maria fernanda vieira rosa - Uneb
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palavra e imagem, razão e intuição, luz e sombras.<br />
O poema é o espelho da fraternidade cósmica, nos ensina a reconhecer as<br />
diferenças e a descobrir as semelhanças. A linguagem poética nos põe em sintonia<br />
com os valores de solidariedade, fraternidade com os outros, no surgimento de<br />
nossos sentimentos mais nobres, nos ensina a reconhecer as diferenças e a<br />
descobrir as semelhanças (ARAUJO apud PAZ, 1990, p. 138).<br />
Com relação a linguagem T. Giles Ranson (1987) traz uma contribuição para a<br />
formação dos educadores e compreensão para o alargamento do universo da poesia<br />
na escola ao afirmar que a poesia une o lúdico e o lúcido nos processos de<br />
aprendizagem no desenvolvimento de inteligências meditativas, flexíveis e<br />
audaciosas. Ultrapassa os instrumentos ordinários da linguagem retilínea, cujos<br />
instrumentos têm exercido predominância na rotina das salas de aula, levando aos<br />
horizontes do extraordinário que renova, transmuta e vivifica.<br />
Mas e quanto à criança e o poético na educação infantil escolar?<br />
Considerando as reflexões de Heiddeger (1994) a respeito da linguagem e da<br />
imaginação criadora e também se levando em conta a sociopoética de Gaultier<br />
(1999) — salvo as experiências intrafamiliar e cotidiana das crianças qual linguagem<br />
a inicia ao universo poético — como se dá esta aproximação poética?<br />
4.1 Poesia para criança ou criança para a poesia?<br />
De acordo com Febvre Martin (1992, p. 155 apud Bordini 2009) a<br />
aproximação entre a poesia e a criança ocorreu no século XVIII adentrando o século<br />
XIX. A Pedagogia estabeleceu esta conexão, como um meio didático. A escola<br />
pública burguesa destinava às crianças pobres livretos ilustrados com quadrinhas e<br />
versos da tradição oral. Enquanto que às crianças das classes abastadas era<br />
destinada a leitura dos clássicos como Esopo ou o romance da Rosa.<br />
A poesia não representa e significa apenas um período da infância, por sua<br />
manifestação folclórica. Visto assim tais manifestações culturais não permeariam o<br />
nosso acervo imaginário e cultural, quando deixássemos de ser crianças.<br />
verbo. Em Heráclito logos passou a ter uma significação filosófica mais ampla, traduzida como razão.<br />
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Logos. Acesso em 27 jun 2009.<br />
Mithos: Mito: em grego – μυθος ("mithós") – trata-se de narrativa tradicional com caráter<br />
explicativo e/ou simbólico. Tem relação com a cultura e/ou religião da sociedade e procura explicar os<br />
acontecimentos da vida assim como também os demais fenômenos naturais, como a origem do<br />
mundo e do homem, por meio de deuses, semideuses e heróis (criaturas sobrenaturais). Nesse<br />
sentido o mito é a primeira tentativa do Homo sapiens para tentar explicar a sua realidade. Disponível<br />
em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito. Acesso em 27 jun 2009.<br />
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