14.04.2013 Views

LENDAS DE BEJA o Touro e a Cobra e outras lendas ... - joraga

LENDAS DE BEJA o Touro e a Cobra e outras lendas ... - joraga

LENDAS DE BEJA o Touro e a Cobra e outras lendas ... - joraga

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Os que ali faltam na minha pretensa listagem, pode o leitor<br />

procurá-los avidamente nessa mesma carta e nas restantes quatro.<br />

Este é o mágico conselho dos magos da clareira escondida na<br />

floresta, das fadas e dos sábios que desta vez se reuniram no<br />

BALCÃO <strong>DE</strong> ON<strong>DE</strong> SE AVISTA MÉRTOLA - as Portas de Mértola!!!.<br />

Aquele BALCÃO, Janela? Varanda? Onde Mariana tantas vezes...<br />

"MUITAS VEZES DALI TE VI PASSAR COM UM AR QUE ME<br />

<strong>DE</strong>SLUMBRAVA; ESTAVA NAQUELE BALCÃO NO DIA FATAL EM QUE<br />

SENTI OS PRIMEIROS SINAIS DA MINHA <strong>DE</strong>SGRAÇADA PAIXÃO.<br />

PARECEU-ME QUE PRETENDIAS AGRADAR-ME, EMBORA NÃO ME<br />

CONHECESSES; CONVENCI-ME <strong>DE</strong> QUE ME HAVIAS DISTINGUIDO<br />

ENTRE TODAS AQUELAS QUE ESTAVAM COMIGO; QUANDO PARAVAS,<br />

IMAGINAVA QUE O FAZIAS INTENCIONALMENTE PARA QUE MELHOR<br />

TE VISSE, E ADMIRASSE O GARBO E A <strong>DE</strong>STREZA COM QUE<br />

DOMINAVAS O CAVALO; DAVA COMIGO ASSUSTADA, QUANDO O<br />

LEVAVAS POR SÍTIOS PERIGOSOS...<br />

Com esta sábia assembleia de fadas e de magos a olhar<br />

ansiosos o intenso vaivém das PORTAS <strong>DE</strong> MÉRTOLA vamos ouvindo<br />

Fidelino de Figueiredo:<br />

Pode ali ver-se nessas cartas poema:<br />

“O desespero do abandono; a lógica sentimental de tender a justificar<br />

o que se deseja; a voluptuosidade agridoce de gozar no sofrimento; o<br />

transporte de absorver toda a personalidade do ente amado; as<br />

contradições constantes de quem só toma posições extremas e<br />

insustentáveis e num incessante vaivém se debate, como havendo<br />

perdido o rumo no pego encapelado do sentimento; todo o delírio<br />

imaginoso de uma alma reduzida à imobilidade e à clausura,<br />

orgulhosa de haver ascendido a um cume excelso donde avistou<br />

vasta amplidão de ideal; a alternativa de querer ciosamente guardar<br />

no coração recordações da perdida felicidade, como tesouro velado a<br />

almas vulgares, para logo fraquejar perante o penoso dessas<br />

278

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!