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Revista Newslab Edição 166

Revista Newslab Edição 166 - Julho 2021

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Autores: Eduardo Langorte Toledo1, Silvia Bock de Matos3,<br />

Carolina Mallmann Wallauer de Mattos2.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

não foi aplicado questionário para as<br />

gestantes. A idade gestacional pode ter<br />

apresentado grandes variações devido<br />

ao fato de muitas delas darem entrada<br />

através da emergência obstétrica, sem<br />

acompanhamento pré-natal prévio,<br />

além daquelas que descobrem a gravidez<br />

somente no momento do parto.<br />

Senger et al. (2016), Dell’Osbel et al.<br />

(2018), Melo et al. (2018) e Barbosa et al.<br />

(2016) realizaram estudos similares sobre<br />

fatores associados à colonização pelo<br />

estreptococo do grupo B, encontrando<br />

maior frequência de culturas positivas<br />

entre a 30ª e 32ª semanas de gestação<br />

(38,89%), ≥ 36 semanas (23%), 36ª<br />

semana gestacional (31,16%) e 40ª<br />

semana (29,2%), respectivamente.<br />

Senger et al. (2016) e Dell’Osbel et<br />

al. (2018) relataram maior frequência<br />

de positividade em mulheres brancas<br />

(22,97% e 20,7%), Melo et al. (2018)<br />

em não-brancas (30,37%) e Barbosa et<br />

al. (2016) em mulheres autodeclaradas<br />

pardas (30,8%). Referente à renda,<br />

relataram positividade em 23,61% nas<br />

gestantes com renda inferior a 3 salários,<br />

27,6% sem renda ou até 1 salário<br />

mínimo, 36,46% acima de 2 salários e<br />

21,3% entre 1 e 2 salários, nessa ordem.<br />

Diferentes estudos internacionais<br />

também indicam uma frequência<br />

de colonização similar à encontrada<br />

neste trabalho, onde Back et al.<br />

(2012) relatam que cerca de 20% das<br />

mulheres grávidas são colonizadas<br />

pelo estreptococo do grupo B nos<br />

Estados Unidos da América (EUA).<br />

Na Austrália Ocidental, Furfaro et<br />

al. (2019) realizaram o primeiro<br />

estudo sobre a colonização prénatal<br />

por Streptococcus agalactiae,<br />

observando uma taxa de colonização<br />

de 24% entre as gestantes. Com<br />

o objetivo de avaliar a taxa de<br />

colonização do estreptococo do<br />

grupo B em mulheres grávidas e<br />

identificar complicações obstétricas<br />

e sepse neonatal precoce induzida<br />

pelo microrganismo na Coréia, Kim<br />

et al. (2018) encontraram 11,6%<br />

de gestantes colonizadas, sem<br />

aumento significativo observado nas<br />

complicações relacionadas à gravidez<br />

entre as gestantes colonizadas e<br />

não colonizadas. Entre os neonatos<br />

nascidos de mães colonizadas,<br />

houve sepse neonatal precoce em<br />

1,5%, porém, a complicação não<br />

foi relacionada com o Streptococcus<br />

agalactiae.<br />

Em 2018, a administração das<br />

recomendações profiláticas para<br />

o estreptococo do grupo B foi<br />

transferida do Centers for Disease<br />

Control and Prevention (CDC) para o<br />

American College of Obstetrics and<br />

Gynecology (ACOG) e para a American<br />

Academy of Pediatrics (AAP). Sendo<br />

assim, em junho de 2019, o ACOG<br />

publicou uma atualização que<br />

substituiu as diretrizes propostas<br />

pelo CDC em 2010 e atualizada<br />

novamente em fevereiro de 2020.<br />

As principais medidas profiláticas da<br />

doença estreptocócica indicado pelo<br />

ACOG continuaram sendo a triagem<br />

pré-natal universal por cultura<br />

retovaginal entre a 36ª e 37ª semanas<br />

de gestação, teste de amplificação<br />

de ácido nucleico (NAAT), realização<br />

apropriada de profilaxia antibiótica<br />

intraparto (a partir de cultura,<br />

bacteriúria, histórico de colonização<br />

e infecção neonatal entre outros<br />

fatores de risco), e alinhamento com<br />

profissionais de saúde (ACOG, 2020).<br />

Em Agosto de 2019, a American<br />

Academy of Pediatrics (AAP) publicou<br />

um novo relatório clínico sobre o<br />

“Manejo de Crianças em Risco de<br />

0 38<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021

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