44O resulta<strong>do</strong> diz que os jornais brasileiros são o meio de comunicação de maiorcredibilidade <strong>do</strong> País, à frente <strong>do</strong> rádio e da televisão. São também considera<strong>do</strong>s pelosbrasileiros como a terceira instituição mais confiável, atrás apenas <strong>do</strong>s médicos e dasForças Armadas. De acor<strong>do</strong> com a pesquisa, feita a partir de 2.000 entrevistas em to<strong>do</strong> oPaís, os jornais brasileiros têm a confiança de 74 por cento da população brasileira. Emprimeiro lugar, estão os médicos, com 85 por cento de confiança e, em segun<strong>do</strong>, as ForçasArmadas, com 75 por cento. Empata<strong>do</strong>s em terceiro lugar com os jornais, estão osengenheiros. Os jovens de 16 a 24 anos e os adultos entre 25 e 34 anos confiam mais nosjornais (79 e 80 %, respectivamente) <strong>do</strong> que as pessoas acima de 50 anos, cujo confiançanos jornais fica em 65 %. Já entre os brasileiros que vivem no Sul <strong>do</strong> País, 80 % confiamnos jornais, enquanto entre os que estão no Sudeste conferem 75 %.A pesquisa ouviu a opinião <strong>do</strong>s brasileiros a respeito de 17 instituições, profissões eatividades: médicos, Forças Armadas, jornais, engenheiros, Igreja Católica, rádios,sindicato <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, televisão, advoga<strong>do</strong>s, igrejas evangélicas, Poder Judiciário,empresários, polícia, Sena<strong>do</strong> Federal, Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, parti<strong>do</strong>s políticos e políticos.Em relação aos jornais, a pesquisa mostra uma forte tendência de alta dacredibilidade <strong>do</strong> meio. Desde 1989, o Ibope mede o grau de confiabilidade <strong>do</strong>s jornais e osmais altos índices haviam si<strong>do</strong> registra<strong>do</strong>s em abril de 1992 e em setembro de 2003.Pesquisa feita pelo Datafolha em 2001 e que está no site da ANJ - www.anj.org.br - jáhavia indica<strong>do</strong> o jornal como o mais confiável <strong>do</strong>s meios de comunicação brasileiros. Napesquisa da Datafolha, os jornais vinham em segun<strong>do</strong> lugar, depois da Igreja Católica,como instituição mais confiável. E a pesquisa atribuía a credibilidade <strong>do</strong>s jornais à suacapacidade de aprofundar o noticiário.
45Ao comentar a pesquisa <strong>do</strong> IBOPE em sua coluna no jornal O Globo ( junho de2006, p.2), o jornalista Merval Pereira relaciona o resulta<strong>do</strong> com o papel que a imprensavem exercen<strong>do</strong> nos últimos anos de guardiã <strong>do</strong>s valores da ética, cidadania e democracia.Ele lembrou que o brasileiro "ainda depende da imprensa para ter seus direitos respeita<strong>do</strong>se para que denúncias sejam investigadas pelos governos" e que, como no Brasil asinstituições ainda não estão completamente solidificadas, "a imprensa se transforma noquarto poder, por disfunção <strong>do</strong>s demais poderes".Em relação às outras instituições, ele dizque no Brasil há uma relação de amor e ódio típica de um país que ainda não tem asinstituições funcionan<strong>do</strong> a contento, pois até a Justiça não funciona plenamente", o quecomprova a procedência da concepção da intextualidade <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de direito, apresenta<strong>do</strong>por Habermas em “Verdade e Justificação.”Já o ombudsman da Folha de S. Paulo, Marcelo Beraba , (junho de 2006), tambémcomentou a pesquisa <strong>do</strong> Ibope e se declarou surpreso com seu resulta<strong>do</strong>, diante dasdificuldades econômico-financeiras enfrentadas pelos jornais nos últimos anos. Mesmoassim, citan<strong>do</strong> o diretor <strong>do</strong> Datafolha, Mauro Paulino, Beraba indicou uma explicação paratanta credibilidade <strong>do</strong>s jornais: "Os jornais mantém a imagem de 'legitima<strong>do</strong>res" da notíciae de principal referência quan<strong>do</strong> o assunto é informação".Em dezembro de 2003, o Datafolha realizou mais uma pesquisa <strong>sobre</strong> as instituiçõesbrasileiras, porém, desta vez, buscan<strong>do</strong> verificar qual delas era considerada “com maiorprestígio e poder na sociedade brasileira”.Foi uma pesquisa de grande amplitude, em to<strong>do</strong>o País, ouvin<strong>do</strong> 12.180 pessoas, cuja maioria indicou a imprensa como a instituição demaior prestígio no Brasil. De acor<strong>do</strong> com esse levantamento, 71% <strong>do</strong>s brasileirosconsideram a imprensa <strong>do</strong> País como ten<strong>do</strong> “muito prestígio e muito poder”. Nessapesquisa, a imprensa estava à frente da Igreja Católica, da Presidência da República, das
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