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Edição dia 18 de Março de 2012. Domingo

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certa. Ambos foram e são responsáveis pela<br />

relação e o caminho que seguiu. O casal precisa<br />

ter maturida<strong>de</strong> para ajudar os filhos a enfrentarem<br />

a perda da família intacta”, finaliza.<br />

AMIZADE<br />

Na avaliação da terapeuta Suely Sales, as<br />

situações em que a separação é consensual<br />

po<strong>de</strong>m resultar em laços <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>. “É importante<br />

que cada ex-cônjuge tenha clareza <strong>de</strong> que a<br />

relação conjugal acabou e que o parceiro é apenas<br />

o pai/mãe <strong>de</strong> seu filho, o que não lhe torna uma<br />

pessoa especial na vida afetiva do ex-parceiro ”,<br />

opina. Consequentemente, isso significa que os<br />

novos parceiros do ex-cônjuge <strong>de</strong>vam ser<br />

igualmente respeitados e aceitos.<br />

Para Suely, ainda é difícil dizer se as pessoas<br />

estão lidando melhor com o ônus da separação.<br />

“Se a separação for consensual, o ajuste é mais<br />

fácil e a<strong>de</strong>quado, como sempre foi. Caso contrário,<br />

se for conflituosa, se houver ciúmes, traição,<br />

violência, interesses financeiros, ela será difícil e<br />

emocionalmente <strong>de</strong>sgastante”, ressalta. “Por isso,<br />

em situações <strong>de</strong> traição e <strong>de</strong> violência, é muito<br />

difícil que os pais se tornem amigos, pois a<br />

humilhação sofrida e os danos criam gran<strong>de</strong><br />

sofrimento e dificultam a aceitação”, observa.<br />

Divisão da guarda<br />

Devido às transformações familiares, os casais<br />

divorciados com filhos também passaram a dividir a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criá-los. Em <strong>de</strong>z anos,<br />

segundo o IBGE, o número <strong>de</strong> ex-casais brasileiros<br />

que divi<strong>de</strong>m a guarda dos filhos passou <strong>de</strong> 2,5 mil<br />

em 2000 para cinco mil em 2010. “Os pais agora<br />

disputam também a guarda dos filhos. Antes era<br />

incumbência da mulher cuidar <strong>de</strong>les. Hoje, os dois<br />

Jornal <strong>de</strong> Brasília/DF - Cida<strong>de</strong>s, <strong>18</strong> <strong>de</strong> <strong>Março</strong> <strong>de</strong> 2012<br />

TJDFT | Tribunal <strong>de</strong> Justiça do Distrito Fe<strong>de</strong>ral<br />

querem esta responsabilida<strong>de</strong>”, diz a especialista<br />

em Direito da Família, Suzana Viegas. A<br />

comunicação eficiente e um objetivo comum em<br />

relação aos filhos são consi<strong>de</strong>rados pelos<br />

profissionais como uma boas medidas para<br />

continuar educando as crianças, mesmo<br />

separados.<br />

Para a terapeuta <strong>de</strong> casais Suely Guimarães,<br />

dividir a guarda dos filhos po<strong>de</strong> ser uma solução<br />

excelente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os pais se respeitem e<br />

percebam a figura <strong>de</strong> cada um na educação do<br />

filho. “Por isso, é tão importante que eles tenham<br />

uma boa relação. Do contrário, po<strong>de</strong> ser uma<br />

situação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> conflito para a criança e po<strong>de</strong><br />

gerar importantes danos emocionais”, garante.<br />

Suzana Viegas lembra que a guarda compartilhada<br />

não se trata <strong>de</strong> a criança morar um período com o<br />

pai e outro com a mãe. “O filho precisa <strong>de</strong> rotina,<br />

<strong>de</strong> ter um lugar fixo, às vezes, as pessoas<br />

confun<strong>de</strong>m. Não é compartilhar a criança, mas sim<br />

a vivência familiar. É po<strong>de</strong>r visitar, buscar na<br />

escola, passar a noite. Assim, todos saem<br />

ganhando”, completa. Ela observa que muitos<br />

questionam se isso não é o fim da família. “Creio<br />

que é uma transformação”, respon<strong>de</strong>.<br />

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