Lobsang Rampa
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— Você vai ter que ir agora ao Panteão da Memória, onde<br />
passará em revista todos os acontecimentos da sua vida na<br />
Terra e poderá julgar onde procedeu bem e onde procedeu<br />
mal, e assim formar na sua mente uma idéia do que vai ter<br />
que fazer para melhorar a si mesmo, numa próxima vida<br />
terrena. Venha comigo.<br />
Dirigiu-se para a parede, que logo se abriu a fim de deixá-los<br />
passar. Molygruber e o doutor atravessaram novamente o<br />
grande corredor e o doutor encaminhou-se para um homem<br />
sentado a uma mesa, mantendo com ele uma breve conversa.<br />
Depois, voltou para junto de Molygruber e disse:<br />
— Por aqui.<br />
Atravessaram um longo corredor e deram num pátio gramado,<br />
que tinha ao fundo um estranho edifício, decerto feito de<br />
cristal, refletindo todas as cores do arco-íris e muitas outras,<br />
cujos nomes Molygruber não saberia dizer. Pararam junto à<br />
porta e o doutor explicou:<br />
— Aqui é o Panteão da Memória; há um em cada plano de<br />
existência, depois que se ultrapassa o plano terreno. Você<br />
entra e vê, diante de si, um simulacro da Terra flutuando no<br />
espaço. À medida que for se aproximando, vai sentir como se<br />
estivesse caindo, depois vai lhe parecer que você está de novo<br />
na Terra, vendo tudo o que acontece, mas sem ser visto. Você<br />
vai ver tudo o que você fez, vai observar suas ações e de que<br />
maneira elas afetaram outras pessoas. Este é o Panteão da<br />
Memória, há quem o chame Palácio da Justiça, mas você não<br />
vai encontrar nenhum juiz olhando-o de alto a baixo e pesando<br />
a sua alma numa balança, para ver se o joga ou não nas<br />
chamas eternas. Não, não há nada disso. No Panteão da<br />
Memória, cada pessoa vê a si mesma e julga se foi ou não<br />
bem-sucedida na Terra, e, se não foi, o que pode ser feito para<br />
melhorar a sua atuação. Muito bem — disse ele, agarrando o<br />
braço de Molygruber e empurrando-o suavemente para a<br />
frente — vou deixar você aqui. Entre no Panteão, leve o tempo<br />
que for preciso e, quando você sair, outra pessoa estará à sua<br />
espera. Adeus.<br />
E foi embora. Molygruber ficou ali, tomado de um medo<br />
esquisito. Não sabia o que iria ver e não sabia o que fazer a<br />
respeito do que iria ver. Mas não fez menção de se mover,<br />
parecia ser uma estátua — a estátua de um varredor de ruas,