ainda existe um<br />

número grande de pessoas em<br />

risco de desenvolver complicações<br />

causadas pela toxoplasmose, e<br />

novas técnicas moleculares se fazem<br />

muito necessárias no diagnóstico<br />

destes pacientes imunossupressos,<br />

neonatos e gestantes, já que<br />

uma detecção precoce e uma<br />

resolução de casos sorológicos<br />

complicados diminuem e muito a<br />

morbimortalidade que o T. gondii<br />

pode causar 17 .<br />

Estudos mostram que a prevalência<br />

de encefalite toxoplásmica pode<br />

chegar a 40% em HIV positivos,<br />

sendo que destes pacientes, entre 10<br />

e 30% morrerão por complicações<br />

da doença que não é diagnosticada<br />

precocemente 28 , mesmo com o<br />

advento da terapia antirretroviral<br />

altamente ativa (HAART) e a<br />

diminuição dos casos de encefalite<br />

toxoplásmica, o número de casos<br />

tem se mantido estável ao longo dos<br />

anos 24 , novos métodos não devem<br />

ser deixados de lado, visto que ainda<br />

assim diversos pacientes optam<br />

por não seguir o tratamento devido<br />

aos efeitos colaterais causados por<br />

ele 33,49 . O mesmo acontece em casos<br />

de gestantes que têm um perfil<br />

sorológico de difícil interpretação ou<br />

que possuem resultados sorológicos<br />

indeterminados ou duvidosos, um<br />

diagnóstico mais fidedigno poderia<br />

vir a reduzir as complicações<br />

causadas ao feto caso sofresse<br />

contaminação vertical.<br />

O uso da PCR concomitantemente<br />

com técnicas radiológicas e o<br />

diagnóstico clínico seria de extrema<br />

importância e utilidade 33 . Os custos<br />

seriam altos, mas seriam facilmente<br />

recuperados ao diminuir o tempo<br />

de hospitalização e os gastos<br />

prolongados com medicamentos.<br />

Nos Estados Unidos, os gastos anuais<br />

com o tratamento e hospitalização<br />

de pacientes com toxoplasmose<br />

chegam a 7,7 bilhões de dólares,<br />

sendo que esta quantia é tão<br />

grande principalmente devido às<br />

complicações causadas ao feto<br />

pela transmissão via placenta 8 .<br />

Embora demorado, com certeza<br />

haveria um retorno financeiro ao<br />

evitar tratamentos e internação<br />

prolongados dos pacientes em maior<br />

risco 26 . Entretanto, para a utilização<br />

faz-se necessário que os métodos<br />

diagnósticos de ponta sejam<br />

aprovados e liberados para o uso<br />

pelo SUS e mão-de-obra qualificada<br />

seja contratada para a realização das<br />

técnicas.<br />

Conflito de Interesses<br />

Os autores declaram que não<br />

existem conflitos de interesses.<br />

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ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 29


ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

COLONIZAÇÃO RETOVAGINAL<br />

POR ESTREPTOCOCO β-HEMOLÍTICO DO GRUPO<br />

B EM GESTANTES ATENDIDAS EM UM HOSPITAL DE<br />

REFERÊNCIA OBSTÉTRICA NO RIO GRANDE DO SUL.<br />

Rectovaginal colonization by β-hemolytic Streptococcus of group B in pregnant women attended at an obstetric referral hospital in Rio Grande do Sul.<br />

Autores:<br />

Eduardo Langorte Toledo1,<br />

Carolina Mallmann Wallauer de Mattos2,<br />

Silvia Bock de Matos3.<br />

1 - Biomédico graduado pela Universidade Luterana do Brasil (UL-<br />

BRA), Hospital de Pronto Socorro de Canoas - Canoas-RS, Brasil.<br />

2 - Biomédica, Mestre em Biologia Celular e Molecular, Docente do<br />

Curso de Biomedicina na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)<br />

- Canoas-RS, Brasil.<br />

3 - Farmacêutica-Bioquímica, Especialista em Microbiologia Clínica,<br />

Hospital Municipal de Canoas - Canoas-RS, Brasil.<br />

Declaramos a não existência de conflitos de interesse e que não<br />

houve financiamento ou benefícios recebidos de fontes comerciais.<br />

Resumo<br />

Introdução: O estreptococo β-hemolítico do grupo B de Lancefield<br />

(EGB) ou Streptococcus agalactiae encontra-se de forma comensal da<br />

microbiota humana, sendo o trato gastrointestinal o reservatório da<br />

bactéria. Sua importância clínica está relacionada com a capacidade<br />

de causar infecções em neonatos, incluindo sepse, pneumonia<br />

e meningite. Objetivo: O objetivo deste estudo foi determinar a<br />

prevalência de gestantes colonizadas pelo Streptococcus agalactiae<br />

em um hospital de referência obstétrica no Rio Grande do Sul.<br />

Método: Foram analisados 695 prontuários de gestantes atendidas<br />

no ambulatório de gestação de alto risco e da internação do referido<br />

hospital, entre julho de 2017 e dezembro de 2018. Resultados: Das<br />

gestantes que receberam atendimento obstétrico com solicitação<br />

de cultura para Streptococcus agalactiae no período proposto, 173<br />

estavam colonizadas pelo microrganismo na região retovaginal,<br />

perfazendo uma prevalência de 24,9%, resultado que corrobora<br />

com dados da literatura. Conclusão: Estudos sobre a prevalência<br />

de gestantes colonizadas pelo estreptococo do grupo B são de<br />

grande relevância para a saúde pública, visto que o microrganismo<br />

pode causar infecções graves em neonatos, destacando-se a real<br />

necessidade do rastreamento durante o pré-natal em conjunto<br />

com os demais exames preconizados pelo Ministério da Saúde,<br />

minimizando os riscos de transmissão e infecção.<br />

Palavras-chave: Streptococcus agalactiae; gestação; recém-nascido.<br />

Abstract<br />

Introduction: Lancefield group B β-hemolytic streptococcus<br />

(EGB) or Streptococcus agalactiae is found in the commensal<br />

form of the human microbiota, the gastrointestinal tract being<br />

the bacterium's reservoir. Its clinical importance is related to<br />

the ability to cause infections in neonates, including sepsis,<br />

pneumonia and meningitis. Objective: The objective of this study<br />

was to determine the prevalence of pregnant women colonized by<br />

Streptococcus agalactiae in an obstetric referral hospital in Rio<br />

Grande do Sul. Method: 695 medical records of pregnant women<br />

attended at the high-risk pregnancy clinic and the hospitalization<br />

of the referred hospital between july 2017 and december 2018<br />

were analyzed. Results: Of the pregnant women who received<br />

obstetric care with a culture request for Streptococcus agalactiae<br />

in the proposed period, 173 were colonized by the microorganism<br />

in the rectovaginal region, with a prevalence of 24.9%, a result<br />

that corroborates with data from the literature. Conclusion:<br />

Studies on the prevalence of pregnant women colonized by group<br />

B streptococcus are of great relevance to public health, since<br />

the microorganism can cause serious infections in neonates,<br />

highlighting the real need for prenatal screening together with the<br />

other tests recommended by the Ministry of Health, minimizing<br />

the risks of transmission and infection.<br />

Keywords: Streptococcus agalactiae; gestation; newborn.<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


Introdução<br />

O rastreamento de gestantes colonizadas<br />

pelo Streptococcus agalactiae na região<br />

retovaginal baseia-se na capacidade do<br />

microrganismo causar complicações<br />

materno-fetal e neonatal graves, auxiliando<br />

especialistas na tomada de decisões que<br />

visam seu controle, sendo possível atuar<br />

com medidas profiláticas eficazes que<br />

minimizam a transmissão vertical da<br />

bactéria, diminuindo as taxas de infecção,<br />

morbimortalidade e sequelas nos neonatos<br />

sobreviventes (Siqueira, 2017).<br />

Na literatura científica, a prevalência de<br />

gestantes colonizadas pelo Streptococcus<br />

agalactiae variam largamente e<br />

chegam a 40% no Brasil e de 10 a<br />

30% em outros países, alterando de<br />

acordo com fatores sociodemográficos,<br />

localização geográfica, região anatômica<br />

da coleta do material e das técnicas<br />

bacteriológicas de isolamento utilizadas<br />

(Função & Narchi, 2013; Nunes &<br />

Oliveira, 2015). De acordo com a<br />

Organização Mundial da Saúde (OMS), o<br />

estreptococo do grupo B causa 150.000<br />

natimortos e mortes de bebês em todo<br />

o mundo, apesar da eficácia da profilaxia<br />

antibiótica intraparto (WHO, 2017).<br />

O Streptococcus agalactiae é considerado<br />

um agente bacteriano patogênico à<br />

saúde humana desde a década de 1970,<br />

apontado como a principal causa de<br />

infecção em recém-nascidos na época<br />

(Barbosa et al., 2016; Nomura et al.,<br />

2009). Trata-se de um coco gram-positivo<br />

encapsulado, β-hemolítico, pertencente<br />

à microbiota normal humana, sendo o<br />

trato gastrointestinal baixo o reservatório<br />

primário do microrganismo (Capellin<br />

et al., 2018). Em sua parede celular,<br />

apresenta um antígeno específico que<br />

possibilita a denominação da espécie<br />

como estreptococo do grupo B (EGB) do<br />

sistema de classificação de Lancefield<br />

(Capellin et al., 2018).<br />

Durante a gestação, as alterações<br />

hormonais causam um desequilíbrio<br />

na população microbiana vaginal,<br />

favorecendo a colonização de<br />

microrganismos oportunistas que<br />

podem levar a complicações na<br />

evolução gestacional (Melo et al.,<br />

2018). Em virtude da proximidade<br />

anatômica entre o reto e a vagina,<br />

a partir do trato gastrointestinal o<br />

estreptococo do grupo B pode colonizar<br />

de maneira crônica ou intermitente<br />

a região genital de mulheres e, de<br />

forma menos frequente, o trato<br />

urinário (Nunes & Oliveira, 2015). A<br />

colonização materna por Streptococcus<br />

agalactiae na região retovaginal é<br />

considerado o principal fator de risco<br />

para o desfecho da infecção neonatal,<br />

podendo manifestar-se como sepse,<br />

meningite e pneumonia (Barbosa et<br />

al, 2016; Capellin et al., 2018). Nas<br />

gestantes, está associado a infecções<br />

do trato urinário, endometrite,<br />

corioamnionite, ruptura prematura de<br />

membranas e parto prematuro, além<br />

da possível ocorrência de aborto e<br />

morte fetal intra-uterina (Senger et<br />

al., 2016).<br />

Em recém-nascidos, o Streptococcus<br />

agalactiae pode causar quadros clínicos<br />

distintos de acordo com o aparecimento<br />

dos sintomas (Battistin et al., 2018). A<br />

doença estreptocócica de início precoce<br />

geralmente ocorre por transmissão<br />

vertical da bactéria por via ascendente<br />

ou intra-amniótica, através da ruptura<br />

das membranas, aspiração do líquido<br />

amniótico ou em contato com secreções<br />

vaginais durante o parto, com instalação<br />

nas primeiras horas ou até o sétimo dia<br />

de nascimento e corresponde a 85%<br />

das infecções neonatais (Senger et al.,<br />

2016; Battistin et al., 2018; Paiva et<br />

al., 2017). As manifestações clínicas<br />

predominantes são sepse, choque<br />

séptico, desconforto respiratório, apneia,<br />

pneumonia e meningite, podendo<br />

evoluir a óbito até o segundo dia de vida<br />

(Função & Narchi, 2013; Capellin et al.,<br />

2018; Senger et al., 2016; Battistin et al.,<br />

2018). A prematuridade é considerada<br />

um fator de risco para o desenvolvimento<br />

de infecção precoce, onde a imaturidade<br />

do sistema imunológico faz com que<br />

ocorra uma rápida multiplicação do<br />

microrganismo, aumentando de 10 a 15<br />

vezes o risco de sepse (Paiva et al., 2017).<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

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Autores: Eduardo Langorte Toledo1, Silvia Bock de Matos3,<br />

Carolina Mallmann Wallauer de Mattos2.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

A infecção neonatal tardia<br />

desenvolve-se entre o sétimo dia de<br />

nascimento até o terceiro mês, onde<br />

o processo infeccioso pode ocorrer<br />

pela transmissão do microrganismo<br />

no momento do parto, pela aquisição<br />

pós-natal a partir da mãe colonizada<br />

ou através do ambiente hospitalar e<br />

domiciliar. (Função & Narchi, 2013;<br />

Senger et al., 2016; Battistin et al.,<br />

2018). O quadro clínico predominante é<br />

a meningite, que apesar de apresentar<br />

uma menor taxa de mortalidade, mais<br />

de 20% dos sobreviventes de meningite<br />

provocada por Streptococcus agalactiae<br />

têm sequelas neurológicas graves,<br />

incluindo retardo mental e hidrocefalia,<br />

além de infecções cutâneas,<br />

osteoarticulares, surdez, cegueira<br />

e deficiências no desenvolvimento<br />

(Senger et al., 2016).<br />

O método laboratorial para a<br />

identificação do estreptococo do grupo<br />

B na região retovaginal é fundamental<br />

para detectar o maior número possível<br />

de gestantes colonizadas no período<br />

pré-natal. (Siqueira, 2017; Nomura<br />

et al., 2009). Dessa forma, a pesquisa<br />

de colonização por Streptococcus<br />

agalactiae em gestantes possibilita a<br />

realização de medidas preventivas que<br />

minimizam desfechos desfavoráveis,<br />

onde o Centers for Diseases Control<br />

and Prevention (CDC) recomenda<br />

a triagem pré-natal baseada em<br />

cultura e uso de profilaxia antibiótica<br />

intraparto, que resultou em reduções<br />

na doença estreptocócica de início<br />

precoce entre os recém-nascidos.<br />

(Verani et al., 2010).<br />

No Brasil, o rastreamento da<br />

colonização pelo estreptococo do<br />

grupo B não faz parte do protocolo<br />

de assistência pré-natal proposto<br />

pelo Ministério da Saúde e os dados<br />

epidemiológicos no país não são bem<br />

conhecidos (Battistin et al., 2018).<br />

Devido à ausência de um programa de<br />

vigilância e a falta de pesquisa sobre<br />

a colonização materna no período<br />

pré-natal, sua investigação torna-se<br />

um componente importante para<br />

minimizar as infecções causadas pelo<br />

microrganismo (Barbosa et al., 2016;<br />

Battistin et al., 2018). O objetivo deste<br />

trabalho foi determinar a prevalência<br />

de colonização retovaginal por<br />

Streptococcus agalactiae em gestantes<br />

atendidas em um hospital de referência<br />

obstétrica no Rio Grande do Sul.<br />

Métodos<br />

Trata-se de um estudo transversal, de<br />

caráter retrospectivo com abordagem<br />

qualitativa. Foram incluídas no estudo<br />

todas as gestantes submetidas à<br />

pesquisa de estreptococo do grupo<br />

B durante o período proposto. Como<br />

critério de exclusão, não foram<br />

utilizados os prontuários de gestantes<br />

com dados incompletos.<br />

Os dados foram coletados através dos<br />

prontuários de gestantes submetidas<br />

à pesquisa de estreptococo do grupo<br />

B pela Unidade de Ginecologia e<br />

Obstetrícia de um hospital de referência<br />

obstétrica no Rio Grande do Sul, entre<br />

julho de 2017 a dezembro de 2018.<br />

Neste período, o laboratório analisou<br />

717 amostras de 695 gestantes<br />

atendidas pelo Sistema Único de<br />

Saúde, com origem no ambulatório de<br />

gestação de alto risco e internação.<br />

A coleta de dados foi realizada entre<br />

os meses de junho e setembro de 2019<br />

a partir dos registros do Laboratório de<br />

Microbiologia, que permitiu a seleção<br />

das gestantes no período proposto<br />

para a pesquisa. O software de<br />

gerenciamento laboratorial deu acesso<br />

a origem, Código Internacional de<br />

Doenças (CID), idade e resultado para<br />

a pesquisa de estreptococo do grupo B<br />

das gestantes. Os dados coletados foram<br />

arquivados em planilha eletrônica no<br />

software Microsoft Excel®, versão 2016<br />

e posteriormente realizada a análise<br />

estatística dos resultados obtidos.<br />

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Autores: Eduardo Langorte Toledo1, Silvia Bock de Matos3,<br />

Carolina Mallmann Wallauer de Mattos2.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

A metodologia laboratorial utilizada<br />

no referido hospital para a identificação<br />

de Streptococcus agalactiae se dá<br />

a partir da coleta de swab vaginal,<br />

retal ou retovaginal, corretamente<br />

identificadas, armazenadas em meio<br />

Stuart e encaminhadas para análise.<br />

Esses swabs são semeados em meio<br />

cromogênico seletivo para a detecção<br />

de Streptococcus agalactiae (chromID<br />

Strepto B - bioMérieux) e incubados em<br />

estufa bacteriológica por 18-24 horas a<br />

35±2°C. Em caso de teste negativo,<br />

a placa é reincubada por 24 horas. O<br />

crescimento de colônias com coloração<br />

malva é submetido ao CAMP teste e<br />

bile-esculina. CAMP positivo e bileesculina<br />

negativo indicam resultado<br />

positivo para Streptococcus agalactiae<br />

na amostra analisada.<br />

positivo, 10 (13,9%) continham ruptura<br />

prematura de membranas como Código<br />

Internacional de Doenças (CID), 12<br />

(16,7%) parto precipitado e 50 (70,8%)<br />

apresentavam outros motivos, incluindo<br />

infecção do trato urinário.<br />

Durante os 17 meses propostos para a<br />

pesquisa (Julho de 2017 à dezembro de<br />

2018), o Laboratório de Microbiologia<br />

do referido hospital recebeu amostras<br />

de 695 gestantes, com detecção do<br />

estreptococo do grupo B em 173<br />

mulheres, correspondente a uma taxa<br />

de colonização de 24,9% (Tabela 2). A<br />

frequência mensal de culturas positivas<br />

para Streptococcus agalactiae variou<br />

de 4,2% (Setembro de 2018) à 41,2%<br />

(Setembro de 2017), com média de 9,6<br />

resultados positivos por mês.<br />

O presente projeto foi elaborado de<br />

acordo com as diretrizes e normas<br />

regulamentadoras e aprovado pelo<br />

Comitê de Ética e Pesquisa em Seres<br />

Humanos da Universidade Luterana do<br />

Brasil no dia 29 de abril de 2019, sob o<br />

parecer Nº 3.291.162.<br />

Resultados<br />

Durante o período em estudo,<br />

395 gestantes foram atendidas no<br />

Ambulatório de Gestação de Alto Risco<br />

e 300 encontravam-se internadas no<br />

hospital (Tabela 1), apresentando 25,6%<br />

e 24% de colonização materna pelo<br />

estreptococo do grupo B, respectivamente.<br />

Das gestantes internadas com resultado<br />

0 34<br />

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A idade das gestantes variou de<br />

15 a 48 anos, com uma prevalência<br />

de colonização maior naquelas<br />

com idade entre 30 e 39 anos,<br />

totalizando 27,7% (Tabela 3).<br />

A média de idade das gestantes<br />

colonizadas foi de 29 anos.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Das 717 amostras analisadas no<br />

Laboratório de Microbiologia, 21<br />

foram swabs distintos das regiões<br />

vaginal e retal, 5 de swab vaginal e<br />

670 swabs combinados da vagina<br />

e reto, ao passo que amostras<br />

isoladas da região retal não foram<br />

solicitadas. Dessas, 175 (24,4%)<br />

apresentaram crescimento positivo<br />

para o estreptococo do grupo B,<br />

onde 3 (11,5%) de swab vaginal, 6<br />

(28,6%) de swab real e <strong>166</strong> (24,8%)<br />

pela coleta concomitante de swab<br />

vaginal e retal (Tabela 4). Das 21<br />

gestantes submetidas ao exame com<br />

swabs coletados separadamente, 4<br />

apresentaram positividade somente<br />

em amostra retal, 1 somente<br />

em amostra vaginal e 2 tiveram<br />

resultado positivo para ambas. Das<br />

5 gestantes que tiveram amostra<br />

somente vaginal, nenhuma estava<br />

colonizada.<br />

Discussão<br />

No Brasil, as taxas de colonização pelo<br />

Streptococcus agalactiae em gestantes<br />

tiveram os primeiros estudos na década<br />

de 1980 na região Sul, com prevalência<br />

de aproximadamente 25% (Paiva et<br />

al., 2017). Neste estudo realizado em<br />

um hospital de referência obstétrica<br />

no Rio Grande do Sul, a prevalência de<br />

gestantes colonizadas foi de 24,9%. Em<br />

comparação a pesquisas similares, os<br />

resultados deste trabalho evidenciaram<br />

uma taxa de colonização semelhante<br />

às encontradas por outros autores.<br />

Das 173 grávidas que apresentaram<br />

positividade para Streptococcus<br />

agalactiae na região retovaginal,<br />

101 (25,6%) manifestavam alguma<br />

condição clínica que as classificavam<br />

como de alto risco e 72 (24,0%)<br />

encontravam-se na internação do<br />

hospital, onde 10 (13,9%) continham<br />

ruptura prematura de membranas e<br />

12 (16,7%) parto precipitado como<br />

Código Internacional de Doenças<br />

(CID). Essas informações levantam a<br />

hipótese de que o agente causador<br />

das intercorrências citadas seja o<br />

estreptococo do grupo B, visto que<br />

são as duas principais complicações<br />

provocadas pelo microrganismo na<br />

gestante.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

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Autores: Eduardo Langorte Toledo1, Silvia Bock de Matos3,<br />

Carolina Mallmann Wallauer de Mattos2.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Nomura et al. (2009) realizaram<br />

um estudo em Campinas associando<br />

microrganismo na região retovaginal<br />

em 7 delas (6,1%). Outras infecções<br />

avaliaram a taxa de colonização<br />

pelo estreptococo do grupo B entre<br />

a colonização materna com parto<br />

também foram observadas, como<br />

mulheres grávidas infectadas e<br />

prematuro e/ou ruptura prematura<br />

a toxoplasmose (6,8%), o HIV<br />

não infectadas com HIV, obtendo<br />

de membranas. A prevalência<br />

(4,8%) e a sífilis (3,9%). Mesmo<br />

29,6% e 24,2%, respectivamente.<br />

de gestantes colonizadas por<br />

apresentando uma prevalência de<br />

Linhares et al. (2011) ainda citam a<br />

Streptococcus agalactiae foi de<br />

colonização inferior a outros dados<br />

rubéola como doença detectada com<br />

27,6%, sendo 30% em mulheres com<br />

nacionais, encontrou-se superior<br />

frequência inferior à colonização<br />

ruptura prematura de membranas<br />

ao HIV e a sífilis nessa pesquisa.<br />

materna pelo estreptococo do grupo<br />

e 25% com trabalho de parto<br />

Porém, esses dois exames são<br />

B, além da sífilis.<br />

pré-termo. Dois recém-nascidos<br />

obrigatórios no acompanhamento<br />

colonizados apresentaram sepse<br />

pré-natal, ao contrário da pesquisa<br />

No país, pesquisas sobre<br />

precoce por Streptococcus agalactiae<br />

do Streptococcus agalactiae.<br />

a colonização materna pelo<br />

e um foi a óbito por choque séptico<br />

Streptococcus agalactiae têm<br />

com 48 horas de vida. Sousa et al.<br />

Em 2011, uma pesquisa realizada<br />

apresentado resultados variáveis<br />

(2019) determinaram a prevalência<br />

por João et al. com gestantes<br />

ao longo dos anos (Figura 1). Um<br />

de microrganismos isolados em<br />

soropositivas revelou uma taxa<br />

aspecto importante na avaliação<br />

hemoculturas na unidade neonatal<br />

de 32,2% de colonizadas pelo S.<br />

da prevalência do Streptococcus<br />

de terapia intensiva de um hospital<br />

agalactiae podendo o vírus ou<br />

agalactiae é o habitat do<br />

no Ceará, onde dos 88 achados<br />

alguma condição relacionada à ele<br />

microrganismo, onde a intermitência<br />

bacterianos, 20 (21,5%) eram<br />

ser considerado um fator de risco.<br />

da sua colonização e a ausência de<br />

gram-negativos e 68 (73,1%) gram-<br />

Mitima et al. (2014) relataram a<br />

sintomas são fatores que podem<br />

positivos, estando o Streptococcus<br />

ocorrência de infecção urinária e a<br />

causar alterações no rastreamento<br />

agalactiae em 1,1% das amostras.<br />

presença do vírus HIV como fatores<br />

bacteriano. Por esse motivo, os<br />

significativamente<br />

associados<br />

valores de culturas positivas são<br />

Barros et al. (2015) avaliaram a<br />

à colonização por Streptococcus<br />

mais relevantes quando detectados<br />

colonização pelo estreptococo do<br />

agalactiae, evidenciando a hipótese<br />

no terceiro trimestre de gestação,<br />

grupo B em 114 gestantes de alto<br />

anterior. Na Bélgica, um estudo<br />

pela possibilidade de transmissão<br />

risco no Rio de Janeiro, detectando o<br />

realizado por Dauby et al. (2018)<br />

da bactéria no momento do parto.<br />

0 36<br />

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Como o trato gastrointestinal<br />

é o reservatório primário do<br />

microrganismo e sua principal fonte<br />

da colonização vaginal, hábitos de<br />

higiene e práticas sexuais também<br />

podem aumentar o risco de<br />

colonização vaginal.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Alguns autores relatam que essas<br />

variações estão relacionadas às<br />

diferenças em suas características como<br />

idade, raça, nível socioeconômico,<br />

localização geográfica, método de<br />

isolamento utilizados, sítio de coleta<br />

e idade gestacional (Função & Narchi,<br />

2013). Barros et al. (2015) levantaram<br />

uma hipótese sobre as diferenças<br />

na frequência de colonização pelo<br />

microrganismo, considerando o fato<br />

de que, em diferentes épocas da<br />

gestação, um elevado número de<br />

gestantes desenvolvem infecções<br />

bacterianas e são tratadas com<br />

antimicrobianos, podendo o<br />

tratamento levá-las à descolonização,<br />

interferindo no rastreamento e,<br />

consequentemente, nos resultados de<br />

prevalência obtidos.<br />

Figura 1 - Prevalência colonização por S. agalactiae em diferentes estados do Brasil<br />

Neste estudo, a média de idade das<br />

grávidas colonizadas foi de 29 anos,<br />

apresentando uma frequência maior<br />

(27,7%) naquelas com idade entre 30<br />

e 39 anos. Krueger (2016) relatou que<br />

56,6% das gestantes em seu estudo<br />

possuíam entre 31 a 40 anos de idade,<br />

28,6% de swab retal e 11,5% de swab<br />

vaginal. Das amostras isoladas, a taxa<br />

de positividade maior no material<br />

coletado do reto é justificada pelo<br />

fato de que o trato gastrointestinal é<br />

o principal reservatório da bactéria,<br />

podendo então, colonizar a região<br />

semelhante aos dados encontrados genital. Porém, esse resultado<br />

neste trabalho, enquanto Battistin<br />

et al. (2018) encontraram 30,8%<br />

de positividade naquelas com idade<br />

inferior a 20 anos.<br />

Na análise microbiológica realizada<br />

neste estudo, 24,8% das amostras<br />

positivas foram de swab retovaginal,<br />

difere do encontrado por Barbosa<br />

et al. (2016), que obteve 52,6% em<br />

amostra vaginal, 10,5% retal e 36,9%<br />

no combinado das duas regiões.<br />

Dados como nível socioeconômico,<br />

idade gestacional e raça não foram<br />

avaliados neste trabalho, visto que<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 37


Autores: Eduardo Langorte Toledo1, Silvia Bock de Matos3,<br />

Carolina Mallmann Wallauer de Mattos2.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

não foi aplicado questionário para as<br />

gestantes. A idade gestacional pode ter<br />

apresentado grandes variações devido<br />

ao fato de muitas delas darem entrada<br />

através da emergência obstétrica, sem<br />

acompanhamento pré-natal prévio,<br />

além daquelas que descobrem a gravidez<br />

somente no momento do parto.<br />

Senger et al. (2016), Dell’Osbel et al.<br />

(2018), Melo et al. (2018) e Barbosa et al.<br />

(2016) realizaram estudos similares sobre<br />

fatores associados à colonização pelo<br />

estreptococo do grupo B, encontrando<br />

maior frequência de culturas positivas<br />

entre a 30ª e 32ª semanas de gestação<br />

(38,89%), ≥ 36 semanas (23%), 36ª<br />

semana gestacional (31,16%) e 40ª<br />

semana (29,2%), respectivamente.<br />

Senger et al. (2016) e Dell’Osbel et<br />

al. (2018) relataram maior frequência<br />

de positividade em mulheres brancas<br />

(22,97% e 20,7%), Melo et al. (2018)<br />

em não-brancas (30,37%) e Barbosa et<br />

al. (2016) em mulheres autodeclaradas<br />

pardas (30,8%). Referente à renda,<br />

relataram positividade em 23,61% nas<br />

gestantes com renda inferior a 3 salários,<br />

27,6% sem renda ou até 1 salário<br />

mínimo, 36,46% acima de 2 salários e<br />

21,3% entre 1 e 2 salários, nessa ordem.<br />

Diferentes estudos internacionais<br />

também indicam uma frequência<br />

de colonização similar à encontrada<br />

neste trabalho, onde Back et al.<br />

(2012) relatam que cerca de 20% das<br />

mulheres grávidas são colonizadas<br />

pelo estreptococo do grupo B nos<br />

Estados Unidos da América (EUA).<br />

Na Austrália Ocidental, Furfaro et<br />

al. (2019) realizaram o primeiro<br />

estudo sobre a colonização prénatal<br />

por Streptococcus agalactiae,<br />

observando uma taxa de colonização<br />

de 24% entre as gestantes. Com<br />

o objetivo de avaliar a taxa de<br />

colonização do estreptococo do<br />

grupo B em mulheres grávidas e<br />

identificar complicações obstétricas<br />

e sepse neonatal precoce induzida<br />

pelo microrganismo na Coréia, Kim<br />

et al. (2018) encontraram 11,6%<br />

de gestantes colonizadas, sem<br />

aumento significativo observado nas<br />

complicações relacionadas à gravidez<br />

entre as gestantes colonizadas e<br />

não colonizadas. Entre os neonatos<br />

nascidos de mães colonizadas,<br />

houve sepse neonatal precoce em<br />

1,5%, porém, a complicação não<br />

foi relacionada com o Streptococcus<br />

agalactiae.<br />

Em 2018, a administração das<br />

recomendações profiláticas para<br />

o estreptococo do grupo B foi<br />

transferida do Centers for Disease<br />

Control and Prevention (CDC) para o<br />

American College of Obstetrics and<br />

Gynecology (ACOG) e para a American<br />

Academy of Pediatrics (AAP). Sendo<br />

assim, em junho de 2019, o ACOG<br />

publicou uma atualização que<br />

substituiu as diretrizes propostas<br />

pelo CDC em 2010 e atualizada<br />

novamente em fevereiro de 2020.<br />

As principais medidas profiláticas da<br />

doença estreptocócica indicado pelo<br />

ACOG continuaram sendo a triagem<br />

pré-natal universal por cultura<br />

retovaginal entre a 36ª e 37ª semanas<br />

de gestação, teste de amplificação<br />

de ácido nucleico (NAAT), realização<br />

apropriada de profilaxia antibiótica<br />

intraparto (a partir de cultura,<br />

bacteriúria, histórico de colonização<br />

e infecção neonatal entre outros<br />

fatores de risco), e alinhamento com<br />

profissionais de saúde (ACOG, 2020).<br />

Em Agosto de 2019, a American<br />

Academy of Pediatrics (AAP) publicou<br />

um novo relatório clínico sobre o<br />

“Manejo de Crianças em Risco de<br />

0 38<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


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ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Doença Estreptocócica do Grupo<br />

B”, abordando a epidemiologia,<br />

microbiologia, patogênese da doença<br />

e estratégias de manejo para a<br />

infecção neonatal precoce e tardia por<br />

estreptococo do grupo B. O relatório<br />

fornece aos profissionais informações<br />

e recomendações atualizadas para<br />

a avaliação de recém-nascidos em<br />

risco de doença estreptocócica e para<br />

o tratamento daqueles com infecção<br />

confirmada (Karen et al., 2019).<br />

Recentemente, em Março de 2020, a<br />

American Society for Microbiology (ASM)<br />

publicou uma diretriz provisória para a<br />

detecção e identificação do estreptococo<br />

do grupo B, com o objetivo de fornecer<br />

recomendações específicas para a<br />

coleta de material, armazenamento e<br />

transporte ideal de amostras, detecção<br />

e identificação de microrganismos, teste<br />

de susceptibilidade antimicrobiana e<br />

comunicação dos resultados (Laura et<br />

al., 2020). Essas organizações colaboram<br />

juntas na prevenção da doença<br />

estreptocócica neonatal há muitos<br />

anos, onde as últimas atualizações<br />

representam o progresso e a dedicação<br />

contínua entre os grupos de atenção à<br />

saúde.<br />

Conclusão<br />

Estudos sobre a prevalência<br />

de gestantes colonizadas pelo<br />

estreptococo do grupo B são de grande<br />

relevância para a saúde pública,<br />

visto que o microrganismo pode<br />

causar graves infecções em neonatos.<br />

Considerando as elevadas taxas de<br />

colonização materna encontradas na<br />

literatura, destaca-se a real necessidade<br />

de rastreamento do Streptococcus<br />

agalactiae como procedimento de<br />

rotina durante o acompanhamento<br />

pré-natal, em conjunto aos demais<br />

exames de igual importância, já<br />

preconizados pelo Ministério da Saúde.<br />

A triagem baseada em cultura segue<br />

como a metodologia padrão-ouro<br />

para a detecção do estreptococo do<br />

grupo B na região retovaginal de<br />

mulheres grávidas e o uso da profilaxia<br />

antibiótica intraparto têm apresentado<br />

resultados satisfatórios na prevenção<br />

da transmissão vertical da bactéria,<br />

considerada a estratégia mais eficaz<br />

para minimizar o risco da doença<br />

estreptocócica neonatal. No Brasil, o<br />

rastreamento de gestantes colonizadas<br />

pelo Streptococcus agalactiae e a<br />

profilaxia antibiótica intraparto não<br />

são preconizados como rotina no prénatal,<br />

sendo praticado de maneira<br />

não obrigatória em alguns centros de<br />

assistência obstétrica.<br />

As atualizações das diretrizes de<br />

prevenção da doença esteptocócica<br />

propostas recentemente visam otimizar<br />

as práticas atuais recomendadas para<br />

a triagem de gestantes colonizadas<br />

pelo microrganismo, minimizando as<br />

infecções causadas pelo Streptococcus<br />

agalactiae em recém-nascidos,<br />

possibilitando assim, detecção e<br />

medidas profiláticas eficazes para uma<br />

gestação e parto saudáveis, promovendo<br />

a integridade e saúde da mãe e do bebê.<br />

Referências Bibliográficas<br />

1.Back E. E., O'Grady E. J., Back J. D. High Rates of Perinatal<br />

Group B Streptococcus Clindamycin and Erythromycin<br />

Resistance in an Upstate New York Hospital. Antimicrob<br />

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Pinhata M. M, Abdallah V. O. S., et al. Colonização<br />

materna por estreptococos do grupo B: Prevalência e<br />

suscetibilidade aos antimicrobianos. Rev Pesq Saúde,<br />

Jan-Abr;17(1):13-16. 2016.<br />

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L., Mondino S. S. B. Avaliação da colonização por<br />

Streptococcus agalactiae em gestantes de alto risco<br />

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Dez;44 (4):386-394. 2015.<br />

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Suscetibilidade antimicrobiana de Streptococcus<br />

agalactiae isolados de gestantes em um hospital<br />

materno infantil de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Sci<br />

0 40<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


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em Microbiologia] – Universidade Federal<br />

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17.Linhares J. J., Neto P. G. C., Vasconcelos J. L. M., Saraiva<br />

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colonização por Streptococcus agalactiae em gestantes<br />

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22.Nomura M. L., Júnior R. P., Oliveira U. M., Calil<br />

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do grupo B em situações de ruptura pré- termo de<br />

membranas e no rabalho de parto prematuro. Rev Bras<br />

Ginecol Obstet, 31(8):397-403. 2009.<br />

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agalactiae em gestantes da Grande Porto Alegre, RS:<br />

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Streptococcus agalactiae em gestantes atendidas<br />

no Hospital Municipal Esaú Matos em Vitória da<br />

Conquista – BA. C&D-<strong>Revista</strong> Eletrônica da Fainor, Jan-<br />

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da cidade de Campinas- SP. CuidArte Enferm, Jul-<br />

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26.Pogere A., Zaccoli C. M., Tobouti N. R., Freitas<br />

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colonização pelo estreptococo do grupo B em gestantes<br />

atendidas em ambulatório de pré-natal. Rev Bras<br />

Ginecol. Obstet. Rio de Janeiro;27(4):174-80. 2005.<br />

27.Senger F. R., Alves I. A., Pellegrini D. C. P., Prestes D.<br />

C., Souza E. F., Corte E. D. Prevalência da colonização<br />

por Streptococcus agalactiae em gestantes atendidas<br />

na rede pública de saúde de Santo Ângelo/RS. R<br />

Epidemiol Control Infec, 6(1):01-05. 2016.<br />

28.Siqueira F. Colonização de pacientes grávidas por<br />

Streptococcus agalactiae em Taguatinga, Distrito<br />

Federal. Tese [Doutorado em Ginecologia, Obstetrícia<br />

e Mastologia] – Universidade Estadual Paulista, 2017.<br />

29.Sousa N. A., Coelho C. G. V., Mesquita C. H. S., Pires<br />

F. G. B., Rosa P. B., Brito I. L. P. Sepse neonatal - perfil<br />

microbiológico e sensibilidade antimicrobiana em um<br />

hospital no Nordeste do Brasil. RBAC, 51(1):46-51. 2019.<br />

30.The American College of Obstetrics and Gynecology.<br />

Prevention of Group B Streptococcal Early-Onset<br />

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Feb;135(2):e51-e72. 2020.<br />

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32.World Health Organization. Group B Streptococcus<br />

infection causes an estimated 150,000 preventable<br />

stillbirths and infant deaths every year Immunization,<br />

Vaccines Biol. 2017.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 41


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ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

PRINCIPAIS MARCADORES<br />

TUMORAIS USADOS NA CLÍNICA MÉDICA:<br />

REVISÃO DA LITERATURA<br />

MAIN TUMOR MARKERS USED IN THE MEDICAL CLINIC: LITERATURE REVIEW<br />

Autoras:<br />

Jéssica Balverdu da Silva 1 , Allyne Cristina Grando 1<br />

1<br />

Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Canoas RS Brasil<br />

Resumo<br />

O câncer é um problema de saúde pública e acomete<br />

o maior número de mortes mundialmente, perdendo<br />

somente para as doenças cardiovasculares. Pesquisas<br />

estão sendo realizadas sobre os marcadores tumorais<br />

(MT), pois estes facilitam a detecção precoce e ajudam<br />

no direcionamento do melhor tratamento. Portanto, a<br />

literatura sobre os MT está em expansão. Por este motivo,<br />

esta revisão bibliográfica teve como objetivo trazer<br />

artigos atuais caracterizando os principais MT sorológicos<br />

utilizados na clínica médica. Atualmente, os principais<br />

MT sorológicos são: AFP (alfa-fetoproteína), CA 15-3<br />

(Antígeno do câncer 15-3), CA 19-9 (Antígeno do câncer<br />

19-9), CA 125 (Antígeno do Câncer 125), Calcitonina, CEA<br />

(Antígeno carcinoembrionário), Cromogranina A (CgA),<br />

hCG (Gonadotrofina coriônica humana), PSA (antígeno<br />

prostático especifico) e Tiroglobulina. A partir desta revisão<br />

de literatura, foi possível verificar a importância dos MT na<br />

clínica médica, mesmo estes sendo usados apenas como<br />

exame complementar devido às suas inconsistências.<br />

Palavras-Chave: Marcadores Tumorais, tumor, neoplasia, diagnóstico.<br />

Abstract<br />

Cancer is a public health problem and affects the<br />

largest number of deaths worldwide, second only to<br />

cardiovascular diseases. Studies are being made on<br />

tumor markers (TM), because they facilitate early<br />

detection and help guide the best treatment. Therefore,<br />

the literature on TM is expanding, for this reason<br />

this literature review aimed to bring current articles<br />

characterizing the main serological TM used in the<br />

medical clinic. Currently the main serological TMs are:<br />

AFP (alpha-fetoprotein), CA 15-3 (Cancer Antigen 15-<br />

3), CA 19-9 (Cancer Antigen 19-9), CA 125 (Cancer<br />

Antigen 125), Calcitonin, Carcinoembryonic Antigen<br />

(CEA), Chromogranin A (CgA), hCG (human chorionic<br />

Gonadotrophin), PSA (prostate specific antigen)<br />

and Thyroglobulin. From this literature review, it<br />

was possible to verify the importance of the TM in<br />

the medical clinic, even these being used only as<br />

complementary examination due to its inconsistencies.<br />

Keywords: Tumor markers, tumor, neoplasm, diagnostic.<br />

0 44<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


Introdução<br />

Diariamente, todas as células que<br />

formam os tecidos do corpo humano<br />

multiplicam-se milhares de vezes, sendo<br />

essa multiplicação um processo natural<br />

do organismo. Alguns tipos de células<br />

não se multiplicam; porém, grande<br />

parte das células do organismo humano<br />

segue o mesmo processo contínuo:<br />

crescer, multiplicar e morrer (1) .<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Câncer é o nome dado a um conjunto<br />

de mais de 100 doenças, onde estas<br />

possuem em comum uma divisão celular<br />

desordenada. Estas células dividem-se<br />

de forma veloz e enérgica e essa divisão<br />

invade outros tecidos orgânicos do corpo<br />

humano acarretando em transtornos<br />

funcionais (1) .<br />

O início da proliferação das células<br />

cancerígenas, processo que recebe o<br />

nome de carcinogênese, possui três<br />

etapas. A primeira é a iniciação, onde<br />

uma das células de um tecido que estão<br />

se multiplicando normalmente passa<br />

por uma modificação em algum gene<br />

causada por agentes cancerígenos ou<br />

carcinógenos. A segunda etapa é a<br />

promoção, onde a célula já com o gene<br />

modificado sofre efeitos por contato<br />

contínuo dos oncopromotores, sendo<br />

neste momento que a célula torna-se<br />

maligna. E a terceira e última etapa é a<br />

progressão, onde ocorre a multiplicação<br />

sem controle e sem retorno da célula<br />

com o gene alterado, ou seja, da célula<br />

maligna. É nesta etapa que o câncer<br />

começa a evoluir e as manifestações<br />

clínicas iniciam-se (1,2 ).<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

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Autoras: Jéssica Balverdu da Silva 1 , Allyne Cristina Grando 1 .<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

O câncer é um problema de saúde<br />

pública e acomete o maior número<br />

de mortes mundialmente, perdendo<br />

somente para as doenças cardiovasculares.<br />

Em 2012, estima-se que surgiram 14,1<br />

milhões de casos novos e 8,2 milhões<br />

de óbitos ao redor do mundo devido ao<br />

câncer. Os tipos de câncer relacionados<br />

com desenvolvimento e urbanização<br />

são os que mais aparecem em países<br />

desenvolvidos. Já em países de baixo<br />

e médio desenvolvimento, os tipos de<br />

câncer que mais aparecem são os de<br />

origem infecciosa (3,4) .<br />

De acordo como Ministério da Saúde<br />

e o Instituto Nacional do Câncer (INCA)<br />

no Brasil, estima-se que surgirão 600 mil<br />

casos novos para os anos de 2018 e 2019.<br />

Há 70% da ocorrência de novos casos<br />

nas regiões Sul e Sudeste, no Rio Grande<br />

do Sul e Porto Alegre. Em homens, a<br />

predominância é a de câncer de próstata,<br />

e em mulheres a predominância é a do<br />

câncer de mama; porém, em ambos os<br />

sexos a predominância é do câncer de<br />

pele não melanoma, conforme tabela 1,<br />

tabela 2 e tabela 3 (3, 4, 5) .<br />

A Organização Mundial da Saúde<br />

(OMS) recomenda focar no diagnóstico<br />

precoce de tumores para lidar com o<br />

aumento da incidência de casos novos<br />

de câncer diagnosticados. Por este<br />

motivo, muitos marcadores tumorais<br />

estão sendo estudados, pois a utilização<br />

destes marcadores na caracterização e<br />

quantificação do câncer tem se mostrado<br />

muito importante para o prognóstico e<br />

evolução do tratamento (3, 4, 5) .<br />

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Fluxo de<br />

trabalho ideal


Autoras: Jéssica Balverdu da Silva 1 , Allyne Cristina Grando 1 .<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Marcadores Tumorais<br />

