42pois o mun<strong>do</strong> verdadeiro é feito de interpretações. As suas afirmativas, como “palavrassão máscaras” e “não existem fatos, apenas versões,” se enquadram perfeitamente naavaliação de qualquer <strong>discurso</strong>, especialmente o jornalístico. O que, a partir de juízo crítico,deveria ser seriamente leva<strong>do</strong> em conta pelo emissor e receptor da notícia.Frege (apud COSTA, 2003), cujos conceitos fundamentais são senti<strong>do</strong>, referência everdade, explica a conexão interna entre significa<strong>do</strong> e validade no nível de proposiçõesassertórias simples: o senti<strong>do</strong> de uma proposição é determina<strong>do</strong> justamente pelas condiçõessob as quais ela é verdadeira, ou que "a tornam verdadeira".Wittgenstein (1996) considerava uma proposição comoa expressão de suascondições de verdade. A partir da sua concepção transcendental da linguagem há acorporificação simbólica no medium da linguagem <strong>do</strong>s "pensamentos bani<strong>do</strong>s daconsciência." À linguagem universal que representa fatos, Wittgenstein atribuiu um caráterforma<strong>do</strong>r de mun<strong>do</strong>: "Os limites da linguagem significam os limites <strong>do</strong> meu mun<strong>do</strong>". Averdade não é intrínseca a imagens; é antes algo que uma imagem adquire em virtude desua relação com alguma outra coisa, fora dela mesma, pois não se confronta a imagem àimagem. Uma ação, diferente de uma afirmação, não pode ser verdadeira ou falsa, masadequada ou inadequada, de acor<strong>do</strong> com o contexto em que é enunciada.É ainda de Wittgenstein (1996) a constatação de que as afirmações são corretasquan<strong>do</strong> se faz um uso correto da linguagem; quan<strong>do</strong> as palavras na afirmação sãocompatíveis com as regras e convenções <strong>do</strong> sistema, que se consubstanciam no "jogo dalinguagem" de que fazem parte: compreender uma palavra ou aceitar um conceito é sercapaz de empregar cada qual segun<strong>do</strong> as regras apropriadas. Uma regra <strong>do</strong> jogo delinguagem da ética, por exemplo, como acreditar que uma coisa está certa, levará alguém ase sentir movi<strong>do</strong> a agir de acor<strong>do</strong> com ela: saber alguma coisa é saber como fazer alguma
43coisa, e não saber que alguma coisa é verdade. Embora a verdade possa ser umaconvenção, não pode ser a convenção de um só, o que remete ao consenso aponta<strong>do</strong> porHabermas.O ser humano no percurso de sua história através <strong>do</strong>s tempos se debate entre o falsoe o verdadeiro na tentativa de adequar a necessidade da verdade com a natureza humana.E, assim, compatibiliza a sua procura com a etimologia, a exemplo da palavra primavera,que vem <strong>do</strong> latim, “prima vera” a significar primeira verdade. A lenda diz que, quan<strong>do</strong> foidita a primeira verdade na Terra, os deuses para marcar a data premiaram a humanidadecom o nascimento das flores que antes não existiam.2- A verdade e o fato relata<strong>do</strong>A estrutura deste trabalho tem por base o pressuposto de que a imprensa, nopresente caso, a imprensa escrita, contribui decisivamente na formação da opinião pública,pela credibilidade que lhe é atribuída pelos seus leitores e que, diligentemente, ela alimentaatravés de uma política traduzida no <strong>discurso</strong> que apregoa o uso da imparcialidade eobjetividade.O Jornal ANJ da Associação Nacional de Jornais, com periodicidade bimestral ecirculação dirigida para empresas de comunicação, diretores e editores de empresasjornalísticas, publicitários, professores de comunicação, autoridades que exercem suasfunções em setores liga<strong>do</strong>s à área, publicou em julho de 2006, a pesquisa nacionalConfiança nas Instituições, feita pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública –Ibope, nos<strong>do</strong>is meses anteriores à divulgação.
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