SCMedia News | Revista | Julho & Agosto 2023
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
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JULHO - AGOSTO <strong>2023</strong><br />
"A MUDANÇA<br />
CONSTANTE<br />
QUE DECORREU<br />
A ALTÍSSIMA<br />
VELOCIDADE<br />
PÔS À PROVA<br />
EMPRESAS<br />
E PROFISSIONAIS.<br />
ESTE É UM<br />
PROCESSO<br />
QUE ESTÁ LONGE<br />
DE TERMINAR."<br />
Todas estas mudanças de que já falámos<br />
suscitam um repensar a mobilidade e a logística<br />
das cidades, pelas novas necessidades e também<br />
por questões de sustentabilidade. Como é que<br />
a APOL olha para estes temas? Foram ouvidos<br />
sobre esta matéria? Pertencem a algum grupo de<br />
trabalho? Estamos, como noutros campos, a levar<br />
muito tempo a tomar decisões?<br />
> A sustentabilidade e a transição energética,<br />
as regras de mobilidade e acesso aos centros<br />
urbanos e a logística das cidades são temas<br />
muito pertinentes e em que estamos a trabalhar.<br />
Temos tido diversos contactos com as secretarias<br />
de Estado que tutelam estes assuntos.<br />
Felizmente, temos encontrado disponibilidade e<br />
interesse para ouvir a APOL. Existem já convites<br />
para participar em diversos grupos de trabalho<br />
e think tanks para dar resposta a estes temas.<br />
Destacamos o convite da senhora secretária<br />
de Estado da Energia e do Clima para que<br />
aportemos o nosso conhecimento à discussão<br />
sobre o Plano Nacional de Energia e Clima<br />
(PNEC) que decorrerá até junho de 2024.<br />
Os assuntos em causa são complexos e<br />
requerem muito conhecimento para poder<br />
repensá-los e criar legislação realmente<br />
consequente. Contudo, a urgência dos temas<br />
requer maior celeridade no processo de tomada<br />
de decisão.<br />
Além disso, na logística das cidades, pela sua<br />
importância e impacto, seria muito importante<br />
que o poder central e os municípios estivessem<br />
mais coordenados no que diz respeito a regras<br />
básicas de acessos aos centros urbanos.<br />
Atualmente, a informação é escassa, difusa<br />
e muito díspar. Todas estas situações geram<br />
fortes ineficiências nos processos de entregas,<br />
que hoje estão a ser totalmente absorvidas<br />
pelo mercado em geral e, consequentemente,<br />
também pelos operadores logísticos. Como<br />
exemplo dessa descordenação posso<br />
apontar o que aconteceu recentemente com<br />
a organização da JMJ, em que as regras de<br />
circulação nos municípios afetados apenas<br />
foram publicadas um par de semanas antes do<br />
evento.<br />
A crise sanitária teve o mérito de aproximar<br />
empresas, dando lugar a verdadeiras relações<br />
colaborativas, mesmo entre concorrentes. Foi<br />
uma coisa de momento ou pode até ser em<br />
muitas situações uma solução de futuro e com<br />
futuro?<br />
> A pandemia, a crise energética e a urgência<br />
na forma de trabalhar mais eco friendly têm<br />
levado a que empresas que teoricamente são<br />
concorrentes, venham a colaborar. Acreditamos<br />
nesta “coopetição” e tudo faremos para a poder<br />
incentivar. Percebemos, no entanto, que este<br />
é um processo que demora o seu tempo. Sem<br />
confiança não pode existir colaboração. O papel