Os Marcadores Tumorais (MT) ou<br />

marcadores biológicos são macromoléculas<br />

(proteínas, antígenos de superfície celular,<br />

proteínas citoplasmáticas, enzimas e<br />

hormônios) que são produzidas pelo tumor<br />

e estão presentes na corrente sanguínea ou<br />

em outros fluidos biológicos, ou ainda em<br />

tecidos. Estas macromoléculas podem ser<br />

produtos endógenos de células altamente<br />

ativas metabolicamente ou produtos de<br />

genes recém-ativados, que podem ter<br />

permanecido sem serem expressos no início<br />

da vida, ou antígenos recém-adquiridos em<br />

níveis celulares e subcelulares (6,7,8) .<br />

Os MT datam de 1847, onde surgiram<br />

as primeiras descobertas a respeito<br />

dessas macromoléculas. É importante<br />

saber sobre o histórico dos MT (Tabela<br />

4), pois, desta forma, torna-se possível<br />

verificar que, precedentemente à<br />

descoberta sobre os MT, os pesquisadores<br />

já possuíam o entendimento de que<br />

algumas substâncias eram originadas<br />

do tumor (11) .<br />

Como cada MT possui seu intervalo de<br />

referência, quando estes valores estão em<br />

elevação ou elevados, isto deve ser visto<br />

como um sinal alarmante a ser investigado,<br />

pois os marcadores estão ligados<br />

diretamente à resposta de oncogênese<br />

e ao crescimento de células neoplásicas.<br />

Portanto, isto pode ser indicação de que<br />

há uma neoplasia recorrente ou em<br />

progresso; porém, estes marcadores podem<br />

apresentar-se em baixas concentrações em<br />

pessoas que não possuem um processo<br />

neoplásico. Assim, é importante verificar o<br />

histórico do paciente (6, 7, 8, 9) .<br />

Para um MT ser considerado ideal, o<br />

mesmo deve ser produzido por todas as<br />

neoplasias da mesma linhagem e seus<br />

níveis devem ser detectados, mesmo<br />

se estiverem em baixas concentrações.<br />

O valor da concentração do MT no<br />

organismo deverá refletir com precisão<br />

a evolução clínica e a regressão da<br />

neoplasia no organismo do paciente.<br />

Todavia, não há nenhum MT estudado<br />

até o momento que se encaixe em todas<br />

as características citadas que o façam<br />

um MT ideal, pois alguns pecam na<br />

falta de especificidade e outros na falta<br />

de sensibilidade. Há ainda aqueles onde<br />

ambos os parâmetros não se mostram<br />

satisfatórios. Portanto, na maioria das<br />

vezes eles, são utilizados como uma<br />

análise complementar para o diagnóstico<br />

e, quando usados para diagnóstico, seus<br />

valores são analisados considerando<br />

um painel de MT e o histórico de cada<br />

paciente individualmente (7) .<br />

Os MT são importantes na<br />

clínica médica devido ao auxílio<br />

principalmente no diagnóstico e no<br />

controle de neoplasias. Além disso,<br />

eles podem ser úteis na verificação<br />

de como o organismo do paciente<br />

está respondendo ao tratamento e<br />

facilitar a busca da melhor terapia<br />

para combater a neoplasia. Auxiliam<br />

ainda no prognóstico, na localização de<br />

metástase, na detecção de recorrência<br />

e de recidivas (6, 9) .<br />

0 48<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


São utilizadas metodologias de<br />

imuno-histoquímica para detectar estes<br />

marcadores em tecidos, facilitando<br />

a diferenciação das neoplasias no<br />

diagnóstico. Já no sangue, os MT<br />

podem ser dosados através de técnicas<br />

de biologia molecular, como, por<br />

exemplo, o teste da Reação em Cadeia<br />

da Polimerase (PCR), Southern blotting<br />

e Northern blotting e imunoensaios (7,10) .<br />

Devido à importância dos MT, a literatura<br />

sobre eles está em expansão; porém, até<br />

o momento, o último artigo de revisão<br />

bibliográfica compilando e detalhando<br />

os principais MT sorológicos utilizados na<br />

clínica média foi publicado no ano de 2007.<br />

Portanto, esta revisão bibliográfica<br />

abordou artigos, mostrando as<br />

características mais relevantes dos<br />

principais MT sorológicos utilizados na<br />

clínica médica, como eles podem ser<br />

usados e bem como a sua importância.<br />

Metodologia<br />

Para a realização do presente trabalho de<br />

revisão de literatura, foi feita uma pesquisa<br />

de artigos científicos nas plataformas<br />

Scielo e PubMed nos idiomas português<br />

e inglês. Foram utilizados os seguintes<br />

descritores: marcadores biológicos,<br />

marcadores tumorais, tumor, os quais<br />

foram usados em conjunto com o nome<br />

de cada marcador tumoral.<br />

Para que tivéssemos uma revisão<br />

bibliográfica atualizada e completa<br />

referente ao assunto analisado, foram<br />

selecionados materiais no intervalo<br />

de 10 anos; porém, em casos em que<br />

foi necessário, utilizamos materiais<br />

anteriores ao ano de 2008.<br />

Principais Marcadores Tumorais<br />

Utilizados<br />

Na clínica médica, entre os principais<br />

marcadores tumorais sorológicos utilizados<br />

atualmente, são: AFP (alfa-fetoproteína),<br />

CA 15-3 (Antígeno do câncer 15-3), CA<br />

19-9 (Antígeno do câncer 19-9), CA 125<br />

(Antígeno do Câncer 125), Calcitonina,<br />

CEA (Antígeno carcinoembrionário),<br />

Cromogranina A (CgA), hCG (Gonadotrofina<br />

coriônica humana), PSA (antígeno<br />

prostático especifico) e Tiroglobulina,<br />

conforme demonstrado na tabela 5.<br />

Alfa-Fetoproteína<br />

A Alfa-fetoproteína (AFP), que<br />

também pode ser chamada de alfa-<br />

1-fetoproteína ou α-fetoglobulina,<br />

é o único marcador tumoral com<br />

significado clínico fundamentado. É<br />

uma molécula de glicoproteína com<br />

massa molecular de 69 a 70kDa, com<br />

590 aminoácidos e 4% de resíduos de<br />

carboidratos. Ela pode ser detectada<br />

no soro. A AFP é sintetizada no saco<br />

vitelino e, posteriormente, pelo fígado.<br />

Suas propriedades químicas são<br />

parecidas com a albumina. Além de ser<br />

a primeira e dominante alfa-globulina<br />

a aparecer no soro no início da vida<br />

embrionária (7,12, 13, 14) .<br />

Os intervalos de referência da AFP na<br />

população sadia são baixos, entre 5ng/<br />

mL e 15ng/mL. Concentrações acima de<br />

500ng/mL são imensamente indicativas<br />

de processo neoplásico no organismo,<br />

e valores acima de 1000ng/mL são<br />

indicativos de presença de neoplasia (7) .<br />

A AFP é o MT mais usado para<br />

o rastreamento e segmento de<br />

carcinoma hepatocelular em pacientes<br />

com doença hepática crônica. Suas<br />

concentrações estão acima de 20ng/<br />

mL em cerca de 60% a 95% no<br />

carcinoma hepatocelular, mas somente<br />

valores acima de 500ng/mL podem<br />

ser considerados pertencentes de<br />

carcinoma hepatocelular<br />

(13,15,16)<br />

.<br />

Porém, de acordo com o Foodand Drug<br />

Administration (FDA), a AFP é utilizada<br />

também para avaliar a extensão da<br />

disseminação do tumor do câncer<br />

testicular não seminomatoso (17) .<br />

Porém, a concentração da AFP pode<br />

estar alterada não somente quando<br />

há algum processo neoplásico no<br />

organismo. Outros distúrbios podem<br />

alterar sua concentração, como, por<br />

exemplo, cirrose, necrose hepática<br />

maciça, hepatite crônica. A AFP<br />

também é solicitada para gestantes,<br />

pois a AFP detecta igualmente casos<br />

de fetos com síndrome de Down,<br />

além de defeitos do tubo neural fetal,<br />

como anencefalia e espinha bífida, e<br />

sofrimento ou morte fetal (12,13) .<br />

Antígeno do Câncer 15.3<br />

O Antígeno do Câncer 15.3 (CA 15.3)<br />

é uma glicoproteína da superfície<br />

celular, classificado como mucina,<br />

a qual é sintetizada pelas células<br />

epiteliais glandulares. O CA 15.3 possui<br />

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Autoras: Jéssica Balverdu da Silva 1 , Allyne Cristina Grando 1 .<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

massa molecular em torno de 400kDa,<br />

podendo ser quantificado através<br />

do soro sanguíneo. Seu intervalo de<br />

referência para concentrações normais<br />

é até 25U/mL (7, 17, 18,) .<br />

O CA 15.3 é o marcador tumoral<br />

elementar do câncer de mama devido a ele<br />

possuir alta sensibilidade e especificidade<br />

a esse tipo de tumor. Sua concentração<br />

sérica elevada é variável, pois depende do<br />

estadiamento dos pacientes, sendo de 5%<br />

a 30% no estádio I, 15% a 30% no estádio<br />

II, 60% a 70% no estádio III, e de 65% a<br />

90% no estádio IV. Quando há aumento<br />

da concentração sérica superior a 25%,<br />

é correlacionada à progressão da doença<br />

em 80% a 90% dos casos. E quando há<br />

diminuição de sua concentração sérica, é<br />

associada à regressão em 70% a 80% (7, 19) .<br />

De acordo com European Groupon<br />

Tumor Markers (EGTM) e FDA, o CA<br />

15.3 deve ser usado clinicamente<br />

para o monitoramento de pacientes<br />

com câncer de mama. Porém, a<br />

American Society of Clinical Oncology<br />

(ASCO) afirma a importância de<br />

não usar somente o CA 15.3 para o<br />

monitoramento do câncer de mama,<br />

mas utilizar em conjunto a ele exames<br />

de imagem e o histórico do paciente<br />

em questão (17,20) .<br />

Além do câncer de mama,<br />

concentrações elevadas de CA 15.3<br />

podem ser encontradas na superfície<br />

estrutural de tumores pulmão,<br />

intestino, colo uterino, ovário, fígado e<br />

linfomas. As concentrações de CA 15.3<br />

também podem estar elevadas em<br />

doenças benignas, como em hepatite<br />

crônica, tuberculose, sarcoidose e lúpus<br />

eritematoso sistêmico (7, 19) .<br />

Antígeno do Câncer 19.9<br />

O Antígeno do Câncer 19.9 (CA 19.9)<br />

é um carboidrato de superfície celular,<br />

tem peso molecular de 210Kd. Este<br />

antígeno é sintetizado usualmente pelas<br />

células ductais pancreáticas e biliares,<br />

mas também pode ser sintetizado<br />

pelas células epiteliais do estômago,<br />

cólon, endométrio e glândulas salivares<br />

(7, 21, 22)<br />

. Pode ser quantificado pelo soro<br />

sanguíneo e seu intervalo de referência<br />

para concentrações normais é de até<br />

37U/mL (7,17) .<br />

Concentrações de CA 19.9 aparecem<br />

elevadas na maioria dos pacientes<br />

com câncer de pâncreas, mas seu<br />

desempenho deixa a desejar para a<br />

detecção precoce devido a um número<br />

substancial de leituras de falso-positivo<br />

e falso-negativo (23) .<br />

Portanto, o CA 19.9 elevado é um<br />

indicador para o câncer de pâncreas,<br />

pois este MT apresenta sensibilidade<br />

de 81% e especificidade de 90% para<br />

este tipo de câncer. Por este motivo, o<br />

CA19.9 é o MT aprovado pela FDA para<br />

diagnóstico de câncer de pâncreas.<br />

Porém, suas concentrações podem<br />

estar elevadas em outros tipos de<br />

câncer, como no de biliar, hepatocelular,<br />

colorretal e gástrico. Concentrações<br />

acima de 1,000 U/mL geralmente<br />

indicam câncer digestivo (23, 24) .<br />

O CA 19.9 pode estar elevado em<br />

doenças benignas, não ultrapassando o<br />

valor de 120 U/mL, como cirrose hepática,<br />

pancreatite, doença inflamatória intestinal<br />

e doenças autoimunes (11) .<br />

Antígeno do Câncer 125<br />

O Antígeno do Câncer 125 (CA 125)<br />

é uma glicoproteína de peso molecular<br />

entre 200 a 2000kDa com subunidades<br />

menores. Ele não é produzido somente<br />

pelas células tumorais do câncer de<br />

ovário, mas também pelas células da<br />

pleura, peritônio e epitélio mülleriano<br />

(25, 26)<br />

. Essa glicoproteína pode ser<br />

quantificada através do soro sanguíneo,<br />

e seu intervalo de referência é de 35U/<br />

mL. Porém, quando o objetivo é ter uma<br />

maior especificidade, pode-se considerar<br />

o intervalo de referência 65U/mL (11,17) .<br />

O CA 125 é o MT mais avaliado para<br />

detecção precoce de câncer de ovário,<br />

além de ser usado para monitorar as<br />

recorrências deste câncer. Antes de<br />

qualquer sinal clínico de uma recorrência,<br />

leva em torno de dois a 12 meses para<br />

(11, 25,<br />

os níveis do CA 125 aumentarem<br />

27)<br />

. Porém, atualmente, o CA 125 é mais<br />

usado para possibilitar a continuação da<br />

reposta bioquímica ao tratamento; e, em<br />

casos de câncer epitelial de ovário, prever<br />

a recaída (28) .<br />

Para o diagnóstico de câncer de<br />

ovário, sua sensibilidade é de 80% a<br />

85% no tipo epitelial. Este valor pode<br />

variar, pois depende do estadiamento<br />

do câncer, sendo 50% no estádio I,<br />

90% no estádio II, 92% no estádio<br />

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III e 94% no estádio IV (28) . Há estudo<br />

que demonstra que, se o CA 125 for<br />

combinado com a proteína epidídimal<br />

humana 4 (HE4), o qual também é<br />

um MT, o nível de prognóstico é maior,<br />

mostrando sensibilidade para detectar<br />

doença maligna de 76,4% com<br />

uma especificidade de 95%; e, além<br />

disso, não há aumento em doenças<br />

ginecológicas benignas (29) .<br />

O CA 125 pode estar elevado, porém,<br />

não é comum, em casos de câncer<br />

de mama ou colorretal. Também há<br />

elevação do CA 125 em mulheres<br />

grávidas, em casos de endometriose,<br />

cistos de ovário, ou fibroides. A elevação<br />

também pode ocorrer em pacientes<br />

com cirrose, hepatite ou pancreatite (28) .<br />

Calcitonina<br />

Calcitonina é um hormônio peptídico<br />

com heterogeneidade molecular. Pode<br />

existir em formas bioativas e imaturas no<br />

soro. Este hormônio é sintetizado pelas<br />

células C parafoliculares da glândula da<br />

tireóide e tem como principal função inibir a<br />

reabsorção óssea pela regulação do número<br />

e atividade de osteoblastos. E tem como<br />

função fisiológica antagonizar o hormônio<br />

paratiroidiano. Possui como intervalo de<br />

referência até 19pg/mL para homens e até<br />

14pg/mL para mulheres (11, 30,31) .<br />

Devido à calcitonina ser sintetizada,<br />

sobretudo, nas células C da glândula<br />

da tireóide, seus níveis no sangue<br />

representam a atividade das células<br />

C, e por este motivo ela é usada como<br />

um MT para o carcinoma medular<br />

da tireóide. Os níveis de calcitonina<br />

refletem a extensão do tumor.<br />

Possui sensibilidade de 90% de<br />

detecção para carcinoma medular de<br />

tireóide para pacientes que possuem<br />

histórico na família e/ou também em<br />

pacientes com síndrome de neoplasia<br />

endócrina múltipla tipo II. E ela passa<br />

a ter sensibilidade de 100% para este<br />

tipo de carcinoma quando os níveis<br />

basais são maiores que 100pg/mL<br />

ou quando os níveis estimulados<br />

com pentagastrina aumentam para<br />

maiores que 1000pg/mL (11, 30) .<br />

Os níveis de concentração de<br />

calcitonina no sangue podem estar<br />

normais ou moderados em casos<br />

de metástase, sendo indicado<br />

solicitar a quantificação dos níveis<br />

juntamente com os níveis do Antígeno<br />

Carcinoembrionário (CEA), para que<br />

então seja possível a detecção de uma<br />

metástase ou recorrência da doença<br />

mais precocemente (30).<br />

A Calcitonina pode estar elevada<br />

também em casos de doenças<br />

benignas, como: hiperplasia benigna<br />

de células C, nódulos tireoidianos<br />

benignos, carcinoma diferenciado de<br />

tireóide e tireoidite de Hashimoto (30).<br />

Antígeno Carcinoembrionário<br />

O Antígeno Carcinoembrionário<br />

(CEA) é uma proteína de massa<br />

molecular 200kDa com funções<br />

desconhecidas até o momento, sendo<br />

produzido normalmente durante<br />

o desenvolvimento pré-natal. Este<br />

antígeno é encontrado na superfície<br />

da membrana celular e, também,<br />

normalmente, nos tecidos do aparelho<br />

digestivo e intestinal embrionário (7,32) .<br />

Pode ser quantificado através do soro<br />

sanguíneo, e seu intervalo de referência é<br />

até 3,5ng/mL em pessoas não fumantes<br />

e até 7ng/mL em pessoas fumantes<br />

(7,17)<br />

. Os níveis do CEA são muito baixos e<br />

indetectáveis após o nascimento (32) .<br />

O CEA possui baixa sensibilidade e<br />

especificidade para ser usado com<br />

uma ferramenta de diagnóstico. Por<br />

este motivo, deve-se evitar usar este<br />

antígeno para triagem. Porém, em casos<br />

de pacientes recém-diagnosticados<br />

com câncer colorretal, os níveis do CEA<br />

correlatam-se com a carga da doença;<br />

portanto, neste caso, o CEA tem valor<br />

para ser usado no prognóstico. Após<br />

a cirurgia de remoção do tumor, a<br />

persistência de níveis elevados de<br />

CEA indica que há algo ainda no<br />

organismo do paciente. Portanto, como<br />

ferramenta de vigilância, o CEA tem<br />

uma sensibilidade significativa. Por este<br />

motivo, as diretrizes atuais recomendam<br />

que o CEA seja quantificado no momento<br />

do diagnóstico, antes e após a cirurgia (33) .<br />

Níveis aumentados do CEA podem estar<br />

ligados à presença de neoplasia maligna.<br />

Geralmente, é aumentado em cânceres de<br />

cólon e reto, pois 90% do CEA é produzido<br />

por estes cânceres (7, 34) . Porém, os níveis<br />

de CEA podem estar elevados em outros<br />

tipos de neoplasias, como: pulmão,<br />

pâncreas, trato gastrintestinal, trato biliar,<br />

tireoide, cérvice e mama (7) .<br />

0 52<br />

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Em doenças benignas o nível de CEA<br />

não passa de 10ng/dl. Ele pode estar<br />

presente em doenças como cirrose<br />

alcoólica e doença de Crohn (7, 34) .<br />

Cromogranina A<br />

A Cromogranina A (CgA) é uma<br />

glicoproteína ácida de massa molecular<br />

de 49kd. É produzida principalmente por<br />

células neuroendócrinas. Ela participa de<br />

um dos componentes mais abundantes<br />

dos grânulos de secreção. Quando um<br />

tumor progride em um tecido endócrino,<br />

este tecido torna-se a principal fonte<br />

de CgA circulante. A CgA pode ser<br />

quantificada no soro sanguíneo e é<br />

fisiologicamente excretado por exocitose<br />

(35)<br />

. Tem como intervalo de referência no<br />

soro de 10ng/mL a 50ng/mL (11) .<br />

Os níveis de CgA podem estar<br />

elevados em diferentes tipos de tumores<br />

endócrinos, incluindo tumores carcinóides<br />

do estômago, pulmão, intestino, próstata<br />

e fígado; feocromocitomas (tumor<br />

secretor de hormônio que pode ocorrer<br />

nas glândulas adrenais); carcinomas de<br />

paratireóides; carcinomas medulares da<br />

tireóide; tumores da hipófise anterior;<br />

tumores pancreaticoduodenais; tumores<br />

neurais; e câncer do pulmão de pequenas<br />

células. Porém, os níveis de CgA podem<br />

estar elevados também em tumores não<br />

neuroendócrinos (36) .<br />

A CgA possui sensibilidade em torno<br />

de 60 a 100%; porém, possui como<br />

limitação sua especificidade muito<br />

baixa, que é em torno de 10-35%,<br />

pois, conforme relatado anteriormente,<br />

seus níveis podem estar elevados em<br />

tumores não neuroendócrinos (36) .<br />

Há elevação em doenças benignas,<br />

como em doenças gastrointestinais,<br />

cardiovasculares, renais, doenças<br />

inflamatórias e endócrinas (hipotireoidismo<br />

e hipertireoidismo) (36) .<br />

Gonadotrofina Coriônica Humana<br />

A Gonadotrofina Coriônica Humana é<br />

uma glicoproteína hormonal composta<br />

por duas subunidades, a alfa e beta,<br />

onde a alfa consiste em 92 aminoácidos.<br />

Essa subunidade é dividida entre outros<br />

hormônios hipofisários, como, por<br />

exemplo, o hormônio luteinizante (LH),<br />

hormônio folículo-estimulante (FSH) e<br />

hormônio estimulante da tiroide (TSH).<br />

Já a subunidade beta consiste em 145<br />

aminoácidos e é específica para cada<br />

hormônio em particular. Pode ser<br />

detectada no soro (17,37, 38) .<br />

A fração beta (ßhCG) é empregada<br />

para ser realizada a monitorização<br />

e prognóstico de casos de pacientes<br />

com tumores de células germinativas<br />

(testículo e ovário) (28) . Concentrações<br />

elevadas de ßhCG podem ser um sinal<br />

prévio e alarmante de tumores de<br />

células germinativas seminomatosas<br />

e não seminomatosas recorrentes, até<br />

mesmo em casos de pacientes onde<br />

inicialmente a concentração de ßhCG era<br />

baixa (39) . Além disso, haverá elevação da<br />

concentração do hCG em todos os casos<br />

de pacientes com coriocarcinoma contra<br />

40% a 60% dos casos de pacientes com<br />

carcinoma embrionário (28) .<br />

A ßhCG, além de ser secretada nos<br />

tecidos da placenta, é secretada por<br />

outros tecidos, como os tecidos dos<br />

testículos, cólon, fígado, pulmão e<br />

estômago. Portanto, devido a ela ser<br />

secretada pelos tecidos destes órgãos,<br />

quando há um tumor crescendo no<br />

tecido desses órgãos, ele poderá<br />

secretar ßhCG também (38) .<br />

A ßhCG é usada também para<br />

diagnosticar gravidez, uma vez que há<br />

elevação da sua concentração, sendo<br />

possível então detecta-la após sete dias<br />

da fixação do óvulo (11) .<br />

Antígeno Prostático Específico<br />

O Antígeno Prostático Específico<br />

(PSA), que recebe o nome também<br />

de Proteína Específica para o Tecido<br />

Prostático, é uma protease da família<br />

da calicreína. Possui massa molecular<br />

de 33kDa e é sintetizada pelas células<br />

epiteliais da próstata e secretada<br />

no lúmen dos ductos prostáticos, a<br />

qual possui como função liquefazer o<br />

coágulo seminal (7, 40, 41) .<br />

Pode ser quantificado através do<br />

soro sanguíneo, e uma próstata<br />

saudável libera níveis menores<br />

que 4ng/mL de PSA na circulação;<br />

portanto, este é o intervalo de<br />

referência para o PSA. Porém, como<br />

há mudança no epitélio prostático<br />

com a idade, há um aumento dos<br />

níveis de PSA no sangue. Por este<br />

motivo, o intervalo de referência<br />

muda para até 5ng/mL para homens<br />

acima de 50 anos (11, 40, 41) .<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 53


Autoras: Jéssica Balverdu da Silva 1 , Allyne Cristina Grando 1 .<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Para se determinar o estadiamento<br />

do paciente com câncer de próstata, o<br />

valor das concentrações do PSA é de<br />

extrema importância. Em torno de 80%<br />

de casos com concentrações menores<br />

do que 4ng/mL o tumor estava restrito<br />

à próstata. Na metade dos casos, a<br />

concentração do PSA é maior que<br />

10ng/mL. Já há uma extensão extracapsular<br />

e, na maior parte dos casos<br />

em que o PSA está acima de 50ng/<br />

mL, o paciente possui metástase para<br />

linfonodos pélvicos (40) .<br />

O PSA usado em conjunto com o<br />

exame de toque retal aumenta a<br />

sensibilidade para diagnóstico de<br />

câncer de próstata para 96%. E quando<br />

há concentrações maiores de 10ng/<br />

mL relacionadas aos sinais clínicos, é<br />

recomendada a realização da biópsia.<br />

Com este procedimento é confirmado o<br />

diagnóstico de tumor primário (7) .<br />

As concentrações do PSA podem ser<br />

elevadas também em outros casos,<br />

como: prostatite, hiperplasia prostática<br />

benigna (HPB), manipulação prostática<br />

e atividade sexual (7) .<br />

Homens a partir de 50 anos devem<br />

realizar o exame de PSA anualmente,<br />

pois desta forma há como diagnosticar<br />

precocimente a neoplasia prostática (7) .<br />

PSA Livre<br />

O PSA divide-se em três formas<br />

no plasma humano, sendo elas:<br />

PSA livre, PSA conjugado à a-1-<br />

antiquimotripsina e PSA conjugado<br />

à a-2-macroglobulina, porém uma<br />

porcentagem menor, permanece em<br />

sua forma livre. Quando há o uso<br />

do PSA total junto com o PSA livre,<br />

há aumento da especificidade sem<br />

haver prejuízo da sensibilidade. Isso<br />

faz com que o número de biópsias<br />

desnecessárias, em casos de doenças<br />

benignas, seja diminuído. Portanto,<br />

quando se faz utilização da relação PSA<br />

total com o PSA livre, o diagnóstico é<br />

mais eficaz (42,43) .<br />

Tiroglobulina<br />

A Tiroglobulina (Tg) é uma<br />

glicoproteína homodimérica. Esta<br />

glicoproteína possui peso molecular<br />

de 660kDa sintetizada e liberada<br />

unicamente pelas células foliculares<br />

tiroidianas. A Tg é essencial para o<br />

armazenamento e síntese do hormônio<br />

tiroidiano (7, 31) .<br />

As concentrações de Tg podem estar<br />

elevadas em várias doenças de tiróide,<br />

sendo elas malignas ou benignas.<br />

Todavia, a Tg ainda é usada como uma<br />

ferramenta de diagnóstico, porém,<br />

não específico para o câncer de<br />

tireóide. Geralmente, os níveis séricos<br />

da Tg estão ligados ao tamanho<br />

da massa tecidual tireoidiano. Por<br />

este motivo, as concentrações de Tg<br />

mantêm-se indetectáveis na maioria<br />

de casos de pacientes onde a terapia<br />

escolhida é a ablativa, em comparação<br />

aos pacientes que são tratados de<br />

maneira mais cautelosa (7) .<br />

As concentrações de Tg ficam entre<br />

1 a 5ng/mL em 26% dos pacientes<br />

diagnosticados e valores maiores de 10ng/<br />

mL é associado a metástases distantes (7) .<br />

Considerações Finais<br />

Com esta revisão de literatura<br />

sobre os principais marcadores<br />

tumorais utilizados na clínica médica,<br />

pode-se concluir que, mesmo os<br />

marcadores sendo importantes para<br />

os diagnósticos de cânceres, eles<br />

devem ser utilizados somente como<br />

um exame complementar, sempre em<br />

conjunto a outros exames e sempre<br />

verificando o histórico do paciente.<br />

Este cuidado deve ser tomado, devido<br />

os marcadores tumorais podem não<br />

só aparecerem em altas concentrações<br />

em casos de câncer, mas também em<br />

patologias benignas.<br />

Porém, quando os marcadores<br />

tumorais aparecem em casos de<br />

neoplasias malignas, eles podem ser<br />

úteis em inúmeras formas, como, por<br />

exemplo, no auxílio para encontrar<br />

um melhor tratamento para o câncer<br />

em questão, auxilia a verificar o<br />

estadiamento do câncer, auxilia no<br />

diagnóstico precoce e auxilia ainda<br />

no prognóstico, na localização de<br />

metástase, na detecção de recorrência<br />

e de recidivas. Em um futuro próximo,<br />

com mais pesquisas e com mais<br />

conhecimento sobre os marcadores<br />

tumorais, eles poderão ser ainda<br />

mais importantes no diagnóstico de<br />

neoplasias malignas.<br />

0 54<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


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ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

PRINCIPAIS MARCADORES TUMORAIS USADOS NA CLÍNICA<br />

MÉDICA: REVISÃO DA LITERATURA<br />

MAIN TUMOR MARKERS USED IN THE MEDICAL CLINIC: LITERATURE REVIEW<br />

Autoras:<br />

Jéssica Balverdu da Silva 1 , Allyne Cristina Grando 1<br />

1<br />

Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Canoas RS Brasil<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 55


GESTÃO LABORATORIAL<br />

QUALIMETRIA DA GESTÃO ECONÔMICA<br />

EM LABORATÓRIOS CLÍNICOS NO BRASIL<br />

ARTIGO CIENTÍFICO SOBRE GESTÃO LABORATORIAL NO BRASIL<br />

O autor, agradece a Dra. Marbenha Linko e o Grupo OFAC Brasil pela colaboração na mobilização da<br />

categoria das análises clínicas em responder o questionário padrão sem o qual não haveria a pesquisa.<br />

Trata-se de uma inestimável ajuda à geração de novos conhecimentos para a área no país.<br />

Humberto Façanha da Costa Filho 1 – Autor<br />

Paulo Vinicio Estivalett Prestes 2 – Coautor<br />

Resumo<br />

O objetivo do estudo é medir a qualidade da gestão<br />

econômica (identificação, quantificação, diagnóstico das<br />

deficiências e plano de ações) em laboratórios clínicos no<br />

País. A perda na qualidade da gestão implica na redução<br />

da produtividade, competitividade e aumento no risco<br />

de insolvência. Normalmente os gestores laboratoriais se<br />

envolvem mais com as questões técnicas, em função da<br />

formação acadêmica, contudo, ao se tornarem gestores ou<br />

empresários, surge a necessidade imperiosa de conhecer<br />

os fundamentos da ciência econômica para a tomada de<br />

decisões profissionais com eficiência. O estudo é composto<br />

por vinte e quatro laboratórios localizados em onze Estados<br />

da Federação e quatro regiões. Resultados: a “Qualidade<br />

média da gestão econômica em laboratórios clínicos no<br />

Brasil”, no estudo representada pela letra “Q”, evidenciou<br />

o valor de -36,88%. O melhor resultado obtido foi de<br />

-4,71% (benchmark) e o pior resultado -79,71%. O valor de<br />

-36,88% significam que em média, os gestores laboratoriais<br />

percebem que a qualidade da gestão econômica dos seus<br />

laboratórios está 36,88% aquém do esperado. Portanto,<br />

em síntese, isto mostra uma oportunidade de melhoria<br />

potencial nos resultados operacionais, de mais de um terço<br />

dos seus valores atuais, somente com aporte de gestão<br />

econômica, sem exigência de novos investimentos. O<br />

estudo identificou a existência de problema, materializado<br />

por: carência significativa de gestão econômica profissional<br />

nos laboratórios clínicos.<br />

Palavras-chave: Laboratório. Gestão econômica.<br />

Qualidade. Qualimetria.<br />

Summary<br />

The aim of this study is to measure the quality of economic<br />

management (identification, quantification, diagnosis of<br />

deficiencies and action plan) in clinical laboratories in<br />

the country. The loss in management quality implies a<br />

reduction in productivity, competitiveness and an increase<br />

in the risk of insolvency. Usually laboratory managers<br />

become more involved with technical issues, due to<br />

academic training, however, when becoming managers<br />

or entrepreneurs, the imperative need arises to know the<br />

fundamentals of economic science for making professional<br />

decisions efficiently. The study consists of twenty-four<br />

laboratories located in eleven States of the Federation and<br />

four regions. Results: the "Average quality of economic<br />

management in clinical laboratories in Brazil", in the<br />

study represented by the letter "Q", showed the value<br />

of -36.88%. The best result was – 4.71% (benchmark)<br />

and the worst result – 79.71%. The value of – 36.88%<br />

means that on average, laboratory managers realize<br />

that the quality of the economic management of their<br />

laboratories is 36.88% lower than expected. Therefore,<br />

in summary, this shows an opportunity for potential<br />

improvement in operating results, of more than a third of<br />

its current values, only with the contribution of economic<br />

management, without requiring new investments. The<br />

study identified the existence of a problem, materialized<br />

by: significant lack of professional economic management<br />

in clinical laboratories.<br />

Key words: Laboratory. Economic management. Quality.<br />

Qualimetry.<br />

0 56<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


GESTÃO LABORATORIAL<br />

Introdução<br />

A qualidade em serviços atualmente<br />

é considerada como um dos mais<br />

relevantes diferenciais competitivos<br />

do ambiente de negócios na área das<br />

análises clínicas (FAÇANHA, H.C.F.;<br />

PRESTES, PVE.; FAÇANHA, V.C., 4). A<br />

gestão econômica dos laboratórios é um<br />

serviço prestado internamente para a<br />

organização, pois impacta diretamente<br />

na competitividade e no risco de<br />

insolvência. Então, se serviços com<br />

qualidade são importantes para o cliente<br />

externo, não deixarão de ser para os<br />

clientes internos, neste caso, em última<br />

análise, o próprio laboratório clínico. Seu<br />

método de gestão econômica irá definir<br />

o futuro: perene ou com alto risco de<br />

insolvência. Portanto, faz todo o sentido<br />

um estudo para metrificar a situação da<br />

gestão econômica em laboratórios do<br />

Brasil, com o objetivo de identificar se a<br />

causa fundamental dos elevados riscos de<br />

insolvência já quantificados (FAÇANHA,<br />

H.C.F.; PRESTES, R.M.; PRESTES, PVE.;<br />

FAÇANHA, V.C., 1), não se origina em<br />

deficiências na gestão econômica<br />

dessas empresas. Os laboratórios são<br />

do ponto de vista de seus proprietários,<br />

em essência, uma alternativa de<br />

investimento de risco (SANTOS, 2),<br />

portanto, avaliar o maior risco que é o da<br />

insolvência constitui, no mínimo, uma<br />

atitude preventiva fundamental para<br />

não só preservar o valor investido, como<br />

para buscar o devido retorno esperado<br />

(PIMENTEL, ALEX, 3). A avaliação do<br />

risco faz parte do método de gestão<br />

econômica adotado pelos laboratórios,<br />

donde se conclui que a metrificação<br />

(identificação, quantificação, diagnóstico<br />

das deficiências e plano de ações)<br />

desta é de suma importância para a<br />

estimativa das perspectivas futuras das<br />

organizações. A qualimetria da gestão<br />

econômica auxilia os gestores das<br />

organizações a tomarem decisões com<br />

maior nível de informações qualificadas,<br />

aprimorando as vantagens estratégicas<br />

(DAMODARAN, 5). A identificação<br />

das causas raízes que podem levar<br />

a insolvência devem proporcionar<br />

aos executivos os fundamentos para<br />

estabelecer um plano de ações visando<br />

o controle do risco (OLIVEIRA, ERNANI<br />

TADEU, 6). Mas só um plano não resolve,<br />

é necessário implantar e monitorar os<br />

resultados, corrigindo eventuais desvios.<br />

O objetivo final está acima da luta pela<br />

sobrevivência da empresa, a meta é<br />

torná-la mais competitiva, assegurando<br />

lucratividade para os acionistas. A<br />

perda para os laboratórios significa<br />

prejuízo, lucro menor ou redução de<br />

ativos. As variáveis produção/vendas,<br />

receitas e custos são determinantes<br />

para estabelecer o risco de insolvência<br />

(BRUNI, ADRIANO LEAL; FAMÁ, RUBENS,<br />

7), sendo fundamental estarem<br />

presentes na qualimetria da gestão<br />

econômica. Neste estudo, que envolveu<br />

laboratórios de diversas regiões do País,<br />

foi utilizada uma ferramenta basilar para<br />

viabilizar a pesquisa. Esta ferramenta, a<br />

Escala Qualigest, por nós desenvolvida,<br />

correlaciona em uma matriz aquilo que<br />

convencionamos chamar “7 Dimensões<br />

da qualidade” englobando variáveis da<br />

produção/vendas, receitas, custos fixos<br />

e marginais, adequação das instalações<br />

frente à demanda, competitividade<br />

empresarial e risco de insolvência,<br />

com um conjunto de “46 Declarações”.<br />

Estas declarações são em última<br />

análise, asserções integrantes de um<br />

questionário padrão que foi respondido<br />

pelos gestores e proprietários dos<br />

laboratórios integrantes da amostra do<br />

estudo. Isto permite a padronização da<br />

coleta de dados, tornando os resultados<br />

comparáveis entre si. As variáveis<br />

produção/vendas, receitas, custos e<br />

margem operacional são informações<br />

chaves em simulações utilizadas para<br />

examinar os efeitos de riscos contínuos<br />

(DAMODARAN, 5), e foram empregadas<br />

no presente estudo, através dos<br />

conceitos contidos nos indicadores de<br />

desempenho que constituem o critério<br />

para avaliar o risco de insolvência e a<br />

competitividade, fatores fundamentais<br />

em qualquer estudo de qualimetria da<br />

gestão econômica. Os cálculos destes<br />

indicadores levam em conta as seguintes<br />

variáveis: número de exames realizados,<br />

valor/preço dos exames, produção,<br />

receitas à vista e faturada, custos fixos<br />

e variáveis, inadimplência e receita<br />

recebida (DA COSTA FILHO, DA COSTA,<br />

8). Portanto, o critério estabelecido<br />

para avaliar qualidade da gestão<br />

econômica de laboratórios clínicos<br />

através deste conjunto de indicadores,<br />

tem a capacidade de atingir diversas<br />

dimensões do negócio dos laboratórios<br />

clínicos, quais sejam: volume do mercado<br />

(número de exames), qualidade do<br />

mercado (valor/preço dos exames),<br />

ineficiência do parque produtivo<br />

(custo unitário variável – marginal<br />

0 58<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


dos exames), controle dos custos fixos<br />

(produtividade ou ineficiência dos<br />

custos fixos) e relação receita produzida<br />

x receita recebida (inadimplência,<br />

glosas, eficiência do faturamento<br />

e prazo médio) (SCHMIDT, PAULO;<br />

SANTOS, JOSÉ LUIZ DOS; MARTINS,<br />

MARCO ANTONIO, 9). Concluindo,<br />

considerando o conjunto do elenco de<br />

variáveis levadas em conta, bem como<br />

a padronização do método da pesquisa<br />

e o tamanho da amostra, estes fatores<br />

devem assegurar a possível acuracidade<br />

inerente a esse tipo de estudo, contudo,<br />

respeitando as limitações inerentes<br />

ao método. Esta pesquisa pode ser<br />

classificada como não-experimental, expost<br />

facto, KERLINGER (1980: 130) que<br />

cita: “... na qual não é possível manipular<br />

variáveis ou designar sujeitos ou<br />

condições aleatoriamente” (KERLINGER,<br />

FRED NICHOLS, 10). Uma segunda<br />

classificação é de pesquisa quantitativodescritiva,<br />

subtipo estudo de relação<br />

de variáveis, enfoque de TRIPODI et<br />

alii (1981: 38) os quais explicitam:<br />

“Com respeito aos métodos empíricos<br />

empregados, os estudos quantitativodescritivos<br />

diferem dos estudos<br />

experimentais na medida em que não<br />

usam escolha aleatória para designar<br />

sujeitos aos grupos experimental<br />

e de controle. Além disso, eles não<br />

empregam a manipulação experimental<br />

de variáveis independentes.” (1981: 40)<br />

“O investigador colhe sistematicamente<br />

informações sobre uma variedade de<br />

variáveis, as quais são suficientemente<br />

definidas para que possam ser<br />

medidas” (TRIPODI, TONI et alii.,<br />

11). Esta classificação adapta-se ao<br />

presente estudo, na medida em que<br />

serão trabalhados dados existentes, os<br />

quais vinculam-se às variáveis definidas<br />

por indicadores de desempenho<br />

devidamente relacionados a<br />

competitividade e ao risco de insolvência,<br />

tornando válidas as conclusões sobre a<br />

qualimetria da gestão econômica em<br />

laboratórios clínicos no Brasil. Esta é a<br />

essência do propósito deste artigo.<br />

Material e Métodos<br />

As atividades de pesquisa foram<br />

desenvolvidas em laboratórios de<br />

análises clínicas totalizando vinte e<br />

quatro eventos. Estes laboratórios<br />

estão localizados e distribuídos no País<br />

da seguinte forma: Região Sudeste<br />

com 62%; Região Nordeste com 17%;<br />

Região Centro-Oeste com 13% e Região<br />

Sul com 8%. A distribuição por Estado<br />

ocorre desta maneira: Minas Gerais<br />

com 9; São Paulo com 3; Espírito Santo<br />

com 3; Rio Grande do Sul com 2 e Bahia,<br />

Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de<br />

Janeiro, Mato Grosso e Goiás todos com<br />

1. Em cada laboratório foi utilizada uma<br />

ferramenta que permite a padronização<br />

da coleta de dados e a comparação dos<br />

resultados das variáveis integrantes do<br />

estudo, monitoradas por indicadores<br />

de desempenho. As variáveis são<br />

subjacentes às declarações (asserções)<br />

que compõem a ferramenta usada para<br />

coletar os dados. Esta é um questionário<br />

integrado por 46 declarações<br />

distribuídas em 7 dimensões da<br />

qualidade da gestão econômica<br />

em laboratórios clínicos, que são:<br />

1. Qualidade da receita – situação<br />

econômica. 2. Qualidade da<br />

receita – situação financeira. 3.<br />

Adequação do volume da receita.<br />

4. Adequação dos custos fixos. 5.<br />

Adequação dos custos variáveis.<br />

6. Rentabilidade da produção. 7.<br />

Estratégica. Competitividade e<br />

risco de insolvência. A ferramenta<br />

que permite a coleta padronizada dos<br />

dados usa uma escala tipo Linkert<br />

de sete pontos. Desenvolvemos<br />

um método para a metrificação da<br />

qualidade da gestão econômica<br />

em laboratórios clínicos. Criamos a<br />

Escala Qualigest que possibilita<br />

avaliar a discrepância entre os<br />

valores máximos teóricos possíveis<br />

de qualidade da gestão econômica e<br />

os valores percebidos pelos gestores<br />

laboratoriais. Quanto menor for<br />

a discrepância entre esses<br />

valores, maior será a qualidade<br />

percebida da gestão econômica<br />

e maior será a competitividade<br />

dos laboratórios, com menores<br />

riscos de insolvência. A “Percepção”<br />

é o processo em que os gestores<br />

laboratoriais selecionam, organizam<br />

e interpretam as informações para<br />

formar uma imagem (avaliação – nota<br />

– grau) da qualidade dos sistemas<br />

de gestão econômica dos seus<br />

laboratórios. Em síntese, os valores<br />

da qualidade da gestão econômica<br />

são determinados pelas respostas dos<br />

gestores laboratoriais ao longo de uma<br />

escala tipo Linkert de sete pontos, para<br />

as 46 declarações componentes da<br />

Escala Qualigest.


