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Autoras: Jéssica Balverdu da Silva 1 , Allyne Cristina Grando 1 .<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Para se determinar o estadiamento<br />
do paciente com câncer de próstata, o<br />
valor das concentrações do PSA é de<br />
extrema importância. Em torno de 80%<br />
de casos com concentrações menores<br />
do que 4ng/mL o tumor estava restrito<br />
à próstata. Na metade dos casos, a<br />
concentração do PSA é maior que<br />
10ng/mL. Já há uma extensão extracapsular<br />
e, na maior parte dos casos<br />
em que o PSA está acima de 50ng/<br />
mL, o paciente possui metástase para<br />
linfonodos pélvicos (40) .<br />
O PSA usado em conjunto com o<br />
exame de toque retal aumenta a<br />
sensibilidade para diagnóstico de<br />
câncer de próstata para 96%. E quando<br />
há concentrações maiores de 10ng/<br />
mL relacionadas aos sinais clínicos, é<br />
recomendada a realização da biópsia.<br />
Com este procedimento é confirmado o<br />
diagnóstico de tumor primário (7) .<br />
As concentrações do PSA podem ser<br />
elevadas também em outros casos,<br />
como: prostatite, hiperplasia prostática<br />
benigna (HPB), manipulação prostática<br />
e atividade sexual (7) .<br />
Homens a partir de 50 anos devem<br />
realizar o exame de PSA anualmente,<br />
pois desta forma há como diagnosticar<br />
precocimente a neoplasia prostática (7) .<br />
PSA Livre<br />
O PSA divide-se em três formas<br />
no plasma humano, sendo elas:<br />
PSA livre, PSA conjugado à a-1-<br />
antiquimotripsina e PSA conjugado<br />
à a-2-macroglobulina, porém uma<br />
porcentagem menor, permanece em<br />
sua forma livre. Quando há o uso<br />
do PSA total junto com o PSA livre,<br />
há aumento da especificidade sem<br />
haver prejuízo da sensibilidade. Isso<br />
faz com que o número de biópsias<br />
desnecessárias, em casos de doenças<br />
benignas, seja diminuído. Portanto,<br />
quando se faz utilização da relação PSA<br />
total com o PSA livre, o diagnóstico é<br />
mais eficaz (42,43) .<br />
Tiroglobulina<br />
A Tiroglobulina (Tg) é uma<br />
glicoproteína homodimérica. Esta<br />
glicoproteína possui peso molecular<br />
de 660kDa sintetizada e liberada<br />
unicamente pelas células foliculares<br />
tiroidianas. A Tg é essencial para o<br />
armazenamento e síntese do hormônio<br />
tiroidiano (7, 31) .<br />
As concentrações de Tg podem estar<br />
elevadas em várias doenças de tiróide,<br />
sendo elas malignas ou benignas.<br />
Todavia, a Tg ainda é usada como uma<br />
ferramenta de diagnóstico, porém,<br />
não específico para o câncer de<br />
tireóide. Geralmente, os níveis séricos<br />
da Tg estão ligados ao tamanho<br />
da massa tecidual tireoidiano. Por<br />
este motivo, as concentrações de Tg<br />
mantêm-se indetectáveis na maioria<br />
de casos de pacientes onde a terapia<br />
escolhida é a ablativa, em comparação<br />
aos pacientes que são tratados de<br />
maneira mais cautelosa (7) .<br />
As concentrações de Tg ficam entre<br />
1 a 5ng/mL em 26% dos pacientes<br />
diagnosticados e valores maiores de 10ng/<br />
mL é associado a metástases distantes (7) .<br />
Considerações Finais<br />
Com esta revisão de literatura<br />
sobre os principais marcadores<br />
tumorais utilizados na clínica médica,<br />
pode-se concluir que, mesmo os<br />
marcadores sendo importantes para<br />
os diagnósticos de cânceres, eles<br />
devem ser utilizados somente como<br />
um exame complementar, sempre em<br />
conjunto a outros exames e sempre<br />
verificando o histórico do paciente.<br />
Este cuidado deve ser tomado, devido<br />
os marcadores tumorais podem não<br />
só aparecerem em altas concentrações<br />
em casos de câncer, mas também em<br />
patologias benignas.<br />
Porém, quando os marcadores<br />
tumorais aparecem em casos de<br />
neoplasias malignas, eles podem ser<br />
úteis em inúmeras formas, como, por<br />
exemplo, no auxílio para encontrar<br />
um melhor tratamento para o câncer<br />
em questão, auxilia a verificar o<br />
estadiamento do câncer, auxilia no<br />
diagnóstico precoce e auxilia ainda<br />
no prognóstico, na localização de<br />
metástase, na detecção de recorrência<br />
e de recidivas. Em um futuro próximo,<br />
com mais pesquisas e com mais<br />
conhecimento sobre os marcadores<br />
tumorais, eles poderão ser ainda<br />
mais importantes no diagnóstico de<br />
neoplasias malignas.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021