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Revista Newslab Edição 166

Revista Newslab Edição 166 - Julho 2021

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São utilizadas metodologias de<br />

imuno-histoquímica para detectar estes<br />

marcadores em tecidos, facilitando<br />

a diferenciação das neoplasias no<br />

diagnóstico. Já no sangue, os MT<br />

podem ser dosados através de técnicas<br />

de biologia molecular, como, por<br />

exemplo, o teste da Reação em Cadeia<br />

da Polimerase (PCR), Southern blotting<br />

e Northern blotting e imunoensaios (7,10) .<br />

Devido à importância dos MT, a literatura<br />

sobre eles está em expansão; porém, até<br />

o momento, o último artigo de revisão<br />

bibliográfica compilando e detalhando<br />

os principais MT sorológicos utilizados na<br />

clínica média foi publicado no ano de 2007.<br />

Portanto, esta revisão bibliográfica<br />

abordou artigos, mostrando as<br />

características mais relevantes dos<br />

principais MT sorológicos utilizados na<br />

clínica médica, como eles podem ser<br />

usados e bem como a sua importância.<br />

Metodologia<br />

Para a realização do presente trabalho de<br />

revisão de literatura, foi feita uma pesquisa<br />

de artigos científicos nas plataformas<br />

Scielo e PubMed nos idiomas português<br />

e inglês. Foram utilizados os seguintes<br />

descritores: marcadores biológicos,<br />

marcadores tumorais, tumor, os quais<br />

foram usados em conjunto com o nome<br />

de cada marcador tumoral.<br />

Para que tivéssemos uma revisão<br />

bibliográfica atualizada e completa<br />

referente ao assunto analisado, foram<br />

selecionados materiais no intervalo<br />

de 10 anos; porém, em casos em que<br />

foi necessário, utilizamos materiais<br />

anteriores ao ano de 2008.<br />

Principais Marcadores Tumorais<br />

Utilizados<br />

Na clínica médica, entre os principais<br />

marcadores tumorais sorológicos utilizados<br />

atualmente, são: AFP (alfa-fetoproteína),<br />

CA 15-3 (Antígeno do câncer 15-3), CA<br />

19-9 (Antígeno do câncer 19-9), CA 125<br />

(Antígeno do Câncer 125), Calcitonina,<br />

CEA (Antígeno carcinoembrionário),<br />

Cromogranina A (CgA), hCG (Gonadotrofina<br />

coriônica humana), PSA (antígeno<br />

prostático especifico) e Tiroglobulina,<br />

conforme demonstrado na tabela 5.<br />

Alfa-Fetoproteína<br />

A Alfa-fetoproteína (AFP), que<br />

também pode ser chamada de alfa-<br />

1-fetoproteína ou α-fetoglobulina,<br />

é o único marcador tumoral com<br />

significado clínico fundamentado. É<br />

uma molécula de glicoproteína com<br />

massa molecular de 69 a 70kDa, com<br />

590 aminoácidos e 4% de resíduos de<br />

carboidratos. Ela pode ser detectada<br />

no soro. A AFP é sintetizada no saco<br />

vitelino e, posteriormente, pelo fígado.<br />

Suas propriedades químicas são<br />

parecidas com a albumina. Além de ser<br />

a primeira e dominante alfa-globulina<br />

a aparecer no soro no início da vida<br />

embrionária (7,12, 13, 14) .<br />

Os intervalos de referência da AFP na<br />

população sadia são baixos, entre 5ng/<br />

mL e 15ng/mL. Concentrações acima de<br />

500ng/mL são imensamente indicativas<br />

de processo neoplásico no organismo,<br />

e valores acima de 1000ng/mL são<br />

indicativos de presença de neoplasia (7) .<br />

A AFP é o MT mais usado para<br />

o rastreamento e segmento de<br />

carcinoma hepatocelular em pacientes<br />

com doença hepática crônica. Suas<br />

concentrações estão acima de 20ng/<br />

mL em cerca de 60% a 95% no<br />

carcinoma hepatocelular, mas somente<br />

valores acima de 500ng/mL podem<br />

ser considerados pertencentes de<br />

carcinoma hepatocelular<br />

(13,15,16)<br />

.<br />

Porém, de acordo com o Foodand Drug<br />

Administration (FDA), a AFP é utilizada<br />

também para avaliar a extensão da<br />

disseminação do tumor do câncer<br />

testicular não seminomatoso (17) .<br />

Porém, a concentração da AFP pode<br />

estar alterada não somente quando<br />

há algum processo neoplásico no<br />

organismo. Outros distúrbios podem<br />

alterar sua concentração, como, por<br />

exemplo, cirrose, necrose hepática<br />

maciça, hepatite crônica. A AFP<br />

também é solicitada para gestantes,<br />

pois a AFP detecta igualmente casos<br />

de fetos com síndrome de Down,<br />

além de defeitos do tubo neural fetal,<br />

como anencefalia e espinha bífida, e<br />

sofrimento ou morte fetal (12,13) .<br />

Antígeno do Câncer 15.3<br />

O Antígeno do Câncer 15.3 (CA 15.3)<br />

é uma glicoproteína da superfície<br />

celular, classificado como mucina,<br />

a qual é sintetizada pelas células<br />

epiteliais glandulares. O CA 15.3 possui<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />

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