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DISCURSO INAUGURAL DE LA SECCIÓN J i' 3 191para França, com preciosos manuscritos, durante os mêses de maio ejunho de 1811. Constituíam 7.861 maços os documentos assim arrancadosao Arquivo de Simancas, entre eles vários instrumentos originais,da mais alta importancia histórica, como os testamentos de CarlosV e da imperatriz Isabel, de seu filho Felipe II e do ultimo soberanoda disnatia austríaca em favor de Felipe de Anjou.Assim que os Aliados restabeleceram o trono dos Bourbons, logoos países, cujos museus, bibliotecas e arquivos tinham sido postos asaco, se apressaram a pedir a restituição de todos os objectos de arte,livros raros ou manuscritos de que estavam despojados. Em setembrode 1814, o embaixador espanhol reclamou do governo de Luis XVIIIque os papeis de Simancas fossem restituídos. Dada esta ordem aoGarde general des Archives du Royaume, que era o mesmo Daunou,observou ele ao ministro do interior do restabelecido reino, que entreos manuscritos provenientes desse Arquivo, alguns eram respeitantesa províncias de ha muito francesas, como a Borgonha e a Lorena; quetambém lá se encontravam antigos titulos da casa real de França; emuito convinha, portanto, que tais documentos permanecessem nosarquivos de Paris.Autorizado secretamente a conservar esses papeis, Daunou expediuos restantes para Baiona. Mas não tinham chegado ainda a Bordéus,quando Napoleão desembarcava da ilha de Elba no golfo Juan.O transporte ficou então suspenso; e só em março de 1816 é que ogoverno espanhol pôde rehavê-los, enviando-os imediatamente paraSimancas. Os empregados do Arquivo logo notaram as lacunas, sendoremetida ás Tulherias a lista dos manuscritos que faltavam, e solicitadacom instancia a sua restituição. O Governo francês aduziu asrazões, alegadas por Daunou. A Espanha insistiu; mas as reclamaçõesnão tiveram êxito, continuando os referidos documentos nos arquivosparisienses, onde constituem, ainda hoje, uma das mais importantes econsultadas colecções. Alguns dêles, referentes a I3. a Leonor de Áustria,esposa de D. Manuel de Portugal e de Francisco I de França, eao tratado de paz entre Portugal e Espanha, em 1668, interessamdirectamente á historia portuguesa.Para remediar a desordem do Arquivo, foi o ilustrado cónego dePlasencia, D. Tomás Gonzalez, incumbido então, na qualidade de comissáriorégio, de reunir e catalogar todos os documentos dispersos,

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