Revista dos Pneus 69

MERCADO Nova norma Euro 7 limita emissões pneus
NOVIDADE 5ª geração do Conti Hybrid
A revista n.º 1
dos profissionais
revistadospneus.com
69
Dezembro 2022
ANO XIV | 5 euros
Periodicidade: Trimestral
Principais tendências
no mercado de pneus
Novos materiais
No
caminho
do pneu
verde

A LONG WAY
TOGETHER
ONDE QUER QUE ESTEJA, A BKT ESTÁ CONSIGO
Por mais difíceis que sejam as suas necessidades, a BKT está sempre ao seu lado e oferece-lhe uma
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JOSÉ ANICETO & IRMÃO, LDA
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3060-197 Cantanhede
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JOÃO VIEIRA, Diretor
A
maioria dos condutores quer
duas coisas principais dos seus
pneus: um desempenho preciso
e uma longa duração da banda
de rodagem. Os fabricantes gastam muito
tempo e energia na produção de pneus
que satisfaçam ambas as necessidades. Mas
quando se trata disso, estas duas qualidades
nem sempre funcionam bem em conjunto. Os
pneus de maior desempenho comportam-se
bem porque têm uma boa aderência na
estrada, graças a compostos mais macios que
são mais sensíveis ao pavimento. Infelizmente,
esses compostos macios desgastam-se
normalmente mais rapidamente. Por outro
lado, os pneus que garantem elevada
quilometragem são tão duráveis porque
possuem compostos mais duros que resistem
ao desgaste da banda de rodagem. O lado
negativo é serem menos sensíveis à estrada
e muitas vezes mais difíceis de manusear,
particularmente em estradas molhadas.
Dito isto, os condutores devem dar prioridade à
segurança sobre a vida do pneu. Os pneus que
levam o condutor ao seu destino em segurança
são mais valiosos do que os pneus de longa
duração que não proporcionam a mesma paz
de espírito. Nos pneus do futuro serão cada vez
mais valorizadas as características de segurança,
tais como a eficiência da travagem e a aderência,
bem como as características que reduzem o
consumo de combustível e o ruído.
Os consumidores estão particularmente
interessados em pneus que possam adaptar-se a
diferentes condições meteorológicas, utilizando
tecnologia de sensores. Também esperam que os
pneus dos seus carros reajam automaticamente
às condições meteorológicas no futuro. Um pneu
inteligente pode monitorizar tanto a si próprio
como o seu ambiente mais rapidamente e de
mais formas do que o condutor. Os sensores
conseguem medir a profundidade e o desgaste
do piso e alertar o condutor quando são
necessários novos pneus ou pedir-lhe que
os rode da frente para trás, a fim de nivelar o
desgaste e otimizar a sua vida útil.
Na primeira vaga de tecnologia inteligente,
os sensores instalados nos pneus medirão
diferentes variáveis e transmitirão a informação
ao condutor, quer diretamente para os sistemas
de bordo do veículo, quer para o dispositivo
móvel do condutor. No entanto, um verdadeiro
pneu inteligente é aquele que pode reagir
automaticamente à informação do sensor -
sem qualquer interferência do condutor. Estes
pneus podem adaptar-se automaticamente
às condições meteorológicas e da estrada,
alterando o padrão da banda de rodagem, por
exemplo. Em tempo de chuva, as ranhuras que
armazenam água podem aumentar de volume
e reduzir o risco de aquaplaning. A indústria de
pneus já deu os primeiros passos no sentido
de pneus inteligentes, e os sensores já são
normalmente utilizados para medir a pressão
de enchimento. No entanto, os verdadeiros
pneus inteligentes ainda não estão disponíveis.
Atualmente, existem muito poucas aplicações
inteligentes da próxima geração para pneus
de automóveis de passageiros, mas isto irá
certamente mudar nos próximos anos, e os
pneus premium irão fornecer mais soluções
de assistência ao condutor. Os pneus que reagem
automaticamente ainda são uma coisa
do futuro. Para que isto se torne realidade, é
necessário resolver uma série de coisas, tais
como tornar os sensores suficientemente duráveis
e seguros durante o stress contínuo a
que estão sujeitos, e como fazer da tecnologia
inteligente uma parte natural do processo de
produção massiva de pneus.
A par dos pneus inteligentes, os consumidores
querem pneus seguros, pois consideram-nos
um fator de segurança essencial. Os pneus
premium de hoje em dia já são extremamente
seguros. No entanto, há sempre espaço para
melhorias. Os desenvolvimentos na tecnologia
dos materiais utilizados no fabrico de pneus
permitem fabricar pneus que funcionam
ainda melhor sob as condições mais difíceis.
Na prática, podemos melhorar a aderência
sem sacrificar a durabilidade. ♦
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Produto Mercadoestrela
Compromisso
com a segurança!
A Hankook lançou o novo pneu iON em maio de 2022, a sua primeira família
de pneus especialmente projetados para veículos elétricos. Agora chegou a vez
do lançamento da versão para o Inverno, o iON winter

Hankook iON
As caraterísticas do pneu iON incluem resistência
ao rolamento ainda menor, menor ruído e grande
capacidade de adaptação a situações adversas.
Estão especialmente projetados para suportar
os altos torques instantâneos gerados pelos VE
Com esta nova abordagem,
a empresa pretende dar um
contributo decisivo na perspetiva
da escolha dos pneus para avançar
na transição da mobilidade para veículos com
emissões zero. As caraterísticas do pneu iON
incluem resistência ao rolamento ainda
menor, menor ruído e grande capacidade
de adaptação a situações adversas. Em
comparação com os pneus convencionais,
isso significa que os condutores de carros
elétricos terão um alcance maior por carga
de bateria e uma experiência de condução
geral mais agradável. Além disso, os novos
produtos Hankook iON estão especialmente
projetados para suportar os altos torques
instantâneos gerados por veículos elétricos
potentes. Os produtos iON estão disponíveis
em tamanhos entre 18 e 22 polegadas, com
os modelos de verão Hankook Ventus iON S,
e o modelo de inverno Hankook Winter i*cept
iON. O pneu Hankook Ventus iON A estará
disponível como uma versão multi-sazonal
para o mercado norte-americano.
Sanghoon Lee, Presidente da Hankook
Tire Europe afirmou: “Com a introdução
da nova família de pneus iON, a nossa
empresa reconhece cada vez mais o
rápido crescimento da procura de veículos
elétricos e a necessidade inerente de
pneus adequados, também em termos da
necessidade da sua substituição. Com maior
autonomia por carga de bateria, esta nova
geração de pneus ajudará a otimizar ainda
mais a eficiência dos veículos elétricos no
uso diário.” Como os pneus Hankook iON
permitem mais quilómetros a ser conduzidos
por carga de bateria do que com pneus
padrão, estes também podem contribuir
significativamente para reduzir as emissões
de CO 2 geradas pelo tráfego rodoviário.
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
Como um dos principais fabricantes de pneus
para veículos elétricos de marcas de carros
premium, os engenheiros de desenvolvimento
da Hankook já documentaram a sua
experiência neste segmento exigente.
Audi, BMW, Porsche, VW e outras marcas
líderes já utilizam pneus específicos da
Hankook para equipar de origem os seus
modelos. A Hankook também demonstra
a expertise técnica que adquiriu na área
de sustentabilidade e mobilidade de alto
desempenho, como fornecedor de pneus para
corridas de veículos elétricos da Fédération
Internationale de l’Automobile (FIA).
Os novos pneus iON cumprem com as
exigências dos VE graças a um conjunto
abrangente de medidas técnicas. Em
particular, a Hankook combateu o aumento
da massa de veículos elétricos, causado pelo
peso considerável das baterias de tração,
com maior capacidade de carga. Entre
outras coisas, as fibras de aramida ultraresistentes
neutralizam efetivamente as
forças de deformação causadas pelo torque
particularmente alto dos veículos elétricos.
O composto do piso, que apresenta uma alta
proporção de resina natural, também garante
maior durabilidade e menor desgaste. Outra
caraterística especial do novo composto é
sua alta proporção de óleos naturais. Isso não
apenas aumenta a sustentabilidade geral
dos produtos iON, mas também tem um
efeito positivo na quilometragem dos pneus.
PNEU DE INVERNO PARA VE
Projetado especificamente para atender
à procura de carros elétricos, o Hankook
iON winter tem um composto de piso
especialmente desenvolvido, que garante
a menor resistência ao rolamento possível
sem comprometer o desempenho em
estradas molhadas e secas. A utilização de
óleos naturais, permite obter a aderência
necessária, mesmo a baixas temperaturas.
Por um lado, a flexibilidade especial permite
que o pneu se adapte à superfície da estrada
enquanto, por outro lado, o movimento no
perfil é minimizado.
O ruído do rolamento é um desafio particular
com pneus de inverno devido ao aumento
do espaço vazio entre os blocos de piso.
Nesse sentido, o novo design da banda, limita
significativamente as emissões acústicas
como resultado da orientação ativa e da
redução das ondas sonoras. O conforto de
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Produto Reportagem Estrela
Com a introdução da nova família de pneus iON,
a Hankook reconhece cada vez mais o rápido crescimento
da procura de veículos elétricos e a necessidade inerente
de pneus adequados, também em termos da necessidade
da sua substituição
condução do Hankook iON winter tira partido
da distribuição específica dos blocos ao
longo do perfil. Os produtos iON incorporam
a tecnologia Sound Absorber integrada da
Hankook que, juntamente com o padrão
exclusivo do pneu, reduz significativamente
o ruído no interior do veículo.
A Hankook combateu o aumento da
massa de veículos elétricos, resultante do
peso considerável das baterias de tração,
proporcionando uma maior capacidade de
carregamento. O novo composto do piso
também garante durabilidade excecional
e excelente resistência ao desgaste. O alto
teor de sílica, oferece aderência de micro
nível em estradas molhadas, neutralizando a
formação de filmes de água entre a superfície
da estrada e o pneu, algo que pode ser
perigoso.
Uma das caraterísticas especiais da família de
pneus iON, é sua otimização aerodinâmica
para explorar o potencial de eficiência e
alcance superiores, evitando turbulência
adicional do ar. O padrão do pneu é projetado
para que a resistência do ar seja reduzida.
Da mesma forma, essas medidas têm um
impacto positivo no menor desenvolvimento
acústico possível.Com o iON winter, a
Hankook oferece o produto certo para
garantir que os condutores possam mudar
para pneus projetados especificamente para
veículos elétricos, mesmo durante os meses
de inverno. ♦
Principais características do Hankook iON winter
Ruído do Padrão da Banda
de Rodagem Minimizado
O padrão em V do iON Winter espalha o ruído
da estrada através da mudança alternada
de blocos interiores e exteriores durante
o contacto com a estrada, o que também
proporciona tração adicional da neve.
Resistência ao rolamento
mais reduzida
O Hankook iON winter alcançou uma
boa classificação no desempenho LRR
ao aplicar um composto avançado e a
tecnologia de cura otimizada neste pneu,
que melhora todas as partes por igual.
Manuseamento superior
em estradas de Inverno
A rigidez do padrão do piso é otimizada através da
aplicação de tacos 2D no centro e de tacos 3D nos
blocos circundantes. Isto permite que o iON winter
proporcione um manuseamento superior em todos
os tipos de superfícies de estrada de Inverno.
Ruído de Cavidade Minimizado
A tecnologia de serrilha aplicada no interior
das ranhuras reduz eficazmente o ruído de
ressonância durante o contacto com a estrada,
estreitando o caminho do ar, sem perder as
características pretendidas da ranhura.
Estabilidade melhorada
A rigidez dos pneus iON é essencial para
suportar o peso dos veículos elétricos. A
Hankook aumentou a rigidez dos cantos
em 7% para fazer avançar o desempenho
de manuseamento de veículos elétricos.
Desempenho avançado na neve
O composto EVolution com sílica de alta
concentração e materiais ecológicos,
proporciona uma quilometragem satisfatória
e reduz ainda mais a resistência ao rolamento
sem perder o desempenho na neve.
06 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

SABE O QUE ESTÁ NA BASE
DE UM FUTURO MAIS
SUSTENTÁVEL?
A BORRACHA RECICLADA.
A reutilização dos pneus usados está na base do piso de parques infantis,
do isolamento de estúdios de som, dos relvados sintéticos e do pavimento
de estradas.
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Mercado Destaque
08 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

Novos materiais e sistemas de fabrico
Tudo pela
sustentabilidade
Os materiais e os processos de desenvolvimento têm sofrido enormes avanços
e, nos dias que correm, contam com um foco acentuado na sustentabilidade
e no desempenho. A utilização de ferramentas virtuais e processos digitais,
como a realidade virtual ou o recurso a simuladores, ajudam a encurtar as fases
de desenvolvimento e a limitar o número de protótipos fabricados
Desde meados do ano 2000 que
os pneus têm evoluído muito
por variadíssimas razões, sendo
que as principais são a evolução
dos veículos e também toda uma demanda
de obrigações com que os fabricantes
são obrigados a seguir. Relativamente às
obrigações legislativas temos as restrições do
Reacht com a sua normativa 50 que impediu
a utilização de Óleos Policiclios Aromáticos
com a limitação acima de uma determinada
concentração, estes são óleos que ajudam
na mistura dos vários componentes para a
constituição de um composto, seja do piso,
da parede ou outros, e dessa forma tiveram
que se encontrar novos materiais. Tivemos
ainda com a saída do Decreto Lei 2009 que
deu origem ao rótulos dos pneus com a sua
informação harmonizada relativamente
aos tês principais critérios como sejam
a Eficiência Energética, Aderência no
Molhado e nível de ruído produzido, sem
que os fabricante se pudessem esquecer
de todos os outros critérios que estão por
detrás do desenvolvimento de um pneu.
Aos departamentos de Investigação e
Desenvolvimento das marcas compete
antecipar tendências e testar novos materiais
que possam ser incorporados na produção
continua em linha.
A CADEIA DE ABASTECIMENTO DE
BORRACHA NATURAL SUSTENTÁVEL
A mobilidade sustentável começa com as
matérias-primas, muito antes de o produto
final se fazer à estrada. A certificação FSC
(Forest Strewardship Council) atesta que as
plantações são geridas de modo a preservar
a diversidade biológica e promovem a
vida das pessoas e dos trabalhadores
locais, ao mesmo tempo que garante a
sustentabilidade económica. O complexo
processo de verificação do FSC certifica que
os materiais são identificados e separados
dos não certificados, ao longo da cadeia
de produção, desde as plantações até aos
fabricantes. Os pneus com certificado FSC
são fabricados com borracha natural e
rayon cuja produção é certificada por esta
prestigiada organização não governamental,
e representa um importante passo em termos
de sustentabilidade.
A utilização de pneus feitos com essa matériaprima
é uma conquista inédita no setor. O
novo pneu certificado FSC representa um
marco importante no desafio de proporcionar
benefícios económicos, sociais e ambientais
para a cadeia de valor da borracha natural,
especialmente importante no contexto dos
desafios de sustentabilidade associados a
essa matéria-prima. Trata-se de um passo
decisivo na caminhada rumo a uma cadeia de
valor de borracha natural mais sustentável,
reduzindo a desflorestação e apoiando o
combate às mudanças climáticas.
CINZAS DAS CASCAS DE ARROZ
PARA OBTENÇÃO DE SÍLICA
Já foi no decorrer dos anos 90 que as
preocupações da marcas de pneus relativas
ao ambiente se vêm fazendo notar com a
utilização das cinzas das cascas de arroz
para a obtenção de sílica, com o proveito
de melhorar a resistência ao rolamento
(eficiência energética) sem perder as suas
qualidade atribuída à segurança. Com base
no conceito de indústria química moderna,
estão a ser desenvolvidos alguns tipos de
sílicas precipitadas amorfas a partir desta
matéria-prima renovável. O projeto, através
da queima das cascas de arroz, gera energia
térmica suficiente para o processo de
produção das sílicas precipitadas.
O uso de sílica precipitada de origem
sustentável em substituição ao negro de
fumo é uma medida que contribui para o
desenvolvimento de pneus ambientalmente
mais amigáveis. A sílica da casca do arroz
é extraída a partir da queima da casca do
grão, um resíduo da cadeia alimentícia, em
claro processo de economia circular. A sílica
chamada sílica verde além de contribuir
decisivamente na redução da pegada de
carbono dos fabricantes de pneus, ainda
gera pneus energeticamente mais eficientes
e duráveis, pelas características que empresta
à borracha de menor resistência ao atrito
e maior capacidade de recuperação da
deformação da rodagem, resultando em
menor consumo de combustível e, por
conseguinte, menor emissão de CO 2.
NO CAMINHO DO PNEU VERDE
O desenvolvimento de novos materiais
está em linha com a prioridade dada às
A exigência da sociedade é cada vez maior por produtos
ambientalmente responsáveis e, num futuro muito próximo,
não haverá espaço para cadeias produtivas que não
cumpram estas exigências
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Reportagem Destaque
parcerias com os distintos fabricantes
de veículos e da proximidade existente
que leva ao desenvolvimento de novos
produtos adaptados às novas exigências
ambientais e de prestações dos veículos.
Essa necessidade hoje está mais presente
pelo fato da redução de alguns materiais,
como seja o Carbon Black, a situação da
desflorestação e redução das plantações,
a necessidade de se utilizarem materiais
reciclado, etc.
Hoje um veículo está comparativamente
com o passado, mais pesado, mais rápido
e tem maiores dimensões. Por outro lado
está mais seguro, mais económico, com
mais tecnologias adaptadas ao conforto
(seja o nível de ruído, runOnFlat, etc) e com
autonomia dilatada, incorporando soluções
de mobilidade que o tornam mais sustentável.
Com os OEM estudam-se novas tecnologias
como seja a do NPT (no pressure tire) e a
sua utilização em veículos autónomos em
algumas cidades. Dependendo da tipologia
do veículo e sua aplicação, são estudados
e aplicados os materiais e as tecnologias
para que o utilizador possa vir a ter uma
boa experiência. u
As inovações das marcas
OS DEPARTAMENTOS DE ENGENHARIA DOS FABRICANTES DE PNEUS ESTÃO EM PLENA FASE DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE PNEUS
SUSTENTÁVEIS. O OBJETIVO É MINIMIZAR O CONSUMO DE RECURSOS EM TODOS OS ELOS DA CADEIA DE VALOR DO PNEU. COMO TAL,
O DESENVOLVIMENTO DOS NOVOS PNEUS MAIS SUSTENTÁVEIS ENVOLVE TUDO O PROCESSO PRODUTIVO, DESDE O ABASTECIMENTO E
AQUISIÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA ATÉ AS VÁRIAS FASES DE PRODUÇÃO E ATÉ MESMO FORMAS DE PROLONGAR A VIDA ÚTIL DO PNEU
Bridgestone
Pegando no exemplo do Potenza Sport, por
um lado, o novo composto de borracha é
fundamental para garantir segurança, durabilidade
e aderência tanto numa manhã fria de Inverno,
como numa tarde quente de Verão. Por outro
lado, a Tecnologia de Desenvolvimento Virtual
da Bridgestone evitou a produção de cerca de
200 pneus durante a fase de testes e reduziu
o tempo de desenvolvimento do produto em
até 50%. Esta tecnologia permite poupar até
40.000 quilómetros em testes reais ao ar livre e de
frota. Em suma, a Tecnologia de Desenvolvimento
Virtual da Bridgestone representa o futuro do
desenvolvimento de pneus: 20% menos de
pneus experimentais foram usados na fase de
desenvolvimento de pneus OE (equipamento
de origem) a partir de 2019 e conseguiu ainda
reduzir a distância dos testes de frota para OE
em 25% de 2019 para 2020.
Olhando para o futuro será também importante
referir o “Compromisso Bridgestone E8”, que
consiste em 8 valores que começam com a letra “E”
(Energia, Ecologia, Eficiência, Extensão, Economia,
Emoção, Facilidade (Ease) e Empoderamento) e
que o Grupo se comprometerá a criar através
do “propósito” e “processo”, juntamente com
os colaboradores, a sociedade, os seus parceiros
e os clientes para tornar real uma sociedade
sustentável. Tudo isto para impulsionar a gestão,
enquanto se ganha a confiança das gerações
futuras, uma vez que a Bridgestone acelera a
transformação para realizar a sua visão: “Por
volta de 2050, a Bridgestone continua a fornecer
valor social e ao cliente como uma empresa de
soluções sustentáveis”.
Continental
mercado dos pneus está em constante
O evolução e a Continental, que conta com mais
de 150 anos de experiência no desenvolvimento de
tecnologias e serviços pioneiros para a mobilidade
sustentável e conectada de pessoas e bens, é
o parceiro privilegiado da indústria automóvel
e da segurança dos automobilistas. Duas das
mais importantes tecnologias desenvolvidas
pela Continental, e com impacto significativo
na sustentabilidade ambiental, são a Taraxagum
e a ContiRe.Tex.
No caso do “Dente de Leão” (Taraxagum), a
Continental utiliza a borracha extraída da planta
dente-de-leão para dar resposta à procura
crescente de borracha natural em todo o mundo,
e desta maneira obtém uma matéria prima que
trás benefícios naturais, sem ser necessário
sacrificar mais florestas tropicais para plantar
as Seringueiras (árvores com alto volume de
extração de borracha). Isto reduz a pegada de
carbono, aumenta a biodiversidade e os pneus
passam a ser mais ecológicos.
A tecnologia ContiRE.Tex é a última novidade em
termos de solução sustentável desenvolvida pela
Continental. Neste processo, encontramos uma
forma de transformar o plástico em material para
fabrico de pneus. A cada 40 garrafas de plástico
(Pet) recicladas, é possível produzir um jogo de
pneus com a tecnologia ContiRe.Tex. O processo
ocorre com a utilização de garrafas provenientes de
locais sem um circuito de reciclagem organizado.
Após a recolha, a garrafa é separada manualmente
da tampa e limpa de forma mecânica. Depois, o
plástico é processado e triturado em granulado,
e com este granulado é criado um novo fio de
poliéster utilizado no fabrico dos pneus.
A sílica é um ingrediente frequentemente usado
em pneus para ajudar a melhorar a aderência e
Continental
Bridgestone
10 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

