Racionalismo Cristão
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Existem, além disso, os que foram inimigos quando encarnados, que<br />
tudo fazem, agora que se tornaram invisíveis, para vingar-se dos antigos<br />
desafetos.<br />
Esse é o grande perigo a que todos estão sujeitos e, mais ainda, os<br />
médiuns. Contra tal risco todos se precisam precaver, com o pensamento<br />
bem orientado, pondo a força de vontade em ação para não pensarem mal<br />
e não praticarem atos criminosos, única maneira de afastarem todas as<br />
más influências que aqueles espíritos inferiores produzem.<br />
O médium, devido à sua sensibilidade, precisa estar ainda mais<br />
prevenido do que os demais. Deve saber que os espíritos obsessores<br />
operam, de início, sutilmente, de maneira imperceptível, procurando<br />
estabelecer uma vibração harmônica com ele, explorando certas<br />
tendências ou anseios alimentados de tal modo que não se aperceba do<br />
que se está passando, por julgar que aquela freqüência na focalização de<br />
um mesmo objetivo, de algum modo reprovável, é coisa sua. Isto não quer<br />
dizer que não tenha realmente um pouco de si próprio no alcance do tal<br />
fim em mira. Mas o que é absolutamente certo, é que os espíritos do astral<br />
inferior tomam conhecimento do fato e, atentos, não perdem a<br />
oportunidade de agravar o mal, pois, para isso, são aos milhões, e estão em<br />
toda parte.<br />
Aqueles que desconhecem o que somos e o que é a vida fora da<br />
matéria, não têm meios de defesas contra tais situações, e os que possuem<br />
mediunidade, principalmente a de incorporação, sem ter o adequado<br />
esclarecimento, vivem desprotegidos, terminando, não raro, vítimas da<br />
obsessão ou da loucura.<br />
O médium, para ingressar nos trabalhos da Doutrina Racionalista<br />
Cristã, precisa levar vida rigorosamente disciplinada, a fim de se poder<br />
manter, material e espiritualmente, em plenas condições de equilíbrio e<br />
saúde, para bem cumprir os seus delicados deveres.<br />
Essa disciplina consiste em:<br />
a) habituar-se a ter horas para tudo;<br />
b) alimentar-se moderada e racionalmente, de maneira a satisfazer as<br />
necessidades orgânicas;<br />
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c) não se alterar diante das falhas ou erros, voluntários ou não do<br />
seu semelhante;<br />
d) não discutir nunca;<br />
e) ouvir, com tolerância, as opiniões alheias e, quando tiver de<br />
emitir a sua, fazê-lo com oportunidade e critério;<br />
f) não se irritar, não blasfemar, não maldizer, em nenhuma hipótese;<br />
g) combater os sentimentos de revolta;<br />
h) conservar serenidade e paz em ambientes alvoroçados ou<br />
conturbados; não o conseguindo, afastar-se, o quanto antes;<br />
i) esforçar-se por ser comedido, prudente, verdadeiro e leal;<br />
j) pensar antes de falar e de fazer alguma coisa;<br />
k) ouvir e saber calar;<br />
l) procurar ser compreensivo diante dos males que não têm<br />
remédio;<br />
m) não se lamuriar nem queixar;<br />
n) não manter relações sociais com pessoas com quem não sentir<br />
afinidade;<br />
o) ser valoroso, digno e consciente das suas obrigações e deveres;<br />
p) reconhecer a elevação dos misteres do cônjuge: pai, mãe,<br />
preceptor, filho e cidadão, dando o exemplo;<br />
q) ser afetivo para com os que mereçam essa distinção, e reservado<br />
para com os que não a merecem;<br />
r) não se afligir descontroladamente;<br />
s) adotar parcimônia nos gastos, e simplicidade na apresentação;<br />
t) suprimir o desperdício;<br />
u) combater, tenazmente, a vaidade e o orgulho porventura<br />
existentes na sua personalidade moral;<br />
v) não se ocupar da vida alheia, nem fazer comentários<br />
desabonadores a terceiros;<br />
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