08.08.2015 Views

Análise crítica do discurso jornalístico sobre a implantação - Unicap

Análise crítica do discurso jornalístico sobre a implantação - Unicap

Análise crítica do discurso jornalístico sobre a implantação - Unicap

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

47Não há atos de fala dirigi<strong>do</strong>s ao leitor, como promessas específicas, ameaças ouacusações: e se aparecem estão relacionadas a terceiros. Daí é que,estilisticamente, o lógico seja um distanciamento em relação a um usual eimplícito leitor. A notícia não é somente uma escrita, mas é também um<strong>discurso</strong> público. Em oposição às cartas pessoais ou às publicaçõesespecializadas, seus leitores formam grandes grupos, às vezes defini<strong>do</strong>s poralianças políticas ou ideológicas similares, sem levar em conta as diferenciaçõesem um nível mais pessoal. (VAN DIJK, 1990,p.112).Dessa forma, os repórteres prestam um serviço de utilidade público, conforme oArt. 1° <strong>do</strong> mesmo Código -(O acesso à informação pública é um direito inerente àcondição de vida em sociedade, que não pode ser impedi<strong>do</strong> por nenhum tipo de interesse).Assim, intermedeiam o espaço entre o fato, acontecimento, declaração, com a suarepresentação que se consubstancia na interpretação e exposição da realidade quepresenciam. Mas, sempre ten<strong>do</strong> por base a declarada imparcialidade, conforme é postopelas empresas, a exemplo da revista semanal Época, editada pelo grupo Globo quedeclara como princípio (n°410, 23/3/06): "ÉPOCA é apartidária, isenta e independente.Nosso único compromisso é com o bom jornalismo, cujo conteú<strong>do</strong> está a serviço <strong>do</strong> leitore da sociedade”. Em contraposição, a partir de idéia ou fato específicos, o jornalista podeescrever um texto opinativo, como artigo ou editorial, onde o elemento dêitico, o “eu”passa a ter a maior relevância, deixan<strong>do</strong> de se perder na opacidade da enunciação e se<strong>sobre</strong>ssai na superfície textual, o que isenta o profissional da exigência de imparcialidadeou neutralidade.Em certas ocasiões, na ânsia de dar um furo jornalístico e se antecipar aos outrosveículos de comunicação, não devemos esquecer que a concorrência é acirrada, o repórterpode chegar a negligenciar a verdade ao fazer interpretações da realidade de acor<strong>do</strong> com anecessidade da melhor tessitura <strong>do</strong> seu texto. Tomemos, como exemplo, a revista IstoÉque, em julho de 2006, foi condenada, pela 33ª. Vara Cível de São Paulo, a indenizar osena<strong>do</strong>r Romeu Tuma em R$ 100 mil por danos morais gera<strong>do</strong>s pela publicação de

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!