Novos materiais e sistemas de fabrico
Goodyear
reduzir o consumo de combustível. O novo pneu
Conti GreenConcept da Continental, contém uma
variedade única de sílica produzida a partir de
cinzas de casca de arroz, um subproduto do
processamento de arroz que muitas vezes é
descartado e colocado em aterros sanitários. Uma
sílica de alta qualidade foi produzida a partir desta
cinza residual. O Conti GreenConcept exemplifica
os esforços contínuos da Continental para fazer
a transição completa de sua produção global de
pneus para materiais sustentáveis. De todas as
matérias-primas utilizadas na fabricação do Conti
GreenConcept, mais da metade é proveniente de
fontes renováveis ou reciclada. Para todas as suas
fábricas de produção de pneus, a Continental
pretende fazer a transição completa para matériasprimas
sustentáveis até o ano 2050. O fabricante
de pneus premium define como “sustentáveis”
todos os materiais que se originam de ciclos de
circuito fechado, sem efeitos prejudiciais sobre
pessoas ou o meio ambiente, e são adquiridos de
forma responsável, bem como neutros para o clima
em todas as suas cadeias de abastecimento. Entre
os biomateriais usados estão borracha natural de
dente de leão, sílica de cinza de casca de arroz
e óleos vegetais e resinas, todos levando a uma
redução significativa de materiais à base de óleo
cru. Além da borracha natural, as fábricas globais
de pneus da Continental já estão fazendo uso
generalizado de vários outros materiais, como
borracha reciclada ou óleos vegetais. Para a
Continental, há muito tempo é uma prioridade
não apenas usar materiais sustentáveis no fabrico
dos seus pneus, mas também promover o cultivo
e o processamento de tais materiais.
Goodyear
Fazendo uso de um leque de materiais
sustentáveis no composto da banda de
rolamento, a Goodyear Tire & Rubber Company
desenvolveu o pneu concetual Eagle GO, o qual
será instalado no novo protótipo da Citroën, o
oli. O Eagle GO é o terceiro pneu concetual da
Goodyear desenvolvido com a Citroën, e foi criado
para otimizar a eficiência, a durabilidade e o
conforto. Este pneu concetual utiliza um composto
na banda de rolamento, a parte do pneu que
se desgasta, constituído quase exclusivamente
por materiais sustentáveis ou reciclados. Estes
materiais incluem óleos de girassol, resinas de
pinheiro, borracha natural e sílica de cinzas de
casca de arroz. Os óleos de girassol e as resinas
de pinheiro são soluções renováveis, destinadas
a substituir os óleos derivados do petróleo. Estes
materiais estão, atualmente, a ser utilizados para
fazer ‘Tinta Vegetal’ para impressoras. O objetivo
da Goodyear é substituir por completo os óleos
derivados do petróleo nos seus produtos até 2040.
A borracha natural proveniente da árvore Hevea
brasiliensis é utilizada para substituir a borracha
sintética com base de petróleo, recorrendo a
métodos de agricultura e de cultivo responsáveis. A
sílica de cinzas de casca de arroz, proveniente do
processamento do arroz, pode reduzir os resíduos
destinados a aterros, e tem sido anteriormente
utilizada no reforço do betão.
O pneu concetual Eagle GO tem o potencial para
ser renovado duas vezes ao longo do seu tempo
de vida útil, o que aumenta a longevidade do pneu.
A Goodyear estabeleceu um objetivo para o pneu
concetual Eagle GO de percorrer até 500 000 km,
mediante a reutilização da carcaça sustentável
e da banda de rolamento renovável.
O pneu concetual Eagle GO utiliza a tecnologia
Goodyear SightLine, que inclui um sensor que
monitoriza vários parâmetros da saúde do pneu.
Esta tecnologia está já a ser aplicada para ajudar
os clientes frotistas da Goodyear, e pode reduzir de
forma significativa os desperdícios, e incrementar
a eficiência, através da manutenção da pressão e
da condição ideais do pneu. Monitorizar a saúde
do pneu é um fator importante para determinar
se, ou quando, um pneu pode ser renovado,
assim aumentando a circularidade e a eficiência.
Adicionar esta tecnologia ao pneu concetual Eagle
GO está em linha com o objetivo da Goodyear,
de reinventar os pneus e o serviço, integrando
inteligência capacitada por dados e sensores
em todos os novos produtos a partir de 2027.
Kumho
Kumho apresentou no The Tire Cologne
A os seus pneus de elevado desempenho
multissegmento, incluindo o modelo Kumho ECSTA
PS71 de ultra performance (UHP) e, também, a
sua tecnologia patenteada K-Silent. O pneu ECSTA
PS71 EV é atualmente fornecido à marca KIA,
onde equipa o modelo EV6 de tração elétrica,
com tecnologia patenteada de redução de ruído
de ressonância da Kumho, denominada K-Silent.
Projetado exclusivamente para EVs, este pneu
PS71 EV apresenta baixa resistência ao atrito,
baixas taxas de desgaste e altos níveis de tração.
O sistema K-Silent, tem por base a utilização de
Kumho
espuma de poliuretano absorvente de som, que
é fixada na parte superior da camada de vedação
do pneu, para reduzir o ruído de ressonância
gerado pela vibração do ar dentro do pneu
quando ele entra em contato com a superfície
da estrada. A tecnologia otimiza a forma dos
materiais absorventes para maximizar o efeito
de redução do ruído de ressonância. A base desta
tecnologia é o “design de tecnologia de forma”,
que leva em consideração o design, a área e a
largura do pneu e os materiais de absorção de
som anexados.
Michelin
Michelin apresentou um pneu para turismos,
A e outro destinado a autocarros, contendo,
respetivamente, 45% e 58% de materiais
sustentáveis. Estes pneus, homologados para
utilização em estrada, oferecem níveis de
performance estritamente idênticos aos dos
pneus atuais. Com esta estreia mundial, a
Michelin dá um novo passo rumo à pré-produção
e comercialização, num prazo de dois a três
anos, de novas gamas de pneus que incluirão
Michelin
www.revistadospneus.com | 11

Reportagem Destaque
elevados níveis de materiais sustentáveis. Deste
modo, o Grupo está em vias de cumprir o seu
compromisso de alcançar 100% de materiais
de origem biológica, renováveis ou reciclados
no fabrico, a nível global, dos seus pneus para
2050, com o objetivo de chegar a 40% em 2030.
A Michelin deve este progresso a uma superior
utilização de borracha natural, juntamente com
a inclusão de negro de carbono reciclado, óleo
de girassol e resinas de origem biológica, sílica
proveniente de casca de arroz, e, inclusivamente,
aço reciclado. O Grupo aposta na inclusão de
materiais sustentáveis no desenvolvimento
dos seus pneus sem comprometer a respetiva
performance, e garantindo que não existe impacto
sobre o meio ambiente em cada etapa do seu ciclo
de vida – conceção, design, fabrico, transporte,
utilização e reciclagem. Para cumprir este plano, a
Michelin conta com a sua experiência em materiais
de alta tecnologia, e com o contributo de todo
o seu departamento de I+D, em que trabalham
cerca de 6.000 engenheiros, investigadores,
químicos e desenvolvedores. Em 2021, só no
que a estes materiais diz respeito, a Michelin
detinha 3678 patentes ativas.
Consciente de que a rapidez e a natureza das
inovações, no domínio dos materiais sustentáveis,
exigem novas competências, o Grupo empreende
um programa de parcerias específicas, para
acelerar o desenvolvimento de tecnologias
de vanguarda, em particular nas áreas da
transformação e da reciclagem. Exemplos disso
mesmo são a Pyrowave (estireno reciclado a partir
de plástico); a Carbios (garrafas PET recicladas); a
Enviro (negro de carbono reciclado); a IFPEN/Axens,
com a participação da ADEME (bio-butadieno); o
projeto Empreinte, levado a cabo com a ADEME;
ou o estabelecimento dos projetos de economia
circular BlackCycle e Whitecycle, que a Michelin
leva a cabo com inúmeros parceiros europeus, e
conta com o apoio da UE, para transformar pneus
em fim de vida útil em matérias-primas de muito
elevada qualidade, que possam ser incorporadas
no fabrico de novos pneus.
Pirelli
Na Pirelli existe uma ponderação mais exigente
no que aos parâmetros de sustentabilidade
dos materiais utilizados diz respeito, algo
evidenciado pelo primeiro pneu com certificação
FSC (Forest Strewardship Council) para o BMW
X5 xDrive45e Plug-in-Hybrid. O Pirelli P Zero é
o primeiro pneu com certificação FSC do mundo
e está a ser produzido no tamanho 275/35 R22
(para o eixo dianteiro) e 315/30 R22 (para o eixo
traseiro) exclusivamente para o referido modelo.
Este P Zero foi desenvolvido seguindo a estratégia
Pirelli Perfect Fit, dando resposta aos requisitos de
desempenho do fabricante alemão sem renunciar
à filosofia “verde” deste veículo de propulsão
híbrida. O pneu é produzido exclusivamente na
fábrica da Pirelli em Roma, Geórgia, EUA, e o
seu desenho teve em consideração os objetivos
de sustentabilidade ambiental. Inclui a redução
da resistência ao rolamento (classificação ‘A’ na
etiqueta energética europeia), o que permite
mitigar o consumo de combustível e as emissões,
ou a redução dos níveis de ruído gerados durante
o rolamento.
A certificação FSC da borracha natural utilizada
na produção do novo P Zero do BMW X5 Plugin-Hybrid
é a última etapa realizada pela Pirelli,
para garantir uma gestão sustentável da cadeia
de abastecimento deste material. Este objetivo
é alcançado graças a uma rigorosa formação e
partilha de boas práticas nos países produtores,
em linha com os princípios e valores contidos
na Política de Borracha Natural Sustentável da
Pirelli, lançada em 2017. Este documento é
fruto de contatos com stakeholders na cadeia
de valor da borracha natural, que inclui ONGs
internacionais, os principais fornecedores da
Pirelli, agricultores e comerciantes nesta cadeia
de fornecimento, clientes do setor automotivo e
organizações globais. A Pirelli é também membro
fundador da plataforma global para uma borracha
natural sustentável (GPSNR), criada em 2018,
com o objetivo de apoiar o desenvolvimento
sustentável dos negócios relacionados a esta
matéria-prima em todo o mundo, em benefício de
toda a cadeia de abastecimento. Com a produção
do primeiro pneu credenciado pelo FSC, a Pirelli
demonstra, mais uma vez, o seu compromisso
em atingir metas de sustentabilidade cada vez
mais ambiciosas, sendo uma prova do trabalho
constante na procura de novos materiais e
processos. Continua a investir no crescimento
sustentável do planeta, ciente de que esse aspeto
é essencial para o futuro dos seus negócios.
Toyo
Toyo Tires criou um novo Centro de Pesquisa
A e Desenvolvimento na Europa para realizar
uma investigação maior e mais detalhada sobre
materiais e tecnologias de alta performance, em
particular. Utiliza a nanotecnologia para investigar
estruturas moleculares e as propriedades
dos compostos. As estruturas nos materiais
usados têm uma relação intrínseca que cria a
performance do pneu. Para desenvolver materiais
otimizados, utiliza a simulação ao nível Nano (1
nanómetro = 1 bilionésimo de metro), criação de
funções, controlo de precisão e investigação. O
processo completo é conhecido como tecnologia
Nano Balance. Os pneus Toyo beneficiam assim
de uma nova construção melhorada e de um
novo polímero. Graças ao composto de sílica o
pneu tem uma maior durabilidade e um melhor
desempenho, assegurando assim uma forte
redução do impacto ambiental pelo maior
aproveitamento da vida útil do pneu.
Yokohama
Yokohama desenvolveu um sistema
A que utiliza a Inteligência Artificial para a
conceção de compostos de borracha de novos
pneus. A empresa utiliza o sistema para conduzir
um grande número de experiências virtuais que
lhe permita acelerar o desenvolvimento de novos
pneus, reduzir os custos de desenvolvimento e
desenvolver pneus com melhor desempenho. O
Pirelli
Toyo
12 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

Novos materiais e sistemas de fabrico
sistema foi desenvolvido sob o novo conceito de
utilização de IA da Yokohama, HAICoLab, lançado
em outubro de 2020. O sistema utiliza IA para
prever valores para as principais características
dos pneus com base em dados introduzidos
pelos projetistas, incluindo dados relacionados
com especificações para parâmetros-chave
de conceção, tais como estrutura e forma,
as propriedades físicas dos compostos e
outros dados relacionados com materiais, e
condições de avaliação. Como o número e
tipos de parâmetros de conceção possíveis
diferem consoante a estrutura interna do pneu,
é necessário criar bases de dados separadas
utilizadas para a aprendizagem da IA, de acordo
com as características estruturais do pneu.
A utilização deste sistema tem melhorado o
desenvolvimento pela Yokohama de uma grande
variedade de novos pneus. O HAICoLab visa
promover inovações digitais, facilitando esforços
de colaboração que fundem a inspiração humana
e a criatividade com a enorme capacidade de
processamento de dados da IA. A Yokohama
visa adquirir novos conhecimentos através
da criação e recolha de dados com base em
condições hipotéticas estabelecidas pelos
humanos e depois aplicar a IA para prever,
analisar e encontrar a melhor solução.
Recentemente, a Yokohama desenvolveu
tecnologia que deteta o estado de desgaste
dos pneus dos automóveis mediante a análise
de formas de onda de deteção transmitidas por
uma tecnologia patenteada de processamento
de sinais a partir de um sensor conectado à
superfície interna do pneu. Esta tecnologia
inovadora utiliza estes sensores para captar
formas de onda de deteção que o pneu vai
registando e, de seguida, aplica um método de
Yokohama
análise patenteado para distinguir entre pneus
novos e desgastados. A tecnologia permite a
notificação em tempo oportuno do proprietário
do carro ou do administrador da frota de veículos
sobre a necessidade de rodar ou substituir os
pneus desgastados. Desta forma, procura-se
uma manutenção mais otimizada dos pneus,
promovendo uma segurança a prazo que prolonga
a vida útil dos pneus e reduz o seu impacto
económico e ambiental. u
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®
Mercado Evento
Gestão de
Excelência!
Os melhores distribuidores de pneus foram distinguidos na Gala TOP 100,
um evento organizado pela AP Comunicação, editora da Revista dos Pneus,
cujo principal objetivo é reconhecer a gestão de excelência das empresas do setor
e dar mais visibilidade ao seu trabalho
PATROCINADORES 2022

VIII GALA TOP 100
A
Gala TOP 100 é um evento
único e exclusivo no panorama
do Aftermarket em Portugal.
Todos os anos assumimos
o compromisso de organizar este
acontecimento, que para além de premiar
as melhores empresas, é também o grande
evento social do setor. Os Troféus TOP 100 são
o mais prestigioso galardão atribuído por
um meio de comunicação em Portugal a
empresas do Aftermarket. Estes Troféus têm
como base um conjunto de critérios que
fazem o retrato económico - financeiro das
empresas e a avaliação da sua performance.
Foi o oitavo ano consecutivo que distinguimos
as melhores empresas do aftermarket
nacional com um Troféu que representa
o topo da excelência a nível de gestão e
rentabilidade. O crescimento do setor fica
a dever-se, em grande parte, ao dinamismo
destas empresas ativas e financeiramente
sólidas, que têm sabido afirmar-se pelas suas
estratégias de inovação e pela capacidade de
se adaptarem a novos modelos de negócio.
Apesar de um ano extremamente difícil,
devido à conjuntura económica e aos
problemas socias derivados da inflação,
estes tempos conturbados contribuem para
um sentimento de satisfação redobrada
quando as empresas são reconhecidas com
um prémio que reconhece o mérito do seu
desempenho. Foi o caso dos distribuidores de
pneus que este ano ganharam os merecidos
troféus TOP 100. Empresas que são referência
no desempenho económico, financeiro e de
gestão, por via do esforço para se manterem
competitivas no contexto económico
exigente de um mercado em transformação.
Empresas que têm mantido altos padrões
competitivos e que refletem a ousadia dos
empresários e a clara aposta na inovação. A
Quinta de São Luiz, em Coimbra, foi o palco
escolhido para a cerimónia da Gala TOP 100 e
entrega dos troféus às empresas premiadas.
O evento foi um grande sucesso e vai ficar
na memória de todos os participantes como
uma noite ímpar e memorável na história
do aftermarket nacional.
MERCADO DINÂMICO E RESILIENTE
As empresas incluídas na listagem dos
maiores distribuidores de pneus faturaram
171 milhões de €, com crescimento superior
a 12%. A produtividade elevou até 609 mil
€ por trabalhador, em consequência do
não crescimento do Volume de emprego.
Incluímos no ranking os Distribuidores de
Pneus que têm atividade importadora de
marcas, mesmo que a dimensão não seja
muito elevada. Não se incluem (ao contrário
da opção seguida para a Distribuição de
Peças), os Distribuidores que utilizam marcas
de outros importadores. A empresa TIRESUR,
não foi incluída por não dispormos do seu IES.
Para a generalidade dos distribuidores de
pneus, o impacto da pandemia acabou por
ser muito menor que o esperado inicialmente,
mas o setor debate-se com a falta de produto,
o que está a criar alguma instabilidade
no mercado, colocando sérios desafios a
fabricantes e distribuidores. Apesar de nos
últimos anos os fabricantes tentarem diminuir
a força dos distribuidores, neste momento
e no futuro a distribuição está a ganhar
uma importância cada vez mais significativa
na cadeia de valor. Quando comparando
com os fabricantes, os distribuidores são
mais competitivos, conseguem ser mais
flexíveis e eficazes em todo o processo de
distribuição, garantem um melhor nível
de serviço e têm uma oferta de stock mais
completa e global, além de oferecerem ao
cliente um atendimento personalizado e
de proximidade. Atualmente, o papel do
distribuidor é fundamental para evitar a
escassez de produto e a rutura da cadeia de
fornecimento. A manter-se o cenário atual
torna-se evidente que o papel da distribuição
grossista de pneus sai reforçado e, sobretudo,
mais valorizado pelo setor automóvel.
A realização da Gala TOP 100 e a evolução que
ela tem tido ao longo dos anos, só tem sido
possível graças ao apoio de patrocinadores e
parceiros, que têm reconhecido a importância
deste evento. Este ano contou com o patrocínio
da Corteco, Mann Filter, Diesel Technic, SKF,
Trustauto, RPL Clima, UFI Filters, Pro4Matic,
Tech One, Original Birth, TAB Batteries, Repsol
e Philips. u
TROFÉUS TOP 100
Melhores
Distribuidores
de Pneus
1
Luis Aniceto, da São José Pneus, recebeu pelo
segundo ano consecutivo o Troféu 1º classificado
da categoria Distribuidores de Pneus
2
Custódio Sousa, da Prismanil, recebe do
patrocinador Rui Lopes, da RPL Quality, o Troféu
2º classificado da categoria Distribuidores de Pneus
3
Aldo Machado, da Nex Tyres, recebeu o Troféu 3º
classificado da categoria Distribuidores de Pneus
1 2
3
Quadro de Honra
1º São José Pneus, Lda
2º Prismanil, Lda.
3º Nex Tyres, S.L.
4º Dispnal Pneus, S.A.
5º AB Tyres, S.A.
6º R. S. Contreras, Lda.
7º Pneus Cruzeiro, Lda.
8º Daniel Mestre, Lda.
9º Recambios Frain, Lda.
10º Aguesport, Lda.
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Mercado
Forte crescimento
dos pneus All Season
De acordo com o relatório deste ano relativo ao mercado europeu de pneus, elaborado
pela ETRMA, os pneus para todas as estações tornaram-se no segmento que mais
cresce no setor. Tal deve-se à versatilidade e conveniência dos pneus para todas as
estações, bem como às mudanças nas normativas europeias

Principais tendências no mercado de pneus
Os compradores de automóveis
de hoje em dia estão a
escolher modelos maiores
e mais premium, muitas
vezes equipados com jantes de maiores
dimensões. A crescente procura por
automóveis elétricos premium e por SUV
compactos desempenhou um papel
determinante nesta tendência. Com o
crescimento do mercado destes segmentos
de automóveis, as dimensões dos pneus
cresceram de igual forma. Desde 2015, foi
observado um crescimento dos pneus do
segmento A (17” e superior); em média, o
mercado tem crescido anualmente 8,4%.
Outra tendência a que se assistiu no mercado
dos pneus tem sido o crescimento constante
da popularidade dos pneus para todas as
estações, que proporcionam a comodidade
de um produto para várias épocas do ano.
As normas relativas aos pneus concernentes
ao inverno diferem consoante o mercado.
Muitos países, como a Alemanha ou a
Áustria, há muito que têm normas para
os pneus baseadas no clima e na época
do ano. Um número crescente de outros
países, como a França, também estão a
introduzir normas sazonais relativas aos
pneus. Dependendo da região, as normas
relativas aos pneus requerem as marcações
‘M+S’(Mud + Snow) e 3PMSF, indicativas de
que o pneu é adequado para condições de
neve e gelo. Para o utilizador final, tal significa
que necessita de, pelo menos, dois conjuntos
de pneus para diferentes alturas do ano, ou
para conduzir em diferentes regiões.
Em 2020, a Europa viveu o seu inverno mais
quente desde 1981, o que teve impacto direto
sobre os condutores. A chuva e o gelo negro
tornaram-se mais habituais, em detrimento
das estradas cobertas de neve e gelo. Tal
levou a uma maior necessidade de pneus
com um bom desempenho em condições
de piso molhado ou gelado, aumentando a
procura do mercado por produtos para toda
as estações. O relatório da ETRMA mostra
que o segmento de pneus para todas as
estações é, atualmente, o que mais cresce
no mercado. Nos últimos sete anos, a taxa
média de crescimento anual alcançou 21.7%.
Um dos fatores que contribuíram para tal
é um crescente número de fabricantes de
automóveis premium estar a decidir equipar
os seus veículos com pneus para toda as
estações, ou a disponibilizá-los ao cliente
enquanto equipamento opcional. Em 2021,
o crescimento atingiu 36,9%.
Os condutores querem estar preparados
para qualquer estação do ano, e sentirem-se
seguros em quaisquer condições climatéricas.
A nova geração de pneus para todas as
estações oferece a comodidade de um
único jogo de pneus apto para lidar com
severas condições de inverno, ao mesmo
tempo proporcionando conforto e eficiência
no período do verão. Algo extremamente
importante para os utilizadores de
veículos elétricos, em que a maximização
da autonomia pode afetar as decisões de
compra e os hábitos de consumo.
O segmento de pneus para todas as estações
assistiu a um crescimento significativo
A exigência da sociedade é cada vez
maior por produtos ambientalmente
responsáveis e, num futuro muito
próximo, não haverá espaço para
cadeias produtivas que não cumpram
estas exigências
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Reportagem Mercado
O relatório da ETRMA mostra que o segmento de pneus
para todas as estações é, atualmente, o que mais cresce
no mercado. Nos últimos sete anos, a taxa média de
crescimento anual alcançou 21.7%
na última década, impulsionado pelas
regulamentações europeias, e pela
máxima versatilidade e comodidade para
os condutores. A taxa de crescimento anual
superior a 20% deste segmento fala por si,
ELETRIFICAÇÃO É INEVITÁVEL
A indústria automóvel está a sofrer
uma enorme transformação, e novos
modelos de veículos elétricos estão a ser
introduzidos a um ritmo acelerado, o que
está a exigir grandes mudanças no fabrico
e comercialização de pneus. O mercado
automóvel global está a mudar à medida
que os fabricantes procuram desenvolver
veículos que causem um mínimo de impacto
ambiental ao longo do seu ciclo de vida.
Os fabricantes procuram sempre oferecer
aos condutores soluções avançadas que
satisfaçam as suas necessidades.
Há vários fabricantes de veículos elétricos
(VE) novos em ascensão nos Estados Unidos
e na China, em particular. Os fabricantes
europeus tradicionais de automóveis estão
também a eletrificar os seus modelos e a
comunicar ativamente os seus objetivos
e investimentos. Em 2030, até 60-70% dos
carros novos serão híbridos ou veículos
elétricos. No entanto, o ritmo desta mudança
varia de país para país.
Os primeiros carros a serem eletrificados
foram os modelos grandes e caros. Agora,
cada vez mais modelos de gama média,
mais pequenos estão a ser oferecidos com
motorizações elétricas. Vê-se cada vez
mais versões elétricas de pequenos carros
familiares e crossovers nas estradas. Para além
de ouvirem atentamente os construtores de
automóveis, os fabricantes de pneus também
prestam atenção ao mercado consumidor, e o
desenvolvimento de produtos coopera com
operadores de vários mercados, para manter
a gama de produtos moderna e atualizada.
FOCO NO BAIXO RUÍDO E NA
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
O desenvolvimento de pneus é um
processo com várias fases. Consiste no
desenvolvimento contínuo de produtos,
na criação de novas famílias e em inovações
técnicas. A potência, massa e baixo nível
de ruído dos VE estão entre os fatores que
orientam o desenvolvimento. Quando o carro
está quase silencioso, o baixo nível de ruído
dos pneus é uma melhoria substancial em
termos de conforto de condução. A estrutura
do pneu e o composto da banda de rodagem,
bem como a espessura da camada da banda
de rodagem, têm um grande impacto
no ruído do pneu e no ruído interior em
particular. Cada projeto de produto é apoiado
pela modelação e simulação do pneu em
computador. Por exemplo, a modelagem do
ruído permite verificar que a estrutura do
pneu ou o desenho da banda de rodagem
não criará picos de ruído perturbadores a
velocidades específicas.
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PNEUS
Vários regulamentos e decretos afetam o
desenvolvimento do produto. Por exemplo,
a resistência ao rolamento de um pneu, ou
seja, a eficiência energética pode precisar
de estar agora a um nível específico para
atingir a classificação “A”, que é a mais alta,
mas dentro de alguns anos, o limite será mais
apertado. No futuro, as questões relacionadas
com a resistência ao rolamento do pneu e
o seu fabrico sustentável serão ainda mais
enfatizadas. As características dos pneus
também serão ajustadas e adaptadas ainda
mais a modelos de VE específicos. Os carros
elétricos têm tipicamente elevadas potências
e as suas pesadas baterias fazem com que
pesem mais do que os carros com motor
de combustão interna (ICE). Os carros mais
pesados também demoram mais tempo a
parar, pondo maior ênfase na segurança.
Durante a última década, os carros elétricos
e híbridos fizeram uma transição de uma
parte algo marginal da indústria automóvel
internacional para um dos segmentos de
crescimento mais rápido. Segundo a Agência
Internacional de Energia, a quota global
de carros elétricos aumentou para 2% do
mercado automóvel no final de 2020. Isto
pode não parecer muito, mas há dez anos
atrás a sua quota global era próxima de
zero. As variações nacionais nas vendas de
automóveis elétricos da UE estão claramente
correlacionadas com o nível de vida de um
país.
De acordo com as novas estatísticas da
Associação dos Fabricantes Europeus de
Automóveis (ACEA), a quota de mercado
dos veículos elétricos a bateria mais do que
duplicou - de 3,5% no segundo trimestre de
2020 para 7,5% este ano - enquanto que os
híbridos plug-in representavam 8,4% de
todos os automóveis novos vendidos. Estes
factos demonstram a crescente penetração
de mercado dos automóveis elétricos e
híbridos. À medida que a tecnologia se
desenvolve e os VE estão a tornar-se cada vez
18 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

