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São utilizadas metodologias de<br />
imuno-histoquímica para detectar estes<br />
marcadores em tecidos, facilitando<br />
a diferenciação das neoplasias no<br />
diagnóstico. Já no sangue, os MT<br />
podem ser dosados através de técnicas<br />
de biologia molecular, como, por<br />
exemplo, o teste da Reação em Cadeia<br />
da Polimerase (PCR), Southern blotting<br />
e Northern blotting e imunoensaios (7,10) .<br />
Devido à importância dos MT, a literatura<br />
sobre eles está em expansão; porém, até<br />
o momento, o último artigo de revisão<br />
bibliográfica compilando e detalhando<br />
os principais MT sorológicos utilizados na<br />
clínica média foi publicado no ano de 2007.<br />
Portanto, esta revisão bibliográfica<br />
abordou artigos, mostrando as<br />
características mais relevantes dos<br />
principais MT sorológicos utilizados na<br />
clínica médica, como eles podem ser<br />
usados e bem como a sua importância.<br />
Metodologia<br />
Para a realização do presente trabalho de<br />
revisão de literatura, foi feita uma pesquisa<br />
de artigos científicos nas plataformas<br />
Scielo e PubMed nos idiomas português<br />
e inglês. Foram utilizados os seguintes<br />
descritores: marcadores biológicos,<br />
marcadores tumorais, tumor, os quais<br />
foram usados em conjunto com o nome<br />
de cada marcador tumoral.<br />
Para que tivéssemos uma revisão<br />
bibliográfica atualizada e completa<br />
referente ao assunto analisado, foram<br />
selecionados materiais no intervalo<br />
de 10 anos; porém, em casos em que<br />
foi necessário, utilizamos materiais<br />
anteriores ao ano de 2008.<br />
Principais Marcadores Tumorais<br />
Utilizados<br />
Na clínica médica, entre os principais<br />
marcadores tumorais sorológicos utilizados<br />
atualmente, são: AFP (alfa-fetoproteína),<br />
CA 15-3 (Antígeno do câncer 15-3), CA<br />
19-9 (Antígeno do câncer 19-9), CA 125<br />
(Antígeno do Câncer 125), Calcitonina,<br />
CEA (Antígeno carcinoembrionário),<br />
Cromogranina A (CgA), hCG (Gonadotrofina<br />
coriônica humana), PSA (antígeno<br />
prostático especifico) e Tiroglobulina,<br />
conforme demonstrado na tabela 5.<br />
Alfa-Fetoproteína<br />
A Alfa-fetoproteína (AFP), que<br />
também pode ser chamada de alfa-<br />
1-fetoproteína ou α-fetoglobulina,<br />
é o único marcador tumoral com<br />
significado clínico fundamentado. É<br />
uma molécula de glicoproteína com<br />
massa molecular de 69 a 70kDa, com<br />
590 aminoácidos e 4% de resíduos de<br />
carboidratos. Ela pode ser detectada<br />
no soro. A AFP é sintetizada no saco<br />
vitelino e, posteriormente, pelo fígado.<br />
Suas propriedades químicas são<br />
parecidas com a albumina. Além de ser<br />
a primeira e dominante alfa-globulina<br />
a aparecer no soro no início da vida<br />
embrionária (7,12, 13, 14) .<br />
Os intervalos de referência da AFP na<br />
população sadia são baixos, entre 5ng/<br />
mL e 15ng/mL. Concentrações acima de<br />
500ng/mL são imensamente indicativas<br />
de processo neoplásico no organismo,<br />
e valores acima de 1000ng/mL são<br />
indicativos de presença de neoplasia (7) .<br />
A AFP é o MT mais usado para<br />
o rastreamento e segmento de<br />
carcinoma hepatocelular em pacientes<br />
com doença hepática crônica. Suas<br />
concentrações estão acima de 20ng/<br />
mL em cerca de 60% a 95% no<br />
carcinoma hepatocelular, mas somente<br />
valores acima de 500ng/mL podem<br />
ser considerados pertencentes de<br />
carcinoma hepatocelular<br />
(13,15,16)<br />
.<br />
Porém, de acordo com o Foodand Drug<br />
Administration (FDA), a AFP é utilizada<br />
também para avaliar a extensão da<br />
disseminação do tumor do câncer<br />
testicular não seminomatoso (17) .<br />
Porém, a concentração da AFP pode<br />
estar alterada não somente quando<br />
há algum processo neoplásico no<br />
organismo. Outros distúrbios podem<br />
alterar sua concentração, como, por<br />
exemplo, cirrose, necrose hepática<br />
maciça, hepatite crônica. A AFP<br />
também é solicitada para gestantes,<br />
pois a AFP detecta igualmente casos<br />
de fetos com síndrome de Down,<br />
além de defeitos do tubo neural fetal,<br />
como anencefalia e espinha bífida, e<br />
sofrimento ou morte fetal (12,13) .<br />
Antígeno do Câncer 15.3<br />
O Antígeno do Câncer 15.3 (CA 15.3)<br />
é uma glicoproteína da superfície<br />
celular, classificado como mucina,<br />
a qual é sintetizada pelas células<br />
epiteliais glandulares. O CA 15.3 possui<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>166</strong> | Julho 2021<br />
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