Racionalismo Cristão
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Só o conhecimento da Verdade libertará os homens das algemas do<br />
materialismo entorpecente. E não se diga que a Terra não oferece os meios<br />
de conhecê-la. Pelo contrário, aqui, neste laboratório psíquico, é que todos<br />
terão de encontrar o verdadeiro caminho, que é o da evolução.<br />
A essa rota chegam os que confiam em si mesmos como<br />
componentes da Força Inteligente que governa o Universo. Aqueles que<br />
vêem no princípio básico da espiritualidade o rumo iluminado da ascensão<br />
a planos mais elevados, sabem que a vida é eterna, que a evolução se<br />
processa em encarnações sucessivas e que tanto mais será apressado o<br />
progresso individual, quanto mais rápido for o desligamento dos atrativos<br />
materiais e terrenos, substituídos pelo prazer do dever cumprido, pela<br />
alegria de proporcionar felicidade, pela satisfação de sentir-se útil, pela<br />
paz interior que deriva da exata compreensão do que lhe cabe fazer na<br />
posição que ocupa no seio da coletividade.<br />
A evolução pode processar-se, lentamente, à custa de doloroso<br />
resgate de débitos morais produzidos, incessantemente, num percurso de<br />
milhares de anos, em que se renovam centenas e centenas de encarnações,<br />
umas perdidas e outras mal aproveitadas, ou mais depressa, evitando-se a<br />
prática de erros.<br />
No primeiro caso evidencia-se a falta de critério, quando o indivíduo<br />
se deixa vencer pelos gozos terrenos, entregando-se ao vício de comer<br />
abusivamente, de beber, de fumar, de luxar, com o que passa a ser<br />
influenciado por forças afins do astral inferior. Neste estado, fica<br />
envolvido por uma vibração sensualista, dentro da qual reflete toda a sua<br />
natureza adulterada ou degenerada.<br />
Em tais condições mórbidas, pode o indivíduo encarnar e<br />
desencarnar, sucessivamente, milhares de vezes, sempre marcando passo<br />
na escala da evolução. Conhece, nessa trajetória multimilenária, a loucura,<br />
a delinqüência, o crime, o suicídio, a miséria, a escravatura, a humilhação,<br />
o desprezo, a revolta, a fome e demais formas de sofrimento físico, moral<br />
e espiritual.<br />
Um dia, porém, o espírito, cansado de tanto sofrimento, de tantos<br />
erros procura raciocinar sobre as misérias terrenas. É quando ligeira<br />
aragem espiritual principia a manifestar-se. Sempre que o ser se inclinar<br />
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para as idéias e sentimentos morais elevados, novas oportunidades vão-selhe<br />
apresentando para progredir espiritualmente.<br />
Entretanto, somente quando ele começa a sentir que a sua evolução<br />
pode seguir um curso mais apressado, é que se dispõe, com firmeza, a<br />
abolir os erros praticados conscientemente.<br />
Jesus recomendava que se examinassem todas as coisas e se retivesse<br />
o que fosse bom, isto é, o que fosse verdadeiro e útil. Essas palavras vão<br />
de encontro às que proíbem leituras morais divergentes das sectáricas, ou<br />
delas se esquiva o leitor. O <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> vem, com o apoio nas<br />
lições do Astral Superior, afirmando a verdade sobre a lei das<br />
reencarnações e o nulo efeito dos perdões. É pena que para essa verdade<br />
tantos se obstinem em fechar os olhos.<br />
Uma vez chegados à convicção, pela iluminação espiritual, de que os<br />
erros têm de ser resgatados por quem os pratica, custe o que custar, leve o<br />
resgate o tempo que levar, sem nenhuma possibilidade de serem<br />
perdoados ou anulados, então um novo critério passará a ser adotado.<br />
Não havendo erros a resgatar, (ou quando estes são mínimos) os<br />
sofrimentos quase desaparecem, os bons hábitos tomam o lugar dos maus,<br />
as correntes brancas do bem afastam os espíritos do astral inferior, começa<br />
a haver mais saúde e tranqüilidade, os negócios prosperam, a amizade no<br />
meio social floresce e a vida se transforma.<br />
São considerados erros os atos que contrariem as leis naturais, e<br />
entre eles, a alimentação de vícios de qualquer espécie e tudo quanto seja<br />
cometido em prejuízo próprio ou do próximo: as ações denunciadoras da<br />
falta de caráter; as fraquezas morais, o desperdício, a leviandade, a<br />
luxúria, a indolência, a vingança, a mentira, a infidelidade, a traição, a<br />
mistificação, as apropriações indébitas, as injustiças e outras práticas<br />
idênticas.<br />
Deve, pois, considerar-se a vantagem de ser processada a evolução<br />
por um caminho mais curto, evitando tanto quanto possível, as longas e<br />
desnecessárias caminhadas que acarretem sofrimentos inúteis. É esta,<br />
aliás, a orientação que os ensinamentos do <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> a todos<br />
proporcionam, e só fecham os olhos para eles os que realmente estiverem<br />
incapacitados de os apreender, seja pelo estado mental, pelo fanatismo,<br />
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