Principais tendências no mercado de pneus
mais comuns, a manutenção dos automóveis
está também a mudar. Para os automóveis
ICE, a mudança de óleo e o serviço de travões
são os componentes de manutenção mais
comuns. No caso dos VE, porém, o principal
fator de manutenção são os pneus.
PESO VE EXIGE MAIS DOS PNEUS
Os veículos elétricos são mais pesados do
que o normal devido ao peso das baterias.
Os veículos grandes e pesados exigem mais
dos pneus, o que também é tido em conta
no desenvolvimento do produto. Mesmo
quando um carro elétrico ou híbrido tem o
mesmo tamanho que um carro com motor
de combustão interna tradicional, utiliza
tipicamente um pneu de maior tamanho.
Os pneus são também postos à prova, uma
vez que o peso das baterias os sobrecarrega
mais durante as curvas e a aceleração, e o
binário do motor elétrico será retransmitido
para as rodas motoras mais rapidamente do
que num veículo ICE. Existe um equívoco
comum relacionado com o aumento do
desgaste dos pneus em carros elétricos.
Contudo, os testes de campo provaram que
não há nada com que se preocupar.
Os pneus de um carro elétrico moderno
desgastam-se muito mais lentamente do
que num carro com um motor de combustão
interna tradicional. Isto deve-se a um bom
controlo da tração. Os sistemas de assistência
ao condutor reduzem o deslizamento
utilizando o ajuste rápido de potência do
motor elétrico. Este sistema é muito mais
rápido do que nos veículos ICE, onde se
baseia na travagem e limitação da rotação
do motor. O estilo de condução continua a
ser o principal contribuinte para o desgaste
dos pneus, pelo que a vida útil dos pneus é
principalmente determinada pelo condutor.
As grandes mudanças
O
s mercados estão a viver uma profunda
transformação. Nos últimos 30 anos, os
hábitos e as necessidades dos
automobilistas mudaram significativamente. As
caraterísticas dos veículos, cada vez mais
pesados, mais cómodos e mais seguros, a
expansão da modalidade de uso partilhado dos
veículos, e o desenvolvimento do leasing, são
sinais visíveis disso mesmo.
Para mais, as alterações climáticas, e as
restrições ambientais cada vez mais severas,
também estão a ter um grande impacto. Neste
contexto, elencamos a seguir as principais
tendências e as mudanças nos mercados de
pneus.
Dimensão dos pneus a aumentar
A dimensão dos pneus está a aumentar, devido ao
facto de os veículos serem cada vez mais pesados.
Esta tendência tem impacto direto sobre o consumo
e as emissões de CO 2, num momento de alterações
climáticas e de escassez de recursos.
Pneus All Season em crescimento
Está a acontecer um forte crescimento no
segmento de pneus All Season, ou para Todas as
Estações. Pouco valorizados durante muito tempo
pelos automobilistas europeus, os pneus All
Season tiveram um notável êxito comercial no
Velho Continente nos últimos anos, chegando a
triplicar as suas vendas, em grande parte graças
aos avanços tecnológicos desenvolvidos pelas
marcas, ainda que também tenham influenciado
outros fatores, tais como: As alterações climáticas
e a aparição de nevões imprevisíveis; Alterações
na normativa europeia; Os benefícios para o
consumidor de não ter de comprar dois jogos de
pneus; O desenvolvimento de frotas de veículos e
o leasing.
O auge dos veículos elétricos
Com o desenvolvimento dos veículos elétricos, os
pneus recuperam protagonismo, dado que as
caraterísticas deste tipo de veículos exigem muito
mais dos pneus do que os mividos por motor de
combustão. Para oferecer uma boa performance,
um pneu para um veículo elétrico deve possuir
quatro qualidades essenciais:
• Duração, devido ao aumento do binário do motor
durante a aceleração e a desaceleração,
• Baixa resistência ao rolamento, crucial para a
autonomia,
• Capacidade de carga, fundamental para suportar
o peso das baterias,
• Redução do ruído, uma vez que 70% do ruído
gerado por um veículo elétrico provém do
rolamento, e não do motor.
Estos requisitos constituem uma oportunidade
única para os fabricantes exibirem as suas
tecnologias e os seus conhecimentos técnicos.
O QUE PROCURAR AO ESCOLHER
OS PNEUS PARA VE?
Ao escolher pneus para um veículo híbrido
ou elétrico, os três critérios mais importantes
geralmente incluem segurança, baixa
resistência ao rolamento, e baixo ruído. A
menor resistência ao rolamento alarga o
alcance do veículo. Os veículos elétricos são
silenciosos, o que torna o baixo ruído uma
questão de maior conforto de condução.
Para além de serem mais pesados e terem
maior binário, os veículos elétricos são
também mais silenciosos. É por isso que
não é surpreendente que os condutores de
VE procurem pneus com baixo ruído para
melhorar o seu conforto de condução. A
etiqueta de pneus da UE oferece informação
facilmente acessível sobre o nível de ruído e
resistência ao rolamento do pneu, tornando
assim fácil a comparação de diferentes pneus.
A menor resistência ao rolamento também
alarga o alcance do veículo. Quanto maior o
alcance, menos energia eléctrica é necessária,
resultando num transporte mais amigo do
ambiente. Os benefícios ambientais são o
principal efeito que o mundo espera ver da
utilização generalizada de veículos elétricos.
Os três critérios mais importantes para os
pneus de VE são:
- Segurança: o mais importante é considerar
o seu modo de condução e escolher os pneus
em conformidade.
- Baixa resistência ao rolamento: quanto
menor for a resistência ao rolamento, melhor
será a sua autonomia.
- Baixo ruído: a escolha de pneus silenciosos
para o VE irá melhorar o conforto de
condução. u
www.revistadospneus.com | 19

Mercado
Principais tendências no mercado de pneus
Por que não se deve usar pneus comuns em carros elétricos?
O
s pneus têm uma participação importante
no conjunto do projeto do veículo,
influenciando todo o seu comportamento
e performance. E é exatamente por isso que eles
devem ser produzidos “sob medida” para cada
projeto e arquitetura do veículo. Os carros elétricos
trazem exigências diferentes dos veículos
tradicionais com motor a combustão, o que resulta
em uma série de alterações nos projetos dos
pneus. Apesar de a estrutura básica ser a mesma
em termos de componentes - como talões, banda
de rodagem e ombros - os materiais utilizados, o
design e as capacidades de carga foram revistos.
Por exemplo: foram desenvolvidos compostos mais
resistentes e desenhos de banda de rodagem mais
sofisticados, além de reforços estruturais, para que
o peso adicional dos veículos elétricos pudesse ser
absorvido pelos pneus e que sua vida útil não fosse
afetada de forma significativa por um desgaste
prematuro.
Nos veículos elétricos os pneus precisam ser
capazes de trabalhar sob altos valores de torque e
potência, tendo ainda assim que disponibilizar
aderência, absorção de impactos e baixos níveis de
resistência ao rolamento para assegurar uma maior
autonomia.
Todas essas exigências são “antagónicas” para o
pneu, já que pneus de baixa resistência ao
rolamento geralmente são mais leves e com menos
massa, o que é mau para a emissão sonora.
Encontrar o balanço perfeito entre todas essas
necessidades, não renunciando a nenhuma delas,
é o grande desafio que os fabricantes de pneus
enfrentam na atualidade.
QUADRO I - AS EXPECTATIVAS DOS CONDUTORES EUROPEUS EM RELAÇÃO AOS PNEUS
NO FUTURO, EU GOSTARIA QUE OS MEUS PNEUS...
Outro obstáculo a ser superado está relacionado com
o conforto do condutor e passageiros, pois os pneus
são os grandes causadores das emissões sonoras
devido à sua “ressonância de cavidade”, onde o ruído
é causado pelo ar que preenche o espaço entre a
parede do pneu e a própria roda. Esse ar vibra quando
o pneu está em movimento em contato com o solo e
pode ser ouvido dentro do carro.
E o que pode acontecer caso um condutor opte por
usar pneus normais num carro elétrico?
Provavelmente terão um desgaste mais rápido
devido ao maior peso dos veículos elétricos. E essa
decisão pode também ter impacto na aderência de
travagem devido ao alto torque dos elétricos e na
autonomia do veículo, sem mencionar o
desconforto auditivo. Não é sem razão que há um
pneu desenvolvido sob medida para cada veículo.
SER MAIS SEGURO
UTILIZAR TECNOLOGIA DE SENSORES PARA
SE ADAPTAR A DIFERENTES CONDIÇÕES
ELIMINAR A NECESSIDADE DE
MUDANÇA SAZONAL DE PNEUS
44%
TOTAL
34% ALEMANHA
51% ITÁLIA
30% FRANÇA
50% REPÚBLICA
CHECA
56% POLÓNIA
34%
TOTAL
30% ALEMANHA
40% ITÁLIA
35% FRANÇA
28% REPÚBLICA
CHECA
35% POLÓNIA
33%
TOTAL
35% ALEMANHA
30% ITÁLIA
40% FRANÇA
28% REPÚBLICA
CHECA
34% POLÓNIA
DESGASTAM-SE MAIS LENTAMENTE
DO QUE ATUALMENTE
POUPAR COMBUSTÍVEL E,
ASSIM, ALARGAR O ALCANCE
DO MEU VEÍCULO ELÉTRICO
SER À PROVA DE PERFURAÇÕES,
REPARAR-SE-IAM A SI PRÓPRIOS
25%
TOTAL
27% ALEMANHA
19% ITÁLIA
21% FRANÇA
33% REPÚBLICA
CHECA
25% POLÓNIA
23%
TOTAL
28% ALEMANHA
23% ITÁLIA
19% FRANÇA
24% REPÚBLICA
CHECA
21% POLÓNIA
22%
TOTAL
19% ALEMANHA
20% ITÁLIA
17% FRANÇA
25% REPÚBLICA
CHECA
31% POLÓNIA
20 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

Mercado
Enormes
desafios para
os fabricantes
de pneus
A Comissão Europeia apresentou no passado
dia 10 de novembro a nova norma de emissões
Euro 7 para automóveis, ligeiros de mercadorias,
camiões e autocarros, que promete ser ainda
mais exigente nas medidas para limitar o impacto
dos veículos no ambiente
De acordo com o documento
apresentado, o objetivo desta
norma é regular a emissão de
gases no transporte rodoviário
que sejam prejudiciais à saúde. Ou seja, o
objetivo é existir uma só norma para ligeiros
e pesados, em vez de regras separadas, além
de incluir pela primeira vez no regulamento
limite às emissões de pneus (microplásticos) e
travões. Isto aplica-se também a carros elétricos
e híbridos ou com células de combustível.
A Comissão Europeia propõe uma revisão
dos limites de emissão Euro 7 da UE para
automóveis, uma medida que Bruxelas
explica com a necessidade da indústria
automóvel concentrar os seus esforços de
investimento na eletrificação para cumprir
a proibição de comercialização de veículos
de combustão e híbridos na UE a partir de
2035. Neste ano, todos os veículos vendidos
na UE terão zero emissões de CO2. Contudo,
em 2050, mais de 20% dos automóveis e
comerciais ligeiros, e mais de metade dos
veículos pesados da UE deverão continuar a
emitir poluentes a partir do tubo de escape
do veículo. Os veículos elétricos a bateria
também continuam a causar poluição pelos
travões e microplásticos dos pneus.
Fontes da UE explicam que a revisão teve
em conta que a indústria já está empenhada
na eletrificação e noutras inovações para
cumprir o objetivo a longo prazo de emissões
poluentes zero que requerem investimentos
significativos, pelo que, neste caso, quiseram
basear as mudanças nas tecnologias
existentes mas pouco utilizadas para reduzir
o impacto ambiental dos veículos. As novas
regras, cuja forma final deverá ainda ser
negociada entre o Parlamento Europeu e
o Conselho Europeu, aplicar-se-ão a todos
os veículos a gasolina e diesel, incluindo
automóveis, camiões e autocarros. Uma vez
adotado o regulamento, a data de entrada em
vigor é 1 de Julho de 2025 para automóveis
e ligeiros de mercadorias e 1 de Julho de
2027 para os veículos pesados.
AS NOVAS REGRAS DA NORMA EURO 7
Para automóveis de passageiros e pesados,
a proposta toma como ponto de referência
o limite mais rigoroso em vigor com Euro
6 e propõe-se generalizá-lo a todas as
tecnologias, de modo que, por exemplo,
se até agora era estabelecido um limite
de 60 mg/km para automóveis a gasolina
e 80 mg/km para automóveis a gasóleo,
propõe-se agora que seja limitado a um
máximo de 60 mg/km para todos os casos
a partir de 2025.
No caso de restrições mais severas à poluição
por partículas dos travões e pneus, será uma
questão essencial a longo prazo para além
de 2035, quando os veículos de combustão
deixarem de estar no mercado.
Embora o carro elétrico seja mais limpo, é
também 40% mais pesado do que os veículos
tradicionais e isto significa mais desgaste
nos travões e pneus, o que, por conseguinte,
emitirá mais partículas que são
prejudiciais à qualidade do ar.
22 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

Nova norma Euro 7 limita emissões de pneus
A Euro 7 diz que os ligeiros de
passageiros e mercadorias têm de
manter-se em conformidade até
atingirem os 200 mil quilómetros e os 10
anos de idade, duplicando o que estava
estipulado pela Euro 6
www.revistadospneus.com | 23

Mercado
Pela primeira vez no mundo um quadro regulatório sobre
emissões inclui limites às emissões de microplásticos dos
pneus e emissões das partículas com origem nos travões.
Todos os veículos serão abrangidos por esta nova regra,
incluindo os elétricos
As novas regras são neutras em termos de
combustível e de tecnologia, colocando os
mesmos limites independentemente de o
veículo utilizar gasolina, gasóleo, elétrico ou
combustíveis alternativos. De acordo com
a Comissão, as novas regras irão ajudar a:
• Controlar melhor as emissões de poluentes
atmosféricos de todos os veículos novos:
alargando o leque de condições de condução
que são cobertas pelos testes de emissões
na estrada. Estes irão agora refletir melhor a
gama de condições que os veículos podem
experimentar em toda a Europa, incluindo
temperaturas de até 45°C ou viagens curtas
típicas das deslocações diárias.
• Atualizar e tornar mais rigorosos os limites
de emissões poluentes: os limites serão
mais rigorosos para camiões e autocarros,
enquanto que os limites mais baixos
existentes para automóveis e carrinhas
serão agora aplicados independentemente
do combustível utilizado pelo veículo. As
novas regras também estabelecem limites
de emissão para poluentes anteriormente
não regulamentados, tais como as emissões
de óxido nitroso dos veículos pesados.
• Regulamentar as emissões dos travões e
pneus: as normas Euro 7 serão as primeiras
normas mundiais de emissões a ir além da
regulamentação das emissões dos tubos
de escape e estabelecer limites adicionais
para as emissões de partículas dos travões e
regras sobre as emissões de microplásticos
dos pneus. Estas regras aplicar-se-ão a todos
os veículos, incluindo os elétricos.
• Assegurar que os novos veículos se
mantenham limpos durante mais tempo:
todos os veículos terão de cumprir as regras
durante um período mais longo do que até
agora. O cumprimento para automóveis e
carrinhas será verificado até estes veículos
atingirem 200.000 quilómetros e 10 anos
de idade. Isto duplica os requisitos de
durabilidade existentes segundo as regras
Euro 6/VI (100.000 quilómetros e 5 anos
de idade). Serão efetuados aumentos
semelhantes para autocarros e camiões.
• Apoiar a instalação de veículos elétricos:
as novas regras irão regular a durabilidade
das baterias instaladas em automóveis e
carrinhas, a fim de aumentar a confiança
dos consumidores nos veículos elétricos. Isto
reduzirá também a necessidade de substituir
as baterias no início da vida útil de um veículo,
reduzindo assim a necessidade de novas
matérias-primas críticas necessárias para
produzir baterias.
• Fazer pleno uso das possibilidades digitais:
As regras Euro 7 assegurarão que os veículos
não sejam manipulados e que as emissões
possam ser controladas pelas autoridades
de uma forma fácil, utilizando sensores no
interior do veículo para medir as emissões
ao longo da sua vida útil.
PROPOSTA ASSENTA EM TRÊS PILARES
A Comissão Europeia baseia a sua proposta
em três pilares: a melhoria da qualidade do
ar em toda a União Europeia, que a reforma
deve ser considerada a longo prazo e pode
ser adaptada às mudanças tecnológicas e
também que deve ser uma revisão acessível
para os fabricantes e consumidores.
O Regulamento irá também reduzir a
burocracia para os fabricantes e simplificar
os testes para os tornar mais eficazes,
defendendo ao mesmo tempo o valor do
Euro 7, apesar de se esperar que seja aplicado
durante dez anos na União Europeia (2025-
2035), após o que a indústria europeia poderá
continuar a exportar veículos térmicos para
outros mercados como África, Índia ou Brasil,
onde não serão aplicados os mesmos critérios
de poluição zero.
Outro elemento diz respeito à extensão dos
períodos durante os quais os veículos devem
assegurar-se de que poluem abaixo dos
limites máximos tolerados, de modo a que
os automóveis e veículos sejam controlados
quanto ao cumprimento dos objectivos
durante dez anos e até 200.000 quilómetros
(em vez dos actuais cinco anos e 100.000
quilómetros).
ASSOCIAÇÕES REAGEM À NOVA PROPOSTA
A Associação dos Construtores Europeus
de Automóveis (ACEA) expressou “sérias
preocupações” sobre a proposta da Comissão
Europeia de novas normas de emissão
de poluentes para automóveis (Euro 7) e
camiões e autocarros (Euro VII). Com as atuais
normas Euro 6/VI, a UE tem as normas mais
abrangentes e rigorosas para as emissões
poluentes (tais como NOx e PM) do mundo.
As emissões de gases de escape já estão a um
nível pouco mensurável devido à tecnologia
de ponta dos veículos, disse a ACEA.
“A indústria automóvel leva muito a sério
o seu papel de reduzir tanto as emissões
de CO2 como as emissões poluentes. De
facto, no ano passado, fizemos uma proposta
24 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

Nova norma Euro 7 limita emissões de pneus
muito construtiva para uma nova Euro 7
que traria uma grande redução dos critérios
poluentes, melhorando assim a qualidade do
ar”, disse Oliver Zipse, presidente da ACEA.
“Infelizmente, o benefício ambiental da
proposta da Comissão é muito limitado,
ao passo que aumenta fortemente o custo
dos veículos. Concentra-se em condições
de condução extremas que quase não têm
qualquer relevância na vida real”.
A proposta Euro VII é particularmente dura
para os pesados, disse a ACEA. A associação
que representa a maioria dos fabricantes
de veículos europeus disse que a proposta
negligencia completamente a mudança
acelerada para veículos com emissões zero, e
também ignora o efeito dos futuros objetivos
de CO2 para veículos pesados.
“Para cumprir a Euro VII, os fabricantes
de camiões terão de transferir recursos
substanciais de engenharia e financeiros
dos veículos elétricos a bateria e a célula
de combustível de volta para o motor de
combustão interna. Isto terá um impacto
severo na nossa transição para veículos com
emissões zero. Não é bom para o clima, não
é bom para a saúde das pessoas e não é bom
para a indústria”, disse Martin Lundstedt, CEO
do Grupo Volvo e presidente do Conselho
de Veículos Comerciais da ACEA.
“Os decisores políticos devem concentrar-se
em medidas que acelerem a renovação da
frota, dando prioridade aos investimentos
em veículos com emissões zero, que terão
um impacto muito maior tanto na qualidade
do ar como na redução das emissões de
CO2”, disse Lundstedt.
O pacote legislativo Euro 7/VII provavelmente
não estará pronto antes de meados do final
de 2024, especialmente tendo em conta
a longa lista de testes adicionais que
abrange, de acordo com a ACEA. As datas
de implementação propostas - Julho de 2025
para automóveis e carrinhas e Julho de 2027
para veículos pesados - são irrealistas, dado
o enorme número de modelos e variantes de
veículos que precisam de ser desenvolvidos,
concebidos, testados e homologados antes
disso, afirmou. O Euro 7/VII corre, portanto, o
risco de ser muito complexo e dispendioso,
disse a ACEA.
A contribuição de partículas provenientes de
fontes sem escape, tais como o desgaste dos
travões e a abrasão dos pneus, irá ultrapassar
as emissões de partículas de escape. Tais
emissões (de todos os veículos, incluindo os
elétricos) devem estar no centro das atenções
tanto da Euro 7/VII como do regulamento
de homologação de pneus, uma vez prontos
novos e robustos procedimentos de ensaio,
disse a associação comercial.
O CECRA (Conselho Europeu do Comércio
e Reparação Automóvel), por sua vez,
congratula-se com os esforços da Comissão
em continuar a propor soluções para reduzir
as emissões poluentes. Devem ser tomadas
medidas para limitar o impacto do ambiente.
A Euro 7 irá sem dúvida contribuir para uma
indústria automóvel mais sustentável e
reduzir as emissões poluentes.
Além da Euro 7, o CECRA insta os decisores
políticos a concentrarem-se em medidas que
acelerem a renovação da frota, oferecendo
aos compradores europeus incentivos para
assegurar uma transição suave para veículos
com emissões zero. Isto com um claro impacto
tanto na qualidade do ar como na redução
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Mercado
Luta contra as partículas finas
Quando a borracha encontra a estrada...
Com a nova norma Euro 7, a luta contra as partículas foi alargada a estas emissões provenientes dos pneus,
reconhecidamente nocivas para a saúde e para o ambiente, de forma a aproximar-se dos objetivos da UE de mobilidade
livre de poluentes e emissões
C
omo resultado de valores limite cada
vez mais rigorosos e tecnologia cada
vez mais sofisticada, os veículos
modernos tornaram-se mais limpos e a poluição
de partículas finas causadas pela combustão
diminuiu. No entanto, apesar desse sucesso por
parte da indústria automóvel e do número
crescente de veículos elétricos, a poluição
causada por partículas finas – principalmente
nas cidades – continua alta. Isto acontece
porque a maioria das partículas finas no tráfego
rodoviário não são mais causadas pelos
sistemas de escape, mas por abrasão nos
travões e pneus.
Quando um carro, camião ou autocarro viaja
numa estrada, o atrito entre os pneus e as
superfícies da estrada assegura a aderência,
essencial para manter os veículos na estrada.
Sem este atrito, os veículos deslizam sobre as
estradas e comprometem a segurança. O atrito
entre os pneus e as estradas é necessário para
a aderência na estrada, mas também leva à
abrasão tanto do pneu como das partículas
geradas na estrada. Da mesma forma, as
partículas são libertadas pela fricção entre as
solas dos sapatos e os pavimentos ao andar.
Isto representa um desafio: como podem os
fabricantes reduzir as partículas de desgaste
dos pneus e das estradas sem afetar o
importante papel que os pneus desempenham
na segurança e mobilidade rodoviárias?
As partículas de desgaste dos pneus e das
estradas são uma mistura de fragmentos do piso
dos pneus e elementos da superfície da estrada,
tais como minerais e pó de estrada,
aproximadamente 50% cada um. Estas partículas
são geralmente consideradas microplásticos
devido à sua dimensão e composição.
Indústria trabalha para arranjar soluções
Ainda não se conhece o impacto real das
partículas de desgaste dos pneus e das estradas
na saúde ambiental e humana, mas a indústria
de pneumáticos está empenhada em contribuir
para arranjar soluções para este problema. A
Associação Europeia de Fabricantes de Pneus e
Borracha (ETRMA) esforça-se por um ambiente
limpo e estradas seguras. Trabalha em conjunto
com parceiros para preencher as lacunas de
conhecimento sobre pneus e partículas de
desgaste rodoviário e desenvolver soluções
práticas para reduzir os níveis destas partículas
no ambiente. Ao longo da última década, a
indústria de pneus tem liderado uma variedade
de projetos e iniciativas de investigação
internacionais:
A função mais importante dos pneus é segurar o
veículo na estrada, que é um aspeto vital da
segurança rodoviária. Para o fazer, é necessário
causar atrito e isto leva à abrasão tanto do pneu
como da estrada, gerando partículas,
conhecidas como Partículas de Pneus e de
Desgaste Rodoviário (TRWP - Tyre and Road
Wear Particles). Da mesma forma, as partículas
também são libertadas pelo simples atrito entre
as solas dos sapatos e os pavimentos ao andar.
TRWP são uma mistura de fragmentos do piso
do pneu e elementos da superfície da estrada,
tais como minerais e pó de estrada,
As novas normas de emissões Euro 7 assegurarão que os
automóveis, camiões e autocarros sejam muito mais limpos,
em condições de condução reais e por um período muito mais
longo do que ao abrigo das normas atuais
26 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

