PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL - Pos.ajes.edu.br ...

Instituto Superior de Educaçaçãodo Vale do Juruena<br />
Associação Juinense de Ensino Superior do Vale do Juruena<br />
Pós-Graduação Lato Sensu em PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL<br />
Prof. MS. ALBERICO CONY CAVALCANTI<br />
Poder e força associam-se para, dialeticamente, construir uma<br />
sociedade mais justa, mais humana, mais lógica, mais crítica, que elege a “força<br />
do direito” para regular todas as relações interpessoais. (Vejamos, como<br />
exemplo, aliás, o melhor, IESHUA, ‘usando sua política’ - o cristianismo – onde o<br />
poder e a força do amor levará os homens a amar a Deus acima de todas as<br />
coisas e ao próximo como a si mesmo). Porém, quando se associam<br />
antidialeticamente, os interesses são escusos e a predominância será<br />
tiranicamente o “direito da força”. (Vejamos, como exemplo, aliás o pior, Hitler,<br />
usando sua política - o nazismo – onde o poder e a força do ódio ceifou mais de<br />
cinqüenta milhões de vidas humanas).<br />
No parágrafo acima verificamos dois modos intencionais de ações<br />
políticas. Logo, podemos associar a política a um programa de ação permeado<br />
pelo poder.<br />
No trabalho pedagógico desenvolvido na escola caracterizamos, “in<br />
totum”, competência e habilidade – competência técnica – como subjacente<br />
ao programa de ação desenvolvido para a socialização do saber.<br />
Não há dúvidas que essa forma de se estruturar a escola, onde a<br />
função da educação tem uma dimensão técnica e uma dimensão política,<br />
dialeticamente relacionadas, está historicamente construída, fazendo parte da<br />
cultura humana em todas as épocas, mesmo naquelas em que a escola não<br />
estava oficialmente constituída.<br />
Dessa forma, não nos parece difícil dizer que a manifestação desse<br />
aspecto político, presente no trabalho pedagógico desenvolvido na escola, se<br />
apresenta no interesse que desperta na comunidade escolar. Contudo, não<br />
podemos esquecer que este interesse está construído pela intencionalidade.<br />
Ora, sendo a escola o lugar de concepção, realização e avaliação de seu projeto<br />
educativo, parece-nos que a caracterização e a manifestação têm, assim, uma<br />
significação indissociável, vez que o trabalho pedagógico desenvolvido na escola<br />
torna-se um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas<br />
da escola, na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua<br />
intencionalidade, que não é descritiva ou constatativa, mas é constitutiva.<br />
A escola faz parte da sociedade, agindo sobre ela e sofrendo a ação<br />
desenvolvida por ela.<br />
Através dessa manifestação na escola da sociedade capitalista<br />
podemos dizer que a socialização do saber não tem cumprido a finalidade<br />
educativa que desejamos, para tornar os homens – os alunos – críticos, criativos,<br />
capazes de interferir na sociedade de forma eficaz, transformando-a, a partir da<br />
própria transformação.<br />
Ainda temos, embora num tempo de transição, uma escola que se<br />
manifesta como aparelho ideológico do Estado, privilegiando uma inculcação<br />
ideológica, não somente em relação aos seus conteúdos e técnicas, mas<br />
principalmente na postura dos educadores que nela desenvolvem sua prática.<br />
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