maria fernanda vieira rosa - Uneb
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Estrofe – modernamente diz-se de uma série ou de um grupo de versos que<br />
partilham relações de sentido, de ritmo e/ou de métrica entre si constituindo uma<br />
unidade na estrutura de uma composição poética. O termo usa-se quase<br />
indistintamente com a designação mais clássica de estância (do italiano stanza,<br />
aposento, divisão, quarto), que alguns autores preferem para nomear as estrofes<br />
regulares nas composições que seguem à risca os cânones de versificação clássica.<br />
Neste sentido, podemos dizer que Os Lusíadas tem 1102 estâncias, devido à<br />
uniformidade da sua estrutura (a oitava-rima).<br />
Intertextualidade – como se pode notar na constituição da própria palavra,<br />
intertextualidade significa relação entre textos. Considerando-se texto, num sentido<br />
lato, como um recorte significativo feito no processo ininterrupto de semiose cultural,<br />
isto é, na ampla rede de significações dos bens culturais, pode-se afirmar que a<br />
intertextualidade é inerente à produção humana. O homem sempre lança mão do<br />
que já foi feito em seu processo de produção simbólica. Falar em autonomia de um<br />
texto é, a rigor, improcedente, uma vez que ele se caracteriza por ser um “momento”<br />
que se privilegia entre um início e um final escolhidos. Assim sendo, o texto, como<br />
objeto cultural, tem uma existência física que pode ser apontada e delimitada: um<br />
filme, um romance, um anúncio, uma música. Entretanto, esses objetos não estão<br />
ainda prontos, pois se destinam ao olhar, à consciência e à recriação dos leitores.<br />
LIRISMO (Lira + ismo, doutrina, tendência, corrente) – Vocábulo cunhado no interior<br />
do Romantismo francês (lyrisme, 1834), para designar o caráter acentuadamente<br />
individualista e emocional assumido pela poesia lírica a partir do século XIX.<br />
Literatura Infantil – medida contra a literatura em geral, (para adultos), a literatura<br />
infantil enferma de um estatuto de menoridade e de marginalização dos cânones,<br />
que encontra expressão na sua tripla concepção como ficção popular, como material<br />
pedagógico, e/ou como mercado do livro para crianças. Para a literatura infantil<br />
confluem os interesses adultos de didatizar e controlar a criança, pela transmissão<br />
cultural de certos textos e de certos valores, bem assim como os interesses<br />
econômicos de uma indústria de comercialização de livros para crianças que<br />
floresce com a imprensa, a partir do século XVIII, e se revela, no século XX, muito<br />
rentável.<br />
Metalinguagem – a palavra metalinguagem, formada com o prefixo grego meta, que<br />
expressa as idéias de comunidade ou participação, mistura ou intermediação e<br />
sucessão, designa a linguagem que se debruça sobre si mesma. Por extensão, dizse<br />
também: metadiscurso, metaliteratura, metapoema e metanarrativa.<br />
Mimese – do gr. mímesis, “imitação” (imitatio, em latim), designa a ação ou<br />
faculdade de imitar; cópia, reprodução ou representação da natureza, o que<br />
constitui, na filosofia aristotélica, o fundamento de toda a arte. Heródoto foi o<br />
primeiro a utilizar o conceito e Aristófanes, em Tesmofórias (411), já o aplica. O<br />
fenômeno não é um exclusivo do processo artístico, pois toda atividade humana<br />
inclui procedimentos miméticos como a dança, a aprendizagem de línguas, os rituais<br />
religiosos, a prática desportiva, o domínio das novas tecnologias, etc. Por esta<br />
razão, Aristóteles defendia que era a mímesis que nos distinguia dos animais.<br />
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