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Revista Newslab Edição 166

Revista Newslab Edição 166 - Julho 2021

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BIOSSEGURANÇA<br />

As principais formas de contaminação<br />

por fungos filamentosos são por<br />

contato com os esporos nos ambientes,<br />

portanto umas das principais medidas<br />

de Biossegurança na prevenção desses<br />

fungos no ambiente são:<br />

• Corrigir a umidade do ambiente e<br />

higienizar com frequência componentes<br />

de climatização para eliminar fungos<br />

contaminantes;<br />

• Utilizar filtros G-1 na renovação do ar<br />

externo;<br />

• Limpeza frequente de superfícies para<br />

minimizar a dispersão de poeiras nos<br />

ambientes hospitalares;<br />

Fungos são considerados patógenos<br />

oportunistas, portanto, condições que<br />

favoreça o desenvolvimento desses<br />

patógenos deverão ser observados. As<br />

principais medidas de Biossegurança<br />

na prevenção dessas infecções nos<br />

pacientes vulneráveis são:<br />

• Controlar os níveis de glicemia e<br />

observar os pacientes diabéticos, uma<br />

vez que o excesso de glicose favorece a<br />

proliferação desses patógenos;<br />

• Controlar os fatores indutores de<br />

imunossupressão. Pacientes portadores<br />

de leucemias ou submetidos a<br />

transplantes de células troncos devem<br />

ser alojados em quartos com filtros<br />

HEPA e pressão positiva;<br />

A infecção cutânea quando há um<br />

rompimento da pele ocasionado por<br />

queimaduras ou traumas, também<br />

pode ocorrer. Logo, procedimentos<br />

invasivos contaminados com fungos e<br />

que os pacientes entrem em contato<br />

pode atuar como ferramenta de<br />

disseminação fúngica. Para garantir<br />

a sobrevida dos pacientes com<br />

mucormicose são necessárias ações<br />

combinadas como o controle imediato<br />

da descompensação da doença de base,<br />

desbridamento cirúrgico na tentativa de<br />

eliminar o fungo alojados nos tecidos e<br />

a utilização de antifúngicos tais como<br />

Anfotericina B lipossomal.<br />

Diante do exposto, a mucormicose<br />

deve ser considerada uma doença<br />

grave e potencialmente fatal.<br />

Figura 2 - Área de necrose na face.<br />

Fonte: Mucormicose rinocerebral em alta? O impacto da epidemia<br />

mundial de diabetes. Erick Martínez-Herrera, Angélica Julián-Castrejón,<br />

María Guadalupe Frías-De-León, Gabriela Moreno-Coutiño.<br />

Medidas de Biossegurança na<br />

prevenção dessa micose são<br />

necessárias, sobretudo no contexto<br />

da pandemia. O diagnóstico precoce<br />

quando existe uma suspeita clinica<br />

nos pacientes de riscos bem como<br />

instituição da terapia combinada são<br />

imprescindíveis para o bom desfecho<br />

clínico e sucesso terapêutico.<br />

Gleiciere Maia Silva<br />

(@profa.gleicieremaia)<br />

Biomédica, Especialista em Micologia, Mestre em Biologia<br />

de Fungos e Doutoranda em Medicina Tropical.<br />

Contato: gleicieremaia@gmail.com<br />

Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />

(@dr.biossegurança)<br />

Biólogo, Mestre em Patologia, Doutor em Biotecnologia;<br />

Palestrante e Consultor em Biossegurança.<br />

Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />

Tel.: (81) 9.9796-5514<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

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