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ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Doença Estreptocócica do Grupo<br />
B”, abordando a epidemiologia,<br />
microbiologia, patogênese da doença<br />
e estratégias de manejo para a<br />
infecção neonatal precoce e tardia por<br />
estreptococo do grupo B. O relatório<br />
fornece aos profissionais informações<br />
e recomendações atualizadas para<br />
a avaliação de recém-nascidos em<br />
risco de doença estreptocócica e para<br />
o tratamento daqueles com infecção<br />
confirmada (Karen et al., 2019).<br />
Recentemente, em Março de 2020, a<br />
American Society for Microbiology (ASM)<br />
publicou uma diretriz provisória para a<br />
detecção e identificação do estreptococo<br />
do grupo B, com o objetivo de fornecer<br />
recomendações específicas para a<br />
coleta de material, armazenamento e<br />
transporte ideal de amostras, detecção<br />
e identificação de microrganismos, teste<br />
de susceptibilidade antimicrobiana e<br />
comunicação dos resultados (Laura et<br />
al., 2020). Essas organizações colaboram<br />
juntas na prevenção da doença<br />
estreptocócica neonatal há muitos<br />
anos, onde as últimas atualizações<br />
representam o progresso e a dedicação<br />
contínua entre os grupos de atenção à<br />
saúde.<br />
Conclusão<br />
Estudos sobre a prevalência<br />
de gestantes colonizadas pelo<br />
estreptococo do grupo B são de grande<br />
relevância para a saúde pública,<br />
visto que o microrganismo pode<br />
causar graves infecções em neonatos.<br />
Considerando as elevadas taxas de<br />
colonização materna encontradas na<br />
literatura, destaca-se a real necessidade<br />
de rastreamento do Streptococcus<br />
agalactiae como procedimento de<br />
rotina durante o acompanhamento<br />
pré-natal, em conjunto aos demais<br />
exames de igual importância, já<br />
preconizados pelo Ministério da Saúde.<br />
A triagem baseada em cultura segue<br />
como a metodologia padrão-ouro<br />
para a detecção do estreptococo do<br />
grupo B na região retovaginal de<br />
mulheres grávidas e o uso da profilaxia<br />
antibiótica intraparto têm apresentado<br />
resultados satisfatórios na prevenção<br />
da transmissão vertical da bactéria,<br />
considerada a estratégia mais eficaz<br />
para minimizar o risco da doença<br />
estreptocócica neonatal. No Brasil, o<br />
rastreamento de gestantes colonizadas<br />
pelo Streptococcus agalactiae e a<br />
profilaxia antibiótica intraparto não<br />
são preconizados como rotina no prénatal,<br />
sendo praticado de maneira<br />
não obrigatória em alguns centros de<br />
assistência obstétrica.<br />
As atualizações das diretrizes de<br />
prevenção da doença esteptocócica<br />
propostas recentemente visam otimizar<br />
as práticas atuais recomendadas para<br />
a triagem de gestantes colonizadas<br />
pelo microrganismo, minimizando as<br />
infecções causadas pelo Streptococcus<br />
agalactiae em recém-nascidos,<br />
possibilitando assim, detecção e<br />
medidas profiláticas eficazes para uma<br />
gestação e parto saudáveis, promovendo<br />
a integridade e saúde da mãe e do bebê.<br />
Referências Bibliográficas<br />
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2.Barbosa N. G., Brito D. D., Reis H., Mantese O. C.,<br />
Pinhata M. M, Abdallah V. O. S., et al. Colonização<br />
materna por estreptococos do grupo B: Prevalência e<br />
suscetibilidade aos antimicrobianos. Rev Pesq Saúde,<br />
Jan-Abr;17(1):13-16. 2016.<br />
3.Barros R. R., Jobst R. M. S., Souza A. F., Melo A.<br />
L., Mondino S. S. B. Avaliação da colonização por<br />
Streptococcus agalactiae em gestantes de alto risco<br />
atendidas em Niterói-RJ, Brasil. Rev Patol Trop, Out-<br />
Dez;44 (4):386-394. 2015.<br />
4.Battistin F. R., Mott M. P., Dias C. A. G., Perez V. P.<br />
Suscetibilidade antimicrobiana de Streptococcus<br />
agalactiae isolados de gestantes em um hospital<br />
materno infantil de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Sci<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021