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A idade das gestantes variou de<br />
15 a 48 anos, com uma prevalência<br />
de colonização maior naquelas<br />
com idade entre 30 e 39 anos,<br />
totalizando 27,7% (Tabela 3).<br />
A média de idade das gestantes<br />
colonizadas foi de 29 anos.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Das 717 amostras analisadas no<br />
Laboratório de Microbiologia, 21<br />
foram swabs distintos das regiões<br />
vaginal e retal, 5 de swab vaginal e<br />
670 swabs combinados da vagina<br />
e reto, ao passo que amostras<br />
isoladas da região retal não foram<br />
solicitadas. Dessas, 175 (24,4%)<br />
apresentaram crescimento positivo<br />
para o estreptococo do grupo B,<br />
onde 3 (11,5%) de swab vaginal, 6<br />
(28,6%) de swab real e <strong>166</strong> (24,8%)<br />
pela coleta concomitante de swab<br />
vaginal e retal (Tabela 4). Das 21<br />
gestantes submetidas ao exame com<br />
swabs coletados separadamente, 4<br />
apresentaram positividade somente<br />
em amostra retal, 1 somente<br />
em amostra vaginal e 2 tiveram<br />
resultado positivo para ambas. Das<br />
5 gestantes que tiveram amostra<br />
somente vaginal, nenhuma estava<br />
colonizada.<br />
Discussão<br />
No Brasil, as taxas de colonização pelo<br />
Streptococcus agalactiae em gestantes<br />
tiveram os primeiros estudos na década<br />
de 1980 na região Sul, com prevalência<br />
de aproximadamente 25% (Paiva et<br />
al., 2017). Neste estudo realizado em<br />
um hospital de referência obstétrica<br />
no Rio Grande do Sul, a prevalência de<br />
gestantes colonizadas foi de 24,9%. Em<br />
comparação a pesquisas similares, os<br />
resultados deste trabalho evidenciaram<br />
uma taxa de colonização semelhante<br />
às encontradas por outros autores.<br />
Das 173 grávidas que apresentaram<br />
positividade para Streptococcus<br />
agalactiae na região retovaginal,<br />
101 (25,6%) manifestavam alguma<br />
condição clínica que as classificavam<br />
como de alto risco e 72 (24,0%)<br />
encontravam-se na internação do<br />
hospital, onde 10 (13,9%) continham<br />
ruptura prematura de membranas e<br />
12 (16,7%) parto precipitado como<br />
Código Internacional de Doenças<br />
(CID). Essas informações levantam a<br />
hipótese de que o agente causador<br />
das intercorrências citadas seja o<br />
estreptococo do grupo B, visto que<br />
são as duas principais complicações<br />
provocadas pelo microrganismo na<br />
gestante.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />
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