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FUNDAMENTOS DIDÁTICA LÍNGUA PORTUGUESA

capas fundamentos e didatica da lignua portuguesa - ftc ead

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Fundamentose Didáticada LínguaPortuguesaos pontos fracos deste e extrair as conseqüências pertinentessobre onde colocar posteriormente a ênfase no ensinoaprendizagem.A segunda tem o efeito de hierarquizar eclassificar os alunos. A escola prega em parte a avaliaçãocom base na primeira função, mas a empregafundamentalmente para a segunda.Mariano EnguitaA opção por um trabalho dentro da área procura considerar asintersecções que as linguagens estabelecem por sua natureza de articulação de significadosculturais e sociais e função comunicativa.A fala, a escrita, os movimentos corporais, a arte estão intimamente ligados àcognição, à percepção, à ação, sendo expressões da cultura. Todos os sistemas procuramtornar os significados comunicáveis. As linguagens se afastam no plano da expressão,constituindo formas próprias de manifestação, e voltam a se encontrar no plano do conteúdo,pano de fundo da construção humana dos símbolos.A objetivação do simbólico em situação escolar pode permitir ao aprendiz acompreensão de sua visão de mundo e de outras, as classificações arbitrárias de fazer ver,crer, pensar, sentir e agir que se articulam sob forma de linguagem.A língua materna ocupa na área o papel de viabilizar a compreensão e o encontrodos discursos utilizados em diferentes esferas da vida social. É com a língua e pela línguaque as formas sociais arbitrárias de visão e divisão de mundo são utilizadas comoinstrumentos de conhecimento e comunicação.Aprende-se com a língua um “sentido imediato do mundo”, que deve ser desvendadono decorrer de um processo de resgate desse e de outros sentidos possíveis; as identidadese as diversidades se cruzam nos discursos.As relações lingüísticas marcam o poder simbólico acumulado pelos seusprotagonistas. Não existe uma competência lingüística abstrata, mas sim uma competêncialimitada pelas condições de produção/interpretação dos enunciados e modos de enunciaçãoe pelos contextos de uso da língua. Ela utiliza um código, ao mesmo tempo com funçãocomunicativa e legislativa.Apenas o domínio de parte do código não deriva no sucesso da comunicação.Algumas situações de fala ou escrita podem inclusive produzir o total silêncio daquele quese sente pouco à vontade no ato interlocutivo.O desenvolvimento da competência lingüística do aluno do Ensino Médio e noMagistério de 1º grau, dentro dessa perspectiva, não está pautado na exclusividade dodomínio técnico de uso da língua legitimada pela norma, mas, principalmente, na competênciade saber usar a língua em situações subjetivas e/ou objetivas que exijam graus dedistanciamento e reflexão sobre contextos e estatutos de interlocutores – a competênciacomunicativa vista pelo prisma da referência do valor social e simbólico da atividadelingüística.A intervenção pedagógica busca o aprofundamento dos saberes consideradosescolares e daqueles trazidos do social, ampliando as esferas de atuação dos alunos.No ensino da Língua Portuguesa, passamos muito tempo avaliando conteúdosfragmentados e descontextualizados. Avaliávamos, e ainda avaliamos, em muitos casos,se os alunos sabem definir, classificar, aplicar regras gramaticais. Hoje, em decorrênciadas mudanças provocadas pelos estudos sobre a linguagem, observamos a necessidadede avaliar melhor se os alunos conseguem agir lingüisticamente, ou seja, se eles estãoampliando as capacidades de compreender e de produzir textos orais e escritos, dentreoutros objetivos menos centrais.68

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