Contadores de Histórias - Histórias Interativas
Contadores de Histórias - Histórias Interativas
Contadores de Histórias - Histórias Interativas
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Contadores</strong> <strong>de</strong> <strong>Histórias</strong>: um exercício para muitas vozes<br />
54<br />
semanais para ensaiar. Toda essa pesquisa nos <strong>de</strong>u segurança para trabalhar com<br />
a literatura oral e a autoral.<br />
Júlio Diniz – Vocês começaram localmente, <strong>de</strong>pois ganharam uma importância<br />
regional, projeção nacional e agora o <strong>de</strong>safio é dialogar com grupos no exterior.<br />
Eu gostaria que vocês falassem sobre isso.<br />
Morandubetá – Na verda<strong>de</strong> já temos um ótimo diálogo com os contadores dos<br />
países <strong>de</strong> fala hispânica e portuguesa principalmente. Através dos encontros que<br />
participamos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996 com a viagem da Benita para fora do Brasil e dos que<br />
produzimos por aqui <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1999 construímos uma re<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rosa <strong>de</strong> ação.<br />
Júlio Diniz – Como é que vocês explicam o fato <strong>de</strong> estarem há mais <strong>de</strong> vinte anos<br />
juntos, sem se separarem, sem rachas, discordâncias maiores, essas coisas? O que<br />
une essas quatro pessoas <strong>de</strong> uma forma tão forte, além da amiza<strong>de</strong>?<br />
Morandubetá – O compromisso que temos com a promoção da leitura. Isso é um<br />
compromisso <strong>de</strong> vida. Não contamos por contar.<br />
Júlio Diniz – E o plano <strong>de</strong> vocês daqui pra frente? Tem alguma coisa mais imediata?<br />
Fazer um livro, fazer outro espetáculo?<br />
Morandubetá – O grupo teve que apren<strong>de</strong>r a trabalhar <strong>de</strong> forma dividida. Os projetos<br />
individuais foram ganhando espaço também, junto com as ativida<strong>de</strong>s do<br />
grupo. E fomos investir na nossa formação profissional, qualificando-nos mais<br />
ainda. Mas o nome do Morandubetá sempre acompanha nossos trabalhos, mesmo<br />
os individuais. Temos muitas coisas a fazer, como divulgar a coleção <strong>Histórias</strong><br />
das terras daqui e <strong>de</strong> lá, da Editora Zeus. A Lúcia fez a coor<strong>de</strong>nação editorial e cada<br />
um <strong>de</strong> nós escreveu um livro em parceria com um contador estrangeiro. Tentar<br />
que o grupo se reúna duas vezes por ano para contar junto, porque a gente está<br />
muito disperso. Ter o nosso repertório registrado em CDs, pois gravávamos todas<br />
as nossas sessões <strong>de</strong> histórias, na Casa da Leitura, no início <strong>de</strong>sse trajeto. Temos<br />
um livro pronto com contos indígenas, mas ainda sem editora. E também o No<br />
coração da palavra, que é um livro todo teórico e sobre nossas experiências. Queremos<br />
fazer um livro <strong>de</strong> contos autorais. Depois <strong>de</strong> tantos anos na estrada temos<br />
importantes contribuições a dar.