Nova norma Euro 7 limita emissões de pneus
aproximadamente 50% cada um. Geradas pelo
atrito entre estradas e superfícies de pneus, são
chamadas microplásticos libertados
involuntariamente.
A plataforma TRWP foi lançada pela ETRMA e
facilitada pela Rede Europeia de Empresas para a
Responsabilidade Social das Empresas em 2018. A
plataforma reúne governos, academias,
organizações não governamentais e indústrias.
Através de um diálogo aberto e inclusivo, a
Plataforma visa partilhar conhecimentos
científicos, alcançar um entendimento comum dos
possíveis efeitos das partículas geradas durante a
utilização e desgaste normais dos pneus.
ETRMA empenhada em contribuir para um
ambiente saudável
A ETRMA está empenhada em contribuir para
um ambiente saudável. É por isso que, durante
a última década, a indústria de pneus tem
colaborado para desenvolver uma melhor
compreensão do destino e possíveis efeitos das
partículas geradas durante a utilização e
desgaste normais dos pneus, no âmbito do
Projeto da Indústria de Pneus, que está sob a
égide do Conselho Empresarial Mundial para o
Desenvolvimento Sustentável (WBCSD).
Um estudo da ETRMA indica que até 5% do
TRWP libertado pode atingir os estuários e que
os fatores mais importantes que afetam o
transporte do TRWP para o estuário são o seu
diâmetro e densidade. Isto significa que existe
um elevado potencial de captura e retenção
considerável de TRWP antes de chegar à água
doce ou mesmo ao estuário.
plenamente empenhada nos desafios
ambientais dos pneus, incluindo a necessidade
de desenvolvimento de um método de ensaio
fiável para medir os desempenhos de abrasão,
um trabalho já iniciado pela indústria, em
diálogo com as instituições europeias.
Os membros do Projeto da Indústria de Pneus
também contribuíram para o desenvolvimento
de normas ISO recentemente publicadas sobre
Partículas de Pneus e Partículas de Desgaste
Rodoviário. Atualmente, ainda existem áreas de
investigação em curso sobre o destino e
transporte de pneus e partículas de desgaste de
estradas (TRWP) e o seu impacto no ambiente.
Poluição causada pelo desgaste dos pneus é
1.000 vezes pior que as emissões de escape
As emissões de não-escape (Non-Exhaust
Emissions-NEE) são partículas libertadas para o
ar devido ao desgaste dos travões, desgaste dos
pneus, desgaste da superfície da estrada e
ressuspensão do pó da estrada durante o uso de
veículos na estrada. Não existe legislação para
limitar ou reduzir as NEE, mas estas causam
muita preocupação em relação à qualidade do ar.
• A regulamentação rigorosa sobre as emissões
de escape imposta pela UE fez com que os
carros novos emitam muito menos poluição por
partículas
• Mas a poluição por pneus não é
regulamentada e pode ser 1.000 vezes pior,
afirmam especialistas independentes com base
em testes
• O aumento da popularidade dos SUVs, maiores
e mais pesados agrava esse problema - assim
como o aumento das vendas de veículos
pesados de serviço e o amplo uso de pneus
económicos
• A instalação apenas de pneus de alta
qualidade e a redução do peso dos veículos são
fundamentais para reduzir estas emissões
As partículas nocivas dos pneus - e também dos
travões - são um problema ambiental muito
sério e crescente, que está a ser exacerbado
pela crescente popularidade de veículos
grandes e pesados, como SUVs, e pela
crescente procura por veículos elétricos, mais
pesados que os carros comuns por causa de
suas baterias. Além disso, a poluição por
desgaste dos pneus dos veículos não é
regulamentada, ao contrário das emissões de
escape que foram rapidamente reduzidas pelos
fabricantes de automóveis, devido à pressão
exercida pelas normas europeias de emissões.
Neste momento os carros novos emitem muito
pouco em termos de material particulado, mas
há uma crescente preocupação com este tipo
emissões.
Atualmente, acredita-se que as NEE constituam
a maioria do material particulado primário dos
transportes rodoviários, 60% das PM2,5 e 73%
das PM10. Para entender a escala do problema,
a Emissions Analytics - o principal especialista
independente em testes e dados globais para a
medição científica de emissões no mundo -
realizou alguns testes iniciais de desgaste dos
pneus. Usando uma berlina familiar com pneus
novos e insuflados corretamente, descobriu que
o carro emitia 5,8 gramas de partículas por
quilómetro.
Em comparação com os limites regulamentados
de emissão de gases de escape de 4,5
miligramas por quilómetro, a emissão não
regulamentada dos pneus é mais de 1.000
vezes pior. A Emissions Analytics observa que os
valores podem ainda ser mais elevados se o
veículo tiver pneus com pouca pressão ou a
superfície das estradas utilizadas forem mais
ásperas ou os pneus usados forem de má
qualidade.
Nick Molden, CEO da Emissions Analytics, disse:
“É hora de considerar não apenas o que sai do
tubo de escape de um carro, mas também a
poluição de partículas causada pelo desgaste de
pneus e travões. Os nossos testes iniciais
revelam que pode haver uma quantidade
chocante de poluição de partículas dos pneus
– mais de 1.000 vezes pior que as emissões de
escape de um carro. O que é ainda mais
assustador é que, embora as emissões de gases
de escape tenham sido rigorosamente
regulamentadas durante muitos anos, o
desgaste dos pneus é totalmente desregulado
- e com o aumento crescente nas vendas de
SUVs e carros elétricos movidos a bateria mais
pesados, as emissões de não-escape (NEE) são
um problema muito sério”.
No curto prazo, a instalação de pneus de alta
qualidade é uma maneira de reduzir essas NEE,
assim como ter pneus sempre com a pressão no
nível correto. Em última análise, porém, a indústria
automobilística pode também ter que encontrar
maneiras de reduzir o peso dos veículos.
O que são os
microplásticos?
Os ‘microplásticos’ são pedaços de plástico no
ambiente que provêm de diferentes fontes. Não
existe uma definição única de microplásticos,
mas o termo geralmente refere-se a partículas
com um diâmetro de 5 mm ou inferior a 5 mm
que incluem material polimérico (“plástico”) na
sua composição. O impacto total dos
microplásticos sobre o ambiente e a saúde
humana é ainda desconhecido e objeto de
investigação em curso.
Quais são os fatores geradores de
partículas?
Muitos fatores afetam as taxas de abrasão do
piso dos pneus (a quantidade total de massa
perdida da superfície do pneu devido à
interacção com a estrada por unidade de
distância):
Conceção dos pneus
• A composição do pneu e a distribuição das
forças quando o pneu e a estrada interagem
Características do veículo
• Peso, distribuição da carga, localização das
rodas motrizes e tipos de suspensão
Superfície das estradas
• Material, desenho de escoamento, rugosidade
Clima
• Húmido ou seco, quente ou frio
Topologia rodoviária
• Montanha ou plano, sinuoso ou reto
Comportamento ao volante
• Condução desportiva ou suave, velocidade
elevada ou moderada, respeitando a pressão de
inflação correta, travagem
Fatores como o comportamento de condução,
características da estrada e do veículo, podem,
em conjunto, ter uma influência muito maior no
ritmo a que os pneus e as partículas de
desgaste da estrada são formados do que
apenas a conceção dos pneus. É por isso que é
tão importante adotar uma abordagem holística
ao enfrentar este desafio.
www.revistadospneus.com | 27

Atualidade
20 anos
a contribuir
para um futuro
sustentável
Decorreu a 22 e 23 de novembro, no Vidago Palace Hotel, em
Chaves, o vigésimo Encontro Anual da Valorpneu, uma jornada
de trabalho e também de celebração dos vinte anos de
atividade como entidade gestora de pneus em fim de vida
O
propósito deste Encontro foi apurar
as novas tendências do setor, abordar
os avanços na área do Ambiente, os
objetivos que a Valorpneu se propõe
a atingir no futuro e a melhor forma de disseminar
as boas práticas no setor. Durante dois dias, operadores
da rede e outros stakeholders do sector
puderam partilhar experiências e discutir alguns
temas para potenciar o crescimento do Sistema
de Gestão de Pneus Usados em Portugal (SGPU).
O primeiro dia foi de convívio entre os convidados,
com uma visita por alguns locais emblemáticos de
Chaves. No segundo dia decorreu uma sessão de
trabalho que contou com algumas apresentações
sobre a Valorpneu, intervenções institucionais e
uma mesa redonda intitulada “Valorpneu: Há 20
anos a contribuir para um futuro sustentável”.
Com um painel de comentadores bastante completo,
foi Hélder Pedro, Gerente da Valorpneu,
que deu as boas-vindas aos convidados e fez uma
breve apresentação da Valorpneu enquanto entidade
gestora com duas décadas de existência “que
sempre cumpriu os seus objetivos e que desde o
início da sua atividade tem como foco contribuir
para a Economia Circular”. Das presenças institucionais
fizeram parte a Direção Geral das Atividades
Económicas (DGAE) e a Agência Portuguesa do
Ambiente (APA), que elogiaram o trabalho da
Valorpneu durante os seus 20 anos de atividade,
o seu contributo para a sustentabilidade do SGPU
e sublinharam o importante papel que a entidade
gestora vai assumir no futuro.
“A DGAE e a APA estão este ano a finalizar os trabalhos
de revisão do novo quadro legal aplicável aos
fluxos de resíduos abrangidos pela responsabilidade
alargada do produtor e onde serão definidas
as regras para a atribuição de novas licenças a partir
de janeiro de 2024”. Esta informação foi adiantada
por Fernanda Dias, diretora geral da Direção Geral
das Atividades Económicas, através de um vídeo,
na impossibilidade de estar presencialmente no
Encontro. Adiantando que neste contexto e “tendo
em conta que estão a ser definidos os critérios de
Ecomodelação, previstos no UNILEX, as entidades
gestoras têm de considerar o Ecodesign no modelo
de cálculo de valor das prestações financeiras”, “a
prestação financeira (Ecovalor) a pagar pelos produtores
será maior ou menor consoante demonstrem
maiores ou menores preocupações de sustentabilidade
ambiental e de economia circular”.
Estes critérios serão importantes na nova vaga de
licenças, afirmou Fernanda Dias, referindo que os
Este ano a Valorpneu está de parabéns,
celebra 20 anos de atividade! Esta
celebração teve o seu auge no 20º Encontro
Valorpneu, que decorreu nos dias 22 e 23 de
novembro, no Vidago Palace Hotel, em Chaves
28 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

20º Encontro Valorpneu

Reportagem Atualidade
Durante dois dias, operadores da rede e outros
stakeholders do sector puderam partilhar experiências
e discutir alguns temas para potenciar o crescimento
do Sistema de Gestão de Pneus Usados em Portugal
pneus usados terão um papel preponderante
e, consequentemente, a Valorpneu
enquanto entidade gestora de pneus em
Portugal, “irá desempenhar um papel essencial
perante este desafiante quadro legislativo
que irá entrar em vigor”.
Durante a sessão de abertura, Ana Cristina
Carrola, vogal do Conselho Diretivo da APA,
enalteceu o contributo que a Valorpneu deu
como entidade gestora dos pneus em fim
de vida, bem como o papel fulcral de todos
os parceiros envolvidos. A responsável sublinhou
ainda que “o atual modelo de desenvolvimento
económico não é sustentável
e que por isso existem muitos desafios
emergentes”.
BALANÇO DO ANO 2022 MUITO POSITIVO
O evento prosseguiu com um balanço da
Valorpneu em 2022, com as contribuições
de Climénia Silva (Diretora Geral), Diogo
Aresta (Departamento Rede Produtores),
Paulo Silva (Departamento Logística Rede
Transportes e Valorização), Dora Gervásio,
(Departamento Logística Rede Recolha)
e Sara Duarte Silva (Departamento de
Marketing e Comunicação).
Climénia Silva, diretora geral da Valorpneu,
começou por abordar os factos mais relevantes
de 2022, que passam, entre outros,
pela Guerra na Ucrânia, pelo agravamento
das condições económicas, pela adaptação
às alterações legislativas ocorridas em 2021,
pela aplicação de novos critérios e normas,
pelo reforço da operação no SGPU e pela
aposta na prevenção, SC&E e na I&D. Quanto
a números, a responsável pela Valorpneu,
referiu que em 2022 vão ser recolhidos cerca
de 86.600 toneladas de pneus usados, evitando
a produção de 160.000 toneladas de
emissões de CO2, o que leva a que mais uma
vez a taxa de recolha esteja acima das suas
obrigações, chegando aos 114%. As 72.700
toneladas de pneus recolhidos que estão
dentro do objetivo da sua licença tiveram
como destino a reciclagem (84,9%), a valorização
energética (11,6%) e a recauchutagem
(2,8%). As 86.600 toneladas de pneus
usados recolhidas evitam a produção de
160.000 toneladas de emissões de CO2 e o
consumo de 5 000 TJ de energia.
No âmbito das atividades para garantir a
sustentabilidade do setor, Climénia Silva
destacou o programa de inovação NextLap,
promovido em conjunto com a Recicladora
Genan e com a consultora de inovação Beta-i,
com vista a encontrar novas soluções para
QUADRO I – EVOLUÇÃO DOS PNEUS COLOCADOS NO
MERCADO, GERADOS, RECOLHIDOS E EXISTÊNCIAS (T)
100 000
90 000
80 000
70 000
60 000
50 000
40 000
30 000
20 000
10 000
0
2003 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 00 01 E2023
QUADRO II - 2022 – UM ANO DE CRESCIMENTO MODERADO
Pneus colocados
no mercado
E 2022 (t) 2021 (t) 2020 (t) 2019 (t)
Var.
E22/21
Var.
21/20
Var.
20/19
95 500 93 603 84 432 97 948 + 2% + 11% - 14%
Pneus usados gerados 75 700 73 746 67 095 75 095 + 3% + 10% - 11%
Pneus recolhidos 86 600 84 262 74 515 80 831 +3% +13% - 8%
Taxa de recolha 114,4% 114,3% 111,1% 107,6% + 0,1 p.p.
+ 3,2
p.p.
+ 3,5
p.p.
Pneus usados recolhidos e tratados no âmbito do SGPU Pneu colocados no mercado
(pagam ecovalor) Existências processadas Pneus usados gerados
30 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

20º Encontro Valorpneu
os materiais derivados da reciclagem de
pneus usados e dos seus componentes.
Diogo Aresta Branco explicou como os produtores
estrangeiros de pneus podem aderir
à Valorpneu, bastando escolher e nomear
uma entidade nacional como representante.
Segue-se a celebração de mandato entre
produtor estrangeiro e RA e a submissão
SILiAmb. RA assume todas as responsabilidades
declarativas e financeiras do produtor
estrangeiro, perante autoridades e
Valorpneu.
Dora Gervásio apresentou o panorama atual
da rede de recolha de pneus usados, referindo
que foi lançado em julho concurso para abertura
de novos centro de recolha em Lisboa/
Santarém, Beja e Faro. Em Lisboa/Santarém
foram selecionados dois candidatos - BRSS
- Recuperação de Resíduos, Lda. (Alenquer)
e TRIU - Técnicas de Resíduos Industriais e
Urbanos, S.A. (Samora Correia); Em Beja o
candidato único não cumpriu requisitos para
integrar rede de recolha; e em Faro o concurso
deserto. No Sotavento Algarvio está
em curso processo de contratação direta
de operador económico para realização de
armazenagem preliminar de pneus usados.
Sobre as norma técnicas para a armazenagem
preliminar de pneus usados, Dora Gervásio
lembrou que os Centros de Recolha são obrigados
ao cumprimento de requisitos de exploração,
onde se inclui a Manutenção dos
sistemas de drenagem, Identificação dos
locais de deposição, Formação dos trabalhadores
e Dimensão máxima das pilhas /
baias, entre outros.
Paulo Silva apresentou a rede de transporte
de pneus usados que neste momento conta
com vinte e um transportadores, sendo
19 do Continente, 1 da R.A. Açores e 1 da
R.A. Madeira. Em Outubro foram enviados
a todos os Transportadores os resultados
do desempenho anual 2021: Média Anual
= 82,61% (-0,63p.p. face 2020). De forma a
promover o progresso, em Novembro enviou-se
a todos os Transportadores os resultados
da evolução do seu indicador anual
entre 2019-2021: Acumulado variação dos
p.p.= +0,06p.p.
Com o objetivo da melhoria do desempenho
do Transportador a Valorpneu voltará a atribuir
um reconhecimento aos Transportadores
Prémios entregues
a duas entidades
N
o âmbito do 20º Encontro Anual da Rede
foi ainda atribuído o Prémio de Centro
de Receção de Pneus Usados, que este
ano foi entregue a duas entidades,
nomeadamente a Metais Jaime Dias, S.A. e a
Benta&Benta Lda.. Os critérios de atribuição dos
prémios, incluem a Certificação ambiental;
Ausência de contaminantes na armazenagem;
Nível de organização do espaço; Ocorrência de
incidentes na caraterização das origens;
Cumprimento do prazo de registo de receções
das cargas entregues; Volume de expedições
para reutilização e recauchutagem; entre outros.
As pontuações são atribuídas através de dados
extraídos do sistema de informação da
Valorpneu e dos dados qualitativos das visitas
realizadas aos Centros de Receção. O Centro de
Receção com melhor desempenho é o que
obtém a melhor classificação ponderada numa
escala de 0 (zero) a 100.
QUADRO III – DESTINO DAS 86.600 T DE PNEUS RECOLHIDOS
QUADRO IV – APLICAÇÕES FINAIS DA RECICLAGEM
Quantidade recolhida e tratada voluntariamente
Quantidade recolhida e tratada no âmbito da Licença
APLICAÇÕES FINAIS
MERCADO GEOGRÁFICO
Recolha
além do
objetivo
Objetivo
recolha
Recolha
dentro do
objetivo
13,900 t
72,700 t
61,700 t
84,9%
Valorização energética
voluntária
8,400 t
11,6%
Outros
Recauchutagem
(não nominativa)
Reciclagem
Valorização
energética
8,0%
48%
5% 4%
34%
1%
33%
18%
49%
600 t
0,8%
2,000 t
2,8%
Indústria Borracha
Relvados Sintéticos
Pavimentos Diversos
Outros
MBB
Indústria Isolamentos
Outros
Portugal
Europa
www.revistadospneus.com | 31

Reportagem Atualidade
20º Encontro Valorpneu
A Valorpneu voltou a reunir presencialmente
no seu Encontro Anual alguns dos responsáveis
dos Centros de Receção e entidades ligadas ao tratamento
e valorização dos pneus em fim de vida
ainda este ano. Sobre a rede de valorização,
Paulo Silva alertou para os desafios
que se colocam face à iminência de várias
ameaças e restrições ao mercado das aplicações,
designadamente os microplástico,
e por isso é necessário que existam novas
soluções emergentes que têm por base a
reciclagem química, pirólise e desvulcanização,
como por exemplo a produção de
carbon black reciclado. Desenvolvimentos
nos processos de fabrico das cimenteiras implicam
uma maior exigência nas dimensões
e qualidade dos combustíveis alternativos
originando alterações no processo de corte
do fragmentado de pneu usado.
PRESENTE E FUTURO EM DEBATE
Como já vem sendo habitual nestes encontros,
realizou-se uma “mesa redonda” sobre
os vinte anos de atividade da Valorpneu, moderada
por Sofia Arnaud, Diretora da Cunha
Vaz & Associados) e que contou com as intervenções
de Ana Cristina Carrola (Membro do
Conselho Diretivo da APA), Carlos Marques
(Administrador da Fedima Tyres), Eduardo
Santos (Managing Partner da 3 Drivers) e
Helder Pedro (Gerente da Valorpneu).
Neste fórum foram também debatidas as
principais inovações e contributos para o
setor dos pneus em fim de vida, onde mais
uma vez foi destacado o programa NextLap,
cuja primeira edição trouxe um contributo
significativo na procura de soluções para
estas matérias e, mais do que isso, criou um
elo de ligação entre empresários e a indústria,
que era, de acordo com Climénia Silva, a
componente que faltava neste tipo de programas,
onde a Valorpneu foi pioneira em
2008 com o lançamento do Prémio Inovação.
Ana Cristina Carrola, Membro do Conselho
Diretivo da APA, falou de regulamentação e
destacou a importância da inovação tecnológica
e da colaboração em qualquer área
de negócio, nomeadamente no setor dos
pneus usados. Neste contexto, o conceito de
“eco-modelação” foi também sobejamente
falado, na medida em que “discrimina positivamente
os produtores”, fazendo com que
privilegiem “materiais reciclados nos novos
produtos”, deixando de fora as “substâncias
e os materiais” mais poluentes, explica Ana
Cristina Carrola.
Este ano a Associação Florestal e Ambiental
do Concelho de Chaves foi a instituição escolhida
pela Valorpneu para a redução do
impacto ambiental deste 20º Encontro da
Rede. u
QUANDO V - APLICAÇÕES DE GRANULADO ENTRE
2016-2021 (TON)
QUADRO VI – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE PRODUTORES
ADERENTES AO SGPU
2016 2017 2018 2019 2020 2021
18.000
15.000
12.000
9.000
6.000
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
325
441
511
606
691
886
1.109
1.191
1.290
1.451
1.652
1.787
1.973
2.105
2.156
2.304
1.845
1.972
2.095
2.100
0
Relvados
Sintéticos
MBB
Pavimentos
Diversos
Indústria
Isolamentos
Indústria
Borracha
Outros
Pisos Hipismo
0
2003 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 2022
32 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

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Novidade

Continental lança 5ª geração do Conti Hybrid
Máximo
desempenho
global
A Continental lançou a 5ª geração do Conti Hybrid, uma
nova gama de pneus para veículos pesados que surge
para dar resposta aos desafios atuais das rotas regionais,
embora também possa cumprir uma importante função
em percursos longos de auto estrada
A
nova linha de pneus Conti
Hybrid Generation 5 surgiu para
responder aos desafios atuais,
sobretudo ao nível das rotas
regionais, embora possam também cumprir
uma importante função em percursos
de autoestrada. Para esta 5ª Geração, a
Continental conta com o Conti Hybrid HS5
para o eixo de direção e o Conti Hybrid HD5
para o eixo motor, na medida 22,5 polegadas.
Os pneus satisfazem os diversos requisitos
de utilização dos operadores de frota, seja
em aceleração, travagem, manobras e curvas
frequentes numa variedade de superfícies
de estrada.
Para cumprir com estes desafios, os novos
pneus apresentam pisos inovadores e
compostos de borracha de última geração
que proporcionam um bom desempenho,
excelente quilometragem, durabilidade e
tração, com uma resistência ao rolamento
otimizada.
A nova estrutura da banda de rodagem
do Conti Hybrid HD5 protege a banda de
rodagem e o invólucro muito eficazmente
contra danos de pedras no eixo motor.
Ranhuras centrais com cavidades crescentes
na segunda metade da vida útil do pneu e
ejetores de pedra especiais impedem que
as pedras fiquem incrustadas no pneu.
Esta nova linha de pneus oferece um
desempenho global excecional durante
toda a vida útil dos pneus, uma vez que foram
desenvolvidos especialmente para satisfazer
as exigências do transporte regional.
5ª GERAÇÃO SATISFAZ
REQUISITOS DOS FROTISTAS
Uma vez que gerir um negócio é uma
maratona e não um sprint, o novíssimo
pneu Conti Hybrid HS5 de eixo direccional
permite aos veículos da frota cobrir distâncias
mais longas do que nunca - especialmente
quando se trata dos requisitos das operações
regionais. Um novo composto de banda de
rodagem para o eixo de direcção com uma
quantidade extra-alta de borracha natural
permite uma robustez impressionante
e uma elevada integridade da banda de
rodagem para um desgaste uniforme
e uma elevada resistência aos cortes ao
longo de toda a vida útil do pneu. Além
A nova linha de pneus Conti Hybrid
Generation 5 surgiu para responder
aos desafios atuais, sobretudo ao nível
das rotas regionais, embora possam
também cumprir uma importante
função em percursos de autoestrada
www.revistadospneus.com | 35

