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Revista Newslab Edição 166

Revista Newslab Edição 166 - Julho 2021

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distinto. Em cerca de 70% dos casos<br />

o nariz é curto e achatado, a boca é<br />

pequena e geralmente entreaberta,<br />

mostrando uma língua grande e cheia<br />

de sulcos. As pregas epicânticas e as<br />

fendas palpebrais elevadas inspiraram<br />

o termo, inadequado, “mongolismo”<br />

(em referência a aparência dos nativos<br />

da região da Mongólia).<br />

MEDICINA GENÔMICA<br />

No que tange à sobrevida dos<br />

portadores da síndrome de Down,<br />

devemos apontar que cerca de três<br />

quartos dos conceptos perdem-se<br />

por aborto no primeiro trimestre. Os<br />

pacientes com menores chances de<br />

vida são aqueles com cardiopatias,<br />

sendo conveniente checar a ocorrência<br />

destas no exame do precárdio, visto<br />

que mais de 40% dos indivíduos<br />

portadores da síndrome de Down<br />

demonstram defeitos septais.<br />

Figura 4: Artigo publicado na revista científica Archives of Disease in Childhood (ADC), sobre John Langdon Down, médico do Hospital<br />

londrino John Hopkins. Langdon Down foi o primeiro a descrever clinicamente o problema, batizando de “idiotia mongólica”. Por causa da<br />

expressão mongoloide dos pacientes caucasoides a doença se popularizou como mongolismo. Tal designação, entretanto, foi descartada pela<br />

sua carga preconceituosa e pejorativa.<br />

A primeira descrição clínica da<br />

síndrome de Down aconteceu há 155<br />

anos, em 1866, quando o pediatra<br />

Langdon Down (Figura 4) fez menção<br />

a ela como um quadro clínico com<br />

identidade própria. Esse foi o primeiro<br />

estudo sobre a síndrome. O fenótipo<br />

dos pacientes acometidos foi descrito<br />

como: portadores de pálpebra<br />

oblíqua, nariz plano, baixa estatura e<br />

déficit intelectual.<br />

Desde então tem-se avançado em<br />

seu conhecimento, embora exista<br />

muito a se descobrir. Em 1958, 92<br />

anos depois de Langdon Down, o<br />

francês Jérôme Lejeune (Figura 5)<br />

e a inglesa Pat Jacobs descobriram<br />

de maneira independente a origem<br />

cromossômica da síndrome. Foi<br />

quando ela passou a ser considerada<br />

uma síndrome de origem genética.<br />

Criada pela Down Syndrome<br />

International e comemorada desde<br />

2006, a data de 21 de Março<br />

(21/03), representa a singularidade<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

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