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Revista Dr Plinio 311

fevereiro de 2024

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Deus e Nossa<br />

Senhora enxugarão<br />

as nossas lágrimas<br />

Deus não só vai inundar os homens<br />

de felicidade, mas vai consolá-<br />

-los pelas infelicidades que tiveram<br />

durante a vida e que foram segundo<br />

Ele. Assim como uma mãe que vê<br />

a criança chorar enxuga-lhe as lágrimas<br />

e pode osculá-la onde sente dor,<br />

ou próximo aos olhos, assim também<br />

Deus fará com cada sofrimento que<br />

cada homem tenha tido por causa<br />

d’Ele.<br />

Quando nesta Terra a vida estiver<br />

dura, o peso da fidelidade, da luta<br />

contra as tentações, dos problemas,<br />

das provações axiológicas – oh, provação<br />

axiológica! – quando tudo isso<br />

pesar sobre nós, pensemos: “Um dia<br />

as mãos alvíssimas de Maria Santíssima<br />

pousarão sobre aquilo de meu<br />

corpo que sofreu o reflexo desse tormento<br />

de alma; mas muito mais do<br />

que isso, eu terei de Nossa Senhora<br />

um sorriso, terei um afago: ‘Meu<br />

filho, eu te consolo por isto’. E isso<br />

durará eternamente!”<br />

Um olhar d’Ele é um Céu!<br />

Quanto qualquer um de nós daria<br />

para receber um olhar de Nosso<br />

Senhor Jesus Cristo! O olhar que<br />

Ele deu a São Pedro era um olhar<br />

de tristeza e de reprovação, mas como<br />

nós gostaríamos de receber esse<br />

olhar! Quanto e quanto!<br />

Eu creio que os dois mais belos<br />

olhares d’Ele tenham sido para<br />

Nossa Senhora, logo que Ele nasceu<br />

e o último olhar antes de morrer.<br />

Como terão sido? O que se pode<br />

imaginar do olhar de Nosso Senhor<br />

Jesus Cristo? Não há palavras<br />

que possam descrever! Um olhar<br />

d’Ele é um Céu! Considerem um<br />

pouco o Santo Sudário de Turim,<br />

onde as pálpebras estão baixas, mas<br />

nas quais se vê o olhar. Imaginem<br />

aquele olhar pousando sobre nós e<br />

nós nos lembrando desta ou daquela<br />

ocasião em que sofremos por Ele,<br />

e Ele nos diz: “Meu filho, naquela<br />

hora sofreste por Mim. Agora olho-<br />

-te, afago-te, osculo-te. Eu te amo<br />

naquele estado de tua alma. Eu te<br />

amo assim!”<br />

Aí se compreende a loucura que é<br />

deixar de fazer o menor ato de virtude.<br />

Ou de deixar de fazer tão perfeitamente<br />

quanto se possa fazer. Porque<br />

não há, nesta Terra, nada que<br />

nos possa dar a ideia do que será esse<br />

olhar! O que possa ser a expressão<br />

e o valor de um olhar d’Ele? Nós não<br />

temos ideia!<br />

Como a esposa ornada<br />

para o esposo<br />

Nesse primeiro momento, Deus<br />

consolará especialmente os homens<br />

que viverão no fim do mundo, pois<br />

eles terão de sofrer tanto e tanto,<br />

que ninguém alcança imaginar. Esses<br />

serão inundados de gáudio e de<br />

consolação por causa daqueles sofrimentos<br />

especiais de fim de mundo,<br />

que serão parecidos, nunca iguais,<br />

com os sofrimentos da própria Crucifixão.<br />

E serão glorificados com<br />

uma glorificação cheia de alegria e<br />

<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> durante conferência em 1981<br />

de brilho como Nosso Senhor na sua<br />

Ressurreição gloriosa, com o Corpo<br />

sagrado todo refulgindo e brilhando<br />

em todas as suas cicatrizes.<br />

Para dar inteiramente uma ideia<br />

desta beleza da Jerusalém Celeste<br />

que desce, São João, no Apocalipse,<br />

usa uma comparação linda. Estará<br />

toda a Jerusalém Celeste pronta<br />

para os homens, enfeitada por Deus<br />

como se enfeita uma esposa quando<br />

vai ao encontro do esposo: “Eu<br />

vi descer do céu, de junto de Deus, a<br />

Cidade Santa, a nova Jerusalém, como<br />

uma esposa ornada para o esposo”<br />

(cf. Ap 21, 2).<br />

Uma noiva vai ao altar com todas<br />

as joias da família, com os mais belos<br />

trajes, com toda a pompa esponsalícia;<br />

assim também virá ao encontro<br />

dos homens a Jerusalém Celeste<br />

no seu todo e, mais especialmente, o<br />

Céu Empíreo!<br />

v<br />

(Extraído de conferência<br />

de 2/1/1981)<br />

1) Edmond Eugène Alexis Rostand<br />

(*1868 - †1918). Poeta e dramaturgo<br />

francês.<br />

Arquivo <strong>Revista</strong><br />

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