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Revista Newslab Edição 166

Revista Newslab Edição 166 - Julho 2021

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Autoras: Jéssica Balverdu da Silva 1 , Allyne Cristina Grando 1 .<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Para se determinar o estadiamento<br />

do paciente com câncer de próstata, o<br />

valor das concentrações do PSA é de<br />

extrema importância. Em torno de 80%<br />

de casos com concentrações menores<br />

do que 4ng/mL o tumor estava restrito<br />

à próstata. Na metade dos casos, a<br />

concentração do PSA é maior que<br />

10ng/mL. Já há uma extensão extracapsular<br />

e, na maior parte dos casos<br />

em que o PSA está acima de 50ng/<br />

mL, o paciente possui metástase para<br />

linfonodos pélvicos (40) .<br />

O PSA usado em conjunto com o<br />

exame de toque retal aumenta a<br />

sensibilidade para diagnóstico de<br />

câncer de próstata para 96%. E quando<br />

há concentrações maiores de 10ng/<br />

mL relacionadas aos sinais clínicos, é<br />

recomendada a realização da biópsia.<br />

Com este procedimento é confirmado o<br />

diagnóstico de tumor primário (7) .<br />

As concentrações do PSA podem ser<br />

elevadas também em outros casos,<br />

como: prostatite, hiperplasia prostática<br />

benigna (HPB), manipulação prostática<br />

e atividade sexual (7) .<br />

Homens a partir de 50 anos devem<br />

realizar o exame de PSA anualmente,<br />

pois desta forma há como diagnosticar<br />

precocimente a neoplasia prostática (7) .<br />

PSA Livre<br />

O PSA divide-se em três formas<br />

no plasma humano, sendo elas:<br />

PSA livre, PSA conjugado à a-1-<br />

antiquimotripsina e PSA conjugado<br />

à a-2-macroglobulina, porém uma<br />

porcentagem menor, permanece em<br />

sua forma livre. Quando há o uso<br />

do PSA total junto com o PSA livre,<br />

há aumento da especificidade sem<br />

haver prejuízo da sensibilidade. Isso<br />

faz com que o número de biópsias<br />

desnecessárias, em casos de doenças<br />

benignas, seja diminuído. Portanto,<br />

quando se faz utilização da relação PSA<br />

total com o PSA livre, o diagnóstico é<br />

mais eficaz (42,43) .<br />

Tiroglobulina<br />

A Tiroglobulina (Tg) é uma<br />

glicoproteína homodimérica. Esta<br />

glicoproteína possui peso molecular<br />

de 660kDa sintetizada e liberada<br />

unicamente pelas células foliculares<br />

tiroidianas. A Tg é essencial para o<br />

armazenamento e síntese do hormônio<br />

tiroidiano (7, 31) .<br />

As concentrações de Tg podem estar<br />

elevadas em várias doenças de tiróide,<br />

sendo elas malignas ou benignas.<br />

Todavia, a Tg ainda é usada como uma<br />

ferramenta de diagnóstico, porém,<br />

não específico para o câncer de<br />

tireóide. Geralmente, os níveis séricos<br />

da Tg estão ligados ao tamanho<br />

da massa tecidual tireoidiano. Por<br />

este motivo, as concentrações de Tg<br />

mantêm-se indetectáveis na maioria<br />

de casos de pacientes onde a terapia<br />

escolhida é a ablativa, em comparação<br />

aos pacientes que são tratados de<br />

maneira mais cautelosa (7) .<br />

As concentrações de Tg ficam entre<br />

1 a 5ng/mL em 26% dos pacientes<br />

diagnosticados e valores maiores de 10ng/<br />

mL é associado a metástases distantes (7) .<br />

Considerações Finais<br />

Com esta revisão de literatura<br />

sobre os principais marcadores<br />

tumorais utilizados na clínica médica,<br />

pode-se concluir que, mesmo os<br />

marcadores sendo importantes para<br />

os diagnósticos de cânceres, eles<br />

devem ser utilizados somente como<br />

um exame complementar, sempre em<br />

conjunto a outros exames e sempre<br />

verificando o histórico do paciente.<br />

Este cuidado deve ser tomado, devido<br />

os marcadores tumorais podem não<br />

só aparecerem em altas concentrações<br />

em casos de câncer, mas também em<br />

patologias benignas.<br />

Porém, quando os marcadores<br />

tumorais aparecem em casos de<br />

neoplasias malignas, eles podem ser<br />

úteis em inúmeras formas, como, por<br />

exemplo, no auxílio para encontrar<br />

um melhor tratamento para o câncer<br />

em questão, auxilia a verificar o<br />

estadiamento do câncer, auxilia no<br />

diagnóstico precoce e auxilia ainda<br />

no prognóstico, na localização de<br />

metástase, na detecção de recorrência<br />

e de recidivas. Em um futuro próximo,<br />

com mais pesquisas e com mais<br />

conhecimento sobre os marcadores<br />

tumorais, eles poderão ser ainda<br />

mais importantes no diagnóstico de<br />

neoplasias malignas.<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021

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