Novidade
disso, uma combinação inteligente de dois
compostos diferentes permite um equilíbrio
entre alta quilometragem e boa resistência
ao rolamento, resultando em eficiência de
combustível.
Além disso, uma nova carcaça permite uma
excelente distribuição da pressão na área
de contacto com a estrada sob condições
de carga variáveis, o que resulta numa
melhoria significativa da quilometragem,
maior resistência e uma forma de desgaste
uniforme.
Os compostos de borracha utilizados na
5ª Geração dos pneus Conti Hybrid foram
desenvolvidos especialmente para satisfazer
as exigentes do transporte regional.
A construção em duas camadas e compostos
inovadores, permite uma quilometragem
elevada e uma robustez considerável, ao
mesmo tempo que optimiza a resistência
ao rolamento na utilização do transporte
regional. Isto também tem um impacto
positivo na eficiência do combustível e
nas emissões de CO2. Tanto o Conti Hybrid
HS5 para o eixo direcional como o Conti
Hybrid HD5 para o eixo motor oferecem
um desempenho exemplar em todas
as condições climatéricas, mesmo com
profundidades residuais do piso.
BENEFÍCIOS DA RECAUCHUTAGEM
Ao escolher o pneu mais adequado para um
perfil de aplicação particular, a Continental
dá sempre uma cuidadosa atenção à solução
de recauchutagem apropriada. “Esforçamonos
por encontrar a melhor solução para
a aplicação e o cliente em particular. De
facto, tudo isto começa ainda mais atrás na
fase de desenvolvimento de pneus, com as
nossas equipas de engenheiros para pneus
novos e recauchutados a trabalharem em
conjunto uns com os outros”, refere Ralf
Benack, responsável pelas soluções de frota
para a região EMEA na Continental.
Relativamente aos benefícios oferecidos pela
recauchutagem, este responsável refere “Por
um lado, há o aspeto da sustentabilidade: ao
recauchutar um pneu, podemos reutilizar
cerca de 70% do pneu original, poupando
matéria-prima, água e energia. E depois há
o aspeto do custo: a recauchutagem é mais
barata do que os pneus novos - mas também
completamente segura e muito durável.
Um pneu Continental desgastado que foi
recauchutado profissionalmente utilizando
as nossas soluções de recauchutagem a
quente ou a frio oferece exatamente o
mesmo desempenho que um pneu novo
Continental”.
No processo de recauchutagem, uma nova
banda de rodagem e borracha lateral é
Nova filosofia “Lowest Overall Driving Costs”
LODC (Lowest Overall Driving Costs -
Custos Gerais de Condução Mais Baixos)
O é uma nova filosofia da Continental, no
sentido de apoiar as frotas na redução total dos
custos de operação. O LODC integra todos os
custos influenciados pelos pneus, entre eles, a
escolha do tipo produto, a gestão da manutenção
de pneus, o planeamento de serviços, o consumo
de combustível, o tempo de atividade do veículo,
operações digitais da frota, ciclo de vida do
produto, pegada ecológica, processos
administrativos, entre outros.
Através desta filosofia, a Continental propõe
soluções ao nível do produto (como é o caso do
novo Conti Hybrid geração 5), serviços (redes
oficinais, segunda vida dos pneus, etc) e também
dos dados sobre pneus. Deste modo, a Continental
pretende com o LODC ter uma abordagem
holística a tudo o que envolve o pneu do pesado,
criando o máximo valor através de um abordagem
conjunta e integrada.
Equilíbrio perfeito
LODC está no centro da abordagem de consultoria
abrangente da Continental que ajuda os clientes
de frotas a minimizar os seus custos operacionais
relacionados com os pneus. Para a Continental, só
é possível aproveitar plenamente o seu potencial
com a ajuda de uma boa solução LifeCycle
completa com gestão de carcaças e um elevado
nível de transparência na utilização de pneus
através de soluções digitais. Desta forma, o LODC
atinge o equilíbrio perfeito entre economia,
ecologia e segurança.
Esta nova abordagem da Continental foi concebida
deliberadamente para ser de natureza colaborativa,
o que significa que precisa de confiança e
transparência de ambos os lados. Por exemplo, o
cliente da frota fornece os dados telemétricos e a
Continental utiliza estes dados para apresentar
propostas de redução de custos, que depois
implementa em conjunto. Em vez de simplesmente
calcular as economias potenciais, envolve-se
ativamente em conjunto com a rede de parceiros de
serviços para alcançar resultados tangíveis.
A premissa básica da abordagem LODC é que o
aconselhamento pós-venda irá gerar um claro
valor acrescentado para os clientes. A análise
prepara o caminho para uma combinação de
produtos, serviços e soluções destinadas a
minimizar os custos do cliente e criar uma
parceria duradoura.
Aplicável a todas as frotas
Esta nova abordagem de consultoria é aplicável a
frotas de qualquer dimensão, abrangendo todo o
tipo de aplicações e configurações diferentes. A
Continental trabalha em conjunto com os seus
parceiros retalhistas para chegar a uma solução
ótima para cada cliente específico, com base no
seu perfil individual. A ContiTrade desempenha um
papel fundamental quando se trata de questões
como a melhoria contínua da qualidade do serviço
e o aperfeiçoamento das soluções de gestão de
pneus. No entanto, isto não significa que os
parceiros independentes sejam menos
importantes. Pelo contrário, eles formam um elo
vital para os utilizadores finais dos pneus
Continental e continuarão a fazê-lo no futuro.
Os pontos chave na metodologia LODC são sem
dúvida a seleção ótima dos pneus, maximização
do tempo de funcionamento, medidas para
aumentar a quilometragem dos pneus e a
eficiência de combustível, assistência orientada
por dados de gestão resultando em verificações
de pneus no momento exato, um serviço de
avarias 24/7, e a otimização dos processos de
encomenda, administrativos e de faturação.São
utilizadas soluções digitais inteligentes para
otimizar a manutenção e a pressão dos pneus. Isto
prolonga a vida útil dos pneus, aumenta o tempo
de funcionamento e poupa combustível.
36 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

Continental Conti Hybrid
A Continental pretende com o LODC (lowest overall driving
costs - custos gerais de condução mais baixos) ter uma
abordagem holística a tudo o que envolve o pneu
do pesado, criando o máximo valor
aplicada à carcaça desgastada dos pneus
que ainda são de boa qualidade estrutural.
O pneu recauchutado é então submetido
a um processo de cura para vulcanizar
a nova borracha para a carcaça original.
Isto resulta num pneu novo com um
novo padrão da banda de rodagem que
satisfaz todos os requisitos em termos
de segurança e durabilidade. “As nossas
soluções de recauchutagem utilizando
carcaças Continental bem conservadas
podem reduzir os custos dos pneus de um
operador de frota em 30 a 40 por cento. É
também isto que torna a recauchutagem um
fator importante para a nossa abordagem
LODC e para a sustentabilidade em geral”,
sublinha Ralf Benack.
SETOR DOS TRANSPORTES REGIONAIS
GANHA PROTAGONISMO
O setor dos transportes e da logística está
a ter uma evolução sem precedentes.
As mudanças no comportamento dos
consumidores e o rápido crescimento das
compras online levaram a que o setor dos
transportes se tornasse um dos maiores
ramos de negócio na Europa. O transporte
regional, sobretudo, está a ganhar cada vez
Inovações e tecnologias da nova Geração 5
Conti Hybrid Geração 5 (GEN5) é uma
série de produtos completamente nova
O em relação à anterior Geração 3 (GEN3).
“Na fase de desenvolvimento, abordámos todos os
fatores chave para um pneu. Por exemplo, a banda
de rodagem foi redesenhada, a carcaça otimizada,
um novo composto de banda de rodagem
desenvolvido e a disposição do flanco repensada
mais uma vez. O claro enfoque foi no aumento da
quilometragem, ao mesmo tempo que se
melhorou ligeiramente a resistência ao
rolamento”, refere Hinnerk Kaiser, Chefe de
Desenvolvimento de Produtos de Pneus para
Autocarros e Camiões EMEA na Continental.
Na Geração 5 foram incorporados novos
elementos na banda de rodagem no eixo de
direção. No eixo motor, foi desenvolvida uma nova
e muito robusta banda de rodagem de cinco
blocos. Além disso, foram integrados ejetores de
pedra especiais e foi concebida uma banda de
rodagem mais larga. A nova banda de rodagem,
que consiste em duas camadas de compostos
sobrepostas, aumenta tanto a quilometragem
como a robustez dos pneus. Ao mesmo tempo,
otimizam a resistência ao rolamento e garantem
um padrão de desgaste uniforme. O resultado é
um menor consumo de combustível e emissões de
CO2. O sucesso na redução da resistência ao
rolamento do Conti Hybrid GEN5 para um novo
nível tem mais uma vez um efeito positivo no
consumo de energia, tanto para veículos
convencionais como para aqueles com sistemas
de transmissão alternativos.
Sustentabilidade sempre presente
A Continental já realiza trabalho de I&D na área da
sustentabilidade há muito tempo. A Geração 5 é um
exemplo disso mesmo. “Com os nossos pneus de
última geração, conseguimos aumentar a
quilometragem e ao mesmo tempo reduzir a
resistência ao rolamento. Concentrámo-nos também
na recauchutagem durante o processo de
desenvolvimento, e criámos carcaças com uma
excelente capacidade de recauchutagem. E, claro, a
quilometragem até 20 por cento mais elevada ajuda
os nossos clientes a alcançar uma elevada eficiência
da frota e, por conseguinte, promove uma gestão
sustentável da frota”, sublinha Hinnerk Kaiser.
“O desenvolvimento dos pneus Conti Hybrid GEN5 é
um passo lógico e importante na nossa carteira de
produtos. Concentramo-nos na baixa resistência ao
rolamento e, portanto, na redução dos custos de
combustível da frota em operações de transporte
regional. O nosso objetivo é sempre reduzir os
custos globais de condução das frotas dos nossos
clientes; este objetivo orienta a nossa abordagem
LODC (Lowest Overall Driving Costs - Custos
Globais de Condução mais Baixos). As nossas
soluções inteligentes de gestão de pneus, tais como
ContiConnect 2.0 e Conti360° Fleet Solutions,
desempenham aqui um papel fundamental”,
acrescenta Kaiser.
www.revistadospneus.com | 37

Novidade
Continental Conti Hybrid
mais importância e os veículos envolvidos
no transporte regional de mercadorias,
em particular, têm de demonstrar uma
capacidade de resposta cada vez maior e
mais eficiente. As travagens frequentes, as
manobras em situações apertadas, os vários
tipos de carga e as condições variáveis da
superfície da estrada desafiam todos os
componentes do veículo dia após dia. Os
pneus, sendo o ponto de contacto direto
entre o veículo e a estrada, desempenham
um papel fundamental. Com o lançamento
da 5ª Geração Conti Hybrid, a Continental
procura estar à altura de desempenhar com
eficácia o desafio diário dos transportadores
ao longo de percursos regionais que incluem
também troços de auto-estradas.
É sempre difícil fazer previsões, mas é provável
que as pressões de custos aumentem ainda
mais. Os preços dos combustíveis vão
manter-se elevados num futuro previsível,
e isto está a ser agravado pelo imposto
europeu sobre o carbono dos combustíveis
fósseis. Vários regulamentos europeus e
nacionais obrigarão os operadores de frotas
a investir fortemente em veículos com zero
emissões de escape se desejarem evitar
taxas e restrições de portagem ou beneficiar
de incentivos. Assim, há uma necessidade
ainda maior de baixar os custos operacionais,
escolhendo os pneus certos. u
Mobilidade elétrica altera parâmetros
A
mobilidade elétrica está a mudar alguns
dos parâmetros que desempenham um
papel importante no processo de
desenvolvimento de pneus. Enno Straten, Chefe de
Estratégia, Análise e Marketing da Continental
Tires EMEA, explica na apresentação da nova linha
de pneus Conti Hybrid da Geração 5 como a
Continental está a moldar a transformação para a
mobilidade elétrica com pneus de veículos
comerciais especialmente desenvolvidos e
sensores inteligentes.
Os camiões elétricos desempenham um papel
importante na redução das emissões de CO2 do
tráfego rodoviário e, por conseguinte, na obtenção
de uma mobilidade sustentável. É verdade que o
desenvolvimento atingiu uma fase mais avançada
nos veículos ligeiros do que nos veículos
comerciais pesados. Os comerciais ligeiros
elétricos são utilizadas principalmente pelos
serviços de correio expresso, entregas expresso e
entregas de encomendas. Os camiões elétricos
até 7,5 toneladas são geralmente utilizados para
fins de entrega em áreas urbanas para transportar
mercadorias ao longo da última milha. E um
número cada vez maior de operadores de
transportes locais estão a utilizar autocarros
elétricos.
O rápido desenvolvimento da mobilidade elétrica
tem sido acompanhado por um aumento da
procura de pneus adequados no segmento dos
veículos comerciais. Os pneus atualmente
produzidos para estes veículos elétricos ainda não
diferem muito dos pneus para veículos comerciais
com motores a diesel ou gasolina. Dito isto, certos
parâmetros que desempenham um papel
importante no desenvolvimento de pneus estão a
mudar. Os mais relevantes são a capacidade de
carga, a resistência ao rolamento e a resistência
ao desgaste. Os veículos com transmissão elétrica
são mais pesados devido às baterias que
transportam, mas também aceleram mais
rapidamente do que os veículos com motores
convencionais. O condutor pode essencialmente
acionar o binário máximo a partir de uma
paragem. Assim, são exercidas maiores forças
sobre os pneus dos veículos eletrificados.
Com o pneu de autocarro Conti Urban city, a
Continental desenvolveu um pneu com um índice
de carga aumentado especialmente para
autocarros elétricos que operam em áreas
urbanas. A capacidade de carga do pneu é
orientada para o maior peso dos autocarros
elétricos. Por exemplo, o Conti Urban HA3 315/60
R22.5 pode transportar até oito toneladas por eixo.
A resistência ao rolamento otimizada permite a
redução do consumo de energia do motor, e isso
também se aplica a veículos com motores de
combustão. Desde a entrada em vigor da diretiva
da UE sobre emissões e a introdução da
ferramenta VECTO, os fabricantes de veículos
comerciais têm-se concentrado na redução das
emissões de CO2. E os pneus têm sido um dos
seus principais pontos de enfoque.
Os pneus de veículos comerciais estão a ser cada
vez mais incorporados na arquitetura dos veículos.
Os sensores instalados no pneu fornecem
informações tais como pressão do pneu,
temperatura, carga da roda, profundidade do piso,
velocidade da roda e danos estruturais no pneu.
Esta informação pode ser acedida e analisada em
tempo real. O resultado é uma melhoria das
propriedades de manuseamento, maior segurança
rodoviária e maior eficiência, combinada com
baixos custos.
Bandas de rodagem inovadoras, compostos de borracha
e construções de carcaça de última geração proporcionam
um desempenho melhorado graças à maior quilometragem,
durabilidade e tração
38 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

ASSOCIAÇÃO
NACIONAL
DO RAMO
AUTOMÓVEL
ASSOCIAÇÃO
NACIONAL
DO RAMO
AUTOMÓVEL
.com
Ibérica
Radio
Vigo

Conhecer
Pneus desgastados
aumentam distância
travagem
Os testes de estrada recentemente realizados pela DEKRA
revelam problemas com pneus gastos nas travagens em pisos molhados.
A profundidade do piso pode decidir sobre a colisão

Testes de estrada DEKRA
A
profundidade do piso pode ser
crucial para determinar se uma
situação crítica na estrada se
transforma ou não em acidente.
Testes recentes da DEKRA mostram como, à
medida que a profundidade do piso diminui,
as distâncias de travagem em pavimentos
molhados aumentam. “Os nossos testes
confirmam que a profundidade mínima
do piso exigida por lei é o limite inferior
absoluto. Para a sua própria segurança,
os condutores devem substituir os pneus
antes que estejam desgastados”, diz Christian
Koch, especialista em pneus da DEKRA.
Os testes, realizados numa variedade de
pistas, no DEKRA Lausitzring, tiveram como
objetivo encontrar resultados específicos
sobre como a profundidade do piso por si só
pode afetar o controlo do veículo, inclusive
em relação a acidentes.
“Para isso, tivemos novos jogos de pneus
em dois tamanhos diferentes de fabricantes
conhecidos desgastados mecanicamente por
uma reformadora, ou seja, a profundidade
do piso foi reduzida”, explica Christian Koch.
Na primeira série de testes, os travões foram
aplicados num carro a 100 km/h com os
diferentes jogos de pneus em superfícies
molhadas e secas (travagem ABS de acordo
com DIN 70028). Tal resultou na profundidade
do piso mais rasa com uma distância de
travagem mais longa do que os pneus novos,
especialmente em piso molhado. “Medimos
um aumento na distância de travagem entre
16 e 18% nos dois tamanhos diferentes de
pneus”, observa Koch.
Peter Rücker, responsável da DEKRA Accident
Research and Accident Analytics, explica
o que uma diferença como esta significa
em casos graves: “No ponto em que um
carro com pneus novinhos em folha chega
a uma paragem completa, um veículo com
pneus até 2 a 3 mm de profundidade de
banda de rodagem continua em movimento
a cerca de 30 km/h. Se chocar contra a
traseira de um camião a essa velocidade,
por exemplo, pode resultar em ferimentos
graves. Especificamente, se colidirmos com
um ciclista, por exemplo, é provável que
este fique muito seriamente ou mesmo
fatalmente ferido”.
A distância de paragem com os pneus gastos
era também mais longa em estradas secas,
mas apenas de 2,4 a 8,5 por cento.
VELOCIDADE MÁXIMA DE CURVA
DIMINUI COM PROFUNDIDADE DA
BANDA DE RODAGEM MAIS RASA
A segunda série de testes consistiu num
acionamento circular de estado estacionário
(em conformidade com a ISO 4138). O que
envolve um piloto de testes profissional que
acelera, gradualmente, um veículo num raio
de curva constante até que a força lateral
atinja a faixa limite e o veículo desvie, ou
seja, até o que é conhecido como velocidade
máxima de curva”, refere.
Nestes testes, a profundidade do piso fez
pouca diferença sobre uma superfície
seca. Mas as coisas pareciam diferentes em
condições húmidas: “A velocidade máxima
de curva com 2-3 mm de profundidade do
piso era 10 a 18 por cento mais baixa do
que com os novos pneus”, relata o perito
em pneus Koch. “Isto significa que o veículo
era instável para conduzir a velocidades
significativamente mais baixas, o que pode
facilmente resultar num acidente”.
Os resultados foram corroborados pela
terceira série de testes: a mudança de faixa
dupla (como estabelecido na norma ISO
3888-1), também conhecida como o teste
do alce. “Globalmente, descobrimos que à
medida que a profundidade do piso diminuía,
os pneus eram significativamente piores
na aplicação de força entre o veículo e a
estrada, especialmente no piso molhado.
Isto significa que situações perigosas podem
surgir mais facilmente, e, ao mesmo tempo,
o programa de estabilidade ESP é menos
Os testes da DEKRA confirmam que
a profundidade mínima do piso exigida
por lei é o limite inferior absoluto.
Para a sua própria segurança,
os condutores devem substituir os
pneus antes que estejam desgastados
www.revistadospneus.com | 41

Conhecer
Testes de estrada DEKRA
Os testes, realizados numa variedade de pistas, no DEKRA
Lausitzring, tiveram como objetivo encontrar resultados
específicos sobre como a profundidade do piso por si só
pode afetar o controlo do veículo
capaz de intervir eficazmente. Além disso,
o aquaplaning torna-se uma preocupação
mais premente com os pisos de rolamento
mais rasos”, acrescenta Koch.
DESEMPENHO DE PNEU ENQUANTO
USADO AINDA NÃO É LEVADO
EM CONSIDERAÇÃO
O aquaplaning ocorre quando os pneus
flutuam na camada de água sobre uma estrada
molhada, fazendo com que estes percam o
contacto com o solo. “Quando os degraus são
mais profundos, mais água passa por eles, o
que reduz o risco de aquaplaning”, afirma.
Os testes com abrasão de pneus infligida
mecanicamente mostram apenas um lado da
imagem quando se trata de pneus desgastados.
“Na vida real, a borracha também tende a
endurecer com o tempo, o que prejudica,
igualmente, o desempenho”, explica.
“Podemos supor, então, que pneus reais
desgastados que já têm alguns anos teriam
um desempenho ainda pior nesses testes.
Mas, especificamente, queríamos apenas
investigar o efeito da profundidade do piso.
Como tal, os pneus desgastados ainda eram
novos em termos de composto de borracha”.
Na UE, os pneus são sempre aprovados
e licenciados em condições de novo de
fábrica no que diz respeito à resistência ao
rolamento, emissões de ruído e aderência
em piso molhado. “O quão bem um pneu
continua a fazer seu trabalho enquanto
usado ainda não é levado em consideração”,
lamenta Christian Koch. “Haverá mudanças
neste aspeto no futuro. As especificações e
padrões relevantes estão a ser coordenados”,
acrescenta a mesma fonte.
Atualmente, não há consenso entre os
fabricantes de pneus sobre a profundidade
mínima do piso ou idade a partir da qual a
força aplicada entre o veículo e a estrada
diminui visivelmente. “O facto é que as
estatísticas oficiais de acidentes na Alemanha
listam pneus defeituosos como a causa de
38% de todos os acidentes decorrentes de
uma falha técnica do carro”, diz o especialista
em acidentes da DEKRA, Peter Rücker.
“Um pneu gasto é relativamente fácil para
as autoridades reconhecerem no local
de um acidente. Os pneus tendem a ser
estatisticamente super representados. Mas,
apesar disso, está claro que os defeitos dos
pneus desempenham um papel significativo
nas estatísticas de acidentes”, salienta.
De forma mais ampla, o especialista em pneus
DEKRA tem uma mensagem para todos os
condutores: “Tenham sempre em mente que
a única conexão entre o veículo e a estrada
consiste em quatro pequenas áreas, cada
uma ligeiramente maior do que um postal.
E lembre-se de que o desempenho de um
pneu, em situações extremas, diminui à
medida que a profundidade do piso fica
mais gasta, especialmente em estradas
molhadas”. u
42 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

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Conhecer
ACAP esclarece dúvida dos consumidores
Os Pneus têm Validade?
É uma questão que suscita ainda dúvidas ao consumidor final e que a ACAP -
Associação Automóvel de Portugal, através das suas Comissões Especializadas
de Produtores de Pneus (CEPP) e de Distribuidores de Pneus (CEDP), pretende
esclarecer através da sua mais recente campanha de sensibilização
Os pneus não têm data de
validade. Desde que sejam
devidamente armazenados
e acondicionados, as suas
características originais não se alteram,
não havendo uma data-limite para a sua
montagem, pelo que a data da sua produção
não deverá constituir critério para a sua
rejeição, no momento da decisão de compra.
O tempo de contagem da vida de um pneu
inicia-se quando este é instalado (montado)
na viatura. Decorridos 5 anos após a sua
montagem, o pneu deverá ser anualmente
inspecionado por um especialista e após 10
anos da data de fabrico, considera-se que
deverá ser substituído, independentemente
do seu estado.
Os pneus não são indestrutíveis, apesar
de serem concebidos para suportarem
condições adversas, mas diversos fatores
e comportamentos podem potenciar o seu
envelhecimento ou degradação precoce. O
tipo de condução, o estado do veículo, o tipo
de pavimento, a pressão, a carga, as condições
atmosféricas, como o sol, chuva, são fatores
que podem comprometer a fiabilidade dos
pneus e o desempenho da viatura. A vida
útil de um pneu é por isso afetada pelas
condições nas quais o mesmo é utilizado.
Uma vez que estas condições variam muito,
prever com precisão a vida útil de um pneu
no momento do seu fabrico é impossível.
Apesar de que, quanto mais velho o pneu,
maior a hipótese de vir a ser necessária a sua
substituição devido a condições relacionadas
com o uso, ou apenas devido a desgaste. A
verificação periódica por um especialista,
pode detetar precocemente, alterações do
estado do pneu, levando, se necessário, à
sua substituição, promovendo-se uma maior
segurança rodoviária. u
Os fabricantes de pneus e de veículos trabalham em
conjunto para criar produtos que possuam uma vida útil
segura e de qualidade, com a integração de tecnologias
cada vez mais complexas
44 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

