38componentes <strong>do</strong> poder, o que resultou em extrema pobreza daquela parte <strong>do</strong> povo. Ocontingente populacional é de 1,1 bilhão de pessoas.Da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> governo registram que duzentos e cinqüenta milhões de indianos estão nalinha da miséria absoluta, embora esse número venha decrescen<strong>do</strong> lentamente, o que fazaumentar o contingente da classe média que, nos últimos quinze anos, triplicou de tamanho.Naquele país, a educação primária somente se tornou obrigatória a partir de 2001. Pelasestatísticas oficiais, 75% das crianças deixam a escola na 8ª. série e, 85 %, no ensinomédio. Nesse cenário contraditório, são encontradas instituições de ensino superior,mantidas pelo governo, classificadas entre as melhores <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e que se transformaramem ícone de excelência e motivo da respeitabilidade adquirida no campo da tecnologia.Pela avaliação de parte da intelectualidade e de outras lideranças indianas, ésomente por conta das cotas que os dalits e congêneres, os integrantes de subcastas maispobres, podem chegar a esses centros de ensino.Nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, o sistema existe desde 1960. Ali, ao longo desses anos, asoportunidades de acesso das minorias melhoraram sensivelmente. Seus defensores dizemque a medida favoreceu a diminuição das diferenças entre negros e brancos e possibilitou aentrada de afrodescendentes no ensino superior. Outro país que a<strong>do</strong>ta o sistema, desde1968, é a Malásia. As cotas também existem na África <strong>do</strong> Sul,Canadá, que inclusive temcotas no parlamento para os esquimós, na Austrália, cujo sistema de reparação beneficia osaborígenes, na Nova Zelândia, enquanto a Colômbia aprovou as cotas para negros e índios.A Inglaterra e a França instituíram políticas de cotas em universidades como forma dediminuir as diferenças e discriminações.
39Capítulo IICONSTITUIÇÃO DO DISCURSO JORNALÍSTICOVan Dijk (2000, p.55) ressalta que é a proximidade que permite ao jornalismoperceber os contextos que determinam os valores-notícia e conseqüentemente, organizar osrestantes <strong>do</strong>s elementos valorativos, como a novidade, a atualidade, a relevância, aconsonância, o desvio e a negatividade. Inegavelmente, tu<strong>do</strong> que se consubstancia noexercício <strong>do</strong> poder a partir da identificação <strong>do</strong> que é notícia sob a ótica <strong>do</strong> seu produtor.Como bem analisa Bourdieu (1989, p.55), “o jornalista exerce uma forma de <strong>do</strong>minação,conjuntural não estrutural, <strong>sobre</strong> um espaço de jogo que ele construiu, e no qual ele seacha coloca<strong>do</strong> em situação de árbitro”.Neste capítulo, intentamos apresentar aspectos <strong>do</strong> exercício da profissão jornalísticaonde se materializam as teorias da notícia mencionadas no capítulo I, item 1, deste trabalho.1- A formação discursiva e o relato da notíciaImportante é ressaltar que o repórter no exercício da profissão trabalha para umaempresa que, como tal, tem que ser competitiva para se manter no merca<strong>do</strong>. E, para tanto,assume compromissos onde transitam valores, crenças, interesses, ideologias quedeterminam a linha editorial a<strong>do</strong>tada pelo veiculo de comunicação. Cabe ao profissionalque trabalha nessa empresa adequar a sua subjetividade aos princípios e condutas que lhesão exigi<strong>do</strong>s. Essa compatibilização de visões, parcialmente diferentes ou antagônicas,leva o jornalista, muitas vezes, a assumir um <strong>discurso</strong> que não lhe é próprio.
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