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Revista Newslab Edição 166

Revista Newslab Edição 166 - Julho 2021

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ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Doença Estreptocócica do Grupo<br />

B”, abordando a epidemiologia,<br />

microbiologia, patogênese da doença<br />

e estratégias de manejo para a<br />

infecção neonatal precoce e tardia por<br />

estreptococo do grupo B. O relatório<br />

fornece aos profissionais informações<br />

e recomendações atualizadas para<br />

a avaliação de recém-nascidos em<br />

risco de doença estreptocócica e para<br />

o tratamento daqueles com infecção<br />

confirmada (Karen et al., 2019).<br />

Recentemente, em Março de 2020, a<br />

American Society for Microbiology (ASM)<br />

publicou uma diretriz provisória para a<br />

detecção e identificação do estreptococo<br />

do grupo B, com o objetivo de fornecer<br />

recomendações específicas para a<br />

coleta de material, armazenamento e<br />

transporte ideal de amostras, detecção<br />

e identificação de microrganismos, teste<br />

de susceptibilidade antimicrobiana e<br />

comunicação dos resultados (Laura et<br />

al., 2020). Essas organizações colaboram<br />

juntas na prevenção da doença<br />

estreptocócica neonatal há muitos<br />

anos, onde as últimas atualizações<br />

representam o progresso e a dedicação<br />

contínua entre os grupos de atenção à<br />

saúde.<br />

Conclusão<br />

Estudos sobre a prevalência<br />

de gestantes colonizadas pelo<br />

estreptococo do grupo B são de grande<br />

relevância para a saúde pública,<br />

visto que o microrganismo pode<br />

causar graves infecções em neonatos.<br />

Considerando as elevadas taxas de<br />

colonização materna encontradas na<br />

literatura, destaca-se a real necessidade<br />

de rastreamento do Streptococcus<br />

agalactiae como procedimento de<br />

rotina durante o acompanhamento<br />

pré-natal, em conjunto aos demais<br />

exames de igual importância, já<br />

preconizados pelo Ministério da Saúde.<br />

A triagem baseada em cultura segue<br />

como a metodologia padrão-ouro<br />

para a detecção do estreptococo do<br />

grupo B na região retovaginal de<br />

mulheres grávidas e o uso da profilaxia<br />

antibiótica intraparto têm apresentado<br />

resultados satisfatórios na prevenção<br />

da transmissão vertical da bactéria,<br />

considerada a estratégia mais eficaz<br />

para minimizar o risco da doença<br />

estreptocócica neonatal. No Brasil, o<br />

rastreamento de gestantes colonizadas<br />

pelo Streptococcus agalactiae e a<br />

profilaxia antibiótica intraparto não<br />

são preconizados como rotina no prénatal,<br />

sendo praticado de maneira<br />

não obrigatória em alguns centros de<br />

assistência obstétrica.<br />

As atualizações das diretrizes de<br />

prevenção da doença esteptocócica<br />

propostas recentemente visam otimizar<br />

as práticas atuais recomendadas para<br />

a triagem de gestantes colonizadas<br />

pelo microrganismo, minimizando as<br />

infecções causadas pelo Streptococcus<br />

agalactiae em recém-nascidos,<br />

possibilitando assim, detecção e<br />

medidas profiláticas eficazes para uma<br />

gestação e parto saudáveis, promovendo<br />

a integridade e saúde da mãe e do bebê.<br />

Referências Bibliográficas<br />

1.Back E. E., O'Grady E. J., Back J. D. High Rates of Perinatal<br />

Group B Streptococcus Clindamycin and Erythromycin<br />

Resistance in an Upstate New York Hospital. Antimicrob<br />

Agents Chemother, 56:739-742. 2012.<br />

2.Barbosa N. G., Brito D. D., Reis H., Mantese O. C.,<br />

Pinhata M. M, Abdallah V. O. S., et al. Colonização<br />

materna por estreptococos do grupo B: Prevalência e<br />

suscetibilidade aos antimicrobianos. Rev Pesq Saúde,<br />

Jan-Abr;17(1):13-16. 2016.<br />

3.Barros R. R., Jobst R. M. S., Souza A. F., Melo A.<br />

L., Mondino S. S. B. Avaliação da colonização por<br />

Streptococcus agalactiae em gestantes de alto risco<br />

atendidas em Niterói-RJ, Brasil. Rev Patol Trop, Out-<br />

Dez;44 (4):386-394. 2015.<br />

4.Battistin F. R., Mott M. P., Dias C. A. G., Perez V. P.<br />

Suscetibilidade antimicrobiana de Streptococcus<br />

agalactiae isolados de gestantes em um hospital<br />

materno infantil de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Sci<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021

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