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Estapneus
AB TYRES É O NOSSO
PARCEIRO ESTRATÉGICO!
Fundada em 2012 por João Miguel, a Estapneus celebra dez anos
de atividade ligada à reparação de veículos e montagem de pneus.
Embora a mecânica seja o foco principal, sempre foi especialista em pneus
e com a marca Falken a perspetiva é crescer nesta área
Tendo iniciado a atividade sem
capitais próprios e sem fundo
maneio, numa altura de crise
profunda, João Miguel manteve
sempre um trabalho regular e profissional,
mudando para novas instalações em 2017,
o que marcou a modernização e visibilidade
da oficina. Em agosto de 2021, António
Ferreira, o funcionário mais antigo da
oficina entrou no capital da empresa,
tornando-se sócio. Este ano celebra o 10º
aniversário com a renovação da imagem,
toda concebida pela AB Tyres, que confere
um aspeto mais dinâmico e profissional,
com grande impacto para os clientes que
visitam as instalações.
“Em 2017 realizámos obras profundas nas
instalações, com um layout pré-definido. Foi
um investimento muito grande e quando
acabámos de pagar veio o Covid e estivemos
quatro meses fechados, diz João Miguel.
“Não baixámos os braços e reabrimos com
muita vontade de trabalhar e desenvolver
o negócio”, acrescenta.
A Estapneus possui todos os serviços
complementares ao serviço de montagem
de pneus e serviço de mecânica completo,
desde a revisão a uma intervenção profunda.
A mais valia principal da oficina é a qualidade
do serviço “implementamos o cuidado e a
dedicação em tudo o que é executado. Essa
é a nossa maior preocupação e compromisso
para com o cliente e fornecedores. Tentamos
renovar todos os anos os equipamentos.
Este ano renovámos a máquina de alinhar
direções e instalámos uma mais atual, com
outras funcionalidades e que nos permite
oferecer um serviço mais completo. Somos
uma equipa jovem que tenta melhorar todos
os anos e fazer a diferença pela qualidade
do serviço prestado”, refere João Miguel.
Relativamente à comunicação com os clientes
utiliza as redes sociais como divulgação do
trabalho e ao mesmo tempo para divulgação
de campanhas e informações. “Consideramos
uma mais valia e uma ferramenta que permite
maior aproximação ao cliente”, refere o
responsável. “A AB Tyres tem-nos apoiado
com vários produtos de marketing da Falken,
como por exemplo flyers com informação
sobre os diversos produtos da marca, que
ajuda o cliente a escolher os pneus indicados
para a sua viatura”, acrescenta.
MODELO PRÓPRIO DE GESTÃO DE FROTAS
Embora não tenha quaisquer acordos com
gestoras de frotas, a Estapneus tem o seu
próprio modelo de gestão de frotas e faz
a gestão de frota de várias empresas da
região, conforme explicou João Miguel “A
Estapneus apresentou o seu modelo de
gestão de frotas a empresas do concelho
e atualmente já presta este serviço a várias
empresas e instituições, nomeadamente os
Bombeiros de Estarreja, incluindo veículos
de emergência e proteção civil. Planeamos
46 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

Publireportagem
EXCLUSIVIDADE
FAZ A DIFERENÇA
ESTAPNEUS
Gerentes João Miguel e António Ferreira
Morada Rua do Jornal de Estarreja, 95
3860-365 Estarreja
Telefone 234 871 128
Email estapneus@gmail.com
João Miguel sempre quis ter uma marca de pneus exclusiva, com
que se identificasse em termos de qualidade e segurança. “Sempre
quisemos ter uma marca que fosse a nossa imagem e trabalhá-la a
nível local. Com a Falken temos conseguido e as vendas aumentam
todos os anos. Comercializamos toda a gama Falken para ligeiros e
pesados, e montamos pneus em todo o tipo de veículos, desde motos,
veículos ligeiros e pesados, gruas e tratores.”
A Falken é uma marca de grande qualidade, que equipa de origem
vários modelos de automóveis e com uma imagem forte, razões que
levaram João Miguel a escolhê-la como marca de referência para
a sua oficina “Temos a exclusividade para o concelho de Estarreja
o que nos ajuda a trabalhar a marca de uma maneira mais eficaz
e profissional”, afirma. O Feedback dos clientes tem ajudado a
fortalecer a imagem de qualidade da marca, pois todos consideram
os pneus Falken seguros, resistentes e silenciosos.
Antes de concretizar a venda dos pneus Falken fazemos sempre uma
introdução à marca para os clientes que não a conhecem e por norma
os que dão maior importância à qualidade escolhem Falken e os que
já equiparam Falken fazem novamente essa escolha. “A avaliação
que mais nos marcou por parte dos clientes foram: “parece que tem
pregos a agarrar o alcatrão” e “deixei de ouvir os pneus”. Com o
apoio da AB Tyres a Estapneus tem realizado várias campanhas com
grande impacto junto dos clientes.
“Para 2023 já colocámos como objetivo a marca dos 1.500 pneus
Falken. É um ponto não negociável para nós e toda a equipa vai
trabalhar para esse objetivo desde o dia 1 de janeiro”, sublinha.
as revisões dos veículos e informamos o
cliente do que é necessário fazer a nível de
manutenção mecânica e pneus.” A inflação
e a subida do preço das peças e dos pneus
não tem afetado a atividade da Estapneus,
como confirma o gerente “antes pelo contrário,
a faturação aumentou porque a nossa
empresa tem estado em crescimento contínuo,
e o próprio aumento do custo das
peças faz aumentar os valores faturados.
Por outro lado notamos uma maior seleção
do serviço por parte dos clientes após
ser dado orçamento, em que por vezes não
mandam executar a totalidade da reparação,
repartindo-a.”
Mais de 80% das vendas de pneus são das
marcas Falken, Matrax e CEAT, todas elas
representadas de forma exclusiva pela AB
Tyres. Possui um stock médio de 950 pneus
em armazém. Em 2021 venderam 1.644
pneus, mas este ano vão ultrapassar as 1.700
unidades vendidas.
MECÂNICA ALAVANCA NEGÓCIO
Com uma imagem associada à qualidade
de serviço, a Estapneus sempre teve como
principal atividade a mecânica, estando
habilitada para fazer todos os serviços
de reparação de motores, embraiagens,
distribuição e diagnóstico. Utiliza
maioritariamente peças de marcas premium,
designadamente a Contitech nos kits de
distribuição, que permite oferecer cinco
anos de garantia ao cliente, e a Sachs para
os kits de embraiagem e amortecedores.
“Na Estapneus dividimos o serviço em três
áreas específicas: pneus, mecânica e serviços
rápidos, sendo que esta última é a que dá
mais margem e rentabilidade. Tentamos por
isso ter um equilíbrio entre estas áreas de
modo a serem todas rentáveis e proveitosas
para a oficina”, esclarece João Miguel.
Com a oferta alargada de marcas de peças
e uma grande diversidade de gamas, a AB
Tyres tornou-se também o principal forne-
cedor de peças para a Estapneus “A mecânica
sempre representou a maior parte da
faturação da Estapneus, mas desde o início
que também somos especialistas em
pneus. Com os pneus conseguimos controlar
todas as variáveis que envolvem a sua
venda, desde que o carro entra na oficina
até que sai. Enquanto na mecânica, essas
variáveis não são tão controláveis, porque
existem mais fatores que podem interferir
no trabalho, como por exemplo o cliente
dizer que não quer fazer tudo o que está
no orçamento ou a falta de alguma peça.”
Este ano “Os objetivos a que nos propusemos
foram cumpridos, aumentamos a faturação,
atualizamos equipamentos e adquirimos
novos que não disponhamos, conseguindo
assim alargar o leque de serviços e finalmente
conseguimos concluir as obras do exterior da
oficina tendo sido imprescindível o apoio da
AB Tyres que consideramos nosso parceiro
estratégico”, conclui João Miguel. u
www.revistadospneus.com | 47

Notícias
S. José Pneus investe €3 milhões no aumento instalações
A
S. José Pneus investiu cerca de três milhões de euros para
aumentar a capacidade de armazenagem do seu armazém
com mais 5.000m², ficando assim com uma capacidade de
stock na ordem dos 32.000m². Exatamente após três anos da inauguração
das novas e modernas instalações da S. José Pneus, a empresa
acaba de aumentar em mais 5.000 m² o seu armazém. Esta ampliação,
vem dotar a S. José Pneus de uma ainda maior capacidade
de armazenagem, para reforçar a sua presença no mercado ibérico
da distribuição de pneus. Agora com um total de 32.000m² de área
de armazenamento e com um stock tão diversificado, que vai dos
pneus ligeiros, SUV e comerciais aos pesados, agrícolas e industriais,
encontra-se agora ainda mais forte para continuar a apoiar o mercado,
contribuindo assim para a já vasta oferta que carateriza a S.
José Pneus.
BKT desmistifica utilização de água nos pneus
A BKT deixou alguns conselhos de como não utilizar água nos pneus. A ideia é que o peso
da água proporciona aos pneus uma maior tração, mais aderência e ajuda a evitar o deslizamento.
No entanto, a prática de encher os pneus de água pode comprometer seriamente
a segurança do operador Como resultado da investigação e sensibilidade em relação
ao seu mercado de referência, a BKT, líder mundial no setor dos pneus off-highway,
desaconselha esta prática, não só porque esta técnica afeta a segurança, mas também
porque simplesmente já não há necessidade de o fazer. Graças à inovação, existe de facto
uma nova geração de pneus capaz de satisfazer completamente as necessidades dos
operadores agrícolas, sem o risco de comprometer a segurança. São concebidos produtos
específicos para cada situação, terreno e finalidade por forma a oferecer a máxima tração
em todas as condições de funcionamento. Os pneus de última geração, por exemplo,
incluem pneus VF (flexão muito alta) que permitem à maquinaria agrícola transportar
cargas mais pesadas com uma menor pressão. A tecnologia VF foi também concebida
para oferecer maior tração e evitar o deslizamento dos pneus.
Off Road Bridgestone/First Stop
Caminho de Santiago chega ao fim
Fruto de uma parceria entre a Bridgestone e a First Stop, a 3ª edição do Off Road Bridgestone/First
Stop Caminho de Santiago terminou no dia 4 de outubro, depois de uma
viagem de 5 dias organizada pelo Clube Escape Livre. Quase 50 viaturas partiram de
Trancoso até Santiago de Compostela, para percorrer o Off Road Bridgestone / First
Stop Caminho de Santiago, assinalando a terceira edição desta aventura que contou
com mais de 100 participantes. Mário Mendes, responsável da First Stop em Portugal,
afirmou que: “Estarmos presentes em mais esta aventura em parceria com o Clube
Escape Livre é um motivo de orgulho. Uma aventura de descoberta, encantamento,
pessoas e saberes. Uma aventura que fizemos questão de fazer parte, onde prestamos
toda a assistência técnica necessária à segurança dos participantes, com um serviço
de acompanhamento em todo o passeio. Garantir a mobilidade de todos, um dos
princípios fundamentais da Rede First Stop esteve aqui presente nesta aventura, que
se viu recheada de companheirismo, muitas histórias, estradas, silêncios e acima de
tudo FÉ.”
48 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

EMPRESAS
MatraX Tyres presente
na Automechanika Dubai
A MatraX Tyres marcou presença na Automechanika Dubai nos dias 22 a 24 de novembro
com o seu pneu de alto desempenho, o MatraX. André Bandeira, Diretor do Grupo
Alves Bandeira afirmou: “Os pneus MatraX são especificamente projetados e fabricados
para garantir conforto, segurança e excelente relação custo / benefício com o melhor
desempenho de direção e segurança através de técnicas de engenharia totalmente profissionais.
Com sedes ativas em Portugal e no Dubai, a linha MatraX está atualmente disponível
em mais de 40 países num verdadeiro nível internacional”. Com uma combinação
comprovada de tecnologia crescente, os pneus MatraX acreditam que podem oferecer
uma gama superior de pneus para satisfazer a condução individual de cada passageiro.
No stand da MatraX, os visitantes tiveram oportunidade de observar de perto todas as
vantagens óbvias dos padrões Urcola, Veragua FX e Morucha que cobrem todos os requisitos
dos condutores de carros de alta potência.
Trelleborg divulga vencedor
“Tractor Driver of the Year 2022”
No passado dia 19 de novembro, a Trelleborg, anunciou o vencedor da quarta edição
da sua competição “Tractor Driver of the Year 2022”, realizada no Circuito de Cremona,
em Itália. Este ano foi ganho por Alberto Allegretti, de Pegognaga (Mântua).
Concebido e organizado pela Trelleborg, o exclusivo “Tractor Driver of the Year” é um
evento competitivo que reúne profissionais agrícolas de toda a Itália para testar as
suas habilidades. Os condutores são recompensados pela sua capacidade de manobrar
máquinas agrícolas equipadas com pneus Trelleborg no menor tempo possível. O
Circuito de Cremona, uma pista profissional, foi o cenário ideal para esta competição.
Quarenta tratoristas de todas as regiões de Itália desafiaram-se em testes técnicos
para demonstrar o seu talento e conquistar o título.
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Notícias
Empresas
Mercedes-AMG One
brilha em Nürburgring com Michelin
Equipado com pneus Michelin Pilot Sport Cup 2R, Mercedes-AMG One estabelece
novo recorde no circuito de Nürburgring, completando uma volta em
6:35,183 minutos. A parceria que há vários anos une a Michelin e a Mercedes-
-AMG entra, agora, numa nova dimensão, permitindo às duas empresas inscrever
com letras douradas os seus nomes enquanto os novos dominadores do circuito
mais difícil e exigente do mundo: o Nürburgring. Maro Engel, experimentado piloto
do DTM, sentou-se aos comandos do Mercedes-AMG One, no passado dia 28
de outubro de 2022, no mítico circuito, com um único objetivo: bater o recorde da
volta mais rápida na categoria de veículos de produção homologados para a estrada.
Assim, graças à competência ao volante de Maro Engel, à aderência dos pneus
específicos, desenvolvidos pela Michelin e pela Mercedes-AMG, e à eficácia do Mercedes-AMG
One, depois de percorridos os 20,832 quilómetros, e as 174 curvas, da
versão longa do circuito de Nürburgring, o cronómetro deteve-se com um registo de
6:35,183 minutos, tirando oito segundos ao anterior recorde. Uma verdadeira proeza.
Goodyear Tour Europeu Drive Results
passou por Albufeira
O Tour Europeu Drive Results da Goodyear marcou presença em Portugal, por ocasião do 21º Congresso
da Antram, em Albufeira. O Roadshow permitiu dar a conhecer aos seus visitantes, todo o potencial
da proposta de valor da Goodyear Total Mobility. Este evento proporcionou uma experiência única aos
mais de 100 responsáveis de frotas presentes, na qual tiveram a oportunidade de participar em diversas
sessões tais como: “O Mundo atual e os seus reflexos no sector”, “Gestão económica de frotas”, reunião
de associados Antram e claro várias sessões de Networking entre os diversos stakeholders do sector dos
transportes.A proposta de valor da Goodyear Total Mobility participou neste evento como uma solução
integral para ajudar as frotas a reduzir a sua pegada de carbono, otimizar a eficiência das suas operações
e reduzir os seus custos operacionais. Esta proposta, baseada na Rede de Produtos, Soluções e Serviços,
responde às necessidades atuais da indústria.
“Continental Solution Center
Portugal” chega a Lousado
A Continental criou uma nova entidade legal com o nome “Continental
Solution Center, Portugal, Lda”, em Lousado. Este suporte
inclui as áreas de pesquisa e desenvolvimento, programação de software
& aplicações, automação, suporte SAP, engenharia da cloud e
data science, entre outras. A nova empresa está integrada no Setor
Pneus do Grupo Continental e tem como objetivo fornecer suporte
a diferentes áreas deste setor do Grupo a nível mundial. Numa primeira
etapa, a Continental Solution Center vai contratar mais de 70
colaboradores altamente qualificados até ao final de 2022 e dobrar
esse número nos próximos anos. “A Continental Solution Center vai
alargar as oportunidades de emprego em Lousado para além da
produção de pneus, com novos e muito interessantes postos de trabalho,
nas áreas de software e engenharia de hardware, ciência de
dados e inteligência artificial, por exemplo”, declarou Pedro Carreira,
presidente do Conselho de Administração da Continental Mabor em
Lousado e que também faz parte da gestão da nova empresa.
Bridgestone “a caminho da lua”
com a Teledyne Brown Engineering
A Bridgestone juntou-se à Teledyne Brown Engineering para o desenvolvimento
do veículo de terreno lunar tripulado (LTV) para a
NASA, para apoiar a futura exploração da lua. Uma vez que a missão
da NASA é alcançar novos territórios no desenvolvimento espacial, é
necessário um veículo tripulado e autónomo para navegar em áreas
inexploradas da lua. Espera-se que o LTV resista a temperaturas extremas
e a ambientes agressivos durante longos períodos de tempo
para apoiar a mobilidade da tripulação e os esforços de investigação.
Para fornecer a tecnologia necessária, a Teledyne construiu uma
equipa robusta que inclui líderes da indústria como a Nissan North
America, Sierra Space, Textron e agora a Bridgestone Corporation,
líder mundial em pneus e borracha.
A empresa tem vastos conhecimentos e experiência no desenvolvimento
de pneus, o que tem apoiado a evolução da mobilidade a
partir do zero ao longo de mais de 90 anos de história desde a sua
fundação em 1931. Esta parceria internacional demonstra um forte
compromisso com a NASA e a sua missão de continuar a explorar a
lua e para além dela.
50 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

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Notícias
Hankook anuncia
parceria com a Formula E
A
partir da próxima temporada, a Hankook será o novo parceiro
tecnológico exclusivo e fornecedor de pneus para o Campeonato
Mundial da FIA Formula E ABB. Num evento realizado no
Swarovski Crystal Worlds na Áustria, a Hankook apresentou oficialmente
os pneus de corrida Hankook iON recentemente desenvolvidos
a convidados e representantes da Fórmula E, bem como aos meios de
comunicação internacionais. O novo pneu foi desenvolvido em estreita
cooperação com a série de corridas e destina-se a satisfazer em particular
as necessidades de sustentabilidade da Fórmula E e o futuro da
mobilidade eléctrica, naturalmente sem comprometer o desempenho
dos desportos motorizados. Quase 30 % do novo pneu, concebido em
particular para a terceira geração de carros de corrida de Fórmula E, é feito
de materiais sustentáveis. As equipas de Fórmula E têm actualmente
uma variante de pneu que pode ser utilizada tanto em condições secas
como molhadas para poupar ainda mais recursos. Além disso, a longa
durabilidade do pneu é outro desenvolvimento pioneiro.
Nex comemora 7 anos
e acrescenta 7 novidades ao portfólio
No âmbito da celebração do seu sétimo aniversário no nosso país e sob o lema “7
anos = 7 novidades”, a Nex Portugal anuncia a comercialização a nível oficial de
novas marcas no seu portfolio. Desde o passado mês de novembro encontram-se
disponíveis a marca ROADX no portfolio de pneus ligeiros e a marca FORTUNE a nível
de pneus pesados, comercializadas em exclusivo pelo distribuidor em Espanha
e que agora alargam a sua abrangência ao nosso país. Essa mesma data ficará também
marcada pelo lançamento da (já) reconhecida marca GOODRIDE no segmento
industrial. Por outro lado, e atendendo a que neste mesmo setor existem clientes
mais exigentes, a NEX decidiu incluir no seu portfolio uma vasta gama da marca
MITAS, alargando a parceria que já detinha com esta marca a nível de pneus para
moto. Para concluir “em grande” o seu aniversário a NEX revela a sua 7ª novidade
com o regresso bastante aguardado pelo mercado da marca RIKEN para pesados,
um ano após a fabricação ter sido suspensa devido aos enormes condicionalismos
que se verificaram na Europa e que limitaram a produção de pneus deste segmento
por parte de vários produtores.
Trelleborg apresenta ATMS na Sima 2022
A Trelleborg apresentou oficialmente o seu Adaptive Tire Management System (ATMS) na
SIMA 2022. O ATMS tem como objetivo aumentar a produtividade das culturas e melhorar
a eficiência, aliviando o maior desafio da indústria: alimentar um mundo em constante
crescimento. Premiado com a medalha de bronze no SIMA Innovation Awards, o novo
ATMS da Trelleborg representa o futuro da agricultura, trazendo a agricultura inteligente
para as operações diárias. O sistema adquire dados de pneus em tempo real para o melhor
desempenho do trator por meio dos seus sensores, montados num suporte integrado para
pneus. O novo ATMS deteta as condições de trabalho dos pneus, incluindo a carga dinâmica,
pressão e temperatura de cada pneu. Durante o trabalho, o agricultor é constantemente
informado sobre como otimizar totalmente a configuração do trator, em cada operação,
através da pressão de enchimento dos pneus mais adequada para uma pegada otimizada
e compactação do solo reduzida, e a configuração de implementação, para melhor dirigibilidade
na estrada, maior tração e menor resistência ao rolamento.
BKT patrocinador oficial
do Trator do Ano 2023
A BKT voltou a patrocinar, pelo terceiro ano consecutivo, o Trator do Ano 2023
(TotY), o importante reconhecimento que premeia os tratores mais inovadores
no mercado europeu. A cerimónia de entrega de prémios teve lugar na EIMA, a
feira internacional dedicada à maquinaria agrícola. No decurso de um ano, 25
membros do júri, jornalistas especialistas em mecanização agrícola e que representam
o mesmo número de revistas especializadas em todo o continente europeu,
comprometeram-se a estudar, observar e colocar à prova os tratores mais inovadores
e eficazes do mercado. Este ano, os tratores vencedores foram: Trator do Ano
2023: Fendt com o modelo FENDT 728 VARIO; Melhor utilitário 2023: McCormick
com o modelo X6.414 P6-Drive; Melhor em especialização 2023: New Holland com
o modelo T4.120 F; TotY sustentável 2023: JCB com o modelo JCB FASTRAC 4220
iCON. O prémio Trator do Ano é na realidade o “lugar” onde o futuro da mecanização
agrícola é vivido e celebrado, e onde os tratores e o seu equipamento estão no
centro de tudo.
52 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

