Racionalismo Cristão
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INTRODUÇÃO<br />
Este livro, dedicado aos militantes do <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>, é a<br />
parte prática da Doutrina apresentada dentro de um critério disciplinado e<br />
uniforme. Destina-se, pois, àqueles que já conhecem os seus ensinamentos<br />
e compreendem a sua verdadeira finalidade.<br />
Somente os que estudaram o conteúdo das demais obras racionalistas<br />
cristãs e absorveram, com proveito, os ensinos contidos nessas obras,<br />
estão em condições de compreender a parte prática da Doutrina e dar-lhe o<br />
devido valor.<br />
Aqueles que a analisaram sob este aspecto prático, antes de inteirarse<br />
do seu sentido eminentemente espiritualista, estabeleceram confusões<br />
que os levaram a tirar conclusões menos exatas da sua essência.<br />
Hoje, com a edição desta obra, foi reparada a inconveniência<br />
apontada. A obra básica, <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>, contém o espírito da<br />
Doutrina, em suas características fundamentais. Nela o estudioso define a<br />
sua posição. Se não estiver suficientemente maduro para sentir o desejo de<br />
firmar-se nesta Corrente Espiritualista, escusa-se de entrar em outros<br />
pormenores.<br />
Não resta a menor dúvida de que estão em evolução, na Terra,<br />
espíritos de várias classes ou planos; portanto, a capacidade de absorver<br />
assuntos espirituais varia, de acordo com essas classes.<br />
Estão nesse caso, para exemplificar, os que obstinadamente repelem<br />
o conceito das reencarnações. A lógica deste conceito tem um grande<br />
poder de convicção para quem possua a capacidade espiritual de penetrar<br />
no âmago da sua razão de ser.<br />
No entanto, os que conservam a mente fechada a essa realidade têm<br />
o campo visual da espiritualidade sumamente restrito e são incapazes de<br />
aceitar outro conceito que não seja o de que se encontram saturados. É<br />
uma situação, de fato, difícil de ser alterada, pelo menos em curto prazo.<br />
Assim, os que não podem aceitar o <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> estão<br />
coerentes com o seu estado e precisam passar por experiências que outros<br />
passaram, aprendendo lições ainda não absorvidas e livrando-se de<br />
concepções materialistas ou de limitações terrenas que lhes foram<br />
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marteladas no espírito, em encarnações seguidas. Isso só se dará com o<br />
correr do tempo, com as viagens contínuas, de ida e volta, entre a Terra e o<br />
plano astral.<br />
Entregar, pois, um livro destes a quem não está em condições de o<br />
receber, é praticar um desperdício, embora a sua difusão não seja limitada<br />
aos seres esclarecidos sobre os problemas fundamentais da vida, como os<br />
que exercem funções nas Casas Racionalistas Cristãs; ele interessa a todos<br />
os que quiserem estudar, com seriedade, a vida fora da matéria.<br />
Não há aqui a pretensão de esconder um conhecimento e torná-lo<br />
secreto, pois no <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> nada se oculta. A Verdade é<br />
explanada com franqueza, sem subterfúgios, meios-termos ou evasivas.<br />
Por isso, os que preferem viver de promessas ilusórias, sem querer<br />
enfrentar os rigores da realidade, não se acomodam com a dureza de<br />
verem desvendadas, pela iluminação interior, as infrações que cometem no<br />
trato comum do viver cotidiano.<br />
Não se afirma também ser o <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> detentor exclusivo<br />
da Verdade. Esta está por aí, ao alcance de todos. Busquem-na os que se<br />
empenharem em encontrá-la, sabendo raciocinar. O ser humano possui<br />
livre-arbítrio, e tem o poder do raciocínio. No <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong><br />
estimula-se o desenvolvimento desse poder e do propósito de fazer-se dele<br />
bom e acertado uso. Não se quer nada forçado, nada que contrarie o que<br />
determinam as leis naturais e imutáveis que definem o Poder Universal.<br />
Muitos são os que não se filiam ao <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>, para poder<br />
continuar alimentando certos vícios que reputam de pequena expressão,<br />
com o que revelam vontade fraca, apego a sensações terrenas,<br />
insensibilidade ao desperdício, descaso pela associação aos espíritos do<br />
astral inferior, e negatividade para as funções espirituais.<br />
Esses hão de voltar, mais tarde, a renovar o mesmo curso, no correr<br />
dos séculos, quando, por alto preço pago com sofrimento, todos os índices<br />
negativos terão de desaparecer. Ninguém se deve aborrecer por não poder<br />
reformar o mundo com a força de uma rajada. Cada qual é responsável<br />
pelos próprios atos e pelo resgatar dos seus débitos, à sua custa exclusiva.<br />
Nesse período de prestação de contas, o mundo é radicalmente surdo às<br />
suas lamentações.<br />
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