GESTÃO LABORATORIAL<br />

Cálculo da qualidade da gestão<br />

econômica em laboratórios<br />

Algebricamente:<br />

Onde:<br />

• “Qx” representa a qualidade da<br />

gestão econômica percebida pelos<br />

gestores dos “n” laboratórios, calculada<br />

por laboratório da amostra.<br />

• “Pi” representa a percepção dos<br />

gestores laboratoriais em relação ao<br />

item “i” da Escala Qualigest.<br />

• “100%” representa o valor teórico<br />

máximo possível da qualidade<br />

econômica em laboratórios.<br />

Para avaliar o escore geral da<br />

qualidade da gestão econômica em<br />

laboratórios clínicos no Brasil, utilizamos<br />

a média aritmética de todos os “n”<br />

laboratórios participantes da amostra.<br />

Algebricamente:<br />

Onde:<br />

• “Q” representa a “Qualidade média<br />

da gestão econômica em laboratórios<br />

clínicos no Brasil”.<br />

• “Qx” representa a qualidade da<br />

gestão econômica percebida em cada<br />

laboratório participante da amostra.<br />

• “n” representa o número de<br />

laboratórios participantes da amostra.<br />

A existência de resultado negativo<br />

na avaliação da qualidade da gestão<br />

econômica é identificada na Escala<br />

Qualigest em função de que a<br />

percepção dos gestores nem sempre<br />

é 100% daquilo que é desejado, ou<br />

seja, o máximo possível. Isto implica<br />

na mensuração e identificação precisa<br />

de onde ocorre determinada situação<br />

não desejada. A quantificação de<br />

forma abrangente é obtida pelo próprio<br />

instrumento. Um maior aumento<br />

da precisão, seja na quantificação<br />

ou na localização das deficiências,<br />

bem como das ações corretivas e<br />

preventivas, somente é possível<br />

mediante análise mais aprofundada<br />

de cada participante da amostra,<br />

utilizando as devidas ferramentas de<br />

tecnologia da informação, tais como as<br />

encontradas no PROGELAB – Programa<br />

Nacional para Profissionalização da<br />

Gestão Laboratorial (FAÇANHA, H.C.F.;<br />

PRESTES, PVE.; FAÇANHA, V.C., 4).<br />

Independente disto, a Escala Qualigest<br />

viabiliza, segundo a percepção dos<br />

próprios gestores laboratoriais, avaliar o<br />

nível da qualidade da gestão econômica<br />

nos laboratórios, permitindo identificar<br />

deficiências, por definição do próprio<br />

instrumento, onde essas deficiências<br />

são classificadas em função das suas<br />

origens conforme as 7 dimensões da<br />

qualidade. A etapa seguinte, uma vez<br />

identificadas as deficiências na gestão<br />

econômica, é a elaboração do plano de<br />

ações corretivas e preventivas, fechando<br />

o ciclo PDCA de gestão.<br />

A Escala Qualigest<br />

Para atingirmos o propósito do estudo,<br />

desenvolvemos a Escala Qualigest, cuja<br />

base é uma escala tipo Linkert de sete<br />

pontos, com extremos legendados de<br />

“Discordo plenamente” (Posição 1) e<br />

“Concordo plenamente” (Posição 7). As<br />

demais posições intermediárias são:<br />

2. Discordo<br />

3. Discordo parcialmente<br />

4. Nem concordo/Nem discordo<br />

5. Concordo parcialmente<br />

6. Concordo<br />

A essência inovadora da Escala<br />

Qualigest está na matriz que relaciona<br />

“Dimensões x Declarações”. Criamos<br />

“7 Dimensões” e “46 Declarações”<br />

correlacionadas entre si, que<br />

possibilitam a qualimetria (metrificação<br />

da qualidade) da gestão econômica<br />

de laboratórios clínicos, viabilizando<br />

sua identificação, quantificação,<br />

diagnóstico das deficiências e plano<br />

de ações. A matriz “Dimensão x<br />

Declaração” emerge dos conceitos de<br />

qualidade e de gestão econômica. Após<br />

vinte anos trabalhando, observando<br />

e desenvolvendo produtos nesta<br />

0 60<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


GESTÃO LABORATORIAL<br />

área para laboratórios de todas as<br />

regiões do País, podemos perceber<br />

as nuances das relações existentes<br />

entre as diversas variáveis presentes<br />

na gestão econômica dos laboratórios<br />

clínicos. Pesquisamos e desenvolvemos<br />

diversos produtos já testados na prática<br />

(FAÇANHA, H.C.F.; PRESTES, PVE.;<br />

FAÇANHA, V.C., 4) que consolidaram as<br />

premissas apoiadoras das correlações<br />

entre variáveis, fundamento da matriz<br />

“Dimensão x Declaração”.<br />

Relação entre as dimensões (da<br />

qualidade da gestão econômica)<br />

e as declarações<br />

Dimensão 1 Qualidade da<br />

Receita - Situação econômica<br />

Indicador: Valor médio dos exames<br />

(Ticket médio)<br />

Declarações:<br />

1. O laboratório precifica os seus exames<br />

de forma correta sob o ponto de vista<br />

econômico, visando assegurar a devida<br />

rentabilidade sem perda de mercado.<br />

2. O laboratório conhece os valores dos<br />

exames praticados pela concorrência.<br />

3. O laboratório sabe avaliar se os<br />

exames vendidos são competitivos no<br />

seu mercado de atuação.<br />

Dimensão 2 Qualidade da<br />

Receita – Situação financeira<br />

Indicadores: Diferença entre o<br />

produzido e o efetivamente recebido;<br />

Inadimplência; Receita à vista<br />

Declarações:<br />

4. O percentual da receita recebida<br />

à vista pelo laboratório é satisfatório,<br />

comparado com a concorrência.<br />

5. O valor da inadimplência dos convênios<br />

para com o laboratório é aceitável se<br />

comparado com a concorrência.<br />

Dimensão 3 Adequação do<br />

Volume da Receita<br />

Indicadores: GAO – Grau de<br />

alavancagem operacional; Produtividade<br />

dos colaboradores; Produtividade dos<br />

custos fixos; Ponto de equilíbrio; Custo final<br />

total com mão de obra própria; Eficiência<br />

do modo de produzir<br />

Declarações:<br />

6. O laboratório avalia quantitativamente<br />

se a capacidade instalada para recepcionar,<br />

coletar, produzir, entregar e faturar é<br />

adequada a demanda dos exames.<br />

7. Comparado com a concorrência,<br />

o efetivo de recursos humanos é<br />

adequado ao porte do laboratório.<br />

8. O laboratório avalia se a<br />

remuneração da equipe é pertinente a<br />

praticada pela concorrência.<br />

9. O laboratório controla de forma<br />

eficiente os seus custos fixos,<br />

comparando com a concorrência.<br />

10. O laboratório calcula sistematicamente<br />

quantos dias por mês produzem os lucros.<br />

11. O laboratório projeta as margens<br />

de lucro e as rentabilidades para<br />

diversos cenários de vendas.<br />

12. O laboratório calcula sistematicamente<br />

o Ponto de Equilíbrio.<br />

13. O laboratório, em caso de expansão<br />

ou abertura de novos negócios, sabe<br />

como calcular os lucros esperados.<br />

14. O custo específico da mão de obra<br />

própria do laboratório, comparado com<br />

o da concorrência é compatível com os<br />

de mesmo porte.<br />

15. O laboratório calcula o custo de<br />

produção dos exames para assegurar<br />

que sejam compatíveis com o seu porte.<br />

16. O laboratório controla o custo<br />

de produção dos exames para<br />

assegurar que seja menor do que o da<br />

concorrência.<br />

17. O laboratório terceiriza exames<br />

mediante avaliação econômica e<br />

financeira da relação custo x benefício,<br />

quantificando os ganhos.<br />

Dimensão 4 Adequação dos<br />

Custos Fixos<br />

Indicadores: todos os integrantes dos<br />

custos fixos de um laboratório<br />

Declarações:<br />

18. O laboratório, se comparando com<br />

a concorrência, avalia se o que gasta com<br />

aluguel está adequado ao seu porte.<br />

19. O laboratório, se comparando<br />

com a concorrência, avalia se o que<br />

gasta com água, energia elétrica e<br />

comunicações, está adequado ao seu<br />

porte.<br />

20. O laboratório, se comparando com<br />

a concorrência, avalia se o que gasta<br />

com marketing, material de uso comum<br />

e serviços de terceiros, está adequado<br />

ao seu porte.<br />

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21. O laboratório, se comparando com<br />

a concorrência, avalia se o que gasta<br />

com investimentos e capital de giro,<br />

está adequado ao seu porte.<br />

Dimensão 5 Adequação dos<br />

Custos Variáveis<br />

Indicadores: todos os integrantes dos<br />

custos variáveis de um laboratório<br />

Declarações:<br />

22. O laboratório, se comparando com<br />

a concorrência, avalia se o que gasta<br />

com reagentes, controles e calibradores,<br />

está adequado ao seu porte.<br />

23. O laboratório, se comparando com<br />

a concorrência, avalia se o que gasta<br />

com descartáveis, manutenção de<br />

equipamentos e material de escritório,<br />

está adequado ao seu porte.<br />

24. O laboratório, se comparando<br />

com a concorrência, avalia se o que<br />

gasta com laboratórios de apoio está<br />

adequado ao seu porte.<br />

25. O laboratório, se comparando com<br />

a concorrência, avalia se o que gasta<br />

com impostos está adequado ao seu<br />

porte.<br />

Dimensão 6 Rentabilidade da<br />

Produção (Parque Produtivo)<br />

Indicadores: os de custos variáveis<br />

associados aos perfis de demanda<br />

dos clientes junto aos equipamentos e<br />

setores (Áreas) de um laboratório<br />

Declarações:<br />

26. O laboratório calcula o custo de<br />

produção dos exames mais vendidos<br />

e avalia sua competitividade se<br />

comparando com a concorrência.<br />

27. O laboratório calcula a<br />

rentabilidade dos exames para os<br />

principais convênios.<br />

28. O laboratório calcula a rentabilidade<br />

dos equipamentos e setores (áreas)<br />

para os principais convênios.<br />

29. O laboratório calcula a viabilidade<br />

dos principais convênios em função das<br />

suas rentabilidades.<br />

30. O laboratório determina limites<br />

mínimos para os valores globais que<br />

podem ser aceitos em negociações,<br />

para não colocar em risco a operação<br />

do negócio.<br />

31. O laboratório identifica quais<br />

exames dos convênios devem ser<br />

negociados.<br />

32. O laboratório identifica os valores<br />

mínimos individuais para os exames,<br />

adequados para cada negociação<br />

específica.<br />

33. O laboratório identifica o nível<br />

máximo de desconto que pode ser<br />

concedido por exame e convênio.<br />

34. O laboratório calcula com base<br />

na ciência econômica, os exames que<br />

devem ser terceirizados para obter a<br />

máxima rentabilidade.<br />

Dimensão 7 Estratégica.<br />

Competitividade e Risco de<br />

Insolvência<br />

Indicadores: Margem de segurança<br />

(%); Margem líquida de lucro em<br />

relação ao produzido (%); Dia do mês<br />

em que atinge o ponto de equilíbrio;<br />

Razão operacional (%)<br />

Declarações:<br />

35. O laboratório avalia sua<br />

lucratividade com base na concorrência.<br />

36. O laboratório avalia sua<br />

competitividade com base na<br />

concorrência.<br />

37. O laboratório avalia seu risco de<br />

insolvência com base na concorrência.<br />

38. O laboratório identifica de forma<br />

sistemática os problemas econômicos e<br />

financeiros, bem como suas causas.<br />

39. O laboratório implementa de<br />

forma sistemática ações corretivas<br />

e preventivas para sanar e prevenir<br />

problemas econômicos e financeiros.<br />

40. O laboratório analisa de forma<br />

sistemática, as repercussões nos lucros<br />

causadas por problemas econômicos e<br />

financeiros.<br />

41. O laboratório avalia a correta<br />

alocação dos recursos físicos,<br />

financeiros e humanos para atingir<br />

metas desejadas.<br />

42. O laboratório estabelece seu<br />

planejamento estratégico com base<br />

nos resultados da concorrência,<br />

assegurando desta forma, que a<br />

organização seja competitiva e com<br />

baixo risco de insolvência.<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

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GESTÃO LABORATORIAL<br />

Tabela 1: Regiões do Brasil integrantes do estudo.<br />

Figura 1: Regiões do Brasil integrantes do estudo.<br />

Figura 6: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

por Declaração.<br />

Figura 7: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

por Declaração (Radar).<br />

Figura 12: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

por Declaração.<br />

Figura 13: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

por Declaração (Radar).<br />

Tabela 2: Estados do Brasil integrantes do estudo.<br />

Figura 8: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

por Declaração.<br />

Figura 14: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

por Declaração.<br />

Figura 2: Estados do Brasil integrantes do estudo.<br />

Figura 9: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

por Declaração (Radar).<br />

Figura 15: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

por Declaração (Radar).<br />

Figura 3: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

Percebida pelos Gestores<br />

Figura 10: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

por Declaração.<br />

Figura 16: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

por Declaração<br />

Figura 4: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

por Dimensão.<br />

Figura 11: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

por Declaração (Radar).<br />

Figura 17: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

por Declaração (Radar).<br />

Figura 5: Curva da Qualidade Média da Gestão Econômica<br />

por Dimensão (Radar).<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


43. O laboratório mensura e compara<br />

com a concorrência seus índices de<br />

eficiência gerencial.<br />

44. O laboratório participa de ranking<br />

de competência gerencial.<br />

45. O laboratório sabe a forma e o<br />

momento de mudar a operação do<br />

negócio.<br />

46. O laboratório avalia periodicamente<br />

qual o seu valor de mercado.<br />

Resultados<br />

Recapitulando: 1) “Qx” representa<br />

a qualidade da gestão econômica<br />

percebida pelos gestores dos “n”<br />

laboratórios, calculada por laboratório<br />

da amostra. 2) “Q” representa a<br />

“Qualidade média da gestão econômica<br />

em laboratórios clínicos no Brasil”<br />

ou “Escore geral da qualidade da<br />

gestão econômica em laboratórios<br />

clínicos no Brasil”. Nesta fase é<br />

realizada a identificação de problemas<br />

(Diagnóstico). 3) A Escala Qualigest<br />

viabiliza, segundo a percepção dos<br />

próprios gestores laboratoriais, além<br />

de avaliar o nível da qualidade da<br />

gestão econômica nos laboratórios,<br />

investigar deficiências (Possíveis causas<br />

dos problemas), por definição do<br />

próprio instrumento. Estas deficiências<br />

são classificadas em função das suas<br />

origens conforme as 7 dimensões da<br />

qualidade. 4) A etapa seguinte, uma<br />

vez investigadas as deficiências na<br />

gestão econômica, é a elaboração das<br />

soluções (Plano de ações corretivas e<br />

preventivas), fechando o ciclo PDCA<br />

de gestão. Uma vez feitas estas<br />

considerações iniciais, apresentamos<br />

a seguir o conjunto dos resultados do<br />

estudo, começando pela estatística<br />

geral seguida pelos resultados<br />

propriamente ditos, conforme figuras e<br />

tabelas devidamente identificadas.<br />

Discussão e Conclusões<br />

A essência deste estudo, em última<br />

análise, busca avaliar o volume das<br />

perdas econômicas/financeiras e sua<br />

repercussão na competitividade e<br />

risco de insolvência dos laboratórios<br />

de análises clínicas. Perdas estas<br />

decorrentes da carência na qualidade da<br />

gestão econômica dessas organizações.<br />

A metrificação da qualidade da gestão<br />

econômica viabiliza, pelo menos, uma<br />

quantificação aproximada das perdas,<br />

pois mensura o gap (DELTA) entre a<br />

qualidade percebida pelos gestores<br />

laboratoriais e o máximo teórico possível<br />

(DELTA = Q = Pi -100%). “Q” representa<br />

a “Qualidade média da gestão econômica<br />

em laboratórios clínicos no Brasil” ou<br />

“Escore geral da qualidade da gestão<br />

econômica em laboratórios clínicos no<br />

Brasil”. Decorre do gráfico na figura 3.<br />

• Diagnóstico (Identificação do problema):<br />

o estudo mostrou Q = -36,88%. O<br />

melhor resultado obtido foi de -4,71%<br />

(benchmark) e o pior resultado -79,71%.<br />

Um valor de Q = -36,88% significam<br />

que em média, os gestores laboratoriais<br />

percebem que a qualidade da gestão<br />

econômica dos seus laboratórios está<br />

36,88% aquém (abaixo; pior) do esperado,<br />

do desejado, do máximo possível. Dito de<br />

outra forma, numa escala de 0 a 100%,<br />

a qualidade da gestão econômica dos<br />

laboratórios, segundo seus gestores,<br />

está, na média em 63,12%. Isto mostra<br />

de forma indubitável a necessidade que<br />

laboratórios brasileiros têm de aprimorar,<br />

de profissionalizar a gestão econômica.<br />

Nesta fase, o estudo identificou a existência<br />

de problema (Diagnóstico), materializado<br />

por: CARÊNCIA SIGNIFICATIVA DE<br />

GESTÃO ECONÔMICA PROFISSIONAL NOS<br />

LABORATÓRIOS CLÍNICOS.<br />

• Investigação das possíveis causas<br />

(Observação e análise): o estudo da<br />

origem das deficiências na gestão<br />

econômica é conduzido nas 7<br />

Dimensões da qualidade, junto às<br />

Declarações (asserções). Utilizando o<br />

método dedutivo vamos analisar quais<br />

Dimensões têm problemas (causas<br />

do problema maior já identificado no<br />

diagnóstico) para somente, então,<br />

investigarmos quais as Declarações<br />

são responsáveis, em última análise.<br />

Ainda, para cada etapa, serão utilizados<br />

dois tipos de gráficos (barras e radar),<br />

pois, são complementares, permitindo<br />

perceber nos resultados, detalhes e<br />

volume em cada processo estudado.<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

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GESTÃO LABORATORIAL<br />

O critério geral para identificar os<br />

problemas nesta fase (que são<br />

as possíveis causas do problema<br />

maior) é quando qualquer Dimensão<br />

ou Declaração (que representam<br />

indicadores de desempenho dos<br />

diversos processos econômicos e<br />

financeiros dos laboratórios), for pior<br />

que a “Qualidade média da gestão<br />

econômica em laboratórios clínicos no<br />

Brasil” ou “Escore geral da qualidade<br />

da gestão econômica em laboratórios<br />

clínicos no Brasil”, representada por “Q”.<br />

Analisando as figuras 4 e 5, fica evidente<br />

que as Dimensões 2,3 e 7, ou seja: 2 –<br />

QUALIDADE DA RECEITA – Situação<br />

financeira; 3 – ADEQUAÇÃO DO VOLUME<br />

DA RECEITA e 7 – ESTRATÉGICA.<br />

COMPETITIVIDADE E RISCO DE<br />

INSOLVÊNCIA, são as responsáveis<br />

pelos problemas. Aprofundando a<br />

análise, figuras 6 e 7, denota-se que na<br />

Dimensão 2, a Declaração 5 (O valor da<br />

inadimplência dos convênios para com<br />

o laboratório é aceitável se comparado<br />

com a concorrência.) com -41,67%,<br />

fica registrada como a primeira causa<br />

do problema maior anteriormente<br />

identificado. Ou seja, os gestores<br />

laboratoriais reconhecem que a<br />

inadimplência de fontes pagadoras está<br />

prejudicando a qualidade da gestão<br />

econômica dos seus laboratórios.<br />

Continuando o estudo com a Dimensão<br />

3, nas figuras 8 e 9, denota-se as<br />

seguintes Declarações como causas de<br />

problemas: 10. O laboratório calcula<br />

sistematicamente quantos dias por<br />

mês produzem os lucros. (-51,39%);<br />

11. O laboratório projeta as margens de<br />

lucro e as rentabilidades para diversos<br />

cenários de vendas. (-50,69%); 12. O<br />

laboratório calcula sistematicamente<br />

o Ponto de Equilíbrio. (-51,39%); 13. O<br />

laboratório, em caso de expansão ou<br />

abertura de novos negócios, sabe como<br />

calcular os lucros esperados. (-45,14%);<br />

15. O laboratório calcula o custo de<br />

produção dos exames para assegurar<br />

que sejam compatíveis com o seu<br />

porte. (-40,28%). Ou seja, os gestores<br />

laboratoriais percebem deficiências na<br />

qualidade da gestão econômica com<br />

menor ênfase nos custos de produção<br />

dos exames e maiores dificuldades na<br />

área do conhecimento que envolve<br />

o ponto de equilíbrio, margens de<br />

contribuição (fato confirmado na<br />

Dimensão 6 - RENTABILIDADE DA<br />

PRODUÇÃO (PARQUE PRODUTIVO),<br />

produtividade dos colaboradores e<br />

eficiência do modo de produzir, que<br />

envolve o adequado equilíbrio entre<br />

a produção própria e a terceirizada<br />

com laboratórios de apoio. Seguindo<br />

na análise das causas, observando as<br />

figuras 14 e 15 relativas a Dimensão 6,<br />

que está melhor que a média do setor das<br />

análises clínicas, contudo, constatamos<br />

que apresenta duas Declarações piores:<br />

28. O laboratório calcula a rentabilidade<br />

dos equipamentos e setores (áreas) para<br />

os principais convênios. (-46,53%);<br />

29. O laboratório calcula a viabilidade<br />

dos principais convênios em função<br />

das suas rentabilidades. (-39,58%).<br />

Isto pode ser entendido como a<br />

constatação dos gestores laboratoriais<br />

de que existem deficiências na gestão<br />

da qualidade econômica, na medida<br />

em que desconhecem a rentabilidade<br />

dos equipamentos da produção nas<br />

diversas áreas ou setores (hematologia,<br />

bioquímica, microbiologia etc.), bem<br />

como a viabilidade de exames, quando<br />

se associa aos custos de produção,<br />

relativamente conhecidos, os valores<br />

pagos pelos clientes (convênios etc.)<br />

e seus respectivos perfis de demanda.<br />

Finalizando a investigação das causas,<br />

analisamos as figuras 16 e 17, onde<br />

fica evidente causas de problemas<br />

nas seguintes Declarações: 35. O<br />

laboratório avalia sua lucratividade<br />

com base na concorrência. (-56,25%);<br />

37. O laboratório avalia seu risco de<br />

insolvência com base na concorrência.<br />

(-41,67%); 40. O laboratório analisa<br />

de forma sistemática, as repercussões<br />

nos lucros causadas por problemas<br />

econômicos e financeiros. (-44,44%);<br />

41. O laboratório avalia a correta alocação<br />

dos recursos físicos, financeiros e<br />

humanos para atingir metas desejadas.<br />

(-38,19%); 42. O laboratório estabelece<br />

seu planejamento estratégico com<br />

base nos resultados da concorrência,<br />

assegurando desta forma, que a<br />

0 68<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


O Celltac G reporta 33 parâmetros<br />

em 40 segundos usando apenas<br />

40μL de amostra. Conta também<br />

com novos parâmetros que<br />

ajudam a acelerar o diagnóstico<br />

através de resultados precisos.<br />

- Os recém adicionados RDWI e Índice Mentzer adicionam valiosas informações<br />

clínicas para diferenciar os traços de uma possível Beta-talassemia de anemia<br />

ferropriva, nos casos de anemia microcítica.<br />

- Os parâmetros P-LCR e P-LCC reportam plaquetas gigantes, plaquetas<br />

agregadas ou células fragmentadas.<br />

- Faz a separação dos neutrófilos em Segmentados (# %) e Bastonetes (# %);<br />

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GESTÃO LABORATORIAL<br />

organização seja competitiva e com<br />

baixo risco de insolvência. (-39,58); 43.<br />

O laboratório mensura e compara com<br />

a concorrência seus índices de eficiência<br />

gerencial. (-40,28%); 44. O laboratório<br />

participa de ranking de competência<br />

gerencial. (-62,50%); 45. O laboratório<br />

sabe a forma e o momento de mudar a<br />

operação do negócio. (-47,92%); 46. O<br />

laboratório avalia periodicamente qual<br />

o seu valor de mercado. (-52,78%).<br />

Chama a atenção a Declaração 36. O<br />

laboratório avalia sua competitividade<br />

com base na concorrência. (-33,33%),<br />

cujo valor ficou melhor que a média<br />

do setor (-36,88%). O motivo é que<br />

esta asserção colide frontalmente<br />

com praticamente todas as asserções<br />

da Dimensão 7, na medida em que<br />

se ela for verdadeira, as demais são<br />

falsas, na proporção de 9 para 1, o<br />

que é estatisticamente improvável.<br />

Creditamos este viés à possibilidade de<br />

os gestores não terem levado em conta<br />

a própria definição econômica para a<br />

“Competitividade”, que impõe a melhor<br />

relação de saídas x entradas (receitas x<br />

custos), avaliada em processo formal<br />

de benchmarking competitivo, para<br />

validação, do contrário, não existirá<br />

o conceito de “Competição”. Uma<br />

vez feita esta ressalva, o essencial<br />

resumido das causas identificadas pelas<br />

Declarações da Dimensão 7 pode ser<br />

o seguinte: os gestores laboratoriais<br />

reconhecem deficiências na qualidade<br />

da gestão econômica no tocante a falta<br />

da prática de ações na importantíssima<br />

área do planejamento estratégico e<br />

sua efetivação e controle (Ciclo PDCA<br />

de gestão), com base em processos de<br />

benchmarking, onde as ações sejam<br />

identificadas com fundamento nos<br />

resultados da concorrência. Ainda, a<br />

competitividade empresarial e o risco<br />

de insolvência dos laboratórios não são<br />

usualmente calculados e corretamente<br />

avaliados por processos competitivos<br />

de comparação com a concorrência.<br />

Nesta situação, nem sempre lucros altos<br />

significam competência gerencial. Altos<br />

valores do ticket médio podem gerar<br />

lucros fáceis, em mercados isolados e<br />

privilegiados, contudo, nem sempre<br />

esses laboratórios serão competitivos,<br />

pois administrar na abundância de<br />

recursos pode induzir falsa segurança.<br />

Atualmente os laboratórios raramente<br />

operam em ambientes isolados,<br />

portanto, funcionam em mercados cada<br />

vez mais disputados por concorrência<br />

aguerrida, exigindo a prática de<br />

benchmarking. “Não basta medir, é<br />

preciso comparar” (FAÇANHA, H.C.F.;<br />

PRESTES, PVE.; FAÇANHA, V.C., 4).<br />

• Solução (Plano de ação): cada<br />

laboratório apresenta uma realidade<br />

própria, única, que lhe distingue dos<br />

demais. Problemas específicos exigem<br />

soluções específicas. São inúmeras as<br />

variáveis que constituem o universo<br />

da gestão econômica, impossibilitando<br />

individualizar soluções em um estudo<br />

amplo, genérico e abrangente, como<br />

é este o caso. Aqui, a solução possível<br />

é necessariamente “lato sensu”. O<br />

problema que atualmente assola<br />

o mercado das análises clínicas no<br />

Brasil, pode ser sintetizado por:<br />

“Risco crescente de insolvência dos<br />

laboratórios clínicos decorrente da<br />

queda na competitividade” (FAÇANHA,<br />

H.C.F.; PRESTES, PVE.; FAÇANHA, V.C.,<br />

4). Então, qualquer plano de ação para<br />

ser bom, deve ter no seu escopo um<br />

capítulo com ações preventivas para<br />

avaliar e controlar a competitividade e<br />

o risco de insolvência. Isto só é possível<br />

se comparando com a concorrência em<br />

processos de benchmarking, pois não<br />

existe competição sem comparação.<br />

Simples assim. O segundo aspecto de<br />

um bom plano de ação é dotar a gestão<br />

laboratorial de suporte científico às<br />

decisões. A utilização de um Sistema<br />

de Apoio à Decisão (SAD) decorre,<br />

fundamentalmente, da competição<br />

cada vez maior entre as organizações,<br />

bem como da necessidade de obter<br />

de forma rápida, informações cruciais<br />

para a tomada de decisões. Um SAD<br />

é responsável por captar e elaborar<br />

informações contidas em uma base<br />

de dados, transformando-os em<br />

vantagem competitiva, pela tomada<br />

de decisões de forma inteligente. Os<br />

gestores laboratoriais precisam decidir<br />

0 70<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


fundamentados em indicadores que<br />

envolvem pelo menos as variáveis<br />

de receitas, as quais dependem dos<br />

preços de centenas de exames, que<br />

por sua vez são determinados pelo<br />

perfil de demanda, sendo feitos em<br />

diversos equipamentos em múltiplos<br />

setores, que demandam milhares de<br />

componentes de custos com reagentes,<br />

controles, calibradores, descartáveis<br />

etc. Tudo suportado por uma estrutura<br />

de custos fixos formada por centenas de<br />

itens. Enfim, são variáveis vinculadas a<br />

receitas dependentes do volume e perfil<br />

de demanda, a custos variáveis bem<br />

como fixos, gerando a possibilidade de<br />

infinitas combinações. E, os gestores<br />

devem decidir pela combinação<br />

mais otimizada. Atualmente, com a<br />

complexidade que os laboratórios<br />

apresentam, por produzirem de forma<br />

industrial informações e serviços,<br />

exigem competência extraordinária<br />

para enfrentar tal combinação<br />

desafiadora. Sem algoritmos<br />

matemáticos, as chances para decisões<br />

otimizadas reduzem drasticamente.<br />

Finalizando, o plano de ação “lato<br />

sensu”, pelo exposto, deve contemplar<br />

um aspecto de suma importância:<br />

cada vez mais se torna imperiosa a<br />

necessidade de gestão profissional<br />

na área econômica e financeira dos<br />

laboratórios brasileiros. Não existe mais<br />

espaço para a gestão amadora, baseada<br />

somente na intuição. Esta não deve ser<br />

desprezada, entretanto, não pode ser<br />

o leme das decisões nessa importante<br />

área. Existem diversas ferramentas para<br />

auxiliar os gestores laboratoriais. Por<br />

exemplo, os já referidos Sistemas de<br />

Apoio à Decisão (SAD), que hoje são<br />

altamente necessários para o devido<br />

suporte racional, matemático, visando<br />

contribuir na construção de um futuro<br />

perene para os laboratórios clínicos. São<br />

vários sistemas de TI com finalidades<br />

específicas, todavia, o grande desafio<br />

não é decidir por esta ou aquela<br />

ferramenta, é sim, a conscientização<br />

da alta direção da real necessidade<br />

de efetivamente praticar de forma<br />

profissional, a gestão econômica dos<br />

laboratórios clínicos.<br />

REFERÊNCIAS<br />

1. FAÇANHA, H.C.F.; PRESTES, R.M.; PRESTES, PVE.;<br />

FAÇANHA, V.C. Tratado de Gestão Aplicada a Laboratórios<br />

Clínicos. 1. Ed. São Paulo, Editora Eskalab Eireli, 2014, 548p.<br />

2. SANTOS, PAULO SÉRGIO MONTEIRO DOS. Gestão de riscos<br />

empresariais. 1. Ed. São Paulo, Novo Século Editora, 2002, 109 p.<br />

3. PIMENTEL, ALEX. Curso de empreendedorismo. 1. Ed.<br />

São Paulo, Editora Digerati Books, 2008, 128p.<br />

4. FAÇANHA, H.C.F.; PRESTES, PVE.; FAÇANHA, V.C.<br />

PROGELAB – Programa Nacional para Profissionalização<br />

da Gestão Laboratorial. Gestão Econômica Aplicada Para<br />

Laboratórios Clínicos. 1. Ed. Ampliada São Paulo, Editora<br />

DenDabenj Editora News, 2019, 330p.<br />

5. DAMODARAN, ASWATH. – Gestão estratégica do risco:<br />

uma referência para a tomada de riscos empresariais. 1.<br />

Ed. Brasileira. Porto Alegre, Editora Bookman, 2009, 384 p.<br />

6. OLIVEIRA, ERNANI TADEU. Planejamento financeiro para pequenas<br />

empresas. 1. Ed. Porto Alegre, SEBRAE/FAURGS, 1997, 36p.<br />

7. BRUNI, ADRIANO LEAL; FAMÁ, RUBENS. Gestão de custos<br />

e formação de preços: com aplicações na calculadora HP<br />

12 C e Excel. 3. Ed. São Paulo, Editora Atlas, 2004, 551p.<br />

8. DA COSTA FILHO, HUMBERTO FAÇANHA; DA COSTA,<br />

ROSA MAYR PRESTES. Cálculo dos custos e análise da<br />

rentabilidade em laboratórios clínicos – Modelo Custo<br />

Certo. 2. Ed. São Paulo, Editora Eskalab Ltda., 2008, 144p.<br />

9. SCHMIDT, PAULO; SANTOS, JOSÉ LUIZ DOS; MARTINS,<br />

MARCO ANTONIO. Avaliação de empresas: foco na análise<br />

de desempenho para o usuário interno: teoria e prática. 1.<br />

Ed. São Paulo, Editora Atlas, 2006, 169p.<br />

10. KERLINGER, FRED NICHOLS. Metodologia da Pesquisa<br />

em Ciências Sociais. Tradução de Helena Mendes Rotundo.<br />

São Paulo: EDUSP, 1980.<br />

11. TRIPODI, TONI et alii. Análise da pesquisa social. 2a Ed.<br />

São Paulo: Francisco Alves, 1981.<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

Desafios econômicos durante e pós pandemia?<br />

Humberto Façanha<br />

TEMOS A SOLUÇÃO AO ALCANCE DOS LABORATÓRIOS:<br />

Sistema de gestão profissional para<br />

identificar problemas, causas e soluções<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

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GESTÃO PROFISSIONAL ACESSÍVEL<br />

PARA PEQUENOS E MÉDIOS LABORATÓRIOS!<br />

*Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Professor e engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />

da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />

(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />

do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA),<br />

curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />

www.unidosconsultoria.com.br<br />

0 71


MATÉRIA DE CAPA<br />

VYTTRA: UMA GIGANTE BRASILEIRA DE<br />

DIAGNÓSTICO MUNDIAL<br />

Reconhecida como uma das principais empresas a fornecer equipamentos e reagentes para<br />

laboratórios, hospitais, bancos de sangue, farmácias e drogarias de todo o País, a companhia<br />

tem como diferenciais a qualidade de seus produtos, o investimento contínuo em inovação e a<br />

proximidade na prestação de serviços.<br />

Orientação ao cliente e implementação de novas<br />

tecnologias são os dois pilares da estratégia<br />

de atuação e crescimento acelerado da Vyttra<br />

Diagnósticos, empresa brasileira especializada<br />

na fabricação e distribuição de equipamentos<br />

e reagentes para os mercados nacional e<br />

internacional de diagnóstico in vitro (IVD). Todos<br />

os seus profissionais assumem este desafio com<br />

paixão pelo que fazem e senso de propósito,<br />

já que visam, acima de tudo, a contribuição<br />

e o impacto social que seus testes e exames<br />

diagnósticos assertivos oferecem a pacientes,<br />

especialistas em saúde e ao público em geral.<br />

A Vyttra, que tem expertise de mais de 30<br />

anos no mercado de diagnósticos, sustenta a<br />

segunda posição nacional em hematologia e<br />

possui participação relevante em bioquímica,<br />

VHS, imunologia, genética, citologia líquida,<br />

biologia molecular e microbiologia. Além disso,<br />

mais recentemente, passou a oferecer também<br />

soluções de Point of CareTesting (POCT), mercado<br />

no qual tem crescido de forma exponencial.<br />

“Disponibilizamos um portfólio completo em<br />

IVD, tanto em automações de grande, médio ou<br />

pequeno porte, quanto em produtos de Point of<br />

Care. Ao todo, são mais de mil itens em termos de<br />

equipamentos, reagentes e consumíveis, os quais<br />

tangibilizam a nossa missão de proporcionar, por<br />

meio de exames e testes diagnósticos, o que<br />

há de mais precioso às pessoas: bem-estar e<br />

qualidade de vida. Aqui tudo o que fazemos –<br />

100% – tem senso de propósito. É por isso que<br />

trabalhamos”, completa Rubens.<br />

Foto: Rubens Freitas, CEO da Vyttra Diagnósticos<br />

Nossa história junto aos laboratórios, hospitais, bancos de sangue<br />

e clínicas é de longa data e nos orgulhamos do destaque que<br />

conquistamos nesse ecossistema. Mas, estamos em busca de muito<br />

mais ao evoluir em qualidade de atendimento e proximidade aos<br />

clientes, bem como na capacidade de antecipar suas necessidades,<br />

trazendo as melhores soluções e tecnologias disponíveis no mundo.<br />

É por esta razão que, logo após a minha chegada à companhia, em<br />

abril deste ano, a reorganizamos para que a jornadado cliente estivesse<br />

sempre no centro de todas as decisões. Como parte desse momento,<br />

criamos uma diretoria de Customer Experience (CX), a qual inclui não<br />

apenas as áreas de Assistência Técnica e Assessoria Científica, mas<br />

também todo o Supply Chain da empresa. É uma visão de atendimento<br />

total ao cliente, de ponta a ponta, potencializada, também, pela<br />

chegada de novos executivos nas áreas Comercial e de Marketing e<br />

pelo investimento intenso em inovação, seja via o desenvolvimento<br />

e fabricação próprios na nossa planta em Bragança Paulista, seja via<br />

parcerias com grandes players globais de IVD,<br />

enfatiza Rubens Freitas, CEO da Vyttra Diagnósticos, que conta com uma<br />

experiência de mais de 20 anos em aquisições de empresas e condução de<br />

projetos transformacionais em organizações dos mais diversos setores.<br />

0 72<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


MUITO MAIS QUE UMA FÁBRICA, UM HUB DE<br />

TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

Foto: Eduardo Castro, diretor de Marketing e Inovação da<br />

Vyttra Diagnósticos<br />

Para atingir seu compromisso com agilidade<br />

e excelência, a Vyttra Diagnósticos dispõe de<br />

instalações modernas e seguras em sua fábrica<br />

localizada em Bragança Paulista (SP). Com mais<br />

de 8mil m², a estrutura é composta por células<br />

de Pesquisa e Desenvolvimento de novos<br />

produtos, fabricação própria de equipamentos e<br />

linhas produtivas de hematologia, bioquímica,<br />

microbiologia, testes rápidos, entre outras.<br />

Esta versatilidade fabril propicia uma produção<br />

simultânea robusta e suficiente para atender à<br />

demanda por milhões de testes a cada mês.<br />

Nosso olhar para a operação vai além da questão produtiva. Estamos sempre voltados a pensar na<br />

inovação, tecnologia e sustentabilidade do processo. O trabalho em melhoria contínua é realizado de<br />

maneira ampla. Tanto que há tempos contamos com o tratamento de efluentes, reuso de água e escolha<br />

de insumos alinhados com o alto padrão de qualidade requerido pelo mercado<br />

Explica Eduardo Castro, Diretor de Marketing e Inovação da Vyttra Diagnósticos.<br />

Legenda: Fábrica da Vyttra Diagnósticos em Bragança Paulista (SP).<br />

Legenda: Área de estoque de produto acabado opera<br />

com tecnologia e organização.<br />

Legenda: Atenção aos mínimos detalhes em todas as áreas,<br />

principalmente naquela dedicada ao envase de reagentes.<br />

Legenda: Produtos final reflete todo o cuidado da<br />

equipe na montagem de kits.<br />

Legenda: Área branca ampla e alinhada com as normas<br />

de segurança para a manipulação de grandes envases.<br />

* Fotos: Disponibilizadas pela Vyttra Diagnósticos.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021 0 73


MATÉRIA DE CAPA<br />

CLIENTE SEMPRE EM<br />

PRIMEIRO LUGAR<br />

Não apenas de ambiente fabril e tecnologia<br />

de ponta a Vyttra Diagnósticos é feita. Um<br />

dos principais ativos da empresa é a equipe<br />

formada por mais de 250 colaboradores, que<br />

buscam a excelência diariamente.<br />

“Rumo à tendência de se mover rapidamente<br />

em prol das necessidades do mercado,<br />

oferecemos um suporte multicanal,<br />

chamado Vyttra Digital Care. Nossos clientes<br />

podem nos acionar por telefone, e-mail<br />

e via WhatsApp Business. Contamos com<br />

especialistas treinados, com um sistema<br />

preventivo e preditivo de acompanhamento<br />

de base instalada de equipamentos e, em<br />

breve, lançaremos uma plataforma de<br />

treinamentos com vídeos para autosserviço<br />

ou acompanhamento da equipe de<br />

atendimento técnico. Estamos prontos para<br />

qualquer tipo de interação e ficamos felizes<br />

em solucionar dúvidas em prol da melhor<br />

performance”, afirma Eduardo.<br />

Toda essa dedicação na prestação de<br />

serviços é aferida na prática, principalmente<br />

por clientes como o Tecnolab, o mais<br />

completo centro de diagnóstico da<br />

região do ABCD, Mauá e Ribeirão Pires.<br />

“Ao longo da parceria de mais de duas<br />

décadas com a Vyttra, construímos uma<br />

relação equilibrada, de confiança e de<br />

compartilhamento de uma visão justa<br />

para ambos. Afinal, temos a cultura de<br />

nos preocuparmos em oferecer o melhor<br />

aos nossos clientes, sendo a qualidade em<br />

produtos um atributo inquestionável e que<br />

não abrimos mão. Nosso objetivo é estarmos<br />

próximos daqueles que necessitam de<br />

um diagnóstico preciso e acreditamos<br />

que a detecção precoce de quaisquer<br />

enfermidades seja a chave para o sucesso<br />

de tratamentos. Por isso, a nossa motivação<br />

é contar com parceiros que tenham o<br />

mesmo compromisso e nos suportem no<br />

fornecimento de informações capazes<br />

de impulsionar a promoção da saúde e o<br />

melhor direcionamento da conduta médica<br />

junto aos pacientes”, destaca, Dr. Cristiano<br />

Perini, supervisor técnico do Tecnolab.<br />

PIONEIRISMO EM MEIO<br />

À URGÊNCIA<br />

Atenta ao cenário nacional e às questões de<br />

saúde pública, a Vyttra, desde 2020, passou<br />

a atuar também na linha de frente no<br />

combate à pandemia do novo coronavírus<br />

no Brasil, como a primeira empresa a<br />

disponibilizar testes imunológicos de<br />

Covid-19 para laboratórios.<br />

COVID-19: ATÉ O MOMENTO MAIS DE 6 MILHÕES DE TESTES REALIZADOS<br />

“Dado o nosso relacionamento com marcas de qualidade, inicialmente, priorizamos a importação de testes rápidos, que pudessem<br />

respaldar a população ávida por identificar a doença e adotar os protocolos indicados, como uma forma de ação coletiva e que pudesse<br />

salvar o maior número de vidas. Entretanto, dado o know-how em diagnósticos, em 2021, investimos na autonomia brasileira para<br />

a produção interna de testes rápidos, os disponibilizando às principais redes e reiterando o nosso compromisso com o País e com<br />

aqueles que buscavam essa solução”, conta Daniel Rocha, diretor de Point of Care da Vyttra Diagnósticos.<br />

Atualmente, a empresa tem uma capacidade de produção de 800 mil testes<br />

rápidos por mês e a previsão é dobrar esse número em um curto prazo.<br />

Esse movimento responde à demanda de testagem contínua e, também, à<br />

retomada econômica, provendo empregos e desenvolvimento local.<br />

Novos produtos da divisão de Point of Care devem ser lançados nos<br />

próximos meses e a companhia se mostra confiante em seu potencial,<br />

uma vez que vem conquistando cada vez mais novos clientes e Market<br />

Share na categoria.<br />

0 74<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


UM NEGÓCIO QUE SE RENOVA EM RITMO ACELERADO<br />

Compreender a jornada do cliente em<br />

profundidade diz muito sobre a cultura<br />

da Vyttra Diagnósticos. Tanto que, em um<br />

movimento de renovação direcionado ao<br />

cuidado integral dos processos e seus impactos<br />

– do Planejamento de Demanda ao Pós-<br />

Vendas -, a Diretoria de Customer Experience<br />

(CX) acaba de ser criada. O executivo escolhido<br />

para liderar esta missão é o Fábio Marins, que<br />

há cinco anos ocupa a posição de diretor de<br />

Operações da companhia. Com domínio<br />

sobre a cadeia de suprimentos do negócio e<br />

conhecimento profundo dos equipamentos e<br />

soluções ofertadas, o profissional agregará às<br />

suas responsabilidades as áreas de Assistência<br />

Técnica e Assessoria Científica, garantindo<br />

que a espinha dorsal da organização esteja<br />

totalmente orientada ao cliente. O executivo<br />

é engenheiro de produção elétrica pela<br />

Universidade Federal de Santa Catarina<br />

(UFSC) com MBA Executivo pelo Inspere<br />

especialização em Supply Chain pelo<br />

Massachusetts Institute of Technology (MIT).<br />

Ele atuará alinhado com a área Comercial<br />

para promover o diálogo, o fluxo constante<br />

de informações, um contato ainda mais<br />

próximo com os clientes e o sincronismo entre<br />

vendas e atendimento. “Ao longo de minha<br />

trajetória profissional tive o privilégio de<br />

desenvolver competências voltadas à visão<br />

sistêmica do negócio, senso de urgência,<br />

capacidade de diálogo, estruturação de<br />

times, processos e sistemas. Acredito que<br />

esses sejam atributos essenciais para a<br />

construção e sucesso da nossa estrutura<br />

de Customer Experience. Em conjunto com<br />

uma equipe talentosa chegaremos ao nosso<br />

objetivo de garantir um alto nível de serviço<br />

e atendimento”, destaca Fábio.<br />

Foto: Fábio Marins, diretor de Customer Experience<br />

da Vyttra Diagnósticos<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

FORTALECIMENTO DAS ÁREAS COMERCIAL E MARKETING<br />

Com a meta de estabelecer um trabalho<br />

contíguo com esta nova área, Lucas Veloso<br />

chega à empresa para comandar a Diretoria<br />

Comercial. Formado em Administração de<br />

Foto: Lucas Veloso, diretor Comercial da Vyttra Diagnósticos<br />

Empresas pela Universidade Federal de Minas<br />

Gerais (UFMG) e em Marketing pela Pontifícia<br />

Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-<br />

MG), com MBA pela Fundação Vanzolini e<br />

especializações em Modelagem Financeira<br />

e de Negócios pela faculdade de Wharton e<br />

em Processos de Vendas pela Kellogg School<br />

of Management, ele dará continuidade ao<br />

crescimento da Vyttra de forma sustentável<br />

em clientes de todos os portes e com as mais<br />

variadas necessidades.<br />

“A Vyttra está em um momento único. Temos<br />

um portfólio de soluções de excelência<br />

e padrões reconhecidos globalmente.<br />

Adicional a isso, uma gestão de alto nível<br />

está sendo aportada na companhia e os<br />

clientes podem esperar muita proximidade,<br />

relações comerciais transparentes e a melhor<br />

experiência, com rastreabilidade de suas<br />

demandas”, afirma Lucas, que já esteve à<br />

frente das áreas Comercial e de Marketing de<br />

diversas empresas investidas por fundos de<br />

Private Equitye Venture Capital.<br />

Mirella Amorim também se une à companhia<br />

para dar ainda mais propulsão e visibilidade<br />

ao portfólio da empresa. Bióloga graduada<br />

pela Pontifícia Universidade Católica de<br />

Campinas (PUC-Campinas) e com MBA em<br />

Marketing e Planejamento Estratégico pelo<br />

Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais<br />

(IBMEC), será responsável pela gerência<br />

executiva de Marketing da Vyttra.<br />

“Atuo no mercado de IVD há 22 anos. Entre<br />

rotinas laboratoriais e multinacionais, tive<br />

a oportunidade de desenvolver projetos e<br />

trabalhar em áreas de grande relevância,<br />

como na gestão de Key-Accounts, canal<br />

de distribuição e implementação de<br />

novas linhas. Nesta nova etapa de minha<br />

carreira, assumo a responsabilidade de<br />

realizar uma movimentação ambiciosa de<br />

redirecionamento da posição da empresa<br />

no mercado. Os clientes podem esperar<br />

muito empenho e um time unido para dar<br />

o seu melhor!”, complementa Mirella, que<br />

reúne experiências prévias nas empresas<br />

Eurolmmun, Werfen, Beckman Coulter, além<br />

de consultorias a multinacionais do segmento<br />

de saúde.<br />

Foto: Mirella Amorim, gerente executiva da<br />

Vyttra Diagnósticos.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021 0 75


RADAR CIENTÍFICO<br />

COMO PROTOTIPAR E VALIDAR<br />

SEUS TESTES RÁPIDOS NO BRASIL?<br />

Por Misael Silva, Novel Application LATAM – Merck Life Science<br />

Raw Materials Technical Support CMO Prototyping Hub<br />

• LFA<br />

• PCR/LAMP<br />

• Biosensor<br />

• ELISA/CLIA<br />

• Molecular NAP<br />

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• Guia de usuário<br />

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• Conjungação/anticorpos/<br />

proteínas<br />

• Prova de conceito<br />

• Otimização de protótipo<br />

• Escala-piloto<br />

• Registro sanitário<br />

• Transferência de tecnologia<br />

A pandemia da COVID-19 deixou em exposição<br />

a alta dependência de insumos críticos externos<br />

para a saúde da população, e o processo de<br />

desindustrialização acelerada do Brasil não<br />

poupou as empresas pertencentes ao Complexo<br />

Industrial da Saúde.<br />

Particularmente, os testes rápidos para COVID-19<br />

– os primeiros a terem o registro aprovado<br />

pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária<br />

(Anvisa) – eram em sua maioria importados, o<br />

que dificultou a implementação de estratégias<br />

de testagem em massa por diferentes razões: a<br />

limitação do acesso a esses insumos, o aumento<br />

exponencial do custo de aquisição, e ainda, as<br />

dificuldades logísticas e regulatórias.<br />

Em vista disso, como é possível recuperar<br />

o potencial de manufatura de dispositivos<br />

diagnósticos de testes rápidos no Brasil? A<br />

realidade atual torna evidente a urgência de<br />

uma estratégia que conduza à trajetória de<br />

desenvolvimento econômico e social, e garanta<br />

soberania ao país em uma área tão relevante,<br />

como a dos cuidados com saúde – com o risco de<br />

afetar a competitividade de setores econômicos<br />

díspares, ceifando seu potencial de crescimento.<br />

Diante desse cenário, a Merck Life Science, como<br />

líder mundial no fornecimento de matériasprimas<br />

para produção e desenvolvimento de<br />

testes rápidos, uniu-se aos melhores profissionais<br />

da área acadêmica e industrial para criar um<br />

Centro de Inovação que permita que as empresas<br />

possam rapidamente expandir seu portfólio de<br />

testes rápidos e usufruir da demanda comercial<br />

dessa tecnologia em nosso país.<br />

O Centro de Inovação em testes rápidos da<br />

Merck possui: validação de prova de conceitos,<br />

validação e otimização de protótipos, apoio ao<br />

registro sanitário e à transferência de tecnologia,<br />

serviços técnicos especializados e treinamento<br />

de mão de obra especializada.<br />

Quais são os principais benefícios de prototipar<br />

seu projeto no Centro de Inovação da Merck?<br />

1. Redução de investimento em R&D<br />

• Conectamos os principais projetos de prova de<br />

conceitos validados pelo setor acadêmico;<br />

• Fazemos a curadoria das provas de conceitos<br />

para redução do risco de falhas em etapas<br />

posteriores.<br />

2. Redução do risco de fabricação<br />

• Mitigamos processos validados com soluções<br />

não escalonáveis;<br />

• Mantemos a consistência, reprodutibilidade,<br />

performance e segurança em produção.<br />

3. Previsibilidade financeira<br />

• Análise de ROI (Return of Investiment) e de<br />

viabilidade técnico-financeira.<br />

4. Preparo de mão de obra especializada<br />

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0 76<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


