Lobsang Rampa
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Tudo aquilo parecia muito estranho a Molygruber. Que história<br />
era aquela de, para comer, ter que pensar na comida? E aquilo<br />
de não precisar comer? O homem tinha dito que, na verdade,<br />
ele não precisava comer, o que significaria isso? Molygruber<br />
sentia fome, muita fome. Tanta, que pensou que ia desmaiar.<br />
Era uma sensação que ele conhecia muito bem. Muitas vezes,<br />
quando jovem,, desmaiara de fome, coisa extremamente<br />
desagradável.<br />
Não sabia era como pensar. Em primeiro lugar, como pensar<br />
na tal mesa? Bem, ele sabia o que era uma mesa, qualquer<br />
idiota saberia, mas PENSAR numa mesa não era tão fácil<br />
assim. A sua primeira tentativa de pensar numa mesa foi<br />
completamente ridícula. Pensou nas vezes em que ficara<br />
olhando para as vitrines das lojas de móveis, enquanto varria<br />
as calçadas, pensou numa linda mesa redonda, de metal, com<br />
uma luminária por cima e, depois, lembrou-se de como uma<br />
outra mesa, parecida com uma escrivaninha ou mesinha de<br />
costura, lhe chamara a atenção. Para seu espanto, viu diante<br />
de si uma mesa branca, de metal, só que pela metade, a outra<br />
banda era formada pela tal mesinha de costura, que não dava<br />
estabilidade alguma. Empurrou-a com as mãos, dizendo:<br />
— Fora, fora daqui! — como tinha visto num filme, havia anos.<br />
Depois, concentrou-se de novo e pensou numa mesa que<br />
havia no parque onde ele costumava ir almoçar, uma mesa<br />
feita de toros de madeira e tábuas. Imaginou-a o mais<br />
claramente que pôde e ordenou que ela aparecesse ali, diante<br />
dele. E apareceu uma mesa bastante rústica, como o tampo<br />
feito de tábuas quase tão grossas quanto os toros. Logo<br />
percebeu que tinha esquecido de pensar num lugar onde<br />
sentar, mas não fazia mal, podia usar uma das cadeiras que<br />
havia na sala. Puxou-a para junto da mesa, mas descobriu que<br />
a mesa que ele tinha pensado não obedecia às proporções do<br />
tamanho real, de modo que podia se sentar, com a cadeira e<br />
tudo, debaixo dela.<br />
Por fim, pensou na mesa como ela devia ser e, depois, na<br />
comida. O pobre Molygruber fora uma pessoa destituída de<br />
sorte, toda a sua vida passara a café, refrigerantes e coisas<br />
tipo hambúrguer, assim, pensou num Prato de hambúrqueres<br />
e, quando este se materializou diante dele, agarrou logo um e<br />
deu-lhe uma valente dentada. Mas — oh, desilusão! — o