14.04.2013 Views

Proeja - Ministério da Educação

Proeja - Ministério da Educação

Proeja - Ministério da Educação

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Porém, o horizonte que se almeja aponta para a pereni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ação<br />

proposta, ou seja, para sua consoli<strong>da</strong>ção para além de um programa,<br />

sua institucionalização como uma política pública de integração<br />

<strong>da</strong> educação profissional com a educação básica na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de<br />

educação de jovens e adultos.<br />

Pensar a pereni<strong>da</strong>de dessa política pressupõe assumir a condição<br />

humanizadora <strong>da</strong> educação, que por isso mesmo não se restringe a<br />

“tempos próprios” e “faixas etárias”, mas se faz ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, nos<br />

termos <strong>da</strong> Declaração de Hamburgo de 1997 (In: IRELAND, MACHA-<br />

DO, PAIVA, 2004). Nesse sentido, o que realmente se pretende é a<br />

formação humana, no seu sentido lato, com acesso ao universo de<br />

saberes e conhecimentos científicos e tecnológicos produzidos historicamente<br />

pela humani<strong>da</strong>de, integra<strong>da</strong> a uma formação profissional<br />

que permita compreender o mundo, compreender-se no mundo<br />

e nele atuar na busca de melhoria <strong>da</strong>s próprias condições de vi<strong>da</strong> e<br />

<strong>da</strong> construção de uma socie<strong>da</strong>de socialmente justa. A perspectiva<br />

precisa ser, portanto, de formação na vi<strong>da</strong> e para a vi<strong>da</strong> e não apenas<br />

de qualificação do mercado ou para ele.<br />

Por esse entendimento, não se pode subsumir a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia à inclusão<br />

no “mercado de trabalho”, mas assumir a formação do ci<strong>da</strong>dão que<br />

produz, pelo trabalho, a si e o mundo. Esse largo mundo do trabalho<br />

— não apenas <strong>da</strong>s modernas tecnologias, mas de to<strong>da</strong> a construção<br />

histórica que homens e mulheres realizaram, <strong>da</strong>s mais simples, cotidianas,<br />

inseri<strong>da</strong>s e oriun<strong>da</strong>s no/do espaço local até as mais complexas,<br />

expressas pela revolução <strong>da</strong> ciência e <strong>da</strong> tecnologia — força o mundo<br />

contemporâneo a rever a própria noção de trabalho (e de desenvolvimento)<br />

como inexoravelmente liga<strong>da</strong> à revolução industrial.<br />

O declínio sistemático do número de postos de trabalho obriga redimensionar<br />

a própria formação, tornando-a mais abrangente, permitindo<br />

ao sujeito, além de conhecer os processos produtivos, constituir<br />

instrumentos para inserir-se de modos diversos no mundo do<br />

trabalho, inclusive gerando emprego e ren<strong>da</strong>. Nesse sentido, a discussão<br />

acerca <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de “trabalhador” precisa ser matiza<strong>da</strong> por<br />

outros aspectos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, aspectos constituintes e constitutivos dos<br />

13

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!