1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567812345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456781234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567812345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456781234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567812345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456781234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567812345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456781234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567812345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456781234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567812345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456781234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567812345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678UM DOCUMENTO PREPARADO COM ESSA PERSPECTIVA NÃO TEMFUNÇÃO NO COTIDIANO, POIS NÃO ATENDE A UMA NECESSIDADEPRÁTICA. E O QUE ACABA ACONTECENDO, ENTÃO?12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456781234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567812345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678A sala de aula acaba se tornando um grande espaço de improviso, onde o professor“resolve na hora” o que colocará em prática com os alunos. Outros professores assumem olivro didático como único instrumento a ser seguido e, com o argumento da praticidade,aplicam textos e exercícios sem refletirem sobre o que fazem e, sem levarem emconsideração o que o aluno sabe sobre o que está sendo trabalhado. Outros ainda copiamtodos os anos o mesmo planejamento, pois acreditam que este será engavetado antesmesmo da sua leitura e, há aqueles que maquiam os planejamentos dos anos anteriores,mas não atribuem nenhuma mudança significativa nessas alterações. Resultado, no final oplanejamento se torna um grande “faz de conta”.COMO SERIA, ENTÃO, , UM PLANEJANEJAMENTAMENTO DE VERDADE?Um planejamento consciente, pautado na ação, reflexão ação, leva em consideração:• O tipo de aluno que a escola pretende formar;• As exigências colocadas pela realidade social;• Os resultados de pesquisas sobre aprendizagem;• As contribuições das áreas de conhecimento e da didática.Para que isso aconteça, é preciso que o professor perceba que o planejamento éum instrumento de fato – um meio de organizar o trabalho e contribuir para o aprendizadodos alunos, como no exemplo que segue:VEJAMOS COMO ISTO ACONTECE COM FÁTIMA,UMA PROFESSORA DE 1ª SÉRIEFátima é professora há dezoito anos e, a cada ano, sente necessidadede aprimorar seu trabalho. Além disso, apesar de dar aula em duas classes,sempre achou tempo para ler materiais que considera significativos parasua prática e, com freqüência, participa de cursos de atualização.A certa altura, achou que era preciso pensar em uma nova forma deplanejar o trabalho. Compartilhou sua insatisfação com seus colegas e, todosjuntos, resolveram que o plano daquele ano não seguiria o esquemaconvencional.E o que fizeram de tão diferente? Na verdade, não mudou muita coisa,aparentemente; como qualquer plano, esse também incluía objetivos,conteúdos, procedimentos didáticos e avaliação. Mas Fátima não estava tãopreocupada com o conteúdo do plano, e sim com a maneira de elaborá-lo, deforma a torná-lo útil de fato para ela e seus colegas.Na escola em que Fátima trabalhava, os professores tiveram dois diasde reunião, antes do início das aulas, para discutir os objetivos da escola epreparar as atividades dos primeiros quinze dias de aula.Nessas duas semanas, os professores teriam a chance de conhecerseus alunos, identificar suas dificuldades e seu nível de conhecimento.59
Feito isso, haveria cinco dias de planejamento da série.Quando os professores se reuniram, após os primeiros quinzedias de aula, a diretora resolveu organizar as reuniões deplanejamento por área (reivindicação feita no ano anterior),Fundamentos discutindo os objetivos de cada uma delas. Para ajudar nessadiscussão, levou os Parâmetros Curriculares Nacionais, do Ministérioe Didáticada Educação. Depois disso, os professores se reuniram por ciclo e,da Língua considerando o diagnóstico feito em cada classe, traçaram osPortuguesa objetivos da área para aquele ano, no ciclo e nas respectivas séries.Definidos os objetivos, levantaram a próxima questão: comoproceder para atingi-los? No caso de Língua Portuguesa, Fátimacomentou a importância do trabalho com linguagem oral e linguagemescrita.O grupo de professores resolveu, então, discutir o que cada umsabia a respeito. Enquanto isso, foram folheando os ParâmetrosCurriculares Nacionais de Língua Portuguesa, chamando a atenção unsdos outros para alguns trechos que enriqueciam a discussão. Por fim,decidiram fazer uma lista do que achavam fundamental utilizar eproduziram um relatório, com tudo que haviam discutido: objetivos,conteúdos, atividades e propostas de avaliação. Estava pronto um planode ensino útil.(...)Em seguida, planejaram como distribuir o trabalho de LínguaPortuguesa dentro do horário previsto. Além de especificar o gênerode texto, precisariam definir as atividades – ler, ouvir, escrever dememória, reescrever, criar, revisar.Ficou assim:• Leitura pelo professor de diferentes tipos de texto.• Leitura pelos alunos – inclusive propostas para alunos aindanão-alfabetizados.• Produção de texto (oral ou escrito) coletiva e individual.Organizaram as atividades de Língua Portuguesa para a primeirasemana, tendo como preocupação central garantir a realização de todasas atividades necessárias, com diferentes tipos de texto. A tabela quefizeram pode servir de exemplo:BONS RESULTADOSEsse planejamento simplificou bastante o trabalho de todos, que,assim, ganharam mais tempo para debater outras questões importantes:o trabalho em grupo, por exemplo.O exemplo dado é apenas uma ilustração das vantagens deum trabalho planejado coletivamente, de um projeto curricularelaborado e desenvolvido de forma compartilhada. São essas práticasque contribuem para o prazer de ensinar cada vez mais e melhor.Em suas discussões, os professores descobriram que a maneirade organizar os grupos na classe depende de várias coisas; dependedo objetivo da atividade proposta, dos conhecimentos prévios dosalunos e da possibilidade de os alunos cooperarem entre si.Organizar o trabalho a partir desses critérios foi um exercíciodifícil, mas os professores acreditavam no que estavam fazendo e isso60