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Autoras: Jéssica Balverdu da Silva 1 , Allyne Cristina Grando 1 .<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
III e 94% no estádio IV (28) . Há estudo<br />
que demonstra que, se o CA 125 for<br />
combinado com a proteína epidídimal<br />
humana 4 (HE4), o qual também é<br />
um MT, o nível de prognóstico é maior,<br />
mostrando sensibilidade para detectar<br />
doença maligna de 76,4% com<br />
uma especificidade de 95%; e, além<br />
disso, não há aumento em doenças<br />
ginecológicas benignas (29) .<br />
O CA 125 pode estar elevado, porém,<br />
não é comum, em casos de câncer<br />
de mama ou colorretal. Também há<br />
elevação do CA 125 em mulheres<br />
grávidas, em casos de endometriose,<br />
cistos de ovário, ou fibroides. A elevação<br />
também pode ocorrer em pacientes<br />
com cirrose, hepatite ou pancreatite (28) .<br />
Calcitonina<br />
Calcitonina é um hormônio peptídico<br />
com heterogeneidade molecular. Pode<br />
existir em formas bioativas e imaturas no<br />
soro. Este hormônio é sintetizado pelas<br />
células C parafoliculares da glândula da<br />
tireóide e tem como principal função inibir a<br />
reabsorção óssea pela regulação do número<br />
e atividade de osteoblastos. E tem como<br />
função fisiológica antagonizar o hormônio<br />
paratiroidiano. Possui como intervalo de<br />
referência até 19pg/mL para homens e até<br />
14pg/mL para mulheres (11, 30,31) .<br />
Devido à calcitonina ser sintetizada,<br />
sobretudo, nas células C da glândula<br />
da tireóide, seus níveis no sangue<br />
representam a atividade das células<br />
C, e por este motivo ela é usada como<br />
um MT para o carcinoma medular<br />
da tireóide. Os níveis de calcitonina<br />
refletem a extensão do tumor.<br />
Possui sensibilidade de 90% de<br />
detecção para carcinoma medular de<br />
tireóide para pacientes que possuem<br />
histórico na família e/ou também em<br />
pacientes com síndrome de neoplasia<br />
endócrina múltipla tipo II. E ela passa<br />
a ter sensibilidade de 100% para este<br />
tipo de carcinoma quando os níveis<br />
basais são maiores que 100pg/mL<br />
ou quando os níveis estimulados<br />
com pentagastrina aumentam para<br />
maiores que 1000pg/mL (11, 30) .<br />
Os níveis de concentração de<br />
calcitonina no sangue podem estar<br />
normais ou moderados em casos<br />
de metástase, sendo indicado<br />
solicitar a quantificação dos níveis<br />
juntamente com os níveis do Antígeno<br />
Carcinoembrionário (CEA), para que<br />
então seja possível a detecção de uma<br />
metástase ou recorrência da doença<br />
mais precocemente (30).<br />
A Calcitonina pode estar elevada<br />
também em casos de doenças<br />
benignas, como: hiperplasia benigna<br />
de células C, nódulos tireoidianos<br />
benignos, carcinoma diferenciado de<br />
tireóide e tireoidite de Hashimoto (30).<br />
Antígeno Carcinoembrionário<br />
O Antígeno Carcinoembrionário<br />
(CEA) é uma proteína de massa<br />
molecular 200kDa com funções<br />
desconhecidas até o momento, sendo<br />
produzido normalmente durante<br />
o desenvolvimento pré-natal. Este<br />
antígeno é encontrado na superfície<br />
da membrana celular e, também,<br />
normalmente, nos tecidos do aparelho<br />
digestivo e intestinal embrionário (7,32) .<br />
Pode ser quantificado através do soro<br />
sanguíneo, e seu intervalo de referência é<br />
até 3,5ng/mL em pessoas não fumantes<br />
e até 7ng/mL em pessoas fumantes<br />
(7,17)<br />
. Os níveis do CEA são muito baixos e<br />
indetectáveis após o nascimento (32) .<br />
O CEA possui baixa sensibilidade e<br />
especificidade para ser usado com<br />
uma ferramenta de diagnóstico. Por<br />
este motivo, deve-se evitar usar este<br />
antígeno para triagem. Porém, em casos<br />
de pacientes recém-diagnosticados<br />
com câncer colorretal, os níveis do CEA<br />
correlatam-se com a carga da doença;<br />
portanto, neste caso, o CEA tem valor<br />
para ser usado no prognóstico. Após<br />
a cirurgia de remoção do tumor, a<br />
persistência de níveis elevados de<br />
CEA indica que há algo ainda no<br />
organismo do paciente. Portanto, como<br />
ferramenta de vigilância, o CEA tem<br />
uma sensibilidade significativa. Por este<br />
motivo, as diretrizes atuais recomendam<br />
que o CEA seja quantificado no momento<br />
do diagnóstico, antes e após a cirurgia (33) .<br />
Níveis aumentados do CEA podem estar<br />
ligados à presença de neoplasia maligna.<br />
Geralmente, é aumentado em cânceres de<br />
cólon e reto, pois 90% do CEA é produzido<br />
por estes cânceres (7, 34) . Porém, os níveis<br />
de CEA podem estar elevados em outros<br />
tipos de neoplasias, como: pulmão,<br />
pâncreas, trato gastrintestinal, trato biliar,<br />
tireoide, cérvice e mama (7) .<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021