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Mycoplasma hominis,<br />

Neisseria gonorrhoeae,<br />

Treponema pallidum,<br />

Trichomonas vaginalis,<br />

Ureaplasma parvum,<br />

Ureaplasma urealyticum,<br />

Vírus Herpes simplex 1,<br />

Vírus Herpes simplex 2.<br />

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RADAR CIENTÍFICO II<br />

ESTERASE LEUCOCITÁRIA URINÁRIA COMO<br />

UM INDICADOR DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO - AVALIAÇÃO<br />

COMPARATIVA DA SENSIBILIDADE ANALÍTICA EM TIRAS REAGENTES<br />

Rheinheimer G1, Boone J1, Fox J1, Stradinger J1, Clarke K2, Bethoney C2. Siemens Healthcare Diagnostics Inc., Elkhart, IN, U.S.1 and Norwood, MA, U.S.<br />

Resumo<br />

Os avanços na tecnologia levaram ao desenvolvimento de soluções analíticas e<br />

de gerenciamento de dados que automatizam o processamento e os resultados<br />

do exame de urina. Esses sistemas padronizam o processo, eliminando<br />

variabilidade do operador e possível risco de erros de transcrição.<br />

O estudo relatado neste artigo fez uma comparação das tiras reagentes de<br />

urinálise de quatro fabricantes e seus dispositivos e, quando disponíveis, a<br />

determinação de Esterase Leucocitária (EL) em grupo controle de indivíduos<br />

aparentemente saudáveis e em amostras clínicas de urina de pacientes que<br />

atenderam aos critérios de caso suspeito de Infecção do Trato Urinário (ITU).<br />

Os resultados com as tiras de reagentes Multistix 10 SG demonstraram mais<br />

sensibilidade analítica para EL com amostras de indivíduos do grupo controle<br />

do que as outras tiras testadas neste estudo quando usadas em um ambiente<br />

laboratorial. Testes com amostras de urina de pacientes que abrangeram<br />

um intervalo comum de EL confirmam mais sensibilidade analítica em<br />

comparação com as outras tiras quando as amostras clínicas foram testadas.<br />

Estes achados têm implicações no ambiente de point-of-care (POC), onde<br />

decisões de tratamento e resultados clínicos são altamente dependentes da<br />

precisão da triagem diagnóstica inicial.<br />

Palavras-chave: urinálise, point-of-care, tiras reagentes e esterase leucocitária.<br />

Abstract<br />

Advances in technology have led to the development of instrumentation<br />

and data-management solutions that automate the testing and reporting<br />

of results in urinalysis. These systems standardize the process by eliminating<br />

operator variability and possible risk of transcription errors.<br />

The study reported in this white paper made a comparison of four manufacturers’<br />

urine reagent strips and their reading devices, if available, targeting LE<br />

determination on both nonclinical controls and clinical urine specimens.<br />

Results demonstrated that Multistix 10 SG Reagent Strips exhibit<br />

greater analytical sensitivity for LE with nonclinical control samples<br />

than the other strips tested in this study when used in a laboratory<br />

environment. Testing with patient urine specimens encompassing a<br />

common LE reporting range confirmed this greater analytical sensitivity<br />

compared to the other strips when clinical samples are tested. These<br />

findings have implications in the point-of-care (POC) setting, where<br />

treatment decisions and clinical outcomes are highly dependent on the<br />

accuracy of initial diagnostic screening.<br />

Key words: urinalysis, point-of-care, reagent strip and leukocyte esterase.<br />

Introdução<br />

As Infecções do Trato Urinário (ITUs) são definidas<br />

pela presença de microrganismos patogênicos nas<br />

estruturas inferiores ou superiores do aparelho<br />

urinário. As ITUs são mais prevalentes em três<br />

faixas etárias: crianças com até 6 anos de idade,<br />

principalmente recém-nascidas do sexo masculino,<br />

mulheres jovens com vida sexual ativa e idosos com<br />

mais de 60 anos de idade. 1<br />

A piúria, presença de leucócitos na urina em<br />

número significante, é um indicativo frequente<br />

de ITU 2 . Neutrófilos presentes na urina podem ser<br />

resultado de EL, gerada por uma ITU que pode ser<br />

facilmente diagnosticada em pacientes utilizando<br />

tiras reagentes.<br />

Uma tira reagente de urina para o teste de EL<br />

relata semi quantitativamente uma quantidade da<br />

enzima na urina proporcional a concentração de<br />

leucócitos, representada pela intensidade da cor no<br />

teste. Os resultados para o teste de EL na tira reagente<br />

geralmente variam de negativo para diferentes<br />

níveis de positivo, incluindo 1+, 2+ e 3+; o último<br />

corresponde a aproximadamente 500 células/μL.<br />

Amostras de urina normais geralmente geram um<br />

resultado negativo com um valor de EL inferior a<br />

10 células/μL. 3 Outros fabricantes podem utilizar<br />

diferentes indicadores de resultados.<br />

A triagem para uma ITU com uma tira do teste<br />

é considerada como o recurso inicial do médico<br />

para a avaliação do paciente. A tira para urinálise<br />

fornece um resultado imediato, preciso e confiável,<br />

permitindo acelerar o caminho para o diagnóstico e<br />

tratamento adequados. 4 Para a triagem, é necessária<br />

uma tira de urinálise confiável de EL, comumente<br />

em paralelo com nitrito, na primeira avaliação do<br />

paciente quando há suspeita de ITU.<br />

0 78<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


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RADAR CIENTÍFICO II<br />

Alguns relatos sugerem que nem toda tira de<br />

urinálise de EL comercialmente disponível pode<br />

ser um preditor robusto e sensível de ITU, com<br />

resultados subestimados e até falso-negativos<br />

sendo encontrados. Tais resultados podem levar<br />

a diagnósticos incorretos e à falta de tratamento<br />

imediato, resultando em posterior piora da<br />

condição do paciente. Além de afetar a qualidade do<br />

atendimento e bem-estar do paciente, resultados<br />

imprecisos da tira de urinálise podem contribuir para<br />

um custo para a organização se a hospitalização for<br />

subsequentemente necessária para uma condição<br />

mais avançada do paciente, como, por exemplo, a<br />

pielonefrite aguda (PNA).<br />

Para permitir a comparação dos resultados do teste de EL lidos por analisadores, as informações<br />

dos resultados derivadas de impressões do analisador foram relacionadas em uma escala de 0-4.<br />

Comparando os resultados visuais do teste<br />

de EL de diferentes fabricantes<br />

Existem desafios ao correlacionar os resultados<br />

de leitura visual entre diferentes tiras reagentes<br />

de testes de EL de diferentes fabricantes, como os<br />

diferentes sistemas analíticos utilizados. Para leituras<br />

visuais, nem todos os frascos de tiras dos fabricantes<br />

fornecem as mesmas informações. A Tabela 1<br />

padroniza os níveis de resultados de leitura visual<br />

em uma escala comum de 0 a 4 para informações<br />

retiradas de frascos de tiras de teste da Siemens<br />

Healthineers, do fornecedor A, do fornecedor B e<br />

do fornecedor C. Isso inclui indicadores de escala, o<br />

sistema Plus e em células/μL.<br />

As tiras reagentes da Siemens Healthineers utilizam<br />

indicadores de escala, o sistema Plus e em células/<br />

μL, dependendo dos requisitos do país, para reportar<br />

seus resultados. O fornecedor A utiliza células/μL e o<br />

sistema Plus. O fornecedor B fornece os resultados<br />

utilizando as três medidas. O fornecedor C utiliza<br />

apenas células/μL e não oferece um equivalente ao<br />

nível de cor 2+ (moderado) no frasco.<br />

O analisador CLINITEK Status+ pode ser<br />

configurado para relatar a escala do indicador de<br />

escala, células μL ou o sistema Plus, dependendo<br />

dos requisitos do país. O analisador B utiliza células/<br />

μL e o sistema Plus. O analisador C utiliza células/<br />

μL e o sistema Plus, entretanto, o analisador C não<br />

oferece um nível equivalente a 2+. Dois níveis do<br />

analisador C (10 e 25 células/μL) estão na faixa de<br />

rastreamento dos outros tipos de tiras reagentes<br />

(Tabela 2).<br />

Deve-se notar que os resultados da tira reagente<br />

exibindo variância de um nível ou equivalente, seja<br />

lida visualmente ou pelo analisador, são considerados<br />

indicadores equivalentes da quantidade real de EL<br />

em um controle ou amostra clínica. 3<br />

Um block shift de mais de um nível é destacado<br />

nas tabelas a seguir.<br />

*Block shift é um termo utilizado quando a<br />

intensidade da cor observada no teste é menor ou<br />

maior do que o esperado, correspondendo a resultado<br />

de nível menor ou superior na escala de resultados.<br />

Métodos<br />

Grupo controle de indivíduos aparentemente<br />

saudáveis<br />

Tiras reagentes Multistix 10 SG Siemens<br />

Healthineers e de outros três fabricantes foram<br />

avaliadas tanto visualmente, quanto em seus<br />

respectivos analisadores, quando disponíveis, para<br />

determinação semiquantitativa para EL usando<br />

controles contendo quantidades conhecidas<br />

de esterase leucocitária. Soluções controle de<br />

concentrações conhecidas de EL foram preparadas<br />

de acordo com os procedimentos internos usados<br />

para a liberação do produto do analisador CLINITEK<br />

Status+. Cada tipo de tira foi testado em duplicata<br />

com controle negativo e com controle positivo,<br />

contendo EL correspondente a um resultado positivo<br />

2+ de acordo com as instruções dos fabricantes.<br />

Amostras Clínicas<br />

62 amostras clínicas de urina inalteradas<br />

foram testadas. Amostras obtidas na Clínica<br />

Elkhart (Elkhart, Indiana) 10 foram verificadas<br />

como contendo EL em intervalos comuns por<br />

meio de relatórios de ensaio de tiras reagentes.<br />

As amostras negativas foram obtidas de um<br />

pool de doadores locais. Todos os quatro<br />

tipos de tiras reagentes foram testados em<br />

uma única replicata. O teste foi realizado<br />

visualmente, comparando intensidade de cor<br />

das almofadas dos testes de EL após mergulhálas<br />

no diagrama de cores das garrafas dos<br />

respectivos fabricantes. Os resultados das<br />

tiras reagentes também foram lidos pelos<br />

analisadores† dos respectivos fabricantes. As<br />

tabelas de concordância foram montadas a<br />

partir de resultados interpretados como níveis<br />

0 80<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


de 0–4. Os resultados não foram comparados<br />

com o método relatado usado na Clínica Elkhart<br />

devido a potencial instabilidade da amostra no<br />

momento em que foram utilizadas no estudo.<br />

Além disso, cinco amostras clínicas de urina<br />

positivas para EL foram sujeitas a titulação por<br />

diluição com amostras de urina EL-negativa<br />

para avaliar ainda mais a capacidade analítica<br />

de cada tira reagente, tanto visualmente<br />

quanto em seus respectivos analisadores.<br />

Cada tipo de tira foi testado em duplicata para<br />

todas as diluições, com exceção da amostra<br />

EL-negativa, na qual apenas uma replicata<br />

foi realizada. Curvas de características de<br />

operação do receptor (ROC) foram geradas<br />

para cada fabricante para resultados visuais<br />

e automatizados, bem como curvas ROC<br />

comparativas.<br />

RADAR CIENTÍFICO II<br />

†O analisador do fabricante B não foi<br />

disponibilizado para esse estudo.<br />

Resultados 5<br />

Grupo controle de indivíduos aparentemente<br />

saudáveis<br />

Quando lidas visualmente, todas as tiras reagentes dos<br />

quatro fabricantes relataram a solução controle negativa<br />

de forma aceitável. Similarmente, todos os tipos de tiras<br />

reagentes relataram uma variação de controle positivo<br />

2+ dentro do aceitável de um nível, com as tiras<br />

reagentes Multistix 10 SG relatando um 2+ e todas as<br />

outras tiras relatando um nível abaixo (Tabela 3).<br />

Quando lidas nos analisadores, todas as tiras de<br />

reagentes testadas relataram o controle negativo<br />

com precisão. As tiras reagentes Multistix 10 SG<br />

e do fabricante A relataram a solução de controle<br />

2+ dentro dos limites aceitáveis. As tiras reagentes<br />

do fabricante C lidas no seu respectivo analisador<br />

subestimou o controle positivo 2+ por dois níveis,<br />

relatando como ±, equivalente ao nível 1, ao invés<br />

vez da meta 3 da escala padronizada (Tabela 4).<br />

Resultados das amostras clínicas lidas<br />

visualmente<br />

As amostras clínicas, quando lidas visualmente, os<br />

resultados das tiras reagentes dos fabricantes A, B e<br />

C mostraram concordâncias gerais exatas de 85,4%,<br />

24,1% e 48,3%, respectivamente, com os resultados<br />

da tira reagente Multistix 10 SG (Tabelas 5–7).<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 81


RADAR CIENTÍFICO II<br />

A concordância do resultado da leitura visual<br />

da amostra clínica no teste do fornecedor A com<br />

os resultados da tira reagente Multistix 10 SG foi<br />

relativamente boa, demonstrando conformidade com<br />

os resultados evidenciados com as soluções controle.<br />

Os resultados das leituras visuais das tiras<br />

reagentes do fornecedor B sugeriram mudança do<br />

nível negativo, indicativo de EL subestimada nos<br />

níveis 1 a 4 nos relatórios de escala padronizada.<br />

No nível 2 da escala padronizada (equivalente a 1/<br />

pequena quantidade), três amostras de urina de<br />

paciente foram reportadas como negativas pelas<br />

tiras reagentes do fabricante B. Quatro amostras<br />

de pacientes foram subestimadas pela fita reagente<br />

do fabricante B em nível padronizado 3/moderada<br />

quantidade, relatando como 1/traço (ver tabela 4).<br />

Da mesma forma, os resultados da leitura visual<br />

da tira reagente do fabricante C foram sugestivos<br />

de mudança do nível negativo para os níveis<br />

padronizados 1 e 2.<br />

Resultados de amostras clínicas lidas por<br />

analisadores<br />

Resultados das leituras feitas em analisadores<br />

utilizando tiras reagentes do fornecedor A no<br />

analisador A e da tira reagente C no analisador C<br />

para as amostras clínicas, mostraram concordâncias<br />

exatas de 58,0% e 12,9% respectivamente com os<br />

resultados da tira de reagente Multistix 10 SG lidos<br />

no analisador CLINITEK Status + (Tabelas 8 e 9).<br />

Em contraste com os resultados da leitura visual,<br />

os resultados da leitura no analisador A exibiu uma<br />

mudança do nível negativo para níveis 1/traço e<br />

2/pequena quantidade em comparação com o<br />

analisador CLINITEK Status +, resultando em 0% de<br />

concordância no nível 1 com todas as 10 amostras<br />

relatadas como negativo e duas amostras de<br />

paciente com leitura de 0/negativo em 2/ pequena<br />

quantidade. Além disso, uma mudança de nível<br />

positivo 2/ pequena quantidade de duas outras<br />

amostras de pacientes indica baixa consistência<br />

nesse nível.<br />

Resultados de leitura no analisador C indicou<br />

baixa concordância com os resultados no analisador<br />

CLINITEK Status +, mostrando níveis substanciais<br />

e consistentes de mudança de nível negativo em<br />

1/traço (concordância de 10,0%), 2/pequena<br />

quantidade (0,0% de concordância) e 4/grande<br />

quantidade (7,6% de concordância). Doze amostras<br />

foram consideradas negativas no nível 2/pequena<br />

quantidade e uma amostra foi considerada negativa<br />

no nível 3/moderada quantidade quando testadas<br />

usando tiras reagentes do fornecedor C lidas no<br />

analisador C.<br />

Resultados da titulação das amostras clínicas<br />

Cinco amostras clínicas adicionais positivas<br />

para EL foram obtidas e cada uma foi diluída<br />

com amostras de urina EL-negativas para<br />

atingir um painel de concentrações variando<br />

de 0%, 12,5%, 25%, 37,5%, 50%, 62,5%,<br />

75%, 87,5% e 100%. As diluições foram<br />

analisadas visualmente nas tiras reagentes de<br />

cada fabricante e também em seu analisador<br />

correspondente.<br />

O desempenho diagnóstico foi avaliado<br />

através das características do receptor de<br />

operação (ROC). Medidas comparativas de<br />

desempenho para resultados visuais versus<br />

leitura de resultados nos analisadores de<br />

cada fabricantes são fornecidas na Tabela 10,<br />

especificamente as áreas sob curva (AUC),<br />

juntamente com suas diferenças e valores de<br />

p associados a um teste de significância. Uma<br />

AUC de 1 indica que o teste pode diferenciar<br />

com precisão as amostras positivas e<br />

negativas, enquanto um valor de p > 0,05<br />

indica que não há diferença estatística entre<br />

os valores de AUC das condições que estão<br />

sendo comparadas. Todos os valores de p<br />

para comparações entre as determinações<br />

visuais utilizando as tiras reagentes Multistix<br />

10 SG, do fornecedor A e do fornecedor C<br />

versus os analisadores CLINITEK Status +,<br />

do fornecedor A e do fornecedor C eram<br />


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• Concordância clínica em pacientes testados em até<br />

12 dias do início dos sintomas<br />

• 99.3% de concordância negativa em pacientes<br />

assintomáticos – possibilita a triagem de populações<br />

assintomáticas e de baixa prevalência<br />

• Desempenho com referência em RT-PCR<br />

• Limite de detecção – 32 TCID50/mL<br />

• Tempo até o resultado: 13 minutos<br />

• Armazenamento em temperatura ambiente<br />

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de imunofl uorescência para a detecção de antígeno da<br />

proteína do nucleocapsídeo em espécimes coletadas por<br />

swab nasal e nasofaríngeo de indivíduos com suspeita de<br />

COVID-19 ou indivíduos assintomáticos.<br />

* Swabs nasais. Referência em cobas® SARS-CoV-2<br />

Teste no Sistema cobas® 6800.<br />

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RADAR CIENTÍFICO II<br />

Discussão e Conclusões<br />

Os resultados das tiras reagente para urinálise<br />

para EL servem como orientação para tratamento<br />

e/ou como testes adicionais em casos de<br />

suspeita de infecção do trato urinário. Dada a<br />

importância da triagem feita com tira reagente<br />

na primeira avaliação do paciente, o teste de<br />

tira EL empregado por profissionais de saúde<br />

deve demonstrar boa exatidão e precisão para<br />

apoiar uma tomada de decisão confiante e eficaz.<br />

Resultados imprecisos podem afetar a qualidade<br />

do atendimento ao paciente e o bem-estar.<br />

Os resultados observados neste estudo<br />

confirmam relatos sugerindo que nem<br />

todas as tiras reagentes para urinálise para<br />

EL disponíveis comercialmente oferecem a<br />

mesma sensibilidade analítica, o que gera<br />

um impacto negativo na tomada de decisão<br />

clínica eficaz quando há suspeita de ITU.<br />

Resultados de tiras reagentes que exibem<br />

um nível ou variância equivalente, sejam<br />

lidos visualmente ou por analisadores, são<br />

considerados indicadores equivalentes de<br />

verdadeira EL em amostras controles ou<br />

clínicas.3 No entanto, os resultados dos<br />

controles lidos visualmente na Tabela 1<br />

parecem sugerir que as tiras dos outros<br />

fornecedores reportam num intervalo inferior<br />

ao aceitável – uma mudança de nível inferior<br />

quando comparadas com as tiras reagentes<br />

Multistix 10 SG e o alvo 2+/controle moderado.<br />

As amostras clínicas de urina são, por<br />

natureza, mais complexas do que os controles<br />

padronizados, que são cuidadosamente<br />

fabricados. Isso pode explicar por que as<br />

amostras clínicas apresentam mais variações<br />

dnos resultados da tira reagente Multistix 10<br />

SG para EL em todas as plataformas testadas<br />

em comparação com a solução controle.<br />

Enquanto a concordância entre os<br />

resultados de leituras visuais das amostras<br />

clínicas na tira reagente do fornecedor A e<br />

os resultados da tira reagente Multistix 10<br />

0 84<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


SG foram relativamente bons, há uma maior<br />

ou menor subestimação observada com<br />

as tiras reagentes dos fornecedores B e C.<br />

Uma preocupação foram as três amostras<br />

clínicas relatadas como negativas por tiras<br />

do fornecedor B lidas visualmente, mas<br />

que eram um nível 2 na escala padronizada<br />

quando testados usando a tira reagente<br />

Multistix 10 SG, mais sensível.<br />

O uso de dispositivos analisadores<br />

automatizados na urinálise é uma tendência<br />

crescente, pois tem muitas vantagens,<br />

incluindo padronizar o processo eliminando<br />

a variabilidade do operador.<br />

Resultados da leitura do analisador do<br />

fornecedor A exibiu uma mudança de nível<br />

negativo para níveis 1 e 2 em comparação<br />

com o analisador CLINITEK Status +,<br />

resultando em duas leituras de amostras<br />

de pacientes como 0/negativa no nível 2/<br />

pequena. Além disso, uma mudança no nível<br />

positivo 2/pequena de duas outras amostras<br />

de pacientes indica baixa consistência e<br />

diminuição da confiança de resultados no<br />

nível 2/pequena.<br />

Os resultados da tira reagente do fornecedor<br />

C lidos por analisador mostraram mudança<br />

significativa e consistente do nível negativo em<br />

comparação com o analisador CLINITEK Status<br />

+, com 12 amostras consideradas negativas no<br />

nível 2/pequena e uma amostra considerada<br />

negativa no nível 3/moderada.<br />

Das 62 amostras clínicas testadas, havia<br />

um total de 18 resultados reportados como<br />

negativos para a presença de EL quando eles<br />

deveriam ter sido relatados em um padrão 2<br />

ou acima em comparação com os resultados<br />

da tira reagente Multistix 10 SG lidas<br />

visualmente ou com o analisador CLINITEK<br />

Status +. Isso indica que as tiras reagentes<br />

Multistix 10 SG têm melhor sensibilidade<br />

analítica na detecção de EL em menores<br />

concentrações do que as outras tiras<br />

reagentes usadas neste estudo, conforme<br />

confirmado pelo desempenho da titulação<br />

e, portanto, oferecem o potencial para um<br />

diagnóstico e tratamento mais rápido da ITU.<br />

O desempenho diagnóstico foi avaliado<br />

a partir da titulação de cinco amostras<br />

clínicas. Os resultados das curvas ROC<br />

visuais demonstraram bom desempenho de<br />

todos os fabricantes, com AUC ≥0,931. Ao<br />

comparar as curvas ROC de cada analisador,<br />

o CLINITEK Status + teve a AUC mais alta,<br />

indicando maior sensibilidade analítica do<br />

que os analisadores dos outros fabricantes<br />

disponíveis. A AUC para amostras lidas pelo<br />

analisador em comparação com o visual<br />

diminuiu em todos os casos, com a menor<br />

diferença observada para as tiras reagentes<br />

Multistix 10 SG da Siemens Healthineers,<br />

demonstrando o melhor desempenho para<br />

alcançar o mesmo resultado quando lido<br />

visualmente ou pelo analisador CLINITEK<br />

Status +. A AUC do analisador CLINITEK<br />

Status + é maior do que o do analisador do<br />

fabricante A, indicando menos instâncias<br />

de amostras perdidas e diagnóstico mais<br />

rápido de pacientes com EL de baixo nível<br />

pelo analisador CLINITEK Status + em<br />

comparação com o analisador do fabricante<br />

A. As tiras reagentes do fabricante C<br />

mostraram baixo desempenho ao usar o<br />

analisador C, indicando o potencial de perda<br />

de detecção de EL em pacientes com ITU. O<br />

desempenho dos analisadores para detecção<br />

de EL deve ser preciso, para o paciente<br />

obter tratamento correto, e confiável para<br />

automatizar o processo para o operador.<br />

Quaisquer resultados falso-negativos<br />

podem resultar em um paciente que não<br />

recebe os tratamentos necessários e assim<br />

colocá-los em risco de desenvolver novas<br />

infecções mais graves, como PNA. Bem como<br />

o impacto no paciente, a carga de custo de<br />

PNA não é insignificante: cerca de US$2,14<br />

bilhões a cada ano.6 Qualquer oportunidade<br />

de reduzir resultados falso-negativos deve<br />

ser seriamente considerada.<br />

O exame de urina fornece uma grande<br />

variedade de informações clínicas<br />

indispensáveis na área da saúde moderna.<br />

A Siemens Healthineers continua a inovar<br />

soluções de testes de urinálise de POC<br />

confiáveis que podem ampliar a visão<br />

clínica da saúde do paciente. O portfólio<br />

de produtos de análise de urina POC da<br />

Siemens Healthineers oferece suporte<br />

à detecção precoce, monitoramento e<br />

gerenciamento de vários estados de doença<br />

com a mais ampla gama de soluções de<br />

urinálise confiáveis do mercado.<br />

Referências Bibliográficas<br />

1. Masson, L.C., Martins, L.V., Gomes, C., & Cardoso, A.<br />

Diagnóstico laboratorial das infecções urinárias: relação<br />

entre a urocultura e o EAS (2020).<br />

2.www.healthline.com/health/pyuria#cause (accessed<br />

March 9, 2018).<br />

3. Multistix 10 SG Reagent Strip package insert,<br />

Siemens Healthcare Diagnostics Inc.<br />

4.www.gpnotebook.co.uk/simplepage.<br />

cfm?ID=x20090216205332749131 (accessed March 15, 2018)<br />

5. Internal Study Report: DX013715 Leukocyte, Esterase<br />

Reagent Pad Comparison Report, Revision 01.<br />

6. Brown, et al. Acute pyelonephritis among adults.<br />

Pharmacoeconomics. 2005;23(11):1123-42.<br />

Siemens Healthineers Diagnósticos LTDA<br />

Av. Mutinga, 3800 4º e 5º andar – Pirituba 05110-902 – São Paulo – SP<br />

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Tradução da versõa publicada por Siemens Healthcare Diagnostics Inc. · Order No. 30-21-DX-528-76 · 01-<br />

2021 · © Siemens Healthcare Di-agnostics Inc., 2021<br />

RADAR CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 85


RADAR CIENTÍFICO III<br />

MINIATURIZAÇÃO EFICAZ DE PREPARO<br />

DE BIBLIOTECAS ILLUMINA NEXTERA XT PARA APLICAÇÕES<br />

DE SEQUENCIAMENTO MULTIPLEXADO DE GENOMA<br />

COMPLETO E DE MICROBIOMA DISCOVERY IN MOTION<br />

Entenda como o equipamento Echo 525 pode proporcionar a redução de custos para o pesquisador e maior rendimento possível com a<br />

mesma quantidade de reagentes fornecidos.<br />

Por Jefferson Lai, John Lesnick, Noël Ruppert<br />

Resumo<br />

O custo do sequenciamento por nucleotídeo vem<br />

diminuído por ordens de magnitude durante<br />

os últimos 10 anos; no entanto, o preparo de<br />

amostras para o sequenciamento da próxima<br />

geração permanece um componente caro do<br />

processo. Na biologia sintética, o sequenciamento<br />

de genomas microbianos completos está se<br />

tornando um processo rotineiro para validar a<br />

edição de genomas, deconvoluir campanhas<br />

de mutagênese, confirmar construção de DNA<br />

de alto rendimento, e pesquisar amostras de<br />

microbiomas. Aqui detalhamos um método<br />

para miniaturizar volumes de reação utilizados<br />

no kit de bibliotecas de DNA Illumina Nextera<br />

XT, reduzindo assim o custo global por<br />

reação e mantendo dados equivalentes ao<br />

protocolo padrão. Testamos então este método<br />

miniaturizado em uma variedade diversificada<br />

de micróbios para mostrar que o método é<br />

eficaz entre as amostras. Finalmente, aplicamos<br />

este método a um estudo de microbioma e<br />

descobrimos que ele mantém a diversidade, as<br />

proporções e identificação da amostra.<br />

Introdução<br />

O custo do sequenciamento por nucleotídeo vem<br />

diminuído por ordens de magnitude ao longo dos<br />

últimos 10 anos devido à melhoria contínua nas<br />

tecnologias de sequenciamento de próxima geração.<br />

No entanto, o preparo da bibliotecas permanece um<br />

gargalo para reduzir os custos de sequenciamento.<br />

Na biologia sintética, o sequenciamento de<br />

genoma completo está se tornando um processo<br />

rotineiro para validar a edição de genomas,<br />

deconvoluir campanhas de mutagênese,<br />

confirmar a construção de DNA de alto rendimento<br />

e pesquisar amostras de microbiomas.<br />

Os esforços atuais para sequenciar genomas<br />

pequenos (bacterianos, fúngicos) usando um<br />

fluxo de trabalho baseado no Illumina Nextera XT<br />

são restritos pelos volumes mínimos de trabalho<br />

necessários para o processamento manual e, uma<br />

vez processados, somente uma pequena fração<br />

da biblioteca gerada é usada para a rodada de<br />

sequenciamento.<br />

Utilizando o Manipulador de Líquidos Echo 525<br />

com o kit Nextera XT, realizamos as reações em<br />

escala miniaturizada que reduz o excesso de<br />

geração de bibliotecas, assim economizando custos<br />

com reagentes caros. Além disso, rodar reações<br />

de tagmentação de menor volume também<br />

reduz a quantia de amostra de gDNA necessária.<br />

Demonstramos que as reações de tagmentação e<br />

amplificação podem ser reduzidas até 20 vezes.<br />

Essas bibliotecas foram multiplexadas em uma<br />

rodada de sequenciamento de extremidade<br />

pareada de Illumina MiSeq e ficou demonstrado<br />

que produzem métricas equivalentes. A precisão de<br />

nanolitro e a velocidade do Manipulador de Líquidos<br />

Echo 525 permite miniaturização exata do preparo<br />

da biblioteca de Nextera XT e medidas de QC tais<br />

como o ensaio de quantificação Quant-iT Picogreen<br />

e a análise de fragmentos Agilent TapeStation<br />

2200, reduzindo assim o custo e aumentando o<br />

rendimento e, ao mesmo tempo, oferecendo dados<br />

de sequenciamento de alta qualidade. Além disso,<br />

o Manipulador de Líquidos Echo 525 nos permitiu<br />

normalizar e centralizar nossas bibliotecas para<br />

sequenciamento a uma velocidade sem precedentes<br />

em comparação com qualquer outro manipulador<br />

de líquidos baseado em ponteira.<br />

Métodos e Discussões<br />

Miniaturização de Reações de Tagmentação<br />

e Amplificação Em um esforço para lidar com<br />

limitações volumétricas com fluxos de trabalho<br />

manuais, realizamos um experimento com o<br />

Manipulador de Líquidos Echo 525 para testar<br />

um painel de volumes de reação com o objetivo<br />

de reduzir o custo por amostra, mantendo a<br />

qualidade do sequenciamento. O genoma E. coli<br />

K-12 foi selecionado para este estudo, devido ao<br />

seu uso generalizado em ambientes acadêmicos e<br />

industriais. Além disso, seu tamanho representativo<br />

de “genoma pequeno” permite um alto grau<br />

de multiplexação das condições de preparo da<br />

biblioteca em uma rodada de MiSeq. Todas as<br />

amostras foram rodadas em três réplicas técnicas.<br />

Utilizou-se o Manipulador de Líquidos Echo 525<br />

para transferir diferentes quantias da mesma<br />

amostra de gDNA em uma variedade de volumes de<br />

reação de tagmentação; depois também foi usado<br />

0 86<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


Este é o próximo<br />

grande acontecimento<br />

em hematologia.<br />

Apresentamos o CellaVision ® DC-1<br />

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de pequeno porte implementarem as melhores práticas em morfologia digital para contagens<br />

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na implementação operacional e clínica dos nossos analisadores maiores.<br />

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O CellaVision DC-1 não se encontra disponível em todos os mercados<br />

MM-128-08 2019-03-18


RADAR CIENTÍFICO III<br />

para dispensar os volumes adequados de tampão<br />

TD + ATM, exceto para o controle manual de 25<br />

µL. Realizou-se incubação de tagmentação a 55°C<br />

no termociclador ProFlex da ThermoFisher. Usou-se<br />

uma placa de PCR diferente para cada tamanho<br />

de volume de reação para explicar as diferenças<br />

no aquecimento. Para neutralizar a tagmentação,<br />

dispensou-se tampão de NT usando o Manipulador<br />

de Líquidos Echo 525. Realizou-se amplificação<br />

PCR de bibliotecas tagmentadas a vários volumes.<br />

Primers de Indexação e Nextera PCR Mix (NPM)<br />

foram dispensados em volumes variados pelo<br />

Manipulador de Líquidos Echo 525. Rodouse<br />

amplificação em base de volume de reação<br />

seguindo as condições de PCD do Nextera XT. Em<br />

seguida as bibliotecas foram limpas manualmente<br />

usando limpeza de bead de SPRI a uma proporção<br />

de 0.6x. Cada biblioteca foi então quantificada<br />

por meio de ensaio Picogreen. O Manipulador de<br />

Líquidos Echo 525 foi usado neste ensaio para<br />

dispensar as amostras, bem como os reagentes<br />

Picogreen para uma reação miniaturizada de 20 µL<br />

em placa Greiner de 384 poços e os resultados foram<br />

lidos no BMG PHERAstar. Cada biblioteca também<br />

sofreu análise de tamanho de fragmentos por<br />

TapeStation 2200. O Manipulador de Líquidos Echo<br />

525 foi usado para dispensar amostra e reagente<br />

na placa de ensaio. Usando uma combinação de<br />

dados de quantificação e dados de tamanho médio<br />

de fragmentos, geramos uma lista de trabalho de<br />

normalização. O Manipulador de Líquidos Echo<br />

525 conseguiu então normalizar simultaneamente<br />

e centralizar as bibliotecas transferindo quantias<br />

pequenas e exatas de bibliotecas em um poço.<br />

Essa biblioteca centralizada foi então quantificada<br />

por Qubit, normalizada para 4 nM, desnaturada<br />

por hidróxido de sódio, e depois carregada em<br />

um instrumento Illumina MiSeq para leituras de<br />

300bp de extremidade pareada. Os dados foram<br />

então analisados no software Biomatters Geneious,<br />

em alinhamento com o genoma de referência do<br />

E. coli K-12 MG1655 do NCBI usando o alinhador<br />

Geneious. A tabela abaixo apresenta um resumo<br />

dos resultados.<br />

0 88<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


Durante o experimento, descobrimos que a<br />

fragmentação contínua é eficaz em volumes<br />

de reação miniaturizados. Embora certamente<br />

menos biblioteca seja gerada em uma reação<br />

de amplificação de volume menor e limpeza<br />

subsequente do PCR, isso pode ser mitigado<br />

utilizando a capacidade do Manipulador de<br />

Líquidos Echo 525 de normalizar rapidamente<br />

as concentrações com base nos dados de<br />

quantificação Picogreen. Durante o QC da<br />

biblioteca, verificamos que todos os volumes de<br />

tagmentação produziram distribuições médias<br />

semelhantes de comprimento e tamanho<br />

de fragmentos. Depois do sequenciamento,<br />

observamos que não há efeito significativo na<br />

cobertura, desvio padrão e Q-Score quando se<br />

compara o fluxo de trabalho manual com os<br />

fluxos de trabalho miniaturizados melhorados<br />

pelo Manipulador de Líquidos Echo. Isso<br />

possibilita redução nos volumes de reação<br />

sem comprometer os dados, resultando em<br />

economia de custos com reagentes e DNA de<br />

input. Este experimento nos deu confiança para<br />

utilizar volumes de reação de tagmentação/PCR<br />

de 2.5 µL/5 µL para o experimento de produção<br />

seguinte. Esses volumes foram selecionados<br />

por sua facilidade de compatibilidade com os<br />

nossos equipamentos de laboratório.<br />

RADAR CIENTÍFICO III<br />

Preparo de Biblioteca de Alto Rendimento<br />

e Multiplexação de Sequenciamento de<br />

Genoma Completo<br />

Para representar uma situação de produção<br />

acadêmica/industrial, escolhemos nove<br />

organismos diversos e comumente estudados e<br />

uma amostra de microbioma para rodar juntos em<br />

um MiSeq. Com base nos tamanhos de genoma<br />

e no output disponível de um Kit de Reagente<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 89


RADAR CIENTÍFICO III<br />

MiSeq v3, estávamos confortáveis multiplexando<br />

essas amostras e produzindo cobertura com forte<br />

confiança estatística. Queríamos testar a robustez<br />

do fluxo de trabalho miniaturizado com uma<br />

variedade de tamanhos de genoma, conteúdo<br />

GC e organizações de genomas. Além disso, a<br />

amostra de microbioma continha 10 organismos<br />

comumente testados nessa aplicação.<br />

Procuramos determinar se a identificação do<br />

organismo e da cepa era possível nessa escala, e<br />

se as frequências do organismo eram preservadas<br />

durante todo o processo. A amostra de gDNA para<br />

cada organismo foi primeiramente normalizada<br />

manualmente a uma concentração de 5 ng/<br />

μL. Em seguida, o procedimento de preparo<br />

da biblioteca foi realizado como descrito no<br />

experimento acima, agora utilizando volumes<br />

de reação tagmentação /PCR de 2.5 μL/5 μL. As<br />

bibliotecas foram então limpas manualmente<br />

utilizando a limpeza de beads SPRI em uma<br />

proporção de 0,6x, quantificadas por ensaio<br />

Picogreen, e analisadas por TapeStation<br />

2200. Usando uma combinação de dados de<br />

quantificação e dados de tamanho médio de<br />

fragmentos, geramos uma lista de trabalho de<br />

normalização. O Manipulador de Líquidos Echo<br />

525 foi então capaz de normalizar e centralizar<br />

simultaneamente as bibliotecas, transferindo<br />

quantias pequenas e precisas de bibliotecas em<br />

um poço. Essa biblioteca centralizada foi então<br />

quantificada com Qubit, normalizada até 4 nM,<br />

desnaturada por hidróxido de sódio, depois<br />

carregada em instrumento Illumina MiSeq para<br />

leituras de 300pb de extremidade pareada. Cada<br />

amostra foi alinhada com seu respectivo genoma<br />

de referência ou parente próximo de NCBI, e os<br />

dados de sequenciamento foram calculados<br />

usando-se o software da Biomatters Geneious e<br />

o alinhador Geneious.<br />

Para três das amostras, as cepas /serovar específicos<br />

sequenciados não tinham sequência de referência<br />

NCBI disponível; nesses casos, utilizou-se uma<br />

cepa próxima relativa, o que explica os valores<br />

mais baixos no mapeamento de leituras pela<br />

referência (Alinhamento a RefSeq). Essas amostras<br />

são Salmonella enterica, Pseudomonas aeruginosa<br />

e Listeria monocytogenes. Caso contrário, quase<br />

todas as leituras estão mapeando conforme sua<br />

respectiva referência, o genoma está bem coberto<br />

e as notas de confiança são altas. Isso é verdade<br />

em vários tamanhos de genoma, conteúdo<br />

de GC e organização de genomas. É esperada<br />

uma flutuação em cobertura entre amostras.<br />

A cobertura é uma função tanto do número de<br />

leituras alocadas à amostra (Representação de<br />

Índice de MiSeq) como do número de pares de<br />

base que precisam ser cobertos<br />

0 90<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


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de sangue a vácuo.<br />

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25G.<br />

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que a agulha fique protegida de forma<br />

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trifacetado.<br />

Disponíveis nos tamanhos 21G e 22G.<br />

O dispositivo de segurança possui um<br />

mecanismo prático e de fácil<br />

manuseio.<br />

Possui câmara de visualização de fluxo<br />

sanguíneo facilitando a verificação do<br />

acesso venoso.<br />

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RADAR CIENTÍFICO III<br />

(tamanho de genoma). Pode-se fazer mais<br />

otimização e normalização para unificar<br />

ainda mais a cobertura entre as amostras. Em<br />

resumo, demonstramos que o fluxo de trabalho<br />

miniaturizado aperfeiçoado pelo Manipulador de<br />

Líquidos Echo pode produzir sequenciamento de<br />

genoma completo de alta qualidade em vários<br />

micróbios, reduzindo input e custos com reagentes.<br />

Microbioma<br />

O objetivo da amostra de microbioma no experimento<br />

anterior era determinar se um fluxo de trabalho de<br />

preparo de bibliotecas aperfeiçoado pelo Manipulador<br />

de Líquidos Echo 525 preservaria a capacidade de<br />

identificar organismos e se preservaria a proporção<br />

em que eles são inicialmente fornecidos. Para testar<br />

isso, obtivemos um padrão de DNA de comunidade<br />

microbiana da Zymo Research e o processamos<br />

em conjunto com as outras amostras durante o<br />

experimento anterior. A amostra de microbioma<br />

recebeu código de barras usando-se um par de<br />

índices. Depois de desmultiplexação, obteve-se a<br />

contagem total de leituras dessa amostra e as leituras<br />

foram alinhadas com cada um dos organismos<br />

que supostamente foram incluídos no microbioma<br />

usando-se o alinhador Geneious no software Geneious<br />

da Biomatters. Os alinhamentos bem sucedidos foram<br />

calculados como uma proporção do todo, e depois<br />

comparados com as abundâncias de gDNA dadas.<br />

Concluímos que, após preparo de biblioteca<br />

miniaturizada e sequenciamento da amostra de<br />

microbioma, as leituras são mapeadas até seus<br />

respectivos organismos, em proporções que refletem<br />

sua abundância inicial. Para fins de identificação<br />

de microbioma e levantamento de população, o<br />

preparo da biblioteca miniaturizada não introduz<br />

viés significativo apesar das reações enzimáticas<br />

tipicamente influenciadas por GC. Esse método<br />

pode ser usado para estudos com microbioma e<br />

mapeamento metagenômico para diversidade e<br />

população de organismos e genes de interesse.<br />

Conclusão<br />

Detalhamos aqui um método para miniaturizar<br />

volumes de reação utilizados no protocolo para o<br />

preparo de bibliotecas de DNA do Illumina Nextera<br />

XT e o aplicamos em uma variedade de pequenas<br />

amostras de genomas bem como uma amostra de<br />

microbioma. Também descrevemos protocolos para<br />

medidas de QC associadas tais como o ensaio Quant-iT<br />

Picogreen e a análise de fragmentos Agilent TapeStation<br />

2200. Finalmente, destacamos o impacto de utilizar o<br />

Manipulador de Líquidos Echo 525 na normalização e<br />

centralização de bibliotecas. A capacidade de entregar<br />

volumes baixos de até 25 nL proporciona uma redução<br />

óbvia nos volumes de reagentes, levando a redução<br />

de custos para o pesquisador e maior rendimento<br />

possível com a mesma quantidade de reagentes<br />

fornecidos. Neste caso, vimos uma redução de 20<br />

vezes nos volumes para tagmentação e reações PCR<br />

sem impacto significativo na cobertura, em desvios<br />

padrão ou nas notas de confiança quando comparados<br />

aos volumes de reação do protocolo manual. Além da<br />

redução de custos, a flexibilidade e capacidades de<br />

passagem de qualquer poço para qualquer poço da<br />

série Echo dos manipuladores de líquidos também<br />

possibilita fácil otimização de ensaios, permitindo que<br />

o pesquisador teste uma ampla variedade de condições<br />

com frequência de uma única placa de origem. Com<br />

a miniaturização dos protocolos de amplificação e<br />

tagmentação, conseguimos executar com facilidade<br />

uma série de experimentos com uma faixa definida de<br />

volumes que levaram à determinação de um volume<br />

de reação de tagmentação/PCR otimizado de 2.5 µL/5<br />

µL. A transferência altamente precisa de incrementos<br />

de 25 nL permitiu normalizar e centralizar amostras em<br />

uma única etapa, proporcionando economia de tempo<br />

impossível de alcançar com a manipulação padrão de<br />

líquidos baseada em ponteiras.<br />

O Manipulador de Líquidos Echo 525 melhora a<br />

miniaturização do preparo de bibliotecas em uma ampla<br />

variedade de organismos, proporcionando resultados<br />

consistentes e de alta qualidade para sequenciamento<br />

completo de genomas apesar de diferentes filos,<br />

conteúdo de GC, tamanho do genoma e organização<br />

dos genomas. Este método também pode ser aplicado<br />

a aplicações metagenômicas e microbiomas, já que<br />

o processo miniaturizado preserva a diversidade,<br />

proporções e identificação de amostras.<br />

Beckman Coulter Life Sciences<br />

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Contato: mkt@beckman.com<br />

