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maria fernanda vieira rosa - Uneb

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que as crianças adquirem em casa e aprendido nas canções ouvidas fora do<br />

contexto escolar, nem sempre as músicas estão próximas ou enriquecidas<br />

com o nonsense, o cômico ou criador universo infantil.<br />

Entretanto, esse é um ponto de partida para que em sua formação e<br />

práxis os professores procurem um itinerário a seguir que possa oferecer às<br />

crianças outros poemas, atividades e eventos de leituras e produção textual<br />

diversificando assim, o repertório poético das crianças. A esse respeito<br />

Verbena Cordeiro (1992) nos traz esta reflexão:<br />

Pensar no itinerário de milhares de crianças, jovens e adultos, que não<br />

foram sequer tocados ou seduzidos pelas narrativas, pela poesia, por<br />

fadas e bruxas,heróis e vilões que habitam o imaginário da humanidade,<br />

é o grande desafio (CORDEIRO, 1992, p. 96, grifo nosso).<br />

Na educação infantil são ofertados uma gama de autores e textos e os<br />

educadores se esforçam em variar as atividades tendo como ponto principal o<br />

cuidado com o lúdico e o jogo.<br />

José Paulo Paes (1990) sugere que a poesia destinada às crianças ou aos<br />

leitores mirins precisa ter por característica de ser em versos curtos com ritmos e<br />

rimas que toquem de imediato a sensibilidade e chamem a atenção das crianças. E<br />

assim provocam a todos:<br />

Convite<br />

Poesia / é brincar com palavras / como se brinca /<br />

com bola, papagaio, pião<br />

Só que / bola, papagaio, pião /<br />

de tanto brincar / se gastam.<br />

As palavras não: / quanto mais se brinca / com elas /<br />

mais novas ficam.<br />

Como a água do rio / que é água sempre nova.<br />

Como cada dia /<br />

que é sempre um novo dia.<br />

Vamos brincar de poesia? (PAES, 1990).<br />

Com relação às funções da poesia o poeta T. S. Eliot (1971) em um ensaio<br />

seminal intitulado A função social da poesia assim se pronuncia<br />

Quero distinguir entre funções gerais e particulares, para que saibamos do<br />

que não estamos falando. A poesia pode ter um propósito social<br />

deliberado e consciente. Em suas formas mais primitivas esse propósito é<br />

muitas vezes bastante claro. Há, por exemplo, runas e cantos antigos,<br />

alguns dos quais possuíam fins mágicos um tanto práticos – livrar de mau<br />

olhado, curar alguma doença ou aplacar algum demônio. A poesia é usada<br />

desde os primeiros tempos em rituais religiosos e, quando cantamos hinos,<br />

ainda estamos usando poesia para um propósito social particular. As formas<br />

primordiais de épicos e sagas podem ter transmitido o que se tinha por<br />

história, antes de sobreviverem apenas para entretenimento comunitário; e,<br />

antes do uso da linguagem escrita, uma forma regular de versos deve ter<br />

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