Empresas
NextLap desenvolve sete
projetos para pneus em fim de vida
Programa de inovação colaborativa NextLap apresenta soluções
que estão a ser criadas em conjunto por empreendedores e grandes
empresas para combater o descarte de pneus e promover um
mercado circular. No âmbito do programa NextLap, gerido pela consultora
de inovação colaborativa Beta-i e promovido pela entidade gestora
portuguesa Valorpneu e a recicladora multinacional de origem dinamarquesa
Genan, cinco empresas associadas à cadeia de valor do setor e cinco
startups portuguesas estão a desenvolver em conjunto sete projetos
focados em dar uma segunda vida a materiais derivados da reciclagem
de pneus em fim de vida. O NextLap é um programa no qual a Beta-i aplica
a sua metodologia colaborativa para promover o desenvolvimento de
novos projetos entre empresas e startups, que possam tratar, reutilizar
e trazer novas aplicações para os pneus inteiros ou fragmentados. Além
da Valorpneu e Genan, a multinacional do sector da construção Pragosa,
a empresa líder no mercado de artigos desportivos Decathlon, a Infraestruturas
de Portugal (IP) e a empresa na área dos têxteis técnicos TMG
Automotive são as empresas que estão a acelerar a transformação de
novos modelos de negócio em conjunto com as startups.
Confortauto reuniu
300 pessoas no Family Day
No último fim de semana do mês de outubro, as instalações do Pena Aventura
em Ribeira de Pena acolheram o Family Day Confortauto, um evento totalmente
familiar onde mais de 300 pessoas, entre colaboradores e familiares, desfrutaram
de um fim-de-semana cheio de aventuras. O dia aliou o lazer com a oportunidade
de conhecer as últimas atividades que a rede está a promover. A abertura ficou
a cargo da parte mais institucional das apresentações da Tirso Pneus e do Grupo
Soledad. Além disso, uma breve apresentação foi oferecida pelos representantes
da marca de pneus campeã da rede, a Hankook, que compartilharam as novidades
que a marca tem em relação aos seus produtos e ações voltadas para a oficina. Os
colaboradores e familiares das oficinas, provenientes de vários pontos de Portugal
incluindo as ilhas da Madeira e dos Açores, tiveram a oportunidade de visitar as
instalações do local, situado em ambiente natural do concelho português do distrito
de Vila Real, na região de Trás-os-Montes e desfrutaram de diferentes aventuras
ao ar livre.
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Valorpneu marcou presença no Greenfest
A Valorpneu esteve presente, pela primeira vez, no Greenfest, considerado o maior festival
de sustentabilidade do país, que decorreu nos dias 23, 24 e 25 de setembro, na Universidade
Nova SBE de Carcavelos. Para além de estar representada com um stand durante os três
dias do evento, com um conjunto de informação de sensibilização, educação e comunicação
à volta dos pneus usados, a entidade gestora de pneus usados em Portugal promoveu o
painel “O Contributo do Sistema de Pneus Usados para a Economia Circular”, composto por
Sara Duarte Silva, responsável de Marketing e Comunicação da Valorpneu, José Carvalho,
consultor da JCConsulting em temas ligadas à Economia Circular, Inovação, Melhoria Contínua,
Pegada de Carbono, e Eduardo Santos, Managing Partner da 3Drivers, consultores em
modelos de negócio para a Sustentabilidade. O painel terminou com um convite a todos os
presentes para visitarem o stand da Valorpneu no Greenfest, onde estiveram expostos vários
exemplos de aplicação dos pneus e da borracha de pneu e onde os visitantes puderam
participar num circuito com um pneu telecomandado.
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Notícias
Euromais apresenta nova marca
exclusiva MAXTREK Tyres
A Euromais reforçou o seu portfólio com a mais recente e exclusiva
marca: MAXTREK Tyres. Fundada em 2006 e localizada em Zhaoqing,
Guangdong, China, (Junhong) integra-se com I&D, fabrico,
vendas e serviços de pneus radiais e avança para um futuro brilhante
e próspero. O investimento em I&D representa mais de 3% das
vendas brutas do grupo e espera-se que aumente ainda mais. Mais
de 40 patentes foram registadas nos EUA, Europa e China, e mais de
20 padrões e mais de 600 tamanhos foram desenvolvidos para toda
a estação do ano, para todas as condições meteorológicas e pneus
de Inverno, para terrenos de alto curso, todos os terrenos e lama, e
para a maioria dos sedans, SUV e MPV. A implementação do sistema
de gestão da qualidade ISO9001 e IATF16949 permite a Junhong
um melhor controlo da qualidade do produto. Até à data, os produtos
de Junhong passaram as normas internacionais e regionais e
obtiveram certificados relevantes.
Vulco realizou
Encontro anual sob o lema “Vamos”
A
Vulco, a rede de oficinas apoiada pela Goodyear, especializada em pneus e
mecânica, apresentou as suas novidades e planos para 2023 durante a sua
convenção anual, que teve lugar a 15 de outubro, em Madrid. Um encontro
marcado pelo regresso à presencialidade, após dois anos de eventos virtuais. O evento
teve lugar no complexo Novotel de Madrid, sob o lema ‘Vamos’. Um slogan que
incentiva a olhar para o futuro, e que, além do mais, tem inerentes os valores da rede
em cada uma das suas letras: Valentes, Atualizados, Melhores, Orgulhosos, Seguros. O
evento congregou mais de 300 assistentes, vindos de diferentes pontos de Espanha
e de Portugal onde a rede está presente. Durante a jornada, a Vulco partilhou ações e
prioridades para este novo ano, entre elas a renovação completa da imagem da rede,
digital, premium, sustentável e ainda mais profissionalizada, e o GRIPS, o ambicioso
projeto que permite a gestão centralizada e digital de todos os processos de oficina,
para que estas possam centrar-se em proporcionar um melhor serviço ao cliente.
Michelin aumenta vendas
nos primeiros nove meses 2022
As vendas nos primeiros nove meses de 2022 aumentaram 20,5%,
até 20.700 milhões de euros. Num ambiente altamente inflacionista,
o Grupo confirma as suas previsões em termos de resultado operacional,
e revê o cash flow livre estrutural. Num mercado caracterizado
por permanentes perturbações operacionais, por uma inflação
generalizada e por uma visibilidade limitada da futura procura, a
Michelin registou um crescimento das vendas durante os primeiros
nove meses de 2022, e está a monitorizar e a orientar as suas operações
para garantir níveis adequados de existências. Os mercados
mantiveram uma tendência em alta. Prevê-se que os mercados de
pneus de Turismo-Comercial terminem o ano entre -2% e +2%; um
crescimento nos mercados de pneus de Camião (excluindo China)
entre 2% e 6%; e que os de atividades de Especialidades cresçam
entre 3% e 7%. Neste cenário, a Michelin confirma a sua previsão
de um resultado operacional anual dos sectores superior a 3200 milhões
de euros a taxas de cambio constantes, e revê a sua previsão
de cash flow licre estrutural para 700 milhões de euros.
Point S Winter aprovado pela TÜV SÜD Product Service
A Point S, anunciou que os testes realizados pela TÜV SÜD Product Service, ao seu pneu de inverno, produziram
excelentes resultados. A TÜV SÜD Product Service, examinou a segurança, conforto e desempenho
dos pneus de inverno da Point S. A empresa é conhecida em todo o mundo pela sua visão confiável sobre
a qualidade de produtos e marcas. Foram realizados testes semelhantes para o pneu Point S Summer em
2021. O pneu Point S Winter foi examinado extensivamente pelos engenheiros de teste altamente experientes
do TÜV SÜD Product Service, os testes verificaram o desempenho, segurança e eficiência. Ao longo
dos testes, o pneu Point S Winter, foi comparado com um pneu de baixo custo, dois pneus concorrentes
da marca Tier 2 e um pneu premium. Os resultados do teste, mostram que o pneu Point S Winter, teve um
desempenho melhor do que o orçamento e os produtos Tier 2, chegando mesmo a superá-lo.
54 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

Empresas
Bridgestone e Amazon Web Services
juntas pela digitalização
A Bridgestone está a utilizar a Amazon Web Services, Inc. (AWS) como fornecedor estratégico
de soluções de mobilidade sustentável da empresa. Utilizando AWS Internet
of Things (IoT), machine learning e serviços de análise/business intelligence, a Bridgestone
irá acelerar a criação de plataformas digitais para lançar novas soluções para os
seus clientes, melhorar a análise de dados e racionalizar as operações de TI. Esta relação
marca ainda mais um marco importante na jornada da Bridgestone 3.0 em direção a
um valor empresarial melhorado que funde estratégias empresariais com iniciativas de
sustentabilidade. Como parte da relação, a Bridgestone irá trabalhar com as equipas
ProServe e AWS Marketplace da AWS para melhorar as soluções de frota existentes e dar
vida a conceitos como um mercado Bridgestone. As soluções de frota Bridgestone e o
conceito de mercado centrado nos serviços da Bridgestone proporcionarão uma seleção
abrangente de serviços e soluções aos gestores de frota para avaliar proactivamente as
necessidades da frota e reduzir o tempo de inatividade dos veículos.
Grupo Soledad torna-se especialista
em pneus para VE
O Grupo Soledad torna-se o primeiro e mais completo especialista na distribuição de
pneus para veículos elétricos na Península Ibérica, dispondo do maior stock. As vendas
de pneus para veículos elétricos irão crescer intensamente na Península Ibérica nos
próximos anos e o Grupo Soledad, em colaboração com a Hankook, quer que os seus
clientes de oficina tirem partido desta oportunidade de negócio com um produto particularmente
rentável a partir de agora. Para tal, a empresa, sempre na vanguarda do
setor, está mais uma vez a antecipar o futuro, reforçando a sua estratégia de produtos
e serviços com o maior investimento alguma vez feito por um distribuidor espanhol
em stock de pneus para veículos elétricos e formação específica para a sua equipa de
vendas. Atualmente, a montagem de pneus para veículos elétricos, que têm um valor
unitário mais elevado, traz uma rentabilidade adicional mais do que interessante em
comparação com os pneus para veículos de combustão.
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CONDUÇÃO SEGURA
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O pneu dinâmico
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• Condução precisa em estradas secas
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Notícias
Universidade de Coimbra cria aerogel
com borracha de pneus usados
O desafio de criar um novo tipo de isolamento térmico e acústico para
edifícios, numa perspetiva da economia circular, juntou investigadores
de engenharia civil e engenharia química da Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), que, pela primeira
vez, produziram um aerogel com matriz homogénea de sílica e borracha
de pneus usados. Considerando que, por um lado, na Europa são
produzidos cerca de 355 milhões de pneus por ano e, por outro lado,
os aerogéis são ótimos isolantes térmicos, mas são dispendiosos, os
cientistas apostaram no desenvolvimento de um aerogel incorporando
borracha de pneus usados. Liderado por Paulo Santos, investigador
do ISISE (Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering)
e professor do Departamento de Engenharia Civil da FCTUC,
o projeto TYRE4BUILDINS, financiado pela Fundação para a Ciência e a
Tecnologia (FCT), foi desenvolvido ao longo dos últimos quatro anos e
compreendeu várias etapas até os cientistas conseguirem o seu objetivo.
A tecnologia desenvolvida no âmbito do projeto foi submetida a
processos de patenteamento nacional e internacional.
Pirelli premeia os melhores
fornecedores
Lidar com os desafios do atual contexto macroeconómico, através de
uma cadeia de distribuição cada vez mais sustentável e com menos
emissões de CO2, centrada nas matérias-primas e serviços de alta qualidade,
e sempre com um foco na inovação constante, através de uma
presença global e estabilidade no fornecimento. Esses são os principais
fatores que nortearam a atribuição do Pirelli Supplier Award 2022, o
reconhecimento que a Pirelli outorga todos os anos a nove dos mais
de 15.000 fornecedores, que se destacaram pelo seu contributo para
tornar a cadeia de distribuição da Pirelli cada vez mais sustentável,
inovadora e excelente a níveis quantitativos. Durante a cerimónia, que
contou com a participação de quase 150 fornecedores preferenciais do
Grupo, foi reiterada a estratégia da Pirelli, com o seu trajeto rumo ao
aumento da utilização de materiais inovadores derivados de fontes
renováveis e recicladas, para atingir os objetivos do Plano Industrial
do Grupo para 2025.
Hannkook atenta à sustentabilidade
na sua atividade diária
A
Hankook comprometeu-se com a iniciativa Science Based Targets (SBTi) e
apresentou os seus objetivos para reduzir as emissões de gases com efeito
de estufa gerados na sua própria atividade. O SBTi é uma parceria entre
o CDP (Carbon Disclosure Project), o United Nations Global Compact (UNGC), o
World Resources Institute (WRI) e o World Wide Fund for Nature (WWF). Mais de
3.600 empresas globais estão a trabalhar na iniciativa SBTi para definir, medir e
relatar metas de redução baseadas na ciência, alinhadas com o Acordo de Paris,
um tratado internacional juridicamente vinculativo sobre mudanças climáticas. A
Hankook juntou-se à iniciativa SBTi, em março deste ano, como a primeira empresa
coreana de fabricação de pneus. Em agosto, a empresa apresentou as suas
metas de redução de emissões, baseadas na ciência, a médio e longo prazo. A validação
está prevista para o início de 2023. A empresa planeia reduzir pela metade
as emissões de Escopo 1 e 2 geradas durante a fase de produção, reduzindo-as até
2030 em 46,2% em relação à linha de base de 2019.
YOKOHAMA Iberia nomeia novo diretor comercial
A YOKOHAMA Iberia nomeou Roberto Prieto Ramos como Diretor Comercial para o mercado de Espanha,
Andorra e Portugal, no passado dia 3 de outubro de 2022. Antes da sua nova designação, Roberto
Prieto Ramos, que é Engenheiro Industrial e detém um mestrado em Business Administration CEMA,
desempenhou as funções de Diretor-Geral da Pirelli para Espanha e Portugal desde junho de 2020.
Durante os seus 25 anos de experiência na indústria dos pneus, ocupou diversos cargos executivos
dentro do setor. Antes da sua transferência para o mercado ibérico, desempenhou durante mais de 6
anos a tarefa de Diretor Comercial e Executivo na Pirelli Canadá. Ao longo da sua passagem por esta
empresa, adquiriu conhecimentos aprofundados sobre diversos mercados através das suas diferentes
funções na Argentina, Venezuela, México, Canadá e na Península Ibérica. A YOKOHAMA Iberia aposta
assim no crescimento sustentável da empresa nos próximos anos, dentro do atual plano trienal (2021-
2023) de gestão a médio prazo, o Yokohama Transformation 2023 (YX2023), que responde à estratégia
geral da YOKOHAMA Europa.
56 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

Empresas
Michelin escolhida
pelos Transportes Sul do Tejo
Transportes Sul do Tejo elegem Michelin para a realização da manutenção
e gestão integral dos pneus da sua frota, através da solução Effitire.
Para a empresa Transportes Sul do Tejo, os pneus da sua frota foram
sempre um fator prioritário na busca e implementação de soluções que garantam
a mobilidade da população, através de serviços de transporte de passageiros
realizados de forma segura, económica e ambientalmente sustentável.
Por isso, a empresa com sede na Rua Marcos Portugal depositou a sua
confiança na Michelin para a realização da manutenção e gestão integral dos
pneus da sua frota, que será levada a cabo através da solução Effitire. A Transportes
Sul do Tejo conta, atualmente, com uma frota de 364 veículos, e presta
serviço aos seus Clientes através de três Unidades Operacionais, Laranjeiro,
Almada e Sesimbra, operando 149 linhas de Serviço Público de Passageiros e
uma área de Serviço Comercial.
Vipal promove Brazilian Day
em parceria com Vaculug
A Vipal Borrachas realizou um evento de integração com a sua principal parceira
de negócios no Reino Unido, a Vaculug. A ação gerou integração entre
colaboradores da companhia brasileira e da recauchutadora britânica. A Vipal
Borrachas é líder na recauchutagem de pneus na América Latina e uma das
companhias com maior capacidade produtiva do mundo no segmento. Além
de carregar o orgulho de ser brasileira, também valoriza os parceiros de negócios
que conquistou em todos os continentes, em mais de 90 países. É o caso
de um dos parceiros mais sólidos da Vipal na Europa, a renovadora britânica
Vaculug. Para celebrar o sucesso da parceria, as empresas realizaram, no dia
10 de setembro, o Brazilian Day. O evento festivo promoveu a integração entre
de diversos setores da família Vaculug e parte da equipa comercial da Vipal
Borrachas e foi realizado na sede do Harrowby United Football Club, em Grantham,
cidade industrial localizada no distrito de Lincolnshire, na Inglaterra.
O encontro ainda comemorou o bicentenário da independência do Brasil,
celebrado no dia 7 de setembro.
Continental PremiumContact 7
garante mais segurança
Com o PremiumContact 7, a Continental está a estabelecer novos padrões de conforto e segurança.
Com vista à sustentabilidade, os pneus para veículos ligeiros de turismo estão a ser desenvolvidos
cada vez mais com foco na elevada durabilidade e menor resistência ao rolamento.
Como o pneu é o único ponto de contacto com a estrada, este foco pode entrar em conflito com
o requisito mais importante de todos: a segurança da condução. Com o PremiumContact 7, a
Continental desenvolveu um pneu que estabelece novos padrões de segurança e conforto, graças
à utilização de três tecnologias inovadoras e, ao mesmo tempo, melhora a resistência ao
rolamento e aumenta a quilometragem. Com o novo PremiumContact 7, a Continental continua
a escrever a sua história de sucesso no segmento premium.
Falken Europe faz alteração
a cargos de gestão
A Falken Tire Europe GmbH fez alterações aos seus cargos de gestão, tendo
em consideração o seu crescimento nos últimos anos e que garantem que a
Falken mantenha a sua capacidade de resposta, rápida e eficaz, às mudanças
do mercado e às necessidades dos clientes. Como parte desta reestruturação,
os seguintes cargos de gestão foram preenchidos: Além do Diretor Financeiro
Keiichi Miyamoto, o Diretor Corporativo Andreas Giese e o Diretor de Informações
Mario Pannwitz juntaram-se à equipa executiva. Andreas Giese, que está
na Falken desde 2013, é responsável pelas áreas de Planeamento Corporativo,
Planeamento de Produto e Administração de Vendas. Mario Pannwitz, na
Falken desde 2019, assumiu a responsabilidade pelas divisões de TI, incluindo
TI geral e SAP, E-Business e Business Intelligence. Esta reestruturação é um
dos vários passos dados pela empresa para estabelecer um nível de gestão
estratégica que permita à Falken continuar o seu crescimento. A médio prazo,
outros cargos-chave serão incorporados. Os novos membros da equipa de
gestão trabalharão juntos para melhorar a agilidade da empresa e otimizar a
estrutura organizacional interna.
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Notícias
Produto
A
Bridgestone, aplicou as suas mais recentes tecnologias de pneus
e os seus conhecimentos especializados, no apoio à mobilidade
elétrica, ao desenvolvimento de pneus personalizados para o
BMW iX, os novos Alenza. Os pneus Bridgestone Alenza, de resistência
ultrabaixa ao rolamento, apresentam uma série de tecnologias de ponta
que complementam perfeitamente o desempenho e o carácter do
BMW iX. Os pneus feitos sob medida apresentam a tecnologia exclusiva
e leve da Bridgestone, ENLITEN, para reduzir a resistência ao rolamento
Bridgestone Alenza equipam BMW iX
e o peso dos pneus até 20%, ajudando a manter o peso do BMW iX ao
mínimo e proporcionando como resultado um aumento da autonomia
do veículo. Os pneus Bridgestone Alenza para o BMW iX também apresentam
um composto de material e desenho do piso desenvolvidos de
forma especial, complementando a transmissão de tração às quatro
rodas do BMW iX e a tecnologia eDrive para proporcionar um desempenho
excecional, uma autonomia extraordinária e uma aceleração impressionante.
Grupo Zenises aposta em pneus
Westlake para camiões
O Grupo Zenises, anunciou a incorporação de quatro novos modelos da Westlake no
catálogo de pneus de camião que comercializa em Espanha e Portugal. Desenvolvidos
pela ZC Rubber para o mercado europeu, trata-se em concreto dos modelos WSA2 e
WDA2, segunda geração de pneus para o eixo diretriz e o eixo motriz, respetivamente,
e percursos de longa distância e regionais, assim como dos modelos WMS2 e WDM2
para o sector da construção, segunda geração de pneus de uso misto para o eixo diretriz
e o eixo motor que incorporam a tecnologia mais avançada do fabricante líder
na China e no Top 5 no ranking mundial do segmento de pneus para camião. Como
distribuidor exclusivo dos pneus Westlake em Espanha e Portugal o Grupo Zenises quer
promover o reconhecimento da marca como a opção mais adequada para os profissionais
do transporte rodoviário.
Falken Euroall Season AS210
classificado como “Bom” nos testes Auto Bild
O pneus Falken Euroall Season AS210 foi classificado como “Bom” nos testes de pneus
Auto Bild e Auto Bild Allrad para todas as estações. Com uma pontuação global de 2,7 e
uma classificação “Boa” no teste de pneus da 39ª edição da revista Auto Bild deste ano,
a Falken EUROALL SEASON provou ser capaz de se manter entre a elite do segmento. Os
testadores da publicação elogiaram a sua boa tração, curta distância de travagem na
neve, desempenho seguro de aquaplanagem e elevada quilometragem. Dada a vasta
gama de pneus para todas as estações disponíveis no mercado, os testadores testaram
um total de 35 pneus na dimensão 195/55R16. Para se qualificarem para o teste final,
os pneus tinham de provar o seu desempenho tanto em piso molhado como seco:
pneus com distâncias totais de travagem em piso molhado e seco superiores a 98,8
metros a 100 km/h não foram considerados para os testes subsequentes.
58 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022

Michelin X MULTI HD Z o novo pneu para camiões
A
gama Michelin X MULTI HD foi ampliada com o novo Michelin X
MULTI HD Z, concebido, principalmente, para eixo direcional, na
medida 315/70 R 22.5, complementando, assim, a oferta já existente
para eixo motriz X MULTI HD D. A medida 315/80 R 22.5 estará disponível
a partir de março de 2023. Resultado da aplicação de inovações
e tecnologias patenteadas pela Michelin, este novo pneu permite aos
transportadores obter ganhos em performance e segurança, contribuindo
para a redução dos custos de exploração das empresas. O Michelin X
MULTI HD Z, proporciona a máxima robustez com uma elevada duração
e uma grande precisão em termos de comportamento, em percursos de
curta e média distância, e em todo o tipo de estradas, inclusivamente em
acessos não asfaltados a pontos de carga e entrega no ambiente rural.
SFT (SUPER FLEXION TYRE)
CAPACIDADE DE CARGA
MAXIMA PARA MÁQUINAS
DE ALTA POTÊNCIA
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Soluções de hoje para o mundo de amanhã: a Mitas trabalha duro todos os dias para oferecer
aos agricultores uma ampla gama de pneus que os ajudam a acompanhar o ritmo do mundo
dinâmico. Qualidade e fiabilidade são a força motriz da marca. Mitas: pneus resistentes
fabricados na Europa desde 1932.
mitas-tyres.com
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Notícias
Produto
Bridgestone Duravis Van
oferece melhor desempenho da classe
A Bridgestone, anunciou o lançamento do seu pneu Bridgestone Duravis
Van. Este novo pneu premium de Verão para Veículos Comerciais Ligeiros
(VCL) proporciona a máxima eficiência durante as condições de funcionamento
diário. Desde a entrega regional até à última milha, o Bridgestone
Duravis Van minimiza o tempo de paragem e contribui para reduzir o
custo total de propriedade, tornando-o no pneu ideal para profissionais
que querem otimizar a gestão de pneus, dando prioridade à segurança e
fiabilidade. O Bridgestone Duravis Van pronto para VE foi desenvolvido
para satisfazer as exigências dos clientes e aumentar a eficiência do negócio.
De acordo com testes realizados pela TÜV SÜD, o novo Bridgestone
Duravis Van oferece a melhor quilometragem da classe para uma maior
vida útil dos pneus, bem como os melhores desempenhos de travagem
em piso seco e molhado.
BKT lança nova série 70
AGRIMAXFACTOR para tratores
A
BKT
acaba de lançar o AGRIMAXFACTOR, a novíssima série 70 para tratores
que se adequa perfeitamente a operações de transporte e de lavoura.
AGRIMAXFACTOR é um novo nome para uma nova identidade de
pneu e mais uma prova do compromisso da BKT em oferecer soluções sempre
inéditas para um mercado cada vez mais exigente. Neste caso, é a resposta da
empresa ao pedido de um pneu maior. Partindo do estudo aprofundado das
tendências do mercado, bem como do feedback de clientes e utilizadores, a
BKT determinou em que áreas iria centrar as suas atividades de desenvolvimento.
Assim, a empresa concebeu um produto novinho em folha, cheio de
características distintivas e inovadoras, tornando-o uma obra-prima tanto de
tecnologia como de design estético. O design do piso foi melhorado do ponto
de vista técnico através de um aumento do comprimento dos blocos e da alteração
da orientação e do ângulo dos blocos com o objetivo de proporcionar
melhor manobrabilidade e suavidade de condução.
Goodyear Vector 4Seasons Gen-3
com classificação “exemplar”
O Auto Bild, classificou o pneu Goodyear Vector 4Seasons Gen-3 como o
número 1 entre 15 outros produtos, exaustivamente testados durante o
seu teste comparativo de pneus para todas as estações destinados a automóveis
de pequenas dimensões. Foi escolhido como o preferido não só
pela sua performance, mas também pelas suas credenciais em termos de
eficiência e sustentabilidade. Incluído na edição de 29 de setembro (nº
39-2022), o Auto Bild levou a cabo o teste de modelos utilitários com um
Volkswagen Polo equipado com pneus de medida 195/55R16. O Vector
4Seasons Gen-3 foi nomeado vencedor absoluto, e um dos apenas dois
pneus testados classificados como “exemplar” pelos pilotos de teste do
Auto Bild. É, também, o terceiro ano consecutivo em que a Goodyear se
posiciona no topo com o seu Vector 4Seasons Gen-3. Foi o pneu do teste
que mais se destacou, por tratar-se de um pneu com um bom desempenho
numa grande variedade de condições, e que foi o mais eficiente.
Ronal e Speedline Corse em Portugal pela Q&F
Tudo começou em Walldorf, na Alemanha em 1969, com o Sr. Karl Wirth a fornecer as suas primeiras
jantes de alumínio sob o nome de Ronal. Um ano depois, foi criada a primeira fábrica especializada
na produção de jantes em alumínio, e desde então, acumulando sucesso atrás de sucesso, o
Grupo Ronal encontra-se hoje sediado na Suíça, com treze fábricas espalhadas por três continentes,
contanto com uma produção anual superior a 21 milhões de jantes. Os seus critérios de qualidade,
obtidos pelos seus elevados níveis de exigência, garantiram num espaço de apenas dois anos de
existência, o seu primeiro contrato com uma construtora de automóveis. Com o passar de décadas,
o Grupo Ronal, é hoje considerado um sucesso global, sendo detentora de um palmarés invejável,
que inclui uma das marcas mais bem conotadas no mundo da competição automóvel, a Speedline
Corse, com aplicações tanto para competição, como para o uso em estrada.
60 | Revista dos Pneus Dezembro 2022