0 92<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


MINUTO LABORATÓRIO<br />

O PAPEL DA ESTATÍSTICA<br />

NO CENÁRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS<br />

Por Jesiel Assis.<br />

Até precisarem desta ferramenta,<br />

acredito que muitos colegas nunca<br />

mensuraram sua importância. Hoje, é<br />

impossível imaginar um processo de<br />

validação sem Estatística da Qualidade.<br />

Convidei um Consultor em Estatística,<br />

o Biomédico Jesiel Assis - que é uma<br />

das minhas referências se tratando do<br />

assunto - para falar um pouco deste<br />

universo – ainda não muito explorado<br />

por todos da área, porém, os grandes<br />

laboratórios já estão investindo alto e<br />

esta tendência, veio para ficar.<br />

“A Estatística é uma ciência que faz<br />

inferência sobre um conjunto de dados,<br />

sejam eles quantitativos ou qualitativos.<br />

Com o advento do Big Data, a estatística<br />

vem ganhando corpo por representar a<br />

ciência dos dados, pois além de estruturálos<br />

ela também analisa e faz inferência<br />

sobre eles. Acredita-se que os dados serão<br />

o novo petróleo e vendo isso com uma<br />

tendência, as empresas que se capacitarem<br />

na arte de minerar, estruturar e analisar<br />

esses dados, conseguirá migrar em direção<br />

a novas perspectivas de ganhos em seus<br />

negócios.<br />

O Laboratório Clínico é uma<br />

verdadeira fábrica de dados.<br />

Conseguir enxergar o potencial<br />

desses elementos possibilitará<br />

novas pontes de relações,<br />

além de colaborar com a saúde<br />

coletiva de sua comunidade. Nós,<br />

quanto profissionais atuantes em<br />

laboratório, tratamos diariamente<br />

com muitas informações, e dentro<br />

de uma pequena parte geramos<br />

indicadores que ajudará a gerenciar<br />

os processos, entretanto, nem<br />

sempre estamos preparados<br />

para operar grandes volumes de<br />

materiais que são produzidos<br />

constantemente, e esta será uma<br />

habilidade necessária que este<br />

segmento de negócio terá que lidar.<br />

As metodologias estatísticas sempre<br />

foram nossas aliadas nas validações<br />

técnicas, nas análises de tendências e<br />

nas pesquisas diversas que realizamos<br />

no laboratório. Somos capacitados<br />

em várias ferramentas de análises de<br />

controle de qualidade utilizando a<br />

estatística descritiva, embora possamos<br />

usufruir destes aparatos, saber<br />

interpretar e inferir baseado no output<br />

não é uma tarefa simples. Muitos<br />

softwares de fácil uso estão disponíveis<br />

para facilitar a nossa caminhada,<br />

compreender o seu funcionamento<br />

e os algoritmos utilizados não é o<br />

nosso foco, já que para nós o mais<br />

0 94<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


MINUTO LABORATÓRIO<br />

importante são as saídas que ele nos<br />

dar de acordo com nossas necessidades<br />

momentâneas. Várias empresas<br />

coletiva. Neste sentido, muitas empresas<br />

dedicadas ao diagnóstico laboratorial se<br />

movimentaram na busca dos melhores<br />

Em um estímulo prático, muitos<br />

trabalhos de consultores e de profissionais<br />

envolvidos na tomada de decisão são<br />

investem robustamente em softwares<br />

ensaios para promover um diagnóstico<br />

provocados nesta condução, e saber<br />

sofisticados que atendem e muitas<br />

seguro com melhores probabilidades de<br />

usar as ferramentas certas para sermos<br />

vezes superam as necessidades,<br />

acertos, entretanto, algumas variáveis e<br />

objetivos e não perdermos tempo é<br />

entretanto nem sempre há profissionais<br />

a própria constituição biotecnológica<br />

crucial. O R Studio é uma linguagem<br />

qualificados no mercado para o<br />

de cada kit agem de forma particular e<br />

de programação muito utilizada por<br />

trabalho da engenharia de mineração e<br />

dependendo do estágio viral poderemos<br />

estatísticos, o interessante aqui é que<br />

da ciência dos dados.<br />

ter sensibilidades diferentes na captura<br />

podemos ter acesso a diversos códigos<br />

viral e também no processo sorológico<br />

abertos, onde o programador conseguirá<br />

Os avanços nas áreas tecnológicas,<br />

em especial a soro conversão. Nas<br />

permear por muitos algoritmos que<br />

na utilização da inteligência artificial<br />

incertezas que nos assolam a estabelecer<br />

o ajudará a melhorar seus processos<br />

que tem como subproduto, por<br />

critérios, por exemplo na imunologia,<br />

e implantar melhorias no mesmo.<br />

exemplo, o machine learning, vem<br />

inúmeras plataformas surgiram com<br />

As bibliotecas “rpart” e o “rpart.plot”<br />

trazendo ganhos substanciais ao<br />

excelentes capacidades de detecção<br />

que são códigos de programação que<br />

cotidiano de muitas empresas. Muitas<br />

do IgG, entretanto muitas delas não<br />

poderemos criar árvores de decisão<br />

bibliotecas com algoritmos poderosos<br />

possuem uma resposta pareada no<br />

baseado em um dataset a ser utilizado<br />

utilizando as linhas de programação<br />

perfil da imunoglobulina, isto porque<br />

para diversos fins, tanto para áreas<br />

do python, linguagem R entre outros,<br />

utilizam regiões de epítopos distintos<br />

administrativas, financeira e de estudos<br />

vem progredindo consideravelmente<br />

ocasionando diferentes sensibilidades<br />

aplicados. Uma árvore de decisão<br />

e com isso facilitando a manipulação,<br />

e especificidades. Uma saída para<br />

seria interessante, por exemplo, no<br />

as análises e a tomada de decisão na<br />

aumentar o poder probabilístico<br />

estudo probabilístico de concordância<br />

volumetria da grande quantidade de<br />

preditivo seria conjugar plataformas,<br />

entre plataformas para detectar IgG<br />

dados que são gerados.<br />

mas esta não é uma tarefa trivial no<br />

em resposta ao SARS-CoV-2. Caso o<br />

olhar do cotidiano, necessitamos de<br />

laboratório tenha algumas plataformas<br />

Toda transição vem sempre<br />

ferramentas que nos ajude estabelecer<br />

implantadas dos fornecedores A, B,<br />

acompanhado de um fenômeno, como<br />

esses critérios probabilísticos para<br />

C, D e E e gostaria de aumentar a sua<br />

na atualidade, o SARS-CoV-2 que vem<br />

tomada de decisão, pois nem sempre<br />

capacidade de detecção, mas não<br />

impulsionando a ciência a se desafiar<br />

teremos recursos disponíveis para uma<br />

saberia como fazer este alinhamento, um<br />

na confecção de soluções prol saúde<br />

implantação maciça de tecnologias.<br />

programador utilizando o “rpart” no R<br />

0 96<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


Analisadores<br />

de Coagulação<br />

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MINUTO LABORATÓRIO<br />

Studio conseguirá delinear. A plataforma<br />

do fornecedor A foi escolhida como<br />

referência de dosagem inicial, por ser de<br />

menor custo frente as demais. Fizemos<br />

representa a menor entropia, sendo<br />

assim, todos os resultados obtidos na<br />

plataforma D que são não reagentes se<br />

faz necessário confirmar na plataforma<br />

CoV-2. Este é um modelo de árvore de<br />

classificação e podemos defini-la como<br />

indutiva. Usamos neste laboratório<br />

hipotético uma validação metodológica<br />

uma demonstração simples no R Studio<br />

E, se a plataforma E nos retornar um<br />

de 5 plataformas que temos disponíveis<br />

como segue abaixo:<br />

resultado não reagente poderemos<br />

no setor técnico ou as mesmas estão<br />

dizer com segurança que este resultado<br />

em um processo de validação para<br />

Observe na árvore que o 1º nó foi<br />

é um verdadeiro negativo, por outro<br />

futuras negociações, portanto, este<br />

construído pela plataforma D, isto<br />

lado, se o resultado na plataforma E<br />

algoritmo de aprendizado de máquina<br />

significa que esta plataforma representa<br />

for reagente tendo um não reagente<br />

supervisionado nos ajudou a inferir<br />

a menor entropia nos dados e caso a<br />

na plataforma D, do 1º nó, faz-se<br />

sobre uma problemática simples,<br />

dosagem nesta plataforma seja reagente<br />

necessário uma terceira plataforma,<br />

porém de forma significativa na decisão<br />

poderemos dizer com segurança<br />

outra divisão, que neste caso é a C e se<br />

do direcionamento dos recursos.<br />

que este resultado é um verdadeiro<br />

esta plataforma nesta sequência indicar<br />

positivo. Na divisão da esquerda<br />

um resultado não reagente poderemos<br />

A medicina laboratorial sempre se<br />

obtivemos a 1ª folha que é a plataforma<br />

dizer com segurança que este paciente<br />

associou com os avanços tecnológicos<br />

E, ela conjugada com a plataforma D<br />

é negativo para IgG contra o SARS-<br />

e nós quanto profissionais ativos neste<br />

bloco é indispensável continuarmos com<br />

o ânimo versátil para novos aprendizados<br />

na construção de novas conexões. “<br />

Autor<br />

Jesiel Assis<br />

Graduado em Estatística e Biomedicina.<br />

Consultor da qualidade e Estatística da empresa Data Science Analytics.<br />

jesiel_assis@yahoo.com.br<br />

0 98<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


pensabio oferece Série Educacional de<br />

Tipificação de HLA por NGS<br />

A portaria 684, da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde - Ministério da Saúde,<br />

altera de maneira significativa como os laboratórios farão as tipificações de HLA, a partir<br />

de 05 de julho de 2021.<br />

Os testes em alta resolução, passam a ser exigidos em todos os laboratórios que<br />

realizam a 1ª e 2ª fase para transplante de medula óssea, e também, em tipificações para<br />

transplante de rim, além de continuar sendo exigida a alta resolução para doadores<br />

aparentados e receptores de medula óssea.<br />

Os testes de alta resolução são os mais efetivos no mercado, tanto em custo quanto em<br />

qualidade do dado obtido. Eles utilizam o método de sequenciamento de nova geração,<br />

o famoso NGS.<br />

O método de NGS é relativamente novo no mercado brasileiro, especialmente para aplicação<br />

de tipificação de HLA, e apresenta particularidades que o técnico de laboratório<br />

precisa estar ciente para que a rotina seja fluida e assertiva.<br />

A Pensabio trabalha há sete anos com tipificação de HLA por<br />

NGS, portanto, nossos especialistas são altamente preparados<br />

e qualificados para ajudá-los a enfrentar todos os desafios da<br />

implementação do NGS em seu laboratório.<br />

Desta forma, a Pensabio lançou uma Série Educacional de<br />

Tipificação de HLA por NGS, e é com muita satisfação que<br />

convidamos você para assistir aos webinários da série<br />

acessando nosso site ou as redes sociais da Pensabio.<br />

Sobre a Pensabio<br />

A Pensabio foi criada para atender as mais exigentes<br />

demandas em Life Sciences adentrando também<br />

os mercados diagnóstico e industrial no Brasil<br />

com o compromisso de oferecer soluções<br />

high-end, suportadas por atendimento e serviços<br />

de alto nível.<br />

Conheça nosso catálogo de soluções Pensabio<br />

para entender como nós podemos lhe ajudar em<br />

seu projeto!<br />

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MEDICINA GENÔMICA<br />

SÍNDROME DE DOWN:<br />

O DISTÚRBIO EM CROMOSSOMOS AUTOSSÔMICOS MAIS<br />

COMUM DO MUNDO<br />

Estima-se que, no mundo, 1:1000 nascidos tenha Síndrome de Down, um distúrbio cromossômico que envolve<br />

a presença em dose tripla do cromossomo 21.<br />

Por: Américo Moraes Neto<br />

No Brasil, aproximadamente 13<br />

milhões de pessoas possuem o<br />

diagnóstico de alguma doença<br />

rara. Para efeito de comparação, as<br />

populações do estado do Rio Grande<br />

do Sul e da Bélgica correspondem<br />

a, aproximadamente, 12 milhões<br />

de habitantes. Segundo estimativas<br />

atuais, a maior parte das doenças<br />

raras são de causa genética, cerca<br />

de 80%. Ou seja, em cada 10<br />

diagnósticos de doenças raras<br />

apenas 2 não tem distúrbio genético<br />

envolvido.<br />

Existem milhares de doenças<br />

genéticas descritas atualmente.<br />

O termo doença, nesse contexto,<br />

se refere a uma condição clínica<br />

estabelecida por um erro ou<br />

distúrbio genético, uma mutação.<br />

Mutações regularmente são<br />

encontradas nos seres vivos e têm<br />

sua relevância em variados aspectos<br />

biológicos, incluindo em humanos.<br />

Estas, de forma geral, podem ser<br />

classificadas como de ordem gênica<br />

ou cromossômica.<br />

Uma mutação de ordem gênica<br />

ocorre dentro de um gene e sua<br />

detecção é feita, exclusivamente, por<br />

testes específicos de DNA. A anemia<br />

falciforme e a adrenoleucodistrofia<br />

são exemplos de doenças causadas<br />

por distúrbios gênicos. Uma<br />

mutação de ordem cromossômica,<br />

no entanto, afeta parte ou todo<br />

um cromossomo, logo, envolve<br />

vários genes; sendo seu diagnóstico<br />

confirmado via análise cariotípica<br />

do paciente. Como exemplo, podese<br />

citar as síndromes de Down,<br />

Patau e Edwards.<br />

Distúrbios em cromossomos<br />

O ramo da genética que estuda<br />

os cromossomos e os problemas<br />

0 100<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


inerentes a eles é a citogenética.<br />

Através de técnicas citogenéticas<br />

é montado o cariótipo com<br />

os cromossomos do paciente.<br />

O cariótipo (descrição das<br />

características do conjunto<br />

cromossômico de uma espécie) será<br />

analisado pelo profissional médico<br />

antes de informar o parecer técnico.<br />

Existem dois tipos de mutações<br />

cromossômicas, as que envolvem<br />

alterações no número de cromossomos<br />

– euploidia aberrante e aneuploidias<br />

– e as com alterações na estrutura<br />

cromossômica - basicamente são<br />

deleções, translocações, inversões<br />

e duplicações. Seja envolvendo<br />

cromossomos sexuais ou cromossomos<br />

não-sexuais, chamados autossômicos.<br />

Se tratando de distúrbios envolvendo<br />

cromossomos autossômicos, há<br />

somente três distúrbios cromossômicos<br />

bem-determinados e compatíveis com<br />

a sobrevida pós-natal, nos quais existe<br />

um cromossomo autossômico inteiro<br />

em dose tripla:<br />

Figura 1: Cromossomos metafásicos humanos e seu respectivo cariótipo. Grupo A (1-3): 3 pares cromossômicos grandes, sendo A2<br />

submetacêntrico, A1 e A3 metacêntricos. Grupo B (4-5): 2 pares cromossômicos submetacêntricos grandes. Grupo C (6-12+X): 7 pares<br />

submetacêntricos médios mais o cromossomo “X”. Grupo D (13-15): 3 pares cromossômicos acrocêntricos médios (satélite). Grupo E (16-18):<br />

3 pares cromossômicos pequenos, sendo 16 metacêntrico, 17 e 18 metacêntricos. Grupo F (19-20): 2 pares cromossômicos metacêntricos<br />

pequenos. Grupo G (21-22+X): 2 pares cromossômicos acrocêntricos (satélite) pequenos mais o cromossomo “Y”. Em destaque estão os pares<br />

cromossômicos relacionados as síndromes de Down (em vermelho), Patau (em azul) e Edwards (em amarelo).<br />

MEDICINA GENÔMICA<br />

Síndrome de Down ou trissomia do 21<br />

(47; XX+ 21 ou 47, XY+21)<br />

Síndrome de Patau ou trissomia do 13<br />

(47; XX+ 13 ou 47, XY+13)<br />

Síndrome de Edwards ou trissomia do 18<br />

(47; XX+ 18 ou 47, XY+18)<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 101


MEDICINA GENÔMICA<br />

Tais síndromes envolvem uma trissomia<br />

cromossômica, na maioria dos casos.<br />

Mas uma parcela menor envolve uma<br />

translocação – alteração na estrutura<br />

cromossômica – que reproduz o efeito<br />

de uma trissomia. Em cerca de 1%<br />

dos casos dessas trissomias ocorrem<br />

indivíduos mosaicos, os quais tem<br />

problemas de saúde atenuados.<br />

Em cada uma das síndromes trissômicas<br />

citadas estão envolvidas múltiplas<br />

anomalias congênitas, retardo<br />

mental e de crescimento. De modo<br />

simples, Síndrome é um conjunto de<br />

sinais, ou sintomas médicos os quais<br />

correlacionam-se e podem associarse<br />

a uma enfermidade ou distúrbio<br />

específico.<br />

Síndrome de Down<br />

Entre os distúrbios cromossômicos,<br />

a síndrome de Down é de longe o<br />

mais comum e o mais bem estudado.<br />

Em cerca de 95% dos pacientes, tal<br />

síndrome envolve a presença em dose<br />

tripla do cromossomo 21 (Figura 2).<br />

Resultado da não-disjunção meiótica<br />

do par cromossômico 21 na meiose<br />

1 materna (predominantemente em<br />

90% dos casos) e em 10% dos casos<br />

na meiose paterna (geralmente na<br />

Figura 2: Cariótipo de paciente do sexo masculino portador de trissomia do cromossomo 21.<br />

meiose 2). O risco de ter um filho com a<br />

trissomia do cromossomo 21 aumenta<br />

com a idade materna, especialmente<br />

após os 30 anos.<br />

Cerca de 4% das pessoas com<br />

a síndrome de Down têm 46<br />

cromossomos, entretanto, um deles<br />

é um cromossomo translocado,<br />

portanto são 45 cromossomos<br />

saudáveis. Trata-se de uma translocação<br />

robertsoniana entre o cromossomo<br />

21 e o braço longo de um dos demais<br />

acrocêntricos, cromossomos 14 ou 22,<br />

geralmente (Figura 1). O cariótipo desse<br />

paciente é representado por: 46, XX ou<br />

XY, rob(14;21),+21.<br />

Ao contrário da síndrome de Down<br />

padrão, em que há 3 cromossomos<br />

21, a síndrome por translocação<br />

robertsoniana não tem relação com<br />

a idade materna. Mas há um risco<br />

de recorrência nas famílias quando<br />

um genitor, a mãe, em especial, é<br />

portadora da translocação. Logo, a<br />

cariotipagem dos pais e familiares<br />

próximos é necessária antes que seja<br />

dada uma consulta genética precisa.<br />

0 102<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


MEDICINA GENÔMICA<br />

Optilite ® melhora a eficiência<br />

Fluxo de trabalho<br />

Segurança dos resultados<br />

Menu de testes<br />

Gamopatias Monoclonais<br />

Freelite (cadeias leves livres kappa<br />

e lambda), Hevylite (cadeias<br />

leves+pesadas)<br />

Sistema Imune<br />

IgA, IgM, IgG, IgD e IgE, Suclasses de<br />

IgG e IgA, Sistema Complemento (CH50,<br />

C1 inativador, C1q, C2, C3c e C4)<br />

Sistema nervoso central<br />

Albumina, Freelite Mx, Cistatina e<br />

Imunoglobulinas no líquor.<br />

Nefrologia<br />

Cistatina, Microalbumina<br />

Beta-2-Microglobulina, Transferrina<br />

Proteínas Específicas<br />

PCR, ASO, Fator Reumatóide, Ferritina,<br />

Transferrina, Pré-Albumina, Ceruloplasmina,<br />

Haptoglobina, Alfa-1-Antitripisina,<br />

Alfa-1-Glicoproteína Ácida, Lipoproteína(a),<br />

entre outras.<br />

Freelite ® é marca registrada da empresa The Binding Site Group, Birmingham, Reino Unido<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 103


MEDICINA GENÔMICA<br />

A incidência mundial da síndrome<br />

de Down é estimada em 1:1000<br />

nascidos vivos. Anualmente nascem,<br />

aproximadamente, 3000 a 5000<br />

crianças portadoras da síndrome.<br />

Estima-se que, no Brasil, 1:700 (ou<br />

800) nascidos a tenha. Algo hoje<br />

em torno de 270 mil pessoas (quase<br />

a população da Guiana Francesa).<br />

Duas características notáveis da<br />

sua distribuição são: distribuição<br />

peculiar dentro do histórico familiar<br />

– a concordância em gêmeos<br />

monozigóticos, mas quase total<br />

discordância em gêmeos dizigóticos<br />

e outros membros da família – e<br />

idade avançada da mãe.<br />

Além de ser isolada, a causa genética<br />

mais comum é o retardamento<br />

mental moderado. Muito embora<br />

no início da lactância a criança<br />

possa não aparentar atraso de<br />

desenvolvimento, ao fim do primeiro<br />

ano de vida se torna mais nítido.<br />

No entanto, crianças com síndrome<br />

de Down comumente são alegres,<br />

responsivas e autoconfiantes. Apesar<br />

de uma das características desta<br />

síndrome ser a senilidade prematura,<br />

a expectativa de vida atinge em<br />

média 50 anos.<br />

Figura 3: Comparação entre as pregas palmares das mãos de pessoas normais e das pessoas portadoras de síndrome de Down.<br />

O diagnóstico em caso de síndrome<br />

de Down, geralmente, ocorre ao<br />

nascimento ou logo após, por suas<br />

características dismórficas, que variam<br />

de paciente para paciente. Apesar disso,<br />

expressam um fenótipo típico. Além<br />

das características faciais distintas, a<br />

hipotonia pode ser a primeira anomalia<br />

notada em pacientes neonatos (entre<br />

o 1º e o 28º dia de vida). O pescoço<br />

é curto e grosso em cerca da metade<br />

dos indivíduos, enquanto a pele da<br />

nuca é frouxa. Os membros são, em<br />

geral, curtos e costumam expressar<br />

sinais relacionados à síndrome, sendo<br />

eles mãos encurtadas e largas além<br />

de quinto dedo curvado e muito<br />

pequeno. Na palma das mãos pode-se<br />

encontrar uma prega transversal única<br />

(linha simiesca), uni ou bilateralmente<br />

(Figura 3). Os pés apresentam um<br />

amplo espaçamento entre o primeiro e<br />

segundo dedo, com sulco estendendose<br />

proximamente na face plantar.<br />

A estatura dos pacientes portadores da<br />

síndrome de Down é baixa. A cabeça,<br />

além de apresentar braquicefalia,<br />

apresenta orelhas de implantação<br />

baixa com um aspecto dobrado<br />

0 104<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


distinto. Em cerca de 70% dos casos<br />

o nariz é curto e achatado, a boca é<br />

pequena e geralmente entreaberta,<br />

mostrando uma língua grande e cheia<br />

de sulcos. As pregas epicânticas e as<br />

fendas palpebrais elevadas inspiraram<br />

o termo, inadequado, “mongolismo”<br />

(em referência a aparência dos nativos<br />

da região da Mongólia).<br />

MEDICINA GENÔMICA<br />

No que tange à sobrevida dos<br />

portadores da síndrome de Down,<br />

devemos apontar que cerca de três<br />

quartos dos conceptos perdem-se<br />

por aborto no primeiro trimestre. Os<br />

pacientes com menores chances de<br />

vida são aqueles com cardiopatias,<br />

sendo conveniente checar a ocorrência<br />

destas no exame do precárdio, visto<br />

que mais de 40% dos indivíduos<br />

portadores da síndrome de Down<br />

demonstram defeitos septais.<br />

Figura 4: Artigo publicado na revista científica Archives of Disease in Childhood (ADC), sobre John Langdon Down, médico do Hospital<br />

londrino John Hopkins. Langdon Down foi o primeiro a descrever clinicamente o problema, batizando de “idiotia mongólica”. Por causa da<br />

expressão mongoloide dos pacientes caucasoides a doença se popularizou como mongolismo. Tal designação, entretanto, foi descartada pela<br />

sua carga preconceituosa e pejorativa.<br />

A primeira descrição clínica da<br />

síndrome de Down aconteceu há 155<br />

anos, em 1866, quando o pediatra<br />

Langdon Down (Figura 4) fez menção<br />

a ela como um quadro clínico com<br />

identidade própria. Esse foi o primeiro<br />

estudo sobre a síndrome. O fenótipo<br />

dos pacientes acometidos foi descrito<br />

como: portadores de pálpebra<br />

oblíqua, nariz plano, baixa estatura e<br />

déficit intelectual.<br />

Desde então tem-se avançado em<br />

seu conhecimento, embora exista<br />

muito a se descobrir. Em 1958, 92<br />

anos depois de Langdon Down, o<br />

francês Jérôme Lejeune (Figura 5)<br />

e a inglesa Pat Jacobs descobriram<br />

de maneira independente a origem<br />

cromossômica da síndrome. Foi<br />

quando ela passou a ser considerada<br />

uma síndrome de origem genética.<br />

Criada pela Down Syndrome<br />

International e comemorada desde<br />

2006, a data de 21 de Março<br />

(21/03), representa a singularidade<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 105


MEDICINA GENÔMICA<br />

da triplicação do cromossomo<br />

21 (trissomia) que causa esta<br />

ocorrência genética. A campanha<br />

de 2019 com o tema “não deixe<br />

ninguém para trás”, foi chamada de<br />

“razões para celebrar” e trouxe para<br />

a sociedade a clara mensagem de<br />

que está mais do que na hora de dar<br />

para cada pessoa com Síndrome de<br />

Down a oportunidade de usufruir<br />

dos mesmos direitos de todos os<br />

outros – somente quando isso<br />

acontecer, pessoas com Síndrome<br />

de Down ou outras deficiências,<br />

realmente terão “razões para<br />

celebrar”.<br />

A luta pela inclusão social tem<br />

crescido, e dado cada vez mais voz aos<br />

portadores de distúrbios genéticos.<br />

Em 2019 a seleção brasileira de futsal<br />

Down foi campeã mundial da categoria<br />

e foi destaque em vários programas<br />

esportivos da TV nacional. Em 2013 foi<br />

lançado o longa metragem “Colegas”<br />

que conta a história de três amigos<br />

Figura 5: O médico pediatra Jérôme Lejeune descobriu a existência de um cromossomo 21 a mais depois do exame dos cromossomos de uma<br />

criança portadora de síndrome de Down. Pela primeira vez na história da medicina genética se estabelece um elo entre um índice de capacidade<br />

mental e uma anomalia cromossômica. Lejeune descobre, em seguida, com a ajuda de seus colaboradores, o mecanismo de outras moléstias<br />

cromossômicas, abrindo assim a via para a citogenética e para a genética moderna. Em 1963, Lejeune foi o primeiro a descrever a Síndrome<br />

Cri-du-Chat, conhecida como Síndrome do Miado de Gato, conforme um ponto de vista científico.<br />

com a síndrome de Down que decidem<br />

correr atrás de seus sonhos. Márcio,<br />

um dos personagens principais, é<br />

interpretador por Breno Viola que foi o<br />

1º faixa preta de judô com síndrome de<br />

Down das Américas.<br />

Referências<br />

BROWN, T. A. Genética: um enfoque molecular. 3ª ed. Rio de<br />

Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.336p.<br />

NUSSBAUM, R.L.; McINNES, R.R.; WILLARD, H.F. Thompson &<br />

Thompson. Genética Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.<br />

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VIROLOGIA<br />

RISCO DO SARS-COV-2 EM ANIMAIS,<br />

NOVAS MUTAÇÕES E INOVAÇÕES TERAPÊUTICAS<br />

RISK OF SARS-COV-2 IN ANIMALS, NEW MUTATIONS AND THERAPEUTICS INNOVATIONS<br />

Por: Dra. Rachel Siqueira de Queiroz Simões<br />

* Fundação Oswaldo Cruz.<br />

Resumo<br />

Ao longo dos estudos de evolução filogenética e monitoramento<br />

das cepas circulantes do SARS-CoV-2 comprovou-se que o vírus<br />

pode ser classificado como uma antropozoonose ou zoonose<br />

reversa. Em media, 70% das doenças zoonóticas são de origem<br />

infecciosa emergente responsável por fatores determinantes<br />

causando o desequilibrio ambiental frente ao comércio illegal de<br />

práticas ilícitas como a caça aos animais silvestres que ameaça a<br />

integridade do ecossistema. A adaptação do vírus proveniente do<br />

hospedeiro natural para o hospedeiro intermediário alcançando<br />

o homem pode ser explicado pelo fenômeno Spillover. Elevada<br />

taxa de recombinação genômica propiciou altas taxas de<br />

mutações com possíveis alterações, deleções ou substituições<br />

de aminoácidos atingindo diversas espécies animais algumas<br />

mais susceptíveis à infecção viral e outras consideradas menos<br />

susceptíveis pela não detecção do RNA viral em amostras<br />

clínicas. O objetivo do artigo é traçar um paralelo entre os<br />

riscos de infecção do novo coronavírus nas diferentes espécies<br />

de animais domésticos e silvestres, descrever as principais<br />

mutações documentadas por modelagem computacional por<br />

meio dos softwares PyMOL e PDBePISA e nomear os anticorpos<br />

terapêuticos e fármacos antivirais recentemente investigados no<br />

tratamento da COVID-19.<br />

Palavras-Chave: Animais, anticorpos monoclonais,<br />

coronavírus, fármacos antivirais e mutações.<br />

Abstract<br />

Throughout the studies of phylogenetic evolution and<br />

monitoring of circulating strains of SARS-CoV-2, it was proved<br />

that the virus can be classified as anthropozoonosis or reverse<br />

zoonosis. On average, 70% of zoonotic diseases are emerging<br />

infectious origin responsible for determining factors causing<br />

environmental imbalance in the face of illegal trade in illicit<br />

practices such as a hunting wild animals that threatens the<br />

integrity of the ecosystem. The adaptation of the virus from<br />

the natural host to the intermediate host reaching man can<br />

be explained by the phenomenon called Spillover. High rate<br />

of genomic recombination provided high rates of mutations<br />

with possible changes, deletions or substitutions of amino<br />

acids reaching several animal species, some more susceptible<br />

to viral infection and others considered less susceptible due<br />

to the non-detection of viral RNA in clinical samples. The<br />

objective of this paper is to design a parallel between the<br />

risks of infection of the new coronavirus in different species of<br />

domestic and wild animals, to describe the main mutations<br />

documented by computer modeling through PyMOL e<br />

PDBePISA software and to name the therapeutic antibodies<br />

and antiviral drugs recently investigated in the treatment of<br />

COVID-19.<br />

Key Words: Animals, monoclonal antibodies, coronavirus,<br />

antiviral drugs and mutations.<br />

0 108<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


Introdução<br />

Os coronavírus tem sido classificado na<br />

Ordem Nidovirales, família Coronaviridae,<br />

Subfamília Orthocoronavirinae. São<br />

divididos em quatros gêneros alfa (α),<br />

beta (β), gama (γ) e delta (δ-CoV).<br />

Entre os alfacoronavirus (α-CoVs)<br />

encontram-se o vírus da peritonite<br />

infecciosa felina (PIF) e a coronavirose<br />

canina. No gênero betacoronavirus<br />

(β-CoVs) encontram-se o SARS-CoV<br />

(Síndrome Respiratória Aguda Grave,<br />

do inglês Severe Acute Respiratory<br />

Syndrome Coronavirus), MERS-<br />

CoV (Síndrome Respiratória do<br />

Oriente Médio, do inglês Middle East<br />

Respiratory Syndrome Coronavirus), e<br />

SARS-CoV-2, subgênero Sarbecovirus<br />

(Guo et al., 2020, Simões, 2020).<br />

As partículas virais são esféricas e<br />

envelopadas medindo cerca de 100 a<br />

160 nm de diâmetro e o genoma viral é<br />

RNA de fita simples polaridade positiva.<br />

Cerca de 2/3 do RNA viral está presente<br />

a região aberta de leitura ORF1a/b<br />

(open Reading frame) que codifica 16<br />

poliproteínas não estruturais (NSPs) e<br />

1/3 do genoma viral codifica as quatro<br />

proteínas Spike (S), envelope (E),<br />

membrana (M) e nucleocapsídeo (N).<br />

A glicoproteína S liga-se aos receptores<br />

da célula hospedeira denominada<br />

enzima conversora de angiotensina-2,<br />

do inglês angiotensin converting<br />

enzyme 2 (ACE-2) (Coronaviridae study<br />

group of the International Committee<br />

on Taxonomy of Viruses, 2020, Simões<br />

et al., 2020).<br />

O grande potencial de transmissão<br />

entre espécies diferentes e a rápida<br />

adaptação com o salto de uma espécie<br />

para outra foi descrito como fenômeno<br />

Spillover e depende de alguns fatores<br />

como alta taxa de mutação, elevada<br />

taxa de recombinação genômica e o<br />

tamanho do genoma (Nunez et al.,<br />

2020; Rodriguez-Morales et al., 2020).<br />

O alinhamento múltiplo de sequências<br />

de ACE2 de 410 espécies de vertebrados<br />

incluindo mamíferos, aves, peixes, répteis<br />

e anfíbios foi investigado quanto ao<br />

potencial de conservação nessas espécies<br />

por meio da análise de 25 aminoácidos<br />

essenciais na ligação entre o receptor<br />

ACE2 e a glicoproteína Spike do novo<br />

coronavírus (Damas et al., 2020).<br />

VIROLOGIA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 109


VIROLOGIA<br />

Ensaios experimentais foram<br />

realizados para identificar quais<br />

espécies são mais susceptíveis ou<br />

não à infecção por SARS-CoV-2.<br />

A análise genômica realizada na<br />

Universidade da Califórnia classificou<br />

o risco do SARS-CoV-2 em diferentes<br />

níveis: muito alto, alto, médio, baixo e<br />

muito baixo. Esse estudo sugere que<br />

algumas espécies de primatas nãohumanos<br />

são as mais vulneráveis<br />

apontando que gorila-ocidentaldas-terras-baixas<br />

e o orangotangode-sumatra,<br />

podem ter mais risco de<br />

terem células infectadas pelo SARS-<br />

CoV-2 através da ACE2. O hamsterchinês<br />

e alguns animais marinhos,<br />

como a baleia-cinzenta e o golfinho<br />

do gênero Tursiops podem ter mais<br />

risco de terem uma infecção de SARS-<br />

CoV-2 (Damas et al., 2020).<br />

Na Espanha ocorreu o abate de<br />

quase 100 mil visons em uma<br />

fazenda de criação de mustelídeos<br />

para a produção de casacos de pele.<br />

Os animas foram positivos para<br />

SARS-CoV-2 (87% infectados). Os<br />

visons infectados apresentaram<br />

sinais clínicos respiratórios e<br />

gastrointestinais e infectam outros<br />

mustelídeos por meio do contato<br />

direto ou indireto. A eliminação do<br />

vírus ocorre pela via retal e orofaríngea.<br />

Os animais infectados desenvolvem<br />

anticorpos neutralizantes. Os visons<br />

são mamíferos mustelídeos que se<br />

assemelham às doninhas. E inclusive<br />

na Dinamarca e na Holanda milhões<br />

de visons criados em cativeiros foram<br />

abatidos para evitar a disseminação<br />

do SARS-Cov-2 uma vez que esses<br />

animais carream uma mutação<br />

do vírus que é transmissível ao<br />

ser humano. Após funcionários<br />

agrícolas terem sido infectados pelo<br />

vírus comprovou-se a possibilidade<br />

de antropozoonose reversa.<br />

Experimentalmente, os animais<br />

foram infectados pela via intranasal e<br />

foi comprovado que não desenvolvem<br />

doença pulmonar na reinfecção viral.<br />

A Covid-19 foi detectada em três<br />

dos 11 gatos em uma fazenda de<br />

visons na Holanda levantando um<br />

alerta sobre a transmissibilidade e<br />

possibilidade de reservatório viral<br />

(Boklund, et al., 2021).<br />

Nos caninos foi constatado que são mais<br />

resistentes à infecção do SARS-CoV-2<br />

por apresentarem pouca expressão de<br />

ACE 2 no trato respiratório. Assim, o<br />

estudo apontou que o risco do novo<br />

coronavírus se conectar à ACE2 é baixo<br />

para cachorros. Após detecção do RNA<br />

viral em amostras de swabs retais<br />

de animais infectados naturalmente<br />

comprovou-se a presença de<br />

anticorpos neutralizantes contra o<br />

vírus. O primeiro caso de SARS-Cov-2<br />

em canino foi identificado em um Spitz<br />

Alemão de 17 anos e um segundo caso<br />

ocorreu em um pastor alemão que<br />

testou positivo para o novo coronavírus,<br />

ambos na cidade Hong Kong. Nos EUA,<br />

o primeiro caso ocorreu em um cão da<br />

raça pug, que pertence a uma família<br />

que contraiu a COVID-19 (Damas et<br />

al., 2020). No Brasil, o SARS-CoV-2 foi<br />

confirmado em dois cães de Curitiba,<br />

um da raça buldogue francês e um<br />

sem raça definida. Ambos os tutores<br />

também testaram positivo para a<br />

infecção viral. Os animais apresentaram<br />

secreção nasal e espirros.<br />

Diversos registros foram documentados<br />

nos felinos domésticos em gatos<br />

(Felis catus) e silvestres em tigre<br />

(Panthera tigris) e em leões (Panthera<br />

lion) sinalizando que o risco do<br />

novo coronavírus se conectar à ACE2<br />

é médio para os felinos (Damas et<br />

al., 2020). Os animais apresentaram<br />

clinicamente sinais respiratórios e<br />

gastrointestinais e desenvolveram<br />

anticorpos neutralizantes. O vírus é<br />

eliminado pela via nasofaríngea e retal.<br />

Nos estudos experimentais constatou-se<br />

que são assintomáticos e a reinfecção<br />

ocorre em média 28 dias após a primeira<br />

infecção. No Brasil, o primeiro caso foi<br />

comprovado em outubro de 2020 em<br />

um felino fêmea da cidade de Cuiabá,<br />

Mato Grosso que foi infectada por seus<br />

tutores ao contraíram o vírus em uma<br />

festa de família. Um segundo gato e um<br />

cachorro de pessoas que também foram<br />

à festa também testaram positivo.<br />

Amostras de swab nasal e orofaríngeo<br />

foram coletadas de um tigre siberiano,<br />

fêmea de 4 anos do Zoológico de<br />

0 110<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


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VIROLOGIA<br />

Bronx em Nova York confirmando o<br />

primeiro caso do novo coronavírus<br />

em felinos silvestres. Esse foi um<br />

caso de transmissão zoonótica<br />

reversa (antropozoonose) uma vez<br />

que o tratador estava infectado<br />

assintomaticamente. O SARS-CoV-2<br />

foi detectado por meio ensaios<br />

de biologia molecular RT-PCR<br />

(transcriptase reversa em reação da<br />

cadeia da polimerase em tempo real)<br />

e pelo sequenciamento do genoma<br />

parcial ou completo do vírus pelas<br />

plataformas de sequenciamento<br />

de nova geração (next generation<br />

sequencing - NGS). Com relação<br />

aos animais de produção e grandes<br />

animais, o risco do novo coronavírus<br />

se conectar à ACE2 é médio para<br />

ovinos e bovinos, e é de baixo risco<br />

para suínos e equinos (Damas et al.,<br />

2020).<br />

Novas mutações<br />

Desde o início da pandemia já foram<br />

registradas 4.000 mutações virais,<br />

inclusive mutações de humanos para<br />

animais. Cerca de 80% das mutações<br />

são chamadas de sinônima, ocorre<br />

a troca do último nucleotídeo não<br />

alterando o aminoácido; e mutações<br />

não-sinônima consideradas mutações<br />

perigosas onde ocorre a substituição<br />

ou deleção de aminoácido. A primeira<br />

mutação D614G foi descrita em janeiro<br />

de 2020 na China no aminoácido 614<br />

com a substituição de um aspartato<br />

(D) por uma glicina (G). Em maio de<br />

2020, 20% das sequências analisadas<br />

no Brasil apresentavam essa mutação<br />

D614G. Em outubro de 2020 foi<br />

identificada uma nova variante no<br />

Reino Unido (UK) denominada B.1.1.7<br />

(501Y. V1), na qual o aminoácido<br />

asparagina N foi substituído por uma<br />

tirosina Y na posição 501 da proteína<br />

S. Modelagem computacional pelas<br />

ferramentas de software PyMOL<br />

(https://pymol.org/2/) e PDBePISA<br />

(https://www.ebi.ac.uk/pdbe/pisa/)<br />

comparando interações moleculares<br />

sugere ao menos 17 mutações<br />

identificadas com alterações em 23<br />

nucleotídeos no genoma viral (Santos<br />

& Passos, 2021).<br />

Em dezembro do mesmo ano, surgiu<br />

uma nova variante documentada na<br />

África do Sul (AZ) designada B.1.351<br />

(501Y.V2) que possui tripla mutação no<br />

receptor do domínio ligante (do inglês<br />

receptor-binding domain - RBD). Essa<br />

linhagem B.1.351 foi neutralizada pelo<br />

plasma de indivíduos convalescents e<br />

pelo soro de indivíduos vacinados com<br />

Pfizer-BioNTech BNT162b2. Ambas as<br />

mutações, do Reino Unido e África do<br />

Sul (UK/AZ) (501Y.V2, 501Y, E484K)<br />

apresentaram mutação no aminoácido<br />

484 que mudou de um glutamato E para<br />

uma lisina K. Em dezembro de 2020<br />

surgiu uma nova variante detectada<br />

na cidade de Manaus, Amazonas (BR)<br />

denominada linhagem P1 (B.1.1.28)<br />

com tripla mutação (K417N/E484K/<br />

N501Y) e alta transmissibilidade.<br />

A linhagem P1 (mutação 501Y.V3)<br />

carrega alterações em 17 aminoácidos,<br />

3 deleções, and 4 mutações sinonímias.<br />

Essa nova variante já foi identificada<br />

em diferentes países entre eles Japão,<br />

EUA, França e Itália. A eficácia de<br />

* Imagen ilustrativa<br />

0 112<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


anticorpos terapêuticos Casirivimab<br />

e Bamlanivimab foi reduzida pelas<br />

linhagens B.1.351 e P1 (Hoffmann<br />

et al., 2021). Em janeiro de 2021<br />

ocorreu nova mutação detectada no<br />

Rio de Janeiro chamada P2 (E484K)<br />

e considerada menos agressiva que<br />

a linhagem P1. Em fevereiro de 2021,<br />

100% das sequências brasileiras<br />

possuíam a mutação D614G (Faria<br />

et al., 2020). Recentemente,<br />

nova variante foi identificada no<br />

Japão e denominada EeK possui<br />

mutação E484K, e apresenta forte<br />

resistentência às vacinas disponíveis.<br />

Além da variante indiana B1.617, que<br />

possui 13 mutações em especial uma<br />

dupla mutação na proteína Spike do<br />

(E484Q and L452R) classificada como<br />

“variante de preocupação” (do inglês<br />

"variant of concern" – VOC) por seu<br />

alto índice de transmissibilidade<br />

(Cherian et al., 2021).<br />

Inovações terapêuticas<br />

Soro para o tratamento da<br />

Covid-19 chamado hiperimune<br />

ou gamaglobulina hiperimune foi<br />

desenvolvido por pesquisadores<br />

brasileiros da Universidade Federal do<br />

Rio de Janeiro (UFRJ) que inocularam<br />

experimentalmente a proteína S<br />

recombinante do novo coronavírus.<br />

Após três semanas, foi coletado o<br />

plasma de cinco cavalos do Instituto<br />

Vital Brazil (IVB), Rio de Janeiro. O soro<br />

hiperimune anti-SARS-CoV-2 contendo<br />

os anticorpos produzido a partir do<br />

plasma dos equinos imunizados é<br />

capaz de neutralizar o vírus em até 100<br />

vezes mais (Cunha et al., 2020).<br />

Outra inovação terapêutica é a produção<br />

de nanocorpos (anticorpos de baixo<br />

peso molecular e forte capacidade<br />

de neutralização viral) em tubarões<br />

e camelídeos - camelos, llhamas,<br />

alpacas, vicunhas, dromedários - que<br />

são capazes de neutralizar a proteína<br />

S do vírus. A produção escalonável em<br />

laboratório está sendo desenvolvida<br />

por biofarmacêuticas e instituições<br />

nacionais e internacionais. Antivirais<br />

Daclatasvir e Sofosbuvir utilizados no<br />

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tratamento da hepatite C demonstraram<br />

capacidade de inibir a ativação viral do<br />

SARS-CoV-2 (Sacramento et al., 2021).<br />

Testes clínicos em animais<br />

experimentais da vacina Carnivak-CoV<br />

iniciaram em outubro de 2020. Todos<br />

os animais vacinados desenvolveram<br />

anticorpos contra o novo coronavírus<br />

e estima-se que essa resposta<br />

imunológica dure pelo menos cerca<br />

seis meses. A agência reguladora da<br />

Rússia informa que o imunizante é de<br />

vírus inativado e é capaz de impedir<br />

mutações virais. O imunizante foi<br />

testado em cães, gatos, visons e raposas<br />

mas o seu principal alvo são os animais<br />

criados em fazendas para produção de<br />

casacos de pele. Países como Grécia,<br />

Polônia e Áustria já estão interessados<br />

em comprar a vacina Carnivac-Cov.<br />

Considerações Finais<br />

Estudos experimentais em animais<br />

pela via intranasal avaliaram o<br />

desenvolvimento de anticorpos<br />

neutralizantes e uma possível reinfecção.<br />

Tais estudos são capazes de detectar a<br />

pouca expressão da enzima conversora<br />

de angiotensina 2 (ACE2) em diferentes<br />

espécies no trato respiratório mostrando<br />

maior resistência à infecção pelo SARS-<br />

CoV-2. Amostras biológicas têm sido<br />

constantemente analisadas pelos ensaios<br />

moleculares de transcriptase reversa em<br />

reação da cadeia polimerase em tempo<br />

real e pelo sequenciamento do genoma<br />

parcial ou completo do novo coronavírus<br />

pelas plataformas de sequenciamento<br />

de nova geração (next generation<br />

sequencing - NGS). Enquanto novos<br />

testes clínicos são realizados em animais<br />

de laboratório para o desenvolvimento<br />

de novas vacinas utilizando diferentes<br />

plataformas tecnológicas contra o SARS-<br />

CoV-2, é primordial a conscientização<br />

do papel do ser humano por meio da<br />

interface homem-ambiente-animal e<br />

sua intervenção no ecossistema e na<br />

saúde única.<br />

Referências<br />

Boklund,A., Gortazar, C., Pasquali, P. Monitoring of<br />

SARS-CoV-2 infection in mustelids. EFSA Journal<br />

2021;19(3):6459, doi: 10.2903/j.efsa.2021.6459<br />

CORONAVIRIDAE STUDY GROUP OF THE INTERNATIONAL<br />

COMMITTEE ON TAXONOMY OF VIRUSES. The species<br />

severe accurate respiratory syndrome related coronavirus:<br />

classifying 2019n-CoV and naming it SARS-CoV-2.<br />

Nature Microbiology: 5536-544, 2020.<br />

CHERIAN, S., POTDAR, V., JADHAN, S et al. Convergent<br />

evolution of SARS-CoV-2 spike mutations, L452R,<br />

E484Q and P681R, in the second wave of COVID-19 in<br />

Maharashtra, India. bioRxiv preprint doi: https://doi.<br />

org/10.1101/2021.04.22.440932.<br />

CUNHA, L.E.R., STOLET, A.A., STRAUCH, M.A et al. Equine<br />

hyperimmune globulin raised against the SARS-CoV-2<br />

spike glycoprotein has extremely high neutralizing titers,<br />

doi:https://doi.org/10.1101/2020.08.17.254375, 2020.<br />

DAMAS, J., HUGHESB, G, M., KEOUGH, K.C et al. Broad<br />

host range of SARS-CoV-2 predicted by comparative<br />

and structural analysis of ACE2 in vertebrates.<br />

www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.2010146117<br />

PNAS,117(36):22311–22322, 2020.<br />

FARIA, N.R., CLARO.I.M., CANDIDO, D., et al. Genomic<br />

characterisation of an emergent SARS-CoV-2 lineage<br />

in Manaus: preliminary findings. https:// doi.<br />

org/10.1101/2020.12.23.20248598<br />

GUO, Y-R., CAO, Q-D., HONG, Z-S., et al. The origin,<br />

transmission and clinical therapies on coronavirus<br />

disease 2019 (COVID-19) outbreak – an update on the<br />

status. Military Medical Research (2020) 7:11 https://<br />

doi.org/10.1186/s40779-020-00240-0.<br />

HOFFMANN, M., KLEINE-WEBER, H., SCHROEDER, S<br />

et al. SARS-CoV-2 Cell Entry Depends on ACE2 and<br />

TMPRSS2 and Is Blocked by a Clinically Proven Protease<br />

Inhibitor. Cell 181, 271–280,2020 doi.org/10.1016/j.<br />

cell.2020.02.052.<br />

NUNES et al. Invasion Science and the Global Spread of<br />

SARS-CoV-2. Trends in Ecology & Evolution,2020, 35:8<br />

RODRIGUEZ-MORALES et al. History is repeating itself:<br />

Probable zoonotic spillover as the cause of the 2019 novel<br />

Coronavirus Epidemic. Le Infezioni in Medicina, 1:3-5, 2020.<br />

SACRAMENTO, C.Q., FINTELMAN-RODRIGUES, N.,<br />

TEMEROZO, J.R. et al. In vitro antiviral activity of the<br />

anti-HCV drugs daclatasvir and sofosbuvir against SARS-<br />

CoV-2, the aetiological agent of COVID-19. J Antimicrob<br />

Chemother. doi:10.1093/jac/dkab072, 2021.<br />

SANTOS, J.C., PASSOS, G.A. The high infectivity<br />

of SARS-CoV-2 B.1.1.7 is associated with<br />

increased interaction force between Spike-ACE2<br />

caused by the viral N501Y mutation. https://doi.<br />

org/10.1101/2020.12.29.424708<br />

SIMÕES, R.S.Q. Coronavírus: SARS-CoV, MERS-CoV e<br />

SARS-CoV-2. In: Saúde do Ensino à pesquisa. Ed. Pasteur<br />

- vol.1, p:191-203, ISBN:978-65-86700-07-7. https://<br />

doi.org/10.29327/522782, 2020.<br />

SIMÕES, R.S.Q. Animal and Human Coronavirus Disease. COJ<br />

Technical & Scientific Research, 2 (5), COJTS.000547.2020, 2020.<br />

SIMÕES, R.S.Q. et al. Computacional modeling in virus<br />

infections and virtual screening, docking and molecular<br />

dynamics in drug design. Networks in systems biology -<br />

applications for disease modeling, Ed. Springer. https://<br />

doi.org/10.1007/978-3-030-51862-2_12, 2020.<br />

Autora:<br />

Dra. Rachel Siqueira de Queiroz Simões<br />

Fundação Oswaldo Cruz.<br />

Avenida Brasil, 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro, cep: 21040-900.<br />

