20Durante a década de 40, segun<strong>do</strong> o autor, foram divulga<strong>do</strong>s os estu<strong>do</strong>s deLazerfeld com a análise da influência da campanha eleitoral <strong>sobre</strong> o voto <strong>do</strong>s cidadãos,dan<strong>do</strong> origem a <strong>do</strong>is modelos, o da “comunicação em <strong>do</strong>is níveis,” o two step flow ofcommunication, e a teoria <strong>do</strong>s efeitos limita<strong>do</strong>s da mídia, que minimizava a sua influência.Entre outras teorias surgidas posteriormente, está a <strong>do</strong> agendamento, de McCombs eShaw, que prevê a necessidade de se conhecer a agenda jornalística, com a seleção deenquadramentos, para descobrir o poder <strong>do</strong>s jornalistas e <strong>do</strong> jornalismo, além de tratar dasua difícil compatibilização com a ética.Segun<strong>do</strong> Traquina (2001, p.54) , a década de 50 teve uma grande importância para ojornalismo, com a publicação <strong>do</strong> artigo de David White, em revista acadêmica norteamericana,com o conceito de gatekeeper. A teoria revolucionou a forma de encarar oassunto e sua importância se ampliou até os anos 60, ao dizer que o processo de produçãode notícias é concebi<strong>do</strong> como uma série de escolhas à medida que o seu fluxo passa porportões, os gates, quan<strong>do</strong> o profissional, o gatekeeper, deve tomar a decisão <strong>sobre</strong> asnotícias que lhe interessam e quais as que deixará de la<strong>do</strong>. Desta forma, o processoseletivo da notícia é arbitrário e subjetivo, baseada em juízos de valor.Logo depois, foram iniciadas pesquisas <strong>sobre</strong> a circulação da informação em nívelmundial e investigações comparativas <strong>do</strong>s jornais, com o patrocínio da Unesco. Asconclusões já alertavam <strong>sobre</strong> a influência das agências de notícia <strong>do</strong> primeiro mun<strong>do</strong><strong>sobre</strong> o terceiro mun<strong>do</strong>, denomina<strong>do</strong> de “fluxo informativo de senti<strong>do</strong> único”, enfoqueretoma<strong>do</strong> por Galtung e Ruge, em 1965, que foram mais adiante ao apresentar a primeirabase teórica <strong>sobre</strong> os valores-notícia que os jornalistas usam na seleção <strong>do</strong>s acontecimentos.A teoria organizacional de Warren Breed destaca a influência <strong>do</strong>sconstrangimentos organizacionais no trabalho jornalístico. Seu introdutor partiu da idéia de
21que o jornalista tende a acatar mais fortemente as normas editoriais e a política da empresajornalística para a qual trabalha, em detrimento das crenças pessoais que teria antes decomeçar na organização. O profissional assume a postura de se socializar paracorresponder à expectativa empresarial que lhe responde com o mecanismo de recompensaou punição. O debate <strong>sobre</strong> a teoria organizacional se ampliou e atingiu maior dimensãoa partir <strong>do</strong>s anos 70.A década de 60, com seus protestos e afirmações de princípios, foi emblemática aorevolucionar costumes e questionar crenças e valores. O Maio de 68 da França fez eco pelomun<strong>do</strong>. O jornalismo não foi excluí<strong>do</strong> desse turbilhão. Ao contrário. Nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,em plena época da guerra <strong>do</strong> Vietnã, o chama<strong>do</strong> novo jornalismo se insurgiu contra apossibilidade de existência da objetividade no exercício profissional. Ao mesmo tempo, nauniversidade de Glasgow, Stuart Hall, <strong>sobre</strong> a influência de Gramsci, e de R.Barthes e daescola culturalista britânica <strong>sobre</strong> a linguagem, compatibilizou o tema à ideologia.Com a crescente dimensão dada ao jornalismo, a ponto de ser chama<strong>do</strong> de quartopoder, as questões passam a girar em torno da sua relação com a sociedade, onde pairam asimplicações políticas, econômicas e sociais.Na década de 70, o aspecto ético é levanta<strong>do</strong> ao se questionar a relação <strong>do</strong>sjornalistas com a suas fontes, tópico antes aborda<strong>do</strong> superficialmente. Outros temascorrelatos recebem atenção da comunidade acadêmica, também de diversos agentes sociaise <strong>do</strong>s próprios cidadãos. Há a refutação de valores positivistas acerca da verdadejornalística, quan<strong>do</strong> os acadêmicos passaram a a<strong>do</strong>tar a parcialidade, em contraposição àobjetividade, como conceito para a organização de outros estu<strong>do</strong>s.A objetividade, ou o que se aceite como seu oposto, a parcialidade, sãoconceitos que a maioria <strong>do</strong>s cidadãos associa ao papel <strong>do</strong> jornalismo e que sãoconsagra<strong>do</strong>s nas leis que estabelecem as balizas <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong>s
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