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Antologia Encontro Literário

Poesias, contos e crônicas

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DANIEL COSTA DOS SANTOS

belíssima por suas construções antigas. E após um contemplativo passeio

pela La Republique, enveredei-me por várias ruas até cruzar a Rue d’Aix,

de onde avistei o La Porte d’Aix-Arc de Triomphe localizado na Place Jules

Guesde. Sensibilizado pela beleza do lugar, avancei pelo Boulevard de Paris,

o qual também lindíssimo e vibrante pela mesma miscelânea étnica já

observada no dia anterior. Ao deixar o Boulevard de Paris, e de um modo

um tanto errante e fortuito, retornei à Église Saint-Vincent-de-Paul. Um

descanso nesta região foi imperativo, dado o calor e o vento que não

cediam. Realmente ventava forte.

Após o descanso, e retomadas as energias, fui ao encontro da estação

Saint Charles, com suas escadarias majestosas, cunhadas por esculturas

notadamente intimistas. Foi interessante observar turistas extasiados diante

daquele conjunto artístico de intenso apelo estético. Segui a caminhada

e desloquei-me até a La Porte d’Aix-Arc de Triomphe, a qual eu já havia

avistado. E, para trás deste arco, estendia-se a Rue de la Joilette, pela qual

transitei por engano. Mas foi um engano que me permitiu acessar o lado

não turístico da cidade, delineado quase que exclusivamente por imigrantes.

Sendo uma região comercial voltada para um público visivelmente pobre,

a movimentação era intensa e frenética como em dia de feira pública em

áreas de periferia de grandes cidades.

E naquele domingo o meu primeiro destino foi a Basilique Notre Dame

de la Garde. Como a mesma se encontra no topo de um morro, foi possível

contemplar toda Marseille. O Château d’If, na Ile d’If, imortalizados por

Alexandre Dumas em o Conde de Montecristo, resplandeciam envoltos pelas

águas do Mediterrâneo. E o Vieux Port, com todas as suas embarcações,

além do Le Pharo, igualmente atraiam olhares admirados. A eternidade

não seria suficiente para saciar o meu desejo de contemplação daquele

infinitésimo de mundo!

Mesmo ainda encantado, convenci-me de que era necessário continuar

o trajeto. Decidi por descer o morro, rumo à costa, quando então me deparei

fortuitamente com a Plage du Prophet. Singela, aconchegante, memorável!

As pessoas banhavam-se, tomavam sol, brincavam. É uma praia pequena,

melhor, é um acidente geológico que redundou em uma pequena faixa de

terra em meio à densa formação rochosa presente. Ao deixar a Plage du

Prophet, segui a caminhada pela costa e encontrei a Plage Catalans, esta

parecidíssima com a du Prophet. Naquelas horas o sol mediterrâneo ardia.

Em meio a minha recapitulação daqueles três dias, chegou a minha

cerveja. Reconheço que um vinho tinto combinaria um tanto melhor com

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