Email: rachel.queiroz@bio.fiocruz.br<br />

0 114<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


As coisas mudam rapidamente. E é essa inconstância<br />

que sempre moveu a Labtest em direção ao futuro da<br />

medicina diagnóstica, com soluções que valorizam não<br />

só a ciência, mas nosso maior bem: você.<br />

Todo mundo tem um propósito<br />

na vida. O nosso é nunca ficar parado<br />

para sempre beneficiar a sua vida.<br />

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LADY NEWS<br />

INOVAÇÃO NÃO VEM DA TECNOLOGIA,<br />

VEM DAS PESSOAS.<br />

VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA IMPLANTAR A CULTURA<br />

DA INOVAÇÃO NO SEU LABORATÓRIO?<br />

Inovação significa criar algo novo.<br />

A palavra é derivada do termo latino<br />

innovatio, e se refere a uma ideia,<br />

método ou objeto que é criado e<br />

que pouco se parece com padrões já<br />

estabelecidos anteriormente.<br />

Hoje, a palavra "inovação" é mais<br />

usada no contexto de ideias e invenções<br />

assim como a exploração econômica<br />

relacionada, é o novo que chega no<br />

mercado.<br />

Em tempos de pandemia e concorrência<br />

multisetorial a inovação está diretamente<br />

ligada a todo bom profissional e<br />

empreendedor, é necessário se reinventar.<br />

Com o consumidor dos nossos<br />

serviços tendo mais poder para decidir,<br />

isso deixou de ser secundário para se<br />

tonar uma questão de sobrevivência.<br />

Na prática, vemos poucas empresas<br />

inovadoras e essa particularidade se<br />

deve a ideias equivocadas, como a de<br />

que a inovação depende de grandes<br />

investimentos em tecnologia, que é<br />

apenas uma ferramenta de trabalho, cada<br />

vez mais forte e acessível, porém o que faz<br />

a inovação acontecer são as pessoas.<br />

A inovação depende de dois<br />

patamares básicos, a criatividade e a<br />

liberdade.<br />

A primeira das duas é o que transforma<br />

necessidades em idéias, em produtos<br />

ou serviços, foi assim que vimos surgir<br />

a Uber, que veio da dificuldade de se<br />

conseguir um táxi nos grandes centros.<br />

Essa criatividade se tornou uma operação<br />

multimilionária, a partir da necessidade<br />

simples, que todos nós temos, que foi<br />

concebida a partir da liberdade de se<br />

tentar, e vejam aonde chegaram!<br />

Todos nós temos necessidades o<br />

tempo todo, basta entendermos como<br />

nosso negócio pode virar uma solução,<br />

a partir de uma inovação!<br />

Existe uma cultura errada sobre a<br />

nossa zona de conforto, um espaço<br />

em que temos a sensação de que<br />

dominamos todas as variáveis e onde<br />

não podemos ser ameaçados, muito<br />

pelo contrário, a nossa zona de conforto<br />

é uma vulnerabilidade real, pois não<br />

observamos o que está acontecendo<br />

ao nosso lado e perdemos a chance<br />

de identificar novas tendência, novos<br />

concorrentes, novos horizontes.<br />

Quando percebemos, talvez seja tarde<br />

demais, a ponto de comprometer a<br />

nossa sobrevivência no mercado. Isto<br />

é fato, tanto para pessoas ou empresas,<br />

já que a zona de conforto inibe a<br />

capacidade de promover a inovação, ou<br />

seja, em time que está ganhando não<br />

se mexe!<br />

Profissionais e empresas que adotam<br />

esse pensamento estão condenadas<br />

a desaparecer, pois a concorrência<br />

aliada ao capital financeiro, está cada<br />

vez mais se mexendo, e nosso próximo<br />

concorrente, pode estar muito próximo<br />

a nós, sejam colegas ou funcionários<br />

que perceberam nichos de mercado<br />

que desprezamos.<br />

Esse novo concorrente, inovador e<br />

disposto a correr riscos, chegará ao<br />

mercado com potencial de crescimento<br />

e ocupar o lugar de empresas com<br />

negócios consolidados há décadas,<br />

0 116<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


LADY NEWS<br />

pelo uso da tecnologia e modelo de<br />

negócio baseado em criatividade,<br />

conhecimento e liberdade de atuação.<br />

Temos que estar prontos o tempo<br />

todo, pois o mercado já não comporta<br />

quem quer ficar sempre igual, viver de<br />

sobrenome, quantos gestores ainda<br />

insistem em bater nessa tecla?<br />

O nosso instinto de autopreservação<br />

instaura o medo de inovar e correr riscos,<br />

porém o mercado exige que pensemos<br />

coisas novas e olhar diferente para o<br />

que já está consolidado em nossas<br />

empresas, isso se chama liberdade, um<br />

conceito nobre e inovador!<br />

Liberdade é a garantia de poder ser<br />

criativo, sem que possíveis atropelos<br />

no percurso da inovação sejam fatores<br />

de impedimento para alcançar metas e<br />

resultados propostos e/ou atingíveis a<br />

curto e médio prazo.<br />

Muitas empresas ou gestores não<br />

permitem aos funcionários a liberdade<br />

de criar, esse é o jeito de colocar a<br />

inovação dentro de quatro paredes,<br />

bem controlada, que se traduz em um<br />

equívoco que poderá custar a própria<br />

sobrevivência do seu modelo de<br />

negócio, bem como a saúde financeira<br />

e operacional.<br />

A inovação não pode e não deve ser<br />

controlada, não pode ser parametrizada<br />

e nem restrita, todos os nossos<br />

colaboradores devem ser incentivados<br />

a inovar, eles possuem a percepção do<br />

cliente, pois tem a liberdade de utilizar os<br />

serviços na maioria das vezes, do nosso<br />

concorrente, ao contrário de nós gestores<br />

comprometidos com a nossa bolha, que<br />

nos impede de olhar para a frente, pois o<br />

passado de sucesso é um norte a seguir,<br />

mesmo que equivocadamente.<br />

Vivemos hoje em um mundo em que<br />

a tecnologia digital se transformou em<br />

uma ferramenta de trabalho inovadora<br />

e de baixo custo operacional, gestores<br />

que conseguem absorver esse conceito<br />

com criatividade e liberdade, podem<br />

vir a ser o novo e redefinir padrões de<br />

mercado, basta olhar para fora e corrigir<br />

o que precisar ser feito internamente.<br />

Como implementar essa cultura<br />

em nossas empresas?<br />

O conceito de cultura da inovação é algo<br />

muito complexo, pois envolve a aplicação<br />

constante de melhorias em processos,<br />

produtos, serviços e tecnologia.<br />

É um processo gradativo, pois envolve<br />

mudanças em conceitos e forma de<br />

trabalhar e até mesmo no organograma<br />

de uma empresa, incluindo seu principal<br />

aliado, os colaboradores.<br />

Implementar uma cultura de inovação<br />

na gestão de pessoas é fundamental<br />

para o alinhamento das ideias e na<br />

liberdade de ação por cada colaborador<br />

envolvido, dar autonomia significa<br />

garantir a liberdade para exercer a<br />

criatividade sempre observando os<br />

níveis hierárquicos e atribuições.<br />

Treinamentos e capacitações<br />

são a base inicial para promover a<br />

capacidade criativa dos colaboradores<br />

envolvidos, bem como é fundamental<br />

o uso da tecnologia como facilitador<br />

dos processos.<br />

Quando pensamos em inovação,<br />

sentimos a velocidade da mudança externa<br />

que o mercado exige, consumidores cada<br />

vez mais exigentes e formadores de<br />

opinião, nessa etapa o processo produtivo<br />

deve receber atenção redobrada, pois<br />

você terá que promover um diferencial<br />

há mais para que os usuários dos seus<br />

serviços sejam fidelizados e sempre que<br />

necessitarem, você seja a primeira opção<br />

e casualmente a única.<br />

A gestão das empresas requer<br />

constantes tomadas de decisões<br />

que podem ser adequações simples<br />

ou complexas, como a reavaliação<br />

de situações que estejam causando<br />

receitas negativas na empresa.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 117


LADY NEWS<br />

Reavaliar unidades de coleta que não<br />

tem impacto financeiro e operacional<br />

em um laboratório, é corrigir o rumo do<br />

seu negócio e canalizar esforços para<br />

outras unidades operacionalmente<br />

rentáveis. Antigamente tinha-se a<br />

cultura de que abrir unidades seria um<br />

caminho seguro para o crescimento,<br />

porém existem muitas variáveis que<br />

devem ser analisadas, entender do<br />

seu negócio é que te capacitará para<br />

manter seu crescimento sustentável.<br />

Hoje, empresas mal geridas<br />

operacionalmente tem sua saúde<br />

financeira comprometida e vivem<br />

de aporte de recursos para manter<br />

o negócio. Sem uma mudança de<br />

conceito e comportamento de gestão,<br />

a fórmula padrão não se sustentará<br />

e comprometerá o crescimento e<br />

evolução do seu negócio.<br />

Hoje temos ferramentas de<br />

inteligência (Business intelligence)<br />

que lhe auxiliarão a tomar decisões<br />

acertadas, baseadas em protocolos<br />

operacionais já testados e aprovados<br />

pelo mercado.<br />

O atendimento ao cliente talvez seja<br />

a área que mais demande inovação<br />

em nossas empresas, antes os canais<br />

de comunicação eram mais restritos e<br />

o contato era quase que unidirecional,<br />

ou seja, a empresa falava, porém<br />

não tinha como receber um retorno<br />

por parte da sua maior fonte de<br />

sustentabilidade, que adquire seus<br />

serviços.<br />

Hoje temos uma gama de canais<br />

diferenciados que se tornou um<br />

desafio utilizá-los da melhor forma,<br />

e assim o marketing de conteúdo<br />

vem evoluindo para acompanhar<br />

as mudanças no comportamento<br />

dos nossos clientes, concorrentes e<br />

mercado. Essa ferramenta quando<br />

bem utilizada, focada no seu cliente,<br />

atrai mais consumidores. Marketing<br />

institucional não atrai clientes que<br />

procuram serviço, o que atrai é você<br />

mostrar a ele a solução que ele precisa<br />

e corresponder a todas as expectativas<br />

que estava procurando.<br />

Como iniciar um processo de<br />

Inovação?<br />

Não é fácil para nós gestores e<br />

empreendedores conquistar e fidelizar<br />

clientes, criar uma marca e aliar a ela<br />

uma imagem que transmita inovação,<br />

tecnologia e confiança.<br />

Entre todas as dificuldades<br />

enfrentadas, a principal seja se superar,<br />

reconhecer que o que deu muito certo<br />

em algum momento hoje pode não ter<br />

mais espaço na gestão moderna e de<br />

resultados.<br />

Para fugir dessa estatística,<br />

repense os seguintes conceitos:<br />

- Reconheça as mudanças:<br />

O mercado consumidor está em<br />

constante mudança, por isso cabe a<br />

nós gestores olhar para fora e detectar<br />

as necessidades expressas por nossos<br />

clientes, principalmente os consumidores<br />

de serviços, nosso principal público.<br />

Tenha um diferencial que aponte para<br />

o tripé, conhecimento, inovação e<br />

tecnologia, mostre ao mercado que<br />

você é comprometido e está atento às<br />

mudanças do mundo moderno, que são<br />

cada vez mais rápidas.<br />

- Estude o mercado, a<br />

concorrência e seu público-alvo:<br />

Sempre que você olhar para fora da<br />

sua bolha (zona de conforto), verá<br />

que não está sozinho, há muita gente<br />

pensando em formas de inovar e<br />

compreender o que o mercado procura<br />

e exige de uma empresa.<br />

É preciso conhecer muito bem a<br />

concorrência, explorar os nichos de<br />

mercado que estão descoberto bem<br />

como identificar o que não está dando<br />

certo na concorrência e no seu negócio,<br />

exerça a autocrítica e estabeleça as metas<br />

em busca dos resultados que fará com<br />

que você abandone definitivamente<br />

a zona de conforto. Seja criativo, seja<br />

ousado, arrisque um pouco mais!<br />

0 118<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


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LADY NEWS<br />

Identificar o que o consumidor espera<br />

de nossos serviços é despertar o instinto<br />

de sobrevivência do nosso negócio.<br />

Oferecer uma solução diferenciada para<br />

o problema do seu cliente é mostrar<br />

que você está em constante evolução,<br />

sair do normal é ser diferente!<br />

- Investimento em processos que<br />

produzirão soluções inovadoras:<br />

Saiba identificar quais processos<br />

precisam ser melhorados, atualizados<br />

ou até mesmo extintos, para que você<br />

tenha eficiência, produtividade e saúde<br />

financeira.<br />

É importante e relevante saber quais<br />

são os processos que a concorrência está<br />

utilizando, para identificar o que pode<br />

estar dando certo ou errado, afinal isso<br />

significa economia de tempo e dinheiro.<br />

Aplicar metodologias que se<br />

completam no processo de construção<br />

de um serviço, desde o atendimento,<br />

produção e finalização, geram eficiência<br />

e lucratividade.<br />

Saber funcionar essa engrenagem é a<br />

conquista que todos queremos para nossas<br />

empresas, portanto, o desafio é grande!<br />

- Investimento em atendimento:<br />

Automatização dos processos nas<br />

empresas têm se mostrado como<br />

opção eficiente, diminuindo custos e<br />

tempo de execução dos serviços.<br />

Os gestores devem ter o cuidado<br />

para não cair no erro, ao confundir<br />

automatização com impessoalidade.<br />

Investir em atendimento personalizado,<br />

seja por plataforma digital ou presencial<br />

é fundamental para fidelizar clientes,<br />

fazer o marketing do dia-dia por parte<br />

do cliente funcionar, pois ele utilizou e<br />

aprovou a solução que você apresentou.<br />

Personalizar um atendimento tem<br />

relação com entender o perfil do<br />

cliente, mostre a ele as intenções e<br />

objetivos da empresa.<br />

Um atendimento realizado com<br />

sucesso significa muitos retornos diretos<br />

ou indiretamente, já que nosso formador<br />

de opinião passará por uma experiência<br />

única, utilizará nossos serviços.<br />

- Saiba criar mecanismos e metas<br />

que possibilitem resultados<br />

positivos:<br />

Se temos poucos recursos para investir<br />

em inovação, temos que viabilizar o<br />

primeiro passo a ser dado, analise o que<br />

você tem e o que pode ser feito, depois<br />

é preciso criar metas.<br />

Ser inovador significa correr riscos,<br />

mas também conhecer limites.<br />

Ao criar metas, não envolva o sacrifício<br />

da qualidade, ela é a sustentabilidade<br />

da sua credibilidade e do seu negócio.<br />

A meta atingível estimula os<br />

colaboradores em buscar a próxima<br />

etapa e assim sucessivamente, a<br />

engrenagem da inovação começa<br />

a rodar.<br />

Compreender que a inovação é um<br />

percurso e não um ponto de chegada<br />

é fundamental para atingir o sucesso,<br />

continue nadando, o horizonte é<br />

distante.<br />

- Importância de manter o foco<br />

na inovação:<br />

Inovação é uma particularidade<br />

que deve sempre estar enraizada nos<br />

pilares de sustentação de qualquer<br />

seguimento de mercado. Empresas que<br />

inovam pontualmente, estão sempre<br />

correndo atrás do prejuízo e não são<br />

capazes de se posicionar à frente dos<br />

concorrentes.<br />

Quando a melhoria contínua faz parte<br />

dos valores do negócio, a inovação é<br />

algo natural e, portanto, tem um papel<br />

fundamental no sucesso do negócio.<br />

0 120<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


Se o gestor ou sua empresa não tem<br />

ainda essa preocupação, a hora de<br />

mudar é agora.<br />

Inovação é um processo contínuo que<br />

proporciona benefícios excepcionais e<br />

reconhecimento profissional.<br />

- Crie uma marca pessoal na sua<br />

empresa:<br />

Se você pretende apresentar sua<br />

empresa ao mercado como algo novo<br />

e inovador, é preciso criar uma marca, é<br />

preciso ser reconhecido em um mundo<br />

onde todos querem reconhecimento.<br />

Em um mundo abarrotado de<br />

semelhantes, é preciso se destacar para<br />

sair na frente.<br />

Poucos gestores percebem que isso<br />

não é uma obrigação somente de<br />

grandes marcas, hoje os pequenos e<br />

médios empreendedores precisam<br />

também solidificar a sua marca, é<br />

preciso ter competência para vender<br />

uma imagem, posicionar uma marca.<br />

Hoje em dia, qualidade e habilidade<br />

não são mais suficientes, você lida com<br />

expectativas pois se propõe a entregar<br />

uma demanda que lhe foi confiada.<br />

Como ser o escolhido para executar os<br />

serviços em um universo de semelhantes?<br />

Uma boa gestão de marca não é<br />

simplesmente fazer propaganda, mas<br />

elaborar um planejamento inteiro do<br />

seu marketing pessoal. Não confunda<br />

marketing com branding pessoal.<br />

O termo branding, vem da palavra em<br />

inglês to brand que significa marcar.<br />

Mesmo derivando da prática de<br />

marcar algo de forma permanente, o<br />

sentido atual, processo de estabelecer<br />

um nome e uma reputação para algo é<br />

relativamente novo.<br />

Sendo uma filosofia de gestão, ou<br />

seja, uma maneira de agir e pensar<br />

sobre a marca, o branding coloca a<br />

marca no centro de todas as decisões<br />

da empresa.<br />

Dessa forma, tudo que envolve a<br />

empresa, envolve o processo de branding.<br />

A intenção do branding é administrar<br />

uma dinâmica de relacionamento com<br />

todos os públicos envolvidos, sejam eles<br />

internos ou externos, visando que esse<br />

público consiga entender e decodificar a<br />

mensagem passada pela marca.<br />

Assim, permitindo que a marca<br />

ultrapasse a sua natureza econômica,<br />

e passe a fazer parte de uma cultura<br />

que influencia o comportamento<br />

das pessoas e consequentemente,<br />

fortalecendo um processo de<br />

construção da imagem da marca.<br />

Por ser relativamente novo no mercado,<br />

o branding ainda é confundido com<br />

marketing, identidade visual, publicidade<br />

e até mesmo com comunicação.<br />

Isso ocorre porque ele é considerado<br />

um sistema de ações vindas de várias<br />

áreas de conhecimento, que buscam<br />

uma unidade na manifestação de<br />

identidade da marca.<br />

LADY NEWS<br />

Não existe mais a possibilidade de<br />

ficar esperando pelas oportunidades,<br />

é preciso ir em frente e mostrar ao seu<br />

cliente seus produtos ou serviços.<br />

Assim, estabelece um diferencial no<br />

mercado, por meio de observações<br />

e construções subjetivas que<br />

transformam e solidificam o<br />

relacionamento da marca com o cliente.<br />

É importante que você perceba que<br />

sua marca precisa tanto ser trabalhada,<br />

criada e estabelecida, e quando<br />

divulgada tenha destaque dentro de<br />

um mercado competitivo.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 121


LADY NEWS<br />

Se você está preocupado em criar<br />

uma identidade própria, cuide da<br />

sua marca e isso significa passar pela<br />

apresentação, primeira impressão,<br />

simpatia e executar um serviço que<br />

seja aquilo que você se comprometeu<br />

com o mercado.<br />

Seja apaixonado por aquilo que você<br />

se propôs a fazer, acredite, quem está<br />

do outro lado percebe isso em você<br />

quando você faz a demonstração do<br />

seu produto ou serviço.<br />

Autoconhecimento é fundamental<br />

para solidificação da sua marca, é o<br />

cartão de visitas da sua empresa, às<br />

vezes você precisa estar do outro lado<br />

do balcão, sentir as necessidades do<br />

seu cliente, apontar as soluções que ele<br />

precisa e atender suas expectativas.<br />

Cada pessoa percebe uma marca de<br />

maneiras distintas. Essas percepções<br />

são baseadas nos contextos sociais,<br />

culturais e econômicos de cada um,<br />

e principalmente, na experiência que<br />

tiveram com o produto e/ou serviço,<br />

à medida que identificam quais<br />

satisfazem suas necessidades e quais<br />

são insuficientes.<br />

Marcas que transmitem confiança,<br />

transparecendo nível de qualidade,<br />

em geral satisfazem consumidores<br />

facilmente, a ponto de optarem<br />

novamente pelo produto e/ou serviço.<br />

Quando a empresa inclui a Inovação<br />

no seu DNA, os processos se tornam<br />

naturais, e você pode criar o novo sem<br />

impactar no que já está funcionando,<br />

mas lembre-se, em time que está<br />

ganhando também se mexe!<br />

O fracasso também faz parte do<br />

processo de inovação, pois ele demonstra<br />

que você procurou o novo, e a única<br />

maneira de não fracassar em algo é não<br />

tentar e continuar na zona de conforto!<br />

Finalizando, alguns conceitos<br />

precisam ser renovados ou<br />

melhor, inovados!<br />

- Não comemore a venda de seu<br />

produto e/ou serviço;<br />

- Não celebre quando o cliente lhe paga;<br />

- Celebre quando ele é transformado<br />

por aquilo que você executou;<br />

- Quando você vende um produto e/ou<br />

serviço para alguém, seu trabalho não<br />

terminou;<br />

- Vai apenas começar o mais<br />

importante, a experiência dele com seu<br />

produto e/ou serviço;<br />

- Um cliente satisfeito é ótimo, mas um<br />

apaixonado é muito melhor;<br />

- Um cliente satisfeito, volta;<br />

- Um apaixonado, volta trazendo mais<br />

clientes para seu negócio;<br />

- Se importe mais com sua empresa!<br />

A questão que fica é, você estará no<br />

grupo INOVADOR?<br />

Luiz Antonio Doles<br />

• Farmacêutico-Bioquímico, especialista em Toxicologia - UFG<br />

• Administrador de Empresas - Universidade Mackenzie (SP)<br />

• Sócio - Laboratório Jarbas Doles, Goiânia - Go<br />

• Consultor Técnico - Laboratório Oswaldo Cruz, Goiânia – Go<br />

• Consultor Técnico - Quality Consultoria Laboratorial, Goiânia - GO<br />

• Membro da comissão de Análises Clínica - CRFGO<br />

• Associado SBAC – Sociedade Brasileira de Análises Clínicas<br />

• Membro do Grupo OFAC Business / OFAC VIP<br />

0 122<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


Conheça o<br />

Teste Rugai<br />

Modificado<br />

Renylab<br />

Identificação presuntiva<br />

de enterobactérias<br />

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Um teste prático e eficiente, que faz a triagem<br />

de enterobactérias e disponibiliza nove provas<br />

em um único tubo de ensaio.<br />

Possui substratos para:<br />

• Lisina<br />

• Glicose<br />

• Ureia<br />

• H 2<br />

S<br />

• Sacarose<br />

• Desaminação do aminoácido L-triptofano<br />

• Indol<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

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0 123


BIOSSEGURANÇA<br />

MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA<br />

NA PREVENÇÃO DA MUCORMICOSE<br />

Por: Gleiciere Maia Silva e Jorge Luiz Silva Araújo-Filho.<br />

Mucormicose trata-se de uma infecção<br />

fúngica invasiva causada por fungos<br />

hialinos de várias espécies da ordem<br />

Mucorales que podem levar o indivíduo<br />

a óbito. A maioria dos casos ocorre por<br />

fungos do gênero Rhizopus spp, Mucor<br />

spp, Lichtheimia spp, Cunninghamella,<br />

dentre outros. Não é uma doença recente,<br />

entretanto ela vem ganhado destaque<br />

mundialmente pelo número de casos em<br />

pacientes que tiveram COVID-19.<br />

Os gêneros dos fungos causadores<br />

da mucormicose são onipresentes,<br />

ou seja, são amplamente distribuídos<br />

na natureza como alimentos em<br />

decomposição (Figura 1), solo, água,<br />

plantas e ambientes.<br />

Os fatores para o desenvolvimento<br />

nessa micose em humanos está mais<br />

relacionada a fatores do hospedeiro<br />

do que do agente fúngico. Os esporos<br />

podem ser adquiridos por via inalatória<br />

e eventualmente colonizar as vias<br />

aéreas. Entretanto, nota-se a predileção<br />

desses fungos pelo sistema vascular,<br />

que podem causar um processo<br />

inflamatório extenso, ocasionado<br />

trombose e necrose tecidual. Por essa<br />

razão ele é erroneamente conhecido<br />

por “fungo negro” em virtude do<br />

aspecto das lesões enegrecidas<br />

decorrente da necrose (Figura 2), no<br />

entanto os fungos desses gêneros são<br />

hialinos.<br />

As manifestações clínicas podem<br />

ser pulmonares, gastrointestinais,<br />

cutâneas ou disseminadas. A forma<br />

mais comum é a forma rinocerebral<br />

que acomete os seios da face e cérebro.<br />

O fungo em geral inicia sua invasão<br />

pela mucosa nasal, com acometimento<br />

dos seios da face, seguido de erosão do<br />

palato duro, órbita e cérebro Trata-se<br />

de uma doença rara, mas que a taxa<br />

de mortalidade geral pode ultrapassar<br />

50% dos pacientes.<br />

Os pacientes mais predispostos a<br />

desenvolver mucormicose são pacientes<br />

com diabetes descompensada que<br />

entram em estado de cetoacidose<br />

ou pessoas em condições de<br />

imunossupressão, principalmente os<br />

neutropenicos seja por uma doença<br />

de base (neoplasias e transplantes) ou<br />

por medicações que reconhecidamente<br />

diminuem a resposta imune, tais como<br />

quimioterapia ou uso prolongado com<br />

doses elevadas de corticosteroides.<br />

Acredita-se que a terapia a base de altas<br />

doses de corticosteroides em pacientes<br />

com COVID-19 para reduzir a inflamação<br />

nos pulmões, associado a diabetes<br />

descompensada desses pacientes<br />

tenham ajudado na disseminação<br />

fúngica causando a doença.<br />

Figura 1 - Imagem macroscópica do Mucor sp, um dos principais<br />

agentes da mucormicose, crescendo em pão envelhecido<br />

Fonte: Pulmonary Mucormicose: risk factord, radiology findings and<br />

patology correlation: Rishi Agrawal , Anjana Yeldandi, Hatice Savas,<br />

Nishant D. Parekh, Pamela J. Lombardi, Eric M. Hart.<br />

0 124<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


BIOSSEGURANÇA<br />

As principais formas de contaminação<br />

por fungos filamentosos são por<br />

contato com os esporos nos ambientes,<br />

portanto umas das principais medidas<br />

de Biossegurança na prevenção desses<br />

fungos no ambiente são:<br />

• Corrigir a umidade do ambiente e<br />

higienizar com frequência componentes<br />

de climatização para eliminar fungos<br />

contaminantes;<br />

• Utilizar filtros G-1 na renovação do ar<br />

externo;<br />

• Limpeza frequente de superfícies para<br />

minimizar a dispersão de poeiras nos<br />

ambientes hospitalares;<br />

Fungos são considerados patógenos<br />

oportunistas, portanto, condições que<br />

favoreça o desenvolvimento desses<br />

patógenos deverão ser observados. As<br />

principais medidas de Biossegurança<br />

na prevenção dessas infecções nos<br />

pacientes vulneráveis são:<br />

• Controlar os níveis de glicemia e<br />

observar os pacientes diabéticos, uma<br />

vez que o excesso de glicose favorece a<br />

proliferação desses patógenos;<br />

• Controlar os fatores indutores de<br />

imunossupressão. Pacientes portadores<br />

de leucemias ou submetidos a<br />

transplantes de células troncos devem<br />

ser alojados em quartos com filtros<br />

HEPA e pressão positiva;<br />

A infecção cutânea quando há um<br />

rompimento da pele ocasionado por<br />

queimaduras ou traumas, também<br />

pode ocorrer. Logo, procedimentos<br />

invasivos contaminados com fungos e<br />

que os pacientes entrem em contato<br />

pode atuar como ferramenta de<br />

disseminação fúngica. Para garantir<br />

a sobrevida dos pacientes com<br />

mucormicose são necessárias ações<br />

combinadas como o controle imediato<br />

da descompensação da doença de base,<br />

desbridamento cirúrgico na tentativa de<br />

eliminar o fungo alojados nos tecidos e<br />

a utilização de antifúngicos tais como<br />

Anfotericina B lipossomal.<br />

Diante do exposto, a mucormicose<br />

deve ser considerada uma doença<br />

grave e potencialmente fatal.<br />

Figura 2 - Área de necrose na face.<br />

Fonte: Mucormicose rinocerebral em alta? O impacto da epidemia<br />

mundial de diabetes. Erick Martínez-Herrera, Angélica Julián-Castrejón,<br />

María Guadalupe Frías-De-León, Gabriela Moreno-Coutiño.<br />

Medidas de Biossegurança na<br />

prevenção dessa micose são<br />

necessárias, sobretudo no contexto<br />

da pandemia. O diagnóstico precoce<br />

quando existe uma suspeita clinica<br />

nos pacientes de riscos bem como<br />

instituição da terapia combinada são<br />

imprescindíveis para o bom desfecho<br />

clínico e sucesso terapêutico.<br />

Gleiciere Maia Silva<br />

(@profa.gleicieremaia)<br />

Biomédica, Especialista em Micologia, Mestre em Biologia<br />

de Fungos e Doutoranda em Medicina Tropical.<br />

Contato: gleicieremaia@gmail.com<br />

Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />

(@dr.biossegurança)<br />

Biólogo, Mestre em Patologia, Doutor em Biotecnologia;<br />

Palestrante e Consultor em Biossegurança.<br />

Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />

Tel.: (81) 9.9796-5514<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 125


ANÁLISES CLÍNICAS<br />

COMO DIFERENCIAR<br />

LEUCEMIAS DE LINFOMAS<br />

Por: Brunno Câmara.<br />

A grande diferença entre leucemias e<br />

linfomas é que, geralmente, as leucemias<br />

têm início na medula óssea, enquanto que<br />

os linfomas começam nos linfonodos (e<br />

tecidos linfoides).<br />

A partir daí, cada doença pode se<br />

disseminar para outras partes do corpo.<br />

As leucemias podem eventualmente<br />

envolver os linfonodos, e os linfomas<br />

podem infiltrar-se na medula óssea.<br />

Nesses casos, a distinção entre as doenças<br />

fica mais complexa e desafiadora.<br />

A primeira coisa a fazer é estabelecer onde<br />

as células neoplásicas estão.<br />

Se for no sangue, avalie as células e procure<br />

por blastos. Se a quantidade estiver em<br />

20% ou mais dos leucócitos totais (MO<br />

ou SP), então você provavelmente está<br />

lidando com uma leucemia aguda.<br />

Você pode procurar também nos blastos<br />

por características específicas das linhagens<br />

mieloide ou linfoide, como os bastões de<br />

Auer (blastos seriam mieloides).<br />

Outras abordagens seriam a<br />

imunofenotipagem por citometria de<br />

fluxo, para identificar os marcadores de<br />

superfície das células, e citogenética, para<br />

procurar por rearranjos cromossômicos.<br />

Se as células no sangue periférico estão<br />

mais maduras, então provavelmente<br />

trata-se de uma leucemia crônica, que<br />

também podem ser de origem mieloide<br />

ou linfoide, como a LMC e a LLC.<br />

Atenção! Em alguns tipos de linfomas,<br />

podemos encontrar células circulantes no<br />

sangue como no linfoma folicular, linfoma<br />

de Burkitt, etc.<br />

Se o tumor está localizado em um<br />

linfonodo, então podemos praticamente<br />

excluir um processo mieloide, já que<br />

neoplasias mieloides são raras no<br />

linfonodos.<br />

Então você está lidando com um linfoma<br />

ou uma leucemia de origem linfoide.<br />

A Leucemia Linfocítica Crônica, por<br />

exemplo, é considerada como sendo a<br />

mesma doença que o Linfoma Linfocítico<br />

de células pequenas. O que diferencia é<br />

a localização das células neoplásicas. No<br />

sangue, leucemia; no linfonodo, linfoma.<br />

No caso dos linfomas, para o diagnóstico<br />

é importante analisar sua estrutura e<br />

organização celular por meio da histologia e<br />

imunohistoquímica de linfonodos retirados<br />

por biópsia excisional (retira do linfonodo<br />

inteiro, não somente de um fragmento).<br />

Do mesmo modo, é necessário<br />

fazer exames complementares para<br />

chegar ao diagnóstico final, como<br />

imunofenotipagem, exames de imagem,<br />

citogenética e biologia molecular.<br />

Autor:<br />

Brunno Câmara<br />

Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia<br />

pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (área<br />

de concentração: virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.<br />

Contato: @biomedicinapadrao<br />

0 126<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


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HEMATOLOGIA<br />

COAGULOPATIA NA COVID-19<br />

Por: Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite<br />

As anormalidades da coagulação<br />

na COVID-19 ocorrem devido<br />

ao processo inflamatório, e<br />

consequente lesão microvascular<br />

dos vasos sanguíneos, gerando<br />

ativação de monócitos e liberação do<br />

fator tecidual pelo endotélio e pelas<br />

células, ativação dos complexos<br />

tenase e protombinase com geração<br />

de trombina e formação de trombos.<br />

Os pacientes acometidos pela<br />

COVID-19 cursam com tromboses<br />

venosas, artérias e embolia pulmonar,<br />

que podem ocorrer mesmo em<br />

pacientes oligoasssintomáticos ou<br />

nos casos graves. Nestes casos há<br />

uma coagulopatia de consumo com<br />

microangiopatia trombótica e sinais<br />

de fragmentação eritrocitária, tais<br />

como esquizócitos, policromasia ou<br />

esferócitos.<br />

A anormalidades na coagulação<br />

do sangue tem alta associação<br />

com os óbitos em pacientes com<br />

COVID-19. Para tanto, faz-se<br />

necessário determinar de forma<br />

precoce o risco de trombose<br />

e embolia pulmonar. Nestes<br />

pacientes a dosagem dos níveis<br />

de Dímero-D é o melhor teste<br />

para predizer tromboembolias<br />

venosas. Os níveis de Dímero-D<br />

apresentam-se elevados em até<br />

46% em pacientes com COVID-19,<br />

sugerindo que as complicações<br />

tromboembólicas podem ter<br />

relação direta com a rápida<br />

deterioração respiratória.<br />

Valores de Dímero D superiores a 500<br />

mg/dL geram um sinal de alerta, pois<br />

pacientes admitidos com suspeita ou<br />

confirmação de COVID-19 e níveis de<br />

acima do valor de referência devem<br />

ser anticoagulados até a normalização<br />

do teste. Assim, os níveis de dímero D<br />

devem ser determinados do dia 1 ao<br />

dia 14 após a admissão em intervalos<br />

de dois dias.<br />

Referências<br />

Luiz Arthur Calheiros Leite e Maria de Lourdes Lopes<br />

Ferrari Chauffaille. Alterações hematológicas em<br />

processos infecciosos. Fleury Medicina e saúde. 1 º<br />

<strong>Edição</strong>, 2021.<br />

John L Frater, Gina Zini, Giuseppe d’Onofrio and Heesun<br />

J Rogers. COVID-19 and the clinical hematology<br />

laboratory. IJLH, Apr 2020 (pre-pub).<br />

Evangelos Terpos Ioannis Ntanasis-Stathopoulos<br />

Ismail Elalamy et al. Hematological findings and<br />

complications of COVID -19. A J Hematol, Apr2020.<br />

Gina Zini, Silvia Bellesi, Francesco Ramundo and<br />

Giuseppe d’Onofrio. Morphological anomalies of<br />

circulating blood cells in COVID-19. Am J Hematol. 2020.<br />

Giuseppe Lippi and Mario Plebani. Laboratory<br />

abnormalities in patients with COVID-2019 infection.<br />

Clin Chem Lab Med 2020.<br />

Marcel Levi, Jecko Thachil, Toshiaki Iba, Jerrold H Levy.<br />

Coagulation abnormalities and thrombosis in patients<br />

with COVID-19. The Lancet Hematol May, 2020<br />

Ning Tang, Dengju Li, Xiong Wang Sun and Ziyong<br />

Sun. Abnormal coagulation parameters are associated<br />

with poor prognosis in patients with novel coronavirus<br />

pneumonia. J Thromb Haemost. 2020.<br />

Autor<br />

Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite<br />

Biomédico, especialista em Hematologia e Hemoterapia, UNIFESP/EPM. Mestrado em Ciências, Hematologia, UNIFESP/<br />

EPM. Doutorado em Bioquímica e Fisiologia, UFPE. Coordenador da Escola Brasileira de Hematologia, LahematoEAD.<br />

Consultor em Hematologia, Horiba Medical Brasil e Nihon-Kohden Brasil.<br />

0 128<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


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vigente más também para<br />

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Implementar corretamente as Boas<br />

Práticas de Armazenagem e manter o<br />

nível de qualidade dos serviços é um<br />

desafio diário.<br />

Tâmisa Barbosa de Lima<br />

Farmacêutica/Coordenadora de Qualidade<br />

0 130<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


CITOLOGIA<br />

O MICROBIOMA CERVICOVAGINAL<br />

PODE INFLUENCIAR A PROGRESSÃO DA INFECÇÃO PELO HPV<br />

Já está bem documentado na literatura que<br />

a infecção persistente pelo papilomavírus<br />

humano (HPV) oncogênico é necessária,<br />

mas não suficiente para o desenvolvimento<br />

do câncer cervical. Por outro lado, os fatores<br />

que promovem a persistência viral e que<br />

desencadeiam as vias carcinogênicas, não<br />

estão completamente compreendidos até o<br />

momento.<br />

Dados mais recentes mostram que fatores<br />

da mucosa cervicovaginal como integridade<br />

da superfície epitelial, secreções e regulação<br />

imunológica desempenham um papel na<br />

persistência do HPV e na progressão da<br />

infecção viral para o câncer. Neste contexto,<br />

recentemente o microbioma cervicovaginal<br />

surgiu como uma nova variável, e hipotetizase<br />

que ele pode influenciar tanto a história<br />

natural das infecções por HPV quanto seu<br />

impacto clínico.<br />

Estudos tem demonstrado que o<br />

microbioma cervicovaginal interage<br />

com o microambiente local, mantendo a<br />

homeostase do tecido. Entretanto, a sua<br />

composição pode influenciar a resposta<br />

imune local e desempenhar um papel<br />

funcional tanto protetor quanto prejudicial<br />

na infecção e persistência do HPV e no<br />

desenvolvimento subsequente do câncer:<br />

quando esse equilíbrio é rompido, predispõe<br />

a uma condição conhecida como disbiose,<br />

que pode desencadear diversos processos<br />

patológicos, incluindo a quebra da barreira<br />

epitelial, a proliferação celular anormal, a<br />

instabilidade do genoma, angiogênese,<br />

inflamação crônica e desregulação<br />

metabólica. A hipótese de que a inflamação<br />

crônica pode promover a carcinogênese<br />

é sustentada pelos níveis aumentados de<br />

citocinas inflamatórias encontrados em<br />

pacientes com câncer cervicovaginal ou seus<br />

estágios pré-malignos precursores.<br />

As alterações no microbioma vaginal têm<br />

sido detectadas em mulheres infectadas<br />

pelo HPV, em mulheres com lesões<br />

associadas ao HPV e também nas mulheres<br />

com câncer, embora o seu papel específico<br />

no desenvolvimento, progressão, prevenção<br />

e regressão de patologias associadas ao HPV<br />

não esteja ainda bem compreendido.<br />

Dados tem demonstrado que o predomínio<br />

de certas espécies de lactobacilos pode<br />

ter efeito protetor contra infecções<br />

oportunistas e por isso podem representar<br />

um novo alvo terapêutico. A predominância<br />

de L. crispatus, responsável pela produção<br />

de grandes quantidades de ácido lático<br />

e a secreção de proteínas protetoras no<br />

microambiente da mucosa cervicovaginal,<br />

foi associada a um microbioma saudável.<br />

Ainda, há relatos na literatura sobre a<br />

abundância de L. iners estar associada<br />

à eliminação de infecções por HPV de<br />

alto risco. Em contraste, a presença da<br />

bactéria Gardnerella foi relatada como um<br />

biomarcador dominante para a progressão<br />

do HPV de alto risco em alguns trabalhos.<br />

O efeito de Gardnerella parece ser mediado<br />

pelo aumento da diversidade bacteriana<br />

cervicovaginal que precede diretamente<br />

a progressão de uma infecção persistente<br />

para uma lesão pré-maligna. Os resultados<br />

sugerem que o monitoramento da presença<br />

de Gardnerella e a elevação subsequente da<br />

diversidade microbiana podem ser usados<br />

para identificar mulheres com infecção<br />

persistente por HPV oncogênicos em risco<br />

de progressão para estágios pré-malignos.<br />

Outros estudos recentemente associaram<br />

o papel do microbioma com a história<br />

natural de outras infecções virais em uma<br />

variedade de cânceres, incluindo ainda a sua<br />

influência nas respostas aos tratamentos.<br />

Neste contexto, alguns autores tem sugerido<br />

que intervenções que abordam a modulação<br />

do microbioma vaginal, por meio da<br />

administração de probióticos específicos<br />

ou do uso de antimicrobianos direcionados<br />

(antibióticos, bacteriófagos), poderiam ser<br />

consideradas como ferramentas potenciais<br />

para aumentar a taxa de resultados positivos<br />

após o tratamento cirúrgico de lesões préneoplásicas,<br />

abrindo caminho para possíveis<br />

intervenções terapêuticas futuras.<br />

Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />

Farmacêutica Bioquímica, Especialista em Citologia Clínica.<br />

Mestre e Doutora em Patologia.<br />

0 132<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


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• Monitoramento do volume de reagente em tempo real<br />

