Lobsang Rampa
Lobsang Rampa
Lobsang Rampa
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
queria. Os grandes degraus de pedra estavam bem diante<br />
dele. Ficou impressionado com o tamanho do panteão, e<br />
assustado com as dimensões da entrada. Sentia-se como uma<br />
formiga atravessando um palácio na Terra. Subiu os degraus,<br />
cada qual lhe parecendo maior do que o anterior. Ou não seria<br />
isso? Talvez ele estivesse ficando menor a cada passo que<br />
dava. Sentia-se menor, sem dúvida. Mas reuniu toda a sua coragem<br />
e continuou a subir. Em breve chegou ao que parecia<br />
ser um vasto platô, só que à sua frente se erguia uma enorme<br />
porta, que dava a impressão de se perder no espaço. Hogy<br />
avançou em sua direção. A porta abriu-se, Hogy penetrou no<br />
Panteão da Memória e a porta fechou-se atrás dele.<br />
CAPÍTULO DEZ<br />
O velho monge levantou-se a custo do chão e sacudiu o<br />
desbotado burel. Olhou compassivamente para o homem<br />
atarracado que transpunha a cerca de separação entre os<br />
terrenos do mosteiro e a via pública. Como que sentindo que o<br />
monge estava olhando para ele, o homem virou-se, parou e<br />
grunhiu:<br />
— Fique sabendo que eu sou Cyrus Bollywugger, o famoso<br />
jornalista. Se quiser me processar, pode ir contratando um<br />
advogado.<br />
O monge encaminhou-se lentamente para uma pedra e<br />
sentou-se nela, suspirando.<br />
Que coisa estranha, pensou. Ele, um velho monge, dando a<br />
mesma volta pelo jardim do mosteiro que já dera havia<br />
cinqüenta anos e, apesar dos cartazes dizerem que aquela era<br />
propriedade particular, aquele sujeito estúpido tinha pulado a<br />
cerca e, não obstante os seus protestos, avançara para ele e<br />
lhe batera no peito com um gordo indicador.<br />
— Como é, cara, me diga o que se passa por dentro dessas<br />
paredes. Vocês são um bando de bichas, não? Bom, você até<br />
que não parece muito, mas me diga o que acontece aí dentro,<br />
preciso escrever uma reportagem.<br />
O velho monge olhara para o homem da cabeça aos pés, com<br />
mais desprezo do que devia. Não se deve mostrar desprezo<br />
pelos semelhantes, mas aquele realmente tinha passado dos<br />
limites. Havia muitos anos que o velho Irmão Arnold estava ali,<br />
124