Racionalismo Cristão

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esclarecimento, único meio de se melhorarem as condições psíquicas da
humanidade.
É bem certo que os ensinamentos Racionalistas Cristãos produzem,
no primeiro contato, um certo choque inevitável entre aquilo que revelam
e o que ensinam por aí as instituições religiosas.
Mas se a matéria for explanada de forma elucidativa, de maneira a
que o raciocínio encontre base sólida para conclusões, a luz se fará, aos
poucos, no espírito daqueles que se mostrarem permeáveis. Não há
nenhum empenho em que a criatura se converta, tanto mais que a
finalidade do Racionalismo Cristão não é de conversão e, sim, de
esclarecimento. Uma vez que o esclarecimento tenha de vir, mais dia,
menos dia, mais século, menos século, mais milênio, menos milênio, em
função de incoercíveis leis naturais e imutáveis, não convém contrariar o
estado de decisivo fervor religioso em que o indivíduo se encontre,
imaturo para as coisas reais do espírito.
Há que dar tempo ao tempo, deixando que a vida se incumba, em
repetidas manifestações, com dores, contusões e sofrimentos que
constantemente impõe, de reduzir ao mínimo as falsas concepções que a
ignorância alimenta, quando então novos horizontes se delinearão para
esses espíritos.
Cumpre, assim aos presidentes, durante as Sessões Públicas,
contornar, com habilidade, as posições delicadas em que se encontram os
assistentes que, desiludidos por crenças que não mais os satisfazem,
procuram novos meios, novos caminhos, na esperança de depararem uma
saída para as suas profundas divergências interiores.
Estes chegam ao Racionalismo Cristão quase como náufragos e com
pouca capacidade de reação contra os abalos morais que receberam, mas
ainda ligeiramente alimentados pela idéia de nele poderem encontrar um
bálsamo capaz de restituir-lhes as energias perdidas.
Neste estado de depauperamento moral, somente diante da ação
vivificadora do meio e da força irradiante que parte da Presidência é que a
tonificação se realiza e a criatura começa a sentir-se outra.
Daí a razão pela qual os auxiliares devem andar atentos, cada um
bem concentrado nas suas obrigações, para que do conjunto harmônico
dos seus pensamentos nunca falte o indispensável apoio vibratório que
precisa ser dado, nas Sessões Públicas, a quantos estiverem presentes para
recebê-lo.
Outro relevante serviço prestado nas Sessões Públicas é a
desobsessão de indivíduos, mesmo quando se achem fortemente
dominados pelo astral inferior. Colocados dois no extremo da mesa do
estrado, um de cada lado, rodeados por três esteios, ficam eles em
condições de receber do Astral Superior a ação desobsessora.
Os auxiliares, em qualquer posição que estiverem, devem conservarse
serenos diante de algum tumulto que os obsedados intentem produzir.
Esse estado de serenidade contribuirá enormemente para que as Forças
Superiores exerçam ação normalizadora e obtenham seguros resultados.
Os auxiliares têm, pois, grande responsabilidade no exercício de suas
atribuições.
Nas dissertações doutrinárias, os presidentes farão observações
oportunas quanto ao papel que o ser humano deverá desempenhar na
Terra, no cultivo do caráter, da moralidade, da decência, do respeito, da
honestidade, da lealdade, da educação, do comedimento, do gosto pelo
trabalho, da simplicidade, da amizade, do intercâmbio da cordialidade, da
ação criteriosa, da prestimosidade, da confraternização, da solidariedade,
da perseverança, da afetividade, do bom-humor, de normas apaziguadoras,
da pontualidade, do firme apalavramento, do recato nas maneiras, das
decisões ponderadas, da discrição em assuntos reservados, da renúncia
altruística, do método na distribuição de horários, da ordem na execução
das tarefas, da disciplina na imposição de hábitos, da tolerância com os
bem-intencionados e da constante vigilância que deve ser exercida sobre o
controle do temperamento e o governo das próprias ações e pensamentos,
com o fim de evitar a intromissão, na conduta de cada um, dos espíritos
do astral inferior e, conseqüentemente, contribuir para melhorar as
condições psíquicas do planeta.
Os diretores superintendem a disciplina geral durante as Sessões
Públicas, combinam, entre si, a distribuição dos encargos, de tal modo que
não haja colisão nas atribuições de um com as do outro.
Devem eles trocar idéias quando surgirem mal-entendidos, para que
nunca sejam criados pontos-de-vista divergentes. Harmonia e
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