• Leitura das Reações por meio de canais individuais<br />

de fibra ótica<br />

Especificações técnicas:<br />

Tipo de equipamento: acesso randômico totalmente<br />

automatizado com sistema de reagentes aberto e<br />

fechado (opcional). Prioridade para amostras de<br />

emergência. Velocidade de processamento: 200<br />

testes/hora constantes (mono ou bireagente).<br />

Princípio de Medição:<br />

Fotometria e Turbidimetria.<br />

Tipos de método: ponto final, tempo fixo, cinético<br />

mono/bi reagentes, monocromáticos, bi-cromáticos<br />

Tipos de calibração: multiponto linear e não linear.<br />

Programação: Sistema aberto, com perfis e testes<br />

calculados definidos pelo usuário.<br />

Reagentes e Amostras<br />

Bandeja de Amostra: 40 posições de amostra para<br />

tubo primário (12x75mm e 12x100mm e 13x100) e<br />

cubetas e microcubetas de reação.<br />

Frascos de amostra: cubeta de amostra ou tubo primário.<br />

Bandeja de reagente: 80 posições para sistema aberto<br />

ou 40 posições para sistema dedicado/fechado.<br />

O sistema de refrigeração do equipamento mantém<br />

a temperatura próxima de 8oC por 24 horas<br />

enquanto a temperatura da sala for 25oC.<br />

Volume de amostra: 2-30μL ± 0.1μL.<br />

Volume de R1: 20-300 μL ± 1μL<br />

Volume de R2: 10-150 μL ± 1μL<br />

Sistema de pipetagem com seringa de cerâmica de<br />

alta precisão<br />

Sonda de reagente a amostra com detecção de nível<br />

de líquidos, verificação do inventário e proteção<br />

contra colisão.<br />

Lavagem interna e externa da sonda de aspiração.<br />

Arraste (carry-over) < 0,1%<br />

Diluição automática de amostra: Pré diluição e pós<br />

diluição com razão de até 150<br />

Sistema de Reação:<br />

Rotor de Reação: de círculo único, com um total de<br />

44 cubetas de plástico semi permanentes.<br />

Lavagem de cubetas de reação: automática de 12<br />

passos (3*4).<br />

Volume de reação: 150-350μL.<br />

Caminho ótico de 6mm.<br />

Controle de temperatura: tipo peltier (37oC ± 0.1oC).<br />

Sistema de mixer independente.<br />

Tempo de reação: 10 minutos.<br />

Sistema ótico:<br />

Fonte de luz: Lâmpada de halogênio<br />

Fotômetro: ótica reversa com fibra ótica<br />

Filtros: 340, 405, 450, 505, 546, 578, 630, 700<br />

Intervalo de Absorbância: 0.1 a 4.0 Abs.<br />

Resolução: 0.0001 Abs<br />

Controle e Calibração:<br />

Modos de Calibração: Linear um ponto, dois pontos<br />

e multipontos, Log-Logit 4, Log-Logit 5, Spline,<br />

Exponencial, Polinomial e Parábola.<br />

Controle de Qualidade: Levey-Jennings, X-R, Regras<br />

de Westgard<br />

Unidade de Operação:<br />

Sistema Operacional: Windows 10<br />

Interface: LAN e RS-232<br />

Condições de Funcionamento:<br />

Energia necessária:<br />

AC 220V ± 10%, 50-60 Hz ± 3 1000W<br />

Temperatura de operação: 10-30 C<br />

Umidade: 30-80%<br />

Consumo de Água: 4 L/ H de água deionizada<br />

Dimensões: (comprimento*largura*altura):<br />

745mm*540mm*530mm.<br />

Peso: 65Kg<br />

Quer saber mais sobre o equipamento?<br />

Entre em contato com a nossa equipe e tire<br />

todas as suas dúvidas.<br />

Tel.: (31) 3589-5000<br />

E-mail: sac@gtgroup.net.br<br />

0 134<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


COMO OS TESTES GENÉTICOS AJUDAM NA<br />

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DO CORONAVÍRUS<br />

DB Molecular apresenta exame que detecta as variantes de preocupação do SARS-CoV-2<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Após ter se alastrado pelo mundo e<br />

causado vítimas por todas as partes, o vírus<br />

SARS-CoV-2 sofreu mutações genéticas.<br />

Assim como qualquer outro vírus, essas<br />

alterações são muito comuns e algumas<br />

delas podem gerar uma nova linhagem<br />

do vírus, que passa a circular com novas<br />

particularidades. É comum, também, que<br />

ocorram processos de microevolução e<br />

pressões seletivas sobre os vírus, havendo<br />

assim, mutações adicionais, das quais<br />

nascem as novas linhagens.<br />

O gerente-geral do laboratório DB<br />

Molecular, Dr. Nelson Gaburo, explica<br />

que é a partir desse momento que o<br />

vírus se caracteriza como uma variante.<br />

“Algumas dessas mutações podem ocasionar<br />

alterações clínicas relevantes, como maior<br />

transmissibilidade ou maior gravidade da<br />

doença”, diz. Nesses casos, a variante é<br />

intitulada VOC (Variant of Concern), ou seja,<br />

as famosas variantes de preocupação.<br />

Devido à capacidade de mutação dos<br />

vírus, aqui no Brasil, desde o ano 2000,<br />

o Ministério da Saúde orienta que seja<br />

feito o sequenciamento genético de parte<br />

das amostras coletadas para os exames<br />

dedicados aos vírus respiratórios. “Essa<br />

parcela de amostras que analisamos por<br />

sequenciamento são as que apresentaram<br />

resultado já positivo por RT-PCR e faz<br />

parte da rotina de vigilância. Dessa forma,<br />

conseguimos quantificar e qualificar a<br />

diversidade genética viral circulante do<br />

Brasil. As mutações genéticas encontradas<br />

no SARS-CoV-2 podem trazer informações<br />

importantes sobre o decorrer da pandemia,<br />

já que pode ser indicativo de maior potencial<br />

de infectividade”, complementa o Dr. Nelson.<br />

Os exames de vigilância não são métodos<br />

que podem ser utilizados para o diagnóstico<br />

confirmatório laboratorial, em casos<br />

suspeitos da infecção. Ou seja, para que o<br />

indivíduo possa saber se está ou não com<br />

Covid-19, a melhor recomendação ainda é o<br />

exame molecular, padrão ouro, RT-PCR.<br />

Mais recentemente, com as informações de<br />

possíveis variantes do SARS-CoV-2, o Ministério<br />

da Saúde recomenda que estados e municípios<br />

ampliem o sequenciamento de rotina. “Aqui no<br />

DB Molecular, temos dois principais exames que<br />

colaboram com esse controle junto ao Ministério<br />

da Saúde. O exame de Sequenciamento Genômico<br />

do Vírus SARS-CoV-2 (SGCOV), que avalia se o<br />

vírus tem mutações em seu material genético<br />

que caracterize uma cepa variante. E o teste<br />

de Identificação das Variantes de Preocupação<br />

e da Variante P2 (IVAR), que identifica as<br />

VOCs. Ambos são realizados em amostras com<br />

resultado de RT-PCR positivo”, explica o gerente.<br />

O Dr. Nelson reforça também que os cuidados<br />

tomados como distanciamento social, uso<br />

de máscara e higienização das mãos, devem<br />

continuar. “É fundamental que todos entendam<br />

que o sequenciamento genético não modifica o<br />

diagnóstico. Isto é, o tratamento ou qualquer<br />

medida adotada diante da Covid-19 deve ser<br />

mantida. O sequenciamento do vírus é uma<br />

estratégia utilizada para monitoramento do<br />

genoma de micro-oganismos circulantes e como<br />

estes interagem com o seu hospedeiro”, finaliza.<br />

O DB Molecular é um laboratório especializado<br />

em exames genéticos e molecular. Desde o início<br />

da pandemia, atende à demanda social com<br />

exames de diagnóstico e vigilância, colaborando<br />

para o enfrentamento da pandemia.<br />

DB Molecular<br />

R. Cardoso de Almeida, 1460<br />

Perdizes - São Paulo/SP<br />

www.dbmolecular.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 135


INFORME DE MERCADO<br />

GREINER BIO-ONE ETRACK: UM APLICATIVO DE<br />

RASTREABILIDADE QUE AGREGA CONFORMIDADE E<br />

CONTROLE AO PRÉ-ANALÍTICO.<br />

GARANTIA DE RASTREABILIDADE PARA ASSEGURAR TOTAL CONTROLE DOS MATERIAIS<br />

Grandes avanços e várias inovações<br />

tecnológicas estão relacionadas com o<br />

nosso dia-a-dia e presentes nas relações<br />

sociais, ambientes de trabalho, lazer e rotina<br />

contemporânea, que na maioria das vezes<br />

nem percebemos. Visando convergir estas<br />

tecnologias para oferecer total assistência à<br />

saúde, a Greiner Bio-One vem desenvolvendo<br />

aplicações e sistemas dedicados a atender<br />

todas as necessidades de nossos parceiros.<br />

A norma ISO 15189, prevê a rastreabilidade<br />

total dos insumos e materiais utilizados nos<br />

processos de exames médicos de pacientes,<br />

estando os procedimentos pré-analíticos de<br />

coleta de amostras biológicas inserido nesta<br />

exigência de rastreabilidade.<br />

Devido à está exigência normativa ao<br />

setor da saúde, foram avaliadas todas as<br />

tecnologias existentes e, como nenhuma<br />

delas apresentava uma solução prática e<br />

eficaz que suprisse tal necessidade dos<br />

nossos parceiros, a Greiner Bio-One, como<br />

parceira e provedora de soluções tecnológicas<br />

integradas, desenvolveu o Greiner Bio-One<br />

eTrack, um aplicativo com conceito simples,<br />

que visa o baixo custo de implementação e<br />

facilidade no uso, em total conformidade e<br />

atendimento a norma.<br />

Disponível para o uso em qualquer dispositivo<br />

móvel, torna sua implementação mais fácil,<br />

uma vez que seu download pode ser efetuado<br />

das lojas virtuais disponíveis nos sistemas<br />

operacionais de qualquer smartphone ou tablet<br />

comercializado no mercado.<br />

Sendo seu desenvolvimento voltado para o<br />

uso na rotina de coleta, o aplicativo Greiner<br />

Bio-One eTrack é autoexplicativo e intuitivo<br />

ao usuário, com uma interface simples<br />

sem gerar grandes impactos na rotina de<br />

coleta, além da redução dos custos por nãoconformidades,<br />

proporcionando total gestão<br />

do processo e uso dos materiais.<br />

Dentre suas funcionalidades estão o<br />

monitoramento do item utilizado, com lote e<br />

validade, não permitindo o uso de materiais<br />

com prazo de validade expirado, pois informa ao<br />

usuário no instante de sua leitura. O aplicativo<br />

também pode gerar automaticamente a<br />

sequência da ordem de coleta, de acordo com<br />

os exames solicitados para o paciente, evitando,<br />

assim, possíveis problemas nos resultados<br />

devido a interferência ou contaminação<br />

cruzada da amostra. O gestor também pode<br />

verificar o quantitativo de materiais utilizados<br />

em cada processo de coleta, controlando assim<br />

sua eficácia.<br />

Com a flexibilidade de várias configurações<br />

de fluxo de trabalho utilizando dispositivos<br />

móveis, o Greiner Bio-One eTrack pode rastrear<br />

até as coletas domiciliares, padronizando todo<br />

o processo, independentemente do local.<br />

O uso do Greiner Bio-One eTrack na<br />

rotina de coleta, resulta na implementação<br />

das melhores práticas e atendimento<br />

normativo, redução significativa dos desvios<br />

de qualidade e possibilidade da gestão<br />

completa de todo o processo.<br />

Leia o QR Code para saber mais sobre o<br />

aplicativo, ou entre em contato pelo e-mail:<br />

info@br.gbo.com<br />

Para mais informações:<br />

Departamento de Marketing<br />

T: +55 19 3468 9600<br />

E-Mail: info@br.gbo.com<br />

0 136<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


INFORME DE MERCADO<br />

PENSABIO E MGI<br />

UMA PARCERIA CRIADA PARA O SUCESSO<br />

A MGI está presente em 50 países e concentra<br />

seus esforços no desenvolvimento de tecnologias<br />

para automação e sequenciamento de DNA e RNA,<br />

atuando em diversas áreas do conhecimento e nos<br />

mais variados mercados, desde pesquisa científica,<br />

agricultura até diagnóstico molecular e medicina<br />

de precisão. Suas plataformas incluem sistemas<br />

robotizados para automação de diversas rotinas de<br />

laboratório, extração e preparo de bibliotecas, além<br />

dos sequenciamento de DNA de nova geração.<br />

A MGI iniciou sua parceria com a Pensabio no<br />

final de 2020 e trouxe para o mercado brasileiro<br />

as novidades tecnológicas da MGI, além de novas<br />

possibilidades de negócios. Desta forma, já contamos<br />

com um significativo parque instalado e 2 equipes de<br />

especialistas e engenheiros no Brasil para atender a<br />

diversificada demanda do mercado brasileiro.<br />

Os sequenciadores G50 e G400 estão rodando<br />

em laboratórios pelo Brasil e têm sido usados como<br />

ferramenta para o diagnóstico e determinação de<br />

novas variantes de SARS-CoV-2. Com soluções<br />

adaptáveis e flexíveis, os equipamentos podem<br />

ser usados para sequenciamento de baixo, médio<br />

e alto volume de amostra, e aplicados para<br />

transcriptoma, exoma, genoma, sequenciamento<br />

de microrganismos, painel germinativo ou somático,<br />

análise de NIPT e de CNV, entre outras.<br />

Entre em contato conosco para conhecer<br />

mais e melhor sobre as soluções da MGI.<br />

Site: www.pensabio.com.br<br />

E-mail: comercial@pensabio.com.br<br />

Telefone: +55 (11) 3868-6500<br />

NA BUNZL SAÚDE VOCÊ ENCONTRA TUDO QUE PRECISA<br />

PARA O SEU LABORATÓRIO<br />

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A Bunzl Saúde oferece ampla variedade de<br />

produtos para o mercado diagnóstico: Linha<br />

completa para coleta de sangue, coleta e<br />

análise de amostras, curativos e antissepsia,<br />

manipulação de líquidos, descartáveis, testes,<br />

microscopia e equipamentos que atendem a<br />

rigorosos padrões de qualidade.<br />

Com atendimento diferenciado, coloca<br />

à disposição dos clientes uma equipe de<br />

consultores de vendas especializados, que<br />

prezam por um atendimento personalizado<br />

e humano. Além disso, conta com soluções<br />

digitais, permitindo que os compradores<br />

interajam de forma rápida e segura, seja via<br />

WhatsApp ou diretamente pelo Portal de<br />

Compras Bunzl Saúde.<br />

Dispõe de um moderno Centro de Distribuição,<br />

com ampla capacidade operacional e eficiência<br />

nas entregas para todas as regiões do Brasil.<br />

Conheça agora todos os nossos produtos e<br />

benefícios! Acesse bunzlsaude.com.br<br />

bunzlsaude.com.br<br />

(11) 3652-2525 / 3195-8640<br />

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0 138<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


MOBIUS LANÇA TESTE MOLECULAR PARA SARAMPO<br />

O sarampo é uma doença viral, infecciosa<br />

aguda, transmissível e extremamente<br />

contagiosa. É uma doença grave principalmente<br />

em crianças menores de cinco anos de idade,<br />

pessoas desnutridas e imunodeprimidas.<br />

Desde 2018 o sarampo voltou a ser motivo de<br />

preocupação no Brasil, quando ocorreram dois<br />

surtos nos estados de Roraima e Amazonas. Em<br />

2020, 21 estados brasileiros tiveram casos de<br />

sarampo. Destes, 17 interromperam a cadeia de<br />

transmissão, mas quatro mantém o surto: Pará,<br />

Rio de Janeiro, São Paulo e Amapá.<br />

A baixa cobertura vacinal é apontada como<br />

principal causa para a doença ter retornado<br />

ao país: a meta de vacinação contra o sarampo<br />

é de 95%, mas em 2017 a cobertura foi de<br />

apenas 84,9% na primeira dose e de 71,5% na<br />

segunda, de acordo com o Ministério da Saúde.<br />

Kit Master XGEN Sarampo<br />

Atenta aos últimos surtos apresentados no<br />

país, a Mobius Life Science está lançando o kit<br />

XGEN Master Sarampo (Anvisa: 82020460001),<br />

teste molecular que realiza a identificação<br />

quantitativa do vírus do sarampo.<br />

Por meio de amostras de soro e urina, é<br />

realizada a detecção do material genético do<br />

vírus do sarampo pela metodologia de PCR em<br />

tempo real. O kit é compatível com automações,<br />

consulte a equipe comercial da Mobius para<br />

mais detalhes.<br />

Contato:<br />

comercial@mobiuslife.com.br<br />

0800 710 1850<br />

mobiuslife.com.br/kit-master-sarampo/<br />

INFORME DE MERCADO<br />

LOGCARE COM MAIS DE 20 ANOS NO MERCADO DE<br />

SISTEMAS DE RASTREIO, ATUA COM EXCELÊNCIA NO<br />

AUXÍLIO DO TRANSPORTE DE MATERIAIS BIOLÓGICOS<br />

Os percursos realizados pelo material biológico<br />

retirado de clínicas e laboratórios são requeridos de<br />

avaliações extremamente restritas, é neste momento<br />

em que as coletas se tornam mais sensíveis pelo<br />

tempo da viagem e até mesmo por meio das<br />

oscilações de temperaturas nos compartimentos<br />

durante todo o transporte entre o ponto de coleta<br />

inicial até o ponto final de análise. O processo de<br />

transporte do material biológico sem a devida<br />

responsabilidade pode gerar diversos erros, entre<br />

eles a falha da análise, interferindo no resultado<br />

apresentado futuramente ao paciente.<br />

Os transportes de amostras de materiais<br />

biológicos fazem parte da fase pré-analítica,<br />

é neste momento em que se inicia a análise<br />

das amostras. O cuidado com a escolha da<br />

embalagem, acondicionamento do material e<br />

cumprimento das cautelas necessárias para o<br />

deslocamento são imprescindíveis para que o<br />

transporte seja concluído com excelência.<br />

É de responsabilidade dos laboratórios garantir<br />

qualidade e segurança nestes processos, para<br />

isso podem contar com a ajuda com serviços<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

auxiliares como o LogCare, disponibilizado<br />

pela MPSystems do Brasil, que oferece uma<br />

plataforma extremamente qualificada, através<br />

desta excelência operacional, é possível realizar<br />

acompanhamento em tempo real de solicitações<br />

de coleta de material biológico, rastreamento do<br />

percurso do consultório ao centro de análises,<br />

obter informações sobre o transporte, além da<br />

redução de custos operacionais.<br />

Estamos disponíveis em nosso site:<br />

www.mpsystems.com.br,<br />

tels.: (11) 2985-7041, (11) 2979-6654, (11) 2973-1970 e<br />

e-mail: suporte@mpsystems.com.br<br />

Não deixe de nos contatar.<br />

0 139


INFORME DE MERCADO<br />

A EFICÁCIA DO ELISPOT NO DIAGNÓSTICO DA<br />

TUBERCULOSE LATENTE<br />

Somente em 2018, 10 milhões de pessoas<br />

desenvolveram a tuberculose (TB) mundialmente,<br />

sendo que aprox. 1,3 milhão de pessoas morrem<br />

anualmente devido a doença. Estima-se que em torno<br />

de um quarto da população mundial está infectada<br />

por Mycobacterium tuberculosis (MTB) – tornando-o<br />

o agente infeccioso número 1 do mundo.<br />

Apesar da dificuldade na detecção, para combater<br />

a TB com eficiência, não é suficiente tratar apenas os<br />

pacientes com a doença ativa, mas é fundamental,<br />

detectar e tratar a TB invisível, a infecção latente por<br />

tuberculose (ILTB).<br />

O sistema imunológico retém o MTB após<br />

a infecção dentro de um granuloma – sendo<br />

praticamente impossível detectá-lo sem o teste<br />

correto. No entanto, é possível produzir uma<br />

resposta imune contra o MTB e assim detectar<br />

quem tem a doença.<br />

Atualmente, há dois tipos de testes de<br />

ILTB que se baseiam na resposta imune para<br />

detectar a presença de MTB: a Prova Cutânea da<br />

Tuberculina (TST; também conhecida por Prova<br />

de Mantoux ou Derivado Proteíco Purificado =<br />

PPD) e o Ensaio de Liberação de Interferongama<br />

(IGRA).<br />

No método de IGRA, o diagnóstico da ILTB é feito<br />

por meio da identificação das células T efetoras<br />

especificas do MTB a partir da amostra de sangue<br />

in vitro. Os testes são feitos no laboratório, o paciente<br />

necessita comparecer apenas uma vez e o resultado<br />

não é afetado pela vacinação BCG.<br />

Para garantir a eficiência na detecção de ILTB,<br />

a EUROIMMUN disponibiliza o novo kit T-SPOT.<br />

TB. É o único IGRA que utiliza um método<br />

simplificado ELISPOT (Ensaio de Imunoadsorção<br />

Ligado a Enzima em Pontos).<br />

Ao contrário dos ELISAs, os resultados do teste de<br />

T-SPOT.TB podem ser visualizados diretamente, sem<br />

ter que recorrer a interpretação de curvas padrão,<br />

garantindo a máxima segurança dos resultados. Um<br />

número pequeno de células, que libera uma grande<br />

quantidade de IFN-gama, não produz um resultado<br />

falso positivo, e mesmo pontos (spots) fracos (p.ex.<br />

em caso de diminuição da função da célula) podem<br />

ser contados. Além disso, o teste apresenta menor<br />

variabilidade, pois a amostra é coletada em um<br />

único tubo padrão.<br />

O teste T-SPOT.T padroniza o número de células<br />

e elimina fatores séricos que podem afetar<br />

negativamente o resultado dos testes, tornando-o,<br />

assim, o mais sensível e o mais específico teste<br />

para detecção da TB.<br />

O teste possibilita um diagnóstico rápido e<br />

confiável e um tratamento precoce da infeção em<br />

qualquer grupo de pacientes, inclusive pacientes<br />

imunossuprimidos.<br />

Por equipe EUROhub,<br />

Hub de geração e disseminação do saber<br />

científico da EUROIMMUN Brasil<br />

0 140<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


INFORME DE MERCADO<br />

DIGITALIZAÇÃO E REVISÃO REMOTA DE ASPIRADOS DE<br />

MEDULA ÓSSEA: CELLAVISION DC-1<br />

O novo analisador da CellaVision DC-1 conta<br />

com todos os recursos dos já consagrados<br />

analisadores digitais CellaVision DM9600 e<br />

DM1200: pré-classificação da série branca e<br />

pré-caracterização dos eritrócitos utilizando<br />

a inteligência artificial no reconhecimento<br />

morfológico destas células.<br />

Uma função ainda pouco explorada destes<br />

analisadores é a função scan, capaz de digitalizar<br />

campos selecionados de uma lâmina para<br />

sua posterior análise. Sua utilidade merece<br />

destaque, sobretudo quando a utilizamos para<br />

a análise remota de preparados de aspirados de<br />

medula óssea, onde uma lâmina é escaneada<br />

em um laboratório, mas sua análise é realizada<br />

remotamente, permitindo a revisão e a colaboração<br />

entre colegas em laboratórios afiliados.<br />

Embora a função scan ainda não realize<br />

a pré-classificação dos tipos celulares<br />

da medula óssea, ela digitaliza os campos de<br />

interesse em altíssima resolução, permitindo<br />

sua análise remota com detalhes incríveis de<br />

morfologia, tais como detalhes de cromatina,<br />

contorno nuclear e de cromasia. Esta função é<br />

particularmente interessante para laboratórios<br />

que possuem diferentes filiais espalhadas pelo<br />

país ou até mesmo aqueles que terceirizam o<br />

serviço para laboratórios parceiros.<br />

Todos os analisadores CellaVision já<br />

possuem a função scan instalada como<br />

padrão, incluída no software de fábrica e é<br />

capaz de digitalizar qualquer tipo de lâmina,<br />

seja ela de sangue periférico, aspirado de<br />

medula, Gram, biópsias ou citologia oncótica<br />

de raspados ou líquidos biológicos.<br />

Para maiores informações acesse:<br />

www.cellavision.com<br />

Contato:wagner.miyaura@cellavision.com<br />

0 142<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


SMART COLORAC MATCH: OTIMIZANDO A<br />

PRODUTIVIDADE DO SEU LABORATÓRIO<br />

INFORME DE MERCADO<br />

O equipamento Celltac G (MEK-9100) da Nihon Kohden conta com o Sistema “Smart ColoRac<br />

Match”, que auxilia na rápida localização de amostras clinicamente alteradas e tubos cujo código de<br />

barras não pôde ser lido, usando a exclusiva codificação através de racks coloridas que são associadas ao<br />

programa gerenciador de dados do Celltac G.<br />

Após finalizar a análise e eliminar a rack através da bandeja de saída, estas são espelhadas no sistema<br />

do equipamento, favorecendo a rápida identificação e localização do tubo, para posterior ação por parte<br />

do usuário (Figura 1):<br />

Este sistema exclusivo “Smart ColoRac Match” orienta o usuário, aumentando a eficiência do<br />

laboratório sem investimento extra, sem aumento de espaço e sem necessidade de treinamento especial<br />

para o operador. O Smart ColoRac Match definitivamente maximiza a produtividade do seu laboratório,<br />

proporcionando resultados mais rápidos e precisos.<br />

Opte pela melhor tecnologia<br />

para o seu laboratório!<br />

Opte por Equipamentos<br />

Hematológicos Celltac<br />

da Nihon Kohden!<br />

NIHON KOHDEN DO BRASIL LTDA<br />

Rua Diadema, 89 1° andar CJ. 11 a 17 - Bairro Mauá<br />

São Caetano do Sul - SP - CEP 09580-670, Brasil<br />

Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />

E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 143


INFORME DE MERCADO<br />

GASOMETRIA SARSTEDT: CONFIABILIDADE NO APOIO<br />

DO TRATAMENTO CLÍNICO DE COVID-19<br />

Durante a pandemia da COVID-19, o time da<br />

SARSTEDT se viu diante do desafio de intensificar<br />

ainda mais a qualidade de suas logísticas de<br />

produção e venda, no intuito de aproveitar as<br />

O produto Gasometria ganhou força, e ainda<br />

mais espaço, uma vez que é utilizado como apoio<br />

diagnóstico do paciente com COVID-19.<br />

O treinamento de distribuidores e clientes, a<br />

persistência e agilidade no atendimento, assim<br />

como o comprometimento da produção na matriz<br />

alemã, foram alguns dos pontos essenciais para o<br />

oportunidades surgidas diante este momento<br />

desafiador para todo o mundo.<br />

De uma perspectiva positiva, o desenvolvimento<br />

de novos negócios se mostrou frutífero, e um grande<br />

trabalho dedicado, junto aos hospitais e laboratórios<br />

brasileiros, especialmente os que ainda não eram<br />

clientes da empresa no Brasil, foi realizado.<br />

“Desenvolvemos um grande trabalho,<br />

especialmente nas empresas e institutos onde<br />

não tínhamos tanta penetração, e o resultado foi<br />

um sucesso, uma vez que conseguimos suprir as<br />

necessidades emergenciais dos clientes”, conta<br />

a executiva de vendas da SARSTEDT Brasil,<br />

Michele Fachini.<br />

êxito desta missão.<br />

Converse com a gente:<br />

Assessoria Científica<br />

Email: suporte.br@sarstedt.com<br />

Assessoria Comercial<br />

Email: vendas.br@sarstedt.com<br />

Tel: (11) 4152-2233<br />

VIDA BIOTECNOLOGIA, SOLUÇÃO EM POINT OF CARE<br />

A qualidade e pioneirismo da Vida Biotecnologia<br />

é constantemente ressaltada pelas<br />

ações que demonstram sua força e seu posicionamento<br />

no mercado.<br />

E mais uma vez a empresa que atua no seguimento<br />

de diagnóstico sai na frente, ampliando<br />

seu portfólio e levando para o mercado<br />

soluções em testes rápidos para auxiliar<br />

o diagnóstico médico.<br />

Esse lançamento se baseia nos produtos conhecidos<br />

como Point Of Care, testes no ponto<br />

de atendimento em um português claro.<br />

A Vida Biotecnologia conta hoje com 16<br />

parâmetros já autorizados pela Anvisa, que<br />

inclui: PCR, Procalcitonina, PSA, Troponina<br />

I, NTproBNP, CKMB, Mioglobina, D-Dímero,<br />

TSH, T4, BHCG, Covid IgG / IgM, Covid Antígeno,<br />

Influenza AB, RSV, HbA1C.<br />

Mas diante do seu compromisso, a empresa tem<br />

a perspectiva de registrar mais 37 parâmetros para<br />

ainda este ano, dentre eles: FOB , Dengue IgG, Dengue<br />

Ns1, Strep, Vitamina D, HIV entre outros.<br />

A empresa reforça a relação com seus clientes e<br />

parceiros pensando sempre a frente, levando soluções<br />

que auxiliam e contribuem para a saúde de todos.<br />

Para mais informações sobre a linha Point of care,<br />

procure os distribuidores autorizados em sua região<br />

ou entre em contato diretamente com a Vida Biotecnologia<br />

pelo número (31) 3466-3351.<br />

0 144<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


Eficácia e praticidade,<br />

da coleta ao resultado<br />

NOVO<br />

Apoio no Diagnóstico COVID19<br />

Desde a coleta até o transporte seguro das amostras,<br />

temos tubos estéreis com solução salina em diferentes volumes.<br />

Durante a fase analítica<br />

Pipetas, ponteiras de baixa retenção, adesivos e placas PCR.<br />

Nas fases sensíveis e críticas<br />

Além das seringas de gasometria, oferecemos<br />

possibilidades de coleta capilar e POCT.<br />

Acesse aqui para cotações


INFORME DE MERCADO<br />

A HORIBA MEDICAL APRESENTA O YUMIZEN G1500 / G1550,<br />

MAIS UM MEMBRO DA FAMÍLIA YUMIZEN G.<br />

Expandindo seu campo de especialização<br />

em doenças do sangue, diretamente<br />

ligada à hematologia, a HORIBA Medical<br />

oferece agora aos seus clientes soluções<br />

específicas e dedicadas para investigação<br />

de hemostasia.<br />

Yumizen G1500 / G1550<br />

Atendem essas expectativas diárias devido aos seus recursos exclusivos:<br />

• Versão de tubo fechado opcional e identificação positiva do tubo durante a<br />

amostragem para um gerenciamento mais seguro do tubo.<br />

• Controle de volume contínuo para gerenciamento de reagente ideal<br />

• Controle dinâmico da curva de medição e alarmes analíticos para resultados<br />

verificados, proporcionando facilidade de operação e atendendo às demandas de<br />

saúde e segurança<br />

Possuem ainda:<br />

• Software em português<br />

• Interface amigável<br />

• Status de exibição em tempo real<br />

• Reagentes pré-calibrados e prontos para uso.<br />

• Oito canais de medição<br />

• Três metodologias de análise iguais aos equipamentos semiautomatizados<br />

• Capacidade de carregamento de 158 amostras<br />

• Velocidade de até 170 TP/hr.<br />

• Manutenção mínima<br />

• Rastreabilidade total de amostras e reagentes<br />

• Cubetas descartáveis de reação única (compatível com toda linha)<br />

• Contempla todo perfil de testes de hemostasia.<br />

• Mesmo reagentes e consumíveis que os equipamentos semi-automatizados.<br />

• Compatível com QCP Horiba. Controle de qualidade Horiba dando<br />

maior confiabilidade ao teste.<br />

HORIBA Medical Brasil<br />

Tel.: (11) 2923-5400 - E-mail: marketing.br@horiba.com<br />

0 146<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


INFORME DE MERCADO<br />

CONHEÇA O EC 90 - A PRÓXIMA GERAÇÃO DE<br />

ANALISADORES ELETROLÍTICOS<br />

O EC 90 é um analisador de eletrólitos<br />

de última geração que combina uma<br />

nova tecnologia de biossensor livre de<br />

manutenções com uma interface amigável,<br />

gerenciamento de dados avançado e<br />

excelente precisão.<br />

O cartucho do biossensor de polímero<br />

substituível do analisador EC 90 possui uma<br />

longa durabilidade que torna este instrumento<br />

o sonho de todos os laboratórios clínicos.<br />

O analisador é de fácil utilização e seu<br />

software integrado ajuda a eliminar qualquer<br />

um dos erros cometidos por analisadores de<br />

eletrólitos tradicionais.<br />

O EC 90 é um analisador compacto que<br />

se adapta a qualquer laboratório clínico e é<br />

capaz de medir íons de sódio (Na +), potássio<br />

(K +), cloreto (Cl-) e cálcio ionizado (iCa2+)<br />

Os cartuchos “all-in-one” atendem a<br />

qualquer tamanho de laboratório, uma vez<br />

que eles incluem os reagentes e o biossensor<br />

e estão disponíveis em três tamanhos de kit<br />

diferentes: pequeno, médio e grande, capazes<br />

de realizar 500, 1.000 e 3.000 medições de<br />

amostra, respectivamente, com uma vida útil<br />

após a sua abertura de três meses.<br />

POR QUE ESCOLHER ERBA MANNHEIM<br />

A linha de Eletrólitos foi projetada para<br />

ser fácil de utilizar, eficiente na operação e<br />

extremamente confiáveis.<br />

Todas estas características se unem para<br />

oferecer a você a melhor experiência em<br />

tecnologia, custo e design!<br />

MUDE COM A ERBA<br />

Fale com a nossa equipe e saiba como levar o<br />

melhor da tecnologia ao seu laboratório!<br />

brazilsales@erbamannheim.com<br />

(31) 99837-8405<br />

www.erbabrasil.com.br<br />

0 148<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


BC-20 – EQUIPAMENTO HEMATOLÓGICO MINDRAY<br />

É possível trabalhar com hematologia de 3 partes<br />

com qualidade e segurança.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

O BC-20 da Mindray é compacto, eficiente e com<br />

um sistema de rastreabilidade preciso que garante a<br />

alta confiabilidade dos resultados.<br />

Software inteligente e intuitivo que detecta e<br />

remove erros operacionais automaticamente e<br />

executa manutenções com apenas um clique,<br />

trazendo sua produtividade para um novo nível.<br />

Incrível capacidade de armazenamento de 100.000<br />

dados oferece uma solução sem preocupações para<br />

o gerenciamento de dados dos pacientes.<br />

Especificações técnicas:<br />

• 20 parâmetros + 3 histogramas (WBC, RBC e PLT);<br />

• Volume de amostra: 9µL (sangue total) e 20µL<br />

(pré-diluição) - Ideal para pediatria;<br />

• Apenas 2 reagentes de uso e 1 reagente de manutenção;<br />

• 40 amostras/hora;<br />

• Impressora térmica com diversos formatos de impressão;<br />

• Dimensões: 410 x 300 x 400 (mm);<br />

• Peso: ≤20kg;<br />

• Tela colorida sensível ao toque de 10,4 polegadas;<br />

• 4 portas USB - para impressora externa, atualização de<br />

software, upload de informações de CQ e calibradores,<br />

leitor de código de barras, teclado e mouse;<br />

• Porta LAN suporta protocolo HL7;<br />

• LIS Bi-direcional<br />

Desempenho:<br />

Parâmetro Faixa Linearidade Precisão (CV%) Arraste<br />

WBC (10/L) 0-100 ≤3.5% (4.0-6.9) ≤0.5%<br />

≤2.0% (7.0-15.0)<br />

RBC (10/L) 0-8.00 ≤2.0% (3.5-6.5) ≤0.5%<br />

HGB (g/L) 0-280 ≤1.5% (100-180) ≤0.5%<br />

VCM (fL) ≤1.0% (70.0-110.0) ≤0.5%<br />

PLT (10/L) 0-1000 ≤5.0% (100-500) ≤1.0%<br />

Contato: Roney Caetano<br />

Gerente de Vendas - IVD<br />

E-mail: r.caetano@mindray.com<br />

Mobile/WhatsApp: +55 11 96403 2821<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 149


INFORME DE MERCADO<br />

ESCOLHA A CÂMARA IDEAL PARA O SEU LABORATÓRIO<br />

A escolha da câmara de armazenamento ou<br />

transporte para o seu laboratório é essencial, e o<br />

equipamento correto pode tornar tudo mais fácil, e<br />

até mesmo automatizado.<br />

Além de variações na temperatura, oscilações de<br />

energia, o laboratório também pode sofrer outros Meio Rugai Modificado<br />

contratempos. Por O isso, meio opcionais de identificação específicos com presuntiva de bacilos intestinais gram negativos, atualmente<br />

tecnologia da Elber conhecido Medical foram como criados Rugai, para foi inicialmente proposto por Rugai e Araújo em 1968 com a intenção<br />

atender suas necessidades de eliminar e manter falhas a câmara existentes com nos meios similares até então utilizados. O meio baseava-se nas<br />

temperatura homogênea. reações de produção de Indol, L-triptofano desaminase (LTD), ácido ou ácido e gás de glicose e<br />

sacarose, uréase, produção de H2S e aspecto bacteriano.<br />

- Elber SIS: com Em este 1972, sistema Pessoa você pode e Silva acessar desenvolveram<br />

- Sistema de<br />

um<br />

emergência:<br />

meio que<br />

Bateria<br />

possibilitou<br />

recarregável<br />

a pesquisa<br />

serviço,<br />

da<br />

o equipamento<br />

motilidade<br />

para<br />

e<br />

armazenamento deve<br />

todas as informações da descarboxilação e gráficos emitidos da pela lisina concomitantemente adicionada para permitir autonomia com as total reações da câmara obtidas ser no escolhido meio com clássico muito cuidado.<br />

câmara remotamente Rugai por e smartphones, Araújo. tablets e de 6 a 72 horas, em caso de queda de energia<br />

outros. Permite também suporte técnico remoto convencional.<br />

Conheça um pouco mais sobre a Elber Medical<br />

Assim, em um só tubo, pode-se verificar a produção de Indol, desaminação do L-triptofano,<br />

para ajustes de programação e configuração.<br />

e nossa tecnologia:<br />

fermentação ou não de glicose e sacarose, produção de gás, produção de H2S, hidrólise da<br />

ureia, descarboxilação da lisina<br />

Esses<br />

e motilidade,<br />

e outros serviços<br />

tornando<br />

foram criados<br />

mais<br />

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rápida<br />

manter<br />

e simples<br />

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a identificação<br />

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O meio Rugai<br />

realizar chamadas substitui telefônicas provas sempre de que glicose, a o sacarose, melhor atendimento lisina, motilidade, para o seu indol, cliente. ureia, Até L-triptofano, H2S, gás,<br />

temperatura atingir além níveis de substituir fora do especificado, o meio amplamente porque, o principal utilizado objetivo EPM-MILI. de um laboratório é<br />

ocorrer falta de energia ou a porta da câmara proporcionar um serviço seguro e eficiente para a<br />

A Renylab ao longo de anos de pesquisas e melhorias, desenvolveu o Meio Rugai modificado<br />

ficar aberta. que apresenta maior facilidade<br />

sociedade.<br />

na visualização<br />

Portanto, se<br />

das<br />

você<br />

provas.<br />

deseja garantir<br />

Sua tampa<br />

esse<br />

de algodão impede que<br />

a água de condensação formada dentro do tubo contamine o produto, inutilizando-o. Além<br />

disso, desenvolvemos uma ferramenta de identificação em nosso site que auxilia a<br />

interpretação dos resultados. Visite e confira!<br />

MEIO RUGAI MODIFICADO<br />

O meio de identificação presuntiva de bacilos<br />

intestinais gram negativos, atualmente conhecido<br />

como Rugai, foi inicialmente proposto por Rugai e<br />

Araújo em 1968 com a intenção de eliminar falhas<br />

existentes nos meios similares até então utilizados. O<br />

meio baseava-se nas reações de produção de Indol,<br />

L-triptofano desaminase (LTD), ácido ou ácido e gás<br />

de glicose e sacarose, uréase, produção de H2S e<br />

aspecto bacteriano.<br />

A Renylab ao longo de anos de pesquisas e<br />

melhorias, desenvolveu o Meio Rugai modificado<br />

que apresenta maior facilidade na visualização<br />

das provas. Sua tampa de algodão impede que<br />

a água de condensação formada dentro do tubo<br />

contamine o produto, inutilizando-o. Além disso,<br />

desenvolvemos uma ferramenta de identificação em<br />

nosso site que auxilia a interpretação dos resultados.<br />

Visite e confira!<br />

Em 1972, Pessoa e Silva desenvolveram um meio<br />

que possibilitou a pesquisa da motilidade e da<br />

descarboxilação da lisina concomitantemente com<br />

as reações obtidas no meio clássico Rugai e Araújo.<br />

Assim, em um só tubo, pode-se verificar a<br />

produção de Indol, desaminação do L-triptofano,<br />

fermentação ou não de glicose e sacarose,<br />

produção de gás, produção de H2S, hidrólise da<br />

ureia, descarboxilação da lisina e motilidade,<br />

tornando mais rápida e simples a identificação<br />

das enterobactérias, com consequente economia e<br />

tempo, material e trabalho. O meio Rugai substitui as<br />

provas de glicose, sacarose, lisina, motilidade, indol,<br />

ureia, L-triptofano, H2S, gás, além de substituir o<br />

meio amplamente utilizado EPM-MILI.<br />

Para mais informações,<br />

Entre em contato conosco!<br />

Whatsapp : +55 32 98419-8588<br />

Tel.: +55 32 3331-4489<br />

Tel.: +55 32 3333-0379<br />

E-mail: sac@renylab.ind.br<br />

www.renylab.ind.br<br />

0 150<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


EXTRAÇÃO AUTOMATIZADA DE ÁCIDOS NUCLEICOS<br />

A Biomedica, empresa que atua no segmento<br />

médico desde 1996, traz ao Brasil com exclusividade<br />

uma solução inovadora para automatizar processos<br />

de diagnóstico molecular, ampliando seu portfólio de<br />

produtos de extração viral.<br />

A extração automatizada com os equipamentos de<br />

extração, MAELSTROM 4800 e MAELSTROM 9600,<br />

possui tecnologia patenteada de homogeneização<br />

por rotação Maelstrom. Essa técnica conta com um<br />

manuseio revolucionário das beads magnéticas. Os<br />

produtos TANBead Maelstrom 4800 e Maelstrom 9600<br />

incorporam essa nova tecnologia e oferece o melhor<br />

desempenho para aplicação no diagnóstico molecular e<br />

ciências da vida. A série Maelstrom é aprovada pelo FDA<br />

e CE, e suas patentes são concebidas no Canadá, China,<br />

EUA, EU, Coréia, Japão e Taiwan.<br />

Além do equipamento, a Biomedica oferece o kit<br />

de Extração Ácidos Nucleicos, OptiPure Viral DNA/<br />

RNA e outros materiais biológicos direcionado ao<br />

diagnóstico e pesquisa clínica. O produto é destinado<br />

a extração e purificação de DNA/RNA viral a partir de<br />

materiais biológicos, como: SWAB nasofaríngeo, BAL,<br />

aspirado nasofaríngeo, soro, plasma, LCR, urina e outro<br />

direcionado ao diagnóstico e pesquisa clínica. Os ácidos<br />

nucleicos purificados podem ser analisados por PCR em<br />

tempo real e sequenciamento de próxima geração.<br />

O diagnóstico molecular está crescendo cada vez mais e<br />

usam técnicas da biologia molecular para identificar doenças<br />

infecciosas, doenças hereditárias, câncer, entre outros.<br />

Em cooperação com fabricantes internacionais de<br />

produtos e insumos voltados à alta tecnologia e inovação,<br />

a Biomedica oferece também um amplo portfólio de<br />

soluções para a rotina de diagnostico molecular do seu<br />

laboratório, com teste real time RT-PCR, teste rápido<br />

antígeno, extração automatizada, além de swab floculado<br />

e extração manual de DNA/RNA.<br />

Sobre a Biomedica<br />

A Biomedica, uma empresa comprometida com o<br />

segmento da saúde há mais de 23 anos. Atuando no<br />

mercado com equipamentos e suprimentos de alta<br />

tecnologia e inovação que venham proporcionar a<br />

melhoria da qualidade de vida e saúde para as pessoas.<br />

Com isso, sempre atenta a tendências do futuro e trabalha<br />

com diagnóstico molecular e biologia molecular há mais<br />

de 4 anos, trazendo resultados de ponta para a população.<br />

Biomedica Equipamentos e Suprimentos LTDA.<br />

SIA trecho 03 - lotes 625 - sala 230C<br />

CEP 71200-030<br />

Telefone (61) 3363-4422 (whatsapp)<br />

Email: contato@biomedica.com.br<br />

www.biomedica.com.br<br />

INFORME DE MERCADO<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 151


INFORME DE MERCADO<br />

LC-MS / MS E ÁGUA ULTRAPURA - UMA PARCERIA<br />

ESSENCIAL PARA PESQUISA AMBIENTAL<br />

A grande variedade de aplicações envolvendo<br />

análise por cromatografia líquida -<br />

espectrometria de massa em tandem (LC-MS<br />

/ MS) tem pelo menos uma coisa em comum -<br />

todas usam água ultrapura (UPW).<br />

O LC-MS moderno não seria uma técnica tão<br />

poderosa se a Água UltraPura não fosse usada<br />

para minimizar as impurezas na preparação<br />

de amostras, padrões e brancos e para as fases<br />

móveis. Este conteúdo tem como objetivo<br />

lembrar o leitor da gama desses aplicativos LC-<br />

MS / UPW para estudar as funções e níveis de<br />

contaminantes no ambiente, tomando alguns<br />

exemplos de pesquisa usando água ultrapura dos<br />

modelos PURELAB Chorus 1.<br />

A contaminação das águas subterrâneas é<br />

geralmente considerada como proveniente<br />

da atividade humana, mas há uma série de<br />

toxinas que ocorrem naturalmente que podem<br />

contaminar as águas naturais. Duas dessas<br />

substâncias são o carcinógeno ptaquilosídeo<br />

e seu produto de degradação pterosina B. Em<br />

2016, Clauson-Kaas e sua equipe aumentaram<br />

a velocidade e a confiabilidade de um método<br />

para sua determinação em águas naturais<br />

usando extração em fase sólida e UPLC-MS<br />

/ MS. Loganin foi usado como um padrão<br />

interno e o ciclo total de execução pode ser<br />

reduzido para apenas 5 min. Os limites de<br />

detecção foram 8 e 4 ng / L, respectivamente.<br />

O tamponamento das amostras a pH 5,5<br />

com acetato de amônio antes do transporte<br />

melhorou significativamente as recuperações.<br />

Em um amplo estudo de pesticidas em<br />

fontes de água potável na Holanda, Rosa<br />

Sjerps et al.2 desenvolveu um método LC-<br />

MS / MS para 24 pesticidas recentemente<br />

autorizados, selecionados com base em<br />

sua mobilidade e persistência. 15 desses<br />

pesticidas foram detectados, incluindo sete em<br />

concentrações acima do padrão de qualidade<br />

da água potabilizada pela concessionária. Dois<br />

neonicotinóides foram encontrados nas maiores<br />

concentrações: acetamiprida (1,1 mg / L) e<br />

tiametoxame (0,4 mg / L). No geral, o estudo<br />

mostrou que os pesticidas são uma grande<br />

preocupação nas fontes de água potável na<br />

Holanda. Em um terço das áreas de captação, a<br />

concentração de pesticidas e / ou metabólitos<br />

excedeu os padrões de qualidade da água.<br />

A ocorrência de agrotóxicos recentemente<br />

autorizados em fontes de água potável<br />

demonstrou a importância de manter atualizados<br />

os métodos de monitoramento de rotina.<br />

A benzisotiazolinona é usada em produtos<br />

cosméticos (por exemplo, enxaguante para as<br />

mãos, protetor solar, desodorizadores) como<br />

conservante e em escala industrial como biocida<br />

em edifícios (para matar fungos em telhados<br />

e edifícios), bem como conservante em tintas<br />

e produtos de limpeza . Seu uso generalizado<br />

resulta inevitavelmente em sua presença<br />

no meio ambiente. Vargas3 investigou sua<br />

fotodegradação em água que produziu quatorze<br />

produtos e elucidou suas estruturas usando GC-<br />

MS, FT-ICR-MS e LC-MS / MS. Dados de LD50 de<br />

rato oral foram usados para avaliar a toxicidade.<br />

Os fotoprodutos com grupo fenólico ou sulfino<br />

foram mais tóxicos que a benzisotiazolinona.<br />

Entre em contato conosco para mais informações:<br />

watertech.marcom.latam@veolia.com<br />

Referências:<br />

1. UPLC-MS/MS determination of ptaquiloside and pterosin B in<br />

preserved natural water Frederik Clauson-Kaas, Hans Christian Bruun<br />

Hansen & Bjarne W. Strobel Analytical and Bioanalytical Chemistry<br />

volume 408, pages7981–7990(2016)<br />

2. Occurrence of pesticides in Dutch drinking water sources Rosa<br />

M A Sjerps, Pascal J F Kooij, Arnaut van Loon, Annemarie P Van<br />

Wezel Chemosphere 2019 Nov. 235:510-518. doi: 10.1016/j.<br />

chemosphere.2019.06.207.<br />

3. Photodegradation of benzisothiazolinone: Identification and<br />

biological activity of degradation products Zsuzsanna Varga, Edith<br />

Nicol, Stéphane Bouchonnet Chemosphere Volume 240, February<br />

2020, 124862<br />

Sobre a Veolia<br />

O grupo Veolia é a referência mundial em gestão<br />

otimizada dos recursos. Presente nos cinco<br />

continentes com quase 179000 assalariados, o<br />

Grupo concebe e implementa soluções para a gestão<br />

da água, dos resíduos e da energia, que fomentam<br />

o desenvolvimento sustentável das cidades e das<br />

indústrias. Com suas três atividades complementares,<br />

Veolia contribui ao desenvolvimento do acesso aos<br />

recursos, à preservação e renovação dos recursos<br />

disponíveis.<br />

Em 2019, o grupo Veolia trouxe água potável<br />

para 98 milhões de habitantes e saneamento<br />

para 67 milhões, produziu cerca de 45 milhões de<br />

megawatt/hora e valorizou 50 milhões de toneladas<br />

de resíduos. Veolia Environnement (Paris Euronext :<br />

VIE) realizou em 2019 um faturamento consolidado<br />

de 27,189 bilhões de euros. www.veolia.com<br />

Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />

Rafaela Rodrigues<br />

Tel. +55 11 3888-8782<br />

rafaela.rodrigues@veolia.com<br />

0 152<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


INFORME DE MERCADO<br />

LABORATÓRIO SODRÉ FAZ INVESTIMENTO DE 23 MILHÕES<br />

Aumento na demanda do exame toxicológico gera<br />

criação de centenas de novos empregos<br />

Um dos maiores líderes do mercado brasileiro em<br />

exames toxicológicos de larga janela de detecção, o<br />

Laboratório Sodré realizou investimentos da ordem de<br />

23 milhões de reais em equipamentos de última geração,<br />

tecnologia digital e adequação na estrutura física com<br />

foco em aumentar a capacidade de produção frente a<br />

nova demanda do seguimento toxicológico que deverá<br />

ser aproximadamente, 500% maior até o final de 2021.<br />

Foram abertas centenas de novas vagas de emprego<br />

direto e indiretamente no setor de toxicologia.<br />

O Laboratório Sodré é um dos primeiros laboratórios<br />

no segmento toxicológico, cumprindo as exigências do<br />

DENATRAN com escopo certificado pela ISO IEC 17025<br />

Forense e CAP Accreditation. Dispõe de inteligência logística e<br />

operacional de extrema eficiência. Proporciona um diferencial<br />

competitivo de agilidade e confiabilidade aos seus mais de<br />

2.000 Laboratórios credenciados por todo o Brasil.<br />

Presente no mercado há mais 37 anos, o Laboratório Sodré<br />

se destaca por apresentar cada vez mais soluções que facilitam<br />

o dia a dia dos seus pacientes e credenciados. No primeiro<br />

semestre de 2021, o laboratório registrou um crescimento<br />

de 400% em volume de exames de larga janela de detecção<br />

batendo o recorde no número de exames realizados.<br />

NTO<br />

O NTO - Núcleo Tecnológico Operacional do Sodré é um<br />

dos maiores e mais moderno do país, com tecnologia de<br />

ponta composto por mais de 15 equipamentos específicos<br />

para o setor de toxicologia, com sistemas de cromatografia<br />

líquida de alta eficiência (HPLC), cromatografia líquida de<br />

ultra performance e espectrometria de massas do tipo<br />

Tandem quadruplo, além de todo o sistema de automação<br />

no preparo das amostras.<br />

O NTO, conta com uma área de 2.500m², cerca de 25.000², de preservação ambiental.<br />

