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Revista Newslab Edição 166

Revista Newslab Edição 166 - Julho 2021

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Autoras: Jéssica Balverdu da Silva 1 , Allyne Cristina Grando 1 .<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

III e 94% no estádio IV (28) . Há estudo<br />

que demonstra que, se o CA 125 for<br />

combinado com a proteína epidídimal<br />

humana 4 (HE4), o qual também é<br />

um MT, o nível de prognóstico é maior,<br />

mostrando sensibilidade para detectar<br />

doença maligna de 76,4% com<br />

uma especificidade de 95%; e, além<br />

disso, não há aumento em doenças<br />

ginecológicas benignas (29) .<br />

O CA 125 pode estar elevado, porém,<br />

não é comum, em casos de câncer<br />

de mama ou colorretal. Também há<br />

elevação do CA 125 em mulheres<br />

grávidas, em casos de endometriose,<br />

cistos de ovário, ou fibroides. A elevação<br />

também pode ocorrer em pacientes<br />

com cirrose, hepatite ou pancreatite (28) .<br />

Calcitonina<br />

Calcitonina é um hormônio peptídico<br />

com heterogeneidade molecular. Pode<br />

existir em formas bioativas e imaturas no<br />

soro. Este hormônio é sintetizado pelas<br />

células C parafoliculares da glândula da<br />

tireóide e tem como principal função inibir a<br />

reabsorção óssea pela regulação do número<br />

e atividade de osteoblastos. E tem como<br />

função fisiológica antagonizar o hormônio<br />

paratiroidiano. Possui como intervalo de<br />

referência até 19pg/mL para homens e até<br />

14pg/mL para mulheres (11, 30,31) .<br />

Devido à calcitonina ser sintetizada,<br />

sobretudo, nas células C da glândula<br />

da tireóide, seus níveis no sangue<br />

representam a atividade das células<br />

C, e por este motivo ela é usada como<br />

um MT para o carcinoma medular<br />

da tireóide. Os níveis de calcitonina<br />

refletem a extensão do tumor.<br />

Possui sensibilidade de 90% de<br />

detecção para carcinoma medular de<br />

tireóide para pacientes que possuem<br />

histórico na família e/ou também em<br />

pacientes com síndrome de neoplasia<br />

endócrina múltipla tipo II. E ela passa<br />

a ter sensibilidade de 100% para este<br />

tipo de carcinoma quando os níveis<br />

basais são maiores que 100pg/mL<br />

ou quando os níveis estimulados<br />

com pentagastrina aumentam para<br />

maiores que 1000pg/mL (11, 30) .<br />

Os níveis de concentração de<br />

calcitonina no sangue podem estar<br />

normais ou moderados em casos<br />

de metástase, sendo indicado<br />

solicitar a quantificação dos níveis<br />

juntamente com os níveis do Antígeno<br />

Carcinoembrionário (CEA), para que<br />

então seja possível a detecção de uma<br />

metástase ou recorrência da doença<br />

mais precocemente (30).<br />

A Calcitonina pode estar elevada<br />

também em casos de doenças<br />

benignas, como: hiperplasia benigna<br />

de células C, nódulos tireoidianos<br />

benignos, carcinoma diferenciado de<br />

tireóide e tireoidite de Hashimoto (30).<br />

Antígeno Carcinoembrionário<br />

O Antígeno Carcinoembrionário<br />

(CEA) é uma proteína de massa<br />

molecular 200kDa com funções<br />

desconhecidas até o momento, sendo<br />

produzido normalmente durante<br />

o desenvolvimento pré-natal. Este<br />

antígeno é encontrado na superfície<br />

da membrana celular e, também,<br />

normalmente, nos tecidos do aparelho<br />

digestivo e intestinal embrionário (7,32) .<br />

Pode ser quantificado através do soro<br />

sanguíneo, e seu intervalo de referência é<br />

até 3,5ng/mL em pessoas não fumantes<br />

e até 7ng/mL em pessoas fumantes<br />

(7,17)<br />

. Os níveis do CEA são muito baixos e<br />

indetectáveis após o nascimento (32) .<br />

O CEA possui baixa sensibilidade e<br />

especificidade para ser usado com<br />

uma ferramenta de diagnóstico. Por<br />

este motivo, deve-se evitar usar este<br />

antígeno para triagem. Porém, em casos<br />

de pacientes recém-diagnosticados<br />

com câncer colorretal, os níveis do CEA<br />

correlatam-se com a carga da doença;<br />

portanto, neste caso, o CEA tem valor<br />

para ser usado no prognóstico. Após<br />

a cirurgia de remoção do tumor, a<br />

persistência de níveis elevados de<br />

CEA indica que há algo ainda no<br />

organismo do paciente. Portanto, como<br />

ferramenta de vigilância, o CEA tem<br />

uma sensibilidade significativa. Por este<br />

motivo, as diretrizes atuais recomendam<br />

que o CEA seja quantificado no momento<br />

do diagnóstico, antes e após a cirurgia (33) .<br />

Níveis aumentados do CEA podem estar<br />

ligados à presença de neoplasia maligna.<br />

Geralmente, é aumentado em cânceres de<br />

cólon e reto, pois 90% do CEA é produzido<br />

por estes cânceres (7, 34) . Porém, os níveis<br />

de CEA podem estar elevados em outros<br />

tipos de neoplasias, como: pulmão,<br />

pâncreas, trato gastrintestinal, trato biliar,<br />

tireoide, cérvice e mama (7) .<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021

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