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Racionalismo Cristão

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deve ser encarada frontalmente e com naturalidade, para melhor<br />

conseguir-se o seu extermínio.<br />

A rotina dos trabalhos mediúnicos poderá apresentar-se monótona<br />

aos olhos de alguns médiuns, com o correr dos anos, cumprindo-lhes, em<br />

lugar de aceitarem essa hipótese, procurar conhecer o porquê da<br />

monotonia, que bem poderá significar estarem eles, por indolência ou por<br />

se entregarem a hábitos rotineiros, estacionando em sua evolução.<br />

À medida que o médium evolui, vai encontrando novas sensações na<br />

própria atividade espiritual em que os seus horizontes se dilatam,<br />

oferecendo-lhe novas e mais amplas e interessantes perspectivas.<br />

A evolução consiste numa sucessão de conhecimentos novos e cada<br />

vez mais elevados, que continuadamente se superpõem. Onde há evolução<br />

efetiva, não existe lugar para a monotonia, já que em cada dia se aprende<br />

uma lição desconhecida, até mesmo nos acontecimentos aparentemente<br />

banais.<br />

Essa evolução, porém, exige a conscientização do médium e o seu<br />

permanente empenho de aperfeiçoar, cada vez mais, a faculdade<br />

mediúnica; a instrução e a cultura muito o auxiliarão nessa tarefa.<br />

Como o acaso não existe e tudo tem a sua justificação, a sua razão<br />

de ser, dentro da lei de causa e efeito, certas manifestações apresentadas<br />

pelo médium, aparentemente destituídas de interesses, podem encerrar<br />

ocultas lições para serem descobertas. Os médiuns não precisam que os<br />

presidentes sempre as revelem, pois que eles mesmos podem e devem<br />

colher os frutos que estiverem ao alcance das suas mãos.<br />

Em cada sessão nas Casas Racionalistas Cristãs, há sempre uma<br />

oportunidade nascente, desde que aquela hora seja vivida com dedicação e<br />

se sinta a utilidade daquele trabalho e o seu alto objetivo. Firmem-se todos<br />

os médiuns nessa realidade, fugindo, o mais possível, da sensação ilusória<br />

dos atrativos materiais que contrastam, não pouco, com os encargos sérios<br />

da Doutrina, os quais demandam renúncia, abdicação e fuga às ilusões e<br />

enganos do mundo, sempre traiçoeiros.<br />

A mediunidade não é faculdade hereditária. Ela é própria do espírito.<br />

A hereditariedade provém da matéria, é legado que passa de pais a filhos,<br />

por via material, e quase sempre em forma de moléstia, como, entre<br />

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outros, o caso da sífilis. A mediunidade não é doença e sim, como se<br />

afirma, uma faculdade, o que quer dizer, um dom. Daí a necessidade de<br />

cultivá-la bem, dando-lhe todos os cuidados que precisa ter.<br />

Todos vêm à Terra encarnar com as ferramentas adequadas aos<br />

misteres que vão exercer. As ferramentas são os dons, as especialidades,<br />

as vocações. Uns trazem o tino comercial; outros, a vocação para lecionar,<br />

a artística, a científica; ainda outros vêm para ser artífices, industriais,<br />

lavradores e, entre todos, muitos trazem, por acréscimo, a faculdade<br />

mediúnica da incorporação.<br />

Esta tem de ser exercida sob a ação do Astral Superior, nas Casas<br />

Racionalistas Cristãs, nunca como meio de vida, mas graciosa e<br />

espontaneamente, para o bem comum da coletividade. Aqueles que<br />

exploram, lá fora, esse dom, tirando dele proveito material, estão se<br />

condenando às mais duras correções futuras, sendo-lhes então cerceado o<br />

uso de tal patrimônio.<br />

Nem todos os médiuns de incorporação chegam a poder desenvolver<br />

a sua faculdade sob a ação do Astral Superior. Neste caso, não devem<br />

desenvolvê-la. Conservem-na como está, apenas servindo-se do grau de<br />

sensibilidade que lhe é adicional.<br />

Essa sensibilidade é utilíssima no sentido de poderem perceber<br />

coisas que se passam, sem que sejam relatadas. As aspirações, as<br />

intenções, as maquinações trabalhadas pelos pensamentos ficam<br />

registradas no éter, e podem ser percebidas pela sensibilidade supervibrátil<br />

da mediunidade.<br />

Conquanto todos os médiuns não se possam servir das correntes<br />

fluídicas organizadas pelo Astral Superior para o seu desenvolvimento,<br />

dispõem, no entanto, dessa magnífica modalidade sensitiva para prestar,<br />

com ela, preciosos serviços no meio em que viverem, ora transmitindo<br />

conselhos previdentes, ora impedindo a prática de atos prejudiciais.<br />

Contudo, é condição primordial que o médium leve vida sã, sob a<br />

inspiração dos ensinos racionalistas cristãos, para evitar que seja intuído<br />

pelo astral inferior e se sinta desmoralizado com a aceitação das<br />

mistificações dos obsessores.<br />

Os médiuns que desejarem trabalhar nas correntes fluídicas das<br />

Casas Racionalistas Cristãs, devem, primeiramente, fazer um exame de<br />

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