O Sodré adquiriu no último mês equipamentos<br />

modernos com a capacidade de entregar os resultados<br />

dos exames em questão de segundos, “o nosso NTO,<br />

conta com que há de mais moderno no mercado, a nossa<br />

metodologia é destaque na área laboratorial. Em linha<br />

com as grandes tecnologias, o Laboratório Sodré trabalha<br />

com equipamentos que possuem sistema de ponta,<br />

que oferece confiabilidade nos resultados, agilidade nas<br />

respostas e aumento da produtividade”, explica Angela De<br />

Pietro, diretora Técnica.<br />

Nova Lei<br />

A Lei Federal 14.071/20, que entrou em vigor no dia 12<br />

de abril de 2021, já está regulamentada por meio da nova<br />

Resolução 843/2021 do CONTRAN – Conselho Nacional<br />

de Trânsito e aborda modificações no Código de Trânsito<br />

Brasileiro, dentre elas, a mudança em relação à validade<br />

do exame toxicológico, por meio do toxicológico periódico.<br />

A Lei determina que o exame toxicológico para<br />

motoristas deve ser realizado a cada 2 anos e meio (ou<br />

seja, 30 meses).<br />

A mudança na Lei do exame toxicológico é reflexo<br />

do bom resultado de anos de trabalho constante do<br />

CONTRAN e dos órgãos federais responsáveis em busca do<br />

aumento de segurança nas estradas brasileiras.<br />

A regulamentação do CONTRAN 843/2021, prevê ainda<br />

punição aos motoristas que descumprirem as mudanças<br />

determinadas pela nova Lei do exame toxicológico.<br />

O objetivo do exame toxicológico obrigatório é tornar as<br />

estradas cada vez mais seguras e ainda preservar a saúde<br />

dos motoristas e a vida de quem percorre as rodovias<br />

cotidianamente, por meio da diminuição do uso de<br />

substâncias ilegais associado ao volante.<br />

Investimentos<br />

A Diretoria Executiva do Laboratório Sodré, Dr.<br />

Claudio Sodré e Dra. Lucelaine Sodré não pouparam<br />

esforços e investimentos para que a empresa continue<br />

em franca expansão, “com a aquisição destes novos<br />

equipamentos será possível atender os nossos parceiros<br />

e pacientes de forma mais rápida. Entendemos que este<br />

era o momento de investir ainda mais. Desde 2016,<br />

temos realizado grandes investimentos e expandindo<br />

os nossos negócios, não só no setor toxicológico, mas<br />

também no setor de imunização e novos setores que<br />

estão por serem inaugurados”, comemoram.<br />

NTO - Rua. Xavantes, 106 | Xingú | Lins/SP<br />

Central de Relacionamentos - 0800 777 8547<br />

www.sodretox.com.br<br />

@sodrelaboratorio - Instagram<br />

0 154<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


VOCÊ SABERIA ESCOLHER A CENTRÍFUGA IDEAL PARA O<br />

SEU LABORATÓRIO?<br />

INFORME DE MERCADO<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

Na hora de adquirir ou substituir uma<br />

centrífuga, é necessário ficar atento a algumas<br />

especificações. Por isso, selecionamos algumas<br />

dicas importantes para ajudá-lo nesta escolha.<br />

Capacidade: No momento da escolha de<br />

uma nova centrífuga é importante ficar atento<br />

quanto à capacidade do equipamento. Além de<br />

atender as demandas diárias do seu laboratório<br />

não se pode ignorar o desgaste das máquinas.<br />

Se é preciso ligar e desligar as máquinas várias<br />

vezes ao dia para finalizar a sua rotina, talvez<br />

você precise de uma máquina maior, com mais<br />

capacidade de tubos, maior eficiência de tempo e<br />

menos gastos com manutenção.<br />

Versatilidade do Rotor: Centrífugas para análises<br />

clínicas devem possuir rotores horizontais,<br />

ou seja, que centrifugue o tubo deitado. Esse<br />

processo dará uma melhor qualidade ao soro<br />

obtido, permitindo resultados mais precisos. Por<br />

isso, não utilize máquinas com rotores angulares,<br />

uma vez que determinados ângulos podem fazer<br />

com que a agulha do aparelho analítico encoste<br />

no gel e entupa a tubulação, prejudicando não só<br />

os dispositivos, quanto às amostras.<br />

Segurança: Este é o fator mais importante<br />

quando falamos de equipamentos de<br />

análises. Uma centrífuga ideal deve ser<br />

construída em aço, tambor interno de<br />

segurança, travas elétricas, função de parada<br />

por desbalanceamento excessivo, motores<br />

duráveis, micro processadas, amortecedores<br />

de tampa, baixo nível de ruído, além dos<br />

rotores horizontais. Mas não só. Para assegurar<br />

uma boa escolha, é preciso verificar também a<br />

história das marcas disponíveis no mercado.<br />

A marca também deve atender a todas as<br />

especificações os órgãos reguladores, estar de<br />

acordo com as boas práticas e ainda possuir<br />

um atendimento ao cliente prático e eficaz.<br />

Assistência Técnica: Esse é o tópico que pode<br />

causar mais dor de cabeça e preocupações aos<br />

compradores. Já pensou em ficar com a sua rotina<br />

parada por dias aguardando peças para reposição<br />

vindas do exterior? Por isso garantia e produção<br />

no Brasil são determinantes para a tranquilidade<br />

após compra. Sem prazo de importação de<br />

componentes, sem burocracia em outras línguas.<br />

Levando em considerações todos os pontos<br />

que discutimos aqui, a centrífuga ideal para seu<br />

Laboratório só pode ser uma LABORLINE. Possuímos<br />

linha completa para atender sua necessidade.<br />

Conte com a Laborline, centrifugas feitas para<br />

durar, indústria nacional.<br />

Laborline<br />

(11) 3699-0960<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 155


INFORME DE MERCADO<br />

APRESENTANDO A INOVADORA PLATAFORMA POINT OF<br />

CARE LUMIRADX<br />

A plataforma LumiraDx é um sistema Point of Care<br />

(POC) de alta sensibilidade de última geração, que<br />

combina o uso de um instrumento portátil, tiras<br />

de testes com tecnologia microfluídica por captura<br />

magnética, fluxo de trabalho simples e padronizado,<br />

e conectividade segura na nuvem e com os diversos<br />

modelos de LIS (Software de Informação Laboratorial).<br />

Integra várias metodologias e tipos de amostras<br />

em um único instrumento, com critérios<br />

semelhantes aos sistemas de análise de laboratório,<br />

fornecendo resultados precisos em comparação aos<br />

ensaios de referência.<br />

Características diferenciadas da Plataforma LumiraDx:<br />

• Desempenho técnico equivalente aos<br />

equipamentos utilizados em laboratorios centrais<br />

• Diferentes metodologias em uma única plataforma<br />

de testes (fluorescência, ensaios cinéticos,<br />

imunoensaios, eletroquímica, ensaio baseado em<br />

enzimas, eletrólitos, ensaio molecular e outros)<br />

• Instrumento portátil. Com aproximadamente 1kg,<br />

utiliza bateria recarregável ou energia elétrica, sendo<br />

possível atender a qualquer ponto de atendimento<br />

• Manuseio simples e intuitivo, fornecendo na tela do<br />

instrumento o fluxo de trabalho de teste passo a passo<br />

• Tiras de testes com canais microfluídicos permitindo<br />

ensaios otimizados<br />

• Baixo volume de amostra e diversos tipos de<br />

amostras, incluindo swab nasal, sangue capilar e<br />

venoso, plasma e soro.<br />

• Tiras de testes armazenadas em temperatura ambiente<br />

• Determinação do hematócrito integrada nas tiras<br />

de testes para alguns ensaios<br />

• Resultados de diagnóstico em minutos<br />

• Arquivo de calibração de lote por transferência<br />

instantânea para o instrumento através da etiqueta<br />

de identificação por rádio frequência (RFID)<br />

• Conectividade digital segura e contínua<br />

A plataforma LumiraDx é composta por:<br />

• Instrumento LumiraDx<br />

• Tiras de teste LumiraDx (disponíveis separadamente)<br />

• Controles de Qualidade LumiraDx (disponíveis<br />

separadamente)<br />

• Leitor de código de barras (disponíveis separadamente)<br />

As tiras de teste são embaladas individualmente,<br />

contendo todos os reagentes necessários para<br />

a realização do teste. O instrumento processa<br />

automaticamente a tira, incluindo movimento da<br />

amostra, mistura de reagentes, controle térmico<br />

e leitura fluorescente, liberando o resultado em<br />

poucos minutos.<br />

Além de operar no modo Standalone<br />

(individualmente), também oferece soluções de<br />

conectividade, como o Connect Manager LDx,<br />

conexão por aplicativo via internet (iOS e Android),<br />

via Bluetooth através do Connect Hub LDx e conexão<br />

via cabo de rede pelo EHR Connect, através do LIS ou<br />

HIS. (Para maiores informações sobre conectividade,<br />

consulte o link https://www.lumiradx.com/uk-en/<br />

what-we-do/diagnostics/connectivity).<br />

Com um pipeline com mais de 30 ensaios em<br />

desenvolvimento, em diversas áreas como os<br />

distúrbios de coagulação, doenças infecciosas,<br />

doenças cardiovasculares e diabetes.<br />

A fábrica localizada na cidade de Stirling, situada<br />

na Escócia, possui capacidade de produção de 4.000<br />

plataformas e mais de 15 milhões de testes por<br />

mês. Com mais de 1.300 funcionários, a LumiraDx<br />

possui operações de vendas diretas nos EUA, Europa<br />

Ocidental, Colômbia, Brasil, Japão e África.<br />

Atualmente, a LumiraDx disponibiliza em sua<br />

plataforma, os testes LumiraDx INR Test, LumiraDx<br />

SARS-CoV-2 Ab Test, LumiraDx SARS-CoV-2<br />

Ag Test, LumiraDx SARS-CoV-2 Ag Pool Test1<br />

e LumiraDx D-Dimer Test, todos devidamente<br />

registrados na ANVISA.<br />

O teste de anticorpos e antígeno para a detecção<br />

de SARS-CoV-2 de alta sensibilidade está sendo<br />

implantado globalmente em parceria com governos,<br />

sistemas de saúde, redes de varejo e instituições de<br />

saúde, principalmente por apresentar resultados<br />

com excelente correlação com o RT-PCR2 com a<br />

vantagem de ser executada no local em apenas 12<br />

minutos, com laudo impresso e/ou exportado.<br />

Para maiores informações, entre em contato<br />

através do e-mail faleconosco@lumiraDx.com ou<br />

(11) 5185- 8181.<br />

(1) O SARS-CoV-2 Ag Pool Test pesquisa qualitativamente o antígeno da<br />

proteína do nucleocapsídeo em espécimes de esfregaço nasal ou nasofaríngeo<br />

agrupados de até 5 indivíduos assintomáticos ou com suspeita de COVID-19.<br />

Usado com a plataforma LumiraDx, o teste oferece uma solução de triagem<br />

rápida e econômica para indivíduos infectados.<br />

(2) RT-PCR Reverse Transcriptase Polymerase Chain Reaction - “A Rapid,<br />

High-Sensitivity SARS-CoV-2 Nucleocapsid Immunoassay to Aid Diagnosis of<br />

Acute COVID-19 at the Point of Care_ A Clinical Performance Study – PubMed”<br />

(https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33629225/)<br />

0 156<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


VALIDAÇÃO DE AMOSTRAS COLETADAS DE SALIVA NO<br />

SISTEMA DE CITOLOGIA LÍQUIDA CELLPRESERVKOLPLAST®<br />

PARA PESQUISA DE INTOLERÂNCIA À LACTOSE. SIMPLICIDADE,<br />

SEGURANÇA, ADERÊNCIA DO PACIENTE.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A Intolerância à lactose é a incapacidade<br />

de produzir a enzima lactase no organismo.<br />

A hipolactasia é a diminuição ou ausência da<br />

capacidade de produzir a lactase, enzima presente<br />

nas microvilosidades intestinais, responsável<br />

pela dissociação da lactose (galactose β-1,4<br />

glucose) em galactose e glicose.<br />

O IPOG, Instituto de Pesquisa em<br />

Oncologia Ginecológica, uma das mais<br />

respeitadas Instituições de Saúde do Brasil,<br />

localizada em São Paulo e especializada em<br />

diagnósticos laboratoriais, em especial aqueles<br />

que envolvem tecnologia de Biologia Molecular,<br />

avaliou e aprovou o desempenho do exame para<br />

amostras em saliva no Kit CellPreserv-Kolplast®<br />

para o exame de Intolerância à Lactose.<br />

Resultados:<br />

• A validação apresentou 100% de concordância<br />

entre os resultados obtidos de sangue total EDTA e dos<br />

colhidos em saliva no meio CellPreserv-Kolplast®<br />

• O material de coleta saliva em coletor<br />

CellPreserv-Kolplast® demostrou preservar o<br />

material genético para o exame de Intolerância<br />

à Lactose.<br />

Fale com a Central de Relacionamento Grupo<br />

Kolplast através do telefone 11 4961-0900<br />

• O coletor CellPreserv-Kolplast® não demostrou<br />

interferência e inibição na reação por PCR tempo<br />

real, todas as amostras demostraram presença<br />

do DNA genômico nas reações dentro dos valores<br />

esperados do ensaio, demostrando assim que a<br />

reação apresentou performance adequada.<br />

Escaneie o QRcode e tenha acesso<br />

ao protocolo na íntegra.<br />

Fale conosco para mais informações!<br />

Central de Relacionamento Grupo Kolplast<br />

11 4961-0900<br />

vendas@kolplast.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 157


INFORME DE MERCADO<br />

ENSAIOS VACCZYME® DA BINDING SITE<br />

PROPORCIONAM MEDIÇÃO DE RESPOSTA VACINAL<br />

A incapacidade de produzir uma resposta<br />

apropriada específica mediada por<br />

anticorpos ou a produção de anticorpos<br />

funcionalmente inativos, pode resultar no<br />

reaparecimento e/ou persistência da infecção.<br />

O sistema imunológico é capaz de reconhecer<br />

adequadamente os antígenos proteicos<br />

desde o primeiro ano de idade, sendo a base<br />

das políticas de vacinação no mundo todo.<br />

A capacidade de responder aos antígenos<br />

polissacarídicos começa a surgir a partir dos 2<br />

e 3 anos de idade até a idade adulta.<br />

Os ensaios de resposta vacinal da Binding Site<br />

podem ser usados para auxiliar no diagnóstico<br />

de imunodeficiências. Uma amostra de<br />

soro é colhida do paciente logo antes da<br />

vacinação e outra após 3 ou 4 semanas. As<br />

amostras são testadas para medir a resposta<br />

do anticorpo específico à(s) vacina(s)<br />

administradas. Várias respostas podem ser<br />

testadas, sendo importante incluir tanto as<br />

vacinas protéicas (por exemplo, contra tétano<br />

ou difteria) quanto as polissacarídicas puras<br />

(por exemplo, Streptococcus pneumoniae<br />

ou Salmonella typhi Vi). As respostas<br />

dos anticorpos a antígenos naturalmente<br />

encontrados, tais como VZV (vírus Varicella<br />

Zoster) podem também ser úteis na avaliação<br />

da funcionalidade da resposta imune.<br />

Assim, nossa equipe de especialistas desenvolveu<br />

uma linha de imunoensaios enzimáticos (ELISA) que<br />

podem ser utilizados para medir o nível de anticorpos<br />

IgG específicos produzidos em resposta à vacinação.<br />

Já temos disponível o kit Vacczyme<br />

PCP IgG para sorotipos específicos de<br />

pneumococo, que é um dos mais utilizados.<br />

A Binding Site desenvolveu este produto<br />

para medir as respostas de anticorpos às<br />

vacinas pneumocócicas que incluem os 23<br />

polissacarídeos isolados do Streptococcus<br />

pneumoniae.<br />

Esses polissacarídeos representam cerca<br />

de 80% dos comumente encontrados em<br />

sorotipos virulentos. Então, a imunização com<br />

vacinas ´23-valentes´é recomendada para<br />

pacientes idosos para reduzir a mortalidade<br />

devido à pneumonia e para crianças com mais<br />

de 2 anos que correm risco de vida devido à<br />

infecção pneumocócica grave.<br />

O exame será de grande valia para médicos,<br />

como pediatras ou imunologistas, que<br />

lidam com doenças primárias ou com<br />

imunodeficiências secundárias. Isso porque<br />

possibilita uma triagem dos pacientes, de<br />

modo simples, eficaz e com baixo custo.<br />

Para mais informações contate-nos pelo<br />

info@bindingsite.com<br />

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0 158<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


MGISTP-3000 – AUTOMATIZAÇÃO PARA TRANSFERÊNCIA<br />

DE AMOSTRAS - DOS TUBOS À PLACA DE 96 EM 40 MINUTOS<br />

Na MGI Tech Co., Ltd (MGI) temos sempre a<br />

INFORME DE MERCADO<br />

melhor solução para o workflow de detecção<br />

do Novo Coronavirus (SARS-CoV-2). Mais<br />

uma vez a MGI inova e traz ao mercado o<br />

MGISTP-3000, nossa mais recente plataforma<br />

automatizada para transferência de amostras.<br />

Ela integra a remoção e recolocação das<br />

tampas em tubos, identificação de barcodes,<br />

transferência de líquidos automatizada e a<br />

proteção por pressão negativa e filtros HEPA.<br />

A plataforma inicia a operação com tubos<br />

de amostras de pacientes com a tampa<br />

fechada. Esses tubos têm a etiqueta de<br />

identificação escaneada para rastreamento<br />

da amostra, e a seguir o robô retira a tampa<br />

do tubo. Uma alíquota da amostra é retirada<br />

e transferida para a posição indicada de uma<br />

placa de PCR. Em 40 minutos após o play é<br />

possível retirar a placa com 96 amostras para<br />

realização da PCR. O equipamento assegura a<br />

rastreabilidade da amostra do começo ao fim<br />

do processo e pode ser conectado ao LIMs.<br />

Nosso MGISTP-3000 suporta até 3 tipos de<br />

tubos na mesma corrida.<br />

A entrada e exaustão de ar são purificadas<br />

com filtro HEPA para prevenir a contaminação<br />

por aerossol, e o sistema conta com 3<br />

lâmpadas UV para sua descontaminação,<br />

assegurando um ambiente seguro para<br />

a transferência do material e para os<br />

operadores. Esta é nossa solução robusta,<br />

segura e ágil para garantir a transferência<br />

controlada de suas amostras em 40 minutos.<br />

Saiba mais:<br />

Fernando Colbari Amaral, PhD<br />

Regional Sales Manager - South Latin America<br />

Email: famaral@mgi-tech.com<br />

Site: en.mgi-tech.com<br />

Fone: + 16 99178-2868<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 159


INFORME DE MERCADO<br />

CONTROLE HEMATOLÓGICO: O PRIMEIRO PASSO PARA<br />

UM HEMOGRAMA CONFIÁVEL<br />

Por: Adriana Fontes e Thaís C. Miranda<br />

O setor de hematologia é fundamental<br />

em um laboratório clínico, uma vez que o<br />

hemograma, principal exame da área, permite<br />

a avaliação qualitativa e quantitativa dos<br />

hemocomponentes, considerados essenciais<br />

no diagnóstico e no acompanhamento de<br />

diversas doenças. Tendo em vista a relevância<br />

desse exame na esfera clínica, faz-se necessário<br />

estabelecer um controle de qualidade (CQ) nos<br />

laboratórios.<br />

O sistema de CQ adotado deve minimizar os erros<br />

comuns de uma análise e, consequentemente,<br />

elevar a segurança na emissão do seu resultado.<br />

Para tanto, este sistema é dividido em duas<br />

vertentes: o Controle Externo de Qualidade<br />

(CEQ) e o Controle Interno de Qualidade (CIQ).<br />

O CEQ, ou controle interlaboratorial, visa avaliar<br />

a exatidão dos resultados de exames, por meio<br />

da execução de Ensaios de Proficiência. Já o<br />

CIQ, ou controle intralaboratorial, permite a<br />

identificação de falhas no sistema analítico<br />

e a promoção de medidas corretivas quando<br />

necessário. A RDC 302/2005 da ANVISA, que<br />

dispõe sobre o Regulamento Técnico para<br />

funcionamento de Laboratórios Clínicos,<br />

preconiza que para o CIQ devem ser utilizados<br />

controles hematológicos comerciais, aprovados<br />

pela própria agência sanitária.<br />

Dessa forma, na rotina do laboratório, é<br />

imprescindível o emprego de controles<br />

hematológicos, cujos resultados devem ser<br />

registrados e avaliados de acordo com os limites<br />

previamente estabelecidos. A recomendação<br />

é usar ao menos dois níveis de concentração<br />

das amostras-controle na rotina laboratorial.<br />

No entanto, no setor de hematologia, fazse<br />

necessário a aplicação de maior número<br />

de níveis de controles, a fim de assegurar a<br />

reprodutibilidade dos resultados.<br />

É importante ressaltar que são produtos sensíveis<br />

e perecíveis, sendo assim, a utilização de forma<br />

incorreta pode prejudicar a estabilidade do<br />

produto, interferindo no monitoramento do CIQ e<br />

afetando, consequentemente, a confiabilidade dos<br />

resultados fornecidos pelo Laboratório Clínico.<br />

A adoção do controle interno de qualidade<br />

em conjunto com ensaios de proficiência,<br />

calibradores e análises realizadas por<br />

profissionais qualificados, promove um maior<br />

controle da fase analítica, visto que auxilia na<br />

identificação de erros no processo, facilitando<br />

a adoção de medidas corretivas que irão<br />

assegurar um diagnóstico mais preciso, além de<br />

garantir um melhor atendimento e um retorno<br />

mais eficiente à população.<br />

Referências Bibliográficas:<br />

ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA<br />

SANITÁRIA. Resolução da diretoria colegiada - RDC<br />

Nº 302, de 13 de outubro de 2005.<br />

CHAVES, C. D. Controle de qualidade no laboratório<br />

de análises clínicas. Jornal Brasileiro de Patologia e<br />

Medicina Laboratorial, v. 46, n. 5, p. 352-352, 2010.<br />

DA SILVA, P. H. et al. Hematologia laboratorial: teoria e<br />

procedimentos. Artmed Editora, p. 41-43. 2015.<br />

DE OLIVEIRA,C. A.; MENDES,M. E. Gestão da Fase<br />

Analítica do Laboratório como assegurar a qualidade<br />

na prática. ControlLab. v. 1, p. 95-110. 2010<br />

DE OLIVEIRA,C. A.; MENDES,M. E. Gestão da Fase<br />

Analítica do Laboratório como assegurar a qualidade<br />

na prática. ControlLab. v. 2, p.97-120. 2011<br />

DE OLIVEIRA,C. A.; MENDES,M. E. Gestão da Fase<br />

Analítica do Laboratório como assegurar a qualidade<br />

na prática. ControlLab. v. 3, p.47-60. 2012<br />

DO NASCIMENTO, R. M., et al. A importância do<br />

hemograma no pré-natal para o curso técnico em<br />

análises clínicas. p. 1-388–416, 2021.<br />

MARTELLI, A. Gestão da qualidade em laboratórios<br />

de análises clínicas. Journal of Health Sciences, 2011.<br />

0 160<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


INFORME DE MERCADO<br />

Imagens meramente ilustrativas<br />

ANALISADOR HEMATOLÓGICO DE 5 PARTES CRIA NOVOS<br />

VALORES PARA LABORATÓRIOS DE MÉDIO PORTE<br />

O PE-7100 com diferencial WBC de 5 partes contempla em seu resultado a separação entre os Linfócitos, Monócitos, Neutrófilos,<br />

Eosinófilos e Basófilos em cada amostra.<br />

Após seu grande sucesso com os equipamentos<br />

de Hematologia da marca Prokan, a AmaMedical<br />

lança no mercado o analisador hematológico<br />

de 5 partes mais robusto, avançado, de fácil<br />

utilização, econômico e com resultados eficientes<br />

e confiáveis de sua linha.<br />

Atendendo à demanda crescente por leituras<br />

de alta qualidade e decisões de diagnóstico<br />

precisas, o PE-7100 foi desenvolvido sob medida<br />

para atender aos laboratórios de diagnóstico<br />

que trabalham com resultados de 5 partes +<br />

hemograma completo, com médio volume de<br />

amostra diário, espaço laboratorial limitado e<br />

orçamento reduzido.<br />

Equipamento de fácil operação, com display touchscreen<br />

de 10.4 polegadas, leitor de código de barras<br />

opcional, com performance de 60 amostras/hora,<br />

liberação de hemogramas com 30 parâmetros + 4<br />

diagramas de dispersão e metodologia de Citometria<br />

de fluxo, Impedância elétrica e Colorimetria.<br />

São necessários apenas três reagentes de rotina,<br />

com vida útil de até dois anos e baixo consumo.<br />

"É um equipamento de fácil operação, homologado<br />

em nosso laboratório interno e também de<br />

nossos parceiros, superando as expectativas de<br />

repetibilidade de resultados precisos e confiáveis"<br />

diz Maiene Moreira, Biomédica CRBM-1 nº<br />

45316, responsável AmaMedical.<br />

Tel: +55 11 4384-2494<br />

www.amamedical.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 161


INFORME DE MERCADO<br />

A J.R.EHLKE, EM PARCERIA COM A WERFEN, APOSTA NA<br />

TECNOLOGIA DE PONTA A FAVOR DA CONFIABILIDADE NO<br />

DIAGNÓSTICO EM HEMOSTASIA.<br />

Não é de hoje que os testes laboratoriais<br />

possuem grande relevância no diagnóstico<br />

dos pacientes em diferentes situações clínicas.<br />

Temos infinitas possibilidades no portifólio<br />

laboratorial para atender especialmente cada<br />

caso. Sabemos que, de um tempo para cá, os<br />

testes de hemostasia tornaram-se ponto crucial<br />

no processo, já que os seus números influenciam<br />

diretamente nas decisões clínicas.<br />

É fundamental para um diagnóstico e<br />

acompanhamento eficaz do paciente, que os<br />

diferentes processos da análise disponham<br />

de qualidade. Isso inclui a performance dos<br />

equipamentos laboratoriais e, principalmente,<br />

a qualidade dos reagentes utilizados para a<br />

realização dos exames.<br />

Um exemplo de reagentes mundialmente<br />

reconhecidos por sua credibilidade e confiança<br />

são os da Instrumentation Laboratory,<br />

integrante do grupo Werfen desde 1991.<br />

Focado em inovação e melhorias constantes<br />

para testes de diagnóstico in vitro, o grupo<br />

Werfen desenvolve, fabrica e distribui reagentes<br />

da linha de hemostasia.<br />

Nos principais testes da rotina de<br />

coagulação, podemos elencar os reagentes<br />

de ponta desenvolvidos pelo fabricante.<br />

O Recombiplastin2G utilizado para a<br />

determinação quantitativa de TP – Tempo de<br />

Protrombina - é derivado de fator tecidual<br />

humano através de tecnologia recombinante.<br />

Sua apresentação é liofilizada, de fácil<br />

reconstituição pelo operador e sua estabilidade<br />

após o preparo é excelente. Seu ISI (índice de<br />

padronização internacional) de ≅1,00 é um<br />

dos melhores valores encontrados no mercado.<br />

Para o teste de TTPA - Tempo Parcial de<br />

Tromboplastina Ativada - o reagente mais<br />

moderno e utilizado em grandes centros<br />

laboratoriais é o APTT-SP. Este é derivado<br />

de tecnologia de fosfolipídios sintéticos,<br />

contendo como ativador as partículas de sílica<br />

micronizada. Possui apresentação líquida<br />

e pronta para uso, o que também impacta<br />

positivamente no resultado dos testes.<br />

Na linha analítica do Fibrinogênio, destacase<br />

o avanço do reagente Fib-C para o QFA, que<br />

melhora significativamente a estabilidade (7<br />

dias após reconstituído). Sua matriz é composta<br />

de Trombina purificada de origem bovina e sua<br />

linearidade pode variar entre 35 e 1000mg/dL<br />

nos sistemas automatizados IL.<br />

Atualmente, outro ensaio que tem se<br />

destacado no mercado é o teste de D-dímero<br />

que é utilizado para avaliação de pacientes com<br />

COVID 19. A IL possui diferentes apresentações<br />

deste insumo, para atender a necessidade de<br />

cada laboratório. As duas mais conhecidas e<br />

aplicadas são: D-dimer 500 e D-dimer HS500.<br />

A diferença entre eles é o modo de preparo, já<br />

que um está pronto para uso e o outro necessita<br />

ser reconstituído. Ambos os kits são para a<br />

determinação quantitativa do D-dímero no<br />

plasma humano, com uma ótima linearidade<br />

e sensibilidade, cut-off validado de 500ng/mL<br />

e resultados liberados em menos de 5 minutos<br />

nos sistemas IL.<br />

A J. R. Ehlke & Cia Ltda, empresa com mais de<br />

50 anos dedicados ao mercado de diagnósticos<br />

laboratoriais, distribui produtos da linha de<br />

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CEP : 80030-001<br />

Tel + 55 41 3352-2144<br />

www.jrelhlke.com.br jrehlke@jrehlke.com.br<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA E<br />

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e Tomografia Computadorizada no<br />

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hospitalar da América Latina,<br />

o Hospital das Clínicas da Faculdade<br />

Medicina da USP e seus convidados<br />

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Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada,<br />

Hands On, Física Segurança e Contraste e Controle ao Estresse<br />

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INFORME DE MERCADO<br />

CONTROLES DE QUALIDADE PNCQ PARA EXAMES DE<br />

COVID-19<br />

Os laboratórios que oferecem testes para o<br />

diagnóstico de COVID-19 podem contar com as<br />

amostras para controle externo e para controle<br />

interno da qualidade do PNCQ!<br />

Disponibilizamos os seguintes controles de<br />

qualidade para exames de COVID-19:<br />

COVID-19 - Anticorpos Neutralizantes<br />

COVID-19 - Antígeno<br />

COVID-19 - Anticorpos (IgG/IgM) por Imunocromatografia<br />

COVID-19 - Anticorpos (IgG/IgM) por CLIA / E-CLIA / EIA<br />

COVID-19 - Biologia Molecular<br />

Controle de Qualidade Externo (PRO-EX): Se você<br />

já é nosso Associado, envie um e-mail para pncq@<br />

pncq.org.br informando seu código de Laboratório<br />

Participante e solicite a inclusão dos Programas<br />

Avançados no seu contrato.<br />

Controle de Qualidade Interno (PRO-IN): Estão<br />

disponíveis amostras para controles de qualidade<br />

interno, nos níveis Reagente e Não Reagente. Para<br />

adquirir, entre em contato com expedicao@pncq.<br />

org.br ou faça seu pedido pela área restrita.<br />

Conheça todas as amostras disponíveis no Catálogo<br />

de Produtos atualizado em nosso site: pncq.org.br<br />

Ainda não é nosso Associado? Cadastre-se!<br />

Contatos: pncq@pncq.org.br ou 21 2569-6867<br />

COLETA DE SANGUE NO SISTEMA FECHADO (VÁCUO): QUAIS<br />

MATERIAIS USAR?<br />

A literatura médica cita que resultados de exames<br />

laboratoriais fornecem informações para<br />

aproximadamente 70% das decisões médicas.<br />

Uma simples coleta de sangue pode fornecer<br />

informações utilizadas para fins de diagnóstico<br />

e prognóstico, prevenção e estabelecimento<br />

de riscos para inúmeras doenças e definição de<br />

tratamentos. A coleta de sangue a vácuo, recomendada<br />

pela SBPC-ML, comprovadamente é<br />

mais eficiente (maior qualidade e menor custo)<br />

do que a coleta com seringa, sendo capaz de evitar<br />

diversos erros pré-analíticos, principalmente<br />

a hemólise. No entanto, a utilização de produtos<br />

adequados e de qualidade assim com a capacitação<br />

do profissional de saúde, são de extrema<br />

importância para a precisão do resultado.<br />

A Firstlab conta com uma linha de acessórios para<br />

coleta de sangue a vácuo, com destaque para o escalpe<br />

e agulhas múltiplas com dispositivo de segurança,<br />

atendem às normas da NR32 e proporcionam<br />

segurança aos profissionais da saúde e diminui risco<br />

de acidente perfurocortante em laboratórios.<br />

O escalpe para coleta de sangue a vácuo é utilizado<br />

para coleta múltipla de sangue, em casos de difícil<br />

acesso venoso. Agulha trifacetada, com capa protetora,<br />

disponíveis nos tamanhos 21G, 23G e 25G. A<br />

versão com dispositivo de segurança permite que a<br />

agulha fique protegida de forma rápida e fácil.<br />

As agulhas múltiplas para coleta de sangue a<br />

vácuo são em aço inoxidável, siliconizadas e têm<br />

o bisel trifacetado com corte a laser, para um melhor<br />

deslizamento da agulha na veia. Disponíveis<br />

nos tamanhos 21G e 22G. A versão com dispositivo<br />

de segurança possui um mecanismo prático<br />

em que a agulha fica protegida com apenas um<br />

dedo. Além disso, essa versão conta com câmara<br />

de visualização de fluxo sanguíneo facilitando a<br />

visualização do acesso venoso.<br />

Saiba mais sobre essas novidades FirstLab<br />

www.firstlab.ind.br<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


SABE O QUE O PNCQ<br />

TEM A OFERECER PARA<br />

O SEU LABORATÓRIO?<br />

PRO-EX<br />

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controle externo<br />

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validação de reagentes<br />

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Hemoterapia<br />

PNCQ Gestor<br />

Software para a Gestão<br />

de Documentos da<br />

Qualidade com<br />

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Gráfico de Tendências<br />

e Análise de DRM<br />

Software para análise do<br />

Desvio em Relação à Média<br />

dos resultados do<br />

controle externo<br />

PRO-IN em Tempo Real<br />

Software para a avaliação do<br />

seu controle interno com<br />

Gráfico de Levey Jennings<br />

automático<br />

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Suporte de profissionais com<br />

experiência comprovada em<br />

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da Qualidade<br />

Indicadores de<br />

Desempenho<br />

Métrica para avaliar o<br />

desempenho dos setores<br />

da sua empresa<br />

Biblioteca Virtual<br />

Manuais, documentos e<br />

legislações laboratoriais<br />

para download<br />

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Qualidade certificada:<br />

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Rua Vicente Licínio, 193 - Tijuca - Rio de Janeiro/RJ<br />

CEP: 20270-340<br />

www. pncq.org.br


INFORME DE MERCADO<br />

NO ANO DO 70º ANIVERSÁRIO, A NIHON KOHDEN ESTÁ<br />

ENTRANDO EM UMA NOVA ERA.<br />

No ano do 70º aniversário, a Nihon Kohden está<br />

entrando em uma nova era. Estamos avançando<br />

para uma nova etapa de combate a doenças e<br />

melhoria da saúde com tecnologia avançada.<br />

Foram então estabelecidos Objetivos de<br />

Desenvolvimento Sustentável para resolver questões<br />

sociais que vão além das fronteiras nacionais. Na<br />

saúde, estamos enfrentando muitos problemas<br />

como um contingente de pacientes com idades mais<br />

avançadas (pessoas com mais de 65 anos chega a<br />

mais de 35 milhões ou mais de 28% da população) e<br />

custos médicos crescentes em países desenvolvidos,<br />

e atenção primária insuficiente e disparidades na<br />

saúde em países emergentes.<br />

Illuminating Medicine for Humanity<br />

Create a better future for people and healthcare by solving global medical issues<br />

Acesse o site global da Nihon Kohden Corporation para conhecer nossa visão de longo prazo:<br />

https://www.nihonkohden.com/company/beacon2030.html<br />

Nós da Nihon Kohden dedicaremos nossa força e<br />

foco na tecnologia de interface homem-máquina<br />

e nossa experiência clínica com tecnologia<br />

digital avançada impulsionada por dados, para<br />

criar soluções exclusivas que realizam o ciclo de<br />

tratamento ideal para cada paciente.<br />

Criar um futuro melhor para as pessoas e à saúde,<br />

a partir da solução dos problemas médicos globais.<br />

Em um ambiente médico em constante mudança,<br />

nos esforçaremos para nos tornar o farol que ilumina<br />

o caminho para o futuro das pessoas e da saúde com<br />

a filosofia que aprimoramos desde a nossa fundação.<br />

Com forte paixão em nossos corações, criamos<br />

nossa nova visão de longo prazo, BEACON 2030.<br />

NIHON KOHDEN DO BRASIL LTDA<br />

Rua Diadema, 89 1° andar CJ. 11 a 17 - Bairro Mauá<br />

São Caetano do Sul - SP - CEP 09580-670, Brasil<br />

Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />

E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

ÁGAR SANGUE NEWPROV<br />

Com produção própria, a partir de seu<br />

biotério, que conta com mais de mil animais<br />

selecionados e controlados, a Newprov<br />

garante o fornecimento de derivados de<br />

sangue de carneiro de altíssima qualidade,<br />

sempre com a preocupação com o bem-estar<br />

e saúde animal.<br />

O sangue de carneiro utilizado em nossos<br />

produtos passa pelo mais rigoroso processo<br />

de controle de qualidade, adicionado a meios<br />

de cultura importados de alta performance,<br />

propiciando ao usuário alto desempenho e<br />

segurança em suas rotinas.<br />

Além da ótima performance do produto, contamos<br />

com diversas apresentações de placas, de 60, 90 e<br />

140mm, com uma ou duas divisões, sempre com o<br />

objetivo de oferecer o produto que se adapte melhor<br />

aos processos e estrutura dos clientes.<br />

Entre em contato conosco, solicite amostras<br />

para teste e comprove o melhor custo-benefício<br />

do mercado.<br />

Newprov - Produtos para Laboratório<br />

Rua Primeiro de Maio, 608<br />

Pinhais - Paraná - Brasil<br />

CEP: 83.323-020<br />

Telefone: +55 (41) 3888-1300<br />

0800 – 6001302<br />

www.newprov.com.br<br />

0800 600 1302<br />

sac@newprov.com.br<br />

0 168<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021


PATOCORDEL<br />

PATOCORDEL: ERA VERDADE<br />

Ao vê-lo no consultório<br />

O médico já sabia<br />

E logo pegava o papel<br />

Aspirina prescrevia<br />

O doutor disse pra ele<br />

Numa certa ocasião<br />

Você não tem mesmo jeito<br />

Com essa simulação.<br />

“Vá para casa descansar<br />

E não mais me apareça”<br />

Dando-lhe leve tapinha<br />

Bem no topo da cabeça.<br />

E então ouviu um grito<br />

Careta feia de dor<br />

“Esta área dói demais”<br />

Era mesmo um gozador.<br />

Tal estranha reação<br />

Pôs o médico assustado<br />

Foi então examinar<br />

A cabeça do coitado<br />

Pediu logo um raio X<br />

Em Pê-A e lateral<br />

Havia grande cratera<br />

Bem no osso temporal<br />

Tábuas ósseas destruídas<br />

Osteólise total<br />

Granuloma eosinofílico<br />

Diagnóstico final.<br />

Espalhada a notícia<br />

Todos da repartição<br />

Em profunda penitência<br />

Foram pedir-lhe perdão.<br />

José de Souza Andrade-Filho*<br />

* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da<br />

Academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia da<br />

Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

0 169


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um laboratório,<br />

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Em 10 anos de existência, o DB revolucionou<br />

o mercado com ideias inovadoras, investimento<br />

em tecnologia e profissionais comprometidos<br />

com o futuro. Tudo isso nos tornou líderes em<br />

apoio laboratorial. Mas nós queremos ir além.<br />

Afinal, para nós, o que interessa não é o passado.<br />

É o futuro. Você vem com a gente?<br />

M O V I D O S P E L A E V O L U Ç Ã O<br />

Acesse e conheça<br />

o novo DB

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