Racionalismo Cristão
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Quando o indivíduo, porém, é desprovido de recursos, revoltado com<br />
a sua situação e invejoso dos que possuem fortuna, o rico, o perdulário<br />
gozador, apenas preocupado com o seu bem-estar egoísta e orgulhoso,<br />
sempre disposto a menosprezar os simples; a criatura irascível, recalcada e<br />
vingativa, que apenas aguarda o ensejo para verter o veneno acumulado<br />
em sua alma; o homem culto, mas presunçoso, imbuído de vaidade,<br />
exibicionista e ambicioso do poder temporal para satisfazer a sua falsa<br />
grandeza, então, nesse andar, a perda da encarnação é completa para estes,<br />
e na volta, na encarnação próxima-futura, ou nas seguintes, outras<br />
experiências lhes serão oferecidas, cada vez mais duras, até que possam,<br />
algum dia, bolear arestas contundentes dos seus espíritos, burilar as<br />
anfractuosidades defeituosas e alcançar, aos poucos, a forma correta de<br />
viver.<br />
Não existem seres privilegiados, já que todos percorrem os múltiplos<br />
caminhos da evolução. Os que hoje são bons, já foram maus. Os que ainda<br />
são maus, dependem de muito trabalho, de muita luta, de muito<br />
sofrimento para se tornarem bons.<br />
Diante dessa evidência, dessa realidade, precisamos ser<br />
complacentes com aqueles que não atingiram, por enquanto, a luz do<br />
esclarecimento.<br />
Isto não quer dizer que os esclarecidos possuam um grande<br />
adiantamento espiritual, pois muitos deles ainda estão em ponto raso na<br />
escala da evolução, sendo certo, no entanto, que os que permanecem nas<br />
trevas da ignorância situam-se na retaguarda daqueles, precisando muito<br />
de quem os ajude, de quem lhes sugira, mesmo que veladamente, algo que<br />
aspiram, ainda indefinido para os seus espíritos.<br />
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CAPÍTULO VII – OBSERVAÇÕES GERAIS<br />
1) Ao serviço da Doutrina todos devem compenetrar-se das suas<br />
obrigações, e dar-lhes cabal desempenho;<br />
2) só por motivo plenamente justificado, poderão faltar às Sessões os<br />
que nelas trabalham;<br />
3) todos os trabalhos na Doutrina são igualmente dignos de serem feitos,<br />
não devendo ninguém alimentar preferência por este ou aquele serviço<br />
ou este ou aquele lugar;<br />
4) deverá reinar, sempre, a mais perfeita harmonia entre todos, para se<br />
poderem entender como bons cidadãos e verdadeiros cristãos;<br />
5) as relações com o público deverão ser mantidas invariavelmente num<br />
tom cavalheiresco, escolhendo-se, para esse mister, auxiliares de boa<br />
aparência, afáveis, maneirosos e delicados, que saibam expressar-se,<br />
corretamente, em bom português;<br />
6) os que estiverem a serviço da Doutrina deverão distinguir-se pelo<br />
exemplo das suas ações e atitudes;<br />
7) o estudo das nossas obras, especialmente a básica, <strong>Racionalismo</strong><br />
<strong>Cristão</strong>, precisa ser constante pelos que trabalham na Doutrina, a fim<br />
de se integrarem, cada vez mais, na essência dos princípios;<br />
8) nenhum trabalho será iniciado no Centro, sem que sejam feitas no<br />
estrado as irradiações disciplinares;<br />
9) quando alguém precisar afastar-se dos trabalhos, por alguns dias,<br />
deverá dar ciência disso ao presidente;<br />
10) qualquer irregularidade disciplinar que porventura ocorra deverá ser<br />
levada ao conhecimento do presidente;<br />
11) todos os que trabalham nas Casas Racionalistas devem saber sacudir;<br />
observando a maneira mais correta, que é colocar as mãos na altura<br />
dos ombros da pessoa, lateralmente, e aplicar um estremeção rápido,<br />
acompanhado da irradiação mental;<br />
12) em torno de um obsedado devem ficar três esteios, circundando-o<br />
bem; a ação irradiativa desses auxiliares, conjugada com os<br />
periódicos estremeções, produzirá o efeito desejado; a água fluídica<br />
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