Pirelli P Zero Corsa equipa Pagani Utopia
A
mais recente criação de Horacio Pagani, o Utopia, sairá de fábrica
exclusivamente com pneus Pirelli P Zero Corsa. O novo hypercar
foi revelado no Museu de Ciência e Tecnologia Leonardo da Vinci,
em Milão, luzindo pneus Pirelli feitos à medida, capazes não só de oferecer
o melhor desempenho em todas as condições de condução, mas
também de garantir elevados níveis de conforto. A Pirelli escolheu o P
Zero Corsa para responder às exigências deste Utopia, uma vez que estes
pneus personificam toda a experiência obtida pela Pirelli no mundo
do automobilismo. A tecnologia presente nos compostos e na banda de
rodagem permitem ao pneu lidar com a potência fenomenal e o torque
extremamente alto, em todas as temperaturas e superfícies da estrada.
Ao mesmo tempo, a versatilidade do P Zero Corsa será um ponto crucial
para garantir o máximo de conforto, tal como imaginado por Horacio
Pagani. O resultado é uma comunhão entre pneus e carro, algo visível
no flanco do pneu, onde a marcação específica da Pagani se une com a
silhueta do modelo para sublinhar o desenvolvimento específico.
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Honda escolhe Dunlop
para a África Twin Epic Tour
Marrocos voltou a ser o palco da IV Edição da África Twin Epic Tour. Os mais
de 56 motociclistas que participaram percorreram, montados na sua Honda,
e com pneus Dunlop, todo o tipo de caminhos e dunas ao longo de 1500 km.
Este é o terceiro ano consecutivo em que a Honda confia na Dunlop enquanto
marca fornecedora de pneus exclusiva para uma das suas mais exigentes travessias.
Os mais de 56 participantes puseram à prova as incríveis prestações do
Dunlop 908 RR, um pneu desenvolvido para o deserto, mas homologado também
para a estrada. O seu incomparável desempenho em areia, rochas e pisos
duros permitiu aos motociclistas desfrutarem ao máximo desta aventura dem
igual. A viagem teve início a 22 de setembro, e durante uma semana, os pilotos
de Raid puderam descobrir as profundezas de Marrocos. Após três edições, o
Africa Twin Morocco Epic Tour converteu-se num encontro imperdível para os
amantes desta viagem off-road aos comandos das suas Africa Twin equipadas
com pneus Dunlop.
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Notícias
Produto
BKT lança pneu perfeito
para operações de escavação
Apresentado pela primeira vez na Bauma, o EM 933
SUPER para escavadoras representa um conforto excecional
e uma tração superior. O design único da parede
lateral protege contra a penetração de pedras A investigação
de soluções inovadoras adequadas às necessidades
específicas por parte da BKT nunca para. Hoje, a
empresa multinacional indiana lança o EM 933 SUPER,
um pneu concebido para escavadoras em operações de
escavação e carregamento - atividades complexas, para
as quais os pneus desempenham um papel fundamental.
Muitas são as características distintivas deste novo
produto. Possui um excelente design de parede lateral
com uma saliência que permite o contacto próximo de
dois pneus sem a necessidade de um anel de borracha
especial para evitar a penetração de rochas.Excelente
conforto de condução, propriedades de autolimpeza de
topo e tração de primeira classe, mesmo em condições
difíceis e desafiantes, completam o perfil desta novidade
e do seu design exclusivo do rasto.
Trelleborg comercializa
o novo pneu XP700
A Trelleborg acaba de apresentar ao mercado
a sua mais recente novidade, o pneu XP700,
o ideal para aplicações industriais de baixa
intensidade. O pneu XP700 apresenta um
desenho de banda de rodagem com ranhuras
profundas para garantir melhor tração e
blocos compactos na lateral para minimizar
as vibrações. Projetado para atender perfeitamente
as aplicações industriais de baixa intensidade,
o novo XP700 proporciona confiabilidade,
capacidade de carga adequada e boa
dirigibilidade, ao mesmo tempo que minimiza
a inatividade ajudando a manter os custos
sob controle. O lançamento também possui o
sistema de etiquetagem de fácil visualização
e utilização da Trelleborg, que auxilia os clientes
a escolherem o pneu ideal para atender as
exigências e intensidades de suas aplicações,
melhorando o desempenho geral.
Mitas apresentou no SIMA
pneus agrícolas de topo
A Mitas apresentou os seus pneus radiais agrícolas de
topo no SIMA, desenvolvidos para máquinas agrícolas
modernas, para ajudar os agricultores no seu trabalho
diário. Mitas mostrou dois pneus radiais com construção
Very High Flexion (VF), o que permite uma menor pressão
de inflação para proporcionar uma grande eficiência
de tração e reduzir a compactação do solo. O HC 3000 R,
desenvolvido para máquinas de colheita e outro equipamento
agrícola pesado, tem um desenho melhorado do
padrão da banda de rodagem que reduz o deslizamento
dos pneus ao mesmo tempo que reduz o consumo de
combustível para melhor sustentabilidade e economia
de custos. O outro pneu VF Mitas que os visitantes puderam
ver na SIMA foi o HC 1000 para pulverizadores autopropulsionados.
Isto proporciona um bom desempenho
tanto no campo como na estrada, com a sua velocidade
máxima de 65 km/h. Devido ao seu desenho otimizado
do piso e composto resistente ao calor, o pneu tem uma
grande durabilidade mesmo a alta velocidade.
BFGoodrich Trail-Terrain T/A o pneu para todas as estações
A
BFGoodrich lançou na Europa o pneu BFGoodrich Trail-Terrain T/A,
concebido para uma utilização diária tanto em estrada e fora de
estrada, independentemente da estação do ano. Graças a um composto
de borracha concebido para resistir aos impactos e às agressões, o
novo pneu BFGoodrich Trail Terrain T/A permite uma utilização ocasional
fora de estrada, especialmente em caminhos de gravilha e terra. O desenho
dos ombros, com tacos laterais recortados e descentrados, foi otimizado
para proporcionar tração em piso macio em situações de todo-o-terreno
ligeiro, sem gerar ruído adicional em estrada, em que os canais laterais fechados
garantem uma condução mais silenciosa em asfalto. O BFGoodrich
Trail Terrain T/A também oferece uma excelente tração quando a temperatura
exterior baixa. As profundas lamelas autoblocantes 3D foram desenhadas
como arestas suplementarias aos tacos, destinando-se a melhorar
a aderência em superfícies escorregadias durante toda a vida útil do pneu.
A classificação 3PMSF (3 Peak Mountain Snow Flake) atesta as suas performances
no inverno, inclusive em condições de neve intensa.
62 | Revista dos Pneus Dezembro 2022

NEXEN TIRE equipa novo Hyundai Ioniq 6
A NEXEN TIRE anunciou que está a equipar com dois dos seus equipamentos
originais, o N’FERA AU7 EV e o N’FERA SPORT EV o novo Hyundai Ioniq 6. Com
o seu design elegante e desempenho aerodinâmico de classe mundial, o Ioniq
6 pode alcançar mais de 500 quilómetros por carga. Além disso, apresenta
uma gama de tecnologias de iluminação que pode comunicar com veículos e
pessoas, incluindo lâmpadas ambiente de duas cores, espaços internos confortáveis
e luzes pixel interativas. Para além disto, o novo Hyundai Ioniq 6, utiliza
um multi-rápido de 400V/800V e um sistema de carregamento com funcionalidade
V2L, além de oferecer desempenho de condução dinâmico, especificações
de segurança e conveniência de borda. O N’FERA AU7 EV da NEXEN TIRE,
que é fornecido para o novo Ioniq 6, é um pneu premium para quatro estações
que oferece um excelente poder de frenagem e conforto em várias condições
climáticas e condições da estrada.
Pirell equipa Porsche 911 Dakar
com Scorpion All Terrain Plus
Pela primeira vez, a Porsche contará com um pneu off-road da Pirelli como equipamento original
para um 911: o Scorpion All Terrain Plus, um produto projetado para oferecer elevados
níveis de desempenho perante as condições mais desafiantes. O automóvel em questão é
nada mais nada menos que o novo Porsche 911 Dakar, uma reinterpretação do clássico coupé,
em formato todo-o-terreno, que foi projetado para otimizar as suas capacidades off-road.
Foram também projetadas duas outras versões para o modelo: um P Zero para asfalto e um P
Zero Winter para garantir a máxima aderência durante os meses mais frios. O Pirelli Scorpion
All Terrain Plus foi especificamente projetado para oferecer altos níveis de resistência e de
apoio nas superfícies mais exigentes. Ao mesmo tempo, o pneu foi adaptado para oferecer
ao Porsche 911 Dakar a versatilidade de um off-road, sem esquecer os elevados níveis de desempenho,
que sempre caracterizaram o ícone desportivo. Para atingir estas metas, a Pirelli
colocou em marcha um programa de desenvolvimento exclusivo, que se baseou fortemente
na sua experiência com a produção de pneus Ultra High Performance para os carros mais
rápidos do mundo.
Dunlop SportSmart TT selecionado
para nova superbike BMW
A BMW selecionou o Dunlop SportSmart TT enquanto equipamento de origem
(OE) para a sua nova S 1000 RR de 2023, garantindo aos motociclistas um nível
de performance hypersport, em estrada ou em pista, condicente com esta
superbike inspirada na competição. A nova e mais evoluída S 1000 RR apresenta
uma série de caraterísticas revistas e atualizadas, juntando-se à M 1000
RR ainda mais orientada para a competição, lançada em 2020 e que também
conta com o Dunlop SportSmart TT como equipamento de origem (OE). A
tecnologia NTEC RT do SportSmart TT permite que a pressão no pneu traseiro
seja reduzida para uso em circuito, proporcionando maior aderência por via do
aumento da zona de contacto do pneu com o asfalto. Por seu turno, o padrão
Speed Vent Treat deu origem a um piso com ranhuras que abre e fecha quando
o pneu roda, melhorando a dissipação de calor. No pneu dianteiro, um perfil
de molde dinâmico revisto oferece o equilíbrio raro entre um baixo esforço de
direção e uma ótima aderência na inserção em curva, garantindo uma resposta
e uma confiança melhoradas em travagem e em curva.
Hankook fornece SUV Skoda Enyaq iV elétrico
A Hankook continua a expandir a sua gama de equipamento original para veículos elétricos
(EV), equipando o Skoda Enyaq iV totalmente elétrico. O Skoda Enyaq iV será equipado com o
pneu Ventus S1 evo 3 evo especialmente desenvolvido para carros eléctricos, como é o caso do
modelo irmão do Grupo, o Volkswagen ID.4. Dependendo da variante do modelo do primeiro
SUV elétrico do Skoda, tamanhos de 18 a 20 polegadas estarão disponíveis. O Ventus S1 evo 3
ev, perfeitamente adaptado às necessidades dos veículos elétricos, dá um importante contributo
para a mobilidade sustentável em combinação com o novo modelo da Skoda. O Hankook
Ventus S1 evo 3 ev é adaptado ao novo SUV elétrico do Skoda até ao último detalhe para se
harmonizar em segurança com o aumento de peso gerado pelo veículo em todas as situações
de condução. A Hankook equipou o pneu EV de conceção personalizada com uma carcaça de
dupla camada feita de fibras de alto desempenho. Oferece uma estabilidade muito elevada e
assegura um baixo peso da tara em relação ao seu tamanho.
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Notícias
Produto
SportContact 7 da Continental
conquista galardão
A Continental anunciou a conquista de mais um prémio para o SportContact
7. O novo pneu premium da Continental foi distinguido com o
galardão “Product Innovation Award”, na 93.ª edição da “National Tyre
Distributors Association” (NTDA).Desde o seu lançamento em outubro de
2021, o novo SportContact 7 tem tido resultados excecionais no segmento
de pneus de alto desempenho (UHP). No processo de desenvolvimento do
SportContact 7, a equipa da Continental focou-se na melhoria de todos os
critérios ao nível de desempenho, combinando o prazer da condução com
a máxima segurança e sustentabilidade. Vários fabricantes automóveis
estão a eleger o SportContact 7 como equipamento de origem, com vários
peritos independentes a classificarem o novo produto como um grande
progresso no que ao desempenho dos pneus diz respeito.
NEXEN TIRE fornece BMW X1 e iX1
com pneus N’ FERA SPORT
A
NEXEN
TIRE, anunciou que vai equipar de fábrica o BMW X1 e os SUVs
compactos iX1 totalmente elétricos da BMW, com os seus pneus N’FERA
SPORT. Será equipado no BMW X1 e no iX1, este pneu, foi fabricado na
fábrica NEXEN TIRE Europe especificamente para uso em estradas europeias.
Os padrões assimétricos do pneu são excelentes para condução em alta velocidade
e a sua largura na ranhura de 3+1 fornece um desempenho de drenagem
excecional. Para além destas funcionalidades, o N’FERA SPORT funciona
graciosamente tanto em pisos secos, como molhados. Depois de anunciar, este
ano, que os seus pneus seriam compatíveis com o BMW 2-Series Active Tourer,
a NEXEN TIRE passou a fornecer pneus para os novos X1 e iX1 EV, ganhando
a confiança premium das marcas, graças à sua tecnologia acumulada e alto
padrão de mão de obra.
Goodyear desenvolve pneu concetual
Eagle Go para Citroën Oli
Fazendo uso de um leque de materiais sustentáveis no composto da banda
de rolamento, a Goodyear Tire & Rubber Company desenvolveu o pneu
concetual Eagle GO, o qual será instalado no novo protótipo da Citroën, o
oli. Ao longo de mais de 120 anos, a Goodyear ter perseguido inovações e
invenções nos domínios da sustentabilidade e da baixa manutenção, e a
parceria com a Citroën dá continuidade a uma relação de longa data entre
ambas as marcas. O Eagle GO é o terceiro pneu concetual da Goodyear
desenvolvido com a Citroën, e foi criado para otimizar a eficiência, a durabilidade
e o conforto. Este pneu concetual utiliza um composto na banda
de rolamento, a parte do pneu que se desgasta, constituído quase exclusivamente
por materiais sustentáveis ou reciclados. Estes materiais incluem
óleos de girassol, resinas de pinheiro, borracha natural e sílica de cinzas de
casca de arroz. Estes materiais são descritos abaixo. Os óleos de girassol e
as resinas de pinheiro são soluções renováveis, destinadas a substituir os
óleos derivados do petróleo. O objetivo da Goodyear é substituir por completo
os óleos derivados do petróleo nos seus produtos até 2040.
MAXAM equipa camiões basculantes da Caterpillar
A MAXAM acaba de anunciar que a Caterpillar Inc., validou e aprovou, o pneu MS302 29.5R25 E3/L3 para o uso
em Camiões Basculantes Articulados Cat 740 GC. Com quase cem anos, as máquinas revolucionárias da Caterpillar
provaram ser confiáveis, proficientes e versáteis nos ambientes mais difíceis. Fornecer o 29.5R29 MS302
ao 740 GC ADT marca um grande salto no segmento off-the-road para a MAXAM, fortalecendo ainda mais o seu
relacionamento com o fabricante líder mundial de construção e mineração. Fabricado em instalações de última
geração, com engenharia avançada e design superior, o MS302 oferece ao mercado uma solução versátil e de
alta qualidade. O MAXAM MS302, foi projetado para as aplicações mais difíceis, oferecendo tração superior e
alta resistência ao desgaste e corte. Desenvolvido com uma banda de rodagem profunda, este pneu, resistente
a furos, permite produtividade superior e tempo de inatividade mínimo.
64 | Revista dos Pneus Dezembro 2022

O
Pirelli P Zero Trofeo R, montado no Lamborghini Urus Performante,
alcançou um novo marco com a conquista da lendária
prova Pikes Peak International Hill Climb, registando um tempo
recorde. Este mesmo pneu foi escolhido pela Lamborghini como
equipamento original para a mais nova versão do seu super SUV. O Urus
homologou já seis variantes de pneus Pirelli: pneus P Zero de 21, 22 e
23 polegadas, projetados para garantir altos níveis de desempenho em
Pirelli P Zero Trofeo R bate recorde
estrada; pneus P Zero Corsa de 22 polegadas, indicados para os track
days; o Scorpion Zero All Season de 21 polegadas e o Scorpion Winter
de 22 polegadas para conduzir com segurança em todas as condições
de estrada e a baixas temperaturas. A estes junta-se agora o P Zero Trofeo
R de 22 polegadas: o pneu Pirelli mais focado no desempenho, especificamente
destinado para os circuitos, mas também aprovado para
uma utilização em estrada.
Falken Eurowinter HS02 e HS02 Pro
a nova aposta deste Inverno
A Falken apresentou a próxima geração de pneus de inverno com dois modelos completamente
novos: EUROWINTER HS02 e EUROWINTER HS02 Pro, que se destacam pela
boa gestão dos recursos e pelas suas caraterísticas inovadoras. O Falken EUROWINTER
HS02 é um pneu direcional com padrão simétrico, oferecido numa ampla gama dimensional
que inclui 76 tamanhos, com aros entre 14 e 19 polegadas, em séries de 40
a 70 e códigos de velocidade T, H e V. (190, 210 e 240 km/h). Por sua vez, o EUROWIN-
TER HS02 Pro, com perfil assimétrico, foi desenvolvido para carros de passeio e SUVs
com os mais altos requisitos dinâmicos. É oferecido em 87 dimensões, com aros entre
16 e 21 polegadas e séries de 35 a 70, nos códigos de velocidade H, V e W (210, 240 e
270 km/h). Ambos os modelos, convencem à primeira vista devido ao seu design, com
um layout dinâmico dos flancos, onde o HS02 Pro, além disso, incorpora a inscrição
“Nano Black”, o que lhe confere maior apelo estético.
Yokohama equipa novo SUV da Honda com
pneus ADVAN ZR-V
A Yokohama Rubber Co., Ltd., começou a fornecer os pneus ADVAN dB V552 como equipamento
de origem (EO) à Honda Motor Co., Ltd., para uso no seu novo SUV, o ZR-V. O
novo SUV será vendido no Japão e no estrangeiro. Os novos SUV vêm equipados com
pneus de medidas 215/60R17 96H e 225/55R18 98H. O ADVAN dB V552 é um pneu de
conforto premium desenvolvido com base «num pneu silencioso sem precedentes que
transforma a atmosfera dentro do automóvel». A utilização de «sem precedentes» aqui
faz referência aos pneus desenvolvidos e comercializados até à data pela Yokohama
Rubber O pneu cria uma atmosfera incrivelmente tranquila no interior do veículo que
ajuda a presentear uma experiência mais prazerosa aos condutores. O ADVAN dB V552
oferece a alta manobrabilidade e o silêncio que o ZR-V da Honda exige, ao mesmo
tempo que reduz a resistência à rodagem.
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Conhecer
Aquaplaning na condução
Milímetros
fazem diferença
Alguns milímetros de profundidade do piso dos pneus podem fazer
uma enorme diferença na segurança de condução. No Inverno, os condutores
podem encontrar alguns troços de estrada em zonas de alto risco com o perigo
de aquaplanagem à espreita
O
aquaplaning é uma ameaça
real em tempo chuvoso. Assim
que a banda de rodagem não
consegue drenar toda a água
do ponto de contacto entre o pneu e a
estrada, forma-se uma almofada de água
debaixo do pneu. Isto faz com que os pneus
percam a aderência e o condutor perca o
controlo do seu veículo. Nesta situação, o
condutor pode tornar-se um passageiro
indefeso, sem qualquer controlo sobre
o seu veículo num instante. No entanto,
o mais importante é manter a calma e
não travar subitamente. É melhor tirar o
pé do acelerador, deixar o carro reduzir
lentamente a velocidade e vigiar de perto
a direção da viagem. Assim que sentir que
os pneus recuperam contacto com a estrada,
pode começar gradualmente a acelerar
novamente.
Há um risco real de aquaplaning mesmo
com pneus bons, mas é quase certo com os
pneus gastos. É por isso que é importante
estar consciente do estado e qualidade dos
pneus do carro. Como regra geral, quanto
menor a profundidade do piso, mais provável
é que os pneus percam a aderência na estrada
molhada. Portanto, conduzir com pneus
gastos é um grande risco, especialmente na
chuva, quando a distância de travagem é
significativamente maior. Assim, torna-se um
perigo não só para o condutor e passageiros,
mas para todos à volta.
Os condutores que adiaram a compra de
pneus novos devem prestar ainda mais
atenção à manutenção adequada dos seus
pneus atuais, para que as suas características
de segurança durem o máximo de tempo
possível. O risco de aquaplaning pode ser
reduzido através da utilização de pneus com
uma banda de rodagem de pelo menos 4
mm. Assim que a profundidade do piso cair
abaixo deste valor, a sua proteção contra
este fenómeno perigoso deteriora-se
significativamente. A pressão correta dos
pneus é também importante. É importante
antecipar situações perigosas. A chuva forte
e o mau estado dos pneus são uma má
combinação. Da mesma forma, conduzir
demasiado rápido com mau tempo torna o
seu veículo mais propenso ao aquaplaning,
mesmo que tenha pneus bons. Com chuva
forte, a velocidade pode precisar de ser
reduzida em até 15-20 km/h para que o
piso possa bombear toda a água entre o
pneu e a estrada.
Testes realizados por uma revista da
especialidade, mostraram que os pneus
gastos começaram o aquaplaning a uma
velocidade até 15 km/h mais cedo do
que os pneus novos. Para os melhores
pneus testados, o novo pneu começou o
aquaplaning a 90,4 km/h enquanto um
pneu gasto a apenas 3,5 mm já começou
o aquaplaning a cerca de 75 km/h. Para
além da profundidade do piso, a pressão do
pneu também deve ser verificada. A baixa
pressão aumenta o risco de aquaplaning.
Verificar a pressão do pneu e ajustá-lo ao
nível correto, se necessário, é uma medida
de segurança básica que pode ser tomada
na estação de serviço mais próxima e não
custa nada.
DICAS PARA LIDAR COM
O RISCO DE AQUAPLANING:
• Verifique o estado dos seus pneus antes
de cada viagem, mantenha uma pressão
de pneu suficiente e certifique-se de que
a profundidade do piso é de pelo menos 4
mm para garantir a segurança de condução.
• Verificar o boletim meteorológico antes de
conduzir e antecipar situações perigosas,
estas incluem chuvas fortes ou trovoadas.
• Reduza a sua velocidade de condução
em pelo menos 20 km por hora durante as
chuvas fortes.
• Manter distância suficiente dos veículos
que se encontram à sua frente.
• Se ocorrer aquaplaning, mantenha-se
calmo, tire o pé do acelerador e deixe o carro
abrandar até sentir novamente contacto
entre os pneus e a estrada. u
66 | Revista dos Pneus | Dezembro 2022