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Indústria 4.0<br />
O PAPEL DO EDGE COMPUTING NA EVOLUÇÃO<br />
DA INDÚSTRIA 4.0<br />
O panorama industrial brasileiro<br />
tem sido marcado<br />
por desafios econômicos e<br />
políticos, mas também por<br />
oportunidades. No contexto<br />
industrial, a Indústria<br />
4.0 é caracterizada pela<br />
utilização de tecnologias<br />
inovadoras, como internet<br />
das coisas, inteligência artificial,<br />
automação, robótica<br />
e big data, para aumentar<br />
a eficiência, flexibilidade<br />
e competitividade das<br />
empresas. E com o avanço<br />
das inovações e a necessidade<br />
de obter respostas<br />
em tempo real, cresce<br />
também a necessidade de<br />
soluções que tragam mais<br />
segurança e velocidade às<br />
operações e à comunicação<br />
das empresas.<br />
Nesse sentido, o edge computing<br />
ou computação de<br />
borda, representa o próximo<br />
passo para a indústria,<br />
impulsionando novas aplicações<br />
com menor custo<br />
de implementação, baixo<br />
tempo de resposta e maior<br />
resiliência. É uma tecnologia<br />
que descentraliza as<br />
operações com o objetivo<br />
de melhorar a experiência<br />
do usuário e trazer mais<br />
confiabilidade e eficiência<br />
para os processos.<br />
Se hoje as empresas ainda<br />
precisam contar com uma<br />
infraestrutura centralizada<br />
— geralmente na nuvem<br />
— para o processamento<br />
de dados, comunicação e<br />
análises, com o edge computing<br />
é possível distribuir<br />
essas operações em uma<br />
espécie de micro-data centers<br />
periféricos. Ela forma<br />
uma rede descentralizada<br />
e posicionada de maneira<br />
estratégica, mais próxima<br />
ao chão de fábrica, para<br />
reduzir custos, dar mais<br />
segurança e garantir velocidade<br />
e qualidade do<br />
processamento de dados.<br />
E isso só é possível incorporando<br />
a internet das coisas<br />
industrial (IIoT) e dispositivos<br />
inteligentes que coletam<br />
e processam os dados.<br />
Para entender o edge computing,<br />
temos que voltar<br />
um passo, até o cloud<br />
computing. A computação<br />
em nuvem foi um avanço,<br />
que viabilizou o surgimento<br />
de muitos modelos de<br />
negócios e possibilitou a<br />
criação de uma série de<br />
aplicativos, incluindo softwares<br />
utilizados mundialmente.<br />
No entanto, com a<br />
aceleração da transformação<br />
digital e a chegada de<br />
novas tecnologias, houve<br />
também uma mudança<br />
na demanda de pessoas<br />
e empresas. Hoje, muitas<br />
aplicações já não podem<br />
ser executadas na nuvem,<br />
pois elas têm necessidade<br />
de uma conectividade de<br />
alta resiliência e, por vezes,<br />
baixa latência para controle<br />
de sistemas críticos,<br />
algo que provedores de<br />
internet não conseguem<br />
fornecer e que é essencial<br />
para o funcionamento<br />
dessas aplicações.<br />
Nesse contexto surge o<br />
edge computing, resolvendo<br />
problemas relacionados<br />
à demora de<br />
comunicação, disponibilidade<br />
de rede e custos. E<br />
a questão da velocidade<br />
da comunicação é central<br />
quando falamos de cloud e<br />
edge computing. Por mais<br />
que seja imperceptível do<br />
ponto de vista humano,<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Março 2024<br />
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