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Lobsang Rampa

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Acho a religião formal, ortodoxa, bastante limitada nas suas<br />

concepções.<br />

Não pôde falar mais. A dor sacudia-lhe o corpo todo, sentia o<br />

peito em fogo, como se lhe estivessem enfiando pregos, e<br />

pensou nos pregos nas mãos e nos pés de Cristo, na dor que<br />

Ele deveria ter sentido, agonizando na Cruz.<br />

— Irmão Enfermeiro — disse ele — podia me passar o<br />

crucifixo, para eu poder beijar as cinco chagas de Cristo?<br />

O Irmão Enfermeiro ergueu-se lentamente e aproximou-se da<br />

cabeceira da cama do velho. Estendendo a mão, e após<br />

persignar-se, tirou o crucifixo da parede e encostou-o nos<br />

lábios do Irmão Arnold.<br />

— Irmão, Irmão — exclamou Arnold, entrando em agonia —<br />

quem são essas pessoas reunidas à minha volta? Ah, estou<br />

vendo a minha mãe, que veio me dar as boas-vindas à<br />

Realidade Maior, à Vida Maior. Aqui está a minha mãe, aqui<br />

está o meu pai, aqui estão também muitos amigos meus.<br />

Rapidamente, o Irmão Enfermeiro levantou-se, abriu a porta e<br />

bateu com força e urgência na porta da cela vizinha. Ouviu-se<br />

uma exclamação e, no mesmo instante, um monge de cabeça<br />

raspada abriu a porta.<br />

— Depressa, depressa! — disse o Irmão Enfermeiro. —<br />

Chame o superior. O Irmão Arnold vai nos deixar!<br />

O monge não parou para vestir o hábito, nem para calçar as<br />

sandálias: saiu correndo pelo corredor e pela escada abaixo.<br />

Dali a pouco regressou com o superior, que já estava de<br />

prontidão, sozinho, no seu gabinete.<br />

O Irmão Arnold olhou em volta e exclamou, angustiado:<br />

— Por que será que nós, que pregamos a religião, temos<br />

medo de morrer? Por que, Irmão Superior, por que razão<br />

teremos tanto medo de morrer?<br />

Mas logo uma resposta surgiu no cérebro do Irmão Arnold:<br />

— Você ficará sabendo, Arnold, quando vier para junto de<br />

nós, no Outro Lado da vida. Espere só mais um pouco.<br />

O superior ajoelhou-se junto à cama, segurando o crucifixo nas<br />

mãos erguidas. Orou, pedindo a Deus misericórdia para com a<br />

alma do Irmão Arnold qu2 tantas vezes se afastara dos<br />

preceitos da religião. Ao lado da cama, a vela gotejante ora<br />

subia, ora parecia morrer, soprada pela brisa. Mas voltou a<br />

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